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Manejo e prevenção da Mancha-aquosa das cucurbitáceas

Jorge Hasegawa - Desenvolvimento Tecnológico - Seminis

A crescente utilização de sementes de melancia de segunda geração, F2 ou “tiradas”, oriundas

de frutos híbridos comerciais, constitui-se atualmente uma gravíssima ameaça à sustentabilidade da cadeia produtiva de melancias, na medida em que agrava pro-blemas relacionados ao manejo das doenças no campo e compromete a rentabilidade e o sucesso do negócio.

A mancha-aquosa das cucurbitáceas, causada pela fitobactéria Acidovorax avenae subsp. citrulli, doença também conhecida como bacterial fruit blotch (BFB), é a mais importante bacteriose da melancia, causando perdas totais no campo. Foi relatada pela primeira vez em melancia em 1991 e em melão em 1992 no Brasil, sendo que atualmente é descrita causando danos nos estados do CE, RN, MG, RS, TO, PI e SP, em algumas das principais regiões produtoras de cucurbitáceas.

Os sintomas podem ser observados em cucurbitáce-as desde a fase cotiledonar das plantas até a fase de colheita, sendo mais evidentes durante a fase de ma-turação dos frutos. Em alguns casos, sementes ou mu-das infectadas podem exteriorizar os sintomas apenas na fase de maturação dos frutos, fato que dificulta um diagnóstico prematuro da doença no campo.

DICAS DE MANEJOPara o manejo da doença, as principais medidas que

devem ser adotadas são:• Utilização de sementes certificadas e livres

do patógeno. O uso de sementes de origem duvidosa, multiplicadas arbitrariamente de variedades e híbridos é um sério risco de ocorrência de surtos epidêmicos in-dependente da região geográfica, e pode comprometer inclusive os viveiros de mudas que as utilizam; • Fugadeáreascomregistrodadoençaeelimi-

nação de plantas hospedeiras suspeitas; • Monitoração da entrada de caixarias, cami-

nhões, máquinas e equipamentos, pessoas ou quaisquer veículos de disseminação da doença que possam conter restos de tecidos ou sementes de plantas infectadas du-rante o ciclo de cultivo da cultura; • Manejo de irrigação e controle preventivo fi-

tossanitário em condições de suspeita da presença do patógeno no campo; • Restriçãodetrânsitodepessoas,máquinase

animais em áreas com suspeita de ocorrência da doen-ça. A importância da certificação de sementes deme-

lancia como medida de controle reside na agressivi-dade epidemiológica da doença, cuja disseminação é altamente eficiente a partir da fonte de inóculo inicial sob condições predisponentes como alta umidade, alta temperatura e presença de hospedeiros suscetíveis. Vale lembrar: as perdas chegam a 100% e inviabilizam o cul-

tivo de melancia e melão na mesma região se a fonte de inóculo estiver presente.

02 04

Ano VII - nº 24 Outubro/2010

Informativo da Seminis - uma marca da Divisão de Hortaliças da Monsanto

Esperanza é a cenoura ideal para o Sul

03

ExpedienteO jornal Semente é uma publicação quadrimestral da Seminis - uma marca da Di-visão de Hortaliças e Frutas da Monsanto. Tiragem de 5 mil exemplares e distribuição gratuita ao setor de produção de hortaliças.©2010 Monsoy Ltda. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de textos, desde que citada a fonte, e de fotos somente com autorização da empresa.www.seminis.com.br - Tel: (19) 3705 9300

Gerente de Marketing: Fernando Marçon GuimarãesAnalista de Marketing: Juliana MancoProdução: Comunicativa – Tel: (19) 3256 4863 www.clicknoticia.com.brJornalista responsável: Cibele Vieira (MTb 14.015) Reportagens: Sulamita Carvalho (MTb 46.795)Editoração: Cristiane Paganato - Impressão: Gráfica ModeloFotos: Arquivo Monsanto Hortaliças

Sede: Rua Vitor Roselli, 17 – Nova Campinas Campinas/SP – CEP: 13100-074

Sintomas de BFB em frutos de melancia na fase de

colheita dos frutos

As observações de mercado, as tendências e as necessidades regionais consolidaram a necessidade de desenvolver produtos específicos, capazes de atender com eficiência as demandas de produção, lucro e qualidade. Veja os exemplos desta edição.

Conheça tendências e oportunidades no mercado de hortaliças

pág 2

Faça manejo correto e evite a Mancha-aquosa das cucurbitáceas

pág 4

Esse tema foi tratado durante o II Encontro de Produtores de Melancia, no treinamento

“Manejo e Prevenção da Mancha-aquosa das cucurbitáceas”, promovido pela Agrosafra para

produtores rurais em Taquari (RS). O Rio Grande do Sul já registrou vários surtos de BFB.

Publicação impressa em papel de floresta certificada

Tomate Compack comprova excelente desempenho

L ançado recentemente, o tomate híbrido Compack tem mostrado excelentes resultados de campo, compa-

rando com seus concorrentes nas principais regiões produto-ras de tomate no Brasil. A qualidade do produto foi mensurada pelo representante Técnico de vendas em SP, Geovanni Mos-chetta e Jorge Hasegawa, da área de Desenvolvimento Tec-nológico da Monsanto Hortaliças, que coordenaram as pes-quisas qualitativas e quantitativas do Compack em diferentes regiões produtoras. Os resultados mostraram um tomate com ótima produtividade e lucratividade (Tabela), principalmente pela grande porcentagem de frutos 2A chegando a mais de 80%, outras características do material são: peso, cor, rus-ticidade de campo, descarga de colheita, seqüenciamento de pencasetolerânciaabactéria.

O produtor Marcos Dezidério, de Elias Fausto (SP), com-provou o ótimo desempenho do material na sua propriedade. Ele afirma que além de ser resistente a bactérias, o Compack apresentou boa produtividade com frutos graúdos, plantas

RS

SP

Ficha técnica: • Alta produtividade• Excelente qualidade de raíz e rusticidade• Ideal para semeios de outono/inverno• Formato cilíndrico, com média de 22 cm decomprimentoe3-4cmdediâmetro.• Coloração interna e externa da raiz alaran-jada intensa e excelente fechamento de ponta.

Necrose subepidérmica em frutos maduros e

exteriorização de sintomas na casca

A engenheira agrônoma, mestre e doutora em Economia Aplicada (ESALQ), Margarete Boteon, é considerada hoje

uma grande conhecedora das tendências do mercado de hortifrutis. Isso se deve ao contato afinado que mantém com produtores,

atacadistas e demais participantes da cadeia de hortaliças, graças à coordenação do Projeto Hortifruti, uma iniciativa do Cepea em

que um grupo de analistas faz conjuntura de preços e de mercado mensalmente. Os resultados, publicados na Revista Hortifruti Brasil,

são uma importante referência para ao setor e podem ser acessados gratuitamente no site: http://cepea.esalq.usp.br/hfbrasil).

Tendências do mercado de hortaliças

1- Como está o mercado de hortaliças hoje no Brasil, em comparação ao que se via há uma década?

Apesar de poucas modificações na área total cultivada, o setor ampliou o uso de tecnologia e produz mais em uma mesma área. O pacote tecnológico e o melhor uso por parte do produtor contribuíram para o aumento da produtividade. Avançamos também na comercialização, tanto no mercado externo - como as exportações de melão – quanto no mercado doméstico, através da maior integração produtor e varejo.

2- Para vender bem hoje, basta ter um bom produto? Acho que em nenhum setor econômico isso é suficiente.

3- Qual o perfil do consumidor de hortaliças hoje? Na edição da Hortifruti Brasil de julho de 2010 publicamos

uma pesquisa realizada pela Fiesp/Ibope que avaliou os prin-cipais atributos valorados pelos consumidores das principais capitais do Brasil, além de um estudo sobre as principais ten-dências e oportunidades que temos hoje no País para o setor hortifrutícola. Os resultados mostram quatro tendências ali-

mentares dos consumidores dessas regiões: busca por produ-tos que ofereçam conveniência e praticidade, que sejam con-fiáveis e tenham qualidade, que emitam sinais interpretados pela sensorialidade do consumidor e que lhe dê prazer, bem como transpareçam que a sua produção observa princípios de sustentabilidade, bem-estar e ética.

4- Há espaço para ampliar o consumo de hortaliças?Ainda consumimos abaixo do recomendável no País, por

isso acredito que há espaço sim. Mas a questão renda da po-pulação e os hábitos alimentares, entre outros fatores, ainda são grandes limitantes para ampliar esse consumo.

5- Quais as principais tendências desse mercado?Na Edição de Julho de 2010, da Hortifruti Brasil, os interes-

sados podem encontrar um estudo completo sobre as princi-pais tendências e oportunidades que temos hoje no País para o setor hortifrutícola, leia a matéria completa no site: http://cepea.esalq.usp.br/hfbrasil). Veja, no quadro abaixo, um re-sumo das tendências e oportunidades do setor hortifrutícola:

Tendências de consumo

Conveniência e praticidade

Qualidade e confiabilidade

Sensorialidade e prazer

Sustentabilidade, bem-estar e ética

Oportunidades para o setor hortifrutícola

Produtos minimamente processados, hortifrutícolas industrializados, suco de frutas pronto para beber e serviços de alimentação, especialmente voltados às refeições fora do lar.

Produtos com certificados de Boas Práticas Agrícolas (BPA), marcas próprias e uso de inovação tecnológica para melhorias na qualidade do produto, especialmente em embalagens.

Fornecimentos de hortifrutícolas para a alta gastronomia, frutas e hortaliças com in-dicação Geográfica (IG) e o turismo rural, especialmente regiões próximas a grandes centros urbanos.

Produção com baixo impacto ambiental e social, uso racional de insumos, responsa-bilidade social e utilização de fontes renováveis. Produtos com certificação socioam-biental, com os selos: Fairtrade Labelling Organizations (FLO), Rainforest Alliance e do Instituto Biodinâmico (IBD).

Fonte: Hortifruti Brasil – Edição de Julho/2010

P ara atender à uma demanda específica da região Sul do Brasil, a Seminis lançou a Cenoura Híbrida Espe-

ranza, que é cultivada no inverno e destinada ao Rio Grande do Sul, onde pode ser semeada no período de fevereiro a se-tembro. É um material rústico, de manejo simples, mas bem produtiva e com raízes grandes, de excelente coloração e pele lisa, características que agradam os produtores e os consu-midores da região.

O especialista em cenouras da área de Desenvolvimento de Produtos da Monsanto Hortaliças, José Ricardo Machado, explica que o material foi testado e aprovado durante dois anos em ensaios de campo e a primeira safra comercial já está sendo colhida. “Nos ensaios a Esperanza conseguiu uma produtividade média de 60 t/ hectare com raízes medindo cer-ca de 22 cm de comprimento por 4 de largura em média”. A produção deverá ser absorvida no Rio Grande do Sul (RS), sendo que as principais áreas de cultivo estão concentradas em Caxias do Sul (RS).

BA

Escolha a cultivar certa e lucre mais na safra de verão

págs 7 e 8

PR

Safra do Compack em SP mostrou superioridade

pág 3

Esperanza é a nova cenoura para cultivos

no Sul do paíspág 3

Abobrinha PX 7051 mostrou ser mais

lucrativa em testes no PR pág 5

Cenoura Híbrida Juliana conquista Irecê e as

capitais do NE pág 5

ENTREVISTA FITOSSANIDADE PLANEJE SUA SAFRA

bem robustas, uniformes, boa distribuição de pencas com frutos cheios e pesados até o ponteiro.

O produtor Pedro Canale, de Monte Mor (SP) também pode confirmar o desempenho do material na sua propriedade: “o Compack foi mais produtivo devido ao tamanho dos frutos, peso e uniformidade de penca”.

O produtor Vicente Riva, que planta 130 hectares de cenou-ra em Campestre da Serra (RS), testou a Esperanza há dois anos, gostou do resultado e agora está colhendo a primeira safra comercial. “Em campo ela apresentou bom vigor, ren-deu na hora da lavagem e atendeu bem aos compradores da região” diz Vicente.

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