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Manual do Curso de
Suporte Básico de Vida Pediátricopara Não Profissionais de Saúde
Manual do Curso de
Suporte Básico de Vida Pediátricopara Não Profissionais de Saúde
1ª Edição
Autor Agradecimentos Paula Neutel Agradeço a colaboração da Dra. Paula Cristina Fernandes e da Dra
Alzira Sarmento na revisão deste manual. Agradeço também a disponibilidade do secretariado do Departamento do Ensino, Formação e Investigação do Centro Hospitalar do Porto.
Fotografias Helena Grilo
Este manual foi realizado segundo as Guidelines da American Heart Association (AHA).
Limitação de responsabilidade: O autor não assume responsabilidade por lesões e/ou danos causados a pessoas ou bens, relacionados com responsabilidade de produtos, negligência ou outros, ou com o uso ou operação de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidas nesta publicação. Devido aos rápidos avanças das ciências médicas, recomenda-se a verificação independente dos diagnósticos.
Sumário
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 2
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 2
Sumário
Introdução 4
O que é o Suporte Básico de Vida (SBV)? 5
Cadeia de sobrevivência 6
Suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 7
Posição lateral de segurança 15
Engasgamento 17
Situações especiais de reanimação 19
Bibliografia 20
Anexo 1: Recomendações e componentes da reanimação cardiopulmonar
3 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
3 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
ABREVIATURAS e SIGLAS FIGURAS AHA – American Heart Association Figura 1: Sequência da Reanimação Cardio-Pulmonar
bpm – Batimentos por minuto Figura 2: Cadeia de Sobrevivência pediátrica segundo a AHA
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica Figura 3: Algoritmo de Suporte Básico de Vida
SBV – Suporte Básico de Vida
SBVP – Suporte Básico de Vida Pediátrico
PCR – Paragem cárdio respiratória
PLS – Posição Lateral de Segurança
RCE – Recuperação da circulação espontânea
RCP – Reanimação cardio pulmonar ´ – Minuto “ – Segundo
Introdução
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 4
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 4
Introdução
Alguns estudos têm revelado que perante uma situação de paragem cardio-respiratória (PCR) num lactente, criança ou jovem, o cidadão comum não atua porque não sabe o que fazer, ou porque tem medo de prejudicar ainda mais. É preferível fazer alguma coisa, a nada fazer.
Saber o que fazer e quando fazer pode ser a diferença entre a vida e a morte. As causas de PCR variam conforme o grupo etário. É possível prevenir o acidente de viação, as quedas, as queimaduras, o afogamento, a morte por engasgamento, etc., mas quando estes acidentes ocorrem é importante que os pais, familiares, amigos ou cidadãos saibam como actuar.
É objetivo deste manual apoiar os pais e os educadores na aquisição de competências em (saber fazer) Suporte Básico de Vida (SBV). Estes gestos salvam vidas, isto é, aumentam a probabilidade de sobrevivência e a qualidade de vida dos sobreviventes.
Neste manual denomina-se de:
Lactente a criança com menos de 12 meses de idades,
Criança a que tem mais de um ano até à puberdade (idade do desenvolvimento dos seios nas meninas e presença de pêlos no tórax e axilas nos meninos), e
Jovem desde a puberdade até à idade adulta.
Objetivos
No final do Curso de SBVP, deverá ser capaz de
demonstrar como:
Avaliar uma vítima em colapso.
Efetuar os pedidos de ajuda.
Realizar compressões torácicas e ventilações.
Colocar uma vítima inconsciente, a respirar em
posição lateral de segurança.
Realizar manobras de desobstrução da via aérea
por corpo estranho.
5 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
O que é o suporte básico de vida ?
É uma sequência de passos, que sem recurso a equipamento permite identificar precocemente uma paragem cardio-respiratória e imediatamente iniciar compressões (para fazer o sangue circular) e ventilações (para fornecer oxigénio aos pulmões) “para ganhar tempo”. Aprender a realizar Suporte Básico de Vida é aprender gestos que salvam vidas.
Figura 1: Sequência da reanimação cardio pulmonar segundo a AHA
RCP é
C-A-B
Compressões Com força e rápidas no centro do tórax
Via Aérea Extensão da cabeça e elevação do queixo
Bentilação Faça respiração
boca-a-boca
O que é o suporte básico de vida ?
5 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Cadeia de sobrevivência pediátrica
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 6
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 6
Cadeia de sobrevivência pediátrica
Salvar uma vida envolve uma sequência de passos. Cada um influencia a sobrevivência. Estes passos são frequentemente descritos como os elos da “Cadeia de Sobrevivência”.
Figura 2: Cadeia de sobrevivência pediátrica segundo a AHA
Segurança e prevenção da lesão Faça sempre da sua segurança uma prioridade. Garanta que a área reúne condições de segurança para si e para a criança. Nos lactentes a principal causa de morte são malformações congénitas, complicações da prematuridade e síndrome de morte súbita. Nas crianças é o trauma a principal causa de morte sendo a sobrevivência após PCR rara. Mesmo adotando medidas de prevenção numa fração de segundo o acidente ocorre, pelo que é crucial estar preparado para agir.
SBV precoce para ganhar tempo, com ênfase nas compressões torácicas Compressões torácicas de qualidade e ventilações diminuem o ritmo de deterioração do cérebro e coração. A RCP aumenta o período disponível para uma reanimação de sucesso e a probabilidade de sobreviver após a paragem cardíaca.
Alerta Se houver mais do que um reanimador, um inicia a RCP, e o outro ativa o 112. Como a maioria das PCR no lactente e criança são por insuficiência respiratória, se estiver sozinho, deve realizar 2
minutos de SBV (5 ciclos de 30:2) e depois ativar o 112.
Suporte Avançado de Vida para reiniciar o coração Profissionais de saúde treinados utilizam terapêuticas e algoritmos específicos para corrigir as causas reversíveis de paragem.
Cuidados pós reanimação para recuperar a qualidade de vida Esta fase começa no local onde a RCE é conseguida. O objectivo é recuperar a vítima para uma função cerebral e motora normal.
Suporte básico de vida pediátrico
7 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
7 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Suporte básico de vida pediátrico
Figura 3: Algoritmo de suporte básico de vida segundo a AHA
Inconsciente Não respira ou gasping
Inicie RCP
Após 5 ciclos de 30 compr. : 2 insufl.
Ligue 112
Aprenda e Viva
Suporte básico de vida pediátrico
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 8
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 8
Suporte básico de vida pediátrico
Avalie as condições de segurança Olhe à volta, avalie se não existe perigo para si e para a vítima. Aproxime-se da vítima.
Avalie o estado de consciência Toque no ombro ou braço da vítima e pergunte em voz alta “Estás bem?”.
Peça ajuda Se estiver sozinho, grite alto por ajuda para tentar chamar a atenção de alguém.
Se estiver alguém consigo, peça-lhe para ligar 112.
9 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Suporte básico de vida pediátrico
Avalie a respiração Olhe para o tórax e verifique se não apresenta movimentos. Não demore menos de 5” e nunca mais de 10”.
Se estiver sozinho inicie compressões. Se estiver alguém consigo, peça-lhe
para ligar 112 e inicie as compressões.
LACTENTE
Coloque 2 dedos abaixo da linha dos mamilos.
Inicie compressões torácicas Coloque o lactente, criança ou jovem de costas sobre uma superfície dura.
Deprima o esterno de forma rítmica em direção à coluna dorsal.
Deprima pelo menos 1/3 da altura do tórax.
Liberte a pressão, permita que o tórax retorne à sua posição inicial sem perder o contacto com os seus dedos.
O ritmo das compressões deverá ser pelo menos 100/minuto.
Compressões torácicas
Suporte básico de vida pediátrico
9 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Suporte básico de vida pediátrico
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 10
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 10
Suporte básico de vida pediátrico
LACTENTE
Com os dedos esticados deprima o tórax cerca de 4cm.
Faça 30 compressões Conte em voz alta
CRIANÇA
Coloque a base da mão no centro do tórax entre os mamilos.
Conforme o tamanho do tórax utilize uma ou duas mãos para deprimir o tórax.
Deprima o tórax cerca de 5cm. Faça 30 compressões Conte em voz alta
JOVEM
Se utilizar as 2 mãos coloque a base da outra mão por cima da primeira e entrelace os dedos.
Coloque o ou os cotovelos esticados, levante os ombros até ficarem por cima da vítima.
Deprima o tórax pelo menos 5cm. Faça 30 compressões Conte em voz alta
Compressões torácicas
Suporte básico de vida pediátrico
11 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
11 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Suporte básico de vida pediátrico
LACTENTE
Coloque a palma da sua mão na fronte do lactente e procure a posição retilínea do pescoço (posição neutra).
Eleve o queixo
CRIANÇA
Coloque a palma da sua mão na fronte da criança e faça uma extensão suave do pescoço (cabeça na posição de fungador).
Eleve o queixo
JOVEM
Incline a cabeça para trás com hiperextensão do pescoço.
Eleve o queixo.
Permita que a boca se mantenha aberta.
Se não se sentir capaz ou tem relutância em fazer ventilações, faça apenas compressões torácicas.
Estas devem ser contínuas, num ritmo não inferior a 100 por minuto.
Abertura da via aérea
Suporte básico de vida pediátrico
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 12
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 12
Suporte básico de vida pediátrico
LACTENTE
Coloque os lábios sobre a boca e o nariz do lactente.
CRIANÇA e JOVEM
Utilize os dedos da mão que inclina a cabeça para ocluir o nariz.
Coloque os lábios à volta da boca do jovem, selando-a.
Se na primeira ventilação não conseguiu produzir elevação do tórax como numa respiração normal, antes da próxima insuflação: − Verifique a boca da vítima e remova qualquer obstrução visível. − Confirme se a posição da cabeça e a elevação do queixo são adequadas.
Inicie Bentilações Faça 2 ventilações depois de cada 30 compressões.
Faça uma inspiração normal.
Execute 1 insuflação durante 1”.
Durante a insuflação olhe para o tórax e confirme se este expande.
Mantenha a posição da cabeça, afaste a sua boca para permitir a saída do ar.
Faça outra insuflação, de forma a completar 2 ventilações no total.
Se na primeira ventilação não conseguiu produzir elevação do tórax como numa respiração normal, antes da próxima insuflação:
− Verifique a boca da vítima e remova qualquer obstrução visível. − Confirme se a posição da cabeça e a elevação do queixo são adequadas.
13 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Suporte básico de vida pediátrico
É atendido por um agente de
segurança que pergunta:
O Quê? Que tipo de situação de emergência: segurança, saúde, incêndio.
Onde? Cidade, freguesia, rua, pontos de referência.
Quem? Qual o número de vítimas.
Se for uma situação de saúde, a chamada é transferida para o CODU do INEM, esteja preparado para responder:
Tipo de situação: PCR, falta de ar, intoxicação, queda, etc.
O número, o sexo e a idade das vítimas.
Qual o seu nome e se tem formação em primeiros socorros.
Um número de telefone para contacto pelo INEM.
Ligue 112 Se já realizou 2 minutos de SBV (5 ciclos de 30:2), deve ligar o 112.
Se necessário abandone a vítima.
Mantenha 30 compressões com 2 ventilações até:
os meios de emergência médica chegarem ou
a vítima recomeçar a respirar normalmente.
Não interrompa as compressões por qualquer outro motivo.
Suporte básico de vida pediátrico
13 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 14
Suporte básico de vida pediátrico
A máscara de bolso ou pocket mask é um dispositivo utilizado para com segurança fazer insuflações durante a paragem cardio respiratória.
1. O ar é administrado à vítima quando o reanimador expira através duma válvula unidirecional. O ar exalado tem uma concentração aproximada de 16% de oxigénio.
2. Tem um adaptador para conectar uma fonte de oxigénio.
3. Tem um elástico que fixa a máscara à face da vítima.
4. Permite que ambas as mãos do reanimador realizem o selo da máscara à face da vítima.
5. Permite também executar uma elevação da mandíbula em pacientes com suspeita de uma lesão da coluna vertebral.
Esta máscara deve existir em qualquer estojo de primeiros socorros, em organismos públicos, estabelecimentos comerciais, saco de praia, etc…
Este dispositivo é constituído por um:
1. Reservatório 2. Balão maleável 3. Cachimbo com 4. Válvula regulada por pressão
Nele adapta-se:
5. Uma fonte de oxigénio e 6. Uma máscara facial ou uma prótese
ventilatória.
Deve ser utilizado apenas por cuidadores treinados.
1
2 3
Pocket mask
Insuflador
3
2
1 4
6
5
Suporte básico de vida pediátrico
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3
6
Posição lateral de segurança
15 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
15 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Posição lateral de segurança
Coloque a vítima de costas com as pernas estendidas.
Remova os óculos da vítima.
Coloque o braço que está do seu lado em ângulo reto com o corpo e com a palma da mão virada para cima.
Cruze com o braço oposto o tórax e fixe o dorso dessa mão na face do seu lado.
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
Deixe-o como encontrou.
Procure quaisquer problemas
RESPONDE (Fala, chora, abre olhos, mexe-se)
INCONSCIENTE e RESPIRA NORMALMENTE
Coloque-o na Posição Lateral de Segurança.
Ligue 112
Reavalie-o regularmente
Posição lateral de segurança
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 16
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 16
Posição lateral de segurança
Com a outra mão levante a perna do lado oposto acima do joelho e dobre-a deixando o pé pousado no chão.
Enquanto uma mão apoia a cabeça a outra puxa a perna do lado oposto rolando a vítima para o seu lado.
Estabilize a perna superior para que a anca e o joelho formem ângulos retos.
Coloque a cabeça na posição de permeabilização da via aérea com a ajuda da mão debaixo do queixo.
Reavalie regularmente a respiração
A PLS mantém a permeabilidade da via aérea numa vítima inconsciente que respira normalmente.
Previne que a queda da língua obstrua a via aérea e permite a drenagem de fluidos pela boca.
Engasgamento
17 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
17 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Engasgamento
LACTENTE
1. Ajoelhe ou sente com o lactente no colo.
2. Coloque o lactente com o abdómen sobre o seu braço, segure a cabeça pelo maxilar com a sua mão.
3. Dê 5 pancadas com a palma da sua mão nas costas entre os ombros.
AVALIAR GRAVIDADE
Tosse eficaz Tosse ineficaz
Encoraje a tosse
Vigie: agravamento, tosse ineficaz ou alívio da obstrução
CONSCIENTE
5 Pancadas interescapulares
5 Compressões: − Torácicas: Lactente − Abdominais: outros
INCONSCIENTE
Inicie RCP
Peça ajuda
Suspeite de engasgamento quando:
o episódio é testemunhado a dificuldade respiratória tem início muito súbito associada a tosse,
engasgamento ou estridor existe história recente de estar a comer ou a brincar com objetos pequenos não há outros sinais de doença.
Engasgamento
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 18
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 18
Engasgamento
4. Fixe a cabeça do lactente pelo
occipital e vire-o de barriga para o ar.
5. Faça 5 compressões torácicas.
6. Repita até o objeto ser expelido ou o lactente ficar inconsciente.
7. Se ficar inconsciente, inicie a RCP.
CRIANÇA e JOVEM 1. Coloque-se atrás da criança de pé
ou ajoelhado. 2. Coloque o punho acima do umbigo
e abaixo do esterno e a outra mão por cima.
3. Faça compressões abdominais rápidas e fortes no sentido ascendente.
4. Repita até o objeto ser expelido ou a vítima ficar inconsciente.
5. Se ficar inconsciente, inicie a RCP.
Situações especiais de reanimação
19 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
19 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Situações especiais de reanimação
A pessoa com cuidados especiais de saúde, pode necessitar de cuidados de emergência por complicações de situações crónicas (ex. obstrução da traqueostomia), falha de equipamento vital (ex. avaria de ventilador), progressão da doença crónica de base (ex. pausa respiratória prolongada), ou outros eventos não relacionados com as suas necessidades.
Ventilação com uma traqueostomia ou estoma
Os cuidadores da criança com uma traqueostomia devem saber: − avaliar a permeabilidade da via aérea, − aspirar secreções, − trocar a cânula de traqueostomia − fazer RCP utilizando esta via aérea
artificial. Se o tórax não expande realize as seguintes ações (pare quando o tórax expandir):
1º aspire cânula de traqueostomia,
2º substitua a cânula,
3º retire a cânula e ventile (utilize máscara e insuflador) através do estoma, ou, da boca e nariz tapando o estoma.
Sem respiração autónoma Há pessoas que respiram com a ajuda de um ventilador portátil. Se este avaria é necessário assegurar a ventilação até chegarem os meios de emergência. Se uma vítima tem pulso mas não respira: na criança e lactente faça 1
ventilação a cada 3-5” (cerca de 20 ventilações/minuto). Se pulso <60 bpm com sinais de má perfusão da pele, inicie RCP.
no jovem faça 1 ventilação a cada 5-6”.
Minuto a minuto avalie o pulso: − carotídeo no jovem e criança, − braquial no lactente.
Trauma Se o mecanismo de trauma é compatível com lesão da coluna:
Imobilize a cabeça com as mãos e eleve o queixo. Permita que a boca se mantenha aberta.
Evite a flexão do pescoço dos lactentes e crianças, ao compensar o occipital proeminente com uma pequena depressão do plano.
Antecipe a obstrução da via aérea por sangue ou vómito. Aspire se necessário.
Pare toda a hemorragia externa por compressão direta no local.
Para facilitar os cuidados de emergência os pais e cuidadores devem:
ter cópia (em casa, na escola) do relatório médico, da lista da medicação, e do contacto de emergência.
estar treinados a reconhecer os sinais de deterioração do seu estado de saúde,
receber instruções de 1ºs Socorros para a situação de saúde específica,
e saber fazer RCP.
Bibliografia
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 20
Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde 20
Bibliografia
Berg MD, Schexnayder SM, Chameides L, Terry M, Donoghue A, Hickey RW, Berg RA, Sutton RM, Hazinski MF. Part 13: Pediatric Basic Life Support: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010; 122:S862-S875. DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.110.971085.
Field JM, Hazinski MF, Sayre MR, Chameides L, Schexnayder SM, Hemphill R, Samson RA, Kattwinkel J, Berg RA, et al. Part 1: Executive Summary: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010; 122:S640-S656. DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.110.970889. Travers AH, Rea TD, Bobrow J, Edelson DP, Berg RA, Sayre MR, Berg MD, Chameides L, O´Conner RE, Swor RA. Part 4: CPR Overview: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010; 122:S676-S684. DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.110.970913.
21 Manual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
21 M
anual de suporte básico de vida pediátrico para não profissionais de saúde
Anexos
Anexo 1: Recom
endações e componentes da RCP segundo a A
HA
Recomendações
Componente
Jovem
(> 8 anos) Criança
(1 a 8 anos) Lactente
(<1 ano)
Reconhecimento
Inconsciente
Não respira ou gasping (m
ovimentos respiratórios anorm
ais)
Ligar 112
Depois de verificar
que está inconsciente
Depois de 5 ciclos de 30 com
pr./2 insufl.
Na paragem
súbita testemunhada, depois
de verificar que a vítima está inconsciente
Sequência RCP C-A
-B (Compressões torácicas - Via A
érea - Bentilação)
Compressões
Ritmo
Pelo menos 100/m
inuto
Local Centro do tórax, entre os m
amilos
Abaixo da linha dos
mam
ilos
Método
2 Mãos
2 Mãos ou 1 M
ão 2 dedos
Profundidade Pelo m
enos 1/3 da altura do tórax:
Pelo menos 5cm
Cerca de 5cm
Cerca de 4cm
Razão entre Com
pr. e Vent.
30 : 2
Abertura da via
Aérea
Extensão da cabeça Cabeça na posição de fungador
Cabeça na posição neutra
e elevação do queixo
Se trauma: im
obilizar cabeça, elevar queixo
Bentilação
Não respira
2 ventilações eficazes (Insuflação de 1” com elevação do tórax)
Não respira e
tem pulso
(ventilações de resgate sem
com
pressões)
10 a 12 insuflações/m
in. (um
a a cada 5 a 6”)
12 a 20 insuflações/min.
(uma a cada 3 a 5”)
Palpar pulso a cada minuto:
Pulso carotídeo Pulso braquial
Corpo estranho na via aérea
5 Pancadas interescapulares e
5 Compressões A
bdominais
5 Compr. Torácicas
Anexos
Notas pessoais
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