suporte básico de vida, corpo estranho e asfixia

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Introdução ao PHTLS. Resumo básico sobre atendimento de emergência.

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Suporte Básico de Vida, Corpo Estranho e Asfixia

Enf. Adolfo Medeiros PessoaResidente/Especialista em Queimados

Paracatu, agosto de 2013

Introdução

• O que é Suporte Básico de Vida?

Consiste no reconhecimento e correção imediata do sistema respiratório e/ou

cardiovascular até a chegada/transporte de (a) uma equipe de suporte avançado.

Introdução

• O Atendimento Pré-hospitalar (APH) consiste em ações

tomadas antes da chegada ao ambiente hospitalar e divide-

se basicamente em duas modalidades:

– Suporte Básico à Vida (SBV) que caracteriza-se por manobras não

invasivas;

– Suporte Avançado à Vida (SAV) que caracteriza-se pela realização

de procedimentos invasivos como intubação, acesso venoso,

administração de medicações, etc.

Introdução

• O APH tem por objetivo preservar as

condições vitais da vítima e transportá-la sem

causar/agravar danos (iatrogenia) durante a

abordagem profissional.

• As condições essenciais para o atendimentos

são pessoais e materiais.

Suporte Básico à Vida (SBV)

• São os procedimentos de primeiros socorros

necessários para preservar a vida em uma

situação de emergência.

• E que procedimentos são esses?

Suporte Básico à Vida (SBV)

• Avaliação Primária – consiste na avaliação rápida de

condições que impliquem risco iminente de morte.

– Permeabilidade das vias aéreas;

– Respiração;

– Estabilidade hemodinâmica;

– Controle de sangramentos;

– Estabilização da coluna cervical.

• Você tem 1 minuto para isso!!!

Suporte Básico à Vida (SBV)

• Sequência A B C ou C A B ou C A B D

– C = Circulação;

– A = Vias Aéreas;

– B = Breathing – Respiração

– D = Avaliação Neurológica

• A V D I(N)

C - Circulação

• O pulso está presente? Não se deve demorar mais do

que 10 segundos para identificar o pulso. Existe

alguma hemorragia grave? Na ausência de pulso

iniciar de imediato com 30 compressões torácicas, em

uma frequência de no mínimo 100 vezes por minutos,

com a profundidade de 5 cm. Prevenir ou tratar o

estado de choque.

C - Circulação

• O mesmo processo é válido para crianças e lactentes?

– Um socorrista: 30 compressões e 2 ventilações;

– Dois socorristas: 15 compressões e 2 ventilações.

No adulto não há diferenciação na relação compressão/ventilação,

independente do número de socorristas.

A relação 30:2 é mantida independente do número de socorristas

A profundidade das compressões em crianças e lactentes variam em conformidade com o

seu desenvolvimento porem o protocolo da AHA 2010 preconiza de no mínimo 5 cm para

crianças e 4 cm para lactentes.

Sempre comprima no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax pediátrico.

C - Circulação

C - Circulação

C - Circulação

C – Circulação - Desfibrilação

C – Circulação - Desfibrilação

• A parada cardíaca em pacientes não traumáticos é

resultado de um ritmo cardíaco cujo impulso

elétrico é irregular, o que impede o funcionamento

mecânico normal do coração e consequentemente

prejudica a circulação sistêmica.

C – Circulação - Desfibrilação

• A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia

Ventricular sem pulso (TVSP) são responsáveis

por 80-90% das paradas cardíacas não

traumáticas em adultos.

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

• Atividade contrátil descoordenada onde o coração apenas tremula

• O débito cardíaco é zero, não há pulso, nem batimento cardíaco = PARADA CARDÍACA.

• No ECG temos um ritmo irregular, sem ondas P, QRS ou T.• Desfibrilação imediata: 360J (monofásico) ou 200J (bifásico)• Drogas de parada: adrenalina, amiodarona e lidocaína• Cerca de 85% das mortes súbitas são por FV

TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO - TV

• Ritmo regular ou discretamente irregular• Ondas P: não visíveis e quando presente não relação com o

complexo QRS• QRS: organizado e largo• FC: >100bpm• Tratamento imediato: sem pulso=desfibrilação e RCP• Ritmo potencialmente maligno, que se não revertido pode

evoluir para FV e assistolia

C – Circulação - Desfibrilação

• A pessoas que possuem algum dispositivo de estímulo elétrico cardíaco implantado podem ser desfibrilados?

Sim.Mas é recomendando que evite colocar os

eletrodos sobre o aparelho implantado.

C – Circulação - Desfibrilação

• Crianças e Lactentes podem ser desfibrilados?

Sim.Recomenda-se utilizar um redutor de tenção

nestes caso (DEA).Quando se utiliza o desfibrilador convencional, recomenda-se iniciar utilizando uma carga de 2

a 4 J/Kg com limite de 10 J/Kg

A – Vias Aéreas: Parada Respiratória

• Causas da parada respiratória:– Estado de inconsciência – obstrução de vias aéreas

por queda da língua na faringe posterior;– Obstrução de vias aéreas por corpo estranho

(OVACE);– Afogamento;– Acidente vascular encefálico;– Inalação de fumaça;– Overdose de drogas;– Trauma cranioencefálico etc.

A – Vias Aéreas

• Vias aéreas e estabilização da coluna cervical (em

vítimas de trauma, profissionais de saúde que

suspeitarem de trauma realizar anteriorização da

mandíbula) – Ver, Ouvir e Sentir não se usa mais.

• Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se

existem sinais de obstrução por corpo estranho.

A – Vias Aéreas

Manobra de Chin Lift

B – Breathing - Respiração

• O paciente respira? Na ausência da respiração

realizar 2 ventilações. Essa respiração está

sendo eficaz? Ofertar suporte ventilatório com

oxigênio suplementar de 12 a 15 L/min para

vítimas de trauma.

B – Breathing - Respiração

D – Avaliação Neurológica

• Chamar pela pessoa. “Você está bem? Posso

ajudar? Qual o seu nome?” Um método muito

simples para determinar rapidamente o

estado de consciência é a utilização do

sistema AVDI.

– A V D I(N)

Posição de Recuperação

• Pacientes que NÃO são vítimas de trauma, após

estabilizados deverão ser posicionados em decúbito

lateral esquerdo enquanto aguardam socorro.

• É extremamente importante manter a monitorização

deste paciente para identificar possível

rebaixamento no estado geral do paciente.

Avaliação Secundária

• É a etapa onde serão observadas as lesões que não

impliquem risco imediato à vida.

• O socorrista deve buscar realizar anamnese direcionada,

checar a história do acidente ou mal súbito, identificar

os ferimentos, aferir os sinais vitais e realizar um exame

físico padronizado, da cabeça aos pés;

• A avalição deverá ser “AMPLA”.

Dica “AMPLA”

• A – Alergias;• M – Medicamentos;• P – Passado Médico;• L – Líquidos e Alimentos;• A – Ambiente.

Durante a avaliação secundária, proceder, ainda, à avaliação dos sinais vitais, observar a cor da

pele e verificar o nível de consciência

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

• A obstrução das vias aéreas superiores é a causa

mais comum das emergências respiratórias e pode

ser causada pela obstrução parcial ou total do nariz,

fundo da boca ou área ao redor da laringe. A

obstrução das vias aéreas inferiores pode ser

causada por corpos estranhos ou por

broncoespasmos.

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

• Na obstrução parcial, a vítima conseguirá tossir, emitir algum som ou

produzir ruídos semelhantes ao ronco quando respiram;

• Incentive a vítima a tossir para expelir o corpo estranho.

• São sinais da redução da passagem de ar:

– Tosse franca e improdutiva;

– Chiado alto durante a inspiração;

– Dificuldade de respirar

– Agarrar o pescoço com as mãos

– Cianose leve.

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

• São sinais da redução da passagem de ar:

– Agarrar o pescoço com as mãos

– Cianose;

– Incapacidade de falar, gemer, tossir ou gritar;

– Ausência de sons respiratórios;

– Uso dos músculos acessórios para respiração (esforço respiratório

exagerado), narinas dilatadas, pescoço e músculos faciais contraídos;

– Inquietação, ansiedade e confusão progressiva;

– Inconciência.

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

• A manobra de Heimlich

– Verifique se a pessoa está realmente engasgada;

– Posiciono-se atrás da vítima abraçando-a em torno do abdome e por baixo dos braços da

vítima;

– Localize o umbigo e coloque a mão fechada 1 dedo acima do umbigo, coloque a outra

mão sobre a primeira, certifique-se que o polegar está voltado para dentro;

– Realize 5 compressões sucessivas de cima para baixo em um movimento de “J”;

– Certifique-se que a vítima voltou a respirar (expeliu o objeto) , se necessário repita o

procedimento até que a vítima volte a respirar ou perca a consciência;

– Toda pessoa passou pela manobra de Heimlich deverá ser encaminhada para um

hospital para exames complementares.

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

• A manobra de Heimlich é indicada para crianças maiores de 1 ano e adultos.

• Em obesos e mulheres grávidas a mão deverá ser posicionada sobre o esterno;

• Em crianças menores de 1 anos (lactentes) você deverá:

– Colocar a criança deitada no seu antebraço, com os braços e pernas abertas e a barriga voltada para

baixo;

– A cabeça da criança deverá estar inclinada para baixo (cerca de 60º), com o dedo indicador ou médio

você manterá a boca da criança aberta e seu braço deverá estar apoiado na sua perna para dar

maior firmeza;

– Usando a palma da outra mão, dê 5 golpes fortes entre as escapulas do bebê;

– Após os 5 golpes volte a criança com a barriga para cima mantendo a cabeça mais baixa que o corpo;

– Com o dedo médio e indicador dê 5 impulsos rápidos no tórax, pressionando direto para trás;

– Repita a manobra até que o objeto seja expulso.

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

Emergências por Obstrução das vias Aéreas

Obrigado, tenham uma boa tarde!!!

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