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FTC – FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA

A LEI Nº 12.234/2010 QUE EXCLUI A PRESCRIÇÃO PENAL RETROATIVA, AFRONTA O GARANTISMO

CONSTITUCIONAL?

Augusto Cesar Moreira dos SantosOrientador - Prof. Ruivaldo Macedo Costa

ARTIGO CIENTÍFICODIREITO/2016.1

JUSTIFICATIVA

Este artigo científico proposto como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), vem abordar o garantismo constitucional “afrontado” pela Lei nº 12.234/2010 em relação a Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa. Considerando como relevante neste artigo científico os princípios do não retrocesso, proporcionalidade e da duração razoável do processo, verificando às garantias constitucionais alijadas do suposto acusado.

OBJETIVOS

Erga omnes é demonstrar que os princípios constitucionais (mencionados anteriormente), foram afrontados.

Facti species (fato específico), é verificar a afronta da Lei nº 12.234/2010 aos princípios constitucional.

METODOLOGIA Livros doutrinários, internet e jurisprudência

DIFICULDADES Encontrar doutrina sobre críticas á afronta ao garantismo

constitucional pela Lei nº 12.234/10.

FACILIDADES Encontrar os princípios afrontados pela Lei supra

mencionada.

BREVE RESUMO

Com este artigo científico levanta-se uma discussão para saber se a Lei nº 12.234/2010 afronta o garantismo constitucional em relação a exclusão da prescrição penal retroativa.

Se os princípios constitucionais do não retrocesso, proporcionalidade, da razoável duração do processo e o da economia processual, todos da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), foram confrontado com a referida Lei.

INTRODUÇÃO

A hermenêutica constitucional, princípios, prescrição penal, teoria sobre o momento do crime, prescrição da pretensão punitiva, com doutrina de diversos autores, foram consultados para consubstanciar este artigo científico e verificar se houve afronta ao garantismo constitucional.

1 Hermenêutica constitucional;

1.2 Princípios;

1.3 Princípios do Não Retrocesso

1.4 Princípio da Proporcionalidade;

1.5 Princípio da Razoável Duração do

1.6 Princípio da Economia Processual.

2 Prescrição Penal

Greco, define e conceitua o instituto da prescrição como sendo, “o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não ter tido capacidade de fazer valer o seu direito de punir em determinado espaço de tempo previsto pela lei, faz com que ocorra a extinção da punibilidade” (Greco, 2015, p. 803).

2.2 Teorias sobre o momento do crime e a teoria vigente no Brasil

Teoria da Atividade – (tempus commissi delicti), vigente no Brasil;

Teoria do Resultado;

Teoria mista ou da ubiquidade

2.3 Quais são os fundamentos políticos da prescrição?

1º) O decurso do tempo

2º) A correção do condenado;

3º) A negligência da autoridade.

2.4 Espécies de prescrição penal

Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP);

Prescrição da Pretensão Executória (PPE).

2.5 A prescrição da pretensão punitiva (PPP)

É na redação dada ao art. 109, do Código Penal que se percebe o primeiro cálculo a ser feito sobre a prescrição e que deve recair sobre a pena máxima cominada em abstrato para cada infração penal.

3 – Prescrição Penal Retroativa

Antes da Súmula 146, no ordenamento pátrio não se evidenciava a prescrição retroativa, o que só veio acontecer com a reforma de 1984.

A súmula 146 do STF foi o marco inicial da prescrição retroativa, entretanto, a Lei nº 6.416/1977 restringiu-a, mas na reforma do Código Penal em 1984, a prescrição retroativa superou a orientação adotada pelo STF, e passou a ter maior abrangência.

3 – Prescrição Penal Retroativa

A Lei 12.234 de 2010, trouxe nova redação à prescrição, excluindo a prescrição penal retroativa, quando revoga o parágrafo 2º, do art. 110:

“Art. 1o Esta Lei altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para excluir a prescrição retroativa”.

(BRASIL. Congresso Nacional. Lei n.º 12.234 de 05 de maio de 2010. Altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 de maio 2010)

04 – Críticas à Lei 12.234 de 05 de maio de 2010

“Mesmo sem elidir literalmente o instituto da prescrição, mas ao excluir a prescrição retroativa do art. 110, § 2º do Código Penal/40, o legislador afrontou os princípios do não retrocesso, da proporcionalidade e da duração razoável do processo”.

“Mesmo que haja positividade na exclusão do instituto da prescrição retroativa, a violação dos direitos fundamentais do indivíduo tem mais relevância e por isso tem que ser combatido” (BITENCOURT, 2015, p.897).

04 – Críticas à Lei 12.234 de 05 de maio de 2010

“Nesse sentido, causaria surpresa se a lei nova continuasse a punir com a prescrição retroativa a desobediência ao princípio constitucional da duração razoável do processo, de cunho garantista e fundado na proporcionalidade e no respeito à dignidade humana, e não castigasse a demora da ação persecutória na fase policial”. (JESUS, 2011, p. 783)

5 – Consideração Final

Por tudo que foi exposto, sem a vaidade de tentar esgotar o estudo sobre o tema, há somente uma certeza a ser seguida, qual seja, a de que os direitos fundamentais e garantias individuais insculpidas com tanto sacrifício na Carta Magna em seu art. 5º, foi inegavelmente afrontado, pela Lei 12.234 de 05 de maio de 2010, que não escutou o apelo do art. 60, § 4º, IV da Constituição Federal de 1988, que apenas para melhorar poderá ser motivo de mudança aquelas cláusulas pétreas.

REFLEXÃO

“Ninguém escreve sem ler. Ninguém deve ser discípulo perene. Lemos pois, autores, para nos tornarmos autores, não discípulos”. (DEMO, 2000, p.11)

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