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Mini-Curso

1

Ofertar uma formação em audiodescrição queajude na compreensão dos principaisfundamentos, técnicas, conceitos, princípiosdo recurso assim como demonstrar suaaplicabilidade nos serviços públicos.

2

Conceito de pessoas com deficiência;

Políticas Públicas e marco legal;

Históricos e concepções da audiodescrição;

Organizando eventos acessíveis e contratando a audiodescrição;

Audiodescrição em sites de veículos de comunicação

O audiodescritor e o consultor;

Audiodescrição de imagens estáticas;

Audiodescrição de imagens dinâmicas;

Audiodescrição em atividades culturais;

Audiodescrição aplicada ao contexto da comunicação;

Atividades Práticas.

3

30/06 – 8h30 às 12h

14/07

21/07

11/08

20h (16h presenciais e 4h com trabalho no próprio órgão)

4

Política da Pessoa com Deficiência no Brasil

5

SECRETARIA DA

JUSTIÇA E DOS

DIREITOS HUMANOS

Estado do Rio Grande do Sul

1973

6

Política da Pessoa com Deficiência no Brasil: Qual é o

Estado da Arte?

7

De onde viemos?

Direitos x Políticas Públicas

Acessibilidade

Controle Social

Como chegamos ao Viver sem Limite?

Articulação

Financiamento

Dados Analíticos

Desafios

Contatos

8

De onde viemos?

Onde estamos?

Para onde vamos?

9

Sujeito de direitos humanos...

Ideia de cidadania...

Estado Moderno Francês:

Igualdade, Liberdade,

Fraternidade...

10

Extermínio (Idade Média)

Segregação

Exclusão

Integração

Inclusão

11

Castelo Hartheim, um centro de extermínio por eutanásiaonde pessoas com deficiências físicas ou mentais erammortas asfixiadas por gás ou com injeção letal. Hartheim,Áustria, data incerta.— US Holocaust Memorial Museum, courtesy of Andras Tsagatakis

12

Exclusão (século XIX) Inclusão

Extermínio

Segregação

Integração

Rejeição Social13

Segregação (1910) Exclusão

Integração

Extermínio

Inclusão

Assistencialismo 14

Integração (1940) Exclusão

Segregação

Extermínio

Inclusão

Modelo Médico15

Inclusão (1990) Exclusão

Segregação

Extermínio

Integração

Modelo Social

16

Idade Média Século XIX

1910 1940 1990 2016

Extermínio

Exclusão

Segregação

Integração

Inclusão

17

1969

2015

2013

18

A História não é um processo linear,

mas sim dialético. Esses momentos

(ou fases) acontecem

simultaneamente: ainda hoje há

notícias de pessoas com deficiência

amarradas em suas casas; atitudes

de integração convivem, com ações

de inclusão.

19

20

21

Brasil Império

1854 – Instituto Bejamim Constant

1856 – INES

Século XX

1926 – Pestalozzi

1950 – Surto de Poliomelite

1954 – APAE

Década de 70

Movimentos organizados

diferenciam atuação (de e para)

1980

I Encontro Nacional de

Pessoas com Deficiência

1981

AIPD

1983

III Encontro Internacional de

Pessoas com Deficiência

1999

Criação do Conade

2005, 2008, 2012 e 2016

Conferências Nacionais

2006

Convenção da ONU

22

Linha do Tempo – Marco Legal e Políticas Públicas1854 – Instituto Benjamin Constant

1856 - INES

1967 – Constituição Federal

1988 – Constituição Federal

1989 – Política Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência

1991 – Lei de Cotas para Pessoa com Deficiência

1996 – PNDH01

1999 – Criação do CONADE

2000 – Leis da Acessibilidade

2002 – PNDH2 / LIBRAS

2003 – Política Nacional da Saúde da Pessoa com Deficiência

2004 – Decreto 5.296/2004

2006 – I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

23

Linha do Tempo – Marco Legal e Políticas Públicas2007 – Agenda Social – Pessoa com Deficiência

2007 – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

2007 – Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência

2008 – II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

2008 – Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana

2009 – PNDH3

2009 – Programa Turismo Acessível

2010 - Tradutor e Intérprete da LIBRAS

2011 – Plano Viver sem Limite

2012 – Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

2012 – III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência2013 – Aposentadoria Especial da Pessoa com Deficiência

2015 – Lei Brasileira da Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência

2016 – IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

24

- 1996 – Secretaria dos Direitos e Cidadania (SDC) - MJ

- 1996 – PNDH1

- 1997 - Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH)

– MJ

- 1999 - Secretaria de Estado dos Direitos Humanos

(SEDH) – MJ

- 2002 – PNDH2

- 2003 - Secretaria Especial dos Direitos Humanos

(SEDH) / PR

- 2009 – PNDH3

- 2010 – Secretaria de Direitos Humanos / PR

- 2013 – Fórum Mundial de Direitos Humanos

- 2015 - Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da

Juventude e dos Direitos Humanos /MMIRDH

- 2016 – Conferências Conjuntas / Ministério da

Justiça e Cidadania / MJC

E OS DIREITOS HUMANOS???

25

Conforme dados do IBGE (2010),crianças e adolescentes,representam 60 milhões dapopulação brasileira e idosos,23,5 milhões. Quanto aos povosindígenas, são 896 mil pessoasem 305 etnias e 274 idiomas.Some-se a isso as mais de 2,4 milcomunidades quilombolas. E maisde 45 milhões de pessoas comdeficiência.

26

27

DIREITOS

X

POLÍTICAS PÚBLICAS

X

BUROCRACIA

28

Política

(Politic)

x

Políticas Públicas

(Policies)

29

Política é a habilidade para tratar das relaçõeshumanas com o objetivo de obter osresultados desejados. Ainda, segundo AurélioBuarque de Holanda Ferreira, é a ciência dosfenômenos referentes ao Estado. Um sistemade regras relativas à direção dos negóciospúblicos.

É a forma como os seres humanos seorganizam e como o poder é distribuídoentre eles. É como decidimos conviver emsociedade!

30

Democracia: Sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com o povo. Regime de governo que se caracteriza pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade.

Ditadura: Forma de governo em que todos os poderes estão na mão de um indivíduo ou de um grupo. Regime de governo que cerceia as liberdades individuais.

Monarquia: Regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca. O poder é transmitido ao longo da linha sucessória, observados os princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade.

Parlamentarismo: Regime político em que o gabinete, constituído pelos ministros de Estado, é responsável perante o parlamento, que através dele governa a nação.

República: Sistema de governo em que um ou vários indivíduos, eleitos pelo povo, exercem o poder supremo, por tempo determinado.

Sociocracia: Forma de governo teórica, em que o poder cabe à sociedade como um todo.

Totalitarismo: Regime político baseado na extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado Total”, “Estado Máximo”). Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da extensão natural das instituições estatais.

31

... criadas em resposta a demandas sociais e em formato que permita a conciliação entre interesse público e privado... A resolução de conflitos via políticas públicas ocorre quando um segmento social utiliza o poder econômico ou político que deriva de sua inserção na estrutura econômica, ou de poder, na forma de pressão organizada, visando conquistar suas reivindicações.

(ALLEGRETTI. 2008)

32

As políticas públicas (policies) definem adinâmica do processo político (politics).

Ex: Audiodescrição e Praia Acessível.

33

Política (politic) seria, então, o conjunto de

procedimentos que expressam as relações

de poder entre os membros de uma

sociedade e que se destinam à resolução

pacífica de conflitos em torno dos bens

públicos.

As políticas públicas (policies), por sua

vez, seriam o resultado da própria

atividade política na alocação de recursos

e na provisão de bens e serviços públicos.

34

Política da Pessoa com

Deficiência são as regras, as leis,

os conceitos e debates permeados

por diferentes e complexos atores

sociais...

Políticas Públicas da Pessoa com

Deficiência são as ações

resultantes do processo político que

possuem burocracias institucionais

que garantem sua execução...

35

"Eu tenho esse direito!“

Várias pessoas fazem essa afirmação semnem sequer pensar na natureza e na fontedos direitos. O que são direitos? De ondeeles vêm?

36

É o direito um sistema de disciplina socialfundado na natureza humana que,estabelecendo nas relações entre os homensuma proporção de reciprocidade nos poderese deveres que lhes atribui, regula ascondições existenciais dos indivíduos e dosgrupos sociais e, em conseqüência, dasociedade, mediante normas coercitivamenteimpostas pelo poder público. (VICENTE RAO)

37

Pode ser entendido como um conjunto dediscursos, de comunicações linguísticas;discursos dos legisladores (as leis e oscódigos), discursos dos juízes (as sentenças),discursos das pessoas privadas (ostestamentos e os contratos realizados).Acrescente-se, ainda, que os advogadostambém produzem discursos, assim como osprofessores de direito, etc. (NORBERTOBOBBIO)

38

1. Direito Constitucional - regula a estrutura fundamental do Estado e determina as funções dos respectivosórgãos. As suas normas referem-se à organização fundamental do Estado e regem a estruturação e ofuncionamento dos seus órgãos, além das relações mantidas com os cidadãos. 2. Direto Administrativo - regulanão só a organização como também o funcionamento da administração pública. As suas normas referem-se àsrelações dos órgãos do Estado entre si ou com os particulares. Esse direito‚ estabelece as bases para a realizaçãodo serviço público, isto é, da atividade estatal dirigida à satisfação das necessidades coletivas consideradas defundamental importância. 3. Direto Penal - tipifica, define e comina sanções aos atos considerados ilícitospenais. As suas normas regulam a atuação do Estado no combate ao crime, sob as formas de prevenção erepressão. 4. Direto Processual (também chamado Direito Judiciário) -regula o exercício do direito de ação,assim como a organização e funcionamento dos órgãos judiciais. As suas normas disciplinam todos os atosjudiciais, tendo em vista a aplicação do Direito ao caso concreto. É o ramo que se dedica à organização e queregula a atividade jurisdicional do Estado para a aplicação das leis a cada caso. 5. Direito Financeiro (tambémchamado Direito Tributário ou Direito Fiscal) - regula as finanças públicas, mediante disciplinamento das receitas edas despesas. Disciplina os recursos financeiros do Estado, provenientes dos impostos, taxas, contribuições, tarifase demais meios de arrecadação, e as relações do Estado com os contribuintes. 6. Direito Canônico (apontadocomo sendo um ramo do Direito Público por Jellinek) - o que regula as relações da Igreja. Consiste em um conjuntode normas disciplinares que regulam a vida de uma comunidade religiosa ou as decisões dos seus concílios. 7.Direito Internacional Público - regula as relações dos Estados soberanos entre si. As normas tutelam as relaçõesdos titulares de direitos subjetivos no plano internacional e estabelecem o regime jurídico da convivência dosEstados soberanos, regulando as relações dos países considerados como sujeitos de direito e de deveres,estabelecidos por acordo, ou pelo costume. 8. Direito do Menor - regula todos os aspectos e medidas àassistência, proteção e vigilância a menores de dezoito anos que se encontrem em situação irregular, segundo adefinição legal, e a menores de dezoito a vinte e um anos de idade nos casos expressos em lei. 9. DireitoEleitoral - regula todos os aspectos pertinentes ao sufrágio. As suas normas destinam-se a assegurar aorganização e o exercício do direito de votar e ser votado. 10. Direito Político - regula os direitos e os deveres doEstado no âmbito interno, abrangendo a denominada Teoria Geral do Estado (irmã gêmea da "Introdução ao Estudodo Direito") e a História das Idéias Políticas.

39

Direitos Políticos

Direitos Civis

Direitos Sociais

Direitos Humanos

40

Os direitos humanos são os direitos eliberdades básicos de todos os sereshumanos. Normalmente o conceito dedireitos humanos tem a ideia também deliberdade de pensamento e de expressão, e aigualdade perante a lei.

41

A Declaração Universal dos Direitos Humanosda Organização das Nações Unidas afirma:

Todos os seres humanos nascem livres eiguais em dignidade e em direitos. Dotadosde razão e de consciência, devem agir unspara com os outros em espírito defraternidade.

42

Os Direitos civis são os direitos que todos oscidadãos tem de viver em sociedade comoestá descrito no artigo 5 da ConstituiçãoFederal, já os Direitos políticos são direitosde todos os cidadão a concorrer ao cargopúblico executivo da política quando se filiama um determinado partido. Direitos sociaissão direitos que as pessoas tem em viver bemcomo possibilidade de conviver com outraspessoas. Escola, Trabalho etc. Sobre osDireitos humanos são os direitos que aspessoas tem a vida, e viver dignamente.

43

Burocracia é uma estrutura organizativa compostapor regras e procedimentos determinados.

O termo Burocracia é originário da fusão do termolatino burrus com o termo francês bure. A uniãodessas duas partículas criou a palavra bureau,usada inicialmente para definir um tipo de tecidoescuro que era utilizado para cobrir asescrivaninhas de repartições públicas. Mais tarde, otermo bureau passou a ser utilizado para designaro escritório como um todo.

44

O uso preciso da palavra Burocracia foi utilizadopela primeira vez por um ministro francês doséculo XVIII chamado Jean-Claude Marie Vincent,que fez o uso do termo em francês bureaucratie demaneira crítica e debochada para se referir àsrepartições públicas. Jean-Claude criou umneologismo recuperando a partícula latina burrus eacrescentando a partícula grega krátos para formaro novo termo significando o exercício do poder porfuncionários de escritórios.

45

Desde então, o termo Burocracia é muito utilizadona sociologia das organizações para abordarestruturas de organização compostas por regras,procedimentos, divisão de responsabilidades,especialização do trabalho, hierarquia e relaçõesimpessoais. Sua própria definição do modelo deaplicação é motivo para as críticas populares, quecondenam o excesso de regras, divisões e aspráticas que são redundantes e apenas atrasam ofuncionamento de todo o sistema.

46

Na linguagem comum a palavra burocracia assume,na grande maioria das vezes, uma conotaçãopejorativa. Burocracia usualmente é associada aineficiência, ineficácia, atrasos, confusão,autoritarismo, privilégios e ainda a outros atributosnegativos.

47

Segundo Max Weber, a burocracia se baseia na dominaçãolegal em virtude de estatuto. A idéia básica é que qualquerdireito pode ser criado e modificado mediante um estatutosancionado corretamente quanto à forma. Obedece-se não àpessoa em virtude de seu direito próprio, mas à regraestatuída, que estabelece ao mesmo tempo a quem e em quemedida se deve obedecer. Também quem ordena obedece, aoemitir uma ordem, a uma regra: à “lei” ou “regulamento” deuma norma formalmente abstrata. O tipo daquele que ordenaé o “superior”, cujo direito de mando está, legitimado poruma regra estatuída, no âmbito de uma competênciaconcreta, cuja delimitação e especialização se baseiam nautilidade objetiva e nas exigências profissionais estipuladaspara a atividade do funcionário.

48

49

50

Saúde – 6

Reabilitação – 6

Serviços de apoio – 3

Acessibilidade – 4

Educação – 7

Trabalho – 9

Seguridade Social – 12

Cultura e Esporte – 3

Não Discriminação – 6

Moradia – 1

Participação Política - 1

51

No Brasil, a política de inclusão social das

pessoas com deficiência existe deste a

CF/88, que originou a lei n° 7.853/89,

posteriormente regulamentada pelo Decreto

n° 3298/99. Esses documentos nacionais,

junto a outros, com destaque para as Leis

nº 10048 e nº 10098 de 2000 e o Decreto

nº 5296/04, conhecido como o decreto da

acessibilidade, nos colocam em igualdade

com o ideário da Convenção da ONU.

AIPD - 1981

52

os inválidos

os incapacitados

os defeituosos

os excepcionais

pessoas deficientes

pessoas portadoras de deficiência

pessoas com necessidades especiais

portadores de necessidades especiais

pessoas especiais

portadores de direitos especiais

pessoas com deficiência

53

CID (1980)

CIF (2001)

CONVENÇÃO DA ONU (2006)

IMPORTANTES DOCUMENTOS

DEFINIRAM CONCEITOS

54

CID

Classificação Internacional de Doenças e

Deficiências (modelo clínico-médico)

CIF

Classificação Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde (modelo social –

contexto)

55

PARADIGMA INICIAL

1980 - Classificação Internacional das Deficiências,

Incapacidades e Desvantagens - CIDIDModelo Biomédico Linear

Distúrbio

ou

Doença

Deficiência Incapacidade Desvantagem

56

^

NOVO PARADIGMA

2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde – CIF

O foco neste modelo não é apenas a doença em si e o

tratamento delas, mas todos os aspectos que estariam

diretamente relacionados ao fenômeno do adoecer, sejam

eles fisiológicos, psicológicos, sociais, ambientais, dentre

outros, os quais também devem ser considerados para

que o tratamento seja eficaz.

Modelo Biopsicossocial, Dinâmico e Interativo

57

Indica os ASPECTOS POSITIVOS da interação entre um indivíduo (com uma condição de saúde) e seus fatores contextuais

(ambientais e pessoais)

Indica os ASPECTOS NEGATIVOS da

interação entre umindivíduo (com uma condição de saúde) e

seus fatores contextuais (ambientais

e pessoais)

INCAPACIDADE FUNCIONALIDADE

2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde - CIF

Modelo Biopsicossocial, Dinâmico e Interativo

58

- Aprovada, junto com o Protocolo Facultativo, por

unanimidade em 02 de julho de 2008 no Senado

Federal;

- 56 votos favoráveis*;

- Promulgado pelo Executivo em 25 de agosto de

2009.

- Primeiro tratado internacional com

poder constitucional da história do nosso

país.

59

60

61

62

1. Declaração de Direitos do Deficiente Mental - 1971

2. Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes – 1975

3. Declaração de Cave Hill - 1983

4. Declaración de Cartagena de Indias - 1992

5. Declaração de Manágua - 1993

6. Declaração de Salamanca - 1994

7. Declaração de Washington - 1999

8. Declaração de Pequim - 2000

9. Declaração de Dakar - 2000

10. Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão - 2001

11. Declaração de Guatemala - 2001

12. Declaração de Sapporo - 2002

13. Declaração de Madri - 2002

14. Declaração de Caracas - 2002

15. Declaração de Quito - 2003

16. Carta de Brasília – 2005

17. Década das Américas pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com

Deficiência (2006-2016)

18. Carta de Santos – 2008

19. Tratado de Marrakech – 2013

20. Protocolo Nacional Conjunto para Proteção Integral a Crianças e Adolescentes,

Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência – 2013

21. América Acessível: Informação e Comunicação para TODOS – Brasil – 2014

63

64

“Até 2016 os Estados membrosdeveriam conseguir avançossubstantivos na construção de umasociedade inclusiva, solidária e baseadano reconhecimento do gozo e exercíciopleno e igualitário dos direitoshumanos e liberdades fundamentais.”

65

66

Conscientização da sociedade

Saúde

Educação

Emprego

Acessibilidade

Participação Política

Participação em atividades culturais, artísticas, desportivas e recreativas

Bem-estar e assistência social

Cooperação Internacional

67

68

CARTA

69

OMS (2011)

70

Recomendação 1: Permitir o acesso a todas as políticas,sistemas e serviços

Recomendação 2: Investir em programas e serviçosespecíficos para pessoas com deficiência

Recomendação 3: Adotar estratégia e plano de ação paradeficiência em âmbito nacional

Recomendação 4: Envolver as pessoas com deficiência

Recomendação 5: Melhorar a capacidade dos recursoshumanos

Recomendação 6: Oferecer financiamento adequado emelhorar a acessibilidade econômica

Recomendação 7: Aumentar a conscientização pública e oentendimento das deficiências

Recomendação 8: Aumentar a base de dados sobredeficiência

Recomendação 9: Fortalecer e apoiar à pesquisa sobredeficiência.

71

72

“pessoa com deficiência éaquela incapacitada para a vidaindependente e para o trabalhoum conceito restritivo que estána Lei nº 8.742/93, a Lei daAssistência Social (Loas)”

73

“I - pessoa com deficiência: aquela quetem impedimentos de longo prazo denatureza física, intelectual ou sensorial, osquais, em interação com diversasbarreiras, podem obstruir sua participaçãoplena e efetiva na sociedade com asdemais pessoas;

II - impedimentos de longo prazo: aquelesque incapacitam a pessoa com deficiênciapara a vida independente e parao trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois)anos". (Lei nº 12.435/2011)

74

Pessoas com deficiência são aquelasque têm impedimentos de longoprazo de natureza física, mental,intelectual ou sensorial, os quais,em interação com diversas barreiras,podem obstruir sua participaçãoplena e efetiva na sociedade emigualdades de condições com asdemais pessoas. (CDPD, 2006)

75

Incapacitada para a vida independente e para o

trabalho (LOAS, 1993)

I - pessoa com deficiência: aquela que temimpedimentos de longo prazo de natureza física,intelectual ou sensorial, os quais, em interação comdiversas barreiras, podem obstruir sua participaçãoplena e efetiva na sociedade com as demaispessoas;

II - impedimentos de longo prazo: aqueles queincapacitam a pessoa com deficiência para a vidaindependente e para o trabalho pelo prazo mínimo

de 2 (dois) anos. (Lei nº 12.435/2011)

76

77

Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

127 artigos

7 vetos

78

79

Chegamos no Estatuto, mas para além disso, a um período em que a participação social das pessoas com deficiência nas instituições e nos conselhos produz novos idiomas na sociedade. O resumo serve para que lembremos do processo como um todo! É um pequeno resgate com enfoque nos conselhos, sobretudo do papel do Conade... Certamente, muitos outros aspectos podem ser acrescentados, mas a ideia aqui é dar uma ideia geral!

É um processo histórico, onde o protagonismo faz a diferença. Para não esquecer, muitos dos que “surfam na onda do Estatuto” votaram contra a participação social. A velha incoerência de parlamentares que mentem a si mesmos...

O tema Estatuto esteve presente nos debates do Conade e da rede de conselhos nos últimos anos. Alguns contra, outros a favor, mas um consenso - não retroceder em direitos historicamente conquistados, especialmente com o advento da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

80

A primeira proposta de Estatuto do Portador de Necessidades Especiais (PL 3638/00) foi apresentada pelo então deputado Paulo Paim, do PT gaúcho, no ano 2000. Ela tinha 62 artigos que tratavam de direitos a vida, saúde, educação, habilitação profissional, trabalho, cultura, turismo e desporto. O texto foi aprovado em comissão especial da Câmara em 2006, mas sua tramitação não avançou por falta de acordo. Também em 2006, chegava à Câmara outra proposta de Paulo Paim, agora senador, instituindo o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 7699/06). O texto mais amplo do que o primeiro: quase 300 artigos, nos quais aborda acessibilidade, tecnologias assistivas e algumas obrigações do Estado.

Em 2010, o Conade através de um Grupo de Trabalho emitiu relatório onde registrou os principais pontos polêmicos identificados nas diferentes minutas de estatuto já elaboradas, incluindo os subsídios dos seminários regionais que foram realizados de 28 de setembro de 2009 a 13 de novembro de 2009 (Os encontros foram resultado da Moção 34, aprovada pela plenária da 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência ocorrida em 2008, em Brasília. Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Brasília (DF), Salvador (BA) e Canoas (RS) foram as cidades escolhidas para sediar os Encontros Regionais aprovadas na plenária da 65ª), com base na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

81

Integrantes do Grupo de Trabalho (“GT”) - 2010Alexandre Mapurunga (Conselhos Estaduais)Isaias Dias (CUT)Laís de Figueirêdo Lopes (OAB) - relatoraKellerson Viana (Conselhos Municipais)Maria do Carmo Tourinho (ABRA)Márcio Aguiar (CVI)Moisés Bauer (ONCB)Roberto Tiné (APABB)Rosangela Santos (FARBRA)Silvana Almeida (AMPID)Valdenora Rodrigues (Mohan)

82

Sob coordenação da Secretaria de Direitos Humanos, através da Portaria 616/2012 foi instituído um Grupo de Trabalho do Estatuto da Pessoa com Deficiência, composto por representantes da SDH, que o coordenou, convidados da Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, juristas convidados e representantes do Conade, através de entidades da sociedade civil – ONCB, AMPID e APABB.

As atribuições prioritárias do GT estiveram centradas em sistematização dos relatórios das Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizadas nos anos de 2006 e 2008, no que concerne à incorporação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no ordenamento jurídico nacional; na sistematização dos relatórios dos cinco encontros regionais realizados pelo Conade - no ano de 2009, cuja temática era o debate dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 à luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; na análise da adequação dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 e da legislação vigente ao texto da Constituição da República Federativa do Brasil, emendada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo; e por fim, no oferecimento de subsídios e contribuições ao Congresso Nacional sobre o tema.

Após conclusão dos objetivos pelo qual foi instituído, o GT apresentou a proposta de substitutivo à Câmara e ao Senado Federal, no prazo de dez meses, conforme acordado com a Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência que abre agora, nova rodada de discussões, parte do processo democrático.

83

Em junho de 2013, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi designada relatoria do Estatuto. Uma nova rodada de discussões é realizada e para dar possibilidade de novas contribuições ao Projeto de Lei, o Conade organizou em 2013 a Oficina Estratégia de Monitoramento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, onde o colegiado aportou um conjunto de 64 propostas.

Além disso, conselheiros e conselheiras do Conade participaram de diversas atividades em todo país, com grande atuação dos conselhos estaduais e municiais, que foram mobilizados para que pudessem apropriar-se do texto e oferecessem sugestões.

Em 2015, o senador Romário (PSB-RJ) foi o relator do projeto no senado, aprovado por unanimidade.

A grande lição do Estatuto, o que na verdade não é nada novo – Protagonismo e possibilidade de participação são fundamentais para que tenhamos uma sociedade mais democrática. Parabéns ao Conade e todos que fizeram parte desta história de luta!Chegamos ao Estatuto por um conjunto de modificações que ocorrem na sociedade, onde os direitos da pessoa com deficiência avançam na agenda política. Agora, fortalecer a participação social e a rede de órgãos gestores é essencial para a materialização da lei na vida das pessoas... Apenas começamos... Que venha a sanção presidencial e possamos viver um tempo de mais direitos a todas as pessoas...

84

Seminário – Faders

(2011)

85

Reunião – Conade

(2013)

86

Oficina – Conade

(2013)

87

Grupo de Trabalho – Conade

(2013)

88

Romário (PSB/RJ)

Mara Gabrilli (PSDB/SP)

Paulo Paim (PT/RS)

89

Sanção (2015)

90

1) No artigo 29, buscou-se reservar 10% de vagas para estudantes com deficiência, por curso e turno, em cada processo seletivo para ingresso, sem qualquer prejuízo aos demais estudantes pois há previsão expressa no parágrafo 1º de reversão de vagas não preenchidas. O percentual estabelecido inclusive está muito abaixo do percentual oficial de 23,9% pessoas com deficiência no Brasil.2) No inciso II, do artigo 32 propunha-se que a definição de projetos de construção, em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos a pessoa com deficiência seja considerada e assim também seja considerado o princípio do desenho universal, em harmonia ao comando da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. O desenho universal (Artigo 2, da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência) gera inclusive uma economia de recursos pois sua técnica uma vez bem aplicada evita a necessidade de adaptações ou projeto específica, gerando ao final economia financeira para o projeto.

91

3) No artigo 109 buscava-se alterar o artigo 154, do Código de Trânsito para oferecer veículo adaptado para a pessoa com deficiência realizar sua formação de condutor, respeitado o princípio da igual oportunidade e não discriminação da pessoa com deficiência, conforme o comando da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Relegar tema de lei ordinária para norma do Contram é minimizar o direito constitucional da pessoa com deficiência. E mais, verifica-se a clara influência do setor econômico na decisão, posto que o veículo adaptado poderia gerar despesas para os centros de formação de condutores.4) No artigo 82 buscou-se dar prioridade à pessoa com deficiência na tramitação processual, nos procedimentos judiciais e administrativos em que for parte, interveniente ou terceira interessada e no recebimento de precatórios, em qualquer instância, de acordo com o que já ocorre com a pessoa idosa, sem que isso afronte comando constitucional.

92

5) No artigo 100 buscou-se alterar o artigo 93, da leino 8.213/91 que trata da reserva de cargos em empresas comcem ou mais empregados, incluindo as empresas com 50 oumais empregados, de forma a assegurar que um maior númerode trabalhadores com deficiência possam ser incluídos notrabalho. Os dados oficiais mostram que é maior a distribuiçãoe maior é número de empresas com 50 empregados ou maisem todo o território nacional. A aferição do cumprimentosomente ocorreria após três anos de vigência da lei, dandotempo suficiente para as providências de fiscalização. Verifica-se, mais uma vez, pelo próprio fundamento, a clara influênciado setor econômico na decisão de veto presidencial.6) No artigo 106 propôs igualar os direitos entre todas asnaturezas das deficiências (pessoas com deficiência física,sensorial, intelectual ou mental ou autistas, diretamente ou porintermédio de seu representante legal) com a isenção de IPI naaquisição de veículo. O fundamento lançado de renúncia dereceita sem estimativas de impacto é, no mínimo, falacioso.

93

§ 4º do art. 77 da Lei no 8.213, de 24 de julhode 1991, alterado pelo art. 101 do projeto delei:

“§ 4o A parte individual da pensão dodependente com deficiência de que trata oinciso II do § 2o deste artigo que exerçaatividade remunerada será reduzida em 30%(trinta por cento), devendo ser integralmenterestabelecida em face da extinção da relação detrabalho ou da atividade empreendedora.”

94

LIVRO I - PARTE GERALTÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II - DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

TÍTULO II - DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I - DO DIREITO À VIDA

CAPÍTULO II - DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO

CAPÍTULO III - DO DIREITO À SAÚDE

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

CAPÍTULO V - DO DIREITO À MORADIA

CAPÍTULO VI - DO DIREITO AO TRABALHO

CAPÍTULO VII - DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO VIII DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO IX DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E AO LAZER

CAPÍTULO X - DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE

95

TÍTULO III - DA ACESSIBILIDADE

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II - DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO

CAPÍTULO III - DA TECNOLOGIA ASSISTIVA

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA

TÍTULO IV - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

96

LIVRO II - PARTE ESPECIAL TÍTULO I - DO ACESSO À JUSTIÇA

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II - DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI

TÍTULO II - DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

TÍTULO III - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

97

A minuta da Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI é uma construção coletiva. Foi o primeiro Projeto de Lei da Câmara dos Deputados a ser traduzido para Libras – Língua Brasileira de Sinais durante sua discussão. Seu texto preliminar ficou sob consulta pública no E-democracia por cerca de seis meses, tendo recebido, entre contribuições vindas do portal, de e-mails e ofícios, cerca de mil propostas.

A LBI tem como base a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o primeiro tratado internacional de direitos humanos a ser incorporado pelo ordenamento jurídico brasileiro com o status de emenda constitucional.

98

Conceito - Pela lei, uma pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.Quem deve implementar? O Governo Federal sob coordenação da Secretaria Especial com participação do Conade.

SaúdeO FGTS poderá ser utilizado na aquisição de órteses e próteses Proíbe os planos de praticarem qualquer tipo de discriminação à pessoa em razão de sua deficiência.

Quem deve implementar? O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, em conjunto com a Secretaria Especial, Ministério da Saúde e participação do Conade.

EducaçãoInstituições de ensino são proibidas de cobrar a mais de alunos com deficiência. Obriga o poder público a fomentar a publicação de livros acessíveis pelas editoras.

MobilidadeReserva de 2% das vagas em estacionamentos 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis adaptados para motoristas com deficiência 10% dos carros das frotas de táxi adaptados para acesso das pessoas com deficiência

99

A Lei Brasileira de Inclusão se aplica àpessoa autista?

Sim. Conforme a Lei 12.764/12, a pessoaautista é considerada para todos os fins,pessoa com deficiência. (Art. 1o – Lei12.764/12). Portanto, todos os direitosassegurados pela LBI se aplicam também àspessoas autistas.

100

Como é feita a avaliação da deficiência? A avaliação, quando necessária, será

biopsicossocial e realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, considerando: os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais psicológicos e pessoais, a limitação no desempenho de atividades e a restrição de participação (§2o, Art. 2o)

10

1

O que são barreiras? Barreira é qualquer entrave, obstáculo, atitude ou

comportamento que limite ou impeça a participaçãosocial da pessoa, bem como o gozo, a fruição e oexercício de seus direitos à acessibilidade, àliberdade de movimento e de expressão, àcomunicação, ao acesso à informação, àcompreensão, à circulação com segurança, entreoutros. As barreiras podem ser urbanísticas,arquitetônicas, em transportes, nas comunicações ena informação, atitudinais e tecnológicas. (Art. 3º, IV)

10

2

MoradiaReserva de 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos

CulturaTeatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados.

TurismoCota de 10% de dormitórios acessíveis em hotéis

Inclusão e cidadaniaA lei foi feita para garantir o direito das pessoas com deficiência de serem incluídas na vida social em todos os aspectos.Boletos, contas, extratos e cobranças devem ser em formato acessível. Direito a pessoa com deficiência de votar e ser votada, em igualdade de oportunidades. Permite que pessoas com deficiência intelectual casem legalmente ou formem união estável. 10% dos computadores de lan houses com recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual

CadastroO texto também cria o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência com a finalidade de coletar e processar informações destinadas à formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas públicas para as pessoas com deficiência e para a realização de estudos e pesquisas.

10

3

EsporteAgora, 2,7% da arrecadação das loterias federais devem ir para o esporte. Hoje esse percentual é de 2%. Dessa parte a ser destinada ao esporte, o Estatuto prevê que 37,04% devem ser repassados ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 62,96% ao Comitê Olímpico (COB). Atualmente o CPB fica com a fatia de 15% e o COB, 85%. Para vocês terem uma ideia, ficamos em 7º lugar no número de medalhas de ouro nas Paralímpiadas de 2012. Em comparação, estamos em 22º nas Olimpíadas.

104

Habilitação e Reabilitação Reconhecimento da habilitação e reabilitação com um direito

da pessoa com deficiência, com vistas a sua autonomia e participação social em igualdade de condições com as demais pessoas;

Desenvolvimento de ações articuladas pelo SUS e pelo SUAS que garantam à pessoa com deficiência e sua família a aquisição de informações, orientações e formas de acesso às diversas políticas públicas existentes, com a finalidade de propiciar sua plena participação social;

Revisão dos critérios de elegibilidade para o acesso ao Benefício da Prestação Continuada;

Proibição de planos de saúde discriminarem a pessoa em razão de sua deficiência.

105

Comunicação, Cultura e Lazer Garantia de acessibilidade nos serviços de telefonia; Teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de

espetáculo devem reservar espaços/ assentos para pessoas com deficiência em todos os setores, resguardado o direito de elas se acomodarem próximas a seu grupo familiar e comunitário;

Salas de cinema deverão garantir à pessoa com deficiência recursos de acessibilidade em todas as sessões;

Hotéis deverão oferecer dormitórios acessíveis; Pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates

transmitidos pelas emissoras de televisão devem ter acessíveis; Telecentros públicos deverão oferecer no mínimo 10% de recursos acessíveis

para pessoas com deficiência visual; As editoras não poderão usar nenhum argumento para negar a oferta de livro

acessível.

106

Direitos Civis Pessoas com deficiência intelectual terão direito ao voto e ser

votado, ao casamento e a ter filhos, tendo vista que o processo de curatela somente poderá recair sobre direitos de natureza patrimonial e negocial;

Harmonização com o sistema penal de penas relacionadas ao preconceito, descriminação e abuso contra a pessoa com deficiência;

Garantia de acessibilidade no acesso à Justiça para todos os envolvidos em processos judiciais, sejam como partes, advogados, juízes, defensores, promotores, dentre outros.

107

Apenas quando necessário, a pessoa comdeficiência será submetida à curatela. A curatelaconstitui medida protetiva extraordinária,proporcional às necessidades e às circunstânciasde cada caso, e durará o menor tempo possível.(Art. 84)

108

Em casos de risco emergência ou estado de calamidadepública, como deve agir o poder público em relação àpessoa com deficiência?

A pessoa com deficiência será considerada vulnerável, eportanto, deve o poder público adotar medidas para suaproteção e segurança. A criança, o adolescente, amulher e o idoso com deficiência são consideradosespecialmente vulneráveis. (Arts. 6o e 10)

109

Direitos Civis Pessoas com deficiência intelectual terão direito ao voto e ser

votado, ao casamento e a ter filhos, tendo vista que o processo de curatela somente poderá recair sobre direitos de natureza patrimonial e negocial;

Harmonização com o sistema penal de penas relacionadas ao preconceito, descriminação e abuso contra a pessoa com deficiência;

Garantia de acessibilidade no acesso à Justiça para todos os envolvidos em processos judiciais, sejam como partes, advogados, juízes, defensores, promotores, dentre outros.

110

Prazo para o instrumento de avaliação da deficiência ficar pronto e outros prazos da LBI

O Executivo tem até 24 meses para fazer o decreto do instrumento da avaliação da deficiência, como consta do Art. 2.o da LBI –Lei Brasileira de Inclusão:

Decretos não passam pelo Legislativo.

111

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1o A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipemultiprofissional e interdisciplinar e considerará:(Vigência)

I – os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

II – os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

III – a limitação no desempenho de atividades; e

IV – a restrição de participação.

§ 2o O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

11

2

A maior parte dos artigos da LBI já está em vigor desde 02/01/2016. As exceções são os artigos que mencionam grau da deficiência, pois

dependem do instrumento de avaliação, e aqueles mencionados a seguir – art. 124 e 125:

Art. 124. O § 1o do art. 2o desta Lei deverá entrar em vigor em até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.

Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir discriminados, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos seguintes dispositivos:

I – incisos I e II do § 2o do art. 28 – 48 (quarenta e oito) meses; II – § 6o do art. 44 – 48 (quarenta e oito) meses; III – art. 45- 24 (vinte e quatro) meses; IV – art. 49 – 48 (quarenta e oito) meses.

113

Decreto 8.725/2016: Institui a Rede Intersetorial de Reabilitação Integral e dá outras providências.

Decreto de 27/04/2016: Instituí o Comitê doCadastro Nacional de Inclusão da Pessoa comDeficiência e da Avaliação Unificada daDeficiência, no âmbito do Ministério dasMulheres, da Igualdade Racial, da Juventude edos Direitos Humanos.

114

Revisar as leis dos Estados, Distrito Federal e Municípios

Divulgar a lei a sociedade como um todo

Ampliar a participação (Conselhos e entidades)

Ampliar os direitos (o que não foi previsto ainda)

Diagnósticos: quais os dados possuímos? Leis? Pessoas com Deficiência no serviço público? Acessibilidade nos espaços públicos?

Criar e fortalecer estruturas...

115

116

Para garantir uma seleção justa, todos vão fazer o mesmo teste – subir aquela

árvore ali.

117

Acessibilidade costuma ser associada

apenas a questões físicas e

arquitetônicas, mas expressa um

conjunto de dimensões diversas,

complementares e indispensáveis para

que haja efetiva inclusão.

Acessibilidade é a ausência de

barreiras que garante a igualdade de

oportunidades.

118

Possibilidade e condição de alcance para

utilização, com segurança e autonomia, deespaços, mobiliários, equipamentosurbanos, edificações, transportes,informação e comunicação, inclusive seussistemas e tecnologias, bem como de outrosserviços e instalações abertos ao público, deuso público ou privados de uso coletivo,tanto na zona urbana como na rural, porpessoa com deficiência ou com mobilidadereduzida;

119

Existem seis tipos de acessibilidade:

1. Atitudinal

2. Arquitetônica

3. Comunicacional

4. Instrumental

5. Metodológica

6. Programática

120

Desenho universal é uma forma de

conceber produtos, meios de comunicação

e ambientes para serem utilizados por

todas as pessoas, o maior tempo possível,

sem a necessidade de adaptação,

beneficiando pessoas de todas as idades

e capacidades

121

audiodescricao@faders.rs.gov.br

jorge-amaro@faders.rs.gov.brwww.portaldeacessibilidade.rs.gov.br

(51) 9612-8261

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