simpósio de cardiologia

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Exames complementares em Cardiologia Veterinária: indicações e interpretação

PROFª DRª TATIANA CHAMPION

Identificação precoce x tardia

http://www.ahna.net/blog/heart-murmurs-dogs-and-cats

http://www.ahna.net/blog/heart-murmurs-dogs-and-cats

Exames Complementares na Cardiologia VeterináriaMensuração da Pressão Arterial Sistêmica

Radiografia de tórax

Eletrocardiografia convencional

Eletrocardiografia ambulatorial (HOLTER ECG)

Ecodopplercardiografia

Ultrassonografia pulmonar, vascular

Biomarcadores cardíacos

CMPA – UNESP-Jaboticabal

Serviço de Cardiologia Veterinária - UFFS

Ausculta CardíacaBulhas cardíacas normofonéticas, ritmo regular, sem sopro

◦ Regularmente irregular Arritmia sinusal respiratória

Ware, 2007

Focos de ausculta cardíaca

Ware, 2007

Exames ComplementaresEletrocardiograma

Pressão arterial sistêmica

Radiografia torácica

Ecocardiograma

Holter

Biomarcadores cardíacos

Mensuração da Pressão Arterial SistêmicaMétodos

Técnica

Quando aferir ????

Interpretação?

Definir perfil hemodinâmico do paciente com ICCHipotenso?

Normotenso?

biomedfrontiers.org

https://diamondcarepetfood.com/hypertension-and-kidney-disease/

Risco de lesão

em órgãos-alvo

Valor de PA sistólica e

diastólica

Tratamento

Mínimo 150/95 mmHg Acompanhar

Médio 150-159/95-99 mmHg Considerar “síndrome do jaleco

branco”, s/ tratamento

Moderado 160-179/100-119 mmHg Instituir tratamento em

presença de lesão em órgãos-

alvo. Não instituir se estiver no

limite inferior, sem lesão em

órgão-alvo e se não puder

excluir “síndrome do jaleco

branco”

Grave > 180/120 mmHg Iniciar terapia anti-hipertensiva

Consenso do ACVIM para classificação da PA (Brown et al., 2007)

Radiografia torácica

Indicações Radiografia torácicaTosse

Cianose

Dispnéia***

Doença cardiovascular

Trauma torácico

Neoplasias

Regurgitação

Avaliação radiográfica de tóraxParede torácica e diafragma

Mediastino

Cavidade pleural

Espaços alveolares

Brônquios

Vasos pulmonares e intratorácicos

Interstício pulmonar

Coração

Veterinary Clinics of North America: SmallAnimal Practice, in press 2017

Anatomia pulmonar – Pulmão esquerdo

2 lobos:

◦ Lobo pulmonar cranial esquerdo

◦ Lobo pulmonar caudal esquerdo

http://www.real3danatomy.com/thorax/dog-heart-lungs-3d.html

Anatomia pulmonar – pulmão direito4 lobos

◦ Lobo pulmonar cranial direito

◦ Lobo pulmonar médio direito

◦ Lobo pulmonar caudal direito

◦ Lobo acessório

Anatomia radiográfica pulmonar

Lobos pulmonares e fissuras

Torção de lobo pulmonar

Eletrocardiograma

ECG 5 min – FC <160 bpm

ECG Holter – FC média 24h <140bpm

“A 24-hour Holter remains the recommended technique to evaluate heart rate in dogs with atrial fibrillation” (Pariaut, 2017)

ECG comprimido

Tacograma

Tacograma

Pariaut, R. Atrial Fibrillation Current Therapies.Vet Clinics North America: SmallAnimal Practice, 2017

Ecocardiograma

HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR

Cães idosos?

IVCM?

Dirofilariose?

Doença pulmonar crônica?

IVCM estável que desenvolve ascite?

Edema pulmonar não cardiogênico?

HAP – Suspeitas clínicas

Insuficiência tricúspide > 2.7 m/s.

Pulmonary Hypertension in Dogs: Diagnosis and Therapy.

Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, Vol. 40, July 2010; 623-641.

Insuf. tricúspide: 4 m/seg

Pulmonary Hypertension in Dogs: Diagnosis and Therapy.

Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, Vol. 40, July 2010; 623-641.

Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, in press 2017

Veterinary Clinics of North America: SmallAnimal Practice, in press 2017

Veterinary Clinics of North America: SmallAnimal Practice, in press 2017

LVIDD index

VALORES DE REFERÊNCIA PARA DIVEDN = 1.27 TO 1.85

Cães com LVIDDN >1.7 = pior evolução clínica

Veterinary Clinics of North America: SmallAnimal Practice, in press 2017

Identificando cardiopatiasEXAME FÍSICO + EXAMES COMPLEMENTARESHistórico – quimioterápicos, fármacos, condições clínicas, afecções sistêmicas relacionadas à distúrbios cardiovasculares.

PAS

ECG

Ecodopplercardiograma

Radiografia torácica

Biomarcadores cardíacos – NT pro BNP

Sorologia para dirofilariose

Função tireoidiana

http://www.idexx.com.au/smallanimal/inhouse/snap/feline-probnp.html

PIMOBENDAN e SRAA

PIMOBENDAN

Pimobendan potencial Agravar taquiarritmias

Fuentes VL. Vet Clin Small Anim 2004;34:1145–1155.

Uso Pimobendan arritmias restrito à ICC

KRAUS et al., J Vet Intern Med 2009;23:1–6;

J

PIMOBENDAN - ARRITMIAS

Anorexia

Vômitos

Hepatotoxicidade

AMIODARONA

Radiografia ou Ecodopplercardiografia?

ACVIM Proceedings, 2017

Obrigada!

TRATANDO A ENDOCARDIOSE VALVULAR CANINA: O QUE TEMOS DE NOVIDADES EM

2017?

Felipp da Silveira FerreiraM.V. (UENF), Esp. (UFLA / CEAMVET-México) MSc., DSc. (UENF)

Coordenador Esp. Cardiologia Veterinária/Qualittas

O QUE É A ENDOCARDIOSE?

A degeneração mixomatosa valvar mitral (DMVM) é a cardiopatia mais comum em cães.

Acomete principalmente animais idosos, de raças de pequeno porte e miniaturas.

ENDOCARDIOSE

Degeneração e espessamento dos folhetos

valvares -> Impede coaptação -> Permite

regurgitação -> causa redução do débito

cardíaco

O que causa...

Desconhecida... Teorias...ETIOLOGIA

Cardiopatia mais frequente da veterinária...Epidemio

Maior incidência em machos, 8 a 11 anos...Perfil

Porte pequeno a miniatura!

O QUE É A ENDOCARDIOSE?

BREVE HISTÓRICO TERAPÊUTICO

DIGOXINA

DIURÉTICOS

PIMOBENDAN

INIBIDORES DA ECA

CARDIOPROTETORES

DIURÉTICO

DILATADORES

DIETADESCANSO

DIGITÁLICO

BREVE HISTÓRICO TERAPÊUTICO

ULTRAPASSADO?NÃO SE USAM MAIS???

ATUALMENTE...

Individualização terapêutica!!!

Terapia comum!!!

PROTOCOLO ACVIM 2009

ORIENTAÇÃO, DIRETRIZ...!!!

*

PROTOCOLO ACVIM 2009

Estágio Características principais

Estágio AElevado risco de desenvolver DMVM, mas ainda não apresentam

alterações. Raças predispostas.

Estágio BPaciente com alteração estrutural, porém, assintomático. É subdividido

em:

B1: Sem evidências de

remodelamento cardíaco.

B2: Com evidências de

remodelamento cardíaco.

Estágio CSinais clínicos prévios ou atuais de insuficiência cardíaca associada a

alterações estruturais do coração.

Estágio DPaciente com sinais clínicos da doença valvar em estágio avançado, com

ICC refratária a terapia principal.

PROTOCOLO ACVIM 2009

Estágios Manejo terapêutico

Estágio A Não tratar.

Estágio B1Terapia não recomendada. Realizar o acompanhamento radiográfico ouecocardiográfico.

Estágio B2Terapia não consensual: b-bloqueadores ou IECA. E recomenda-se leve restriçãode sódio com dietas de alta palatabilidade.

Estágio C

Agudo: Furosemida; Pimobendan; Sedação e oxigenação; Nitroprussiato de Sódio.

Crônico: Furosemida; Inibidores da ECA; Pimobendan. Espiro, Digox., antitus., bronc.

Estágio D

Agudo: Furosemida; Oxigenação e ventilação; Nitroprussiato, anlodipina,

hidralazina. Pimo., Dobuta, sild., bronc.

Crônico: Furosemida; Espironolactona; Pimobendan; Hidroclorotiazida., Digo., Sild., antitus...

Dieta...

O QUE TEMOS DE NOVIDADE???

CARDIOPROTEÇÃO...

ESPIRONOLACTONA!

Aldactone®.

Mecanismo de ação:

Antagonista competitivo da aldosterona

Poupador de potássio

Efeito diurético em cardiopatas tratados com IECA?

Espironolactona -> Canrenona

Efeito lento

2 a 3 dias para início da ação!

Excreção:

Fezes > renal

PARA A DIURESE...

TORSEMIDA!!!

Torasemida; Torsemide.

Mecanismo de ação:

Diurético de alça e bloqueador dos canais de Cloro.

Antagoniza aldosterona parcialmente.

Período de ação:

Até 12h!!!

1/10 da dose da furosemida!

Doses:

Cães: 0,2-0,3mg/kg

Gatos: 0,2-0,3mg/kg

BETA-BLOQUEADORES

BETA-BLOQUEADORES

2,1km/h, 10 min1km/h a cada 2 min

CARVEDILOL 0,15-0,30mg/kg BID PO

BETA-BLOQUEADORES: Conclusão...

A ASSOCIAÇÃO DO CARVEDILOL OU EXERCÍCIOS FÍSICOS COM À TERAPIA CONVENCIONAL DE CÃES COM DMVM MELHORA A QUALIDADE DE VIDA E A CLASSIFICAÇÃO

FUNCIONAL. LOGO, CAMINHADAS LEVES EM CÃES COM CMVM DEVEM SER ESTIMULADAS…

ESTUDO EPIC...

O QUE PROPÕE O ESTUDO?

Mínimo de 6 anos, peso entre 4,1 e 15 kg

Sopro mínimo III/VI

AE/Ao ≥ 1,6, LVIDDN ≥ 1,7

Lesão mitral com regurgitação no ECO

VHS > 10,5

E QUAL A SUA CONCLUSÃO?

Administração do pimobendan em cães

com DMVM resulta em prolongamento do

período assintomático de cerca de 15 meses, é

seguro e bem tolerado!!!

PORÉM...

RESULTADOS INQUESTIONÁVEIS, MAS...

RENDA MÉDIA ESTIMADA:US$ 1.256,00/mês = R$ 3.956,40/mês

(16/08/2017)

CUSTO APROXIMADO DO PRODUTO DE 1,25mgUS$ 30,00 = R$ 94,00

RENDA PER CAPITA:R$ 1.220,00/mês(Dados de 2016)

CUSTO APROXIMADO DO PRODUTO DE 1,25mg

R$ 56,00

GASTO DE 4,6% DA RENDA COM O PRODUTO POR MÊS

GASTO DE 2,4% DA RENDA COM O PRODUTO POR MÊS

BENAZEPRIL + PIMOBENDAN

BENAZEPRIL + PIMOBENDAN

Fortekor Plus®.

Mecanismo de ação:

Benazepril: IECA

Pimobendan: Inodilatador

Discreto aumento de FC: taquicardia reflexa?

Bem tolerado, inclusive em doses mais elevadas

Apresentações:

Fortekor plus® 1,25mg/2,5mg

Fortekor plus® 5mg/10mg

Doses...

BENAZEPRIL + PIMOBENDAN

Problemática...

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

REVISAR FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTOOBJETIVO

EstágioO QUE MUDOU NA

CLASSIFICAÇÃO...

Estágio A SEM ALTERAÇÕES

Estágio B SEM ALTERAÇÕES

Estágio C INCLUSÃO DO NT-pro-BNP

Estágio D SEM ALTERAÇÕES

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?DMVM

Estágio 2009 2017

Estágio A NÃO TRATAR NÃO TRATAR

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?DMVM

Estágio 2009 2017

Estágio B1 NÃO TRATAR NÃO TRATAR

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?DMVM

Estágio 2009 2017

Estágio B2IECAS...

b-BLOQ...

PIMOBENDAN0,25-0,30mg/kg

FORA DO EPIC -> NÃO TRATAR

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?

Estágio 2009 2017

Estágio C

AGUDO

FUROSEMIDA

OXIGÊNIO

SEDAÇÃO

PIMOBENDAN

FUROSEMIDA

6-8mg/kg bolus

0,66mg/kg/h inf. cont.

OXIGÊNIO

SEDAÇÃO

PIMOBENDAN

BID + DOSE EXTRA

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?

Estágio 2009 2017

Estágio C

CRÔNICO

FUROSEMIDA

IECA

PIMOBENDAN

DIETA

FUROSEMIDA

2mg/kg BID

IECA

0,25-0,50mg/kg BID

PIMOBENDAN

ESPIRONOLACTONA

2mg/kg SID

DIETA

CIRURGIA

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?

Estágio 2009 2017

Estágio D

AGUDO

FUROSEMIDA

BOLUS/INFUSÃO

OXIGÊNIO

SEDAÇÃO

VASODILATADOR EXTRA:

• Nitroprussiato

• Hidralazina

• Anlodipina

FUROSEMIDA

PIMOBENDAN

OXIGÊNIO

SEDAÇÃO

INOTRÓPICO EXTRA:

• Dobutamina Inf. cont.

VASODILATADOR EXTRA:

• Nitroprussiato

• Hidralazina

• Anlodipina

REVISÃO ACVIM 2017 DMVM

O QUE MUDOU NA TERAPIA?

Estágio 2009 2017

Estágio D

CRÔNICO

FUROSEMIDA

IECA

PIMOBENDAN

ESPIRONOLACTONA

DIETA HIPOSSÓDICA

FUROSEMIDA/

TORASEMIDA

IECA

PIMOBENDAN

ESPIRONOLACTONA

DIETA

VASODILATADOR EXTRA:

• Nitroprussiato

• Hidralazina

• Anlodipina

CIRURGIA?

CONSIDERAÇÕES FINAIS...

Existem diretrizes...

Não são “receitas de bolo”...

Casos devem ser individualizados...

Perspectivas futuras...

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