seminario3 - grafica expoente
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROJETO DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
RELATÓRIO DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E SERVIÇOS:
CASO GRÁFICA EXPOENTE
Gabriel Guimarães Campos
Gabriel Lemos de Macedo
Rodolfo de Castro Burgos
Vitor Carvalho de Oliveira
PROFESSOR: Izabel Cristina Zattar
CURITIBA
2015
1
Gabriel Guimarães Campos
Gabriel Lemos de Macedo
Rodolfo de Castro Burgos
Vitor Carvalho de Oliveira
RELATÓRIO DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E SERVIÇOS:
CASO GRÁFICA EXPOENTE
Trabalho de graduação apresentado para o Curso de Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia de Produção, do Setor de Tecnologia, da Universidade Federal do Paraná.
CURITIBA
2015
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................6
1.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................7
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.................................................................................7
2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................8
2.1 Razões para a elaboração do projeto................................................................8
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................9
3.1 Layout...................................................................................................................9
3.2 Método 5s...........................................................................................................10
3.3 FIFO.....................................................................................................................11
3.4 Segurança e saúde no trabalho........................................................................12
4. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA...........................................................................13
4.1 Aspectos básicos..............................................................................................13
4.2 Organograma da empresa................................................................................16
4.3 Informações complementares..........................................................................16
5. DADOS DO PROCESSO PRODUTIVO...................................................................17
5.1 Matéria prima e Produto....................................................................................17
5.2 Capacidade produtiva instalada.......................................................................18
5.3 Descrição do processo produtivo em relação ao layout...............................18
5.4 Descrição dos postos de trabalho e dos processos......................................20
5.5 Condições de trabalho......................................................................................24
5.6 Movimentação....................................................................................................25
5.7 Armazenamento.................................................................................................25
5.8 Layout Atual.......................................................................................................25
5.9 Fluxograma.........................................................................................................27
5.10 Fluxo de materiais...........................................................................................27
6. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA........................................................................28
6.1 Modalidade principal do problema...................................................................29
7. FERRAMENTAS E MÉTODOS................................................................................30
7.1 Método para o Relayout....................................................................................30
7.2 Método para implementação do Novo Armazém............................................31
8. LIMITAÇÕES............................................................................................................31
8.1 Condicionantes..................................................................................................31
9. PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA..................................................33
9.1 Proposta de Relayout........................................................................................33
9.2 Proposta de implementação do 5S..................................................................42
3
9.3 Proposta de aplicação do FIFO na gráfica......................................................45
9.4. Aplicação da segurança e saúde no trabalho na gráfica..............................49
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO........................................................51
11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................53
4
RESUMO
As instalações industriais estão diretamente ligadas ao processo produtivo das
empresas. De acordo com o ramo de atuação da indústria e do seu nível de
complexidade, diferentes técnicas podem ser utilizadas de modo a estabelecer
a melhor maneira que as máquinas, homem e equipamentos disponíveis
possam estar interligados e dispostos fisicamente. O presente trabalho tem
como foco o estudo das instalações de uma indústria gráfica de grande porte,
localizada em Pinhais – PR. Serão propostas modificações no layout (relayout)
da fábrica de modo a buscar o aprimoramento da produção do principal produto
da empresa, as apostilas escolares. Paralelamente a isso, serão propostas
soluções em determinados setores da gráfica, com a utilização de técnicas
como o 5S, FIFO, e aspectos da segurança e saúde no trabalho.
Palavras-chave: Instalações industriais. Indústria gráfica. Relayout.
5
1. INTRODUÇÃO
Numa fábrica, o processo de aumentar a capacidade de produção de
determinado item está ligado a diversos fatores. Um dos principais meios de
fazer com que a produção seja otimizada, utilizando menos tempo e menor
gasto, está ligado à determinação do layout industrial da fábrica.
Através de estudos, dependentes da complexidade e do ramo da
empresa, procura-se diminuir os movimentos internos dos insumos, estoques
intermediários e de produtos acabados, espaço para postos de trabalho e de
mão-de-obra indireta, além de determinar a correta relação de outros serviços
ligados a produção, como equipamento de operação e o pessoal que o opera.
O layout industrial pode ser definido como a disposição física de
determinados equipamentos e máquinas numa linha de produção. A integração
dos elementos produtivos está diretamente relacionada com a definição deste
arranjo. Todas as operações subsequentes relacionadas à produção do insumo
serão afetadas diretamente pelo arranjo físico determinado previamente pela
empresa.
Além disso, as instalações industriais e de serviços são diretamente
responsáveis pela integração entre máquina, homem e equipamentos
disponíveis. Daí a importância de realizar este estudo de maneira prévia, de
modo a evitar que um possível arranjo físico equivocado possa afetar
negativamente tal integração.
Entretanto, a alteração do layout industrial (relayout) de uma fábrica
pode muitas vezes ser inevitável. O tempo para que isto ocorra depende de
que tipo de indústria a ser analisada. Isso ocorre pelo dinamismo tecnológico
vivido atualmente, com a chegada frequente de inovações, máquinas e novos
processos. A empresa deve saber o momento oportuno em que a disposição
física dos equipamentos e máquinas seja alterada, sempre vislumbrando a
combinação ótima das instalações industriais.
O presente trabalho, apresentado na disciplina de Instalações Industriais
e de Serviços, do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal
6
do Paraná, tem por objetivo analisar os aspectos relativos ao layout industrial
de uma empresa, propondo, caso necessário, possíveis alterações neste,
tendo como base os estudos realizados na disciplina.
A empresa escolhida para a execução deste projeto é a Gráfica
Expoente, uma das maiores do setor no país.
Serão abordados aspectos básicos da empresa, como histórico, produto,
matéria prima, localização, mercado consumidor. Além disso, vamos
apresentar os dados do processo produtivo da gráfica (produto, capacidade
produtiva instalada, postos de trabalho, mão de obra, movimentação,
armazenamento e layout atual).
Será ainda exposta a apresentação geral do problema, e será proposta
uma ou mais alternativas: unidade nova, relayout, mudança de fluxo, mudança
de processo, substituição de processo, substituição de produto, incorporação
de novos produtos e transferência de instalações ou ampliações.
Por fim, será feita uma breve justificativa do trabalho, onde serão
expostas as razões para elaboração do projeto, podendo ser aumento de
demanda, segurança, novos equipamentos, novos produtos, novos processos,
mudança de prédio, etc.
1.1 OBJETIVO GERAL
Realizar um estudo das instalações industriais da Gráfica Expoente com o intuito de propor melhorias para o layout atual.
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Melhorar as condições de trabalho.
Redimensionar e organizar os estoques.
Implementar o método 5s.
Implementar o método FIFO.
Propor um Relayout da planta.
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2. JUSTIFICATIVA
2.1 Razões para a elaboração do projeto
A partir das observações e visitas à gráfica estudada, é notável a
necessidade de melhoria no ambiente de trabalho da mesma, acredita-se que a
mudança do estoque final vai regularizar a situação dos estoques dentro da
planta, corrigindo também a questão dos estoques intermediários que poderão
ficar próximos as estações em locais hoje ocupados por estoque final e que
dificultam inclusive a boa circulação dos funcionários.
Transferindo o estoque final, será possível implementar um sistema de
gerenciamento de armazéns, implementando controle de filas como o FIFO
(First In, First Out), hoje inexistentes.
A demanda por apostilas cresce ano a ano. De modo que a mudança se
torna uma forma aceitável de suportar os próximos anos, sem a necessidade
de mudança total das instalações.
Como o Grupo Expoente já possui o outro barracão, o custo desta
medida se aplica somente ao transporte até este (que já é feito atualmente).
Assim, a expedição dos produtos passaria a ser do novo armazém.
Com a retirada do estoque, especificamente na área de expedição,
ocorre significativa liberação de espaço na planta. Permitindo, assim, o relayout
deste departamento para corrigir erros que ocasionam transporte
desnecessário.
8
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Layout
Como se sabe, a disposição física dos equipamentos e máquinas de
uma indústria variam de acordo com seu ramo de atuação, matéria-prima,
capacidade produtiva, demanda, segurança do trabalho, entre outros fatores.
Além disso, deve-se levar em consideração as limitações que a empresa
enfrenta, como a financeira, limite físico (área) disponível, questão ambiental,
etc.
Porém, pode-se estabelecer critérios comuns aos diversos tipos de
indústria no que tange a combinação ótima das instalações industriais. Sendo
assim, existem determinados modelos que podem ser aplicados nas empresas.
Davis (2003) classifica os arranjos físicos em quatro diferentes tipos:
layout de processo, layout de produto, layout de posição fixa e layout celular
(ou de tecnologia de grupo). Segundo o mesmo autor, os tipos de arranjo físico
podem ser definidos da seguinte maneira:
Layout de processo, também chamado “job shop” ou layout por função,
é aquele onde equipamentos e funções similares são agrupadas e os
produtos caminham ao longo de diversas áreas, posicionadas sem que
haja obrigatoriamente uma relação direta com o fluxo produtivo
específico do produto;
Layout linear (de produto), também chamado de layout de fluxo, é
aquele no qual processos de trabalho ou equipamentos estão dispostos
de acordo com etapas progressivas pelas quais o produto caminha, no
sentido do fluxo produtivo específico do produto. O seu tipo mais comum
são as linhas de produção e montagem;
Layout de posição fixa é aquele no qual os equipamentos e processos
de trabalho deslocam-se até o item que está sendo processado, que
comumente permanece fixo até a sua completa transformação;
Layout celular, também conhecido como tecnologia de grupo (TG), é
aquele onde se colocam juntas máquinas diferentes, em células, para
9
que trabalhem produzindo produtos que tem forma e procedimentos
similares (conhecidos como famílias tecnológicas).
3.2 Método 5s
O 5S é um programa de qualidade, de origem japonesa, que tem como
objetivo principal a manutenção de um ambiente adequado ao trabalho através
da manutenção da limpeza, da organização e das boas relações interpessoais.
No Japão, os pais transmitiam a seus filhos os conceitos do 5S, como
princípios educacionais que os acompanhariam até a vida adulta. Após a
Segunda Guerra Mundial, as organizações também passaram a adotar estes
conceitos, com o objetivo de aprimorar o ambiente de trabalho, gerar estímulos
para relacionamentos mais humanos e melhorar a qualidade de vida dos
funcionários (WERKEMA, C.,2006, p.71).
A denominação 5S vem das iniciais das 5 palavras de origem japonesa:
Seiri (Senso de utilização): Significa distinguir o necessário do
desnecessário e eliminar o último. Para que no ambiente de trabalho os
recursos tenham quantidades adequadas e sejam usados da melhor
maneira e de forma correta.
Seiton (Senso de organização): Conhecido por senso de organização
ou arrumação é o que define que deve-se organizar as ferramentas
definindo um layout com lugar para cada item levando em conta a
frequência de uso para garantir a facilidade de acesso.
Seiso (Senso de Limpeza): É o senso que tem por objetivo a limpeza e
manutenção dos ambientes e instalações pois um ambiente limpo e
organizado proporciona segurança, conforto e o torna mais agradável
para as pessoas que ali trabalham.
Seiketsu (Senso de padronização): Significa manter tudo padronizado e
seguindo as melhores práticas dentro do ambiente de trabalho, desta
forma garante-se a continuidade dos sensos anteriores.
Shitsuke (Senso de Autodisciplica): É o senso que prega que todos os
sensos devem ser mantidos voluntariamente por cada pessoa sem a
necessidade de cobrança ou monitoramento, tem por objetivo que o
10
trabalhador tenha em mente sensos aplicando em todas as suas
atividades no seu dia a dia.
Ao garantir que seja considerado todos os fatores englobado pelas cinco
definições do método (sensos do 5s), as empresas ganham vantagens de
melhoria de organização, eliminando perdas, preservando a saúde dos
trabalhadores e aumentando a produtividade.
3.3 FIFO
Trata-se de um sistema de gerenciamento de estoques utilizado para
sequenciar as saídas dos produtos acabados dos depósitos. A sigla FIFO é de
origem inglesa e significa First In, First Out (do português Primeiro que entra,
Primeiro que sai).
O FIFO consiste em uma regra de sequenciamento, geralmente usada
para determinar a sequência ou a priorização das ordens de produção de
materiais a serem processados, também podendo ser usado como limitador de
produção nos processos nos quais é inviável manter supermercados, como
peças sob encomenda, peças que tenham uma curto ciclo de vida de
armazenamento, peças dispendiosas que são usadas com pouca frequência.
(SHOOK E ROTHER, 2003).
Como o próprio nome sugere, o FIFO é um sistema de controle baseado
nas entradas e saídas dos produtos a partir da cronologia em que estes são
estocados. O lote que tem a preferência para sair (ser expedido), é aquele que
chegou antes. O material mais antigo terá a prioridade para sair em relação aos
produtos dos lotes mais recentes (que foram armazenados por último no
armazém).
É um método aplicado de maneira mais efetiva no armazenamento de
produtos perecíveis, ou seja, que possuem data de validade.
A aplicação do FIFO também é recorrente no ramo logístico da empresa
não somente em relação ao estoque final, mas também para o intermediário,
inventário e transporte de mercadorias.
11
3.4 Segurança e saúde no trabalho
No Brasil, em qualquer ramo industrial é necessário atentar à segurança
e saúde do trabalhador. Isto deve-se a legislação em vigor, que prevê a
obrigação da empresa para com o trabalhador em cumprir determinadas
Normas Regulamentadoras (NR).
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina
do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas
e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. (FONTE: NR 1).
Uma das principais razões pelas quais são estabelecidas as NR está
ligada à prevenção de acidentes causados por ou em decorrência de atividades
realizadas no trabalho.
Os acidentes são causados pelos atos inseguros ou pelas condições
inadequadas. Aqueles são as ações indevidas ou inadequadas cometidas
pelos empregados, podendo gerar acidentes, enquanto as condições
inadequadas são aquelas presentes no ambiente de trabalho que podem vir a
causar um acidente, podendo estar ligada direta ou indiretamente ao
trabalhador, ou seja, é uma situação em que o ambiente pode proporcionar
riscos de acidentes do trabalho, ao meio ambiente e equipamentos durante o
desenvolvimento das atividades. (DINIZ, 2005).
Outro importante fator que deve ser considerado quando o assunto de
segurança e saúde no trabalho é em relação à ergonomia do trabalhador em
seu posto de trabalho. Quando ela é bem definida numa empresa, além da
garantia de condições satisfatórias para o próprio trabalhador, há também os
benefícios à empresa.
Isto é, quando o trabalhador sente-se em condições adequadas e bem
definidas em seu posto, como reação ocorre melhor aproveitamento de seu
12
trabalho e consequente aumento na melhoria e eficiência dos serviços
prestados, resultando em maior lucro para a empresa.
4. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
4.1 Aspectos básicos
Antes de apresentar as informações pertinentes à gráfica, foco do nosso
trabalho, é necessário antes conhecer a história do Grupo Expoente. Trata-se
de um dos maiores grupos educacionais do Brasil, oferecendo material didático
da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A trajetória da empresa teve início em 1986, com a inauguração da
primeira escola: Colégio Expressão, em Curitiba (PR). Foi construída para
acolher alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental.
A partir de 1987, passou-se a imprimir o material didático Expoente de
maneira exclusiva, com a abertura da Editora Gráfica Expoente. Localizada no
município de Pinhais (PR), região metropolitana de Curitiba, começou a história
da atual terceira maior gráfica de material didático apostilado do Brasil. Dali
saiam os materiais didáticos encaminhados às unidades próprias e outras
instituições de ensino do Brasil.
No ano de 1994, o Grupo Expoente implantou o Centro de Excelência
em Educação Expoente, que passou a administrar todo o processo de
elaboração do material didático e soluções pedagógicas, concentrando, para
isso, uma equipe especializada de professores, pedagogos, analistas e
designers.
Já consolidado nacionalmente como um grande grupo educacional e de
Educação Infantil ao Pré-Vestibular, o Expoente finalmente lançou a Unidade
de Ensino Superior Expoente, com os cursos de graduação e de pós-
graduação.
De acordo com o site da empresa, a Missão, Visão e Valores do Grupo Expoente são definidos da seguinte maneira:
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Missão
Disponibilizar soluções educacionais que propiciem o desenvolvimento
de cidadãos socialmente responsáveis e capazes de transformar informações
em conhecimento, aproveitando talentos humanos e tecnologias avançadas
para a geração de benefícios à sociedade.
Visão
Ser reconhecida como a solução educacional que mais bem atende à
expectativa dos clientes no Brasil.
Valores e Crenças
Possibilitar, por meio da educação, o desenvolvimento do potencial
do ser humano a fim de torná-lo agente de transformação da
sociedade.
Conquistar o sucesso com atitudes éticas, trabalho, clareza de
objetivos, respeito ao ser humano e atualização constante.
Buscar permanentemente, com o objetivo de satisfazer os clientes, a
qualificação de pessoas e o aprimoramento de produtos e serviços.
Propiciar um ambiente de trabalho que incentive a criatividade,
visando à inovação.
Valorizar o ser humano pelo reconhecimento do trabalho realizado.
Comprometer todos com a missão e a visão da instituição.
A Gráfica Expoente - Produto e Serviço
Feita a apresentação do Grupo Expoente, o estudo será direcionado na
análise do layout industrial da fábrica da Gráfica Expoente.
Trata-se de um moderno parque gráfico, com área aproximada 2 mil m².
Em relação aos serviços prestados, o principal foco consiste na impressão de
materiais didáticos, além da prestação de serviços gráficos ao mercado
editorial nacional, produzindo livros, jornais e materiais promocionais (cartazes,
catálogos, folders, calendários, etc.)
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Quanto à infraestrutura, a fábrica é equipada com impressoras de alta
capacidade, e que permitem a oferta de vários serviços gráficos, como
impressão off-set, plana, em rotativa fria, acabamento com grampo, cavalete,
encadernação e hot melt.
Além disso, seu parque gráfico contém impressoras rotativa, plana,
dobradeira, máquina de espiral automática, alceadeira, grampeadoras, prensas
e processadoras de chapas.
Localização
A gráfica é localizada na Avenida Maringá, 350 - Centro, Pinhais, PR,
CEP: 83324-000. Na figura 1 a seguir temos a fachada da gráfica Expoente.
Figura 1 Fachada da Empresa
Funcionários
Atualmente, a gráfica possui um total 50 funcionários, distribuídos da
seguinte maneira: 01 para a Gerência de produção, 01 para manutenção, 04
para a parte administrativa, 38 para linha de montagem (fábrica), 02 para a
limpeza, além de 04 porteiros.
Mercado Consumidor
A maior parte do mercado consumidor está concentrado nas escolas do
Grupo Expoente espalhados pelas 5 regiões do país. Atualmente existem mais
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de 400 escolas conveniadas que demandam o principal serviço prestado da
empresa: a confecção de apostilas escolares.
Sendo assim, a tiragem das apostilas é feita a partir do número de
escolas e seus respectivos alunos. Geralmente o 1° bimestre de cada ano não
tem a tiragem bem definida. Sendo assim, esta acaba sendo realizada com
base no ano anterior. Em relação à demanda das apostilas, os meses de
dezembro, janeiro e fevereiro são aqueles que exigem maior período e fluxo de
produção.
Há também os serviços gráficos prestados ao mercado editorial
nacional, produzindo livros, jornais e materiais promocionais (cartazes,
catálogos, folders, calendários, etc.)
4.2 Organograma da empresa
A gráfica expoente está organizada entre setores com relação de hierarquia conforme a figura 2 abaixo.
Figura 2: Organograma da Fábrica
4.3 Informações complementares
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O horário de funcionamento da gráfica é das 08:00 às 17:45, com pausa
para alimentação. Esta é adquirida de terceiros, porém o consumo ocorre no
refeitório da própria fábrica.
A empresa possui 6 banheiros (3 masculinos e 3 femininos) para que os
funcionários façam uso.
O estacionamento da fábrica disponível para os funcionários não é o
suficiente para atender a todos.
5. DADOS DO PROCESSO PRODUTIVO
Pelo fato da empresa apresentar uma considerável variedade de
produtos, para o presente trabalho optou-se por estudar o processo referente
ao produto que possui maior demanda, foi escolhido o processo produtivo
referente a confecção das Apostilas de material didático, item que segundo a
empresa domina a produção pois os demais itens são produzidos em um
volume muito inferior.
5.1 Matéria prima e Produto
A principal Matéria prima usada pela Gráfica é o papel (Chambril e
Offset, 60gramas a 120 gramas) conforme mostrado na figura 3, semanalmente
são usadas 14 toneladas de papel e são importadas de São Paulo. Além do
papel também são usados espirais adquirido, no formato de bobina (700 kg),
da cidade de Joinville (SC) com abastecimento semanal. A tinta é outra
matéria-prima naturalmente muito utilizada e três fornecedores da cidade de
Curitiba (PR) fazem o abastecimento. Durante o processo de Fotolito
(montagem e gravação), são usadas chapas metálicas e estas também são
compradas de empresas especializadas na cidade de Curitiba (PR).
O papel e demais materiais são transformados em cadernos de 16
páginas impressos de acordo com o desenho da chapa de Alumínio, cada
caderno necessita de uma própria chapa, que são armazenadas para possível
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uso futuro (em anos seguintes, caso o conteúdo das apostilas permaneça
inalterado).
Os produtos finais são as apostilas, que são seladas em maços de 5 ou
10 apostilas cada e são enviadas para os clientes, saindo da gráfica por meio
de caminhões. O transporte ocorre através de empresas terceirizadas que
fornecem esse serviço.
A figura 3 a seguir mostra uma foto dos estoques de Bobinas de papel
utilizadas pelo setor da máquina rotativa.
Figura 3 Estoque de Bobinas de Papel
5.2 Capacidade produtiva instalada
Segundo a Coordenadora Administrativa, São Produzidos ao dia, 10.000
apostilas, Cada Apostila possui aproximadamente 25 cadernos e cada caderno
contém 16 páginas.
A gráfica trabalha em dois turnos nos períodos da manhã e da noite,
porém no primeiro trimestre há necessidade de terceiro turno em alguns dias
devido à sazonalidade da demanda.
5.3 Descrição do processo produtivo em relação ao layout
Tendo como base o fluxograma das etapas, o processo inicia-se com a
preparação do material a ser gravado nas chapas (fotolito). Como descrito, este
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processo ocorre no piso superior da fábrica, onde encontram-se também as
salas dos departamentos administrativo e financeiro. Este trabalho é
terceirizado, sendo somente feita na gráfica a revisão do material.
Após o recebimento das chapas, é utilizada a máquina Punch para
realizar os furos na chapa de alumínio. Esta também se encontra instalada no
piso superior.
Em seguida, ou mesmo paralelamente, visto que este processo
independe das chapas, ocorre o corte do papel a ser usado nas máquinas
plana e rotativa.
Após o corte, o papel é transportado até os setores da máquina plana e
rotativa. É importante ressaltar que tais máquinas operam de maneira
independente, visto que visam a produção diferentes produtos (capas de
apostila na rotativa e páginas “miolo” na plana).
Finalizadas estas etapas, ocorre o alceamento onde é realizado o
agrupamento e compactação das páginas produzidas.
Seguindo o processo tem-se o acabamento manual, onde os cadernos
de cada matéria juntam-se às respectivas capas de apostila e é feita uma
revisão de caráter geral.
Posteriormente, a máquina utilizada é a de Espiral. São feitos os furos
nas páginas para posterior colocação dos espirais na apostila. Com o fim desta
etapa, a apostila está pronta para a expedição.
Layout linear da Gráfica Expoente
Na Gráfica Expoente, o layout que mais se assemelha aos apresentados
é o linear. Isto ocorre porque as diferentes fases de produção do produto final
(apostila) são bem definidas e, de certa forma, dependentes. São elas:
montagem e gravação, corte, impressão plana, impressão rotativa,
acabamento, espiral, expedição.
A exceção do processo de dependência fica por conta da fase onde
ocorre o corte do papel, pois este não está ligado à montagem e gravação das
chapas.
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Em relação às vantagens obtidas com a utilização do layout linear, tem-se:
Alta produtividade;
Relativo baixo custo unitário dos produtos (apostilas), devido ao grande
volume de produção;
Alto grau de padronização das atividades;
Baixos custos de treinamento, visto que cada operador realiza somente
função específica;
Transporte de materiais facilitado;
Sistema ajustável a várias taxas de produção (variação na demanda).
As desvantagens do uso deste tipo de layout são:
Trabalho altamente repetitivo, afetando a moral e a motivação dos
empregados;
Altos custos associados a quedas na demanda, devido a baixa
variabilidade de produtos (apostilas);
Alta dependência entre as atividades, sendo que falhas em uma parte do
sistema podem afetar profundamente as outras operações, já que todas
estão ligadas em sequência (exceção do processo de corte);
Possível inviabilização da implantação de planos individuais de incentivo
por produção, devido ao desbalanceamento da produção;
Altos investimentos de capital, devido à presença de equipamentos
altamente especializados (máquinas plana e rotativa, por exemplo) e
especialmente projetados para altos volumes;
Pode apresentar problemas com relação à qualidade dos produtos
fabricados, visto que o operador tem o foco sobre a sua própria
operação e não sobre o produto final.
5.4 Descrição dos postos de trabalho e dos processos
5.4.1 Montagem e gravação (Fotolito)
O início da produção das apostilas na gráfica começa pelo setor de
Fotolito onde encontram-se dois funcionários que exercem a mesma função
fazendo o recebimento do material (através de mídia ou escrito) e revisão para
posterior envio à empresa terceirizada, são responsáveis pela gravação das
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chapas de alumínio. As chapas utilizadas para a gravação são produzidas fora
da empresa pela falta de uma máquina CTP.
Outra função dos operadores de fotolito é a separação dos cadernos por
matérias (16 páginas).
A sala do fotolito ainda apresenta uma máquina de Punch que é utilizada
para furar as chapas de alumínio, furos realizados para que a chapa seja
adaptada à máquina posterior no processo (Funciona como Poka-Yoke ).
O trabalho neste departamento é feito numa temperatura ideal para que
não danifique as chapas de alumínio e a maior queixa dos operadores nesta
sala é por Problemas com atrasos no recebimento das chapas.
5.4.2 Almoxarifado
Na primeira sala do piso inferior encontra-se o Almoxarifado, nele
trabalha uma pessoa responsável por organizar e controlar o estoque de
matéria prima utilizada em todos os processos.
5.4.3 Corte
Na sequência, adentrando na sala principal, encontramos uma máquina
de corte do tipo guilhotina, que possui um sistema de segurança onde o
acionamento só funciona ao acionar com as duas mãos e ainda conta com
sensor para evitar acidentes com a lamina de corte, nela um trabalhador é
responsável por trazer os maços de papel para serem cortados e depois
transportar para a setor da máquina plana. Um segundo trabalhador opera a
guilhotina adequando o papel para o tamanho necessário.
21
Figura 4: Maquina de Corte com sistema de segurança
5.4.4 Máquina Plana
Existem 2 funcionários que trabalham na máquina plana, que é usada
para impressão de materiais com maior espessura (capas, folders, etc.), onde
um dos operadores comanda a máquina, programando e fazendo a seleção de
cores e o outro dá suporte para troca/reposição das Chapas Metálicas.
A máquina trabalha com o Sistema subtrativo de cores, o CMYK, logo a
chapa passa por os 4 estágios de cores, e o operador (em pé) vai retirando de
um espaço de cor para o outro.
As chapas de alumínio são reaproveitadas caso o conteúdo não mude
até a próxima leva de produção, prática recorrente, pois o tema das apostilas é
geralmente usado por no mínimo 2 anos.
Ao lado da Máquina plana existem outras duas para acabamentos de
capa. Fazem identificação de apostilas e cortes com a utilização de facas,
estas são arquivadas no próprio local. Outros dois operadores trabalham nesta
função.
Da mesma forma que no fotolito, o principal questionamento dos
funcionários desse setor é em relação a atrasos no recebimento das chapas.
A figura 4 a seguir mostra o setor da máquina plana:
22
Figura 5: Maquina plana
5.4.5 Máquina Rotativa
O seguinte setor é o da Máquina Rotativa, trata-se de uma máquina de
grande porte onde ocorre o maior volume da produção, ela é alimentada com
cilindro de Papel bastante grandes, tintas e chapas metálicas com o conteúdo a
ser impresso.
Um funcionário coloca o cilindro, verifica os níveis de tinta e faz a
colocação das chapas para iniciar a impressão dos cadernos, a máquina opera
de modo automatizado e corta a cada 16 páginas fazendo as dobras para que
estas fiquem no formato de cadernos.
Outros quatro funcionários trabalham no final da máquina recolhendo os
cadernos, verificam a qualidade da impressão e, caso esteja em conformidade
com o especificado, encaminham os cadernos para um estoque intermediário
usado na seguinte etapa.
Na visita foi percebido que os funcionários não gostam de utilizar luvas e
acabam improvisando uma folha de papel enrolada no antebraço para evitar
possíveis cortes com o papel manuseado. Cada vez que a máquina entra em
operação ela leva um tempo para ajustar a impressão das cores, então
usualmente os primeiros mil cadernos são descartados devido a essa limitação.
23
5.4.6 Máquina Alceamento
Esta é uma máquina que dá início ao processo de acabamento dos
cadernos, nela é feito o alceamento que significa agrupar e compactar em
ordem cada um dos cadernos impressos para formar cadernos de cada matéria
da apostila que está sendo produzida, além de realizar o corte necessário para
separar as páginas que chegam dobradas da máquina anterior.
Uma vez alimentada com os cadernos feitos na máquina rotativa,
posicionados por três trabalhadores, a máquina trabalha de modo
automatizado após ser configurada e verificada, outros três funcionários
trabalham retirando os livros ao final da máquina e estocam esses livros já
organizados por matéria.
5.4.7 Acabamento manual
Logo após a máquina de alceamento seis funcionários são responsáveis
por acabamentos manuais que consistem em revisar e organizar os cadernos
de cada matéria juntamente com as capas de modo a compor apostila em sua
totalidade faltando somente a colocação da espiral.
5.4.8 Máquina de Espiral
Nesta máquina três operadores pegam os cadernos revisados e
organizados pelo processo de acabamento manual e colocam no início da
máquina, que faz os furos e coloca as espirais de arame de forma
automatizada, enquanto outros dois operadores ficam responsáveis por
abastecer a máquina com a Bobina de arame enrolado que é transportada com
auxilia de empilhadeira.
Após o termino do processo de colocação dos espirais os Funcionários
estocam os produtos acabados que serão recolhidos pela expedição.
5.4.9 Expedição
Na expedição, quatro Funcionários recolhem as apostilas acabadas
fazem as embalagens de um grupo de apostilas com plástico filme e
encaminham através de uma esteira para o estoque final e, com o auxílio de
24
empilhadeira, são organizadas próximo a doca de onde saem da fábrica por
meio de caminhões que recolhem a produção diariamente a partir das 16h.
5.5 Condições de trabalho
As condições de trabalho na sala de fotolito são boas, não há sinais de
ruídos, a temperatura é confortável e as mesas para trabalho estão de acordo
com altura dos operadores
Na guilhotina observa-se que a máquina possui os mecanismos
necessários para garantir a segurança do funcionário que a opera.
Já na sala da máquina plana, existem ruídos provocados pela máquina
mas que não afetam a saúde dos operadores, já a máquina como houve um
incidente em que o dedo do operador, preso no rolo da mesma, apresenta risco
ao funcionário e as questões ergonômicas não são as mais adequadas, os
operadores das máquinas de acabamento levantam de suas cadeiras e
abaixam para pegar apostilas ou chapas constantemente.
No salão principal onde estão as demais maquinas e onde também é
realizado os processos de acabamento e expedição, existe um ruído bastante
alto causado pela máquina rotativa devido a dimensões e velocidade de
operação da mesma, este ruído obriga os funcionários a utilizar protetores
auriculares. As condições de iluminação são satisfatórias sendo em sua
maioria luz artificial a partir de lâmpadas, e quanto a limpeza notamos que as
condições estão adequadas nos locais onde há circulação de pessoas.
Um ponto de que chamou muito a atenção é a falta de espaço
provocada pelo excesso de estoques principalmente de produtos inacabados
em processo, onde muitos setores ficam apertados inclusive com estoque que
pertencem a outros setores, mas que tiveram de ser remanejados devido à
falta de organização e gestão dos estoques.
5.6 Movimentação
O Transporte de matéria prima, produtos em processo, e produtos
acabados são realizados em sua maioria de forma manual pelos operadores,
25
sendo que na expedição existe uma esteira instalada para facilitar a estocagem
do produto final já embalado. Contudo, para os produtos pesados como as
bobinas de papel e bobinas de espiral são utilizadas empilhadeiras que
possibilitam o seu transporte. As empilhadeiras também são utilizadas para
estocagem de produtos em excesso em prateleiras mais altas.
5.7 Armazenamento
A matéria prima é armazenada no almoxarifado se tratando dos produtos
menores e possíveis de serem manuseados manualmente, já as bobinas
pesadas são estocadas próximas as maquinas que as utilizam no mesmo salão
principal. Os produtos intermediários ainda em processamento são estocados
por todos os departamentos sem seguir muita ordem devido ao problema de
falta de espaço. Já os produtos acabados são estocados em sua maioria
próximos a expedição, mas também acabam atrapalhando no deslocamento
das pessoas.
5.8 Layout Atual
Na próxima página encontra-se o layout atual da gráfica, obtido por intermédio da própria empresa, representado na figura 4.
26
Figura 7: Layout Atual
5.9 Fluxograma
O fluxograma das etapas e movimentação entre os setores ocorre conforme ilustrado na figura 7 abaixo, onde destacou-se o nome do setor conforme nomenclatura da gráfica.
27
Inicio
Almoxarifado
Fotolito
Maquina Rotativa
Maquina Plana
Acabamento
Espiral
Figura 7: Fluxograma etapas
5.10 Fluxo de materiais
Para melhor análise do layout atual associado a execução das tarefas por etapas, foi feito uma análise do fluxo conforme ilustrado na figura 6 na seguinte página.
28
Corte Alceamento Expedição
Fim
Figura 8: Movimentação de Materiais
Figura 8: Fluxo de Materiais na planta
6. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
6.1 Modalidade principal do problema
A unidade sofreu considerável aumento de volume ao longo dos anos,
mas a estrutura física não sofreu alterações para acompanhar o crescimento
na demanda. Consequentemente, não comporta o estoque (intermediário e
acabado) de maneira suficiente para suprir a sazonalidade na demanda.
Devido a isto, em toda a planta se acumulam estoques de produtos
acabados, e o espaço destinado ao estoque é quase intransitável, conforme
mostrado na figura 7. Visando amenizar tal problema, as apostilas com
previsão de saída somente no ano seguinte (apostilas que sobraram no
bimestre) são transferidos para outro barracão (externo à gráfica).
29
Como forma de solucionar esta deficiência, é proposta a transferência
todo estoque acabado ao segundo barracão, já existente, criando um armazém
com maior rotatividade e um ambiente de trabalho mais adequado aos
funcionários.
Figura 9: Problema do estoque em excesso
7. FERRAMENTAS E MÉTODOS
De acordo com o que foi observado nas visitas à gráfica e como a
empresa está disposta a trabalhar, o objetivo das melhorias será em torno da
passagem dos produtos acabado a um novo armazém que já existe e,
aproveitando esse espaço gerado por tal mudança, será feito um relayout
pensado em sequenciar melhor as tarefas, diminuindo a movimentação dentro
da linha; estabelecer um fluxo produtivo, e ainda garantir a segurança com
saídas de incêndio adequadas, já que se trata de produto inflamável.
7.1 Método para o Relayout
Para a reconstrução do layout atual, o primeiro passo dessa mudança, é
com a retirada dos produtos acabado para o outro armazém. Classificar todo
30
esse estoque, e passar a enviar direto a expedição um novo lote acabado. A
partir disso, aumenta o espaço físico dentro da fábrica e é possível realocar
novas tarefas de maneira mais efetiva.
Após a retirada dos produtos ao novo armazém, é necessário a
implementação de um 5s, eliminando e reorganizando a fábrica. Essa etapa
depende do acompanhamento do da diretoria da fábrica para definir a
relevância dos produtos, máquinas e prateleira no atual setor.
Será feito o dimensionamento de todos as salas, o estoque atual será
totalmente reformulado, abrindo espaço para trazer o processo de criação e
corte de chapas para o térreo, ao lado da máquina plana. Se for de interesse
da empresa, será feito o orçamento da máquina CTP, e ainda uma projeção do
retorno sobre o investimento, com o objetivo de eliminar um processo crítico na
situação atual, já que grande parte desse processo não agrega valor ao
produto final.
Pensando em sequenciar melhor as tarefas, será utilizado um SLP para
layouts, para definir importâncias de tarefas do processo. O grupo também fará
gráficos de espaguetes de determinados setores, analisando a movimentação
dos operadores, pensado em diminuí-lo.
7.2 Método para implementação do Novo Armazém
O armazém onde será realocado os produtos acabados tem 300m², já
tem instalações adequadas de água, luz e segurança, e será feita uma
avaliação se há necessidade de melhorias na expedição.
O objetivo do grupo é estabelecer o FIFO dentro do armazém e para
isso, será proposto uma organização feita por WMS (Warehouse Management
System), pensado para facilitar as entradas e saídas dos produtos acabados, e
ainda, estabelecer um controle de estoque adequado devido a quantidade de
produtos que serão armazenados todos os dias.
31
Para estabelecer o Sistema de Gerenciamento de gerenciamento do
armazém, será realizado um orçamento do investimento e será sujeito à
decisão por parte da empresa.
8. LIMITAÇÕES
Após as visitas realizadas, informações coletadas pelos membros da
equipe e dados fornecidos pela própria empresa, é válido ressaltar que existem
algumas limitações para a efetiva aplicação das nossas propostas de melhoria.
8.1 Condicionantes
Limitação devido à gráfica estar em operação: por se tratar de uma
gráfica em operação, naturalmente surge o problema relacionado ao tempo
disponível. Certas mudanças como transferência de uma máquina de um local
para outro exigem planejamento adicional para que a linha não fique parada
gerando perda na produtividade, inicialmente as mudanças necessárias teriam
que ser feitas nos finais de semana. Outro fator que deve ser levado em conta
é que o transporte e deslocamentos de material, principalmente os estoques,
gera interferência nas tarefas dos trabalhadores ao alterar o fluxo no seu posto
de trabalho, isso exige planejamento e diálogo com os trabalhadores para
estes fiquem cientes e para que as melhorias possam ser realizadas da forma
menos invasiva possível.
Limitação financeira e de custos: logo na primeira visita o responsável
da empresa citou que a gráfica se encontra sem condições financeiras para
fazer investimentos, significa que qualquer proposta de melhoria que envolva
custos significativos teria sua execução adiada para um segundo momento.
Outro fator limitante é que algumas mudanças possíveis, como transporte de
maquinário, envolvem a necessidade de conseguir maquinas para transporte
que a empresa não possui, estes novos equipamentos precisam ser alugados
ou torna-se necessário contratar uma empresa especializada e isto implica em
custos adicionais ao projeto. E por último, no caso de precisar parar a linha
para que sejam efetuadas as mudanças também implica em custo devido a
essa parada.
32
Limitação devido ao espaço físico: A gráfica está instalada em um
edifício contendo um barracão central e outras salas menores de alvenaria,
algumas etapas da produção estão dentro dessas salas menores e com
paredes que não podem ser alteradas. Isso dificulta a reformulação do Layout
pois é um fator que deve ser levado em conta e que diminui a flexibilidade uma
vez que restringe o que pode ser realizado.
Limitação pela dimensão de algumas maquinas: algumas etapas do
processo de produção das apostilas demandam o uso de maquinário bastante
complexo e exige uma instalação diferenciada de infraestrutura civil, elétrica e
hidráulica. Essas maquinas devem permanecer nos locais onde já estão
instaladas pois qualquer mudança de posição demanda excessiva dificuldade
inclusive de investimento financeiro.
Limitação devido à problemas de PCP e Balanceamento da linha: na
gráfica em questão existe um problema grande que é o acumulo de estoques
de produto em processo (WIP), este estoque intermediário deve-se a vários
fatores da produção, dentre eles o maior erro percebido é a falta de um PCP
mais eficiente e falta de balanceamento da linha pois existe muita diferença de
produtividade entre as diversas etapas do processo, devido a essa
discrepância entre os processos mais lentos e os mais rápidos (como na
máquina rotativa) sempre haverá um estoque intermediário bastante grande
enquanto não forem resolvidos esses dois problemas citados no início deste
parágrafo. É importante ressaltar que o WIP geralmente é uma vantagem
obtida pelo layout linear. Entretanto, especificamente neste caso, ela não
ocorre.
9. PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
9.1 Proposta de Relayout
As alterações que serão propostas no layout atual da gráfica referem-se
a mudanças pontuais e específicas, de acordo com as principais oportunidades
de melhoria observadas.
Este fato é justificado a partir da constatação de que, sob uma visão
geral, as instalações físicas da gráfica estão próximas do ideal. Portanto, não
33
foi detectada a necessidade de realizar um estudo de Planejamento
Sistemático de Layout (SLP).
Tendo em vista a possibilidade de aquisição ou não da máquina CTP
pela gráfica (justificativa de sua necessidade exposta no capítulo X), serão
apresentados dois cenários diferentes para a implantação do novo layout da
empresa: cenário A e cenário B.
Sendo assim, a empresa terá a oportunidade de, através do estudo
realizado analisar a possibilidade de aplicar as mudanças nas instalações
industriais de acordo com sua disponibilidade (interesse próprio, momento
oportuno de execução) e capacidades (financeira, de duração das reformas).
Todavia, antes de serem apresentados os cenários A e B, serão
propostas mudanças que não possuem relação com os cenários, ou seja, são
aquelas que deveriam ser realizadas independentemente da escolha destes.
Isto ocorre porque tais alterações não possuem ligação com o setor do
fotolito, fato que corrobora os argumentos apresentados.
Proposta geral
As reformas de caráter geral, que serão propostas independentemente
da adoção dos cenários A e B, serão descritas a seguir. Elas poderão ser
observadas posteriormente, quando forem aplicadas aos layouts dos cenários
a serem apresentados.
A primeira parte consiste na na constatação da necessidade de retirada
de duas máquinas que atualmente encontram-se obsoletas no processo
produtivo da gráfica. São elas: “coladeira” e “dobradeira”.
Após isso, as paredes dos setores de “acabamento” e “sala de
expedição” serão removidas, com o intuito de executar uma nova organização
neste espaço.
Com estas duas primeiras ações, todo o espaço disponível será
anexado ao setor de “apostilas para expedição” (este setor ficará livre de
estoque, pois este será deslocado para o armazém externo).
34
Assim, a área (total de 191,78 m²) poderá ser organizada de maneira a
abrigar melhor os setores de “acabamento” e “sala de expedição” (que
atualmente estão praticamente saturados em relação ao tamanho), e o estoque
de bobina (localizado no setor de máquinas planas) poderá ser armazenado no
local livre.
A segunda fração das alterações no layout geral está relacionada com a
máquina “guilhotina 1”. Conforme descrito na planta atual da fábrica, esta
máquina não encontra-se instalada no recinto adequado, que seria o da
máquina rotativa.
Para solucionar este equívoco, propõe-se que a máquina “guilhotina 1”
seja instalada na posição antes ocupada pelo estoque de bobinas. Pode-se
perceber que o espaço será mais do que suficiente para abrigar a máquina,
que demanda uma área de 35 m².
Com estas soluções, os setores de acabamento, sala de expedição e
máquina rotativa terão maior mobilidade para operar. Ademais, haverá uma
melhora também no fluxo da operação rotativa, já que a máquina guilhotina 1
estará localizada no local adequado.
Outra importante semelhança percebida entre os cenários A e B é
baseada na determinação dos locais em que os estoques intermediários (WIP)
serão localizados. São eles: WIP setor plana, WIP setor rotativa, WIP setor
alcealmento, WIP setor acabamento, WIP setor espiral e WIP setor
embalagem.
O atual setor de expedição encontra-se localizado logo após o setor de
embalagem. Com a transferência do estoque para o armazém, esta área
poderia ser exclusivamente usada para o setor de embalagem. O espaço vazio
será utilizado para facilitar o transporte das apostilas finalizadas para a
expedição (externamente realizada por caminhões).
A principal diferença entre o layout dos cenários A e B consiste no uso
do antigo setor “estoque de apostilas para expedição”. Em ambos os casos,
parte do espaço será aproveitado para o estoque das bobinas de espiral. As
35
diferenças serão exposta seguir e poderão ser constatadas na imagem do
layout proposto.
No cenário A, este local será destinado para uma possível futura
instalação da máquina CTP no piso inferior da fábrica. É importante lembrar
que isto não está sendo diretamente proposto pelo fato da gráfica já possuir os
requisitos necessários para acomodação da CTP no piso superior.
No cenário B, por outro lado, o setor “estoque de apostilas para
expedição” será usado para a acomodação do setor do Fotolito, conforme será
detalhado posteriormente no próprio cenário.
Pode-se observar que as modificações propostas no novo layout estão
demarcadas com círculos vermelhos para melhor identificação.
A figura 10 na página seguinte ilustra as mudanças realizadas no layout
para ambos os cenários.
36
Cenário A – Compra da máquina CTP
37
Neste caso, a empresa terá a vantagem de ter todo o processo produtivo
sendo realizado na gráfica. Como apresentado anteriormente, a máquina CTP
possui a função de realizar a gravação das chapas de alumínio que serão
posteriormente utilizadas nas máquinas rotativa e plana para impressão das
apostilas.
Como visto anteriormente, atualmente este serviço é terceirizado. Além
dos gastos acumulados ao longo de vários anos, a terceirização possui a
desvantagem do descontrole na execução do serviço, o que eventualmente
proporciona atrasos na entrega das chapas gravadas.
Por se tratar de um processo inicial da cadeia produtiva, não ter a
garantia de que a etapa será cumprida corretamente - e até mesmo no prazo
requerido - são fatores que comprometem diretamente o funcionamento das
demais etapas do processo produtivo da gráfica.
Assim, pode-se dizer que trata-se de uma etapa chave na produção do
principal produto da empresa: as apostilas.
Foi realizado um estudo de mercado para a compra da máquina CTP.
Nele, foi identificado que, além da própria máquina, seria necessária também a
aquisição de uma processadora para que o serviço de gravação das chapas de
alumínio seja totalmente possível.
Os dados do serviço terceirizado de gravação das chapas de alumínio a
ser considerado (durante os nove primeiros meses do ano de 2011) era
realizado por três empresas diferentes. Os valores foram obtidos junto a
Gráfica Expoente. Os custos provenientes da terceirização são apresentados
na tabela 1.
ANO: 2011 CUSTO (R$)
Curitiba Fotolitos 8.312Intenções Publicidade 72.712Digital Press 109.115TOTAL/ANO 190.138MÉDIA/MÊS 21.126
EMPRESAS
Tabela 1: Custos de terceirização da CTP
38
O orçamento da compra da máquina CTP consiste na pesquisa de
preços de três marcas diferentes, todas com capacidade suficiente para
atender a demanda da gráfica. Para a processadora, uma empresa foi
avaliada. Os dados estão presentes a seguir, na tabela 2.
U$ R$ R$ R$ 3,099 KODAK IBF AGFA
Trendsetter 400 - Kodak - Térmica 140.000 433.860CTP Screen 8600N - IBF 155.000 480.345DI2011 - Avalon - Agfa - Térmica 155.653 482.368Processadora 24.000 74.376 74.376 74.376TOTAL 508.236 554.721 556.744
INVESTIMENTOINVESTIMENTO
Tabela 2: Orçamentos máquina de CTP
Os custos atuais da terceirização e os custos decorrentes de uma
possível implantação do cenário A serão apresentados a seguir. É importante
ressaltar que podem existir diferentes custos dependendo do caso a ser
estudado (cenário atual e cenário A).
Para que a etapa de gravação das chapas ocorra são necessários dois
funcionários, independentemente da gráfica possuir a máquina CTP ou não.
Além disso, o consumo decorrente deste processo pode alterar o
número de chapas usadas nas máquinas rotativa e plana.
O consumo de materiais não é alterado.
Por fim, caso o cenário A seja implantado, há o custo adicional de
despesas com estadia, alimentação e transporte (considerando 5 dias de
instalação e visitas bimestrais) para o suporte técnico da máquina CTP.
O valor da compra da CTP e da processadora foi dividido em 60 vezes,
o que representa a depreciação deste valor mensal (dividido em 5 anos).
Portanto, após o estabelecimento do cenário A por 5 anos, este valor não seria
mais contabilizado.
Os custos do cenário atual e o cenário A são apresentados na tabela 3.
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ATUAL VALOR CENÁRIO A VALOR
Depreciação CTP 60 R$ 8.470,60
Mão-de obra (Salários + Encargos) 2 R$ 8.098,39 2 R$ 8.098,39
Consumo chapas rotativa 1.000 R$ 17.500,00 1.400 R$ 24.500,00
Consumo chapas plana 200 R$ 2.520,00 300 R$ 3.780,00
Consumo de materiais R$ 800,00 R$ 800,00
Terceirização dos serviços de gravação de chapas em CTP R$ 21.126,46
Despesas com estadia, alimentação e transporte Técnico R$ 1.000,00(Considerando 05 dias de instalação e visitas bimestrais)
R$ 50.044,85 R$ 46.648,99
CUSTOS MENSAIS
TOTAL GERAL
Tabela 3: Custos atuais e custos estimados do cenário A
Tendo em vista que os itens a serem comprados dependem diretamente
do valor atual de moeda estrangeira (dólar) e que o Brasil vive um período de
crise econômica – fato determinante para a alta do valor do dólar em relação
ao real – serão expostas duas situações (situação alfa e situação beta).
A situação alfa consistirá no valor atual do dólar, cotado no dia
09/06/2015 (R$3,099).
1 - Processo atual de terceirização de chapas em CTP por mês R$ 50.044,85
2 - Custo com a compra da CTP por mês R$ 46.648,99
Redução mensal de de 6,78%
Tabela 4: custo com dólar atual
Como apresentado, haveria uma redução mensal de 6,78%.
A situação beta levará em consideração o valor do dólar em um período
anterior ao da crise vivida no momento, no dia 09/06/2014, por exemplo:
R$2,31.
1 - Processo atual de terceirização de chapas em CTP por mês R$ 50.044,85
2 - Custo com a compra da CTP por mês R$ 44.492,39
Redução mensal de de 11,9%
Tabela 5: Custo com dólar anterior à crise
Como apresentado, haveria uma redução mensal de 11,9%.
Em ambas as situações, conclui-se que a compra da CTP seria viável
em relação a atual terceirização do serviço de gravação de chapas. Vale
ressaltar que após estabelecido o período de 5 anos, referente a depreciação
40
da compra da CTP, a redução mensal seria ainda maior. Portanto, valorizaria
ainda mais o estudo realizado no Cenário A.
Alterações do layout: Cenário A
Em relação às mudanças no layout da gráfica, a compra da máquina
CTP não implicaria em uma reformulação significativa. Isto porque a parte
superior da gráfica, onde atualmente encontra-se o setor de fotolito, já dispõe
dos requisitos para abrigar a estrutura necessária para suportar a instalação da
CTP.
É importante dizer que a gráfica já dispõe desses requisitos em
decorrência de uma reforma realizada há alguns anos, que objetivava
justamente uma futura aquisição da máquina CTP.
Entre os itens imprescindíveis para a correta utilização da máquina CTP,
incluem-se: sistema de ar condicionado (controle da temperatura ambiente
para a gravação das chapas) e iluminação adequada.
Desta maneira, as alterações físicas propostas no cenário A (já sendo
incluídas as propostas gerais) seriam:
a) Retirada dos equipamentos “dobradeira” e “coladeira”, por serem
atualmente obsoletos na linha de produção;
b) Redimensionar os setores “acabamento” e “sala de expedição”;
c) Anexação do espaço proveniente dos itens a) e b) de maneira a
organizar o setor “estoque de apostilas para expedição”;
d) Transferir o estoque de bobinas para a área do item c) (este espaço não
terá mais estoque para apostilas);
e) Transferir a máquina “guilhotina 1” para a área liberada no item d);
f) Instalar máquina CTP e processadora no piso superior da empresa.
Com estas alterações, aliadas a tudo o que já foi proposto, a gráfica teria
todo o processo produtivo instalado em sua fábrica, tendo total autonomia e
flexibilidade para a produção das apostilas.
Os custos decorrentes da implantação do cenário A seriam os já
abordados anteriormente (aquisição de CTP e processadora) mais os
gastos com reformas nas instalações industriais, por exemplo: quebra de
41
paredes, construção e pintura de paredes, compra de materiais de
construção. COMPLETAR COM PARTE DO POSITA (CUSTOS).
Cenário B – não aquisição da máquina CTP
Levando-se em consideração o cenário atual da empresa e uma
possível inviabilização de compra da máquina CTP, o cenário B trabalha com
hipóteses alternativas no layout.
Como forma de justificar a implantação do cenário B em relação a
cenário A, podem ser levantados os seguintes argumentos: menor custo
(inicial) de implantação, menor impacto na linha de produção atual (menos
mudanças), resistência da diretoria por fatores de cultura organizacional (a
empresa opera desta maneira há vários anos).
Alterações do layout: Cenário B
Com o atual setor do fotolito funcionando na parte superior da fábrica e
transporte das chapas metálicas dificultado, a principal alteração do layout
ficaria por conta da transferência deste setor para a parte inferior da gráfica.
As alterações do layout neste caso seriam (já sendo incluídas as propostas
gerais):
a) Retirar os equipamentos “dobradeira” e “coladeira”, por serem
atualmente obsoletos na linha de produção;
b) Retirar o setor “estoque de apostilas para expedição” (este espaço não
terá mais estoque para apostilas);
c) Reorganizar toda a área livre para instalação do setor do fotolito (área
liberada no item b);
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d) Transferir e dimensionar todo o setor do fotolito para a parte inferior da
gráfica;
e) Transferir o estoque de bobinas para a área liberada nos itens b) e d);
f) Transferir a máquina “guilhotina 1” para a área liberada no item e).
Com a implementação destas alterações, juntamente com as já
propostas anteriormente, o problema do transporte das chapas metálicas entre
os pisos superior e inferior seria sanado. Além disso, ocorreria a separação
funcional entre os pisos, visto que o superior seria destinado somente à parte
financeira e administrativa da empresa e o inferior à parte industrial da gráfica.
Acerca dos custos decorrentes da implantação do cenário B, estes
seriam somente devido às mudanças físicas do layout, ou seja, reformas
estruturais nas instalações da fábrica. Como exemplo, cita-se: quebra de
paredes, construção e pintura de paredes, compra de materiais de construção.
Em comparação ao cenário A, porém, estes custos seriam mais
elevados, visto que as mudanças seriam em maior proporção.
COMPLETAR COM PARTE DO POSITA (CUSTOS).
43
9.2 Proposta de implementação do 5S
Apesar de possuir as especificações de cada setor bem definidas,
observou-se que alguns aspectos organizacionais do setor industrial poderiam
ser melhor executados.
É importante ressaltar que não trata-se de problemas de grande
relevância vistos de maneira separada, porém um aprimoramento de
determinadas práticas – com a aplicação do método 5S – no processo
produtivo da confecção das apostilas resultaria em um melhor rendimento.
O método 5s é uma das práticas mais utilizadas e com relativa facilidade
para execução quando se trata de melhoria nas condições do ambiente de
trabalho. Para a adequada implementação do 5s e conforme os detalhes
observados durante as visitas à gráfica, as seguinte ações são propostas:
a) Treinamento sobre 5s para membros da Direção: incialmente será
realizado um treinamento e conscientização sobre o método 5s tendo
como público alvo os funcionários responsáveis pela direção e controle
da produção. O treinamento irá abordar os princípios básicos sobre a
filosofia do 5s e o passo a passo para implementação, bem como será
exposto justificativa e importância do método, usando inclusive fotos da
própria gráfica para demonstrar como resultara em melhorias. O
treinamento seguirá o roteiro descrito no Anexo A e terá duração de
1h30.
b) Treinamento sobre 5s para os Funcionários: Em um segundo
momento será realizado um treinamento semelhante ao treinamento da
Direção porém de modo mais simplificado e focado nas ações
individuais que cada funcionário deve realizar para o sucesso do método
e em como até mesmo as pequenas ações geram mudanças
significativas no seu ambiente de trabalho. O treinamento seguirá o
roteiro descrito no Anexo B e terá duração de 1h30. Para aumentar a
motivação dos funcionários serão emitidos certificados de participação e
ao final ocorrerá uma breve confraternização.
c) Lançamento do programa 5s dentro da gráfica: No dia seguinte ao
treinamento ficará programada a parada das atividades normais da
44
gráfica para que seja realizado o lançamento do programa 5s, uma
atividade com duração de um turno inteiro, contando com todos os
funcionários, para a aplicação dos sensos de utilização, Organização e
Limpeza, conforme as três figuras a seguir que mostram exemplos de
como serão aplicados, e ao final da atividade será realizada uma breve
confraternização entre todos os envolvidos. Esta atividade será
planejada e coordenada em conjunto pelos responsáveis pela direção da
gráfica.
d) Manutenção do programa 5s: Para garantir o funcionamento do
programa e a consolidação da filosofia buscada pelo método 5s, a
empresa deve eleger alguns funcionários para serem responsáveis por
analisar e observar o cumprimento dos sensos aprendidos nas fases
iniciais do programa 5s, incentivar os demais funcionários a continuar
diariamente mantendo tudo organizado e limpo e a periodicamente
informar a direção sobre o andamento das ações até que os cinco
sensos estejam enraizados na cultura organizacional da empresa.
Alguns exemplos serão abordados a seguir, com a utilização de imagens
para ilustrar o problema observado:
A figura 11 a cima é um exemplo de onde precisa ser aplicado o senso de
organização e de limpeza, pois a luva não deveria ter sido deixada em cima da
máquina e ainda esta máquina pode ter uma melhor pintura e limpeza.
45
Figura 11: Exemplo de aplicação 5s
A figura 12 a cima é mais um exemplo de onde precisa ser aplicado o 5s pois
não existe demarcação clara dos locais das maquinas, movimentação e do
estoque intermediário do setor que atualmente está pelo sala inteira.
A figura 13 a cima é outro exemplo da possibilidade de melhoria através
do senso de utilização e do senso de organização do 5s, onde é possível
observar muito material que deveria ser descartado e as ferramentas de
modo desorganizado pela mesa inteira.
46
Figura 12: Exemplo de aplicação 5s
Figura 13: Exemplo de aplicação 5s
9.3 Proposta de aplicação do FIFO na gráfica
Devido à alta produção diária, os estoques (intermediário e final)
acabam sendo uma consequência inevitável. Além disso, há fluxo de saída
concentrado. Como alternativa de organizar o estoque dentro da fábrica e
prezando por um melhor e mais organizado ambiente de trabalho, sugere-se a
implantação de um armazém no terreno de propriedade do Grupo Expoente.
Ele está localizado próximo à gráfica e possui uma área de
aproximadamente 9700 m2. Com uma produção diária em torno de 10.000
apostilas, a gráfica gera cerca de 50 pallets por dia.
Como a expedição do material ocorre em sua maioria ao final dos
bimestres, caberia ao armazém estocar a produção dos 2 meses, atingindo a
quantidade de 2600 pallets. Tendo em vista um cenário de possível
crescimento da gráfica projetado para os próximos anos, o armazém contará
com apartamentos com capacidade de armazenar 4860 pallets. Nos primeiros
anos de operação, ele deve operar com aproximadamente 60% da estocagem
máxima.
As dimensões do armazém serão 70 metros x 60 metros e a altura será
de 12 metros. Propõe-se também que haverá 9 ruas de 4 metros de
comprimento com longarinas pelos dois lados. O armazém teria ainda 2 túneis,
espaçados por 18 metros.
Dentro da gráfica, o setor da expedição sofreria algumas mudanças para
se adaptar ao funcionamento do armazém. Como exemplo, cita-se que
expedição passaria a trabalhar com pallets, facilitando a movimentação e o
armazenamento.
A gráfica já possui palleteiras, não sendo necessária a aquisição de
novos equipamentos num primeiro momento. As expedições passariam a ser
diárias, de modo que a produção iria direto para o setor de expedição e,
sempre que uma carga completa do caminhão for atingida, ela deve ser
despachada.
Durante o período de saída das apostilas do armazém, havendo
necessidade (caso no fim do dia a carga não esteja completa) ela poderia ser
despachada da mesma forma.
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Cada prédio teria 5 apartamentos com 2,2 metros de altura. Para a
expedição do produto, estão projetadas 3 docas localizadas no centro do
armazém (na face da rua). Já para o recebimento seriam 2 docas, uma de cada
lado das docas de expedição.
A estrutura do armazém conta ainda com 2 vestiários, sendo um
masculino e um feminino. Cada um deles teria 5 cabines com privadas, 5
cabines com chuveiro, 5 pias, armários e um banco.
Com relação ao maquinário para operar o armazém, seriam 2
empilhadeiras e 10 palleteiras manuais.
Objetivando a organização do armazém, este ainda teria uma
padronização em relação a identificação de cada estoque, além de um padrão
para o correto de endereçamento do local (sinalização).
Junto com a construção do armazém, visando melhor utilização dos
recursos disponíveis, sugerimos a aquisição de um sistema WMS (Warehouses
Management System, do inglês Sistema de Gerenciamento de Armazéns), de
modo a garantir o FIFO através da implementação deste sistema. Este critério
seria um dos fatores determinantes na escolha para a expedição.
A aplicação de um WMS tem o intuito de otimizar a administração do armazém
tomando boa parte das decisões, isto é, fazendo com que todas as ações
sigam padrões e o sistema se auto gerencie. No entanto, o sistema sempre
dependerá da alimentação dos dados de forma humana, não sendo
dispensada a operação manual.
O armazém está ilustrado conforme figura 14 na próxima página.
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Figura 14: Ilustração do Armazém projetado
49
9.4. Aplicação da segurança e saúde no trabalho na gráfica
Observou-se que a fábrica tem como uma de suas prioridades a garantia
da segurança do trabalho para seus colaboradores, possuindo inclusive a CIPA
(Comissão Interna para Prevenção de Acidentes).
Entretanto, durante a visita foram identificados alguns pontos em que a
gráfica necessita de pequenas adaptações no layout para se adequar à
legislação de medicina e segurança do trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego:
a) Corredores: Devido ao problema dos estoques excessivos, foram
identificados alguns locais na gráfica onde a deslocamento de pessoas é
dificultado pela largura dos corredores, para adequação às normas de
segurança previstas na NR 12 sobre trabalho em máquinas e
equipamentos e NR 23 referente a proteção contra incêndios, os
corredores passarão a ter Largura mínima de 1,20m, também deve ser
melhorada a demarcação das áreas de circulação bem como os
corredores devem ser mantidos permanentemente desobstruídos.
b) Sinalizações: Além da melhor sinalização dos corredores citada
anteriormente, é preciso melhorar a sinalização referente à localização
das saídas de emergência da planta da gráfica, de modo a prevenir
acidentes e atender as exigências da NR 23 de proteção contra
incêndios.
c) Instalações elétricas: Em alguns locais específicos da gráfica estão
instalados geradores e baterias sem a devida proteção dos fios e avisos.
Com isso algumas adaptações são necessárias para atender a NR 10
sobre instalações elétricas para que sejam mantidos de modo a prevenir
os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de
acidentes.
d) Ergonomia: Relacionado à ergonomia e conforto dos trabalhadores da
gráfica tratado na NR 17, verificou-se que algumas atividades não
ocorrem dentro do cenário quanto a essa questão. Dentre elas:
I. A primeira atividade que apresenta problema é o operador da
máquina plana que tem que buscar várias chapas metálicas
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carregando manualmente bastante peso do piso superior até o
setor das maquinas planas cobrindo uma distância grande nesse
deslocamento. Esse problema é solucionado com a aplicação do
cenário B do Relayout.
II. A segunda atividade que observamos problemas ergonômicos é
no acabamento onde os funcionários ficam caminhando em torno
de uma mesa sempre no mesmo sentido e tendo que abaixar-se
para pegar os cadernos e organiza-los. Esse problema pode ser
resolvido com a instalação de um suporte rotativo com rolamentos
em cima da mesa, de modo a que os funcionários permaneçam
parados apenas rodando o suporte na mesa com os braços.
III. Uma terceira atividade apresenta problema de ergonomia onde
na expedição o funcionário que empacota as apostilas pega as
folhas de papelão posicionadas no chão gerando esforço
repetitivo. O problema é facilmente solucionado instalando uma
mesa auxiliar ao lado da esteira para que o material fique na
altura adequada.
e) Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Por último, outro
problema identificado com relação à segurança e saúde do trabalho
é o fato que alguns funcionários não utilizam os EPIs fornecidos pela
empresa, no setor da máquina rotativa observa-se que vários
funcionários não utilizam as luvas fornecidas e apenas deixam os
protetor auriculares pendurados no pescoço. Para evitar acidentes e
até uma penalização aplicada à empresa, os responsáveis devem
conversar com esse funcionários para que alertar sobre a utilização
dos EPIs, continuando a ocorrer o problema deve-se gerar
notificações formais e advertências.
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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO
Logo na primeira etapa do trabalho, foi possível perceber a importância
da aplicação dos conceitos abordados no estudo das instalações industriais
dentro das fábricas e da necessidade do engenheiro de produção em
implementá-los. Por não contar com este tipo de profissional, a Gráfica
Expoente, assim como outras empresas, acabam incorrendo em pequenos
erros, relativamente simples de serem resolvidos, mas que acabam impactando
de maneira negativa e direta seu processo produtivo.
Ainda na primeira parte, a principal preocupação consistiu em conhecer
profundamente as etapas de produção do principal produto da empresa – que
foi o adotado para realizar as propostas do layout – as apostilas escolares.
Técnicas da indústria gráfica foram estudadas e entrevistas com funcionários
foram realizadas, objetivando o enfoque no caso da Gráfica Expoente.
Em seguida, com o início de elaboração do segundo relatório, o foco do
trabalho passou a ser a detecção de quais etapas do processo produtivo
poderiam ser melhoradas em relação às instalações industriais. Além disso,
foram estabelecidos os objetivos gerais e específicos, além das ferramentas
que poderiam ser implementadas: layout, 5S, FIFO, segurança do trabalho. Foi
realizada também uma revisão bibliográfica, com o intuito de justificar e
fornecer suporte teórico para as propostas.
Na terceira e última etapa do relatório, todo o estudo realizado
anteriormente pôde ser colocado em prática, aliando-se os aspectos teóricos e
práticos. Foram feitais propostas específicas no layout atual da empresa, com o
estabelecimento de dois possíveis cenários: A (com a compra da máquina
CTP) e B (sem a compra da máquina CTP).
Para isso, orçamentos foram realizados de modo a quantificar os custos
decorrentes de possíveis implementações das propostas. Em relação às
ferramentas utilizadas, através do uso de imagens da própria gráfica procurou-
se exemplificar situações que poderiam ser melhoradas (principalmente em
relação ao 5S e segurança e saúde no trabalho).
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A aplicação do FIFO teve ligação com a proposta de construção de um
armazém em área (terreno) que é de propriedade da empresa. Isto seria a
maneira para sanar o grande problema de estoques finais e intermediários que
a empresa possui atualmente.
Apesar de ser uma empresa de sucesso e bem estruturada, foram
identificadas oportunidades de melhora. Assim, com todas as modificações e
alterações que foram propostas, acredita-se que as principais complicações
vividas sob a ótica das instalações industriais da fábrica poderiam ser
resolvidas.
Finalmente, pode-se afirmar que o trabalho serviu como base para a
aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula na disciplina de
Instalações Industriais e de Serviços, além de ter dado a oportunidade de
conhecer de maneira mais aprofundada o funcionamento de uma grande
indústria em seu setor fabril.
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11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARRAMILLO NETO, MÁRIO. Produção gráfica II: papel, tinta, impressão e acabamento. São Paulo: Global, 1997
DAVIS, MARK M. Fundamentos da administração da produção. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
Portal SEBRAE - Layout da fábrica pode interferir na produtividade, Disponível em <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/O-layout-da-f%C3%A1brica-pode-influir-na-produtividade> Acesso em 17 de março de 2015
PORTAL UFF – Layout por Fabricio Borges, Disponível em <http://www.uff.br/sta/textos/ar022.pdf> Acesso em 18 de março de 2015
PORTAL UERJ - RESUMO DOS TIPOS DE LAYOUT, Disponível em <http://www.fat.uerj.br/intranet/disciplinas/Arranjo%20Fisico%20Industrial/2004-2/apostila/3tipos%20de%20arranjos%20fisicos/resumo%20layout.doc>Acesso em 03 de maio de 2015
WERKEMA, C. Lean Sei Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing. 1. ed. Belo Horizonte: Werkema Editora, 2006.
TREINAMENTO LEAN MANUFACTURING – RL associados 2014.
SHOOK, J ; ROTHER, M. Aprendendo a enxergar: mapeando o fluxo de valor e
eliminar o desperdício. São Paulo. 2003.
DINIZ, Antônio Castro. Manual de Auditoria Integrado de Saúde, Segurança e
Meio Ambiente (SSMA). 1. ed. São Paulo: VOTORANTIM METAIS, 2005.
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