secretaria de desenvolvimento social e direitos humanos · ser ofertado, o que deve ser feito,...

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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos HumanosSecretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social

Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

Recife, 12 de janeiro de 2015.

“Acolher e Cuidar caminhos para a reintegração familiar“

Ato ou efeito de acolher. Primeira etapa do recebimento do Usuário no serviço, na qual são apresentadas as condições do atendimento.

(DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. BH,2006)

O QUE É ACOLHIMENTO?

É a escuta qualificada e a postura cidadã e humanizada dada a todo/a usuário/a que procura [o serviço].

(CARTILHA ACOLHIMENTO: O ATENDIMENTO NO POSTO MUDOU.)

O QUE É ACOLHIMENTO?

Princípio básico de um atendimento HUMANIZADO em que sãoconsiderados os seguintes aspectos:

• ética e atitude individual de cada trabalhadorsocial;

• condições institucionais para a realização doatendimento;

• e comprometimento com a buscada resolutividade.

(DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. BH,2006)

ACOLHIDA ...

atendimento das necessidades biopsicossociais e espirituais do usuário.Nessa perspectiva, cada um deve ser compreendido e aceito como serúnico e integral e, portanto com necessidades e expectativas particulares.(MATSUDA, SILVA;TISOLIN, 2003 p. 163)

Devemos pensar no usuário como um todo.Compreender o usuário como indivíduo que tem história, preconceito, religião,

medos, crenças, traumas, dúvidas, etc.Ou seja um ser

INTEGRAL

O termo HUMANIZAÇÃO é concebido como:

• Quando o conselho traz a criança/ adolescente você o recebe?

• Quando o recebe fala das regras da unidade e disponibiliza roupas e o kit de higiene pessoal ?

• Oferece alimentação a criança/ adolescente no momento da sua chegada?

Estamos Acolhendo???

Se as respostas para estas perguntas são afirmativas, então caro amigo, você tem uma ótima intenção, porém não está seguindo o

caminho do acolhimento

• As pessoa da residência devem, sempre que possível, saber da chegada do novo morador;

• Recebê-lo falando seu nome;

• Abaixar para falar com ele/a;

• Olhá-lo;

• Não invadi-la/lo com demonstrações corporais de afeto (abraços e beijos);

E o que fazer ao receber uma criança ou um adolescente novo no abrigo?

• Respeitar o momento que está vivendo;

• Não esperar que a criança/adolescente chegue feliz eagradecida por estar ali;

• Conversar sobre o que está acontecendo, mas não fazerperguntas em demasia;

• Escutar o que ele/a tem para falar;

• Respeitar o seu silêncio;

• Mostrar-lhe o seu lugar na casa;

• Apresentar as pessoas e as regras;

• Contar as rotinas, mas, não exigir que a criança/adolescenteentre na rotina da casa imediatamente;

• Envolver as outras crianças e adolescentes do abrigo narecepção dos novos integrantes;

• Estar atento às suas manifestações e necessidades imediatas –a fome, o machucado, a dor de dente etc.

Acolher é:dar acolhida,

aceitar, dar ouvidos,dar crédito a,

agasalhar,receber, atender,admitir

(FERREIRA, 1975).

O que entendemos por acolhimento?

Recebe

Escuta

Constrói Vínculo

Oferece uma atenção oportuna

Garante um atendimento integral

Encaminha Informa

Acolhimento

“Pode ser pensada como um grupo de pessoas que são unidas por laços de consanguinidade, de aliança e de afinidade.”

(Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do direito de crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, 2006.)

FAMÍLIA

MAS PORQUE ENTENDER E ACOLHER A FAMÍLIA

TAMBÉM????

A família é o núcleo social básico de acolhida,convívio, autonomia, sustentabilidade eprotagonismo social.

A FAMÍLIA DEVE SER COMPREENDIDA TAMBÉM COMO

UM ESPAÇO CONTRADITÓRIO, MARCADO POR TENSÕES,

CONFLITOS, DESIGUALDADES E, ATÉ MESMO, VIOLÊNCIA

COM COMPOSIÇÕES DISTINTAS E DINÂMICAS PRÓPRIAS.

•MODELO CAPITALISTA;•DESIGUALDADES SOCIAIS;•GLOBALIZAÇÃO;•CRISES ECONÔMICAS, CULTURAIS, SOCIAL, INSTITUCIONAL.

Postura isenta e ética; Confidencialidade e sigilo; Comportamento receptivo e calor humano; Escutar/olhar/observar e registrar (sem julgar); Conhecer o usuário e sua família, a partir dela mesma; Respeito e valorização das diferenças; Demonstrar ao usuário que ele será cuidado; Linguagem clara e acessível, compatível com o nível educacional dousuário e sua família; Valorização da participação do usuário em seu processo de cuidado ena construção de um novo projeto de vida;Adequar os espaços para o acolhimento;Trabalhar em Rede.

Desafios para o acolhimento institucionalProfissional x Usuário x Família

Por Fim, Acolher é ...

receber sem julgamento, buscando delimitar, em cada situação e com cada usuário, o que é possível, o que é necessário, o que pode

ser ofertado, o que deve ser feito, sempre estimulando a sua participação e o seu engajamento.

Acolher tem, portanto, o sentido de ‘inclinar-se’, de receber o usuário com sua história, buscando produzir um desvio (clinamen)

para produzir outra história, outra possibilidade de existência”

(BENEVIDES, 2001, citado pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

O acolhimento começa quando?

Na recepção do usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se

integralmente por ele, ouvindo-o, permitindo que ele expresse suas

preocupações, angústias, e ao mesmo tempo, colocando os limites necessários, garantindo atenção e a articulação com os outros serviços de assistência e das outras políticas setoriais para a continuidade deste

acolhimento em rede.

“Cuidar é mais do que um ato; é uma atitude.

Portanto, abrange mais do que um momento de atenção, de zelo e

desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de

responsabilização com o outro.”

Leonardo Boff (Saber Cuidar - A Ética do Humano)

Cuidar como ATITUDE

Utilizamos muito a palavra cuidar, mas, afinal, no nosso cotidiano profissional ao que ela nos remete?

Existem dois tipos de cuidado:

1) Fazer pelo outro, ou seja, assumir pelo outro;

2) Favorecer o outro em suas potencialidades para vir a ser, ajudar a cuidar do seu próprio ser.

Portanto, cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades.

“Cada um de nós compõe a

sua própria história e cada

ser em si carrega o dom de

ser capaz de ser feliz.”Almir Sater

É preciso que os profissionais percebam que suas atitudes e falas produzem efeitos que podem ser devastadores ou construtivos no outro.

Diante da realidade do cotidiano, pôde-se identificar eagrupar dois tipos de estratégias - as individuais e asinstitucionais.

Estratégias individuais: dizem respeito ao acolhimentodos usuários em conversas, nas quais se procura oferecerorientações diante das demandas observadas, outrazidas, tais como: adequação do linguajar, organizaçãofinanceira, aparência pessoal, regras de convivência.

Estratégias

Estratégias Institucionais: referem-se aosencaminhamentos e as atividades externas. Osencaminhamentos são diversos (serviços de saúde,escolas, cursos profissionalizantes), conforme ademanda apresentada por cada usuário/a acolhido/a.Há também as visitas às famílias e o fomento àsatividades esportivas e de lazer – atendimentointegral.

É importante refletir que essas estratégias seconfiguram como ações educativas e que, portanto,o processo de transformação é gradativo e lento.

• Acolher de forma respeitosa, com dignidade e sem quaisquerdiscriminações (condição socioeconômica, arranjo familiar,etnia, religião, gênero, orientação sexual, deficiência, HIV/AIDSetc.);• Preservar e fortalecer os vínculos familiares e comunitários;•Garantir o acesso às políticas públicas – saúde, educação,

assistência social;•Oferecer atendimento personalizado e individualizado;•Garantir a liberdade de crença e religião;• Incentivar e respeitar a autonomia e atuação dos/as

usuários/as.

Fazem parte dos cuidados

“Que a nossa intervenção, enquanto atores sociais,permita aos sujeitos a potencialização de suasdiversas dimensões humanas (afetivas, cognitivas esociais), no exercício da cidadania ativa,trabalhando, assim, o individual sem perder de vistao coletivo”.

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC

(81) 3183-6956 / 3183-3258 / 3183-3259

gppc@sedsdh.pe.gov.br

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