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Sábado, 13 de fevereiro de 2016 / A5

Foto: Divulgação

Cidade

“O meu segredo é trabalhar”DR. PACHECO

Um dos pesos-pesados da farmacologia e da far-moquímica do Brasil, o executivo Ogari de Castro Pacheco, o Dr. Pacheco, presidente do Laboratório Cristália, conversou com A GAZETA esta semana e confirmou a finalização da construção da unidade 4, às margens da SP-147, na entrada da cidade, dentro de um prazo aproximado de três meses. Com isto, “abriremos espaço para a construção de novas plantas para medicamentos citostá-ticos, destinados à câncer, na unidade 1”.

Porém, devido à situação de crise econômica do país, Dr. Pacheco não quis ser taxativo em relação a uma data em específico.

“Nós não estabelecere-mos um prazo para a inau-guração à toque de caixa, mas sim um período rela-tivizado de dois a três mês, quando a unidade começa-rá a operar plenamente”, citou.

A unidade alça em de-finitivo o Cristália como pioneiro nas pesquisas para patentes de princípios ati-vos de medicamentos com base biotecnológica, que agregam mais valor e abrem novas perspectivas para a produção de remédios di-ferenciados.

Com isto, a empresa am-plia o leque de princípios ativos constituintes dos medicamentos em sua to-talidade.

Atualmente, o Cristá-

lia produz cerca de 50% dos princípios ativos que utiliza, ante 90% em re-lação ao restante do país. “Trabalhamos para termos uma independência maior, seja por síntese química ou oriunda de biotecnologia, para nos posicionar mais seguramente frente ao mer-cado”, afirmou.

Excelência na produção de anestesias na Améri-ca Latina, com liderança plenamente consolidada, o Cristália está sendo nor-teado para este segmento da fabricação de medica-mentos para o combate ao câncer, que requer investi-mentos em uma área isola-da onde não haja contami-nação cruzada, em virtude de serem produtos de alta

potência. “Neste setor, o Brasil

importa 100% dos princí-pios ativo; e o nosso pla-nejamento prevê abrir uma unidade de produção destes princípios ativos para muito breve. Fazer o comprimido nós já o fazemos, agora queremos produzi-los numa etapa superior, além da-quela que já realizamos”, assegura.

Sobre as unidades de bio-tecnologia e citostáticos, Dr. Pacheco informa que serão “a parte mais nobre da empresa como um todo. Isto devido às condições de infraestrutura e logística do local, aliado à mão-de-obra muito qualificada”.

Para atingir este nível, o executivo observa que foi preciso investir na criação de um centro de capacita-ção coordenado por dois professores, e em torno dos quais foram semeados mestres, doutores em pós--doutores, além de estudan-tes que se destacaram em universidades de referência.

“Conseguimos formar uma equipe com profissio-nais que nos chegam com uma cultura acadêmica e teórica muito grande, mas que necessitam se acultu-rar na produção de uma empresa privada. Estamos obtendo bons resultados”, avalia, sem deixar de men-cionar que esta política abriu espaço para a qualifi-cação dos pesquisadores do nosso país.

“Muitos disseram que estávamos tirando espaço de brasileiros, mas é jus-tamente o contrário, pois criamos para eles condições ideais de se capacitarem”, assegura.

CLÍNICA CRISTÁLIAA Clínica Cristália ocupa

um papel destacado na vida de Dr. Pacheco, justa-mente por causa da ligação emocional com a unidade hospitalar, pois foi com ela que nasceu o laboratório gigante como é conhecido atualmente.

O executivo anunciou que a Clínica não irá fechar em definitivo, contudo, está sendo adequada a uma nova realidade econômica, em virtude de déficits mensais consequentes das mudanças da política de saúde mental do Brasil, além do congela-mento das diárias via SUS (Sistema Único de Saúde), inviabilizando financeira-mente os atendimentos.

“Então, vamos ter uma ala para convênios e par-ticulares, além da instala-ção de outras para receber idosos. Com isto, preserva-remos uma boa parte dos empregos, e garantiremos a tranquilidade de muitas famílias”, enfatizou.

SANTA CASA Sobre a Santa Casa, Dr

Pacheco avalia que o traba-lho que está sendo desen-volvido, a partir da OSCIP Irmã Angélica, retirou o hospital do estado pré--falimentar, mas que ainda precisa evoluir muito mais.

Para tanto, novos serviços estão sendo implementa-dos, como os de imagem e diagnóstico por raio X e tomografia, bem como a aceitação de novos con-vênios em conjunto com a participação da sociedade.

“A sociedade itapirense é a verdadeira dona da Santa Casa, e cabe a ela também participar mais ativamente da

unidade hospitalar. Podemos e vamos avançar”, destaca.

MUNICÍPIO E BRASILJá sobre administração

Paganini, Dr. Pacheco as-segura que tem feito muito para que o Cristália invista no município. “Não tenho do que me queixar, pois o que nós solicitamos à Pre-feitura nós conseguimos, como o terreno cedido para a construção da nova unida-de”, esclareceu.

Sobre o país, o empresá-rio corrobora o senso geral de que a situação do Brasil é muito triste.

“Desde que nascemos, nós ouvimos que o Brasil é o país do futuro, que o que planta tudo dá, que possui a floresta que é o pulmão do mundo, dentre outros adje-tivos. Mas a gestão política dos recursos naturais tem sido desastrosa, além dos escândalos de corrupção, que nada mais são do que a sangria dos recursos públi-cos roubados da sociedade”.

CARREIRACom uma trajetória pro-

fissional e pessoal vitoriosa, o CEO do Cristália mantém a humildade e confirma que “seria hipocrisia minha dizer que, olhando para o passado, poderia sonhar em chegar aonde cheguei”.

De acordo com Dr. Pa-checo, a sua carreira pode ser comparada a alguém que subiu no morro, sendo que, “à medida que o es-calei, pude enxergar mais longe”.

E qual o segredo? “Bem, o segredo foi trabalhar bas-tante e investir nas compe-tências criativas a partir do conhecimento”, ponderou.

O presidente do Laboratório Cristália dá uma verdadeira aula sobre gestão, vida pessoal e inovação; Dr. Pacheco é, sem dúvida alguma um dos homens mais importantes do empresariado nacional

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