ribeirão preto em quadrinhos # 1

Post on 23-Mar-2016

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Primeira parte da coletânea de histórias em quadrinhos e ilustrações que retratam lugares e tipos de Ribeirão Preto, SP. A RPHQ reúne designers, redatores, roteiristas, quadrinistas e ilustradores da cidade. Cá estão: Adilson Terrível, Ana Marcia Zago, Beto Candia, Cako Facioli, Cordeiro de Sá, Chris Lee, Daré, Dino Bernardi, Dud, Francisco Gimenes, Fred Nuti, Fulvio Setti, Gandolpho, Geraldo Lara, Gustavo Russo, Graziela Protti, Graziela Adorno, Lubasa, Marcela Calura, Marcelo Dias, Quico Soares, Renato Andrade, Ruy Marx, Saulo Michelin, Thomate, Ubirajara Jr, Valnei Andrade e Yuri Chamoun. Participações especiais de Vicente Lima e Gustavo Santiago. Texto de apresentação de Stella Crotti. Patrocínio: Secretaria Municipal da Cultura de Ribeirão Preto, SENAC. Apoio: Instituto do Livro de Ribeirão Preto, Pontão de Cultura Sibipiruna, Centro Cultural Isègun, Ideatore Comunicação e Rumba Bar. Produção: Thomate Cartuns e Atomica Filmes.

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RPHQ

Daré

ruy marques

PoRQue cada um tem um jeito de amaR RibeiRão PReto

por maRceLa caLuRa

A minha terra, meu coração!

anhanguera, talvez km 298, sentido capital/interior, meu coração bate mais forte, me ajeito no primeiro banco do ônibus. Sim, eu só viajo nele, um hábito que herdei da minha mãe. É nessa hora, numa leve ondulação da rodovia, que posso ver as luzes brilhando. Lá embaixo, a cidade se estende até perder de vista, só luzes e mais luzes.

eu já me sinto em casa, respiro fundo e agradeço por poder voltar. Pelo menos uma vez por mês, venho sentir o cheiro de casa, o calor da rua, os hábitos tão característicos. eu me lembro bem da minha infância, quando meu pai me colocava no carro junto com minhas irmãs e saía por aí, tentando fazer a gente dormir. o céu era limpo, de um azul escuro inexplicável, as estrelas quase se misturavam. elas se agrupavam tanto que ficava difícil perceber quando uma terminava e outra começava. o destino preferido? mogiana. o cheiro da madeira, a linha do trem. Resistia bravamente ao sono pelo menos até o contorno da rotatória, quando o percurso acabava e era hora de voltar para casa. Na linha dos olhos já pesados, luzes. já

nessa época, eu me encantava pela forma como elas espalhavam-se aleatoriamente, eu tentava imaginar as pessoas, suas vidas e tinha certeza que um dia as luzes do mundo seriam insuficientes e não caberiam ali. como uma criança que ama incondicionalmente seus pais, eu amava Ribeirão. cada sábado na feira com pastel e garapa. cada julho com o ar seco e tardes quentes. Não podiam existir defeitos num lugar assim, e, para mim, eles não existiam.

os anos passaram, eu cresci. a vida resolveu me roubar o encantamento, as coisas foram ficando difíceis demais e aqueles defeitos que antes não via, eu já não podia aceitar. Como todo filho, cheio de razão, bati a porta e parti. Só que do mesmo jeito que a vida desencanta, ela pode nos surpreender. bastou voltar apenas uma vez para casa, avistar as luzes distantes e deixar o resto com a memória. eu vi o lugar que eu sempre amei abrir os braços novamente e não demorou muito para eu entender que não existe muita razão nessas coisas, um filho sempre volta para onde está seu coração.

Expediente:Coordenação geral: Cordeiro de Sá | Gerenciamento de recursos: Graziela Adorno | Projeto Gráfico: Ana Marcia Zago

Impressa na São Francisco Gráfica e Editora Ltda. | Tiragem: 2000 exemplareswww.facebook.com/ribeiraopretoemquadrinhos

esta coletânea é dedicada a Pelicano e a Rubens Luchetti, grandes referências no cenário da arte e dos quadrinhos produzidos por Ribeirão Preto e também a Nelson Stefanelli que, com as suas mais de 3 mil plaquinhas produzidas e instaladas voluntariamente, colabora com a sinalização

viária da cidade para seus habitantes e visitantes.

Sklyline, por daré (capa)

mapa de Ribeirão Preto, por Ruy marques (contracapa inicial)

avenida Professor joão Fiusa, por Yuri chamoun

um giro por Ribeirão, por dud

calçadão da Praça XV, por Geraldo Lara

Hotel brasil, por Gustavo Russo e Gandolpho

morro do São bento, por Fúlvio Setti e Graziela Protti

biblioteca altino arantes, por ubirajara jr.

bosque municipal Fábio barreto, por chris Lee, Flávio Soares, cordeiro de Sá e Saulo michelin

aeroporto Leite Lopes, por cako Facioli

Sorveteria do Geraldo, por Renato andrade

teatro na Rua, por dino bernardi

theatro Pedro ii, por Geraldo Lara

Vila tibério, por Valnei andrade e Francisco Gimenes (participação de Vicente Fantini de Lima e

Gustavo mendonça)

catedral metropolitana, por beto candia

Rua amador bueno, por Quico Soares

Parque Ribeirão Preto, por Fernando Stéfano e cordeiro de Sá

mercadão, por Lubasa e thomate

Parque Pref. dr. Luiz Roberto jábali (Pq. curupira), por dino bernardi e Saulo michelin

a vizinhança, pelas crianças do centro cultural isègun

Senac, por Gandolpho

Shopping, por cordeiro de Sá e adilson terrível

edifício diederichsen, por Francisco Gimenes, Fred Nuti e cordeiro de Sá

avenida Gerônimo Gonçalves, por Renato andrade e thomate

come-Fogo, por marcelo dias (contracapa final)

as opiniões implícitas no conteúdo literário das obras aqui apresentadas são de responsabilidade de cada autor.

o Que É Que RibeiRão tem?

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yuri Chamoun

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-“A última Tele Sena... a última Tele Sena!”

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Isègun

com as crianças: Alder Alves de Freitas, Bruna Amaral Olioti, Diego Augusto Guimarães Barbosa, Francisco André Costa Filho, Ietundê Alves Monteiro da Silva, If

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Machado Filho, Luziane Silva Alvino, Melany Adriele Silva de Freitas, Tauane Cabral Chaves, Titilayó Alves Monteiro da Silva, Vinícios Oliveira de Souza

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Uma cidade pode ser vista e vivida de inúmeras maneiras, dependendo de quem são seus expectadores e dos desejos que cada um deles tem de enxergar nos pequenos detalhes a realização de seus planos, anseios e sonhos.

Nesse emaranhado de ruas, edifícios e parques, que traz em si uma historia passada, uma vida presente e as perspectivas futuras, podemos encontrar amigos, descobrir amores, construir ideais, e vagamos em um vai-e-vem incessante na busca, muitas vezes, por nós mesmos.

Passear por esses quadrinhos e ilustrações é reencontrar uma parte do “eu” da complexa e mutável Ribeirão Preto, da tradição e da modernidade, da inquieta e assustadora, mas não menos maravilhosamente intrigante cidade.

É como se cada uma dessas imagens trouxesse de volta a emoção sentida no momento da experiência vivida. É uma viagem na essência da cidade e de cada um que nela habita.

Stela Crotti

pATROCíNiO:

Realizado com apoio da Prefeitura municipal de Ribeirão Preto, Secretaria da Cultura - Programa de Incentivo Cultural 2011

produção:

Apoio:

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