revista ovelha - acos · nasceu em vila nova de gaia em 1967. a partir dos 13 anos começou a...

OVELHArevi

No 65 Abril 2017 | Ano XXX | Preço 2,50 Euros | ISSN 0805356

A Internacionalização é o tema em destaque

da OVIBEJA. A promoção internacional dos

produtos agroalimentares da região do

Alentejo é uma temática incontornável numa

altura em que os produtos da terra se têm

revelado de grande importância para o país.

CONCERTOS 34ª OVIBEJA

27 | Orelha Negra // Dj Senõr Pelota (Frenzy)

28 | Sangre Ibérico // Miguel Ângelo //

Meninos da Vadiagem ( Live Act)

29 | Agir // Dj Christian F

30 | Anselmo Ralph // Dj CyberX

02 | OVELHA crónica

Nasceu em 1965 na Aldeia de Palheiros. Viveu em Ourique, Castro Verde, Feijó, Amadora, Laranjeiro e Alemanha, mas concluiu que não podia viver noutro sítio que não fosse o Alentejo. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, vive e trabalha em Ourique onde é professor de Inglês e Alemão no Agrupamento de Escolas. Foi cronista na Rádio Castrense durante alguns anos e fez parte de toda a existência do jornal O Campo.É cronista permanente nos jornais Diário do Alentejo e Correio Alentejo. Tem um programa semanal de conversa e entrevista na Rádio Ourique. Participou com textos sobre o cante nos álbuns “O Círculo que leva a lua” dos Ganhões de Castro Verde e “Chão” do Grupo Coral Feminino As Ceifeiras de Entradas. É presidente da Assembleia Geral da ASSESTA – As-sociação de Escritores do Alentejo.Tem mais de uma dúzia de livros editaoas, para além de colaborações diversas em antologias e em outras obras colectivas.

No fim do estio, o vocabulário sobre o Alentejo existe meramente rente a um chão de pó. São palavras rasas, osgas velhas, cigarras mortas, ribei-ras esvaídas, saudades de água. O calor ceifa o significado das coisas, corta-o cerce, cala melancias e der-rete flores. O alfabeto do sul atraves-sa noites e dias de faísca e ferve nos horizontes em brasa. E por fim

sucumbe, cego de luz. No tempo do restolho, só as árvores dizem as palavras de pé, tudo o resto cai exaus-to de tanto azul. Só sobram uvas e letras de palha que o vento estrambalha campos fora. E por isso canta-se.

É preciso pois deixar arrefecer este abecedário de sentidos, é preciso recuperar do desmaio, é preciso esperar que o sol amanse os dentes de fogo e os homens lavrem a terra, revolvam a dormência e semeiem novas palavras que mais tarde, quando tiverem substância, irão explicar as searas. Deixemos abalar as andorinhas e as nuvens hão-de vir regar esses verbos silenciosos que se enraízam. E a noite vem pedir meças ao dia e ganha e o frio levanta-se para ir inventar vinho e laran-jas e o chão é um caderno de poemas caídos das árvores. As azinheiras retalhadas são já bocados de lume aceso. E por isso canta-se.

A lonjura é tanta que o cinzento do céu tem um tamanho desmedido, vai de uma ponta a outra do que se avista, não tem fim, parece uma pedra suspensa sobre a vida. Os olhos erguem-se, os olhos querem que se cumpra esta promessa de água, mas o chão do firma-mento não se abre, mais fácil é os olhos choverem. As geadas escrevem coisas frias na noite. De roda do fogo a cisma é sempre maior, a cisma é a falta que fazem os que já partiram, a cisma é a saudade maior de todas, maior do que ela não há mais nada a não ser a espe-rança. De roda do fogo, atiçam-se lembranças do que fomos e agora já não, bebe-se vinho, pega-se em netos ao colo e espera-se pela cinza. E por isso canta-se.

As andorinhas trazem as palavras que faltavam. E com elas exclamam a claridade e a imensidão. Há letras às cores que nascem na vertigem dos campos, há letras roxas, amarelas, brancas, de sangue, letras que se juntam para fazerem uma sinfonia de silêncio. Na lín-gua da natureza, as flores são adjectivos espetados na terra. Esta terra inflamada de pássaros, esta terra com horizontes dentro de horizontes dentro de horizontes, esta terra pegada ao mar. Este chão que agora é um céu verde. E por isso canta-se.

E por isso canta-se

Vítor Encarnação

crónica OVELHA | 03

Nasceu em Vila Nova de Gaia em 1967. A partir dos 13 anos começou a ilustrar fanzines de poesia, cartazes e murais. Em 1987 matriculou-se em Letras, na Universidade de Lisboa. Durante esse período estudou Pintura e Cenografia para Teatro. Quando se licenciou, em 1991, foi viver para Beja, a sua cidade adotiva.Teve (e tem) interesses e atividades muito diferentes: trabalhou nas vindimas, passou filmes de Buster Keaton e Charlot de terra em terra, escreveu para a rádio e para os jornais como jovem jornalista, tra-balhou no Cais Marítimo de Alcântara, compôs músicas, tocou guitarra em lares, foi professor de Geografia e Ciências da Natureza, fez cenários e figurinos para teatro, fez teatro de sombras chinesas e teatro de fantoches, participou em escavações arqueológicas, etc., etc. Desde 2005 que faz a direção da Bede-teca de Beja e do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Em 2010 publicou o seu primeiro livro de banda desenhada, O Amor Infinito que te tenho, editado em 6 línguas e distribuído por cerca de 20 países, do Canadá à Roménia.

Paulo Monteiro

04 | OVELHA editorial

Ovibeja 2017 Promover a excelência como passaporte para a Internacionalização

A 34ª Ovibeja, que se realiza entre 27 de Abril e 1 de Maio, dedica esta edição à Promoção Internacional dos Produtos Agro-Alimentares da região sendo este um dos temas principais da Feira.

Sempre atenta à atualidade e aos desafios da agricultura, a Comissão Organizadora da Ovibeja preparou várias ações, interligadas entre dife-

rentes espaços, dedicadas à promoção e processos de internacionalização dos produtos agro-alimentares do Alentejo. Esclarecer os produtores e empresários agrí-colas, promover e facilitar contactos e partilhar estraté-gias são alguns dos propósitos da organização da feira. De acordo com a Comissão Organizadora da Ovibeja, “a promoção dos produtos agro-alimentares da região do Alentejo é uma temática incontornável numa altura em que os produtos da terra se têm revelado de grande importância para o País, com contributos significativos para a exportação e para o equilíbrio da balança comer-cial”.

Patente em diferentes áreas da grande feira do sul, a temática da internacionalização apresenta-se, como grande novidade, no Espaço AgroAlentejoExport com grande incidência nos produtos de origem animal, no potencial das raças autóctones, e do ecossistema do Alentejo como garante de qualidade dos produtos. Este espaço inclui também a programação de conferências, com a participação de peritos nacionais e internacio-nais.

Além do Espaço AgroAlentejoExport, a temática da internacionalização vai estar patente no Pavilhão da Pecuária e no Pavilhão Terra Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness.

Já com provas dadas – classificado como o melhor do mundo – o Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, já na 7ª edição, tem como propósito estimular a cultura de excelência

dos azeites nacionais como passaporte para a interna-cionalização.

A entrega dos prémios aos vencedores do concurso vai ser feita no dia 29 de abril na Arena do Azeite que será ainda palco do II Simpósio Internacional de Azeite Virgem Extra. A iniciativa vai contar com a partici-pação de diversos oradores e peritos nacionais e inter-nacionais com conhecimento relevante nas áreas dos mercados e promoção internacional do azeite.

“Aumentar o conhecimento e a notoriedade dos nossos produtos de origem alentejana, contribuir com informação e ferramentas que permitam uma maior proximidade e acesso das empresas a mercados-alvo internacionais, dar a conhecer mecanismos inovadores de prospeção” são algumas das metas propostas. A pro-moção de iniciativas coletivas que potenciem a inter-nacionalização de bens e serviços produzidos na região, alinhados com uma estratégia regional de especializa-ção inteligente é outro dos objetivos traçados com vista a contribuir para a capacitação dos produtores e empre-sas para as exigências dos mercados internacionais.

Ao reunir o melhor de “todo o Alentejo deste mundo…e mais além!”, a 34ª edição da Ovibeja vai contar com a presença de comitivas políticas, dele-gações empresariais e representações diplomáticas internacionais. A organização é, como sempre, da ACOS – Associação de Agricultores do Sul.

Cofinanciado por

índice OVELHA | 05

CrónicaE por isso canta-seVítor Encarnação (Texto)Paulo Monteiro (Ilustração)2/3

Editorial4

Alentejo ExportInternacionalizaçãoTodo o Alentejo deste Mundo e mais além8/11

OpiniãoLuís Capoulas Santos12

João Rocha13

EntrevistaRui Garrido e a 34.ª Ovibeja14/21

Azeite7.º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra24/25

II Simpósio Internacional Azeites do Sul26/27

ACOSProjeto Gen-Res-Alentejo30

Alentejo Export31

Laboratório de Azeitona e Azeite32

Laboratório Veterinário33

Recursos genéticos animais e biotecnologias34/35

CEBAL – 10 anos de Ciência36/37

Ovinoites38/41

Lista de Expositores46/55

alentejo export

08 | OVELHA ovibeja

Internacionalização é o tema em destaque para a 34ª OVIBEJA

Todo Alentejo deste Mundo e mais além!

A Internacionalização é o tema em destaque para a 34ª edição da OVIBEJA. A promoção internacional dos produtos agroalimentares da região do Alentejo é uma temática incontornável numa altura em que os

produtos da terra se têm revelado de grande importância para o país, tendo os sectores Agrícola e Agroalimentar vindo a afirmar-se no panorama nacional como uns dos setores com maior vocação para a exportação.

A produção agrícola alentejana, em plena moderniza-ção, produtora de alimentos de alta qualidade com as mais modernas tecnologias, em muito contribuiu para o sucesso verificado e para o equilíbrio da balança comercial no que respeita à exportação de produtos agroalimentares. Porém, a consolidação dos processos de internacionalização passa por uma visão estratégica para produzir melhor e exportar mais, revelando-se também uma solução para dinamizar o mundo rural e as regiões do interior que foram esquecidas ao longo de tantas décadas.

Sempre atenta à atualidade e aos desafios da agricultura, a Comissão Organizadora optou por desenvolver uma pro-gramação dedicada à promoção internacional dos produtos agroalimentares da região do Alentejo e aos processos de Internacionalização, que contribua simultaneamente para promover o produtos regionais e para dotar e esclarecer produtores e empresários agrícolas para os processos de internacionalização de produtos agroalimentares.

A temática da Internacionalização estará patente em diferentes espaços da Grande Feira do Sul, dos quais destaca-mos:

O ‘Espaço AgroAlentejoExport’, é a grande novidade desta edição e será inteiramente dedicado à promoção inter-nacional dos recursos agroalimentares da região do Alentejo, com especial enfoque para os produtos de origem animal.

A iniciativa será apresentada pela ACOS - Associação de Agricultores do Sul, no âmbito do projeto Alentejo Export, desenvolvido com o apoio do Programa Operacional Regional do Alentejo: Alentejo 2020 e Portugal2020.

O ‘Pavilhão da Pecuária’ que reúne os melhores exem-plares das raças autóctones alentejanas e nacionais, cuja excelência será este ano reforçada em articulação com o Espaço AgroAlentejoExport como base para a produção de produtos de origem animal de qualidade superior.

A ‘Arena do Azeite’ espaço dedicado ao azeite, a cultura de excelência como passaporte para a internacionalização. Será o palco para o II Simpósio Internacional de Azeites Virgem Extra’ marcado para o dia 29 de Abril, que reforça a

temática da Internacionalização com a participação de diversos oradores e peritos nacionais e internacionais.

O 7º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, será também apresentado neste espaço e a cerimónia de entrega de prémios decorrerá no dia 29 de Abril. Criado para estimular a cultura de excelência dos azeites nacionais, o Concurso Prémio CA Ovibeja já está classificado como o 1º melhor do mundo, ex aequo com o Mario Solinas do Conselho Oleícola Internacional.

O potencial além-fronteiras da Agricultura e do Setor Agroalimentar da Região do Alentejo, estará também pat-ente no ‘Pavilhão Terra Fértil’ - Mostra de Inovação Agrícola e Agroalimentar, no ‘Pavilhão Agroalimentar’ e ainda no campo demonstrativo ‘O Campo da Feira’.

Do Alentejo para o Mundo é o mote do ‘Pavilhão do Cante das Artes e dos Ofícios’, um espaço dedicado à cultura e à identidade alentejana. Um regresso às raízes que cruza tradição e modernidade, memória e futuro Uma home-nagem à terra e a e a todos os que com o seu engenho fazem arte. Uma Mostra de Artesanato e Ofícios Tradicionais, um mote para a partilha de ecos e sonoridades, mas também de arte, ideias e formas renovadas de viver e sentir o Alentejo e mais além.

A presença de comitivas políticas, delegações e comiti-vas internacionais, bem como a intensa programação de colóquios serão certamente, mais um contributo para reforçar o tema da internacionalização e o potencial do Alentejo como região exportadora de produtos diferencia-dos e de alta qualidade.

Considerado a grande montra do Alentejo, o certame apresenta ainda uma variedade de espaços e atividades que reúnem o melhor de Todo Alentejo deste Mundo e mais além!

ESPAÇO AGROALENTEJOEXPORTSalão Internacional de Promoção dos Produtos Agroalimentares da Região do Alentejo

A temática da internacionalização apresenta-se, como grande novidade no “Espaço AgroAlentejoExport – Salão Internacional de Promoção dos Produtos Agroalimentares da Região do Alentejo. Um espaço temático dedicado ao Agroalimentar e à sua promoção internacional com vista a aumentar o conhecimento e a notoriedade dos produtos de origem animal, do potencial das raças autóctones, e do ecossistema do

temas: A comercialização e exportação de azeite; a produção e transformação de azeitona e a promoção do azeite e oportunidades nos mercados internacionais. Participam neste simpósio peritos nacionais e interna-cionais e representantes de cooperativas e empresas envolvidas na produção e mercado do azeite.

PAVILHÃO TERRA FÉRTILMostra de Inovação na Agricultura e no Agroali-mentar

Dedicado ao agroalimentar e às agroindústrias, o Pavilhão Terra Fértil é um espaço expositivo que revela a excelência dos produtos da terra. Conta com a presença de diferentes marcas e produtos agroalimen-tares de forma a promover e dar a conhecer a qualidade superior destas fileiras. Aqui estarão representados os melhores produtores de vinhos e azeites, não só do Alentejo, mas de outras regiões do país. Além destes preciosos e genuínos néctares, estarão ainda presentes os mais nobres exemplos da queijaria tradicional, o Queijo Serpa, o requeijão, os queijinhos frescos de cabra ou os queijos secos de ovelha, são apenas algumas das iguarias tradicionais que encerram em si um sabor e sabedoria milenar.

E como na OVIBEJA a tradição anda de mãos dadas com inovação, o Pavilhão Terra Fértil vai ainda dedicar um novo espaço dedicado à Inovação.

ovibeja OVELHA | 09

A produção agrícola alentejana, em plena modernização, produtora de alimentos de alta qualidade com as mais modernas tecnologias, em muito contribuiu para o sucesso verificado e para o equilíbrio da balança comercial. A consolidação dos processos de internacionalização passa por uma visão estratégica para produzir melhor e exportar mais.

“Alentejo como garante de qualidade no setor agroali-mentar e com grande potencial de exportação.

O projeto foi desenhado para ir ao encontro da diversidade de públicos que visitam a OVIBEJA, inclui conteúdos informativos distribuídos num ambiente que recria o Mosaico Agrícola Alentejano, retratando as suas Raças Autóctones, os Modos de Produção, os Produtos Regionais Certificados de origem animal, numa representação que se pretende dinâmica e inter-ativa com uma estática simples e contemporânea.

ARENA DO AZEITEPromoção Internacional do Alentejo como Região Produtora de Azeites de Excelência

Espaço dedicado à promoção do Alentejo como princi-pal região produtora de Azeites do País, que dará a conhecer a excelência dos nossos azeites através de provas comentadas por peritos, para as quais estão convidados os visitantes da feira. O espaço contará ainda com conteúdos informativos e dados sectoriais sobre o precioso néctar que posicionam o Alentejo a nível nacional, com importantes contributos para o sucesso das exportações que nas últimas décadas têm subido sempre a dois dígitos.

Neste contexto será ainda apresentado o II Simpósio Internacional de Azeites do Sul que vai dinamizar três mesas redondas versando os seguintes

10 | OVELHA ovibeja

ESPAÇO INOVAÇÃO

A Ovibeja sempre se destacou pela INOVAÇÃO! Na procura da excelência. Fazendo a diferença. Abrindo novos horizontes. Este ano, a 34ª edição da Ovibeja abre aos seus participantes e visitantes o ESPAÇO INOVAÇÃO que, integrado no Pavilhão TERRA Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness, possi-bilita a revelação de projetos inovadores.

A Investigação e o Desenvolvimento são temáticas de importância incontornável para o Alentejo, e con-sideradas essenciais para o desenvolvimento rural, nas vertentes social, agrícola e agroindustrial da Região.

Valorizar, promover e facilitar sinergias, transfe-rência de conhecimentos são alguns dos propósitos, dando a conhecer as dinâmicas de inovação nas difer-entes áreas.

O Espaço Inovação será certamente um espaço com uma grande dinâmica de inovação, estando já agendadas mais de 20 apresentações de projetos de investigação, tecnologia e desenvolvimento. O público visitante está desde já convidado para assistir às apre-sentações, não sendo necessária inscrição prévia.

PAVILHÃO AGROALIMENTAR Espaço adjacente ao Pavilhão Terra Fértil

Neste espaço estão reunidos os melhores produtos da terra, com especial representação de enchidos, fuma-dos e salsicharia. O espaço conta com a presença de diferentes marcas dee produtos agroalimentares de forma a promover e dar a conhecer a qualidade supe-rior dos enchidos tradicionais. Iguarias que apelam aos cinco sentidos, produtos certificados e com Denominação de Origem Protegida, tanto do Alentejo, como de outras regiões do País. São os melhores e mais tradicionais petiscos para saborear num clima de festa.

O CAMPO DA FEIRA

Campo agrícola destinado à demonstração e venda de máquinas e equipamentos agrícolas de última geração bem como de fatores de produção e serviços para a agricultura.

Tendo em conta o aumento da expressão agrícola na Ovibeja, este espaço foi, este ano, alvo de uma importante remodelação com vista a torná-lo, cada vez mais, um espaço nobre da feira. Com este investimento a Comissão Organizadora pretendeu tornar o espaço mais funcional e apelativo para mostra, demonstração e venda de equipamento e maquinaria agrícola, assim como reuniões de negócios.

Aqui vão ser também apresentados alguns campos de demonstração de cereais e de oleaginosas.

E para voar ainda mais alto, vai estar à disposição dos visitantes um helicóptero para fazer batismos de voo.

PAVILHÃO DO CANTE, DAS ARTES E DOS OFÍCIOS

O Pavilhão do Cante, das Artes e dos Ofícios, que reúne o ser e o fazer alentejano, volta a estar presente na 34ª Edição da OVIBEJA.

É um espaço de emoções, uma homenagem à terra e a e a todos os que com o seu engenho fazem arte. Uma Mostra de Artesanato e Ofícios Tradicionais, um mote para a partilha de ecos e sonoridades, mas também de ideias e formas renovadas de viver e sentir o Alentejo.

Um local inclusivo. Um ponto de encontro e de reencontros. Sem preconceitos. Da diversidade do campo e das diferentes expressões da cidade, numa paleta de todas as cores.

CANTE ALENTEJANO

A mais forte e identitária expressão musical alentejana corre nas veias deste projeto desde a sua primeira edição. O cante alentejano volta estar presente e a sonoridade das vozes do Grupo Coral Cantadores do Desassossego de Beja vão marcar o tom, abrir o coração e molhar as gargantas dos visitantes, com um espaço de petiscos, vinho, convívio e muito cante. Será informal e marcará presença todos os dias da Feira e contará com colabo-rações de outros projetos musicais e de Cante entre out-ros, Os Alentejanos e o Grupo Coral Os Discípulos.Esta Ovibeja receberá também o Comboio do Cante, vindo de Lisboa numa parceria com a Casa do Alentejo e que trará cerca de 600 pessoas, no dia 29 de Abril. Este alentejanos que residem em toda a área da Grande Lisboa, integram mais de duas dezenas de grupos corais, que irão cantar em uníssono algumas modas da nossa terra.

MUSEU VIVO DE ARTES E OFÍCIOS TRADICIONAIS

Artesãos e artistas a trabalhar ao vivo durante o evento, continua a ser uma das apostas para este espaço, com o intuito de valorizar e promover as artes e os ofícios tradi-cionais e principalmente sensibilizar os visitantes para os sérios desafios que a sua continuidade enfrenta. É um projeto com um forte cariz cultural, um regresso às raízes que cruza tradição e modernidade, memória e futuro.

MOSTRA-TE ALENTEJOMostra de Arte Contemporânea de Artistas Bejenses e de Mais Além

Além de cante, das artes e dos ofícios tradicionais, quise-mos ir mais longe e integrar uma forma contemporânea de viver esta imensa planície, através da apresentação de uma Mostra de Arte Contemporânea de Artistas Bejenses e Alentejanos, de alma ou coração. A Mostra vai reunir diferentes expressões artísticas, desde ilustração, escul-

ovibeja OVELHA | 11

Artesãos e artistas a trabalhar ao vivo durante o evento, continua a ser uma das apostas para o Pavilhão do Cante e do Artesanato, com o intuito de valorizar e promover as artes e os ofícios tradicionais.

“tura, cerâmica e outras instalações de dez artistas con-ceituados que têm alargado as fronteiras criativas do Alentejo: André Lança, António Duro, Heitor Figueiredo, Júlio Roriz, Margarida de Araújo, Paula Estorninho, Paulo Monteiro, Pedro Fernandes, Sofia Almeida e Susa Monteiro.

Exposição VÉRTICE ALENTEJO

25 retratos fotográficos, 25 conversas são os suportes com os quais que se pretende retratar as artes, os ofícios e a vida dos habitantes deste imenso Alentejo.

O desafio é retratar a genuinidade de quem faz o Alentejo de todos os dias, através de uma imagem e de um minuto de conversa. Os retratos indivi duais são complementados com áudio para dar profundidade e voz à imagem.

A apresentação dos retratos fotográficos é fiel a toda a região, e corresponde à pirâmide demográfica do Alentejo, e dá a conhecer as diferentes gerações de quem aqui vive, cria e trabalha,

Ao ser percentualmente fiel aos números popula-cionais das várias gerações residentes na Região do Alentejo, identifica-se, subliminarmente, uma prob-lemática que afeta esta região: O êxodo geracional. Um êxodo que acarreta a necessidade urgente da preservação das artes e ofícios que caracterizam o lugar em que hab-itamos e de criar oportunidades e ambições para as ger-

ações futuras.O Alentejo da tradição, do cante, do pastoreio e dos

ofícios tradicionais é o ponto de partida para conhecer a identidade desta imensa planície. Mas as gerações dos mais novos serão o mais importante VÉRTICE desta pirâmide, pois é nelas que está depositada a continui-dade da nossa cultura.

Cada retrato é um VÉRTICE desta pirâmide demográfica, um ponto de ligação entre gerações e um mote, para que, o visitante que veja e ouça os retratos, encontre o Alentejo que conhece e se surpreenda pelo que damos a conhecer-

É uma exposição dinâmica, interativa, marcada por linhas contemporâneas e inspirada em traços rurais e intergeracionais. O fator humano e real tem, neste pro-jeto, toda a centralidade. Cada VÉRTICE é uma pessoa. E algumas das pessoas retratadas na Exposição estarão presentes no Pavilhão a executar o seu ofício ou a sua arte, dando uma componente real às problemáticas, ambições e esperanças retratadas.

Em que Alentejo vivemos hoje? O que será do Alentejo amanhã? Mais do que responder a estas questões pretende-se que esta exposição seja um consciencializa-dor para a urgência das respostas.

A Exposição VÉRTICE ALENTEJO é um pro-jeto conjunto, o trabalho de cada um foi também um vértice essencial para a construção desta exposição – pirâmide.

12 | OVELHA opinião

LUíS CAPOULAS SANTOS

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Há que explorar outras oportunidades para além do regadio. É preciso apostar forte na internacionalização do setor, tanto no domínio das produções agrícolas como no das pecuárias. Nesse sentido, o Governo tem-se empenhado na procura de novas áreas para exportação, o que se traduziu na abertura de 20 novos mercados para 62 produtos em 2016. Além disso, está em negociação a abertura de outros 55, para 199 produtos.

“Em 2017 a Ovibeja volta a abrir as portas num con-texto de confiança no setor agrícola e no país. Este é precisamente um momento em que os resultados de execução do Programa de Desenvolvimento

Rural, finalmente, correspondem ao esforço desen-volvido pelo Governo, cumprindo metas e recuperando tempo perdido. Além disso, o ano 2016 fica marcado por um bom desempenho no que se refere aos pagamentos aos agricultores, que coloca Portugal em primeiro lugar no ranking do primeiro pilar da PAC, e no quinto lugar nos pagamentos do segundo pilar, no conjunto dos 28 Estados Membros da União Europeia.

Mas não estamos satisfeitos, queremos fazer mais. Temos agora pela frente o desafio de acelerar a execução do PDR2020, no qual estamos concentrados, tendo em conta que este é um programa estruturante, de cuja implementação depende, em muito, a dinâmica do setor e o sucesso do investimento.

A este propósito, e estando a Ovibeja localizada no coração de Alqueva, não posso deixar de sublinhar sua a relevância no quadro da prioridade que o Governo decidiu conceder ao regadio. Estamos empenhados em beneficiar mais 90 mil hectares de regadios em todo o país, dos quais cerca de 47 mil se situam na área de ampliação do EFMA – Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, decorrendo negociações com o BEI – Banco Europeu de Investimento, para o seu financiamento, que infelizmente não estava assegura-do. Foi neste contexto que teve lugar a concretização do compromisso por mim assumido, há um ano atrás, de baixar consideravelmente o preço da água, gerando assim melhores condições de competitividade e de rendimento para os agricultores.

Há, no entanto, que explorar outras oportunidades para além do regadio. É preciso apostar forte na inter-nacionalização do setor, tanto no domínio das produções agrícolas como no das pecuárias. Nesse sen-tido, o Governo tem-se empenhado na procura de novas áreas para exportação, o que se traduziu na aber-tura de 20 novos mercados para 62 produtos em 2016. Além disso, está em negociação a abertura de outros 55, para 199 produtos.

Estou certo que a Ovibeja/2017 dará mais um con-tributo decisivo para a imagem da agricultura alente-jana num momento em que novas oportunidades surgem.

Ovibeja Mais um contributo decisivo para a imagem da agricultura alentejana

Ovibeja Mostra o que de melhor a nossa terra produz e o potencial que temos para oferecer

JOÃO ROCHA

Presidente da Câmara Municipal de Beja

opinião OVELHA | 13

O Alentejo tem futuro e este futuro passa pela aposta em rentabilizar as infra-estruturas já existentes e o investimento financeiro que já foi feito pelo Estado, como é o caso do Aeroporto e das acessibilidades que ainda não estão concluídas e que é urgente terminar, como o IP8 ou o investimento na linha do Alentejo

Com a Primavera, regressa mais uma edição da Ovibeja, a grande feira do Sul, ponto de encon-tro de empresários e investidores, amigos e famílias e que constitui, sempre, um momento

alto de promoção e de afirmação do concelho e do ter-ritório alentejano.

Este certame, que conta com 34 edições e que já passou fronteiras, marca o calendário de eventos para profissionais de todas as áreas, que aqui encontram oportunidades de negócio e investimento.

Nesta edição, um ano depois de nos ter deixado o seu grande impulsionador, Manuel Castro e Brito, a nossa responsabilidade de preservar e valorizar aquilo que foi construído ao longo destas três décadas, é ainda maior.

A importância de realizar esta feira em Beja é inquestionável, pois constitui um forte impulso de desenvolvimento económico da nossa região. É a mos-tra do que de melhor a nossa terra produz e do poten-cial que temos para oferecer, tornou-se numa referên-cia a nível nacional e internacional, através do empe-nho da ACOS e de todos os seus parceiros, que con-tribuem para lhe conferir a dimensão que já conquis-tou, na sua multiplicidade e diversidade temática.

Esta grande feira constitui, para o Município, um espaço de oportunidades para divulgar a sua estratégia e afirmar a clara aposta que fazemos na promoção da nossa identidade regional e na valorização do legado patrimonial que nos distingue.

Trabalhamos ativamente para tornar Beja num Concelho desenvolvido, atrativo, com oportunidades de emprego e um lugar com uma qualidade única para viver.

Promovemos reuniões com entidades com vista a firmarmos protocolos para captação de investimento que promova o desenvolvimento sustentado do Concelho, nomeadamente, os que rentabilizem a infra-estrutura de fins múltiplos de Alqueva e a atividade agrícola que dele decorre. Em Beja, há todas as con-dições para investir e rentabilizar todas as potenciali-dades criadas pela nova agricultura de regadio e as novas espécies que é possível produzir nestes solos ricos, onde chega a água, aliadas à criação de agro-indústrias, à transformação e exportação de produtos de qualidade.

O Alentejo tem futuro e este futuro passa pela

aposta em rentabilizar as infra-estruturas já existentes e o investimento financeiro que já foi feito pelo Estado, como é o caso do Aeroporto e das acessibilidades que ainda não estão concluídas e que é urgente terminar, como o IP8 ou o investimento na linha do Alentejo. Com estas acessibilidades fica garantida a ligação desta região ao resto do país, ao Porto de Sines e a Espanha, fundamentais para assegurar o transporte de pessoas e bens.

No Município, estamos disponíveis para continuar a mobilizar entidades e exigir o investimento necessário para mudar rapidamente a face desta região, atrair e fixar população e oferecer qualidade de vida, com uma identidade e marca próprias que nos podem afirmar a nível mundial.

É preciso que exista união entre organizações, asso-ciações, entidades públicas e privadas, independente-mente da sua natureza, convicções políticas ou par-tidárias, em torno desta causa comum que nos une e é muito superior a tudo o que nos possa separar, para levar por diante as apostas de desenvolvimento que queremos ver concretizada no nosso Alentejo.

Estamos abertos para nos mobilizarmos sem pre-conceitos, coletivamente, e lutar por este objetivo conjunto, porque sabemos que o futuro se constrói com toda a comunidade.

Aos visitantes desta 34ª edição da Ovibeja, o Município dá boas vindas, fazendo votos que a vossa estadia na cidade proporcione o encontro com um património e uma qualidade de vida que vos entusias-me a voltar e permanecer, desfrutando com toda a calma deste nosso “Todo o Alentejo deste mundo”

14 | OVELHA entrevista

Rui Garrido sobre a 34ª OVIBEJA

“Ainda há muito caminho a percorrer na internacionalização dos nossos produtos”

“Gostaríamos que a OVIBEJA 2017 fosse a mesma de sempre, mas

com um cariz mais agrícola” afirma Rui Garrido, o presidente

da direcção da ACOS -Agricultores do Sul, entidade responsável pela

realização da OVIBEJA, a pouco menos de um mês da abertura

oficial da grande feira do Sul. Com início marcado para 27 de Abril, a OVIBEJA prolonga-se até 1 de

Maio, tendo nesta 34ª edição como tema principal

a internacionalização dos produtos agro-alimentares de origem

animal, tais como os queijos, os enchidos e os presuntos

tradicionais do Alentejo. Para Rui Garrido “ainda há muito caminho a percorrer na internacionalização”

dos produtos alentejanos, que “é incipiente”, mas o exemplo do

azeite ou do vinho “mostra que é possível”.

entrevista OVELHA | 15

Estamos à beira de mais uma OVIBEJA. Vamos ter uma feira com muitos expositores?A adesão dos expositores tem sido normal, notando-se, inclusivamente um aumento, relativamente aos últimos anos. Há expositores que estão a procurar-nos pela pri-meira vez, o que é bom sinal.

Pôr de pé toda a estrutura necessária para que a OVIBEJA se realize, ano após ano, é um trabalho que mobiliza toda a equipa da ACOS…Sim. Na ACOS levamos quase meio ano a trabalhar noutras actividades e meio ano a trabalhar para a OVIBEJA. Este ano começámos a trabalhar com especial antecipação porque pensámos fazer algumas melhorias

no Parque de Feiras em colaboração com o Município de Beja. O Parque é gerido pelas duas entidades. Houve intervenção ao nível da melhoria das instalações san-itárias. Temos também realizado algumas melhorias em termos dos pavilhões de exposição e investimos em me lhorar acessibilidades e condições para os expositores no espaço do Campo da Feira.

O Campo da feira, continua, por isso, a ser um dos pontos de desenvolvimento da OVIBEJA, aliás como tem acontecido nos últimos anos…Sim. Fizemos ali um investimento grande, que incluiu a drenagem de todo o terreno, e a construção de caminhos de modo a criar as condições para tornar esta área num

Era e é um dos nossos objectivos manter a traça da OVIBEJA, aquilo que é a sua tradição, mas também queremos torná-la mais agrícola e por isso temos estado a investir nesse sentido. O Campo da Feira fazia-nos falta para isso e, este ano, com as melhorias efectuadas, achamos que vamos conseguir dinamizar esta área.

dos espaços nobres da feira. Era e é um dos nossos objec-tivos manter a traça da OVIBEJA, aquilo que é a sua tradição, mas também queremos torná-la mais agrícola e por isso temos estado a investir nesse sentido. O Campo da Feira fazia-nos falta para isso e, este ano, com as me lhorias efectuadas, achamos que vamos conseguir dinamizar esta área.

Melhorar sem descaracterizar

E no resto? A Feira vai continuar igual a si própria?Sim. A Feira vai continuar muito na senda das últimas edições, talvez procurando dar-lhe uma arrumação um

pouco diferente este ano, em termos de expositores, melhorando-a sem a descaracterizar.

No ano passado houve problemas no acesso às bi lheteiras. Estão a ser feitas algumas alterações para este ano?Vamos abrir de novo a bilheteira que está junto ao NERBE para aliviar a concentração de visitantes que se juntavam na entrada principal. No ano passado houve problemas com as entradas quando havia muita gente, e não faz sentido que uma pessoa que se desloca 50 ou 100 quilómetros para vir à OVIBEJA, esteja depois mais de uma hora numa fila à espera de entrar na feira.

São melhorias deste tipo que pretendemos fazer, mas de resto, a OVIBEJA mantém a mesma traça de sem-pre.

Em termos de dimensão há um aumento da área do Campo da Feira?É para aí que a Feira se está a expandir e para onde que-remos levar tudo o que é maquinaria e equipamento agrícola. Vamos lá ter também o Pavilhão das Aves, alguns campos de demonstração de cereais e de oleagino-sas, demonstração de maquinaria e viatura, um heli-cóptero para fazer passeios, etc. Vamos tentar dinamizar aquela zona.

Relativamente aos outros espaços e pavilhões. Vão-se manter?Tudo se vai manter. Vamos manter o Pavilhão do Cante e do Artesanato, este ano com mais expositores, os espectáculos vão decorrer durante as quatro noites, com um bom programa. O tema da OVIBEJA é dedi-cado à internacionalização e exportação de produtos, sobretudo na área dos produtos animais e mais virado para o sequeiro, tais como os queijos, os enchidos, os presuntos etc.

Uma das críticas que tem sido feita à OVIBEJA é que, nos últimos anos, tem diminuído a presença de alguns produtos tradicionais de qualidade.Talvez por isso, este ano quisemos fazer um rearranjo nessa área. Vamos montar uma tenda grande ao lado do Pavilhão Terra Fértil em que se vão juntar esses exposi-tores, de maneira a valorizar e a dar ainda mais visibili-dade a esse tipo de produtos. Estivemos atentos a essas críticas e vamos tentar melhorar esse aspecto.

Seminário internacional sobre azeite

Mantém-se, claro, também o concurso internacional de azeites.Sim. Temos também, como em anos anteriores, o Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA OVIBEJA, o único concurso internacional de azeites realizado em Portugal, e que já atingiu uma notoriedade igual à do concurso Mario Solinas, que é o mais conhecido no mundo. Tivemos este ano a concurso cerca de 150 amostras, e decidimos dinamizá-lo duma forma diferente. O júri internacional, que junta mais de 40 elementos, reuniu-se na Casa do Alentejo, em Lisboa durante dois dias e no último dia fez-se a divulgação dos resultados do concurso e uma apresentação da OVIBEJA com alguns produtos regionais. Vamos realizar o 2º Seminário Internacional de Azeites do Sul durante a OVIBEJA, com a colaboração da OLIVUM – Associação de Olivicultores do Sul, no sábado, dia 29 de Abril, altura em que vai decorrer a entrega dos prémios do concurso internacional de azeite.

Os produtos alentejanos já conseguem competir nos mercados internacionais? A exportação é já um facto ou ainda há muito a fazer?Há ainda muito caminho a percorrer. É ainda um boca-do incipiente. Ao nível, por exemplo, dos queijos ou dos enchidos a exportação é mais do que incipiente. Há países que têm regras muito apertadas e onde quase não se consegue entrar e, por isso, não é fácil. Tirando os sectores do vinho e do azeite, ainda há muito para fazer.

Como está a agricultura do Baixo-Alentejo neste começo de 2017? Com vários problemas. Por exemplo, o do investi-mento. Ao nível da a Federação das Associações de

O júri internacional, que junta mais de 40 elementos, reuniu-se na Casa do Alentejo, em Lisboa durante dois dias e no último dia fez-se a divulgação dos resultados do concurso e uma apresentação da OVIBEJA com alguns produtos regionais.

Agricultores do Baixo-Alentejo (FAABA), temos vindo a batalhar, já desde antes da última OVIBEJA, na questão do investimento agrícola. Ultimamente con-seguimos que algumas coisas fossem melhoradas, mas outras não. Um dos problemas sérios que temos em termos do investimento são os projectos que se candi-dataram durante o período 2015/2016, e para os quais não há garantia de financiamento. Os concursos ti nham dotações limitadas, e se entram projectos que excedem a dotação, transitam para o concurso se guinte, mas sem garantia de aprovação. O que estamos a cons-tatar, e já tínhamos alertado a tutela para isso, é que, sobretudo quando se trata de instalação de culturas

permanentes – um olival ou amendoal por exem plo, os agricultores não conseguem ficar tanto tempo à espera. Só nesta altura estão a ser analisados projectos que entraram no último trimestre de 2015, o que é muito tempo para quem tem compromissos.

Que tipo de compromissos?Quando eu penso fazer um olival ou um amendoal ou outra cultura permanente, tenho que encomendar as plantas, senão não as vou ter quando precisar delas, e nessa altura tenho que dar um sinal. Ou seja, quer queira quer não, o agricultor é obrigado a iniciar o investimento e, depois de ter feito a encomenda das plantas, elas vêm

e, mesmo que os projectos não estejam aprovados ou nem sequer analisados, têm que ser plantadas – o que é impossível se não houver rega... Nós temos chamado a atenção para o facto das pessoas terem sido levadas a fazer o investimento sem qualquer garantia e isto já está a gerar problemas, levando os agricultores a terem que fazer empréstimos bancários e a assumirem compromis-sos. Esta é uma questão que nos tem preocupado. Neste momento, como durante o ano de 2016 não abriram mais concursos no PDR2020, a análise dos projectos está quase em dia, mas ainda não totalmente. Temos a garan-tia que vai haver novas aberturas de concursos e que vai haver algum apoio, mas, uma vez que o dinheiro é

escasso, o nível de apoios ao investimento baixou bastante e as ajudas directas estão limitadas a 700 mil euros, o que é bastante limitativa para quem quer reestruturar uma exploração de sequeiro para regadio com as dimensões que temos na região.

Regadio do Alqueva vai aumentar

Há também a questão do preço da água de Alqueva e da gestão do perímetro de rega que vem de trás. Como estão estas duas questões?Esse é outro aspecto que temos vindo a debater e que parece já ter sido resolvido. O senhor Ministro da Agricultura tinha-se comprometido a fazer alterações que já foram anunciadas e que vão fazer baixar o preço da água de Alqueva entre 20 a 33% para os agricultores. Apenas teremos que estudar com a EDIA, a possibilidade de ajustar melhor o preço para as Associações de Regantes.

Ficaram satisfeitos com este anúncio?Neste aspecto ficámos satisfeitos, porque é bom para os agricultores. Em aberto continua a gestão dos novos blocos de rega, que para nós é também muito impor-tante. Achamos que se forem os agricultores a gerir esses perímetros, conseguimos melhor eficiência. Neste momento essa gestão é feita pela EDIA, que contrata empresas para o fazer, mesmo em zonas em que já exis-tam associações de regantes com experiência na gestão da água, como em Ferreira do Alentejo ou em Montes Velhos. Esta situação tem que ser encarada muito seria-mente.

E o perímetro de rega de Alqueva já está concluído ou prevê-se a sua expansão?Essa também foi uma boa novidade que tivemos. Havia um plano de expansão de Alqueva para mais 40 mil hec-tares, para o qual estava a ser procurado financiamento, e foi-nos dito recentemente pelo Ministro da Agricultura que a obra vai avançar, independentemente da fonte de financiamento. É uma expansão que terá lugar quer nos distritos de Beja, quer de Évora, e que corresponde a um terço da área inicial do perímetro de rega, que era da ordem dos 120 mil hectares. E este alargamento da área de rega terá sido também um dos factores que terá per-mitido a baixa do preço da água para os agricultores. É uma boa notícia.

A ACOS já tem 70 trabalhadores fixos

O engenheiro Rui Garrido preside à ACOS há cerca de um ano, depois da morte prematura do enge-nheiro Manuel Castro e Brito, o líder carismático da Associação e da OVIBEJA. Como é que tem sido este percurso de cerca de 12 meses? Tem sido difícil?A ACOS hoje em dia é uma casa muito grande, com actividade em diversos sectores e um quadro de pessoal

Um dos problemas sérios que temos em termos do investimento são os projectos que se candidataram durante o período 2015/2016, e para os quais não há garantia de financia-mento. Os concursos ti nham dotações limi-tadas, e se entram pro-jectos que excedem a dotação, transitam para o concurso se guinte, mas sem garantia de aprovação.

constituído por quase 70 funcionários. Depois temos ainda o ADS onde trabalham cerca de 40 brigadas ve terinárias e o sector da Formação Profissional com diversos formadores em regime de prestação de serviços. Temos também dinamizado o departamento técnico, apostando na diversificação dos serviços para apoio aos nossos associados. O Manuel Castro e Brito era um homem que se dedicava a cem por cento à Associação. A ACOS era quase a sua primeira casa, uma vez que felizmente tinha essa disponibilidade, o que não é o meu caso. Por isso, tivemos que dar aqui uma orientação diferente à estrutura. Criámos a figura do Director-Geral, que é na prática o director executivo,

responsável pela gestão diária de toda a estrutura. Trata-se do Engº Claudino de Matos, que também já integrava os nossos quadros. Outra alteração teve a ver com a passagem do Dr. Miguel Madeira – responsável do ADS – para a Direcção. Desta forma temos conse-guido dar continuidade ao trabalho, e julgo que as coi-sas vão funcionando bem.

E a ACOS, enquanto associação, tem-se renovado, em termos de sócios?Temos tido sempre a adesão de novos sócios e temos mesmo aumentado muito o seu número devido a algu-mas actividades que, entretanto, começámos a desen-

volver. Hoje em dia fazemos inspecção de pulveriza-dores, que é obrigatória; já realizamos leilões de gado com regularidade, que têm corrido muito bem, não só pelos preços praticados, mas pelo facto do leilão influ-enciar indirectamente o preço de mercado aqui na zona. Dinamizámos também o sector das lãs, comer-cializando-as, o que tem trazido novos sócios. Actualmente estamos em conversações com algumas cooperativas espanholas para iniciarmos mais uma actividade que tem a ver com a comercialização de bor-regos. Com estes parceiros queremos ganhar escala e conseguir mais valias. Pretendemos dar este passo muito em breve.

ACOS propõe à Câmara de Beja atribuição do nome de Manuel de Castro e Brito ao Parque de Feiras e Exposições

A direcção da ACOS – Agricultores do Sul gostaria que fosse atribuído ao Parque de Feiras e Exposições de Beja – local onde se realiza anualmente a OVIBEJA - o nome de Manuel de Castro e Brito, falecido há um ano.

Em carta enviada à Câmara Municipal de Beja em Novembro do ano passado, a ACOS salienta que “a OVIBEJA, idealizada e concebida pelo Eng° Manuel de Castro e Brito, tornou-se uma feira de dimensão nacio-nal e internacional, constituindo hoje em dia a grande marca do Alentejo”.

“O reconhecimento, por parte do poder político, da importância da OVIBEJA para o desenvolvimento da região, em todas as suas vertentes, agrícola, económica, cultural e social, levou, com o apoio da Câmara Municipal de Beja à construção do Parque de Feiras e Exposições de Beja, reivindicada pelo Eng° Manuel Castro e Brito que, com a sua visão, empenho, e até com sacrifícios da sua vida Pessoal, concretizou o Parque de Feiras e Exposições de Beja, uma obra tão emblemática para Beja e para “ todo Alentejo deste mundo” como ele gostava de assinalar”, assinala a ACOS.

Referindo-se a Manuel de Castro e Brito a ACOS destaca que “o seu trabalho e perseverança foram reconhecidos ainda em vida. Perante o seu falecimento, foram inúmeras as manifestações de pesar, tanto da socie-dade civil, como de representantes de todos os quadrantes políticos e institucionais, incluindo do Município de Beja e da Presidência da República. O grande legado que nos deixou como ser humano, cidadão bejense e dirigente associativo, foi unanimemente reconhecido como património da cidade de Beja e de todos os alentejanos”.

“Com base neste reconhecimento, a Direcção da ACOS, reunida no passado dia 12 de Outubro, aprovou por unanimidade propor ao Município de Beja a atribuição do nome de Manuel de Castro e Brito ao Parque de Feiras e Exposições de Beja, sugerindo uma cerimónia no decorrer da 34 a OVIBEJA que se realiza e 27 de Abril a 1 de Maio de 2017”, refere a direcção da ACOS nesta carta assinada pelo seu presidente, Rui Garrido, e enviado à autarquia bejense.

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Hall of Fame dos Azeites Mundiais e dos Produtos Agro-Alimentares na Casa Alentejo em Lisboa

E, se de repente, “Todo o Alentejo deste mundo” encontrasse “Todo o mundo no Alentejo”? É esta a aposta da 34ª Ovibeja através do AgroAlentejoExport, que visa a promoção dos

produtos agro-alimentares do Alentejo tendo em vista a sua internacionalização e potencial exportador.

A primeira acão, ligada à Ovibeja, já aconteceu na Casa do Alentejo, em Lisboa, nos dias 23 e 24 de Março, e consistiu na reunião do Júri Internacional, presidido por José Gouveia, um dos mais relevantes especialistas a nível mundial, para apreciação de azeites de todo o mundo apresentados ao 7º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja.

Cerca de 40 peritos, oriundos de 12 países: Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Eslovénia, Alemanha, Chile, Argentina, Tunísia, Japão, Estados Unidos e Israel reconhecidos pelo Conselho Oleícola Internacional (COI) reuniram-se para apurar os vencedores, de entre cerca de 150 amostras rececionadas. A organização deste concurso internacional, único em Portugal, está a cargo

da ACOS – Associação de Agricultores do Sul em parce-ria com a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal e conta com o patrocínio exclusivo da Caixa Agrícola.

Na sequência desta actividade, no Sábado, dia 25 de Março, ainda na Casa do Alentejo, a organização da Ovibeja anunciou o Hall of Fame dos azeites mundiais e apresentou-os em primeira-mão (ver caixa) , em provas comentadas pelos peritos internacionais que integram o júri do concurso.

Mas como o Alentejo não é só azeite, provámos vinhos regionais e degustar presunto, enchidos, pão, queijos, mel e muitos outros produtos agroalimentares de qualidade superior produzidos no Alentejo. Os produ-tores alentejanos, entidades oficiais, comunicação social nacional e internacional e o público em geral associar-am-se a este momento alto de promoção dos produtos alentejanos.

Os prémios vão ser entregues aos vencedores no decorrer da Ovibeja, no dia 29 de Abril, às 12h00, numa cerimónia pública dedicada ao tema.

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Lista de PremiadosPaís Nome PRÉMIOFRUTADO MADUROPT Quinta do Crasto, SA 1º - OUROPT Sociedade Olivícola F.A. Callado, SA 2º - PRATAESP Casas de Hualdo, SL 3º - BRONZEPT Fitagro Grupo, SL MENÇÃO HONROSAPT Acushla, SA MENÇÃO HONROSAPT Agroazeite MENÇÃO HONROSA

FRUTADO VERDE LIGEIROESP Aceites Montolivo, SL 1º - OUROPT Sociedade Agricola Vale do Ouro, SA 2º - PRATAPT Velhas Folhas, Lda. 3º - BRONZEPT Cooperativa Olivicultores de Valpaços, CRL MENÇÃO HONROSAESP Sovena España, SA MENÇÃO HONROSAPT Refúgio Verde, Lda. MENÇÃO HONROSA

FRUTADO VERDE MÉDIOIT Paolo Bonomelli Boutique Olive Farm 1º - OUROIT Azienda Agrícola Leone Sabino 2º - PRATAESP Casas de Hualdo, SL 3º - BRONZEESP Aceites Finca la Torre, SLU MENÇÃO HONROSAESP Rafael Alonso Aguilera, SL MENÇÃO HONROSAESP Fraile Llasnos del Castillejo, SL MENÇÃO HONROSA

FRUTADO VERDE INTENSOESP Almazaras de la Subética, SL 1º - OUROPT Cooperativa Olivicultores de Valpaços, CRL 2º - PRATAESP Aceites Oro Bailén - Galgon 99, SL 3º - BRONZEESP Explotaciones Jame, SL MENÇÃO HONROSAESP Almazara de Muela, SL MENÇÃO HONROSAESP SCA San Juan MENÇÃO HONROSA

Aumentar a qualidade e o potencial competitivo dos azeites portugueses é um dos propósitos do concurso organizado pela ACOS em parceria com a Casa do Azeite e patrocínio do Crédito Agrícola.

Simpósio Internacional Azeites do Sul

No dia 29 de Abril irá realizar-se o 2º Simpósio Internacional Azeites do Sul. A decorrer durante todo o dia na Ovibeja, no Salão Internacional Alentejo Export – Arena do Azeite. o Simpósio conta com a presença de peritos nacionais e internacionais, de entidades públicas, produtores e cooperativas de produção e comercializa-ção de azeite e de azeitona. Os temas que vão ser coloca-dos em discussão, em formato de Mesa Redonda, são: Produção e transformação de azeitona; A promoção do azeite e oportunidades nos mercados internacionais e ainda a Comercialização e exportação de azeite.

A organização do Simpósio é da responsabilidade da ACOS em colaboração com a Olivum – Associação de Olivicultores do Sul.

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Projeto Gen-Res-Alentejo

Utilização de metodologias genómicas na seleção de ovinos resistentes à peeira e parasitas gastroentestinais na região do Alentejo

Oprojeto GEN-RES-ALENTEJO, iniciado em setembro de 2016, com uma duração prevista de 36 meses, tem como principais objetivos a iden-tificação de ovinos com resistência genética à

peeira e ao parasitismo por nemátodos gastrointesti-nais em explorações no Alentejo. A metodologia apli-cada inclui a caracterização destas doenças e a sua associação genética através de análises de ADN, de forma a identificar os animais mais resistentes e a per-mitir a utilização dessa informação na seleção de ani-mais. A pesquisa permitirá também identificar os principais fatores de risco associados e ainda avaliar,

em concreto, qual o impacto económico destas doenças nas explorações do Alentejo.

Liderado pela Associação de Agricultores do Sul (ACOS) em parceria com a Universidade de Évora (UE), com o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL), com o Instituto Nacional Investigação Agrária Veterinária (INIAV) e com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAPAL), o projeto será ainda desenvolvido em estreita articulação com os Médicos Veterinários dos vários Agrupamentos de Defesa Sanitária (ADS/OPP´s) da região do Alentejo.

Numa 1ª fase aderiram a este projecto 10 explorações de diferentes concelhos do Alto e Baixo Alentejo, tendo já sido observados cerca de 1200 animais. Após a análise dos dados desta fase, avançar-se-á com uma 2ª fase em que serão visita-das mais 9 explorações previsivelmente no final de 2017. Foram também já distribuídos inquéritos pelos diferentes Agrupamentos de Defesa Sanitária / Organizações de Produtores Pecuários do Alentejo de modo a fazer uma identificação dos factores de risco associados a estas doenças.

No caso de se conseguirem atingir os objectivos deste projecto os produtores de ovinos da região Alentejo terão à disposição uma ferramenta de apoio à selecção de animais de substituição, que lhes permitirá aumentar a resistência dos rebanhos a estas 2 doenças. Por outro lado, a identifi-cação dos factores de risco para estas doenças e a caracteriza-ção do agente da Peeira que afecta os ovinos no Alentejo possibilitarão o desenvolvimento de estratégias que redu-zam o número de animais afectados.

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ALENTEJO EXPORT

Uma oportunidade para as empresas do Alentejo

Alentejo EXPORT é um projeto cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do Programa Operacional Alentejo 2020.

Resulta de uma parceria entre a ACOS- Associação de Agricultores do Sul e as três associações empresariais da

região, NERE- Núcleo Empresarial da Região de Évora (promo-tor líder do Projeto), NERBE – Núcleo Empresarial da Região de Beja e NERPOR – Núcleo Empresarial da Região de Portalegre.

A relevância das Pequenas e Médias Empresas (PME) enquanto base de sustentação da dinâmica das economias euro-peias em geral, e da Região do Alentejo em particular, reflete-se na sua contribuição para a criação de emprego e riqueza. Em Portugal as PME são responsáveis por 79% do emprego criado por conta de outrem, e 60% do volume de negócios – no ter-ritório em apreço estas percentagens atingem os 90% e 75%, respetivamente. As 75.540 empresas sediadas nas NUTS II Alentejo representam cerca de 7% do tecido empresarial do país.

O Alentejo EXPORT tem como principal objetivo potenciar o sucesso da internacionalização das PME’s da região do Alentejo, através do desenvolvimento de mecanismos inovadores na prospeção, conhecimento e acesso aos mercados internacionais e do estímulo a iniciativas coletivas inovadoras que potenciem a internacionalização dos bens e serviços produzidos na região, assente na estratégia regional de especialização inteligente (RIS3).

Para a prossecução deste objetivo foram desenhadas as se guintes atividades:

1. Criação, Dinamização e promoção de uma plataforma inteligente de apoio aos processos de prospeção, conhecimento e acesso a novos mercados;

2. Prospeção de oportunidades em novos mercados interna-cionais;

3. Dinamização e promoção internacional de recursos asso-ciados à região;

4. Promoção e divulgação do projeto.O projeto “Alentejo Export” foi assim desenhado com base

na análise das potencialidades e desafios que se colocam à inter-

nacionalização das PMEs da região do Alentejo que consubstan-cia um conjunto de atividades e ações coerentes e coordenadas entre si com vista a alcançar os seguintes objetivos específicos:

• Promover a internacionalização dos produtos regionais do Alentejo, através da conceção, desenvolvimento e dinamização da plataforma inteligente ALENTEJO EXPORT;

• Incentivar o aumento do peso do comércio internacional dos produtos regionais do Alentejo;

• Aumentar o conhecimento dos produtores e empresários regionais sobres os mercados internacionais, através da disponi-bilização de informações relevantes para o processo de interna-cionalização;

• Facilitar o processo de internacionalização dos produtos regionais;

• Promover o reconhecimento internacional dos produtos de excelência regionais; nomeadamente do azeite, através de ações como concursos, simpósios e mostras;

• Incentivar os empresários regionais para a internacionali-zação dos seus produtos; nomeadamente nos domínios de espe-cialização da RIS 3 da região;

• Promover o desenvolvimento das atividades económicas regionais com caráter exportador.

Com a prossecução destes objetivos prevê-se: Um maior reconhecimento internacional coletivo de bens e serviços produzidos em Portugal; potenciar, ainda que indiretamente, o sucesso da internacionalização das PME; aumentar o conheci-mento sobre os mercados; aumentar as iniciativas coletivas de cooperação interempresarial.

O Projeto ALENTEJO EXPORT promoverá a cooperação interempresas, potenciando ganhos de dimensão que permitam uma abordagem consequente a mercados internacionais. Ainda, a introdução de mecanismos inovadores na prospeção, o con-hecimento e acesso aos mercados internacionais e o estímulo a iniciativas coletivas inovadoras que potenciem a internacionali-zação dos bens e serviços produzidos nas Sub-Regiões, serão um forte contributo para um Alentejo exportador.

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Continuando o seu percurso de afirmação da qualidade dos seus resultados e de diversifi-cação dos serviços disponibilizados, o Laboratório de Azeitona e Azeite da ACOS

obteve recentemente a extensão da sua acreditação pela norma NP EN ISO/IEC 17025 a analises de bagaço e de óleo de bagaço de azeitona. Desta forma, torna-se no primeiro e único laboratório em Portugal a estar acreditado para azeitona, bagaço e óleo de bagaço de azeitona.

O Laboratório de Azeitona e Azeite da ACOS, que está em funcionamento desde 2012, tem mantido a sua trajectória de crescimento de uma forma consistente. À

Laboratório de Azeitona e Azeite da ACOS

Qualidade reconhecida

semelhança do que aconteceu em campanhas ante-riores, verificou-se um aumento do número de clientes deste laboratório na campanha 2016/2017, para além de ter alargado a área geográfica de recolha das suas amostras.

O investimento realizado pela ACOS num labo-ratório acreditados de análises de azeitona e azeite permite dar apoio e uma resposta de proximidade a um sector em expansão, no Alentejo, como é o da Olivicultura. O Laboratório de Azeitona e Azeite da ACOS é procurado por olivicultores e lagares (particu-lares e de cooperativas) assegurando uma resposta rá pida e confidencial.

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Um dos factores que condiciona significativa-mente o aumento da produtividade das explorações pecuárias é a saúde dos seus ani-mais, pelo que se torna de crucial importância a

existência de um laboratório de proximidade que per-mita não só um diagnóstico rápido, mas também um aconselhamento fundamentado, em estreita parceria com o Médico Veterinário Assistente da exploração, das medidas a adoptar. Neste sentido, o LABORATÓRIO VETERINÁRIO da ACOS, que desde o início da sua actividade tem estado mais ligado aos Planos Oficiais de Saúde Animal, está neste momento a apostar na diversificação da sua actividade de modo a aumentar a oferta disponível aos seus clientes. Foi com este objec-tivo que a ACOS, através do seu laboratório e do ADS, estabeleceu uma parceria com a COPRAPEC (Cooperativa Agrícola de Compra e Venda de Montemor-o-Novo, Crl.) no âmbito do programa BOVICARE – Programa Voluntário de Controlo do IBR e BVD.

IBR (Rinotraqueite Infecciosa Bovina) e BVD (Diarreia Viral Bovina) são duas doenças víricas dos bovinos, que não se transmitem aos humanos, não sendo por isso zoonoses, mas que comprometem seria-mente a produtividade das explorações e cuja presença nos efectivos poderá comprometer no futuro a sua comercialização, principalmente se o destino forem os mercados internacionais. Apesar de haver sintomas que poderão sugerir a presença destas doenças, só com um diagnóstico laboratorial adequado se poderá fazer a confirmação.

Os sintomas que poderão estar associados à Rinotraqueite Infecciosa Bovina (IBR) são a quebra de fertilidade, abortos, sintomatologia respiratória (cor-rimento nasal e ocular, febre, podendo haver pneumo-nia) e lesões nos órgãos genitais. As características do vírus fazem com que os animais infectados per-maneçam portadores para o resto da vida, podendo em qualquer altura, normalmente associadas a situações de quebra da imunidade, voltar a manifestar sintomas, de gravidade variável e a infectar outros animais.

Os animais com Diarreia Viral Bovina poderão apresentar diarreias, abortos, infertilidade e malfor-mações congénitas. Nesta doença existe a possibilidade

Laboratório Veterinário da ACOS

Mais do que resultados laboratoriais….

de nascerem animais persistentemente infectados, se tiverem sido infectados com o vírus, através da placen-ta, entre o 40º e o 120º dia de gestação. Estes animais, habitualmente designados PI´s (Persistentemente Infectados) representam um reservatório muito peri-goso e silencioso da doença, porque poderão não apre-sentar qualquer sintoma, contaminando o ambiente e os outros animais de uma forma constante e intensa. A identificação destes animais constitui um dos objec-tivos do programa BOVICARE.

O programa BOVICARE, que conta já com 210 explorações aderentes, foi desenvolvido pela COPRAPEC em colaboração com a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa e trata-se de um pro-grama constituído por 4 fases, independentes entre si, que foi desenhado para se adaptar e ajustar às dife-rentes realidades de cada exploração pecuária.

A adesão a este programa é voluntária e poderá ser feita no âmbito das duas doenças ou só de uma delas.

A participação do Médico Veterinário Assistente é imprescindível aquando da adesão da exploração ao programa BOVICARE, pois só com a estreita colabo-ração de todas as entidades envolvidas – Produtor, Médico Veterinário Assistente, ADS e Laboratório da ACOS - se poderão atingir os resultados desejados, que são a prevenção ou o controlo e eliminação da doença na exploração pecuária.

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Projeção para o futuro Projeto ALT BiotechRepGen de Transferência de conhecimento científico e tecnológico

Recursos genéticos animais e biotecnologias

Introdução

O projeto “Recursos genéticos animais e biotec-nologias: projeção para o futuro “ desenvolvi-do no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

I&DT do ALENTEJO 2020, consiste em ações de transferência de conhecimento científico e tecnológi-co. Com início em Março de 2017 e uma duração de 2 anos, este projeto conjuga as valências de 4 institu-ições de I&D do Alentejo (Pólo de Investigação da Fonte Boa do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária de Elvas do Instituto Politécnico de Portalegre, Associação de Agricultores do Sul; figura 1), apoiadas por Associações de Criadores e empresas do setor agropecuário da região, que irão beneficiar com a sua execução.

Objetivos:

- transmitir conhecimentos científicos e tecnoló-gicos nas áreas das biotecnologias, reprodução e genética animal aos diversos agentes do sector agro-

pecuário, de forma a melhorar a produtividade e a competitividade das empresas agrícolas e, indireta-mente, a economia da região Alentejo e a sustentabi-lidade do meio rural.

Mais especificamente: - Aumentar a eficiência reprodutiva e produtiva

das diferentes espécies pecuárias e respetivo rendi-mento dos agricultores;

-Transferir conhecimento acumulado nas áreas da conservação, do melhoramento e utilização dos recur-sos genéticos animais (RGAn) e das biotecnologias genómicas e reprodutivas

- Disseminar novas ferramentas e oportunidades para o tecido produtivo

-Fazer ações demonstrativas para promover as soluções mais inovadoras e promissoras

- Criar uma rede de informação e troca de con-hecimentos, estabelecendo sinergias entre a investi-gação, o ensino superior, o tecido produtivo e os cidadãos.

Plano de ação

Serão desenvolvidas e implementadas diversas atividades e ações de transferência de conhecimento

Figura 2. Pacotes de trabalho (PT) do projeto ALTBiotechRepGen: tarefas (T) e ações.

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relacionadas com os recursos genéticos animais para alimentação e agricultura, numa perspetiva de pro-jeção para o futuro, nas áreas da andrologia, embrio-logia, genética quantitativa e molecular/genómica, de forma a envolver a pecuária Alentejana e os profis-sionais do tecido económico agrícola português.

O projeto engloba diferentes temáticas plasmadas em pacotes de trabalho (PT, figura 2). Cada PT deterá diferentes tarefas e ações que incluem atividades sobre a premência da preservação dos recursos genéti-cos animais, a crioconservação, produção de embriões in vitro, tratamentos superovulatórios e lavagem uterina, sexagem, avaliação da fertilidade, marca-dores moleculares, gestão da variabilidade genética, consanguinidade e depressão consanguínea, avaliação genética, seleção de reprodutores, tecnologia do sémen e da inseminação artificial, seleção assistidas por marcadores moleculares, rastreabilidade e carac-terização genética, identificação e filiação animal entre outros.

Serão implementadas diferentes estratégias de transferência de conhecimento científico e tecnológi-co sob a forma de seminários, reuniões, cursos, work-shops ou estágios, através do contacto direto e envol-vendo diversas tecnologias de gestão e difusão de informação, aproveitando ferramentas e conceitos já disponíveis (Rede AniDoP), como a internet, siste-mas de groupware e workflow, tecnologia push and pull, videoconferência, filmes, manuais, entre outros. Numa estreita colaboração entre as diversas entidades participantes e as empresas, estabelecer-se-ão várias iniciativas em eventos (feiras, jornadas, participação em reuniões de OPP’s, entre outros) através de um roadmap tecnológico e mecanismos de vigilância tec-nológica que permitam a integração de tecnologia e inovação nas empresas pecuárias.

As ações de transferência de conhecimento cientí-

fico e tecnológico a desenvolver neste projeto, numa ótica de valorização económica dos resultados dis-poníveis e acumulados por instituições membros da Rede Regional de Ciência e Tecnologia do Alentejo, permitirão colmatar falhas existentes entre o sector científico e do ensino com o sector produtivo e o tec-ido empresarial. O conhecimento, ferramentas e téc-nicas a divulgar na área das biotecnologias, para além de contribuírem para questões de interesse e de dever nacional (p.e. Banco Português de Germoplasma Animal), irão de encontro às necessidades e às fragili-dades referentes aos recursos naturais e a biodiversi-dade identificados no Alentejo. “A gestão destes ativos e da sua valorização económica é fundamental para a conservação e preservação, mas também para a manutenção da qualidade ambiental que caracteriza o ADN da região do Alentejo” (in Uma Estratégia de Especialização Inteligente para o Alentejo, 2014) (figu ra 3).

A informação sobre as atividades e ações de trans-ferências de conhecimento disponíveis poderá ser consultada na rede AniDop (anidop.iniav.pt) ou por contato com as instituições participantes.

Figura 1. Instituições envolvidas no projeto: Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - Polo de Investigação da Fonte Boa (INIAV), Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém (ESA-IPS), Escola Su-perior Agrária de Elvas do Instituto Politécnico de Portalegre (ESAE-IPP), Associação de Agricultores do Sul (ACOS).

Figura 3. Ovinos da raça campaniça (fonte: ruralbit)

36 | OVELHA acos

O Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL) é uma unidade de investi-gação e desenvolvimento (I&D) privada, sem fins lucrativos, sediada na cidade de Beja, que tem por

missão o desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico de excelência em áreas com impacto socio-económico na região, e em estreita colaboração com o tecido produtivo. A estratégia de atuação do CEBAL assenta no desenvolvimento de atividades de I&D, na transferência de conhecimento e tecnologia e na prestação de serviços, como estimulo à endogeneização de conheci-mento e tecnologia na região, promovendo realidades produtivas mais inovadoras e competitivas. As linhas de trabalho do CEBAL estão orientadas para dar resposta a

10 Anos de Ciência para um Alentejo a Inovar

necessidades e oportunidades da região, com particular foco no uso de recursos naturais, centrando as suas ativi-dades em áreas como Genómica Agronómica e Animal, Bioinformática, Valorização de Agro-Alimentos, Compostos Bioactivos, Engenharia de Processos e Ambiente.

O CEBAL foi constituído em Agosto de 2006, alicerça-do numa visão estratégia e inovadora para o território, contando com o importante apoio financeiro de diversas entidades e individualidades da Região que, nessa altura, se constituíram como sócios fundadores. Resultante deste apoio, em Janeiro de 2008 foi possível iniciar as atividades científicas do centro, com a contratação de quatro investi-gadores doutorados e aquisição de equipamento técnico

acos OVELHA | 37

para a instalação do primeiro laboratório de biologia molecular da Cidade de Beja. Passados 10 anos da sua constituição, o CEBAL atualmente conta com uma equipa de 31 investigadores, dos quais 12 doutorados, 17 mestres (6 deles a realizar doutoramento) e 2 alunos de mestrado, que se organizam em 5 grupos de investigação, com o apoio de 3 elementos dedicados ao secretariado e gestão de projetos. No decurso das suas atividades de investigação, o CEBAL contabiliza a publicação de 52 artigos em revistas internacionais da especialidade, 7 capítulos de livro, e cerca de 80 comunicações em congressos nacionais e inter-nacionais. Até ao momento, o CEBAL angariou 23 pro-jetos individuais, ou em colaboração com empresas, asso-ciações de produtores e unidades de I&D nacionais e internacionais, atingindo um financiamento global de cerca 7 M€. Em parceria com diversas entidades de ensino superior, o CEBAL tem sido instituição de acolhimento de vários alunos para realização dos seus trabalhos de mestra-do e doutoramento, contabilizando-se a conclusão de 16 teses de mestrado e 4 de doutoramento com orientação/co-orientação de investigadores do CEBAL.

O CEBAL tem desenvolvido um perfil de especializa-ção diferenciador, científico e tecnológico, que se tem traduzido no progressivo reconhecimento por diversas entidades e sociedade civil, destacando-se alguns dos prémios atribuídos a projetos desenvolvidos pelo CEBAL, como o Green Projects Awards - Categoria Investigação e Desenvolvimento e o Prémio de Inovação para a Sustentabilidade 2014 atribuídos ao projeto RefinOlea -

Valorização integrada de resíduos e subprodutos da extração de azeite (em Co-Promoção com a UCASUL - União de Cooperativas Agrícolas do Sul), os prémios Vida Rural Alqueva, na categoria de I&D Floresta e Empreendedorismo do Crédito Agrícola atribuídos ao Projeto GenoSuber - Sequenciação do Genoma do Sobreiro, num consórcio alargado a várias instituições nacionais e com um grande reconhecimento interna-cional e o 3º Prémio para o projeto mais inovador na Mostra Terra Fértil - Ovibeja, 2014 para o projeto Desenvolvimento da fileira da romã – da planta ao bago pronto a comer (em parceria com a empresa Oriana Plantas do Sul).

Atualmente estão a decorrer no CEBAL um conjunto alargado de projetos de I&D, de transferência de tecnologia e de qualificação, em áreas como qualidade da cortiça, val-orização económica do cardo baseado em soluções biotec-nológicas, valorização de biomassa lenhocelulósica, desen-volvimento de marcadores genéticos para características de interesse em Pinheiro Manso, seleção e melhoramento genómico de porco de raça Alentejana, utilização de Esteva na alimentação de pequenos ruminantes, tratamento e reutilização de águas residuais da agroindústria em sistemas hidropónicos e tecnologia membranas.

Mantendo a aposta no desenvolvimento de atividades I&D de excelência e na transferência de conhecimento e tecnologia, o CEBAL irá continuar o seu caminho con-tribuindo para um Alentejo cada vez mais competitivo, inovador e socialmente equilibrado.

concertos

40 | OVELHA concertos

A Ovibeja abre, mais uma vez, os concertos de Primavera com um grande projeto da música nacional e internacional. Orelha Negra é o nome do quinteto constituído por João Gomes,

Francisco Rebelo, Fred, Samuel Mira e Dj Cruzfader que dão vida a um dos projectos musicais mais empo-lgantes dos últimos anos.

Porque as noites de Ovibeja tendem a ser lon-gas e intensas, a primeira noite da 34ªOvibeja encerra com Señor Pelota! Amante do vinil, dono de uma colecção impressionante – e invejável – que abrange territórios verdadeiramente ecléticos, do House ao Techno, do Funk ao Disco passando pelo Kraut.

A 28 de Abril, 2º dia da Ovibeja, os sons da noite cantam-se com Sangre Ibérico. Saídos da última edição do Got Talent Portugal, revelaram-se um dos mais interessantes projetos musicais surgidos nos últimos tempos.

A segunda noite da Ovibeja 2017, a 28 de Abril, conta ainda com o grande nome do panorama musical português, Miguel Ângelo. Depois de 25 anos de car-reira com os Delfins, Miguel Ângelo inicia a sua car-reira a solo. Com vários trabalhos lançados, o concerto ao vivo na Ovibeja resultará numa festa de convívio

Espectáculos

34ª Ovibeja promete longas e intensas Ovinoites

concertos OVELHA | 41

muito especial: a celebração de 33 anos de carreira.Esta noite termina, madrugada dentro, com os

Meninos da Vadiagem.Na noite de 29 de Abril sobe aos palcos da Ovibeja

um dos principais cantores da nova música portuguesa de expressão urbana: Agir.

A fechar a penúltima noite da Ovibeja 2017, 29 de Abril, CHRISTIAN F! Será o regresso a casa e às ori-gens daquele que é considerado, por muitos, o melhor dj do sul e um dos melhores djs nacionais!

Na última noite da Ovibeja, 30 de Abril, o palco principal da grande feira do Sul volta a receber Anselmo Ralph! Com a tournée O Amor é cego, Anselmo Ralph regressa à Ovibeja para mais uma noite cheia de surpre-sas, em que se comemora a Amizade, o Amor e a Esperança!

A madrugada da última Noite da Ovibeja, vai ser entregue a CYBERX.

Os bilhetes já estão à venda e à distância de um clique. Através da Bilheteira Online os bilhetes de ingresso na Ovibeja podem ser adquiridos em qualquer local com acesso à Internet. Para tal basta aceder a um dos pontos de venda disponíveis, entre eles o site da Ovibeja em www.ovibeja.pt. O bilhete diário confere acesso a todas as iniciativas do dia.

42 | OVELHA programa

programa OVELHA | 43

44 | OVELHA programa

programa OVELHA | 45

46 | OVELHA expositores

PAVILHÃO 1Institucional e Agro-Alimentar

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ALEMPLÁS - PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO PRODU-TOS PLÁSTICOS, LDAR AGRICULTURA, LTE 157005-340 ÉVORA266700393vera.jc.martins@gmail.com

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ALENTEJO XXI - ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MEIO RURALR DA MISERICÓRDIA, 107800-285 BEJA284318395axxi.geral@mail.telepac.pt

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ANPOC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PRODUTORES DE CEREAISAV HERÓIS DO ULTRAMAR, 56 RC7005-161 ÉVORA266700321geral@anpoc.pt

ANTÓNIO JOSÉ MAMEDE VICENTE SOC. UNIPESSOAL, LDAR ZECA AFONSO, 567900-677 FERREIRA CDO ALENTEJO284739809ajmvicente@gmail.com

AQUAGRI, LDA.R CARLOS VIEIRA RAMOS, 472780-216 OEIRAS214660773antonio.ramos@aquagri.com

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIARIOS DA OBRA DE REGA DE ODIVELAS - ABOROAV GAGO COUTINHO E SACA-DURA CABRAL7900-562 FERREIRA DO ALENTEJO284739425geral@aboro.pt

AUTORIDADE DE GESTÃO DO PDR 2020R DE S. JULIÃO, 631149-030 LISBOA213819310rita.martins@pdr-2020.pt

BANCO BICAV. ANTÓNIO AUGUSTO DE AGUIAR, 132 - 2º1050-000 LISBOA213598000ricardo.guerreiro@bancobic.pt

BANCO SANTANDER TOTTAR DA MESQUITA, 61070-238 LISBOA284310370francisco.marques@santander.pt

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CÂMARA MUNICIPAL DE ALJUSTRELAV 1º DE MAIO7600-010 ALJUSTREL284600070geral@mun-aljustrel.pt

CÂMARA MUNICIPAL DE ALVITOLG DO RELÓGIO, 17920-022 ALVITO284480800turismo@cm-alvito.pt

CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORAPC DE SERTÓRIO7004-506 ÉVORA266777000cmevora.dde@mail.evora.net

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLAPC LUÍS DE CAMÕES7750-329 MÉRTOLA286610100geral@cm-mertola.pt

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPAPC DA REPÚBLICA7830-389 SERPA284540100cades@cm-serpa.pt

CÂMARA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRAPC DA REPÚBLICA7960-225 VIDIGUEIRA284437400turismo@cm-vidigueira.pt

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CLEMENTE & ROSA, LDA - RAINBOW BEJAAV FIALHO DE ALMEIDA, 51BEJA7800-395 BEJA284331293rainbowbeja.cr@gmail.com

COCAS PRODUÇÕES PRODUÇÃO DE EVENTOS, LDAR DR AFONSO COSTA, 287800-496 BEJA284324400mail@cocasproducoes.pt

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJOAV ENG ARANTES E OLIVEIRA, 1937004-514 ÉVORA266740300alentejo2020@ccdr-a-gov.pt

CONCELHIA DE BEJA PSDPC DA REPÚBLICA, 17 - 1º7800-427 BEJA284322512jpfpsd@g mail.com

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CONFEDERAÇÃO DOS AGRICULTORES DE PORTU-GAL - CAPR MESTRE LIMA DE FREITAS, 11549-012 LISBOA217100000cap@cap.pt

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNAR DO BRASIL, 1553030-175 COIMBRA239708960cna@cna.pt

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expositores OVELHA | 47

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ABERDEEN ANGUS POR-TUGAL - ASSOCIAÇÃO DE CRIADORESVINHA BRAVA - PARQUE DE EX-POSIÇÕES - BLOCO ESTE - PISO 09701-861 ANGRA DO HEROÍSMOgeral@aberdeen-angus.pt

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ACOS - RAÇA OVINA CAMPANIÇAR CIDADE DE S. PAULOAPARTADO 2967801-904 BEJA

AGROLEX II - RAÇÕES, LDAZN INDUSTRIAL, LT 302070-681 CARTAXOgeral@agrolex.pt

ANCORME - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES DE OVINOS DA RAÇA MERINAR DO MARÉ, SALA EE01MARÉ7005-873 ÉVORAancorme@ancarme.com

ANCPA - ASSOCIAÇÃO NA-CIONAL DOS CRIADORES DO PORCO ALENTEJANOR DIANA DE LIZ, HORTA DO BISPOAPARTADO 717002-501 ÉVORAporcoalentejano@gmail.com

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS MERTOLENGOS - ACBMR DIANA DE LIZ, HORTA DO BISPOAPARTADO 4667002-506 ÉVORAgeral@mertolenga.com

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DO PORCO ALENTEJANO - ACPAR ARMAÇÃO DE PÊRA, 27670-259 OURIQUEacpaourique@gmail.com

CASA AGRICOLA MONTE DO PASTO II S.A.HERDADE DO TROLHOAPARTADO 787940-909 CUBAmargarida.bartolomeu@mont-edopasto.pt

CHOCALHOS PARDALINHO, LDAZONA INDUSTRIAL DAS ALCÁÇOVAS, 127090-099 ALCÁÇOVASchocalhospardalinho@gmail.com

DISGAN - COMÉRCIO IN-STRUMENTOS VETERINÁRIA, LDALARGO DO TERRADO, 107050-165 MONTEMOR O NOVOjmcanedo@disgan.com

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HUGO MANUEL DOS SANTOS PATRICIOSITIO DA ESTRADINHA6000-020 BENQUERENÇAShugomspatricio@gmail.com

IMPONENTEVERDE, LDAHERDADE DA CORTE CARRASCO S/N7800-601 ALBERNÔAraquel@iverde.pt

PLEASANTPROPOSAL UNIPESSOAL, LDA.R DAS MAGNOLIAS, 854250-273 PORTOgeral@pleasantproposal.pt

PLURIVET - VETERINÁRIA E PECUÁRIA, LDAR PROF MANUEL BERNARDES DAS NEVE, 30 - LOJA2070-112 CARTAXOmpedras@plurivet.pt

RAÇÕES ZÊZERE, S.A.R ANTÓNIO TEIXEIRA ANTUNES, 1269GRAVULHA - ÁGUAS BELAS2240-037 FERREIRA DO ZÊZEREhelena.gomes@maxipet.pt

RIBAMÁQUINA - EQUIPAMENTOS AGRÍCO-LAS E INDUSTRIAIS, LDA.RUA DR. VIRGÍLIO ARRUDA, N.º 3, 2.º ESQ.SANTARÉM2000-217 SANTARÉMribamaquina@sapo.pt

Ovinos Raça Campaniça

SOCIEDADE AGRICOLA VARGAS MADEIRA, LDA. 932605957 Corte do Gafo de Cima - Mértola

DRAPAL - CENTRO DE EXPERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962045839 Herdade do Vale Formoso - Serpa

SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA DO BROCO E POLINA, LDA. 967577013 Herdade do Broco de Cima – Cabeça Gorda – Beja

ROTA VIOLETA, LDA.967582228 Malhada do Lobo – Sobral da Adiça – Serpa

Ovinos Raça Merina Branca

DRAPAL - CENTRO DE EX-PERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962917820 Herdade da Abóbada - V. N. S. Bento - Serpa

ANA MARIA CAMARATE CAMPOS 965836404 Herdade da Tagarria - Baleizão - Beja

Ovinos Merina Preta DRAPAL - CENTRO DE EX-PERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 284560010 Herdade da Abóbada - V. N. S. Bento - Serpa

IPB – ESAB963099199 Quinta da Saúde - Beja

PETIGAPE, AGRO-PECUÁRIA E LEILÕES UNIPESSOAL, LDA. 967053533 Monte da Paz - Amareleja - Moura

JDR, SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA.961933110 Monte das Courelas - Alter do Chão

AVESSADAS SAG, LDA. 966212989 Herdade das Avessadas - Elvas

LUÍS DENTES CAMPOS 966100982 Herdade do Outeirinho – Vaia-monte – Monforte

MANUEL JOÃO VELEZ VESTIA 937273845 Monte da Safia - Veiros - Estremoz

HERDADE DA CONTENDA, EM925776179 Herdade da Contenda - Sto. Aleixo da Restauração – Moura

SOCIEDADE AGRÍCOLA DO FREIXO, TORRE E PASCOAL, LDA. 917629071 Herdade do Freixo e Montinhos Velhos – Selmes - Beja

Ovinos Raça Merina Alemã

TRADIÇÃO VERDE, SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA UNIPESSOAL, LDA. 965772092 Monte dos Apóstolos – Bar-bacena – Elvas

MANUEL JOÃO VELEZ VES-TIA 937273845 Monte da Safia - Veiros - Estremoz

Ovinos Raça Merina Precoce

JOÃO GORDO MENDES, HERDEIROS 965859960 Herdade de Monte Juntos - Elvas

Ovinos Raça Suffolk

MARIA ALICE SOUSA ES-TEVES 964671093 Quinta da Amiosa – Valadares – Monção

LUÍS MIGUEL CALHAU BANDEIRA 937712310 Quinta de Vale Couvo - Igrejinha – Arraiolos

JOSÉ AUGUSTO VASCONCE-LOS GONÇALVES 919023933 Vale do Zambujeiro – Vimieiro – Arraiolos

JOSÉ MANUEL DA COSTA PAULINO 962335383 Vale d’Ouro – Ferreira do Alentejo – Beja

DIOGO MIGUEL SILVA TRINDADE 932287207 Vera – Portalegre

Ovinos Raça Charolesa

JOSÉ MANUEL DA COSTA PAULINO 962335383 Vale d’Ouro – Ferreira do Alentejo – Beja

Ovinos Raça Dorper

ANTÓNIO JOSÉ MAIA DE OLIVEIRA 936440117 Almocreva de Cima – Penedo Gordo – Beja

Ovinos Raça Romane

CARLOS E HÉLDER ALVES, LDA. 917005867 Garvão – Ourique

MARIA LUÍSA SEQUEIRA G. GONÇALVES 917005867 Santa Luzia – Ourique

Ovinos Raça Lacaune

ANTÓNIO MANUEL GOMES FELICIANO 936603618 Monte Vale Carapetal – Cruz da Cigana – Serpa

OTÍLIA DA CONCEIÇÃO LOPES GUERREIRO FELICIANO 936603618 Vale de Figueiras – Cruz da Cigana – Serpa

Caprinos Raça Serpentina

DRAPAL - CENTRO DE EXPRIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962917820 Herdade da Abóbada - Vila Nova de S. Bento - Serpa

CAMILA DOS PRAZERES - CABEÇA DE CASAL DA HERANÇA 966800342 Herdade dos Covões - Viana do Alentejo

ALCAVA E PÉGORAS, AGROSSILVICOLA, LDA 967157749 Alcava e Pégoras – S. Sebastião da Giesteira – Évora

SOCIEDADE AGRÍCOLA MATA LINDA, LDA. 266949011 Herdade da Mata – Alcáçovas – Viana do Alentejo

Caprinos Raça Boer

GONÇALO GEORGE, UNIPESSOAL LDA. 969873411 Monte das Aves - Vila de Frades – Vidigueira

Bovinos Raça Alentejana

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS DA RAÇA ALENTEJANA 963819510 Herdade da Coutada Real - As-sumar - Monforte

SOCIEDADE AGRÍCOLA DO MONTE NOVO E ANEXAS, LDA. 963030771 Herdade do Monte Novo – Campo Maior

SATEG- SOCIEDADE AGRÍ-COLA TELLO GONÇALVES, LDA. 963030771 Herdade do Forte do Conde - Vila Viçosa

MADALENA MARIA BORGES COUTINHO DE NORONHA SILVEIRA 918064804 Herdade da Moiteca - Alcácer do Sal

SOCIEDADE AGRÍCOLA DA SERRA DO CONDE, LDA. 917305174 Monte das Flores - Évora

CASA AGRÍCOLA MÁRIO BARROS, UNIPESSOAL, LDA. 969362873 Herdade da Rola - Moura

FRANCISCO JOSÉ ROMÃO DE MOURA 963819510 Monte do Alcaide – Urra - Portalegre

MANUEL FRANCISCO DE MOURA TAVARES, HERDEIROS914764874 Herdade D’Agosto e Anexas – Assumar - Monforte

SOCIEDADE AGRÍCOLA DA TORRE DE FRADE, LDA.965343474 Herdade da Torre de Frade – Santo Aleixo – Monforte

SOCIEDADE AGRÍCOLA DA TORRE DE CURVO, LDA. 965343474 Herdade da Torre de Curvo – Santo Aleixo – Monforte

SOCIEDADE FLORESTAL E AGRÍCOLA, LDA 965343474 Herdade do Monte Branco – Fronteira

FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA 961521337 Herdade do Paço – Évora

FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA 961521338 Herdade dos Pinheiros – Évora

HERDADE DOS GROUS – AGRICULTURA E PECUÁRIA914404218 Herdade dos Grous – Albernoa – Beja

APELVAS – AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA. 963030771 Herdade da Baloca – Elvas

ANTÓNIO VASCO JARDIM HINTZE RIBEIRO 964708747 Monte das Herdades – Alandroal

Bovinos Raça Mertolenga

VITOR MANUEL DOS SANTOS CRUZ PALMA 962682655 Herdade da Brunheirinha – Cabeça Gorda – Beja

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS MERTOLENGOS 937715852 Herdade dos Souséis de Baixo - Torre de Coelheiros - Évora

HERDADE DO PINHEIRO, S.A. 265938270 Herdade do Pinheiro – Alcácer do Sal

PINHEIRO DO MARCO AGRO-PECUÁRIA, LDA. 917232795 Herdade do Pinheiro – Entradas – Castro Verde

JOSÉ ANTÓNIO DOS SANTOS ROMANA 968015178 Herdade da Casa do Coelho – Corte do Pinto – Mértola

JORGE RODRIGO N. VASCONCELOS LANCASTRE BOBONE 937504089 Herdade da Apariça – Entradas – Castro Verde

AGRODURÃO – SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA 912550748 Herdade do Aguilhão – Crato

J.C. UNIPESSOAL, LDA. 918393204 Herdade da Talica Nova – Quin-tos – Beja

EDUARDO JORGE MIRA CRUZ 918393204 Herdade da Talica Velha – Quintos – Beja

RUI JOSÉ CORDOVIL FERNANDES CARDOSO966098028 Herdade dos Frades – Torre de Coelheiros – Évora

Bovinos Raça Garvonesa

DRAPAL - CENTRO DE EX-PERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962045839 Monte Novo – Vale de Vargo - Serpa

EDIA, S.A. 284315100 Herdade da Coitadinha – Bar-rancos

Bovinos Raça Aberdeen Angus

SOTAC – SOCIEDADE DE TURISMO E AGRICUL-TURA, S.A. 938640758 Herdade dos Cachopos – Mértola

REINALDO ANTÓNIO GONÇALVES ENGROSSA 935560307 Herdade da Namorada e Anexas - S. Brissos - Beja

OURICASULO, UNIPESSOAL, LDA 918992119 Aldeia dos Fernandes – Alm-odôvar

Bovinos Raça Saler

MANUEL BRITO NOBRE FAUSTINO 914136006 Monte Novo do Ameixial- Panóias- Ourique

AGRO-PECUÁRIA MONTE DO PEREIRO, LDA. 939375028 Herdade da Carrasqueira – Poceirão – Palmela

Bovinos Raça Charolesa

MARIA DE FÁTIMA SILVA ALMEIDA CORREIA 939375028 Herdade da Carrasqueira – Poceirão – Palmela

SOCIEDADE AGRÍCOLA VENÂNCIO E VENÂNCIO, LDA.965755915 Herdade da Capela – Arronches

Bovinos Raça Limousine

SOCIEDADE AGRICULTURA DE GRUPO DAVID, LDA. 966458258 Herdade do Quintal - Grandaços - Ourique

ANTÓNIO CORREIA DE BRITO COSTA 966655844 Monte do Salto - S. Marcos da Atabueira - Castro Verde

DAVID CATITA DANIEL 965551644 Herdade da Fonte do Corcho - Serpa

SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA CORTE DO PARAÍSO UNIPESSOAL, LDA. 917811486 Herdade Sernada - Figueira de Cavaleiros - F. do Alentejo

MARIA DA GRAÇA NUNES MEXIA CASTELO BRANCO, SOC. UNIPESSOAL, LDA 917892443 Herdade das Carias – Montemor o Novo

EQUIPANIMAL, LDA.934054856 Quinta da Palha – N. Sra. das Neves – Beja

JOÃO MANUEL PIEDADE CORREIA 939755479 Herdade da Carrasqueira – Poceirão – Palmela

ALGARTALHOS SUPERMERCADOS, LDA. 919737013 Monte Mealha – Aldeia de Palheiros – Ourique

ALGARTALHOS SUPERMERCADOS, LDA. 919737013 Quinta da Amorosa – S. Barto-lomeu de Messines – Silves

CHEIRO DO MONTE, UNIPESSOAL, LDA. 965039699 Monte do Crato – Rosário – Almodôvar

Suínos – Raça Alentejana

ANTÓNIO MANUEL MESTRE COELHO FIGUEIRA 927870550 Monte dos Cardeais - Trindade - Beja

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965403794 Boavista - Panóias e Conceição – Ourique

FERNANDO JOSÉ ABRUN-HOSA NOBRE FÉLIX 968025935 Monte da Rocha - Ourique

JOSÉ CÂNDIDO DE MATOS FÉLIX NOBRE, HERDEIROS 966648975 Junqueira - Ourique

JOSÉ MANUEL DA CONCEIÇÃO BRITO COELHO 964280202 Monte dos Sardinheiros - Trin-dade - Beja

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