resiliÊncia e estados mÚltiplos -...

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RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogias

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Conhecimento da vida no nível molecular – expandindo rapidamente

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Comparativamente, sabemos pouco sobre os mecanismos que levam a transições na sociedade ou que regulam a estabilidade de ecossistemas

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Crescimento e desenvolvimento da população humana causam mudanças graduais mas globais

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Crescimento e desenvolvimento da população humana causam mudanças graduais mas globais

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

LAGOS

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

RECIFE DE CORAIS

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

FLORESTAS DE KELP

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

POPULAÇÕES DE PEIXES NOS OCEANOS

Chavez et al. Science 2003

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

COBERTURA VEGETAL NO SAHARA

Scheffer et al. Nature 2001

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

30

40

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60

30

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30

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60

mer

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eci

alis

tas

Perda de floresta na escala da paisagem

50%

ASSEMBLÉIAS DE MAMÍFEROS EM PAISAGENS FRAGMENTADAS

30% 10%

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,50

10

20

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.50

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0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.50

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0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.50

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mer

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div

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alis

tas

gen

era

lista

s

tamanho do fragmento (ha)Pardini et al. Plos One 2010

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

50%

30%

Pardini et al. Plos One 2010, Hanski AMBIO 2011

30%

10%

�mesma força - resultados muito diferentes

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Barco cheio que vira de repente - MODELO SIMPLES DE TRANSIÇÕES CRÍTICAS

� sistemas complexos como o clima, ecossistemas e sociedades perdem resiliênciaaté que uma perturbação menor os empurra a um “ponto crítico”

MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICAS

Demonstra propriedades chave da teoria de Demonstra propriedades chave da teoria de múltiplos estados estáveis:

� voltar ao estado anterior requer mais do que tirar uma pessoa do barco

� é difícil ver que o ponto crítico está chegando

� perto do ponto crítico a resiliência é pequena e pequenos distúrbios levam a mudança brusca

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogia

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

Taxa

de

nat

alid

ade/

m

ort

alid

ade

per

ca

pit

a

Nat

alid

ade

-m

ort

alid

ade

K

Equilíbrio� processos responsáveis pelo estado do sistema se balanceiam� estado do sistema (e.g. tamanho populacional) não muda, i.e. velocidade de mudança = 0

Paisagem de estabilidade � analogia gráfica onde a inclinação representa a velocidade de mudança� no equilíbrio velocidade e inclinação = 0

t

K0

Nat

alid

ade

mo

rtal

idad

eV

elo

cid

ade

de

cres

cim

ento

Tamanho populacional

K

Tamanho populacional

� no equilíbrio velocidade e inclinação = 0

Estabilidade local � velocidade de mudança tem uma relação negativa com o estado do sistema

Taxa

de

nat

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per

ca

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a

Nat

alid

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-m

ort

alid

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K

Só há um equilíbrio estável, porque as taxas de natalidade e mortalidade per capita

mudam quase linearmente com o tamanho populacional

Assim, se anulam (se cruzam) em apenas um ponto

Nat

alid

ade

mo

rtal

idad

eV

elo

cid

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de

cres

cim

ento

Tamanho populacional

K

Mas será que a natalidade é alta e a mortalidade baixa em densidades

populacionais baixas?

EFEITO ALLEE – taxa de crescimento populacional é negativa em populações

pequenas

Warder Allee 1949

K

Taxa

de

nat

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m

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Nat

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K

Tamanho populacional

K

Nat

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Tamanho populacional

K

K

VIVA PAULO INÁCIO E O R!!!VIVA PAULO INÁCIO E O R!!!Tamanho populacional

Taxa

de

nat

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m

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pit

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Nat

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alid

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K

ESTABILIDADE GLOBAL

Equilíbrio estável é um atrator global e o vale é a bacia de atração

Estado no equilíbrio pode mudar se as condições se modificam – por exemplo, se o ambiente é alterado alterando K, o tamanho da população no equilíbrio muda

Nat

alid

ade

mo

rtal

idad

eV

elo

cid

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de

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ento

Tamanho populacional

K

Mas se há apenas um equilíbrio estável, a paisagem de estabilidade não muda com as condições ambientais

K

Taxa

de

nat

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m

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Nat

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ESTABILIDADE NÃO É GLOBAL

Dois equilíbrios e estados estáveis

Curva do estado de equilíbrio com as condições ambientais é dobrada = HISTERESE

Sob certas condições ambientais o sistema tem dois estados possíveis separados por um equilíbrio instável

Tamanho populacional

K

Nat

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ade

mo

rtal

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cres

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ento

K

Taxa

de

nat

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PAISAGEM DE ESTABILIDADE MUDA COM AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Tamanho populacional

K

Nat

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elo

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cres

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ento

RESILIÊNCIA � quantidade de perturbação necessária para mudar o estado do

O QUE É RESILIÊNCIA?

� quantidade de perturbação necessária para mudar o estado do sistema� largura da bacia de atração

HISTERESE + RESILIENCIA� estado do sistema pode mudar pouco com mudanças nas condições ambientais, mas a resiliência é reduzida – ou seja, pouco se vê antes da MUDANÇA BRUSCA

� retorno do sistema a outro estado requer mais mudança nas condições ambientais do que foi necessário para levá-lo ao estado atual – TRANSIÇÕES CRÍTICAS não são fáceis de reverter

RELAÇÕES DO ESTADO DE EQUILÍBRIO COM AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS SÃO CONTÍNUAS...

OS TRÊS CASOS REPRESENTAM EXTREMOS DE UM GRADIENTE DE RESPOSTAS

ATRATORES NÃO SÃO SÓ PONTOS DE EQUILÍBRIO...

PLANO DE FASE

PONTO DE EQUILÍBRIO CICLO LIMITE

CAOS

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogia

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� LAGOS CLAROS E TURVOS

Águas claras com vegetação submersa

Águas turvas sem vegetação submersa

eutrofização

Scheffer et al. 1993

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� LAGOS CLAROS E TURVOS

Águas claras com vegetação submersa

Águas turvas sem vegetação submersa

eutrofização

Scheffer et al. 1993

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� DESERTOS

SEM VEGETAÇÃO

+ albedo(luz refletida)

movimento descendente

de ar seco

- chuva

COM VEGETAÇÃO

- albedo+ calor absorvido

> gradiente de temperatura com oceano

circulação de monção+ chuva

de ar seco com oceano

COM VEGETAÇÃO

raízes acessam água

subterrânea

evapotranspiração

+ chuva

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� FLORESTAS E SAVANAS TROPICAIS

Hirota et al. Science 2011

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� RECIFES DE CORAL E DE ALGAS

Mumby Coral Reefs 2009

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� RECIFES DE CORAL E DE ALGAS

Mumby Coral Reefs 2009Modelo de simulação parametrizado com dados Simula feedback que manteria os diferentes estados

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� RECIFES DE CORAL E DE ALGAS

Mumby et al. Nature 2007.Modelo de simulação parametrizado com dados Simula feedback que manteria os diferentes estados

MECANISMOS BIOLÓGICOS

� ESPÉCIES EM PAISAGENS FRAGMENTADAS

Hanski AMBIO 2011

PERDA DE HABITAT + isolamento< população

+ extinção

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogia

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

A teoria e modelos de múltiplos estados lidam com a parte fácil da dinâmica de sistemas

complexos:

�modelos mínimos

�simulam o comportamento de caricaturas de sistemas complexos �simulam o comportamento de caricaturas de sistemas complexos

�em ambiente homogêneo e constante

FLUTUAÇÕES

HETEROGENEIDADE

DIVERSIDADE

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

FLUTUAÇÕES

� Modelos consideram o ambiente constante ou no máximo oscilando

periodicamente

� Maioria dos teóricos fica longe das águas turvas dos sistemas afetados por

estocasticidade e por boas razões teóricasestocasticidade e por boas razões teóricas

� Resultados analíticos, limpos e gerais são muito mais difíceis de obter em modelos

que incluem estocasticidade (noisy models)

MUITOS SISTEMAS PODEM ESTAR EM ESTADOS

TRANSIENTES E POSSIVELMENTE LONGE DOS SEUS

ATRATORES TEÓRICOS A MAIOR PARTE DO TEMPO

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

HETEROGENEIDADE E MODULARIDADE

� Muitos dos modelos clássicos usados para estudar a dinâmica e estabilidade de

sistemas desconsidera heterogeneidade espacial

� A maioria dos ecossistemas é composta por manchas de habitat, conectadas em

diferentes graus por meios passivos e ativosdiferentes graus por meios passivos e ativos

HETEROGENEIDADE ESPACIAL É TIDA COMO UMA FORÇA

IMPORTANTE PARA CO-EXISTÊNCIA DE ESPÉCIES E

ESTABILIZAÇÃO DE COMUNIDADES

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

HETEROGENEIDADE E MODULARIDADE – ciclos predador-presa

� Modelos predador-presa prevêem ciclos (ciclo limite estável), mas as populações

naturais raramente apresentam tais ciclos

CICLO LIMITECICLO LIMITE

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

HETEROGENEIDADE E MODULARIDADE – ciclos predador-presa

� Maioria destes modelos prevê que o efeito da heterogeneidade depende da

conectividade entre os compartimentos

Em isolamento completo - cada compartimento se Em isolamento completo - cada compartimento se

comporta do seu jeito (ciclos)

Muita conexão - heterogeneidade insignificante, todo o

sistema entra em sincronia (ciclo)

Graus intermediários de conexão e acoplamento - efeito

estabilizador (refúgios e dinâmica de fonte-dreno)

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

HETEROGENEIDADE E MODULARIDADE – heterogeneidade e transições críticas

� 3 modelos – consumidor/ recurso, ciclo do fósforo em lagos, macrófitas e turbidez

em lagos rasos

�2 tipos de heterogeneidade - gradiente e aleatória

� 3 tipos de conexão - sem, moderada e forte

Simulação - Van Nes & Scheffer Ecology 2005

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

SEM CONEXÃO

� resposta INDEPENDE do tipo de heterogeneidade (igual entre gradiente e aleatório)

�resposta MAIS GRADUAL (por causa da heterogeneidade, cada ponto muda para o estado alternativo em valores diferentes da variável

Simulação - Van Nes & Scheffer Ecology 2005

alternativo em valores diferentes da variável controle)

�histerese se mantém (cada ponto mantém a sua)

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

COM CONEXÃO

resposta DEPENDE do tipo de heterogeneidade

Aleatória - existe histerese e a resposta volta a ser brusca e sincronizada

Gradiente - resposta é gradual e a histerese é

Simulação - Van Nes & Scheffer Ecology 2005

Gradiente - resposta é gradual e a histerese é reduzida quando a conexão é forte

� reduzida às fases iniciais, quando nenhuma das manchas mudou para o estado alternativo

� assim que uma muda - efeito dominó dado pelo gradiente ambiental e conexão que empurra as manchas vizinhas para a mudança de estado

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

CONCLUSÃO

heterogeneidade espacial pode enfraquecer a tendência de mudanças bruscas em escalas espaciais grandes quando:

� a conexão é intermediária

Simulação - Van Nes & Scheffer Ecology 2005

� a heterogeneidade forma um gradiente espacial

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

�componentes da maioria dos sistemas complexos como ecossistemas e sociedades

são muito diversos

�abordagem de sistemas dinâmicos clássica deixa de fora muitos destes componentes,

se concentrando naqueles que se pensa “dirigem” a dinâmica dos sistemasse concentrando naqueles que se pensa “dirigem” a dinâmica dos sistemas

�O que se perde deixando de fora a grande variedade de componentes de sistemas

complexos? Questão importante dada a perda acelerada de biodiversidade.

Modificação do modelo de LOTKA-VOLTERRA:

� K sujeito a fator ambiental ao qual a espécie tem determinada sensibilidade

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta o número de estados estáveis alternativos?

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

van Nes & Scheffer. Am. Nat. 2004.

� K sujeito a fator ambiental ao qual a espécie tem determinada sensibilidade

� Fator de imigração

� Ruído adicionado ao fator ambiental

�150 comunidades de 20 espécies

� Para cada uma, 100 simulações variando as condições iniciais de todas as espécies

MÚLTIPLOS ESTADOS:

� Comuns em modelos de muitas espécies

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

� Especialmente se há simetria na competição

� Múltiplos atratores na definição da composição das comunidades

van Nes & Scheffer. Am. Nat. 2004.

MÚLTIPLOS ESTADOS:

� Comuns em modelos de muitas espécies

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

� Especialmente se há simetria na competição

� Múltiplos atratores na definição da composição das comunidades

van Nes & Scheffer. Am. Nat. 2004.

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a estabilidade?

� Esta não é uma pergunta bem colocada...

� Os dois termos são definidos de muitas maneiras... a resposta pode ser sim ou não

dependendo das definições...

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a resiliência?

DUAS HIPÓTESES - DIVERSIDADE E FUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMASDUAS HIPÓTESES - DIVERSIDADE E FUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMAS

Hipótese do seguro

�mais diversidade mais o funcionamento ficará estável frente a perturbações

�mais espécies com o mesmo papel torna o sistema menos frágil à perda de uma

espécie

ESPÉCIES APRESENTAM DIVERSIDADE DE RESPOSTA A DISTÚRBIOS

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a resiliência?

DUAS HIPÓTESES - DIVERSIDADE E FUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMASDUAS HIPÓTESES - DIVERSIDADE E FUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMAS

Hipótese da complementaridade

�mais espécies (que diferem na performance da função) fazem a função melhor em

conjunto (COMPLEMENTARIDADE)

�simplesmente mais espécies aumenta a chance de que uma espécie com melhor

performance esteja presente

ESPÉCIES APRESENTAM DIVERSIDADE DE PERFORMANCE DA FUNÇÃO

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a resiliência?

Hipótese do seguro Hipótese do seguro

� Caso dos recifes de corais do Caribe –

a epidemia que dizimou o ouriço não

teria esse efeito se os peixes já não

tivessem sido dizimados por pesca

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a resiliência?

Hipótese da complementaridadeHipótese da complementaridade

� Caso das florestas-savanas tropicais –

árvores com raízes profundas são mais

importantes para manter o feedback

vegetação-clima - perda destas espécies

facilita a mudança para um estado de

savana

Venail et al. Nature 2008

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

DIVERSIDADE

� A diversidade aumenta a resiliência?

Correlação entre atributos das espécies:

�RESPOSTA A DISTÚRBIOS �RESPOSTA A DISTÚRBIOS

�PERFORMANCE NA FUNÇÃO

� deve afetar a maneira como a resiliência do sistema muda com a perda de espécies

� Há poucos estudos bem documentados que ligam mudanças bruscas a perda de

resiliência causada pela perda de diversidade

� HOWEVS, várias evidências empíricas sugerem que a perda de espécies diminue a

resiliência dos sistemas

ESTABILIDADE:

� habilidade dos sistemas de retornar ao

Comportamento dos sistemas ecológicos - duas propriedades distintas :

RESILIÊNCIA:

� habilidade dos sistemas de absorver

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

� habilidade dos sistemas de retornar ao equilíbrio depois de uma perturbação pequena;

� tão maior quando mais rápido e com menos flutuações retornar;

�propriedade cujo resultado é o grau de flutuação ao redor do equilíbrio

� habilidade dos sistemas de absorver mudanças e persistir;

�propriedade cujo resultado é a persistência

Holling Annu. Rev. Ecol. Syst. 1973

BALANÇO ENTRE ESTABILIDADE E RESILIÊNCIA

� Produto da história evolutiva dos sistemas frente a amplitude de flutuações randômicas que tenham vivenciado

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

que tenham vivenciado

�Quanto mais homogêneo o ambiente no espaço e no tempo, maior a probabilidade do sistema de apresentar baixas flutuações (alta estabilidade) e baixa resiliência

�Quanto mais aberto o sistema para migrações, maior a resiliência, mas não necessariamente a estabilidade

Holling Annu. Rev. Ecol. Syst. 1973

� Elton e MacArthur – maior número de ligações maior estabilidade

� Muitas ligações permitem a

VISÕES CONFLITANTES ENTRE DIVERSIDADE, CONECTÂNCIA E ESTABILIDADE

� May – maior número de ligações desestabilizam os sistemas

� Muitas ligações levam a maiores

IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE

� Muitas ligações permitem a manutenção do fluxo de energia e nutrientes através de ligações alternativas quando uma espécie se torna rara ou se extingue

� Muitas ligações levam a maiores flutuações

ESTABILIDADERESILIÊNCIA

Holling Annu. Rev. Ecol. Syst. 1973

COMPOSIÇÃO DE COMUNIDADESFUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMAS

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogia

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

� Indicações a partir de dados observacionais – SUGERE MAS NÃO TESTA

� Teste de hipóteses por experimento – LIMITA MUITO A ESCALA ESPACIAL/ TEMPORAL

� Modelos – INSIGHTS SOBRE O MECANISMO, MAS NÃO TESTA

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

DADOS

1. Pulos em séries temporais1. Pulos em séries temporais

2. Multimodalidade em dados espaciais

3. Forma da dobra catastróficaScheffer & Carpenter TREE 2003

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

DADOS

1. Pulos em séries temporais

2. Multimodalidade em dados espaciais

POPULAÇÃO DE PEIXES NOS OCEANOS COBERTURA DE ÁRVORES NOS TRÓPICOS

PODEM SE DEVER A MUDANÇAS BRUSCAS NAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

DADOS

3. Forma da dobra catastrófica

Se há dados sobre o fator determinante:

� plotar estado contra fator

� checar estatisticamente se a resposta é melhor explicada por funções diferentes

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

EXPERIMENTOS

1. Descontinuidade

2. Sensibilidade às condições ambientais

3. Não-recuperação

Schröder et al. Oikos 2005.(2) Não-recuperação

(1) Descontinuidade(3) Sensibilidade às condições iniciais

� Web-of-Science (1986/2004)

� Biological Abstracts (1980/2004)

� Resilience Alliance Online Database (Resilience and SFI 2004)

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

� 35 experimentos

� 14 não apropriados pelo tempo curto ou inconsistências no desenho

� 21 restantes, 13 (62%) encontraram suporte e 8 (38%) não para a existência de

múltiplos estados alternativos

Schröder et al. Oikos 2005.

MÚLTIPLOS ESTADOS - Como testar?

MODELOS

� Única saída para escalas grandes em que experimentação não é possível

� Permite insights sobre os mecanismos

� Podem provar que tal mecanismo reproduz o padrão observado, mas não

permitem avaliar a importância deste mecanismo em relação a outros na natureza

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

2. TEORIA DE MÚLTIPLOS ESTADOSNoções de equilíbrio e estabilidade são centrais

1. MUDANÇAS BRUSCAS OU TRANSIÇÕES CRÍTICASExemplos e analogia

3. MECANISMOS BIOLÓGICOSFeedbacks positivosFeedbacks positivos

4. IMPLICAÇÕES DE FLUTUAÇÕES, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADEDe novo, diversidade e estabilidade

6. IMPLICAÇÕES PARA O MANEJOResiliência e o manejo de sistemas sócio-ecológicos

5. MÚLTIPLOS ESTADOSComo testar?

VISÃO CENTRADA EM ESTABILIDADE LOCAL É ESSENCIALMENTE ESTÁTICA

NÃO PERMITE AVALIAR O COMPORTAMENTO DOS SISTEMAS QUE NÃO ESTÃO PERTO DO EQUILÍBRIO

CASO DE MUITOS SISTEMAS ECOLÓGICOS, EM ESPECIAL DAQUELES QUE SOFREM A INFLUÊNCIA DO HOMEM

IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO

MUDAR A ÊNFASE DE ESTADABILIDADE LOCAL PARA CONDIÇÕES DE PERSISTÊNCIA

Holling Annu. Rev. Ecol. Syst. 1973

Crawford Holling

IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO

� USO MÁXIMO REDUZ RESILIÊNCIAMANEJO DE SISTEMAS ECOLÓGICOS

Tamanho populacional

KVel

oci

dad

e d

e cr

esci

men

to

Tamanho populacional

K

RESILIÊNCIA ESTABILIDADE LOCAL

� Ênfase nos domínios de atração e na persistência

� Manter opções, focar eventos em

MANEJO DE SISTEMAS ECOLÓGICOS

� Ênfase no equilíbrio e na manutenção do mesmo

� Manter o mundo previsível e extrair o excesso de produção com a menor

IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO

� Manter opções, focar eventos em escala regional e não local, focar na heterogeneidade, diversidade

� Não assumir conhecimento, esperar o inesperado

excesso de produção com a menor flutuação possível

� Pode reduzir a resiliência e tornar o sistema susceptível ao acaso

ESTABILIDADE LOCALRESILIÊNCIA

Holling Annu. Rev. Ecol. Syst. 1973

� Sintonizar o manejo com a variação na resiliência dos sistemas

IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO

� SISTEMAS COMPLEXOS – TRANSIÇÕES CRÍTICAS –

Pardini et al. Plos One 2010 Holmgren & Scheffer Ecosystems 2001

� SISTEMAS COMPLEXOS – TRANSIÇÕES CRÍTICAS –IMPULSIONADAS POR MECANISMOS RELATIVAMENTE

SIMPLES

“A dinâmica é descrita por um único vale (um atrator global)? Ou a

paisagem que representa a dinâmica é marcada por muitos vales separados por

montanhas e divisores de água?

No primeiro caso, o sistema tem um único estado para o qual tenderá a

partir de todas as condições inicias e de qualquer perturbação. No segundo, o

estado em que o sistema se estabelece depende das condições iniciais: o sistema

pode voltar para este estado depois de perturbações pequenas, mas grandes

IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO

Análise de modelos de 1 ou 2 espécies - May Nature 1977.

pode voltar para este estado depois de perturbações pequenas, mas grandes

perturbações tem a chance de levar o sistema para alguma outra região da

paisagem de dinâmica.

Se há apenas um estado, efeitos históricos não são importantes; se há

muitos estados alternativos localmente estáveis, acidentes históricos podem ser

de significância primordial.

Obviamente questões deste tipo são muito importantes no

entendimento e manejo de ecossistemas.”

RESILIÊNCIA E ESTADOS MÚLTIPLOS

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