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Capítulo 2 Características Essenciais da Resiliência Avelino Ferreira Gomes Filho Júlio Cezar Rodrigues dos Santos

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Capítulo 2

Características Essenciais da Resiliência

Avelino Ferreira Gomes Filho

Júlio Cezar Rodrigues dos Santos

Nenhum sistema pode evitar mudanças.

[FUJITA, 2006]

Resiliência é a capacidade do sistema absorver ou seadaptar à mudança

Mas, como todos os sistemas se adaptam, a Engenharia deResiliência não deve ficar atada a essa definição

O foco aqui deve ser o quanto um sistema pode suportarrupturas e variações.

“A resiliência pode ser definida como ahabilidade do sistema ou organização de reagire recuperar-se de distúrbios nos seus estágiosiniciais”.

(Hollnagel)

Resiliência preocupa-se com habilidade de reconhecer e adaptar-se para lidar com perturbações inesperadas que põe o modelo decompetências à prova e demanda mudança de processos,estratégias e coordenação.

A capacidade adaptativa é essencial para a resiliência dosistema.

Aplicar repostas normativas a situações que demandamuma mudança de estratégia pode ser desastrosa.

Ian Mitroff chama isso de Error of the third kind ouResolver o problema errado.

“pessoas, geralmente, são adversas a risco(...) preferem falhar de forma conservadorado que ter sucesso de forma diferente”.

[COCKBURN, 2000, p. 49]

Para fazer a correta Engenharia de Resiliência énecessário monitorar as decisões para medir se elasestão dentro do limite de segurança da organização

Tamanho e tipo de perturbações que o sistema podeabsorver ou adaptar-se sem quebrar a performance ousua estrutura.

Buffering capacity

A capacidade do sistema de se reestruturar em respostaa mudanças externas ou pressões.

Flexibilidade X Rigidez

Quão próximo ou quão precário o sistema estáoperando próximo ao limite da performance.

Margem

Como o sistema se comporta próximo aos limites. Se osistema degrada-se com suavidade conforme o stressou a pressão aumentam ou se ele entra em colapsoquando a pressão excede a sua capacidade deadaptação.

Tolerância

A Resiliência das organizações também está sujeita a 2forças de influência.

Como o contexto da organização cria ou facilita asolução de pressão, conflitos e dilêmas

Descendente

Como as adaptações feitas por atores locais em formade soluções alternativas (gambiarras :-) ou táticasinovadoras reverberam e influenciam os objetivosestratégicos e as interações.

Ascendente

Gráfico da Resiliência

Faster, Better, Cheaper

FBC - NASA

Corte de Reuniões e Reflexões sobre

decisões Essenciais

Manutenção do sucesso

Redução dos Custos

ColumbiaMars Climate

OrbiterFim do ônibus

espacialTensão de Ruptura

Aumento na tensão

Flexão

Atos de Balanceamento DinâmicoQuanto mais próximo de atingir um objetivo (Acute goal), mais distante o outro ficará (Chronic Goal).

Chronic Goal – Propriedades do sistema que emergem a partir da interação de elementos do sistema e ficam por prazos mais longos (Safety, access, patient-centeredness).

Acute Goal – Oportunos, eficientes e eficazes.

O Balanceamento efetivo parece chegar quando aorganização muda sua visão e deixa de enxergar asegurança (safety) como um conjunto de objetivosa ser medido e passa a considerá-la um valorbásico.

(WOODS, 2006)

Sacrifice Judgments

Balancear os objetivos agudos com os objetivos Crônicos não é fácil.

Sacrifice Judgments

Pressão de prazos X Segurança

Sacrifice Judgments

Vale a pena a organização ignorar os avisos e alertas de que a segurança será comprometida (Crônico) por redução de custo ou

prazo (agudos)?

Sacrifice Judgments

Ao mesmo tempo se a incerteza dos sinais de alerta sempre levaremao sacrifício dos objetivos agudos, a empresa operará emparâmetros razoáveis ou de demanda dos interessados?

É comum há empresas preferirem manter seusobjetivos agudos do que cuidar da incerteza desinais de avisos de que o sistema está erodindo ouentrando em colapso.

Segundo pesquisas, se pressionados, indivíduostendem a agir de uma forma muito mais arriscada doque eles próprio desejariam.

Outra dificuldade de sacrificar alguns dos objetivos éque uma retrospectiva sobre esse pode parecerdesnecessária uma vez que nada aconteceu.

A Engenharia de Resiliência deve prover meios paraajustar dinamicamente o balanço entre o conjunto deobjetivos agudos e crônicos.