relatório da 1ª oficina
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INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS Cleide Izabel Pedrosa de Melo – Diretora-Geral
DIRETORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HIDRICOS – DGRH
Luíza de Marillac Moreira Camargos - Diretora
Relatório da 1ª Oficina para Implementação das Agências de Bacia Hidrográfica e Entidades Equiparadas no Estado de Minas Gerais
GERÊNCIA DE COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA – GCUA
Equipe Técnica:
Sérgio Gustavo Rezende Leal – Gerente/Economista Márcio André Oliveira Santos – Analista Ambiental/Letras Renata Maria de Araujo – Analista Ambiental/Advogada
Túlio Bahia Alves – Analista Ambiental/Sociólogo
Colaboração: Benito Marangon – Moderador da Oficina
Thaís Ferreira Martins – Técnica Administrativa / Graduanda em Administração
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SUMÁRIO
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------- p. 1 Introdução -------------------------------------------------------------------------------------- p. 2 Capítulo I- Considerações sobre a Legislação Federal e Estadual Referente a Agências de Bacia------------------------------------------------------------------------------------------ p. 4 Capítulo II- A Oficina ------------------------------------------------------------------------ p. 12
1. Informações Gerais sobre a Oficina ------------------------------------------- p. 13
2. Síntese das palestras ------------------------------------------------------------- p. 14 3. As Dinâmicas --------------------------------------------------------------------- p. 18
3.1- Dinâmica 1: Proposta e Resultados --------------------------------- p. 18 3.2- Dinâmica 2: Proposta e Resultados --------------------------------- p. 21 3.3- Dinâmica 3: Proposta e Resultados --------------------------------- p. 26 Considerações Finais ------------------------------------------------------------------------- p. 32 Anexo 1: UPGRHs e Comitês de Bacia Hidrográfica ----------------------------------- p. 35 Anexo 2: Relação dos Participantes e Respectivos Endereços Eletrônicos -----------p. 36 Anexo 3: Demandas dos Comitês de Bacia Hidrográfica--------------------------------p. 38
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INTRODUÇÃO
No dia 10 de maio de 2007, foi realizada, em Belo Horizonte, na sede do Sistema
Estadual de Meio Ambiente (SISEMA), uma reunião do Secretário de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Senhor José Carlos Carvalho, com o Fórum
Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas. Essa reunião foi convocada pelo
Secretário e teve como objetivo apresentar aos representantes de comitês de bacias
hidrográficas e coordenadores de comissões pró-comitê a nova ênfase dada à gestão dos
recursos hídricos pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Projeto Estruturador –
Consolidação da Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas.
O Projeto Estruturador apresenta, no conjunto de suas prioridades, a implementação de
agências de bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas. Apesar da existência
de uma legislação específica prevendo o número de agências a serem instituídas no
Estado e suas respectivas áreas de abrangência, tal questão ainda se apresenta bastante
polêmica e controversa. Haja vista a complexidade desse debate, os representantes de
comitês e comissões presentes à reunião demandaram do Instituto Mineiro de Gestão
das Águas - IGAM uma discussão mais profunda dessa questão. Ficou então acertado,
nessa reunião, que o IGAM realizaria uma Oficina sobre o tema e que cada comitê ou
comissão poderia indicar três membros para participar da primeira oficina.
Foi realizada, dessa forma, a 1ª Oficina para Implementação de Agências de Bacia
Hidrográfica e Entidades Equiparadas, ocorrida nos dias 13 e 14 de junho, no
Balneário Rio de Pedras, localizado no município de Itabirito. O presente relatório, que
é produto dessa Oficina, apresenta a síntese das palestras e das dinâmicas de grupo
realizadas durante o evento, assim como as principais análises, críticas e sugestões
surgidas no debate estabelecido entre os participantes.
Esse relatório é composto por 3 capítulos. O capítulo 1 é um breve estudo sobre a
legislação referente às agências de bacia hidrográfica, tratando mais especificamente da
legislação estadual. Já o capítulo 2 discute a oficina em si, tratando das palestras e
dinâmicas de grupo realizadas durante o evento. Foram ministradas três palestras: uma
palestra introdutória, ministrada pela Diretora-Geral do IGAM, Cleide Pedrosa, outra
ministrada pela Diretora de Gestão de Recursos Hídricos, Luiza de Marillac Camargos,
3
sobre a configuração de agências tal como imaginada pelo IGAM, e uma terceira
palestra ministrada pelo Gerente de Cobrança pelo Uso da Água, Sérgio Leal, destinada
a esclarecer questões atinentes ao potencial de arrecadação do Estado com a cobrança
pelo uso dos recursos hídricos.
Além das palestras, foram elaboradas três dinâmicas diferentes, cada uma destinada a
explorar um assunto pertinente à implementação e funcionamento das agências. A
Dinâmica 1 foi elaborada visando trabalhar questões referentes ao relacionamento
interpessoal e intragrupo, de modo a se constituírem equipes altamente eficazes e
capazes de responder coletivamente às atividades a serem apresentadas. A Dinâmica 2,
por sua vez, tratou de enfocar temas que são extremamente importantes e recorrentes no
debate acerca da implementação das agências de bacias ou entidades equiparadas. Já a
dinâmica 3 foi concebida para que os participantes, reunidos em grupos, pudessem, com
a utilização de um notebook e munidos de um estudo do IGAM sobre o potencial de
arrecadação das UPGRH’s, elaborar as suas próprias hipóteses de integração das
unidades de planejamento, com base em critérios de sustentabilidade financeira.
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A agência de bacia é elencada na Lei 9433/97, que institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, entre os órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Sua função, segundo a mesma lei, é desempenhar
o papel de secretaria executiva do respectivo comitê ou comitês de bacia hidrográfica
(Art. 41). Isso quer dizer que a criação de agências de bacia pressupõe a criação prévia
dos comitês de bacia que serão por ela secretariados. Além desse requisito, a criação de
agências de bacia requer que haja viabilidade financeira assegurada pela cobrança do
uso dos recursos hídricos em sua área de atuação (Art. 43).
A lei 13199/99, que institui o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos
de Minas Gerais (SEGRH-MG) e sua Política Estadual de Recursos Hídricos, prevê que
“as agências de bacia hidrográfica, quando instituídas pelo Estado, mediante autorização
legislativa, terão personalidade jurídica própria, autonomia financeira e administrativa e
organizar-se-ão segundo quaisquer das formas permitidas pelo Direito Administrativo,
Civil ou Comercial, atendidas as necessidades, características e peculiaridades
regionais, locais e multissetoriais” (Art. 37). A mesma lei determina ainda que “o Poder
Executivo aprovará, por meio de decreto, os atos constitutivos das agências de bacia
hidrográfica, que serão inscritos no registro público, na forma da legislação aplicável”
(Art. 37).
O artigo 45 da Lei 13199 estabelece 34 competências para as agências de bacia
hidrográfica, entre as quais: elaborar ou atualizar o Plano Diretor de Recursos Hídricos
e submetê-lo à apreciação do(s) respectivo(s) comitê(s) de bacia hidrográfica; propor os
valores da cobrança pelo uso dos recursos hídricos e o enquadramento dos corpos de
água nas classes de uso ao(s) comitê(s) para encaminhamento ao Conselho Estadual de
Recursos Hídricos (CERH-MG); manter o balanço hídrico atualizado, assim como o
cadastro de usos e usuários de recursos hídricos; promover o monitoramento sistemático
da quantidade e da qualidade das águas da bacia; gerir o Sistema Estadual de
Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação; elaborar sua proposta
orçamentária e submetê-la à apreciação do(s) respectivo(s) comitê(s) de bacia
hidrográfica; acompanhar a administração financeira dos valores arrecadados com a
cobrança pelo uso de recursos hídricos; analisar e emitir pareceres sobre os projetos e
obras a serem financiados com os recursos gerados pela cobrança e encaminhá-los à
instituição financeira responsável pela administração desses recursos; celebrar
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convênios e contratar financiamentos e serviços para execução de suas atribuições,
mediante aprovação do(s) comitê(s) de bacia hidrográfica.
As competências conferidas a uma agência de bacia são, como se pode perceber,
bastante numerosas e abrangem um conjunto diversificado de atribuições, que podem
ser administrativas, financeiras ou técnicas, exigindo-se para sua criação mão-de-obra
qualificada e recursos tecnológicos, além de estrutura física adequada. Em relação a
esses requisitos, o poder público apresenta uma série de limitações que justificam em
parte o fato de até o momento não ter sido criada nenhuma agência de bacia seja no
Brasil, seja no Estado de Minas Gerais1. Além desses empecilhos de ordem infra-
estrutural e financeira, é importante considerar que a criação de uma agência depende de
um processo burocrático e político complexo, que envolve desde a aprovação de Lei
Ordinária pela Assembléia Legislativa até sua regulamentação por decreto do
governador. Trata-se, pois, de um percurso jurídico longo, que possui uma série de
etapas que precisam ser cumpridas uma a uma.
Diante da impossibilidade de, por enquanto, se criarem as agências de bacia
hidrográfica propriamente ditas, a alternativa facultada pela lei ao Estado é a celebração
de contrato de gestão com organizações civis de recursos hídricos, que são
equiparadas às agências de bacia para o exercício de funções de sua competência. No
âmbito de Minas Gerais, nos termos da Lei 13199, poderão ser equiparados a agência de
bacia os consórcios ou as associações intermunicipais de bacia hidrográfica ou as
associações regionais, locais ou multissetoriais de usuários de recursos hídricos,
legalmente constituídos. Cabe ao CERH-MG, na condição de órgão deliberativo e
normativo central do SEGRH-MG, reconhecer essas entidades e efetuar sua equiparação
mediante a aprovação e solicitação de um ou mais comitês de bacia hidrográfica,
acompanhada de relatório técnico e administrativo elaborado pelo IGAM que comprove
a capacidade financeira desse(s) comitê(s) para suportar as despesas de implantação,
manutenção técnica, administrativa e da rede de monitoramento2.
1 As duas experiências existentes dizem respeito a entidades delegatárias, que são a Agência PCJ, na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e a Agência AGEVAP – Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, na bacia do rio Paraíba do Sul. 2 Segundo o artigo 19 do Decreto 41578/01, “o CERH-MG regulamentará as agências de bacia hidrográfica e entidades a elas equiparadas, observado o seguinte:
I- a água é um bem de domínio público, cujo acesso é universal;
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O contrato de gestão, conforme o §3º do artigo 47 da mesma lei, é o acordo de vontades
bilateral, de direito civil, celebrado com a finalidade de assegurar às entidades
equiparadas autonomias técnica, administrativa e financeira. Já o Decreto 41578/01, que
regulamenta a Lei 13199, estipula que os contratos de gestão deverão conter,
obrigatoriamente, cláusulas que especifiquem: os seus objetivos; metas e resultados a
serem atingidos e respectivos prazos de execução ou cronograma; previsão expressa dos
critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados mediante indicadores
de resultado; as condições de sua suspensão, rescisão e renovação; prazo de vigência;
sanções por descumprimento das obrigações assumidas ou das resoluções do CERH-
MG e demais normas legais aplicáveis; sanções aos administradores contratantes por
descumprimento de cláusulas contratuais ou normas legais aplicáveis. Segundo esse
decreto, as agências de bacia deverão apresentar ao(s) respectivo(s) comitê(s) relatório
semestral contendo o balanço da aplicação dos recursos financeiros.
Objetivando regulamentar o artigo 19 do Decreto 41578, que trata das agências de bacia
hidrográfica e entidades a elas equiparadas, o CERH-MG editou a Deliberação
Normativa 19, de 28 de junho de 2006, que trata dos critérios e mecanismos que
precisam ser observados para o processo de equiparação, dos detalhes envolvidos na
assinatura do contrato de gestão e das hipóteses de integração das unidades de
planejamento e gestão de recursos hídricos (UPGRH’s).
Segundo essa deliberação, apenas poderão ser equiparados a agência os consórcios ou
associações intermunicipais que atenderem os seguintes requisitos:
I- conter como associados mais de cinqüenta por cento dos municípios com sede urbana na sua área territorial de atuação, definida em estatuto, e que detenham, no mínimo, trinta por cento da população total desta área; ou
II- conter número mínimo de cinqüenta por cento da população total de sua área territorial de atuação, definida em estatuto, e, como associados, mais de trinta por cento dos municípios desta área;
III- ter estabelecido em seus estatutos e regimentos internos disposições sobre, no mínimo:
a) objetivos sociais da entidade; b) estrutura de suas unidades superiores de administração e controle, com
detalhamento das respectivas atribuições e responsabilidades;
II- o caráter técnico de sua atuação; III- a necessidade de constituir-se em uma estrutura gerencialmente compatível e eficiente; IV- a sua vinculação efetiva aos órgãos do SEGRH-MG para a integração das ações”.
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c) área territorial de sua atuação; d) o direito de associação e os critérios para inclusão e exclusão de
consorciados; e) critérios de representação e de votação, regentes de seus processos
decisórios; f) critérios para a participação dos consorciados nas instâncias superiores de
sua administração e controle; g) deveres e direitos dos consorciados, inclusive as infrações e penalidades
correspondentes; h) procedimentos operacionais e normas internas de funcionamento (Art. 8).
No que se refere às associações regionais, locais ou multissetoriais de usuários de
recursos hídricos, é exigido que congreguem órgãos, entidades ou instituições
representantes de, no mínimo, dois setores usuários, classificados conforme a
Deliberação Nº 4 do CERH-MG3, e que:
I -constituam-se em sociedade de natureza civil, sem fins econômicos e de interesse social, nos termos dos incisos XVII, XVIII e XIX do art. 5º da Constituição Federal4, regendo-se pelas leis do país e por seus estatutos;
II -estabeleçam objetivos sociais;
III - apresentem estrutura organizacional de suas unidades de direção superior, consistente em diretrizes, administração, gerência e operacionalização, fiscalização e controle de ações e atividades, composta, no mínimo, como segue: a. Assembléia Geral de Associados; b. Conselho de Administração; c. Diretoria Executiva; d. Conselho Fiscal;
IV - definam, em seus estatutos, as competências e responsabilidades de cada unidade integrante de sua estrutura organizacional de direção superior, sendo que ao Conselho de Administração será reservados a função normativa superior no nível de planejamento estratégico, coordenação e controle globais e fixação de diretrizes fundamentais para o funcionamento da Associação.
A instituição das entidades equiparadas deve ser, de acordo com o Artigo 2º da referida
Deliberação Normativa, ser estimulada pelo Estado de Minas Gerais, através da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e do
3 Segundo o artigo 13 da DN 04, “os representantes do segmento de usuários serão escolhidos dentre as organizações que fazem uso, direto ou indireto, das águas superficiais ou subterrâneas existentes na respectiva Bacia Hidrográfica, derivando-as, captando-as, armazenando-as ou utilizando-as para diluição de dejetos, tais como: companhias de saneamento, companhias de geração de energia, siderurgia, mineração, indústria, comércio e reflorestamento, cooperativas, associações, sindicato de produtores rurais, irrigantes, lazer, recreação e que não estejam em situação irregular perante os órgãos que integram o SEGRH para participarem dos Comitês”. 4Os incisos do artigo 5º da Constituição Federal a que refere a DN 19 são: “XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”.
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Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), enquanto não forem criadas as agências
de bacia. Para que haja a equiparação, é necessário, em qualquer caso, que seja
devidamente comprovada a capacidade financeira de um ou mais comitês de bacia
hidrográfica, através da implementação da cobrança pelo uso de recursos hídricos, com
cujos recursos serão suportadas as despesas administrativas e técnicas, incluindo a
manutenção da rede de monitoramento. Conforme o §2º do Artigo 37 da Lei nº
13199/99, esse processo de equiparação deverá ser encaminhado ao CERH-MG pelo(s)
comitê(s) de bacia hidrográfica a partir de propostas fundamentadas.
A entidade equiparada por meio de deliberação específica do CERH-MG, conforme já
foi colocado, adquire a natureza jurídica de organização civil para recursos hídricos,
tornando-se apta a exercer as funções de gestão de recursos hídricos delegadas pelo
Estado por meio de contrato de gestão. Após sua equiparação, a entidade equiparada
terá o prazo de até 2 (dois) anos para a firmatura do contrato de gestão com o Estado de
Minas Gerais. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 1 (um) ano, desde que a
prorrogação seja devidamente fundamentada e aprovada pelo CERH-MG. Se ao final
dessa prorrogação, o referido contrato não tiver sido assinado, fica automaticamente
nula a equiparação, devendo o IGAM justificar-se ao CERH-MG por meio de relatório
técnico e administrativo que apresente as restrições e motivações da não firmatura do
contrato com a entidade equiparada, com vistas a uma revisão e, se for o caso, ao
encaminhamento de um novo processo de equiparação.
Cabe lembrar que precede a assinatura de contrato de gestão o pronunciamento
favorável do(s) respectivo(s) comitê(s) de bacia hidrográfica, que o assina(m) como
interveniente(s), e em seguida do CERH-MG5. Para cada comitê atendido, é necessária
a assinatura de um contrato de gestão independente, celebrado entre o Estado e a
entidade equiparada a agência. Conforme dispõe o artigo 10 da DN 19/2006, fica
instituída no âmbito do CERH-MG uma Câmara Técnica de Acompanhamento dos
Contratos de Gestão – CTCG, cuja função é supervisionar e acompanhar os contratos de
gestão a serem celebrados, realizando avaliações parciais periódicas, baseadas em
relatórios de desempenho elaborados pelas entidades equiparadas, com freqüência
5 De acordo com o artigo 5 dessa DN, “o CERH-MG, mediante sua Secretaria Executiva, em articulação com órgãos e entidades competentes do Governo do Estado, prestará, sempre que possível e necessário, apoio e orientação à elaboração dos Contratos de Gestão”.
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mínima de seis meses, e conclusivas, por ocasião do término dos Contratos de Gestão,
os quais deverão ser apresentados ao CERH-MG para deliberação.
Uma importante previsão da DN 19 é que uma mesma entidade equiparada poderá ser
agência de mais de um comitê. Inclusive, o §1º do artigo 2º da referida DN prevê que o
Estado de Minas Gerais, por meio da SEMAD e do IGAM, poderá buscar a integração
dos comitês de bacias hidrográficas objetivando a otimização das despesas, a
maximização dos benefícios e a viabilidade econômica e financeira da entidade.
Visando à consecução desse processo, o artigo 7º da DN 19/2006 propôs as seguintes
hipóteses de integração, que deverão ser avaliadas pelo IGAM através de estudos
técnicos, econômicos, políticos e financeiros, observando-se ainda a necessidade de
ampla participação dos comitês de bacias hidrográficas. As propostas de integração das
unidades hidrográficas são as seguintes:
- JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1 e SM1: constituem uma região de grande escassez hídrica e
baixo Índice de Desenvolvimento Humano6;
- PS1 e PS2: abrangem a parte mineira da bacia do rio Paraíba do Sul. Nesse caso, seria
firmado o contrato de gestão com a atual entidade delegatária do Comitê de Integração
da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP;
- PJ1: abrange as nascentes dos rios Piracicaba e Jundiaí. Nesse caso, recomenda-se a
firmatura do contrato de gestão com a atual entidade delegatária do Comitê das Bacias
Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – CBH PCJ;
- Nas bacias dos rios Grande, Paranaíba e Doce, poderão existir no máximo 2 (duas)
entidades equiparadas em cada, enquanto na bacia do rio São Francisco poderão existir,
no máximo, 3 (três) entidades equiparadas, devendo ser avaliadas as hipóteses de
integração mais adequadas, observando-se homogeneidade nas características
ambientais, socioeconômicas, geográficas e hidrológicas, assim como as iniciativas de
integração em curso;
A princípio, dois questionamentos preliminares podem ser feitos em relação a essas
hipóteses de integração previstas pela DN 19/2006. O primeiro deles diz respeito à
6 Consta em anexo a relação de todas as UPGRH’s do Estado e seus respectivos comitês.
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evidente ausência de sustentabilidade financeira apresentada pela proposta que sugere a
integração das Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos JQ1, JQ2,
JQ3, PA1, MU1 e SM1. Além da escassez de água e do baixo Índice de
Desenvolvimento Humano (muitos municípios encontram-se na área de abrangência da
Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE), a região constituída pela
integração dessas unidades apresenta um grave quadro de estagnação econômica, haja
vista que o seu Produto Interno Bruto (PIB) corresponde a apenas 2,2 % do PIB total do
Estado7. Desse modo, deve ser estabelecida uma nova hipótese de integração capaz de
reunir essas unidades de planejamento em torno de uma proposta de agrupamento que
economicamente seja de fato sustentável.
O segundo questionamento que se evidencia se refere ao excessivo número de agências
possibilitado pela DN 19/2006. Se excluirmos da somatória as unidades PJ1, PS1 e PS2,
que tendem a firmar contrato de gestão com as atuais entidades delegatárias do CBH
PCJ e CEIVAP, respectivamente, no total, poderão ser criadas 10 (dez) agências no
Estado, que atenderiam a 33 (trinta e três) comitês de bacia hidrográfica. Como será
demonstrado no próximo capítulo, o potencial de arrecadação dessas unidades torna
inviável a implementação de todas as agências que a DN prevê, sendo necessário o
estabelecimento de um número mínimo de agências de modo a otimizar a relação
custo/benefício dessas agências.
Como se tentou demonstrar, a entidade equiparada a agência assume atribuições
delegadas pelo Estado que são bastante complexas e numerosas. Além disso, é
importante lembrar que apenas 7,5% dos recursos arrecadados com a cobrança podem
ser aplicados no pagamento de despesas de monitoramento dos corpos de água e custeio
dos órgãos e entidades integrantes do SEGRH-MG, na sua fase de implantação, de
acordo com o § 2º do artigo 28 da Lei nº 13199/99. Portanto, a lógica sugere que é
desejável agrupar mais comitês em torno de uma mesma agência, o que proporciona
maior potencial de arrecadação e menores custos. Essa é uma discussão demasiado
complexa e que, por isso, merece um tratamento mais profundo e demorado por parte do
órgão gestor em articulação com os comitês de bacias hidrográficas e com as comissões
pró-comitê. Realizar essa discussão foi uma das finalidades da 1ª Oficina para
Implementação das Agências de Bacia em Minas Gerais.
7 Cf. http://www.idene.mg.gov.br/nossaregiao_pibestado.htm
13
1 – Informações Gerais sobre a Oficina
A 1ª Oficina para Implementação de Agências de Bacia Hidrográfica e Entidades
Equiparadas ocorreu, conforme programado, nos dias 13 (terça-feira) e 14 (quarta-feira)
de junho no Balneário Rio de Pedras, em Itabirito. Como se tratava de um meio de
semana e considerando o fato de que os membros dos comitês e comissões atuam
voluntariamente, o comparecimento ao evento foi razoável, haja vista que estiveram
presentes 53 do total de 108 representantes convidados. Esse nível de comparecimento
pode ser considerado como positivo, embora também seja necessário fazer uma leitura
crítica do fato de 7 comitês e 3 comissões terem deixado de enviar representantes ao
evento. A ausência desses membros é bastante prejudicial aos interesses das UPGRH´s
por eles representadas, uma vez que o que está sendo discutido é a definição de quantas
e quais agências ou entidades equiparadas serão implementadas, assim como o
estabelecimento de suas respectivas áreas de abrangência.
O primeiro dia de evento contou, na parte da manhã, com a palestra introdutória de
Cleide Pedrosa, que apresentou os objetivos da oficina. Em seguida, foram formados
cinco grupos de trabalho para a realização das dinâmicas 1 e 2 e posterior debate dos
seus produtos. Após o intervalo para o almoço, a oficina foi retomada com a palestra de
Sérgio Leal sobre o potencial de arrecadação com a implementação da cobrança em
Minas Gerais, seguida de um debate com os participantes acerca do tema. A seguir,
Luiza de Marillac apresentou a palestra sobre simulação de agências de bacia
hidrográfica sob a ótica do Estado de Minas Gerais. Esse primeiro dia de atividades foi
finalizado com um debate sobre essa palestra.
A parte da manhã do segundo dia ficou reservada para a realização da Dinâmica 3,
quando foram formados quatro grupos para a elaboração de propostas de agências e de
suas respectivas áreas de abrangência. Logo após, cada grupo apresentou sua proposta,
seguida por um debate acerca das proposições. O evento foi encerrado com a discussão
e apresentação de temas para a próxima oficina, tendo sido feita ainda uma avaliação da
oficina pelos participantes.
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2 – Síntese das palestras
A palestra de abertura foi ministrada pela Diretora-Geral do IGAM, Cleide Pedrosa, que
abordou os desafios a serem enfrentados pela gestão de recursos hídricos no Estado de
Minas Gerais. A palestrante mencionou como desafios os problemas relacionados com a
contaminação dos recursos hídricos por esgoto, cujo tratamento não alcança nem dez
por cento da demanda total, assim como questões que dizem respeito indiretamente à
gestão de recursos hídricos – o desmatamento e a redução da cobertura vegetal nativa do
Estado e a falta de tratamento adequado do lixo.
Ao tratar dos desafios à gestão dos recursos hídricos no Estado, a palestrante destacou a
importância do papel desempenhado pelos comitês de bacia hidrográfica, cujo
fortalecimento é de vital importância no que se refere à implementação das ações que
estão em curso para a melhoria da quantidade e qualidade dos recursos hídricos. É nesse
sentido que o Governo do Estado, por meio do Projeto Estruturador – Consolidação da
Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas, incluiu entre suas prioridades o
fortalecimento dos comitês de bacia, o que significa em termos práticos, dentre outras
ações, muni-los com os recursos humanos e infra-estruturais necessários ao seu pleno
funcionamento. Inclusive, na reunião do Secretário de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável com o Fórum Mineiro de Comitês de Bacia Hidrográfica,
foi solicitada uma listagem, de cada comitê, contendo as necessidades básicas para sua
estruturação.
A diretora-geral do IGAM ressaltou ainda que, no percurso em direção à consolidação
de uma gestão de recursos hídricos integrada e eficiente, é necessário respeitar o estágio
evolutivo de cada comitê, mesmo porque a experiência adquirida por aqueles comitês
mais avançados poderá ser aproveitada pelos demais no seu próprio desenvolvimento.
Por fim, a palestrante enfatizou a importância da união de todos os participantes
presentes ao evento, representando diferentes comitês e também diferentes segmentos,
como forma de se alcançar os objetivos da oficina.
A palestra da diretora de gestão de recursos hídricos enfatizou aspectos ligados à
legislação referente às agências de bacia hidrográfica, em específico a Deliberação
Normativa 19/2006, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, que estabelece a
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quantidade de agências a serem instituídas por bacia, assim como as hipóteses de
integração das UPGRHs. A palestrante explicou que essa deliberação foi elaborada por
um grupo formado no âmbito do CERH-MG, que na época não contava com os estudos
atuais de simulação do potencial de arrecadação realizados pelo IGAM. A palestrante
fez uma breve análise crítica sobre o fato de que a referida deliberação propõe como
hipótese de integração a união das unidades de planejamento JQ1, JQ2, JQ3, SM1, PA1
e MU1, que se apresenta, do ponto de vista econômico, insustentável. Ao mesmo
tempo, essa DN determina que compete ao IGAM, enquanto órgão gestor, avaliar, por
meio de estudos técnicos, econômicos, políticos e financeiros, as hipóteses de
integração sugeridas, com ampla participação dos comitês de bacia hidrográfica.
Inclusive, a palestrante fez questão de ressaltar que era justamente esse o objetivo da
oficina.
A palestra foi finalizada com a colocação de que o objetivo do governo estadual é
consolidar a gestão de recursos hídricos sob a ótica do Estado, respeitando, obviamente,
o estágio de evolução dos diferentes comitês de bacia hidrográfica. Assim, à medida que
os comitês forem instituídos ou consolidados, eles irão se agregar às entidades
equiparadas.
A palestra seguinte foi ministrada pelo gerente de cobrança pelo uso da água, Sérgio
Leal, que enfatizou os pré-requisitos necessários para que a cobrança possa ser
implementada e a fórmula utilizada para o cálculo do potencial de arrecadação de cada
UPGRH. Desse modo, além do plano diretor de bacia hidrográfica concluído, foram
apresentados os oito pré-requisitos previstos em lei: 1- cadastro de usuários; 2-
definição pelos comitês de bacia hidrográfica dos usos considerados insignificantes; 3-
instituição de agências de bacia hidrográfica ou entidades a elas equiparadas e
assinatura do respectivo contrato de gestão; 4- aprovação pelo CERH-MG da proposta
de cobrança, devidamente fundamentada, encaminhada pelo respectivo comitê de bacia
hidrográfica; 5- a implementação de sistema integrado de outorga e direito de uso de
recursos hídricos devidamente compatibilizado com o sistema de licenciamento
ambiental; 6- articulação dos Estados com a União e Estados vizinhos, tendo em vista a
implementação da cobrança pelo uso de recursos hídricos nas bacias hidrográficas em
rios de domínio federal, e celebração de convênio de cooperação técnica; 7- proposição
de critérios e normas para a fixação de tarifas, definição de instrumentos técnicos e
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jurídicos indispensáveis à implementação da cobrança pelo uso da água; 8-
desenvolvimento de programa de comunicação social sobre as finalidades da cobrança.
Em relação ao pré-requisito 1, o IGAM já conta, em sua nova estrutura, com a Gerência
de Desenvolvimento de Recursos Hídricos – GDRH, que ficará responsável, dentre
outras competências, pela coordenação e acompanhamento do cadastramento de
usuários das bacias hidrográficas do Estado. Quanto ao pré-requisito 2, caberá a cada
comitê definir, em sua área de atuação, os usos insignificantes ou, caso lhe atendam,
aprovar as propostas presentes na Deliberação Normativa 09/2004, do Conselho
Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais, encaminhando a aprovação para o
mesmo conselho. No que se refere ao pré-requisito 3, é necessário considerar que a DN
CERH-MG 19/2006, que estipula a quantidade máxima de agências que podem ser
implantadas em Minas Gerais e suas respectivas áreas de abrangência, apresenta
algumas hipóteses de integração insustentáveis do ponto de vista econômico,
requerendo, portanto, um debate sobre sua pertinência.
No que se refere ao pré-requisito 4, compete a cada comitê, com base nas características
econômicas, sociais e ambientais da respectiva região, definir sua própria metodologia
de cobrança, amparado inclusive nas disposições do Plano Diretor de Recursos Hídricos
da bacia. O pré-requisito 5 já está cumprido, com a implementação do sistema integrado
de outorga de direito de uso de recursos hídricos, devidamente compatibilizado com os
sistemas de licenciamento ambiental do Estado. Para que o pré-requisito 6 seja
cumprido, basta apenas a firmatura de convênios entre o Estado e a União. Em relação
ao pré-requisito 7, caberá ao IGAM, em parceria com o agente financeiro oficial,
formular um manual técnico, econômico, financeiro e operacional de cobrança pelo uso
de recursos hídricos. Sobre o pré-requisito 8, é importante ressaltar sua importância para
a efetividade da implementação da cobrança, ao reforçar sua finalidade educativa e
esclarecer seu caráter de contribuição condominial, destinada à recuperação da própria
bacia.
Quanto à simulação do potencial de arrecadação de cada UPGRH, o palestrante
explicou que a fórmula utilizada baseou-se na metodologia empregada pelo Comitê para
Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, que foi o primeiro
comitê de bacia a implementar, no país, a cobrança pelo uso de recursos hídricos, o que
17
aconteceu em 2003. A fórmula empregada à época foi revisada em 2007 e é hoje a mais
atual. De acordo com essa fórmula, são estipulados três Preços Públicos Unitários
conforme o grau da externalidade que o uso acarreta aos recursos hídricos da bacia
hidrográfica. Dessa forma, o PPU, calculado em centavos por metro cúbico (m³), é
estipulado conforme se trate de captação, consumo ou diluição8.
Segundo essa simulação, apenas as bacias hidrográficas do rio Paraopeba (SF3), com
potencial de arrecadação anual de R$15,6 milhões, do rio das Velhas (SF5), de R$15
milhões, e do rio Araguari (PN2), de R$ 10,2 milhões, teriam sustentabilidade para
financiar uma agência cujos custos, estimados com base nos da agência PCJ, estariam
em torno de R$ 900 mil. Dessa forma, foram apresentadas cinco propostas de integração
das UPGRHs com vistas a viabilizar o atendimento de todos os comitês do Estado por
agências de bacia hidrográfica9.
Apesar de a fórmula do CEIVAP ser a mais atual, o palestrante ressaltou que
dificilmente poderá ser instituída uma metodologia única de cobrança no Estado de
Minas Gerais, dada a heterogeneidade de suas bacias hidrográficas em relação aos tipos
de uso predominantes em cada uma. Cabe também lembrar que essa simulação foi
realizada com base nas outorgas concedidas pelo IGAM. Se considerarmos que a
parcela de outorgas concedidas representa menos da metade do total estimado,
poderemos supor que o potencial de arrecadação está subestimado, o que reafirma a
necessidade de realização do cadastro de usuários. Por outro lado, se não levarmos em
conta que haverá um percentual de usuários inadimplentes, estaremos superestimando o
potencial de arrecadação previsto. Em função desse percentual de inadimplência, faz-se
necessária a criação de estímulos capazes de incentivar os usuários a serem adimplentes.
Outro aspecto enfatizado em relação à cobrança como instrumento de gestão foi sua
finalidade educativa, que não poderá ser suplantada pelo seu aspecto econômico.
Durante sua apresentação, o palestrante foi questionado por uma participante da oficina
sobre a dificuldade de se calcular os custos de uma agência de bacia sem a prévia
8 Os preços públicos unitários cobrados por metro cúbico são R$0,01, para captação, R$0,02, para consumo, e R$0,07, para diluição. 9 Essas propostas encontram-se disponíveis para consulta no site do IGAM, cujo endereço é www.igam.mg.gov.br (Menu “Instrumentos de Gestão”/Submenu “Cobrança”/Link “Palestras ministradas durante o evento”/Arquivo “Agências.pps”).
18
definição de qual seria a sua estrutura mínima. O IGAM entende a pertinência desse
questionamento e considera necessário um intercâmbio com os representantes das
entidades delegatárias já existentes em âmbito federal sobre a experiência registrada, de
modo a subsidiar um debate do órgão gestor com os representantes de comitês e
comissões. Essa questão está prevista para ser debatida na próxima oficina.
Outro participante questionou a inconveniência de se aplicar os valores dos preços
públicos unitários para captação, consumo e diluição praticados na bacia hidrográfica do
rio Paraíba do Sul em todas as bacias hidrográficas do Estado, pois cada bacia apresenta
especificidades socioeconômicas que precisam ser observadas no momento de se definir
os valores a serem cobrados. Cabe, em relação a esse questionamento, informar que o
IGAM admite, conforme anteriormente já relatado, que há uma impossibilidade de se
ter uma metodologia única para todo o Estado, assim como um preço público unitário
igual para todas as bacias. Conforme a legislação, o comitê é a instância responsável
pela aprovação desses valores. Portanto, os valores utilizados na simulação são
meramente ilustrativos, valendo unicamente como exemplos hipotéticos e como
parâmetro para comparação entre as UPGRHs.
3 – As Dinâmicas
3.1 – Dinâmica 1: Proposta e Resultados
Foram formados cinco grupos para a realização da dinâmica 1. Os integrantes de cada
grupo foram definidos de forma aleatória, adotando-se como único critério a reunião em
cada um deles de representantes de comitês e comissões diferentes. A dinâmica 1 tinha
como objetivo trabalhar questões que interferem no rendimento e no desenvolvimento
de trabalho em equipe e ao mesmo tempo levantar as expectativas de cada grupo em
relação à Cobrança pelo Uso da Água. Apesar de o objetivo da Oficina ter sido a
discussão sobre a implementação das agências de bacia hidrográfica ou entidades
equiparadas no Estado de Minas Gerais, a cobrança afigura-se como um tema cujo
tratamento é inevitável nesse debate justamente por ser um instrumento de Gestão que
permitirá aos comitês a instituição e a manutenção dessas agências. Enfim, conjugando
essas duas propostas, para cada grupo, foi solicitado que se enumerassem regras para o
comportamento eficaz no trabalho em equipe, regras sobre o que deve ser evitado nesse
19
mesmo tipo de trabalho e também que fossem levantadas expectativas acima
mencionadas.
Em relação às regras para o comportamento eficaz no trabalho em equipe, todos os
grupos consensuaram no sentido de que o compromisso/comprometimento é uma regra
essencial. Essa foi a única regra recorrente em todos os grupos que foram formados para
a realização da dinâmica. Planejamento, respeito à opinião do próximo e pró-atividade
foram regras mencionadas duas vezes por grupos diferentes. Com apenas uma citação,
foram lembradas as seguintes regras: objetividade, perfil adequado para a função
desempenhada, capacitação, ausência de preconceito, gerenciamento, integração,
comunicação eficiente, busca de consenso e serenidade para ouvir e discernimento
para falar.
No que se refere às regras que devem ser evitadas, os grupos apresentaram um consenso
maior. Nesse sentido, duas regras foram predominantes: perda de foco/ dispersão/
desvio de tema, assim como sobreposição do interesse próprio /individualismo/
competitividade/ egocentrismo foram citados por três grupos diferentes.
Embora essa parte da dinâmica 1 tivesse basicamente o objetivo de preparar os
participantes para as duas dinâmicas subseqüentes, que tratariam especificamente da
temática da oficina, os resultados obtidos foram bastante reveladores das
potencialidades e dificuldades envolvidas no trabalho em grupo, as quais são úteis
também para se pensar a gestão de recursos hídricos como uma construção coletiva.
Desse modo, a leitura que pode ser feita é que os participantes, apesar de figurarem em
grupos diferentes, foram unânimes em apontar o compromisso como regra essencial a
ser observada no trabalho em equipe. Isso pode ser interpretado como um desejo de que
haja respeito por aquilo que foi pactuado, no sentido de que seja efetivamente cumprido.
Ao mesmo tempo, o compromisso pode valer como uma regra necessária para se evitar
a dispersão, a perda de foco e o desvio de tema, igualmente lembrados pelos grupos
como aspectos negativos a serem evitados no trabalho em equipe. Nesse sentido, o
planejamento e a pró-atividade também seriam importantes regras para a consecução
daquilo que foi pactuado e programado.
20
Outra leitura possível é que o respeito à opinião do próximo, lembrado como regra para
o comportamento eficaz no trabalho em equipe, pode ser válido como um meio de se
evitar o individualismo/egocentrismo/competitividade, apontados como fatores
negativos para a realização desse tipo de trabalho. O respeito à opinião do próximo
parece constituir, de acordo com as respostas produzidas pelos grupos, a base de um
bom relacionamento interpessoal e de um ambiente organizacional eficaz, favorável ao
alcance das metas estabelecidas e objetivos propostos.
No que se refere às expectativas dos grupos em relação à cobrança, foram levantados
aspectos interessantes pelos participantes da oficina que gostaríamos de relatar. O
primeiro aspecto refere-se à necessidade de se iniciar a cobrança somente após a
elaboração do plano diretor de recursos hídricos da bacia e a realização do seu cadastro
de usuários. Segundo os participantes, a necessidade desses pré-requisitos justifica-se
pelo fato de no plano diretor estarem relacionadas as prioridades do comitê para
aplicação dos recursos arrecadados e de o cadastro diagnosticar o universo de usuários e
os tipos de usos, significantes ou não, permitindo dessa forma uma cobrança eficiente.
O segundo aspecto tem a ver com a implementação de uma cobrança universal e
diferenciada. De acordo com os participantes, uma cobrança extensiva a todos os
usuários se justificaria pela função educativa atribuída a ela enquanto instrumento de
gestão voltado para a racionalização da utilização da água. Ao mesmo tempo, essa
cobrança deve ser diferenciada, ou seja, deve estar relacionada com a capacidade de
pagamento de cada setor e com o porte do usuário. Cabe aqui lembrar que a cobrança
implica custos na emissão e envio do boleto de pagamento pelo Estado e, caso a opção
do comitê seja por uma cobrança universalizada, em muitos casos o valor da cobrança a
ser pago pelo usuário não compensará nem mesmo o custo do boleto, o qual
logicamente deverá ser de alguma forma compensado.
O terceiro aspecto relaciona-se com a definição dos valores da cobrança. Os
participantes afirmaram que essa atribuição é do comitê e esperam que o IGAM,
enquanto órgão gestor, respeite a autonomia de cada comitê não interferindo nessa
decisão. Da mesma forma, os participantes ressaltaram que nessa definição devem estar
previstos critérios para incentivar aqueles usuários que estejam realizando ações
benéficas para os recursos hídricos da bacia assim como para penalizar aqueles usuários
que estejam agindo de modo a prejudicar esses recursos. O quarto aspecto, por sua vez,
21
refere-se à necessidade da realização de uma mobilização social por parte do IGAM,
anteriormente à implementação da cobrança, a qual objetive conscientizar a população
da bacia sobre o fundamento desse instrumento, desmistificando a imagem de imposto
que ela possa vir a ter. Essa mobilização deve esclarecer inclusive, para essa mesma
comunidade, o que é um comitê e uma agência de bacia hidrográfica e quais são suas
funções, informações que, por sinal, ainda são bastante desconhecidas pela sociedade de
uma maneira geral.
O quinto aspecto levantado diz respeito às conseqüências da implementação da
cobrança. Segundo os participantes, a tendência é que, uma vez instituída, a cobrança
estimule o usuário a atualizar sua outorga conforme o volume de água por ele realmente
utilizado. Dessa forma, com o aumento da disponibilidade hídrica, mais usuários na
bacia poderão ter seus usos outorgados. Outra conseqüência esperada é o aumento da
participação nos comitês, principalmente do segmento de usuários que buscarão
defender seus interesses. Por fim, uma conseqüência também levantada foi uma
independência maior dos comitês da ajuda, financeira ou não, das empresas, o que até
hoje tem sido um fator de constrangimento para a autonomia do comitê enquanto órgão
de estado.
Conforme foi anteriormente enunciado, as temáticas específicas relativas à oficina
seriam trabalhadas nas dinâmicas 2 e 3. Os resultados dessas dinâmicas serão
apresentados a seguir.
3.2- Dinâmica 2: Proposta e Resultados
Para a realização da dinâmica 2, assim como no caso da dinâmica 1, havia sido
programada a formação de nove grupos, ficando cada um responsável por responder a
uma pergunta relacionada às agências de bacia hidrográfica e sua implementação no
Estado de Minas Gerais. Contudo, em decorrência do não comparecimento de todas as
pessoas convidadas, optou-se pela manutenção dos cinco grupos formados na dinâmica
1, tendo ficado quatro grupos responsáveis por responder a duas perguntas cada e um
grupo, por responder a apenas uma pergunta. Dessa maneira, foi concedido um intervalo
de tempo para que os grupos se reunissem e em seguida apresentassem o trabalho,
sendo finalizada a apresentação com um debate aberto a todos os participantes.
22
O Grupo 1 ficou responsável por responder a duas perguntas: O que é um comitê de
bacia, o que é uma agência e qual a relação entre ambos? e Como fazer para que todos
os CBHs sejam atendidos por agências? À primeira pergunta, o grupo respondeu de
forma bastante sintética, afirmando que o comitê é o parlamento e a agência, o seu
órgão executivo, estando a ele subordinada. Tal resposta afigura-se bastante pertinente,
haja vista estar harmonizada com as definições realizadas tanto pela legislação federal
quanto pela legislação estadual referente a agências. No debate que se seguiu, o próprio
relator do Grupo 1 levantou uma questão bastante relevante que diz respeito diretamente
à relação entre comitê e agência. Seu comentário fez referência à possibilidade de a
agência tornar-se tão ou mais forte do que o comitê em termos políticos, a ponto de, ao
invés de a agência servir ao comitê, este vir a transformar-se apenas numa mera
instância legitimadora daquela.
De fato, a preocupação desse participante é pertinente, uma vez que a agência, além de
possuir um corpo técnico especializado, também ficará responsável pela contratação de
serviços, obras e estudos programados para a bacia. O IGAM, enquanto órgão gestor,
entende que esse risco efetivamente pode existir. Entretanto, quanto mais ativo for o
comitê em termos de representatividade dos diversos segmentos, de participação e
debate dos seus membros, menor será esse risco de o comitê se converter em mera
instância legitimadora. É importante considerar que o comitê é, conforme a legislação
federal e a estadual, a instância competente para deliberar sobre qualquer questão
referente à bacia.
Em relação à segunda pergunta, não houve uma resposta que incidisse diretamente
sobre a pergunta, mas um levantamento de importantes diretrizes que devem ser levadas
em consideração no atendimento de vários comitês por uma mesma agência. Assim, o
grupo ressaltou que as diferenças geográficas existentes entre as bacias devem servir de
base para um planejamento harmônico que não despreze as especificidades de cada
bacia.
Coube ao Grupo 2 a resposta às seguintes perguntas: Como o grupo vê uma agência de
bacia estar em duas ou mais bacias de rios de domínio da União? e Cite no mínimo três
vantagens e três desvantagens de uma entidade ser agência de mais de um CBH?
23
Quanto à primeira pergunta, o grupo respondeu que essa é uma questão que exige dados
e estudos e, portanto, a princípio, não se pode fazer um julgamento positivo ou negativo
a seu respeito. Caberia, então, a cada comitê, munido dessas informações, responder
sobre como ele avalia o fato de uma agência atender a comitês de bacias hidrográficas
de diferentes rios de domínio da União.
No que se refere à segunda pergunta, as três vantagens que o grupo apresentou em
relação ao fato de uma mesma entidade ser agência de mais de um comitê são: ganho de
escala, viabilidade financeira e desenvolvimento regional. Com efeito, a viabilidade
financeira para a implementação de uma agência está atrelada aos custos de sua
manutenção, que, por sua vez, tendem a se reduzir com um número maior de comitês
atendidos. Isso diz respeito ao ganho de escala mencionado pelo grupo. Já a referência
ao desenvolvimento regional, também citado pelo grupo, é bastante pertinente, uma vez
que as particularidades regionais poderão ser, de alguma maneira, conjugadas e
potencializadas em um planejamento pela agência.
Quanto às três desvantagens, o grupo destacou as seguintes: risco de influência
financeira, risco de influência política e risco de influência institucional. Conforme foi
explicado acima, os riscos de influência tanto no comitê quanto na agência são reais.
Porém, caberá ao comitê, enquanto instância normativa e deliberativa, se precaver, com
mecanismos de participação democráticos que promovam e possibilitem um controle
social maior por parte de seus membros e da comunidade da bacia.
Ficou a cargo do Grupo 3 responder à seguinte pergunta: Como conseguir 100% de
recebimento na cobrança pelo uso da água? Ao formular essa pergunta, o IGAM queria
saber quais mecanismos poderiam ser criados para incentivar a adimplência dos
usuários em relação à cobrança. Contudo, alguns participantes interpretaram essa
pergunta como se sua intenção fosse consultar os participantes sobre como alcançar uma
cobrança universal, aplicada a todos os usuários da bacia, independentemente da
magnitude do uso que fazem da água. Obviamente, estarão excluídos da cobrança os
usos considerados insignificantes, ou seja, aqueles dispensados de outorga. Portanto,
caberá a cada comitê regulamentar, em sua área de jurisdição, a vazão máxima de água,
calculada em litros por segundo (l/s), considerada insignificante. Se o comitê entende
24
que em sua bacia todos os usos de recursos hídricos são significantes e devam ser
cobrados, essa vazão será considerada como de 0 litro por segundo.
Em relação aos mecanismos citados como capazes de incentivar os 100% de
adimplência na cobrança pelo uso de recursos hídricos, dois fatores foram citados como
principais. Primeiramente, foi destacada a importância de um cadastro de usuários
abrangente, de forma a se evitar que certos usuários deixem de pagar pelo uso que
fazem da água por não terem sido previamente cadastrados. A existência de usuários na
bacia que fazem uso dos recursos hídricos e não estão sendo cobrados, pelo fato de não
estarem incluídos no cadastro poderá comprometer a implementação da cobrança ao
desestimular o pagamento por parte de outros usuários. Uma estratégia citada por um
participante como forma de combater a inadimplência foi a instituição gradual da
cobrança, iniciando-se sua implementação pelos usuários de grande porte, como o setor
de saneamento, por exemplo, até se chegar ao usuário de pequeno porte, se for o caso de
se aplicar também a este a cobrança.
Outro mecanismo citado enfaticamente foi a realização de ações de educação ambiental,
com o intuito de esclarecer a finalidade educativa da cobrança, como instrumento de
gestão destinado a reconhecer a água como recurso natural limitado, dotado de valor
econômico, através do estabelecimento de um preço público a ser pago pela sua
utilização, de modo a promover o seu uso racional. Além disso, as ações de educação
ambiental deverão ressaltar que os recursos arrecadados serão aplicados
obrigatoriamente, na mesma bacia no financiamento das obras, serviços e estudos
previstos em seu plano diretor e necessários à melhoria da quantidade e da qualidade da
água. Sendo assim, essas ações educativas terão como objetivo desmistificar a idéia de
que a cobrança pelo uso dos recursos hídricos será mais um imposto a onerar os
usuários e de que o dinheiro arrecadado terá destino incerto, desvirtuando-se do seu fim
original. Nesse sentido, também é de vital importância ter transparência na aplicação
pela agência dos recursos arrecadados, traduzida numa ampla divulgação do que foi
executado.
Por fim, outras sugestões foram apresentadas pelos participantes no que toca aos
mecanismos para incentivar a adimplência dos usuários em relação à cobrança. Cabe
destacar as propostas que prevêem a aplicação dos recursos nas respectivas sub-bacias
25
onde foi executada a cobrança. A criação de estímulos como eco-crédito, que é uma
compensação financeira aos produtores rurais que preservam nascentes em suas
propriedades, e bônus para serem revertidos àqueles usuários que lançam no corpo de
água uma água com qualidade superior àquela captada também foram citados.
O Grupo 4 ficou incumbido de responder às seguintes perguntas: Qual é o corpo
técnico necessário para o funcionamento da agência e os critérios de seleção? e Qual
deve ser a estrutura da agência e os critérios de seleção de seus dirigentes?. Segundo o
grupo, a estrutura de funcionamento mínima para uma agência deve comportar uma
diretoria administrativa e uma diretoria técnica. A diretoria administrativa ficaria
responsável pelas funções contábeis, gerenciais e jurídicas da agência, enquanto a
diretoria técnica, composta por profissionais com formação específica na área ambiental
ou de recursos hídricos, cuidaria do acompanhamento dos projetos cuja execução ficaria
a cargo de terceiros. Nesse sentido, de acordo com o grupo, não é necessário possuir um
corpo técnico numeroso, o que inclusive sobrecarregaria a agência em termos
financeiros. Um participante de outro grupo propôs a inclusão de um setor de
comunicação social, por considerá-lo indispensável à estrutura de uma organização.
Quanto aos critérios de seleção, os currículos dos candidatos às vagas da agência seriam
submetidos à aprovação dos membros do comitê.
Em relação à estrutura da agência, o relator do grupo destacou a dificuldade de se
estabelecer de antemão qual seria a estrutura adequada para acomodá-la, mas
mencionou que o mínimo necessário seria uma estrutura compatível com as atividades
da agência, a qual deveria incluir desde um espaço físico suficientemente grande até
computadores com acesso à internet. É óbvio que as atribuições de uma agência,
conforme já foi citado anteriormente, incluem tanto atividades administrativas como
atividades finalísticas, que, por sua vez, exigem um instrumental tecnológico avançado,
cujo inventário ultrapassa em muito a simples necessidade de uma estrutura física
compatível e de certo número de computadores com acesso à internet. Quanto aos
dirigentes da agência, o grupo entendeu que a sua seleção pode se dar entre os próprios
componentes do comitê ou não, através da análise de currículos, observando-se sempre
a necessidade de se dar a devida publicidade ao ato. Um participante de outro grupo
criticou o critério baseado na análise de currículos por considerar que um dirigente pode
26
ser, por exemplo, um produtor rural e não necessariamente um técnico ou especialista
na área.
Por fim, cumpre relatar os resultados do Grupo 5, que ficou encarregado de responder às
seguintes perguntas: Qual deve ser o papel do IGAM na implementação da cobrança
pelo uso da água no Estado de Minas Gerais? e Como o grupo imagina a forma de
arrecadação e a forma de disponibilização dos recursos provenientes da cobrança?.
Quanto à primeira pergunta, o grupo enfatizou que o primeiro papel do IGAM,
enquanto órgão gestor, é prestar apoio técnico, econômico e político aos comitês de
bacia hidrográfica, conferindo a cada um tratamento compatível com suas necessidades
e com o estágio em que se encontra a implementação dos instrumentos de gestão na
respectiva bacia. O segundo papel atribuído ao IGAM foi o de parceiro dos comitês de
bacia hidrográfica, auxiliando-os na superação das suas dificuldades. O grupo ressaltou,
nesse sentido, que não cabe ao IGAM executar tudo o que diga respeito à gestão dos
recursos hídricos, mas atuar como parceiro dos comitês na condução desse processo.
No que se refere à segunda pergunta, o IGAM objetivava suscitar no grupo e nos
demais participantes uma reflexão sobre como seria o sistema de arrecadação e de
disponibilização para as agências dos recursos arrecadados com a cobrança, pelo fato de
essa sistemática ainda estar se estruturando no Estado. Contudo, a interpretação que o
grupo fez da pergunta foi no sentido de como os recursos seriam distribuídos
prioritariamente dentro da bacia. Sendo assim, o grupo entendeu que, no plano diretor
de cada bacia, devem estar previstos os critérios para alocação dos recursos, não
cabendo nem sendo possível enumerá-los naquele momento devido à sua complexidade.
3.2- Dinâmica 3: Proposta e Resultados
Diferentemente das dinâmicas anteriores, nas quais os grupos formados contavam com
membros de comitês diversos, na dinâmica 3, os participantes preferiram se agrupar por
bacias de rios de domínio da União. Dessa forma, o grupo1 reuniu representantes das
bacias do rio Doce, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, e Mucuri, o grupo 2, representantes
da bacia do rio São Francisco (exceto as UPGRHs dos rios Paracatu e Urucuia), o grupo
3, representantes da bacia do rio Paranaíba e das UPGRHs do rio Paracatu e Urucuia e o
grupo 4, representantes da bacia do rio Grande.
27
O grupo 1 se autodenominou como bacia do Leste de Minas, que abrangeria os comitês
do rio Doce, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Mucuri. Esse grupo considerou precoce o
debate sobre cobrança e agência de bacia na região abrangida pelos comitês referidos,
por entender que existe a necessidade de esses comitês primeiramente se reestruturarem,
assim como se implementarem outros instrumentos de gestão. Dessa forma, o grupo
concebe como mais pertinente a implantação de um escritório técnico do IGAM na
região mencionada que pudesse atender especificamente esses comitês. O grupo,
portanto, preferiu se abster desse exercício de simulação de áreas de abrangência das
agências em Minas Gerais, mas não desconsiderou pertinente a apresentação de
propostas pelos demais grupos.
O grupo 2 consensuou em torno da seguinte proposta, integrando as unidades nas
hipóteses abaixo:
1ª) DO1, DO2, DO3, DO4, DO5 e DO6;
2ª) GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6 e GD7;
3ª) GD8, PN1, PN2 e PN3;
4ª) SF1, SF2, SF3 e SF4;
5ª) SF5, SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10;
6ª) JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1 e SM1.
O relator do grupo enfatizou que a insustentabilidade econômica e financeira
apresentada por essa última proposta de integração não deve ser objeto de
reagrupamento dessas unidades de planejamento, cabendo unicamente ao Estado a
responsabilidade por garantir a implementação e o funcionamento dessa agência,
através de subsídio efetuado com recursos governamentais.
Um representante da bacia do rio Jequitinhonha presente na oficina considerou tal
proposta excludente, manifestando seu descontentamento em relação a ela e seu desejo
de que as unidades excluídas sejam de fato integradas em propostas sustentáveis e não
apenas relegadas como uma questão a ser resolvida pelo poder público. O IGAM
entende, amparado na legislação pertinente, que a inclusão de todas as unidades de
planejamento em hipóteses de integração sustentáveis é desejável para a gestão de
28
recursos hídricos. Quanto às demais sugestões de integração apresentadas pelo grupo,
cabe ressaltar que, no caso das unidades da bacia do rio Paranaíba e UPGRH GD8, já
existe uma discussão avançada entre esses comitês visando essa integração, o mesmo
acontecendo no caso das unidades do rio Paraíba do Sul em relação à AGEVAP. O
mapa que resultou da proposta do grupo 2 é o seguinte:
Mapa 1- Proposta do Grupo 2.
grupo 3 apresentou duas propostas de integração. A proposta de integração realizada
pelo grupo 3 sugere a implementação de quatro agências que correspondem a quatro
hipóteses de integração das UPGRH´s:
1ª) GD8, PN1, PN2, PN3, SF4, SF7 e SF8;
2ª) GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7, PJ1, SF1, SF2 e SF3;
3ª) JQ1, JQ2, JQ3, PA1, SF5, SF6, SF9 e SF10;
4ª) DO1, DO2, DO3, DO4, DO5, DO6, MU1, PS1, PS2 e SM1.
Segue o mapa da proposta 1 apresenta pelo Grupo 3:
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Mapa 2 – Proposta 1 do grupo 3.
A segunda proposta, por sua vez, prevê a implementação de cinco agências e cinco
hipóteses de integração correspondentes:
1ª) PN1, PN2 e PN3;
2ª) GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7, GD8 e PJ1;
3ª) SF1, SF2, SF3, SF4, SF6, SF7, SF8;
4ª) JQ1, JQ2, JQ3, MU1, PA1, SF5, SF9 e SF10.
5ª) DO1, DO2, DO3, DO4, DO5, DO6, PS1, PS2 e SM1.
Ambas as propostas foram bem acolhidas pelos participantes da oficina.
Particularmente, apesar de algumas ressalvas, a primeira proposta foi bastante elogiada,
tendo sido considerada, entre todas as propostas, a que melhor conjugou as variáveis
envolvidas no processo de integração simulado. Merece destaque o tratamento
conferido às UPGRHs que apresentam problemas de sustentabilidade, que são as
unidades da bacia do rio Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus e Pardo. Nas duas
propostas, essas unidades foram agrupadas em torno de hipóteses viáveis de integração,
tendo sido muito bem aceitas pelos participantes em geral.
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Segue o mapa da proposta 2 apresentada pelo grupo 3:
Mapa 3 – Proposta 2 do grupo 3.
O grupo 4 finalizou a dinâmica apresentando a seguinte proposta, integrando as
unidades nas hipóteses abaixo:
1ª) GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6 e GD7;
2ª) PN1, PN2, PN3 e GD8;
3ª) SF1, SF2, SF3, SF4, SF5 e SF6;
4ª) SF7, SF8, SF9 SF10, PA1, JQ1, JQ2 e JQ3;
5ª) DO1, DO2, DO3, DO4, DO5, DO6, PS1, PS2, SM1 e MU1.
Na apresentação dessa proposta, o grupo fez questão de frisar que ela não foi elaborada
com base na realidade do Estado como um todo, mas a partir das peculiaridades da
região do rio Grande, à qual pertencem os integrantes do grupo. Só foi excluída a
UPGRH GD8, que, de acordo com o grupo, deveria ser integrada às UPGRHs do rio
Paranaíba justamente por já haver um posicionamento favorável dos respectivos comitês
em relação a essa integração. O mapa que resultou da proposta do grupo 4 é o seguinte:
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente Relatório teve por objetivo apresentar uma síntese das palestras, dinâmicas
de grupo e debates ocorridos entre os participantes da 1ª Oficina para Implementação
de Agências de Bacia Hidrográfica e Entidades Equiparadas no Estado de Minas
Gerais. Nessa última seção, são comentadas brevemente as principais idéias, críticas,
dúvidas e sugestões surgidas ao longo do evento em relação ao tema tratado.
Preliminarmente, deve ser feita uma observação crucial. Essa oficina não teve, de forma
alguma, um caráter deliberativo. Os participantes presentes ao evento, embora tenham
sido indicados para representar seus respectivos comitês e comissões de bacias
hidrográficas, não possuíam delegação para tomarem quaisquer decisões. O objetivo da
Oficina, portanto, foi basicamente o de promover uma discussão a respeito das variáveis
envolvidas na implementação das agências de bacias e entidades equiparadas em Minas
Gerais, almejando, assim, contribuições que possam subsidiar futuramente tomadas de
decisão por parte do Estado, possibilitando a viabilização de agências de bacia
sustentáveis.
Além de ter sido uma demanda do próprio Fórum Mineiro de Comitês de Bacias
Hidrográficas, a realização da Oficina também visou atender ao que está disposto na lei,
principalmente em relação aos estudos técnicos, econômicos, políticos e financeiros do
IGAM sobre as áreas de abrangência dessas agências, cujo processo de implementação
deve contar com ampla participação dos Comitês de Bacias Hidrográficas, conforme
prevê o artigo 7º da DN 19/2006.
Ainda que a Oficina não tivesse o objetivo de fomentar uma deliberação, era de suma
importância o comparecimento a esse evento de representantes de todas as bacias
hidrográficas do Estado que pudessem contribuir com o debate, apresentando as
particularidades, expectativas e interesses de suas respectivas regiões com relação ao
tema. Infelizmente, alguns comitês e comissões deixaram de enviar representantes e sua
presença fez falta em determinados momentos na Oficina. Na Dinâmica 3, por exemplo,
foram realizadas simulações de áreas de abrangência das agências e pôde-se notar entre
os participantes certa postura de indiferença em relação àquelas bacias com baixo
33
potencial de arrecadação e que eram justamente as regiões com menor índice de
representação no evento. Assim, nos exercícios de simulação, verificou-se uma
tendência de exclusão dessas bacias dos mapas de abrangência das agências, de modo
que ficaria a cargo do poder público o custeio das agências que eventualmente as
atendesse. Se não fosse a intervenção de um representante de comitê da bacia do Rio
Jequitinhonha, que se posicionou contrariamente a esse pensamento, talvez tal
indiferença e exclusão pudessem passar despercebidas.
Outra consideração importante que pode ser extraída da Dinâmica 3 diz respeito aos
entendimentos gerados pelos participantes no exercício de simulação de área de
abrangência das agências. Munidos de dados sobre os custos de manutenção de uma
agência, os participantes foram capazes de criar e propor hipóteses viáveis de integração
para as UPGRHs. Conforme já foi relatado no segundo capítulo, uma das propostas
apresentadas pelo grupo 3, que sugeriu a criação de quatro agências de bacias e suas
respectivas áreas de abrangência no Estado, foi a mais bem aceita pelo público presente.
Todavia, é oportuno lembrar que os participantes apenas simularam hipóteses, não
podendo ser atribuído aos resultados obtidos qualquer tipo de validade oficial.
Uma questão fundamental levantada na Oficina e para a qual ainda não se tem uma
idéia consensuada refere-se à estrutura ideal de uma agência, ou seja, qual agência que
queremos?. Mais uma vez, as únicas referências que nos servem como parâmetros são
as entidades delegatárias existentes, em âmbito federal: a AGEVAP e AGÊNCIA PCJ.
Baseando-se nos custos anuais dessas entidades, podem ser feitas previsões de qual será
o custo para implementação e manutenção de agências de bacia em Minas Gerais, mas
não se pode afirmar que esses modelos existentes de agências são os melhores modelos
para nosso Estado. De qualquer forma, conhecer a experiência dessas duas entidades é
elementar para o aprimoramento de nossos conhecimentos.
Portanto, como possibilidade de pauta da próxima Oficina, prevista para fins de agosto
desse ano, o IGAM convidará representantes dessas duas entidades para que eles
possam expor a experiência de cada uma. Outro tema para a pauta seria a discussão
sobre a necessidade ou não de se alterar a Deliberação Normativa CERH-MG 19/2006
no que tange às hipóteses previstas de integração das UPGRHs.
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Por fim, cabe comentar que a Oficina teve uma avaliação positiva por parte dos
participantes, que a consideraram, de uma maneira geral, bastante produtiva e
enriquecedora. Alguns representantes declararam publicamente que o evento estava
dando um novo estímulo aos comitês de bacia hidrográfica.
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ANEXO I – UPGRHs E COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA
DO1: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga DO2: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba DO3: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio DO4: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí DO5: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga DO6: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu.
GD1: Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto rio Grande GD2: Comissão Pró-Comitê das Bacias dos Rios das Mortes e Jacaré GD3: Comitê da Bacia Hidrográfica do Entorno do Reservatório de Furnas GD4: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Verde GD5: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí GD6: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Mogi-Guaçu/Pardo GD7: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande GD8: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Baixo Rio Grande
JQ1: Comissão Pró-Comitê do Alto Rio Jequitinhonha JQ2: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araçuaí JQ3: Comissão Pró-Comitê do Médio e Baixo Rio Jequitinhonha
MU1: Comissão Pró-Comitê do Rio Mucuri.
PA1: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mosquito
PN1: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Dourados PN2: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari PN3: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Baixo Rio Paranaíba
PS1: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Preto e Paraibuna PS2: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Pomba e Muriaé
SF1: Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Rio São Francisco SF2: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará SF3: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba SF4: Comitê da Bacia Hidrográfica do Entorno da Represa de Três Marias SF5: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas SF6: Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Jequitaí e Pacuí SF7: Comitê da Sub-bacia Hidrográfica Mineira do Rio Paracatu SF8: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urucuia SF9: Comissão Pró-Comitê dos Rios Pandeiros e Calindó SF10: Comissão Pró-Comitê dos Afluentes Mineiros do Rio Verde Grande. SM1: Comissão Pró-Comitê do Rio São Mateus
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ANEXO II - RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES E RESPECTIVOS ENDEREÇOS ELETRÔNICOS
ALDA MARIA SILVA DE SOUZA (SF9) secagri@edlsf.com.br ALICE LORENTZ DE FARIA GODINHO (MU1) alicelorentz@uol.com.br ALLAN KARDEC CAPRONI (SF8) ANTÔNIO MILITINO PEDROSO JÚNIOR (GD1) optasjdr@yahoo.com.br BENITO MARANGON (IGAM) benito.marangon@igam.mg.gov.br CANTÍDIO CARLOS FRANÇA FERREIRA (DO4) srgoval@veloxmail.com.br CARLOS ALBERTO RODRIGUES (GD3) carlinho@furnas.com.br CARLOS AUGUSTO CARVALHO (SF4) blackemater@bol.com.br CELCIMAR BORGES ANDRADE (PN3) CLEIDE IZABEL PEDROSA DE MELO (IGAM) dg@igam.mg.gov.br DEUSELES JOÃO FIRME (DO2) deuseles.firme@cenibra.com.br DIRCEU DE OLIVEIRA COSTA (SF1) dirceupains@yahoo.com.br EDMAR PEREIRA DA SILVA (MU1) edmar.silva@copasa.com.br FÁBIO SANTOS DUTRA (SF3) fabiosd@petrobras.com.br FAUSTO COSTA (GD3) faustocosta.alfenas@uol.com.br FERNANDA MAIA (SF7) adesp@ada.com.br FERNANDO OTÁVIO COELHO (GD2) fcoelho@ufsj.edu.br FRANCISCO ANTÔNIO ROMANELLI (GD4) faromanelli@gmail.com GERALDO CARLOS GOMES (SF3) gcarlosg@oi.com.br GERALDO JOSÉ DOS SANTOS (IGAM) geraldo.santos@yahoo.com.br GHIARONI GREGÓRIO RIOS (SF3) ghiaroni@yahoo.com.br HAMÍLTON DA PENHA LAGE SILVA (DO3) cbhsantoantonio@yahoo.com.br HILDA DE PAIVA BICALHO (SF5) ISAURA PAIXÃO (DO6) sindicatormanhuacu@microplan.com.br JOSÉ ADALBERTO DE REZENDE (DO2) joseadalberto@amapi_mg.org.br JOSÉ ALEXANDRE CORRÊA RIBEIRO (GD5) alx.ribeiro@gmail.com JOSÉ AMÉRICO CARNIEL (SF7) quatrogeracoes@hotmail.com JOSÉ ÂNGELO PAGANINI (DO2) jpaganini@relictos.org.br JOSÉ DO ROSÁRIO COIMBRA (DO2) coimbrastop@yahoo.com.br JOSÉ ESTEVAM DA SILVA (DO3) cbhsantoantonio@yahoo.com.br JOSÉ MARIA COUTO LACERDA (SF7) entreribeiros@bol.com.br JUAREZ DE MELO SOUTO (SF8) JUELI CARDOSO JORDÃO (SF7) juelicardoso@uai.com.br JOSÉ BERNARDINO RIOS JÚNIOR (GD3) riosjr@uai.com.br JOSÉ NÉLSON DE ALMEIDA MACHADO (SF5) jnam@uai.com.br KARINA PINHEIRO (PS2) kacpomba@uai.com.br LEOCÁDIO ALVES PEREIRA (PN2) leocadiopereira@yahoo.com.br LUÍZA DE MARILLAC M. CAMARGOS (IGAM) luiza.marillac@igam.mg.gov.br MANOEL OTONI NEIVA (PS2) moneiva@cataguazes.com.br MÁRCIA VIANA LISBOA MARTINS (GD5) marciama@feg.unesp.br MÁRCIO ANDRÉ OLIVEIRA SANTOS (IGAM) marcio.oliveira@igam.mg.gov.br MÁRCIO PASSOS RIBEIRO SILVA (SF9) marciopassos@viasat.ws MARIA DE FÁTIMA CASTRO PAIXÃO (DO1) fatima-piranga.cbh@bol.com.br MARÍLIA CARVALHO DE MELO (IGAM) marilia.melo@igam.mg.gov.br MAURO DA COSTA VAL (SF3) mcostaval@uol.com.br PAULO ROBERTO VIEIRA CORREIA (DO6) paulorvcorreia@yahoo.com.br
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PEDRO FÉLIX IASBIK (JQ2) pedro.iasbik@arcelor.com.br PETYSLEYANO DE SOUZA RIBEIRO (DO6) petsleyano@yahoo.com.br REGINA GRECO (SF2) cbhpara@uol.com.br RENATA MARIA DE ARAÚJO (IGAM) renata.araujo@igam.mg.gov.br RENATO DE OLIVEIRA AGUIAR (GD5) renatoaguiar@yahoo.com.br ROBERTO SOARES NOGUEIRA (SF2) cbhpara@uol.com.br ROGÉRIA MARA LOPES ROCHA (DO3) rogeriarocha@hotmail.com ROGÉRIO CHAVES (SF1) chasrogerio@yahoo.com.br SÉRGIO GUSTAVO REZENDE LEAL (IGAM) sergio.leal@igam.mg.gov.br SÍLVIA FREEDMAN RUAS DURAES (SF4) silviaruas@redelago.com.br SÍLVIO MARTINS DE OLIVEIRA (JQ3) smoliveira2008@yahoo.com.br SIRLÉIA MÁRCIA DE OLIVEIRA DRUMOND (SF6) sirleiamarcia@yahoo.com.br THAÍS FERREIRA MARTINS (IGAM) thais.ferreira@igam.mg.gov.br TÚLIO BAHIA ALVES (IGAM) tulio.bahia@igam.mg.gov.br VINÍCIUS MARTINS FERREIRA (GD1) vocorocas@yahoo.com.br ZENÓBIO FÉLIX PEREIRA (JQ3) felizprev@bol.com.br WÍLSON SHIMIZU (PN2) cbh@cbharaguari.com.br
ANEXO III – DEMANDAS DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁF ICAS
TABELA I – DEMANDAS – CBHs
UPGRHs / Prioridades
Cadastro de usuários
Apoio a projetos FHIDRO
Sistema de Informações
Plano Diretor
Apoio Financeiro /
técnico
Cobrança e Agências de
Bacia
Estruturação de câmaras técnicas
SF2 X XSF4 X X X X XSF5 X X XSF6 X X X XSF7 X X X XDO1 X X X X X XDO2 X XDO4 X X XGD1 XGD5 X
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