relação família escola

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família - escola

Relação

Joaquim Colôa

Ano 2004

A evolução

•Deixaram de ser considerados

responsáveis pelos problemas dos

filhos para serem considerados como

recurso e ajuda, desempenhando um

papel positivo.

(Pereira, 2000)

A evolução

(Pereira, 2000)

•Deixaram de ser vistos como

desempenhando papéis secundários e

passivos para passarem a desempenhar um

papel determinante no processo educativo.

A evolução

(Pereira, 2000)

•O desenvolvimento e a educação

deixaram de se centrar exclusivamente na

díade mãe-criança para se centrarem no

contexto familiar alargado e, este, no

contexto social em geral.

A evolução

(Pereira, 2000)

•a família deixou de ser vista pelos

profissionais como entidade abstracta,

passando a ser entendida como uma

entidade concreta e individual, com as suas

características específicas;

A evolução

(Pereira, 2000)

•As famílias deixaram de ser consideradas

como "patológicas" ou "perturbadas",

passando a ser simplesmente consideradas

como famílias que, como todas as outras, se

confrontam com factores adicionais de

"stress".

O impacto na família...

“Podem criar dificuldades no quotidiano

familiar, devido à falta de autonomia da

criança, decorrente do tipo de

deficiência.”

Madureira e Leite , 2003

O impacto na família...

“Podem implicar uma diminuição do

nível de vida, devido aos custos de saúde,

terapia e educação que a criança requer.”

Madureira e Leite , 2003

O impacto na família...

“Podem causar problemas de isolamento

da família, devido às dificuldades de

mobilidade das crianças pelas

caracter´siticas da deficiência.”

Madureira e Leite , 2003

O impacto na família...

“Podem criar problemas emocionais em

um ou vários dos elementos da família.”

Madureira e Leite , 2003

Estádios da relação parental

Comportamentos /sintomas

Vergonha, culpa,

sobrecompensação, saltar de

médico em médico

Projecção da revolta na

escola, nos familiares ou

parentes

Adiar a aceitação do

inevitável

Trabalhar com determinação

Comportamentos do

professor

Escuta activa e aceitação

Trabalho em conjunto

Mostrar tolerância

Ocupar pai/mãe

Providenciar tarefas em que

a criança tenha sucesso

Compreensão empática

Ajudar os pais a aceitar os

sentimentos como normais

Choque,

Negação,

pânico

Raiva

Ressentimento

Negação

Exigência

(Correia, 2003 )

Estádios da relação parental

Comportamentos /sintomas

Que adianta esforçar-me!

Incapacidade

Tristeza pela perda do filho

idealizado

Percepção de que se pode

fazer algo

Adaptações do estilo de vida

Vontade do envolvimento

activo

Comportamentos do

professor

Focar os aspectos positivos

Assegurar os sucessos nos

momentos educativos

Referir o aconselhamento

profissional

Apoio por parte de outros

pais

Ensinar novas estratégias

Elogiar os pais

Depressão

Desânimo

Aceitação

(Correia, 2003 )

O devemos tentar compreender...

“As características da criança ou jovem

com necessidades especiais (o tipo e grau

do problema ou deficiência e as

implicações destes na autonomia pessoal.”

Madureira e Leite , 2003

O devemos tentar compreender...

“As características de cada família

(estrutura, tipo de interacções, condições

sócio económicas e culturais.”

Madureira e Leite , 2003

O devemos tentar compreender...

“A idade do elemento com necessidades

especiais (a qual dá origem a diferentes

preocupações familiares, consoante o ciclo

de vida).”

Madureira e Leite , 2003

O devemos tentar compreender...

“A aceitação e apoio informal com a

família conta no meio em que se insere.”

Madureira e Leite , 2003

A família é diferenciada

A nossa forma de reagir deve

tomar formas consoante os sonhos

e as experiências de cada um...

Que tipo de suporte

•Suporte relacional- quantidade e

qualidade de relações sociais.

•Suporte estrutural- características das

redes sociais de apoio.

Que tipo de suporte

•Suporte funcional- fonte, tipo,

quantidade e qualidade do apoio.

•Suporte constitucional- conjunto de

necessidades sentidas, recursos

disponíveis e congruência entre uns e

outros.

Que tipo de suporte

•Nível de adequação do suporte -

medida em que o apoio é sentido útil e

satisfatório.

Necessidades nos primeiros anos...

Obtenção de um diagnóstico correcto.

Conhecer serviços de orientação e

encaminhamento.

Madureira e Leite , 2003

Necessidades nos primeiros anos...

Reestruturação da vida quotidiana.

Aceitação por parte de todos os

elementos da família e saber lidar com os

medos e concepções erróneas sobre a

deficiência.

Madureira e Leite , 2003

Necessidades na idade escolar...

Adaptação às implicações educativas.

Estabelecer rotinas nas funções

familiares, em casa e tendo em conta as

muitas deslocações que os vários tipos de

atendimento requerem.

Madureira e Leite , 2003

Necessidades na adolescência...

Encarar todos os problemas normais

desta fase (isolamento e afastamento dos

pares, problemas emocionais,..).

Procura de encaminhamento vocacional

e/ou profissional.

Madureira e Leite , 2003

Necessidades na vida adulta...

Encarar o futuro tanto profissional,

pessoal como social.

Quando existe dependência acentuada é

necessário planear atendimento para

quando os pais já não conseguirem apoiar.

Madureira e Leite , 2003

Porquê trabalhar com a família

não vê

não vê

não vê

não vê

Família

Escola

Como iniciar a relação...

Partir das faixas de convergência e tentar

alargá-las.

Superar as divergências e transformá-las

num factor enriquecedor para todos, pela

tolerância e aceitação mútua.

Perspectiva ecossistémica da família

FAMÍLIA = SISTEMA

Perspectiva ecossistémica da família

• É um todo organizado de elementos

interdependentes.

• Estes membros têm padrões de

interacção circulares e não lineares.

Perspectiva ecossistémica da família

• Tem características homeostáticas que

mantêm a estabilidade dos seus padrões

interactivos (regularidade e

previsibilidade).

Perspectiva ecossistémica da família

•A evolução e a mudança são inerentes ao

sistema familiar.

•O sistema familiar é composto por sub-

sistemas, separados e governados por leis

e padrões interactivos próprios.

Normalmente quando se encontram

Primeiro dia

Reuniões

de pais

Festas

Contactos

formais

Ouvintes e intervenientes

Espectadores

Que obstáculos

Técnicos – o professor se assume-se como

detentor de um maior conhecimento dos

processos de desenvolvimento do indivíduo.

Este facto traduz muitas vezes uma “relação

agressiva e/ou paternalista no acolhimento das

famílias sem abrir mão do seu papel de perito

e hierarquicamente dominador.

(Guerra, 1985)

Que obstáculos

Morais – a casa, a família são encarados

como parceiros inferiores no processo

educativo, frequentemente com

influências prejudiciais.

(Guerra, 1985)

Que obstáculos

Sociais – descrença nas vantagens do

envolvimento parental. Há como que um

receio de perca de “poder”. Denota-se o

receio de os pais poderem vir a

“controlar” a actividade dos docentes.

(Guerra, 1985)

Modelos de envolvimento

Centrado no profissional

Modelos de envolvimento

Aliado à família

Modelos de envolvimento

Focado na família

Modelos de envolvimento

Centrado na família

Facilitadores da interacção

•Clima aberto e amistoso, onde são

facilitados sem serem forçados, tanto ao

nível físico e psicológico o encontro entre

pais e professores.

(Henderson, 1987)

Facilitadores da interacção

•Existência de comunicação frequente e

bilateral, de modo a que a informação

seja variada e circule nos dois sentidos.

(Henderson, 1987)

Facilitadores da interacção

•Interagir com pais enquanto parceiros

do processo educativo, de modo a que os

pais se impliquem activa e positivamente

na dinâmica da escola (vivenciando os

seus problemas e as suas alegrias).

(Henderson, 1987)

Facilitadores da interacção

•Existência por parte dos órgãos de

gestão e administração de uma

verdadeira consciencialização das

práticas de envolvimento parental.

Criando e activando os recursos

possíveis para uma boa colaboração.

(Henderson, 1987)

Facilitadores da interacção

•Encorajar o envolvimento parental,

utilizando para isso vários recursos que

disponibiliza com vista a motivar pais e

professores de forma voluntária ao

diálogo.

(Henderson, 1987)

O desafio...

Crianças

filhos/alunos

Princípios base de actuação...

.Comunicação eficiente com os pais٭

Gestão da comunicação de forma٭

sensível, clara e com base na

informação.

(Hoog, Britton & lambe)

Princípios base de actuação...

Comunicação factual, honesta, realista٭

e positiva.

Comunicação compreensível para todos٭

os pais.

(Hoog, Britton & lambe)

Princípios base de actuação...

.Comunicação verbal e escrita٭

Utilização de uma gama variada de٭

estratégias de comunicação.

(Hoog, Britton & lambe)

Facilitadores da interacção

Cooperação entre família e escola

Implica caracterizar:

•Código;

•Habitatus familiar;

•Capital cultural;

•Etc.

•Fazer ideia precisa de cada um;

•Fazer sobressair os sub-grupos;

•Evidenciar sentimentos sócio-culturais;

•Elucidar o problema sempre complexo

da intersubjectividade

A interacção

“Todas as famílias têm competências, mas em

certas situações, ou não as sabem utilizar

actualmente, ou não sabem que as têm, ou estão

impedidas de as utilizar por diferentes razões”.

(Ausloos, 1996)

A interacção

“As famílias sabem, mas não sabem que

sabem e não sabem o que sabem”.

(Ausloos, 1996)

A família na escola...

Área Tipo Foco

Concreto e

prático

Ajuda básica na

aprendizagem;

obtenção de fundos e

apoio, competências

práticas, reuniões

sociais, etc.

Sala de

aula e

escola

(Wolfendale, 1993)

A família na escola...

Área Tipo Foco

Pedagógica e

resolução de

problemas

Projecto e planeamento de

disciplinas; co-orientação da

aprendizagem baseada na escola

e em casa (necessidades de

educação geral, apoio

pedagógico e de educação

especial); discussão do progresso

baseado no trabalho escolar.

currículo

(Wolfendale, 1993)

A família na escola...

Área Tipo Foco

Política

e governação

Tomada de decisão

na educação; os pais

como parceiros na

decisão.

Escola como

instituição

(Wolfendale, 1993)

A família na escola...

Área Tipo Foco

Comunitário

Grupos de pais e

crianças (sessões

experimentais,

classes, cursos,

conversas,

demonstrações).

Escola e

comunidade

(Wolfendale, 1993)

A escola na família...

Área Tipo Foco

informação

Comunicação oral e

escrita (cartas relatórios,

boletins, folhetos, sistemas

de revisão e registo).

Casa e

pais

(Wolfendale, 1993)

A escola na família...

Área Tipo Foco

Apoio

Visitas a casa (consulta, conselho,

incentivar relações); partilhar

informação, discussão do

progresso da criança.

Casa e

família

(Wolfendale, 1993)

A escola na família...

Área Tipo Foco

instrução

Apoio educativo domiciliário

(deficiência, nee, situações de

desvantagem, pré-escolar),

etc.

Casa,

criança e

pais

(Wolfendale, 1993)

A escola na família...

Área Tipo Foco

Representação

Introdução pelas escolas

no resto da comunidade

(partilha de recursos,

empréstimo de recursos,

local para encontros

locais, local privilegiado

para ensino cooperativo.

Casa e

comunidade

(Wolfendale, 1993)

Planificar os contactos...

“(...) preparação prévia e integrada em parte

para evitar a adopção entusiasta mais

precipitada dos esquemas de envolvimento dos

pais que não assentam em sistemas de

planeamento, execução, gestão e avaliação”.

(Wolfendale, 1993)

Planificar os contactos...

Porquê?

Quais os objectivos que estão subjacentes

e motivam o estabelecer do contacto com

os pais.

Planificar os contactos...

Para quê?

Quais os conteúdos que se pretende

transmitir explícita ou implicitamente na

mensagem.

Planificar os contactos...

Como?

Que tipo de contacto será benéfico para a

situação, quais os métodos e estratégias a

utilizar.

Planificar os contactos...

Com o quê?

Quais os meios / recursos disponíveis para

facilitar o envolvimento dos pais na

escola.

Planificar os contactos...

Convocatória

Indicação da hora;

Duração prevista;

Assuntos a tratar;

Indicação dos intervenientes

Planificar os contactos...

Preparação prévia

Defina claramente a finalidade da reunião;

Reveja os registos das crianças, para obter uma segura e

rigorosa informação geral;

Organize a informação a apresentar aos pais de uma forma

sistemática;

Prepare uma lista de perguntas a fazer aos pais;

Preveja as perguntas dos pais;

Prepare um ambiente confortável e informal, livre de

interrupções.

Planificar os contactos...

Linguagem a utilizar

Clara;

Precisa;

Adequada aos intervenientes.

Planificar os contactos...

Recepção dos intervenientes

Apresentação;

Cuidar a sua integração;

Ter em atenção a relação espaço /nº de intervenientes;

Disposição em U ou mesa redonda, de modo a evitar

lugares de destaque.

Planificar os contactos...

Dinamização

Incentive a participação de todos os intervenientes;

Facilite a comunicação;

Conduza uma solução correcta, fruto do consenso da

maioria.

Planificar os contactos...

Estabelecer / manter a comunicação

Crie uma atmosfera amigável e informal;

Mantenha uma atitude positiva;

Use uma linguagem que seja compreendida;

Esteja disposto a escutar os pais;

Seja honesto e sincero;

Não denuncie confidências.

Planificar os contactos...

Compartilhar informação

Comece por descrever os aspectos positivos;

Descreva de forma positiva e com tacto, as áreas que

precisam de ser melhoradas;

Encoraje os pais a participar na reunião;

Seja prudente a dar conselhos.

Planificar os contactos...

Planear contactos futuros

Comece a última fase da reunião com um breve

resumo;

Reveja com os pais as suas notas da reunião;

Termine a reunião com uma conclusão positiva;

Obtenha a aprovação dos pais para acções futuras.

Planificar os contactos...

Deve evitar

Colocar os pais na defensiva sobre qualquer assunto;

Falar sobre outras crianças e/ou comparar umas com

as outras;

Falar sobre outros professores, a não ser que as

observações sejam lisonjeiras;

Fazer comentários depreciativos sobre a orgânica e

direcção da instituição.

Planificar os contactos...

Deve evitar

Discutir com os pais;

Privar os pais da palavra;

Interromper os pais para fazer prevalecer o seu ponto

de vista;

Exigir demasiado de um pai que não está preparado

para compreender.

Planificar os contactos...

Deve evitar

Fazer perguntas aos pais que os possam embaraçar;

Fazer perguntas por mera curiosidade;

Repetir, após a reunião, qualquer informação

confidencial que voluntária ou involuntariamente, lhe

tenham fornecido.

Pretendemos criar seres...

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