relação de trabalho

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Direito do TrabalhoTexto ComplementarRelação de Trabalho

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  • Disciplina: Direito do Trabalho

    Texto Complementar

    Relao de Trabalho

    - Objetivo desta leitura

    1. Proporcionar aos estudantes do curso de Administrao de Empresas noes bsicas sobre as relaes de trabalho e a legislao trabalhista;

    2. Auxiliar o estudante na compreenso das regras que regem as relaes de trabalho e emprego; 3. Facilitar o estudo do Direito do Trabalho.

    - Com isso voc ser capaz de (habilidades desenvolvidas):

    1. Diferenciar as relaes de trabalho das relaes de emprego; 2. Conhecer as regras que envolvem as relaes de trabalho; 3. Identificar uma relao de trabalho eventual. 4. Analisar as caractersticas de uma relao de trabalho.

    Fonte: www.tst.jus.br

    Diaristas tambm buscam garantia de direitos

    Os trabalhadores domsticos no subordinados so conhecidos como diaristas porque no trabalham de forma

    contnua, todos os dias, para o mesmo empregador, como o empregado domstico. So eles que determinam os

    dias em que iro trabalhar e o valor das dirias, que recebem ao fim do dia trabalhado. O fato de poderem

    trabalhar para vrios empregadores, numa relao autnoma, os difere do empregado domstico subordinado.

    O presidente do Instituto Domstica Legal, Mrio Avelino, estima a existncia de dois milhes de diaristas no

    Brasil, sendo que apenas 500 mil contribuem para a Previdncia Social. A informalidade da maioria das

    relaes desse tipo acaba dificultando a garantia de direitos mnimos.

    Projeto de lei

    Um projeto de lei do Senado (PLS 160/2009), de autoria da senadora Serys Slhessarenko, prope a definio

    de diarista como "todo trabalhador que presta servios no mximo duas vezes por semana para o mesmo

    contratante, recebendo o pagamento pelos servios prestados no dia da diria, sem vnculo empregatcio".

    Ainda de acordo com o projeto, a diarista deve apresentar ao contratante comprovante de contribuio ao

    INSS como contribuinte autnomo ou funcional.

    Uma das propostas do projeto, segundo sua autora, acabar com a indefinio em relao a essa categoria de

    trabalhador, "que tanto prejudica contratantes e trabalhadores, pois fica a critrio da sentena de cada juiz do

    trabalho". Outra justificativa a necessidade de atender reivindicao do movimento "Legalize sua

    domstica e pague menos INSS", patrocinado pelas entidades organizadas das empregadas domsticas, que

    pretende a reduo da contribuio social de empregado e empregador e a formalizao da relao de emprego

    desses trabalhadores.

    Enviado Cmara dos Deputados, o projeto, convertido no Projeto de Lei (PL) 7279/2010 sofreu algumas

    alteraes, entre elas a que reduz o nmero de dias constante da definio de dois para um. Com isso, a

    diarista que trabalhar mais de um dia por semana para o mesmo contratante deve ter reconhecido o vnculo de

    emprego.

    Atualmente o projeto de lei se encontra na Comisso de Constituio e Justia e de Cidadania (CCJC) da

    Cmara dos Deputados, e depois seguir para o Senado devido s alteraes.

  • Jurisprudncia

    Como at o momento a profisso de diarista no foi regulamentada, cabe Justia do Trabalho decidir sobre a

    existncia ou no do vnculo de emprego. A jurisprudncia do TST no sentido de que o trabalho exercido

    pela diarista em dois ou trs dias na semana no preenche o requisito da continuidade previsto no artigo 1 da

    Lei n. 5.859/72.

    Num dos casos que seguem este entendimento, uma diarista, ao buscar na Justia do Trabalho o

    reconhecimento do vnculo de emprego, afirmou ter trabalhado s segundas, quartas e sextas-feiras das 9h s

    19h30, e ainda limpava o escritrio dos patres s teras-feiras e sbados de 9h s 13h, recebendo por dia

    trabalhado. A empregadora, por sua vez, afirmou que a diarista prestava servio no mximo duas vezes por

    semana somente em sua residncia, mas no no escritrio.

    Aps sentena desfavorvel, ela recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 2 Regio (SP), que manteve a

    sentena, entre outras razes, pela ausncia da natureza contnua do trabalho, mas a deciso foi mantida diante

    do no conhecimento do recurso.

    Em outro recurso, julgado pela Terceira Turma do TST, um empregador buscou se isentar de condenao da

    Justia do Trabalho da 3 Regio (MG), que reconheceu o vnculo de emprego com a bab de seus filhos, que

    havia prestado servio durante trs anos, por trs dias por semana, sem registro de contrato na carteira de

    trabalho. Neste caso, o Tribunal Regional do Trabalho entendeu que houve continuidade na prestao de

    servios, elemento necessrio caracterizao de emprego domstico.

    Ao analisar o recurso do patro, o ministro Alberto Bresciani observou que, apesar de incontroversa, a

    prestao de servios era fragmentada, pois ocorria apenas em trs dias da semana. Para a Turma, a

    caracterizao do emprego exige a prestao de servios "de natureza no eventual" (artigo 3 da CLT), e que

    a continuidade prevista na Lei n 5.859/72 diz respeito, em princpio, s atividades desenvolvidas todos os dias

    da semana. A deciso, por maioria, julgou improcedente a reclamao trabalhista, ficando vencido o ministro

    Maurcio Godinho Delgado.

    (Lourdes Cortes/CF)

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