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PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO

DIREITO CONSTITUCIONALAula 2

Profª. Bruna Vieira

Profa. Bruna Leyraud Vieira Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP (Faculdade de Direito - Universidade São Paulo)

MIDIAS SOCIAIS:Instagram: profabrunavieira

Facebook: @professorabrunaE-mail: professorabrunavieira@gmail.com

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PODER CONSTITUINTE

Pode ser conceituado como o poder deestabelecer um novo ordenamento jurídico, pormeio da criação de uma nova Constituição ou pelamodificação das regras existentes.

Toda e qualquer Constituição é fruto de umpoder maior que os poderes que ela própriainstituiu.

Por exemplo, citamos os poderes Executivo,Legislativo e Judiciário, todos constituídos pelaConstituição. Esses, embora denominados destaforma, têm menos força que o poder que osinstituiu, que é o constituinte. Este último,necessariamente, terá um titular e será compostopor aqueles que irão exercitar o poder, sempreem nome de seu titular.

Prevalece o entendimento de que o povo é overdadeiro titular do poder. Esse posicionamento érespaldado pelo parágrafo único do artigo 1º da CF,ao dispor que “Todo o poder emana do povo que oexerce por meio de representantes eleitos ou diretaou indiretamente, nos termos desta Constituição”.

Não confundir titularidade com exercício do poder.O titular é sempre o povo. O exercente poderá seruma Assembleia Constituinte (que é um órgãocolegiado) ou um grupo de pessoas que seinvistam desse poder. Essa distinção estádiretamente relacionada com o processo depositivação da Constituição. No primeiro caso, aConstituição advirá de uma convenção (votação);no segundo, de uma outorga (imposição).

1. Poder constituinte originário

O poder constituinte originário, genuíno, ou deprimeiro grau, é aquele que cria a primeiraconstituição de um Estado ou a nova constituiçãode um Estado. No primeiro caso, é conhecido comopoder constituinte histórico. Tem a função deinstaurar e estruturar, pela primeira vez, o Estado.

No segundo, é conhecido como poder constituinterevolucionário, porque ele rompe a antiga eexistente ordem jurídica de forma integral,instaurando a nova ordem. Em ambos os casos, opoder constituinte impõe uma nova ordem jurídicapara o Estado.

Podemos falar que esse poder é: inicial,autônomo, incondicionado e ilimitado.

É inicial porque não se fundamenta em outropoder que o anteceda. Nem mesmo a existência deum ato convocatório (Assembleia Constituinte paradeliberar a respeito de uma nova Constituição)retira essa característica do poder constituinteoriginário. Ele rompe integralmente a ordemjurídica precedente.

A autonomia do poder constituinte de primeirograu é marcada pela opção do seu titular emescolher o conteúdo da nova Constituição,aquele aquem o exercício do poder incumbe de determinaras regras autonomamente.

É também incondicionado e ilimitado porque essepoder não encontra condições, limitações, regraspreestabelecidas pelo ordenamento jurídicoanterior.

2. Poder constituinte derivado

O poder derivado, também denominado deinstituído, ou de 2º grau, como seu nome indica,decorre de algo. Fundamenta-se e decorre dopoder que o criou, que é o constituinte originário.

Diferente do primeiro, o poder constituintederivado é: secundário, não detém autonomia, écondicionado e limitado.

É divido em poder constituinte derivado:

-Reformador-Decorrente-Revisor (atualmente não aplicável)

2.1. Poder constituinte derivado reformadorDepende necessariamente da existência do

constituinte originário, porque dele deriva e ésubordinado. Tem por finalidade a reforma, aalteração do texto constitucional. A CF/88 éclassificada como rígida e possui um processo demodificação específico.

Limites impostos pelo poder constituinteoriginário ao poder derivado reformador:

a) Limites materiais (cláusulas pétreas)b) Limites formaisc) Limites circunstancaisd) Limites implícitose) “Limites temporais”

Art. 60, I, II e II, da CF - rol de legitimados àpropositura de emendas constitucionais no qualencontramos:1) o Presidente da República;2) um terço, no mínimo, dos membros da Câmarados Deputados, ou do Senado Federal;3) mais da metade das Assembleias Legislativas dasunidades da Federação. Somente eles poderãoefetuar proposta de emenda constitucional.

Art. 60, § 2º, da CF - trata do quórum paraaprovação da emenda, que tem de ser de trêsquintos em cada casa, e ainda menciona que aemenda precisa, necessariamente, ser aprovadaem dois turnos de votação. Art. 60, § 2º, da CF -trata do quórum para aprovação da emenda,que tem de ser de três quintos em cada casa, eainda menciona que a emenda precisa,necessariamente, ser aprovada em dois turnosde votação.

Além disso, há previsão expressa na Constituição(art. 60, § 1º, da CF) , trazida pelo poderconstituinte originário, proibindo a edição deemendas constitucionais na vigência deintervenção federal ou dos estados de exceção(estado de sítio e estado de defesa).

2.2.2 Poder constituinte derivado decorrente

É o poder que cada Estado tem de elaborar suaprópria constituição, em virtude da sua capacidadede auto-organização. Tem previsão constitucionalno artigo 11 do ADCT e no artigo 25 daConstituição Federal. O primeiro determinava quecada Assembleia Legislativa, com poderesconstituintes, deveria elaborar a Constituição doseu Estado no prazo de um ano, contado dapromulgação da Constituição Federal, sempreobservados os princípios por ela estabelecidos.

Art. 25 da CF reforça a ideia de simetriaconstitucional, dispondo que os Estados-membrosse organizam pelas leis e constituições queadotarem, sempre respeitando suas disposições.Assim, os Estados, quando da elaboração de suasConstituições Estaduais, tiveram de ser ater aospreceitos estabelecidos na Constituição Federal,respeitando as limitações por ela impostas.

2.2.3. Poder constituinte derivado revisor

Hoje não há mais possibilidade de utilizaçãodesse poder. Segundo o art. 3º do ADCT, a revisãoconstitucional, portanto uma revisão apenas, tevede ser realizada após cinco anos da data dapromulgação da Constituição, em sessãounicameral e pelo voto da maioria absoluta dosmembros do Congresso Nacional.

Atualmente, para alterar a Constituição, somentepelo processo legislativo das emendasconstitucionais previsto no artigo 60.

Vejam que, no poder de revisão, não se exigiu oprocesso solene das emendas constitucionais(aprovação por 3/5 dos membros, nas duas casas eem 2 turnos), foi realizado uma única vez, emsessão unicameral e pelo voto da maioria absolutados membros. Seis emendas constitucionais derevisão foram fruto da manifestação desse poder (1a 6/1994).

Atualmente, para alterar a Constituição, somentepelo processo legislativo das emendasconstitucionais previsto no artigo 60.

Vejam que, no poder de revisão, não se exigiu oprocesso solene das emendas constitucionais(aprovação por 3/5 dos membros, nas duas casas eem 2 turnos), foi realizado uma única vez, emsessão unicameral e pelo voto da maioria absolutados membros. Seis emendas constitucionais derevisão foram fruto da manifestação desse poder (1a 6/1994).

1. Eficácia jurídica das normasconstitucionais

Eficácia jurídica é a aptidão que as normastêm para produzirem efeitos no mundojurídico. Essa eficácia, por vezes, serágraduada, conforme a classificação dasnormas constitucionais.

Segundo a teoria clássica, as normasconstitucionais podem ser classificadas em:

a) Normas constitucionais de eficácia plena

b) Normas constitucionais de eficácia contida

c)Normas constitucionais de eficácia limitada

Eficácia plena

As normas de eficácia plena são aquelas que,por si só, produzem todos os seus efeitos nomundo jurídico e de forma imediata. Nãodependem da interposição do legislador paraque possam efetivamente produzir efeitos.

Exemplos: [- art. 1º, 2º, 13, 18,§1º, todos da CF/88

Eficácia contida

As normas de eficácia contida são aquelasque produzem a integralidade de seus efeitos,mas que dão a possibilidade de outra normarestringir esses efeitos. Desse modo, até queoutra norma sobrevenha e limite a produçãode efeitos, a norma de eficácia contida ésemelhante à norma de eficácia plena.

O principal exemplo de norma de eficáciacontida previsto na Constituição é o artigo5º, XIII, da CF que determina:

“É livre o exercício de qualquer trabalho,ofício ou profissão, atendidas asqualificações profissionais que a leiestabelecer”.

O Estatuto da OAB, Lei Federal nº 8.906/94,em seu artigo 8º, incisos IV e VII, estabelece aobrigatoriedade do bacharel em Direito deprestar e ser aprovado no exame de ordem,de prestar compromisso perante a OAB etc. Alei infraconstitucional (Estatuto da OAB)conteve a abrangência da normaconstitucional prevista no artigo 5º, XIII, daCF, no que tange ao exercício da advocacia.

De acordo com Plenário do STF (RE n. 603.583), aexigência de aprovação prévia em exame da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB) para que bacharéisem direito possam exercer a advocacia foiconsiderada constitucional. Os ministros, emdecisão unânime, negaram provimento ao RecursoExtraordinário mencionado que impugnava aobrigatoriedade do exame. Vale lembrar que talrecurso teve repercussão geral reconhecida, demodo que a decisão será aplicada a todos os demaisprocessos que possuam pedido idêntico.

De outro modo, a Suprema Corte, ao julgar o RE n.511.961/SP (Informativo 551), definiu que oexercício da atividade de jornalismo não depende deprévia obtenção de diploma universitário.Também decidiu o STF (RE n. 414426/SC), que omúsico, para exercer a sua atividade profissional,não necessita de registro em entidade de classe. Oprecedente adveio Santa Catarina. Um músico dorespectivo estado ingressou com uma ação alegandona Justiça que só poderia atuar se estivessevinculado à Ordem de Músicos do Brasil.

O Supremo decidiu que não havia talnecessidade. A decisão, por se tratar decontrole difuso, tem eficácia para o casoespecífico, mas os ministros decidiram que,ainda que de forma monocrática, essa será asolução adotada. Assim, se os estadoscontinuarem exigindo, para o exercício daatividade de músico, o registro profissional,este será revertido quando chegar à CorteSuprema.

Eficácia limitada

As últimas, segundo a classificação de JoséAfonso da Silva, são as normas de eficácialimitada, ou seja, aquelas que, para produziremseus efeitos, dependem da atuação do legisladorinfraconstitucional, necessitam deregulamentação. Tais normas possuemaplicabilidade postergada, diferida ou mediata.Somente após a edição da normaregulamentadora é que efetivamente produzirãoefeitos no mundo jurídico.

Exemplos:

- art. 88 da CF - que trata da criação e extinção deMinistérios e órgãos da Administração pública,devendo ser feita por lei;

- art. 7º, XXVII, da CF - que trata da proteção dotrabalhador em face da automação, também énecessária lei regulamentando o assunto;

- art. 102, §1º, da CF - que cuida da Arguição deDescumprimento de Preceito Fundamental,regulamentada pela Lei nº 9.882/99.

As normas de eficácia limitada se dividem em:

a) programáticas : trazem em seu corpo programasa serem, necessariamente, concretizados pelosgovernantes. Exemplos: artigos 211, 215, 226, §2º,todos da CF

b) de princípio institutivo : trazem a previsão daexistência de um órgão ou instituição, mas que sópassariam a existir no plano da realidade após aatuação do legislador infraconstitucional, quandoda feitura da lei pertinente. Exemplos: artigos 25,§3º, 43, §1º, 224, entre outros da CF .

Há também a classificação que menciona aexistência de normas de eficácia exaurida ouesgotada, que seriam as que, após produzir osefeitos que delas se esperam, não serviriam maispara nada.

Exemplos: normas do ADCT – Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias. O artigo 2º, quedeterminava a realização, em 1993, de umplebiscito para definir a forma de Estado –república ou monarquia constitucional – e osistema de governo, que poderia serparlamentarismo ou presidencialismo. O eleitoradomanteve, nesse plebiscito, a forma republicana e osistema presidencialista.

Classificação das Constituições

1. Quanto à Forma:

a) Escrita ou codificada: sistematizadas numúnico texto. Exemplo: CF/88

b) Não escrita ou não codificada: baseadas emtextos esparsos, jurisprudência, costumes,convenções, atos do parlamento etc. Exemplo:Const. Inglesa.

c) Oral: a transmissão se dá somenteoralmente, sem texto escrito. Ex.:Constituição da Islândia do séc. IX dosVikings.

2. Quanto ao modo de Elaboração:

a) Dogmática: pressupõe a aceitação de dogmasou de opiniões sobre a teoria política domomento. É criada por um órgão comatribuições constituintes e, somente existe naforma escrita, sistematiza as ideiasfundamentais contemporâneas da teoriapolítica e do direito. Ex: CF/88

b) Histórica: resultam da formação histórica, dosfatos sociais, da evolução das tradições.Exemplo: Constituição Inglesa.

2.1. Quanto ao conteúdo dogmático:

a) Ortodoxa: adota uma única linha depensamento – ou filosófico, ou político. Ex.:Constituições comunistas.

b) Heterodoxa: Constituição que não se valede uma única linha de pensamento, adotalinhas diversas. Ex.: Constituição Alemã –tem orientação liberal, social.

2.2. Quanto ao conteúdo ideológico

a) Liberal: é aquela ligada a Estados nãointervencionistas, absenteístas (de abstenção).Ex.: Constituição Inglesa e Americana. • Social: éaquela ligada aos Estados intervencionistas, aochamado Estado “promovedor”, que sepreocupam não só com os direitos de primeiradimensão, mas com os de segunda dimensão, oschamados direitos sociais. Ex.: ConstituiçãoPortuguesa.

b) Compromissória: é aquela Constituiçãoque não se preocupa apenas com agarantia dos direitos de 1ª e 2ª geração,elas vão além, eis que assumem umcompromisso de transformação da própriasociedade. É característica dasconstituições dirigentes. Ex.: ConstituiçãoPortuguesa.

3. Quanto à origem:

a) Outorgada: elaboradas e impostas poruma pessoa ou por um grupo, sem aparticipação do povo. As constituiçõesoutorgadas, na verdade, devem serdenominadas Cartas Constitucionais e nãoConstituições, pois a primeira denominação éa que corretamente designa a origemoutorgada.

As Constituições outorgadas que tivemos noBrasil foram as seguintes:- Constituição do Império de 1824;- Carta de 1937 (Vargas);- Carta de 1967 (ditadura militar).Há ainda aqueles que sustentam que aEmenda Constitucional nº 1/69 deve serconsiderada uma verdadeira Constituiçãooutorgada, imposta pelo Comando Militar

b) Promulgadas, populares ou democráticas:advindas de uma Assembleia Constituinte,composta por representantes do povo. Suaelaboração se dá de maneira consciente elivre, diferentemente das Constituiçõesoutorgadas, que são criadas de formaimposta. Ex: CF/88.

c) Cesarista, plebiscitárias, referendárias oubonapartistas: embora elaboradas de maneiraunilateral, impostas, após sua criação sãosubmetidas a um referendo popular. Essaparticipação do povo não pode ser consideradademocrática, pois apenas tem a finalidade deconfirmar a vontade daquele que a impôs. Osnomes dados a essa Constituição têm porfundamento o caminho utilizado por NapoleãoBonaparte nos chamados plebiscitosnapoleônicos.

Outra classificação quanto à origem:

a) autônoma: aquela criada no pleno exercíciodo poder soberano do Estado, sem interferênciasou ordens advindas de fora. Exemplo:Constituição dos EUA.

b) heterônoma: aquela que se submete aimposições advindas de um poder externo.Exemplo: Constituição da Bósnia, imposta pelaONU

4. Quanto ao processo de mudança:

a) Rígida: alterável somente por um processomais solene, mais dificultoso que oprocesso de alteração das demais normasjurídicas. Exemplo: CF/88

b) Semirrígida ou semiflexível: aquela quepossui uma parte rígida e outra flexível. NoBrasil, a única Constituição que tivemosclassificada como semirrígida foi a de 1824(art. 5º).

c) Flexível: modificável livremente pelo legislador,observando-se o mesmo processo de elaboração emodificação das normas infraconstitucionais.Exemplo: Constituição Israelense

d) Superrígida: aquela que possui núcleos essenciaisintangíveis (cláusulas pétreas – artigo 60, §4º, daCF). A doutrina minoritária (Alexandre de Moraes eMaria Helena Diniz) menciona que a CF/88 é assimclassificada. Prevalece que ela é rígida, poisembora possua cláusulas pétreas e estas nãopossam ser suprimidas, elas podem ser ampliadas.

e) Transitoriamente imutável: é aquela que durantedeterminado período de tempo não pode sofrerqualquer alteração. Ex.: Constituição portuguesa – nosprimeiros cinco anos após a promulgação não poderiaser modificada.

f) Transitoriamente flexível: é aquela tida como rígida, masque por um determinado momento pode ser alteradapor um procedimento simplificado. Ex.: Constituição daIrlanda. Alguns autores afirmam que a Constituição doBrasil se enquadraria em tal, por dispor, no ADCT, sobreo procedimento de revisão. Ocorre quemajoritariamente não se entende assim, pois a nossaConstituição não se submeteu a alteração viaprocedimento simplificado por determinado período detempo

e) Em branco: aquelas constituições que nãopossuem previsão expressa quanto ao seuprocedimento de alteração, cabendo essadefinição ao poder reformador. Ex.:Constituição da Virgínia de 1976.

f) Silenciosa: não possui procedimentoexpresso para sua alteração, e só pode seralterada pelo poder constituinte originário.Ex.: Constituição da Espanha de 1876.

5. Quanto à extensão:

a) Concisas: são as sucintas e que cuidamapenas de regras gerais, estruturais doordenamento jurídico estatal. Exemplo: Anorte-americana, já conta com mais de 200anos e foi emendada apenas 27 vezes.

b) Prolixas: são as longas, numerosas e quecuidam de assuntos diversos, que poderiamestar dispostos em normasinfraconstitucionais (é mais instável)

6. Quanto ao conteúdo:

a)Material: cuidam de matériaconstitucional, por exemplo , as normasque organizam o poder, o Estado e as quetratam dos Direitos e individuais.Exemplos: as normas que organizam oEstado e as que tratam dos Direitos eindividuais.

b)Formal: indicam o conjunto de regrasdispostas formalmente na Constituiçãoescrita. O fato de estarem alocadas naConstituição escrita dá a elas a força denorma constitucional. São regidas peloprincípio da supremacia constitucional e sópodem ser alteradas pelo processo legislativodas emendas constitucionais (artigo. 60 daCF).

É relevante que se diga que a ConstituiçãoFederal determina que o grau máximo deeficácia das normas decorre da forma e nãoda matéria da norma que pertence àConstituição. Isso significa dizer que o queimporta realmente é se a norma está ou nãoinserida no texto da Constituição, porque, setiver conteúdo constitucional, mas não estivercontemplada no texto

7. Quanto à relação de compatibilidade entre aConstituição e a realidade político-social vigente

a) Normativa: é a Constituição que tem eficáciajurídica e que corresponde aos valores dasociedade. É, portanto, legítima porquecorresponde aos valores da sociedade e efetivaporque tem aplicação prática. Ex.: ConstituiçãoAlemã vigente.

b) Nominal: corresponde aos valores da sociedade,sendo legítima, mas não é dotada de efetividade,pois não se aplica à realidade. Ex.: Constituiçãobrasileira de 1946.

a) Semântica: não corresponde aos valores dasociedade, e por isso é ilegítima, mas se aplica àrealidade, sendo efetiva. Ex.: Constituição de1967.

8. Quanto à finalidade:

a) Constituição garantia: é aquela que visagarantir algo, o indivíduo em face do Estado. Éaquela que se preocupa basicamente em limitaros poderes do Estado, estabelecendo o que oEstado não pode fazer através doestabelecimento de direitos fundamentais. Évoltada para o passado, garantindo conquistasda sociedade. Ex.: Constituição Americana.

b) Constituição Balanço: aquela que busca fazeruma análise e uma regulamentação domomento presente.

Não se preocupam em garantir conquistas

Não se preocupam em garantir conquistaspassadas. Buscam regular o presente. Nãoimpõe normas futuras. Característica dosEstados comunistas – ex. Constituição daExURSS.

c) Constituição Dirigente: voltada para o futuro.Estabelece fins a serem atingidos pelo Estado.Busca transformar o Estado. É aquela quepossui as chamadas normas de cunhoprogramático, que fixam programas a serembuscados pelo Estado, por isso é que se voltampara o futuro. Ex.: Constituição portuguesa

8. Quanto à maleabilidade ou à adaptabilidadeda Constituição às transformações dasociedade

a) Dura: é aquela cujos valores são de difíciladaptação às transformações da sociedade.Gera o que se chama de rupturaconstitucional, com perda da legitimidade ea necessidade de criação de um novodocumento constitucional. Ex.: Constituiçãode 1967.

b) Maleável: é aquela de fácil adaptação àstransformações, à evolução da sociedade. Éaquela que permite modificações por processosinformais, por meio da chamada “mutaçãoconstitucional”. Na mutação constitucional otexto da Constituição permanece o mesmo,portanto, texto não se confunde com norma. Éa norma que se altera para acompanhar asevoluções da sociedade. O prof. destaca que aConstituição norte-americana tem o mesmotexto desde 1787, mas que ao longo do tempovem sofrendo mutações.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988• Quanto à origem é Promulgada e Autônoma – criadasem imposições externas;• Quanto à estabilidade é Rígida;• Quanto à compatibilidade político social hoje podemosdizer que a Constituição de 1988 é Normativa (porcorresponder aos valores da sociedade e é efetiva). É simefetividade, pois na busca de direitos há sempre amparoem argumentos constitucionais;• Quanto à finalidade é Dirigente, vincula os poderesquanto aos fins, pois estes fins já vêm predeterminados,cabendo aos poderes a escolha dos meios para aconsecução dos fins;

• Quanto ao conteúdo é Formal;• Quanto à forma é Escrita/Codificada;• Quanto ao modo de elaboração é Dogmática,elaborada num momento específico;• Quanto ao conteúdo dogmático é Heterodoxa, porex., no art. 170 da CF temos os princípios da ordemeconômica onde há orientações dogmáticas distintas;• Quanto ao conteúdo ideológico é Social oucompromissória;• Quanto à extensão é Longa/Prolixa;• Quanto à maleabilidade é Maleável.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

• I - TEORIA GERAL

• 1 – Direitos fundamentais e as suasespécies:

• 1.1. Individuais e coletivos

• 1.2. Sociais

• 1.3. Nacionalidade

• 1.4. Políticos

• 1.5. Partidos Políticos

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

• 2 – Gerações ou dimensões dos direitosfundamentais:

2.1. – 1ª Geração: consubstancia-sefundamentalmente nas liberdades públicas.

Finalidade: limitar o poder de atuação do Estado,impondo a ele o dever de não intervenção, deabstenção. Por conta disso, tais direitos tambémsão conhecidos pela doutrina como direitosnegativos. Exemplos: direitos relacionados àsliberdades, dir. individuais, dir. civis e os direitospolíticos.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

2.2. – 2ª Geração: a revolução industrial européia,ocorrida no século XIX é um marco. Valores ligados àigualdade eram prestigiados. As lutas trabalhistas,visando melhores condições, também.Diferentemente dos direitos de primeira geração, osde segunda exigiram uma conduta positiva doEstado, uma ação propriamente dita e, por contadisso, também são chamados de direitos positivos.Encontram-se assegurados, aqui, os chamados dir.sociais (trabalho, educação e saúde), dir. culturais edir. econômicos .

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

2.3. – 3ª Geração: a partir da concepção de que oindivíduo faz parte de uma coletividade e quenecessita, para a própria subsistência, de umambiente saudável, equilibrado, é exigida aparticipação dos indivíduos na busca efetiva dosdireitos da coletividade e não apenas dos direitosindividuais. Encontram-se aqui os denominadosdireitos transindividuais que abarcam, porexemplo, o direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, dir. ao progresso dahumanidade e os direitos do consumidor.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

2.4. – 4ª Geração: para aqueles que sustentama existência de uma quarta dimensão dosdireitos fundamentais, ela abarca a chamadaGLOBALIZAÇÃO DOS. DIR. FUNDAMENTAIS.Exemplos: dir. relacionados ao patrimôniogenético, dir. relacionados à internet,biogenética, dir. espacial, dir. à democracia.É uma dimensão que ainda está sendoconstruída.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL

2.5. – 5ª Geração: para aqueles quesustentam a existência de uma quintadimensão dos direitos fundamentais, estadimensão abarca o DIREITO À PAZ.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

3. – Características dos direitos fundamentais:3.1. Universalidade;3.2. Historicidade;3.3. Limitabilidade ou caráter relativo;3.4. Cumulatividade ou concorrência dos direitos

fundamentais;3.5. Irrenunciabilidade;3.6. Irrevogabilidade;3.7. Imprescritibilidade;3.8. Inalienabilidade;3.3. Exemplificativo.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Universalidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Universalidade – significa que os direitosfundamentais são destinados a todasas pessoas, indistintamente. Nãopodem ser estabelecidos ou dirigidos adeterminada pessoa, grupo oucategoria. A forma universal é a únicaadmitida quando da aplicação dessesdireitos.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Art. 5º, caput, da CF: Todos são iguaisperante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aosbrasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade, nostermos seguintes:

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Historicidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Historicidade – significa que a formação dosdireitos fundamentais se dá no decorrer dahistória. A origem desses direitos tem porbase movimentos como oconstitucionalismo. Sua evolução concreta édemonstrada ao longo do tempo. Asconhecidas gerações ou dimensões dosdireitos fundamentais se fundamentamespecificamente na historicidade dessesdireitos.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Limitabilidade ou caráter relativo

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Limitabilidade ou caráter relativo –significa que ainda que sejam consideradosfundamentais, não são direitos absolutos.Não há direito absoluto. Na crise advindado confronto entre dois ou mais direitosfundamentais, ambos terão de ceder. Àsvezes será necessário fazer prevalecer umem detrimento do outro naquela situaçãoespecífica.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Cumulatividade ou concorrência dos

direitos fundamentais

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Cumulatividade ou concorrência dosdireitos fundamentais – significa que osdireitos fundamentais não se excluem, naverdade se somam. Para o exercício deum, não é necessário que outro sejaeliminado. Como o próprio nome dacaracterística indica, esses direitos sãocumuláveis, podem ser exercidos deforma simultânea.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Irrenunciabilidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Irrenunciabilidade – significa queninguém pode recusar, abrir mão de,um direito fundamental. O exercíciodesses direitos pode não ser efetivadopor aquele que não o deseja, mas,ainda que não colocados em prática,pertence ao seu titular. O Estado é ogarantidor.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Irrevogabilidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Irrevogabilidade – significa que nemmesmo pelo processo de alteração daConstituição (emendas constitucionais)é possível revogar um direitofundamental. Essa afirmação épacífica, no tocante aos direitosinseridos no texto constitucional pelopoder constituinte originário.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Imprescritibilidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Imprescritibilidade – os direitosfundamentais, por serem inerentes àpessoa humana, não prescrevem. Ostitulares desses direitos, mesmo quenão os exerçam, não os perdem.

EXCEÇÃO: direito à propriedade(ação de usucapião)

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Inalienabilidade

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Inalienabilidade – os direitosfundamentais, por serem inerentes àpessoa humana, não podem seralienados, vendidos. Por conta disso,por exemplo, que é proibida a vendade órgãos no Brasil.

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Rol exemplificativo

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CARACTERÍSTICAS

Exemplificativo – significa que os direitosfundamentais estão espalhados por todo oordenamento jurídico, não apenas nos setentae oito incisos do art. 5º da CF.

Art. 5º, § 2º, da CF: Os direitos e garantiasexpressos nesta Constituição não excluem outrosdecorrentes do regime e dos princípios por elaadotados, ou dos tratados internacionais em quea República Federativa do Brasil seja parte.

DIREITOS FUNDAMENTAIS

• DIREITOS EM ESPÉCIE

• (Art. 5º, I ao LXXVIII, da CF)

• Art. 5º, caput, da CF

• Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros eaos estrangeiros residentes no País ainviolabilidade do direito à vida, à liberdade, àigualdade, à segurança e à propriedade, nostermos seguintes:

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• I - homens e mulheres são iguais em direitose obrigações, nos termos desta Constituição;

• II - ninguém será obrigado a fazer ou deixarde fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

• III - ninguém será submetido a tortura nem atratamento desumano ou degradante;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• IV - é livre a manifestação dopensamento, sendo vedado oanonimato;

• V - é assegurado o direito de resposta,proporcional ao agravo, além daindenização por dano material, moral ouà imagem;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• VI - é inviolável a liberdade de consciência e decrença, sendo assegurado o livre exercício doscultos religiosos e garantida, na forma da lei, aproteção aos locais de culto e a suas liturgias;

• VII - é assegurada, nos termos da lei, aprestação de assistência religiosa nasentidades civis e militares de internaçãocoletiva;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• VIII - ninguém será privado de direitos por motivode crença religiosa ou de convicção filosófica oupolítica, salvo se as invocar para eximir-se deobrigação legal a todos imposta e recusar-se acumprir prestação alternativa, fixada em lei; É achamada escusa de consciência.

• IX - é livre a expressão da atividade intelectual,artística, científica e de comunicação,independentemente de censura ou licença;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• - Segundo o STF: “A real consagração da liberdade deexpressão, nos termos do art. 5º, IX, da CF, dependeriada liberdade de comunicação social, prevista no art.220 da CF, de modo a garantir a livre circulação deideias e de informações, a comunicação livre epluralista, protegida da ingerência estatal. Assim,liberdade de programação seria uma das dimensõesda liberdade de expressão em sentido amplo,essencial para construir e consolidar uma esfera dediscurso público qualificada”. [ADI 2.404, rel. min. DiasToffoli, j. 31-8-2016, P, Informativo 837.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e aimagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelodano material ou moral decorrente de sua violação;

• [STF - Súmula Vinculante 11.] Só é lícito o uso de algemasem casos de resistência e de fundado receio de fuga ou deperigo à integridade física própria ou alheia, por parte dopreso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade porescrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penaldo agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou doato processual a que se refere, sem prejuízo daresponsabilidade civil do Estado.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguémnela podendo penetrar sem consentimento domorador, salvo em caso de flagrante delito oudesastre, ou para prestar socorro, ou, durante odia, por determinação judicial;

• EXCEÇÕES!!

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• Inviolabilidade de domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca eapreensão domiciliar sem mandado judicial em caso decrime permanente. (...) Fixada a interpretação de que aentrada forçada em domicílio sem mandado judicial só élícita, mesmo em período noturno, quando amparada emfundadas razões, devidamente justificadas a posteriori,que indiquem que dentro da casa ocorre situação deflagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar,civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dosatos praticados. [RE 603.616, rel. min. Gilmar Mendes, j.5-11-2015, P, DJE de 10-5-2016, com repercussão geral.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XII - é inviolável o sigilo da correspondência e dascomunicações telegráficas, de dados e dascomunicações telefônicas, salvo, no último caso, porordem judicial, nas hipóteses e na forma que a leiestabelecer para fins de investigação criminal ouinstrução processual penal;

• Decisões importantes do STF sobre o tema:

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• STF: “A prova encontrada, fortuitamente, durante ainvestigação criminal é válida, salvo se comprovado vícioensejador de sua nulidade. Nulidade da interceptaçãotelefônica determinada por autoridade judicialincompetente, nos termos do art. 102, I, b, da Constituiçãoda República e do art. 1º da Lei 9.296/1996. Ausência deremessa dos autos da investigação para o Supremo TribunalFederal, depois de apresentados elementos mínimoscaracterizadores da participação, em tese, de ministro doTribunal de Contas da União e de membro do CongressoNacional na prática de ilícito objeto de investigação.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• STF: ... “Esclareceu que a quebra de sigilo bancário semautorização judicial, visando à administração tributária,não padeceria de nenhuma ilegalidade. (...) Na verdade, otema ora em debate não seria quebra de sigilo, mastransferência de sigilo para finalidades de naturezaeminentemente fiscal. A legislação aplicável garantiria fossepreservada a confidencialidade dos dados, vedado seurepasse a terceiros, estranhos ao próprio Estado, sob penade responsabilização dos agentes que eventualmentepraticassem essa infração”. [RE 601.314, rel. min. EdsonFachin, j. 24-2-2016, P, Informativo 815, com repercussãogeral.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

STF: “O sigilo de informações necessárias para apreservação da intimidade é relativizado quando se estádiante do interesse da sociedade de se conhecer o destinodos recursos públicos. Operações financeiras que envolvamrecursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancárioa que alude a LC 105/2001, visto que as operações dessaespécie estão submetidas aos princípios da administraçãopública insculpidos no art. 37 da CF. Em tais situações, éprerrogativa constitucional do Tribunal (TCU) o acesso ainformações relacionadas a operações financiadas comrecursos públicos. [MS 33.340, rel. min. Luiz Fux, j. 26-5-2015, 1ª T, DJE de 3-8-2015.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XIV - é assegurado a todos o acesso à informação eresguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercícioprofissional;

• XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo depaz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,permanecer ou dele sair com seus bens;

• XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, emlocais abertos ao público, independentemente deautorização, desde que não frustrem outra reuniãoanteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenasexigido prévio aviso à autoridade competente;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XVII - é plena a liberdade de associação para finslícitos, vedada a de caráter paramilitar;

• O direito à plena liberdade de associação (art. 5º, XVII,da CF) está intrinsecamente ligado aos preceitosconstitucionais de proteção da dignidade da pessoa,de livre iniciativa, da autonomia da vontade e daliberdade de expressão. Uma associação que devapedir licença para criticar situações de arbitrariedadesterá sua atuação completamente esvaziada. [HC106.808, rel. min. Gilmar Mendes, j. 9-4-2013, 2ªT, DJE de 24-4-2013.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, ade cooperativas independem de autorização, sendovedada a interferência estatal em seufuncionamento;

• XIX - as associações só poderão sercompulsoriamente dissolvidas ou ter suasatividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou apermanecer associado;

• XXI - as entidades associativas, quando expressamenteautorizadas, têm legitimidade para representar seusfiliados judicial ou extrajudicialmente;

• [Súmula 629 do STF.] A impetração de mandado desegurança coletivo por entidade de classe em favor dosassociados independe da autorização destes.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXII - é garantido o direito de propriedade;

• XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

• XXIV - a lei estabelecerá o procedimento paradesapropriação por necessidade ou utilidadepública, ou por interesse social, mediante justa eprévia indenização em dinheiro, ressalvados oscasos previstos nesta Constituição;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXV - no caso de iminente perigo público, aautoridade competente poderá usar de propriedadeparticular, assegurada ao proprietário indenizaçãoulterior, se houver dano;

• XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida emlei, desde que trabalhada pela família, não será objetode penhora para pagamento de débitos decorrentes desua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meiosde financiar o seu desenvolvimento;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXVII - aos autores pertence o direito exclusivode utilização, publicação ou reprodução de suasobras, transmissível aos herdeiros pelo tempoque a lei fixar;

• XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

• a) a proteção às participações individuais emobras coletivas e à reprodução da imagem e vozhumanas, inclusive nas atividades desportivas;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômicodas obras que criarem ou de que participarem aoscriadores, aos intérpretes e às respectivasrepresentações sindicais e associativas;

• STF: O Plenário, por maioria, julgou improcedentes ospedidos formulados em ações diretas deinconstitucionalidade propostas em face da Lei12.853/2013, que alterou ou introduziu dispositivos naLei 9.610/1998, ao reconfigurar a gestão coletiva dedireitos autorais.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• Na espécie, questionava-se a constitucionalidade danorma ante os princípios e as regras constitucionaisconcernentes ao exercício de direitos privados e àliberdade de associação (...). O Tribunal assentou que aConstituição garante o direito exclusivo do autor àutilização, à publicação ou à reprodução de suas obras(CF/1988, art. 5º, XXVII). Entretanto, a proteção dapropriedade intelectual, sobretudo dos direitos autorais,teria suas particularidades. Em primeiro lugar, atitularidade de determinada obra seria, em geral,compartilhada pelos diversos indivíduos queparticiparam da sua criação.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• Em segundo lugar, a ausência de suporte físico para delimitar o domínio intelectual criariadificuldades de monitoramento da utilização da obra, principalmente na sua execução pública.Essas duas particularidades tornariam o mercado de obras intelectuais refém de elevados custosde transação. (...) A Corte anotou que a maior transparência da gestão coletiva de direitos autorais,na forma proposta pela norma impugnada, consubstanciaria finalidade legítima segundo a ordemconstitucional, na medida em que buscaria eliminar o viés rentista do sistema anterior.

• Com isso, promoveria, de forma imediata, os interesses tanto de titulares de direitos autoraisquanto de usuários e, de forma mediata, bens jurídicos socialmente relevantes ligados àpropriedade intelectual como a educação e o entretenimento, o acesso à cultura e à informação.

• [ADI 5.062 e ADI 5.065, rel. min. Luiz Fux, j. 27-10-2016, P, Informativo 845.]•

• XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e aoutros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico eeconômico do País;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• Com isso, promoveria, de forma imediata, os interessestanto de titulares de direitos autorais quanto deusuários e, de forma mediata, bens jurídicossocialmente relevantes ligados à propriedadeintelectual como a educação e o entretenimento, oacesso à cultura e à informação. [ADI 5.062 e ADI5.065, rel. min. Luiz Fux, j. 27-10-2016, P, Informativo845.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXIX - a lei assegurará aos autores de inventosindustriais privilégio temporário para suautilização, bem como proteção às criaçõesindustriais, à propriedade das marcas, aosnomes de empresas e a outros signosdistintivos, tendo em vista o interesse sociale o desenvolvimento tecnológico eeconômico do País;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXX - é garantido o direito de herança;

• XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situadosno País será regulada pela lei brasileira em benefíciodo cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que nãolhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

• XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesado consumidor;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicosinformações de seu interesse particular, ou de interessecoletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujosigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e doEstado;

• STF - Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, nointeresse do representado, ter acesso amplo aos elementosde prova que, já documentados em procedimentoinvestigatório realizado por órgão com competência depolícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito dedefesa.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXIV - são a todos assegurados,independentemente do pagamento de taxas:

• a) o direito de petição aos Poderes Públicos emdefesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso depoder;

• b) a obtenção de certidões em repartiçõespúblicas, para defesa de direitos e esclarecimentode situações de interesse pessoal;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• [STF - Súmula Vinculante 21.] Éinconstitucional a exigência de depósito ouarrolamento prévios de dinheiro ou bens paraadmissibilidade de recurso administrativo.

• Tem relação com o direito de petição.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXV - a lei não excluirá da apreciação do PoderJudiciário lesão ou ameaça a direito;

• É inconstitucional a exigência de depósito prévio comorequisito de admissibilidade de ação judicial na qual sepretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.(Súmula Vinculante 28 – STF).

• Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição ataxa judiciária calculada sem limite sobre o valor dacausa. (Súmula 667 – STF).

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido,o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

• STF: São constitucionais as disposições normativas doparágrafo único do art. 741 do CPC, do § 1º do art. 475-L, ambos do CPC/1973, bem como os correspondentesdispositivos do CPC/2015, o art. 525, § 1º, III e §§ 12 e14, o art. 535, § 5º. São dispositivos que, buscandoharmonizar a garantia da coisa julgada com o primadoda Constituição, vieram agregar ao sistema processual

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• brasileiro um mecanismo com eficácia rescisória desentenças revestidas de vício deinconstitucionalidade qualificado, assimcaracterizado nas hipóteses em que (a) a sentençaexequenda esteja fundada em normareconhecidamente inconstitucional – seja por aplicarnorma inconstitucional, seja por aplicar norma emsituação ou com um sentido inconstitucionais; ou (b)a sentença exequenda tenha deixado de aplicarnorma reconhecidamente constitucional;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• e (c) desde que, em qualquer dos casos, oreconhecimento dessa constitucionalidade ou ainconstitucionalidade tenha decorrido dejulgamento do STF realizado em data anterior aotrânsito em julgado da sentença exequenda. [ADI2.418, rel. min. Teori Zavascki, j. 4-5-2016,P, DJE de 17-11-2016.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXVII - não haverá juízo ou tribunal deexceção;

• LIII - ninguém será processado nemsentenciado senão pela autoridadecompetente;

• Princípio do juiz natural

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, coma organização que lhe der a lei, assegurados:

• a) a plenitude de defesa;

• b) o sigilo das votações;

• c) a soberania dos veredictos;

• d) a competência para o julgamento dos crimesdolosos contra a vida;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,nem pena sem prévia cominação legal; Princípioda legalidade penal

• XL - a lei penal não retroagirá, salvo parabeneficiar o réu;

• XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatóriados direitos e liberdades fundamentais;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançávele imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nostermos da lei;

• XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis einsuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, oterrorismo e os definidos como crimes hediondos,por eles respondendo os mandantes, os executores eos que, podendo evitá-los, se omitirem;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível aação de grupos armados, civis ou militares, contra aordem constitucional e o Estado Democrático;

• XLV - nenhuma pena passará da pessoa docondenado, podendo a obrigação de reparar o danoe a decretação do perdimento de bens ser, nostermos da lei, estendidas aos sucessores e contraeles executadas, até o limite do valor do patrimôniotransferido;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XLVI - a lei regulará a individualização da pena eadotará, entre outras, as seguintes:

• a) privação ou restrição da liberdade;

• b) perda de bens;

• c) multa;

• d) prestação social alternativa;

• e) suspensão ou interdição de direitos;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XLVII - não haverá penas:

• a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,nos termos do art. 84, XIX;

• b) de caráter perpétuo;

• c) de trabalhos forçados;

• d) de banimento;

• e) cruéis;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentosdistintos, de acordo com a natureza do delito, aidade e o sexo do apenado;

• XLIX - é assegurado aos presos o respeito àintegridade física e moral;

• L - às presidiárias serão asseguradas condições paraque possam permanecer com seus filhos durante operíodo de amamentação;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo onaturalizado, em caso de crime comum, praticadoantes da naturalização, ou de comprovadoenvolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes edrogas afins, na forma da lei;

• LII - não será concedida extradição de estrangeiro porcrime político ou de opinião;

• LIII - ninguém será processado nem sentenciado senãopela autoridade competente;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seusbens sem o devido processo legal;

• LV - aos litigantes, em processo judicial ouadministrativo, e aos acusados em geral sãoassegurados o contraditório e ampla defesa, com osmeios e recursos a ela inerentes;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LVI - são inadmissíveis, no processo, as provasobtidas por meios ilícitos;

• LVII - ninguém será considerado culpado até otrânsito em julgado de sentença penalcondenatória; - Presunção de inocência

• LVIII - o civilmente identificado não serásubmetido a identificação criminal, salvo nashipóteses previstas em lei; (Regulamento).

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LIX - será admitida ação privada nos crimes de açãopública, se esta não for intentada no prazo legal;

• LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atosprocessuais quando a defesa da intimidade ou ointeresse social o exigirem;

• LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito oupor ordem escrita e fundamentada de autoridadejudiciária competente, salvo nos casos de transgressãomilitar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local ondese encontre serão comunicados imediatamenteao juiz competente e à família do preso ou àpessoa por ele indicada;

• LXIII - o preso será informado de seus direitos,entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e deadvogado;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXIV - o preso tem direito à identificação dosresponsáveis por sua prisão ou por seuinterrogatório policial;

• LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxadapela autoridade judiciária;

• LXVI - ninguém será levado à prisão ou nelamantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisória, com ou sem fiança;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXVII - não haverá prisão civil por dívida,salvo a do responsável pelo inadimplementovoluntário e inescusável de obrigaçãoalimentícia e a do depositário infiel;

• Súmula Vinculante 25 (STF) É ilícita aprisão civil de depositário infiel, qualquerque seja a modalidade do depósito.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• STF: A prisão por dívida de natureza alimentíciaestá ligada ao inadimplemento inescusável deprestação, não alcançando situação jurídica arevelar cobrança de saldo devedor. [HC 121.426,rel. min. Marco Aurélio, j. 14-3-2017, 1ª T, DJE de29-3-2017.]

• Art. 5º, LXVIII ao LXXIII, da CF – RemédiosConstitucionais

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Habeas Corpus

• - Habeas Data

• - Mandado de Segurança

• - Mandado de Injunção

• - Ação Popular

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Habeas Corpus

• - Art. 5º, LXVIII, da CF - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguémsofrer ou se achar ameaçado desofrer violência ou coação em sualiberdade de locomoção, porilegalidade ou abuso de poder.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Habeas Data• LXXII - conceder-se-á habeas data:

• a) para assegurar o conhecimento deinformações relativas à pessoa do impetrante,constantes de registros ou bancos de dados deentidades governamentais ou de caráter público;

• b) para a retificação de dados, quando não seprefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ouadministrativo;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Mandado de Segurança - individual• Art. 5º, LXIX, da CF - conceder-se-á mandado

de segurança para proteger direito líquido ecerto, não amparado por habeas corpus ouhabeas data, quando o responsável pelailegalidade ou abuso de poder for autoridadepública ou agente de pessoa jurídica noexercício de atribuições do Poder Público.

• Lei 12.016/09

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Mandado de Segurança - coletivo• Art. 5º, LXX, da CF - o mandado de segurança

coletivo pode ser impetrado por:

• a) partido político com representação noCongresso Nacional;

• b) organização sindical, entidade de classe ouassociação legalmente constituída e emfuncionamento há pelo menos um ano, emdefesa dos interesses de seus membros ouassociados;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Mandado de Injunção

• Art. 5º, LXXI, da CF - conceder-se-ámandado de injunção sempre que a faltade norma regulamentadora torne inviávelo exercício dos direitos e liberdadesconstitucionais e das prerrogativasinerentes à nacionalidade, à soberania e àcidadania;

• Lei 13.300/2016

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

• - Ação Popular

• LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima parapropor ação popular que vise a anular atolesivo ao patrimônio público ou de entidadede que o Estado participe, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e aopatrimônio histórico e cultural, ficando oautor, salvo comprovada má-fé, isento decustas judiciais e do ônus da sucumbência;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXXIV - o Estado prestará assistência jurídicaintegral e gratuita aos que comprovareminsuficiência de recursos;

• LXXV - o Estado indenizará o condenado porerro judiciário, assim como o que ficar presoalém do tempo fixado na sentença;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXXVI - são gratuitos para osreconhecidamente pobres, na forma dalei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)

• a) o registro civil de nascimento;

• b) a certidão de óbito;

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus ehabeas data, e, na forma da lei, os atos necessários aoexercício da cidadania.

• STF: O Registro Geral (RG) ou carteira de identidade éum documento público emitido para cidadãos nascidose registrados no Brasil e para nascidos no exterior, quesejam filhos de brasileiros, servindo para confirmar aidentidade da pessoa natural, solicitação de outrosdocumentos e exercício de direitos relacionados àcidadania. A gratuidade da emissão da primeira via

• da carteira de identidade não desborda da legítima

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• da carteira de identidade não desborda da legítimaliberdade de conformação normativa do PoderLegislativo, tratando-se de mero cumprimento porparte do Poder Público Federal de uma obrigaçãohaurida das esferas constitucional e internacional.

• [ADI 4.825, rel. min. Edson Fachin, j. 15-12-2016, 1ªT, DJE de 9-2-2017.]

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• LXXVIII a todos, no âmbito judicial eadministrativo, são assegurados a razoávelduração do processo e os meios que garantama celeridade de sua tramitação. (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 45, de 2004)

• § 1º As normas definidoras dos direitos egarantias fundamentais têm aplicaçãoimediata.

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

• § 2º Os direitos e garantias expressos nestaConstituição não excluem outros decorrentes doregime e dos princípios por ela adotados, ou dostratados internacionais em que a RepúblicaFederativa do Brasil seja parte.

• § 4º O Brasil se submete à jurisdição de TribunalPenal Internacional a cuja criação tenhamanifestado adesão. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 45, de 2004)

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