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Projeto Político Pedagógico e sua relação com o ER: desafios e perspectivas

Ângela Maria Ribeiro Holanda

ribeiroholanda@gmail.com

A educação é projeto, e, mais do que isto, encontro de projetos; encontro muitas

vezes difícil,conflitante,angustiante mesmo;todavia, altamente provocativo,

desafiador, e, porque não dizer, prazeroso, realizador.

Celso Vasconcellos

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ASPECTOS

• Natureza

• Dimensões

• Concepções

• Estrutura - marcos - caminhos

• Dimensões

• Princípios

• Atores, sujeitos e parceiros da formação

• Eixo Central do processo

• Função pedagógica da escola e do PPP

• ER no PPP: desafios e perspectivas

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PPP - NATUREZA

Alicerça o trabalho pedagógico escolarenquanto processo de construçãocoletiva e contínuo.

Art. 20 § 1º - Resolução CEB/CNE nº 7/2010

• Traduz a proposta educativa construída pela comunidadeescolar;

• Considera as características dos alunos, dos profissionais erecursos disponíveis

• Sua construção tem como referência as orientaçõescurriculares nacionais e dos respectivos sistemas deensino.

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PPP - NATUREZA

Art. 43. § 1º - Resolução CEB/CNE nº 04/2010 – Oprojeto político pedagógico

Representa mais do que um documento, sendo um dos meiosde viabilizar a escola democrática para todos e de qualidadesocial.

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PPP - NATUREZA

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Espaço de visualização

das utopias e

esperanças, representa

ideias, objetivos, metas,

sequência de ações que

irão nortear toda a ação

pedagógica da escola a

partir das orientações

curriculares nacionais e

dos respectivos sistemas

de ensino.

CONCEPÇÃO

CONCEPÇÃO

• EIXO NORTEADOR DA PRÁTICA EDUCATIVA• HARMONIZADOR DO PROCESSO• ELEMENTO INTEGRADOR DO FAZER PEDAGÓGICO• DINAMIZADOR DO MOVIMENTO CURRICULAR• PROVOCADOR DO DIÁLOGO PEDAGÓGICO NA ESCOLA

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• Diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos –Marco situacional;

• A missão da unidade escolar – Marco teórico;

• O papel socioeducativo, artístico, cultural,ambiental, as questões de gênero, etnia ediversidade cultural que compõem as açõeseducativas – Marco teórico;

(Art. 43 § 3º e Art.44 - Resolução CEB/CNE nº04/2010)

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Estrutura/Marcos/CaminhosElementos Constituintes e Constitutivos

• Bases da organização da escola e a gestãocurricular – Marco teórico;

• Concepção sobre educação, conhecimento,avaliação da aprendizagem – Marco teórico.

Art. 43 § 3º - Resolução CEB/CNE nº 04/2010

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Estrutura/Marcos/Caminhos

• Definição da qualidade das aprendizagens – Marco teórico;

• Fundamentos da gestão democrática – Marco teórico;

(Art. 44 - Resolução CEB/CNE nº 4/2010)

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Estrutura/Marcos/Caminhos

• Organização do trabalho pedagógico – Marco operativo;

• Programa de formação inicial e continuada –Marco operativo

(Art. 44 - Resolução CEB/CNE nº 4/2010)

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Estrutura/Marcos/Caminhos

DIMENSÕES

Políticaarticulado ao

compromisso com a formação do(a)

cidadão(ã).

Pedagógicadefinições de ações

educativas:

- Currículo: saberes e conhecimentos

para a construção de identidade dos

estudantes

- Avaliação: aprendizagens

desempenho

competências

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PRINCÍPIOS

Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

Respeito à liberdade e apreço a tolerância.

Art. 206 inciso IIIConstituição Federal/1988e Art. 3º incisos III e IVda LDB, Lei nº 9.394/96. 14

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PRINCÍP p PRINCÍPIOS

Éticos: de Justiça,

solidariedade, liberdade e

Autonomia, de respeito a

dignidade da pessoa

humana e de compromisso

com a promoção do bem

de todos, contribuindo

para eliminar quaisquer

manifestações de

preconceitos.

Art. 6º - Resolução CNE/CEB

nº 7/2012

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PRINCÍP p PRINCÍPIOS

Políticos: de

reconhecimento dos direitos

e deveres de cidadania, de

respeito ao bem comum e a

preservação do regime

democrático e dos recursos

ambientais; da redução da

pobreza e das desigualdades

sociais e regionais.

Art. 6º - Resolução

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PRINCÍP p PRINCÍPIOS

Estéticos: da

Sensibilidade, formas de

expressão e exercício da

Criatividade, e da

Diversidade de

Manifestações Artísticas

e Culturais.

Art. 6º - Resolução

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SUJEITOS/ATORES DO PROCESSO

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Os estabelecimentos de ensino, respeitadas asnormas comuns terão a incumbência de elaborar eexecutar sua proposta pedagógica.

Os docentes incumbir-se-ão de participar daelaboração da proposta pedagógica da escola ecumprir plano de trabalho.

(Art. 12 inciso I e Art. 13 incisos I e II daLDB, Lei nº 9.394/96)

Parceiros na formação

Art. 20 - § 5º Resolução CEB/CNE nº 7/2010

Na implementação de seu projeto político-pedagógico, as escolas se articularão com asinstituições formadoras com vistas a assegurar aformação continuada de seus profissionais.

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Eixo Central do PPP

Art. 21 - Resolução CEB/CNE nº 7/2010

O aluno, centro do planejamento curricular, seráconsiderado como sujeito que atribui sentidos ànatureza e à sociedade nas práticas sociais quevivencia, produzindo cultura e construindo suaidentidade pessoal e social.

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AÇÕES INTEGRADAS E ARTICULADAS

Funções pedagogicamente indissociáveis da escola, paraassegurar a aprendizagem, o bem-estar e odesenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões.

Art. 23 - Resolução CEB/CNE nº 7/2010

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CUIDAREDUCAR

Funções do PPP

IDENTIFICADOR

COORDENADOR

INOVADOR

DEMOCRÁTICO FORMADOR

AVALIADOR

ARTICULADOR

POLITIZADOR

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Ensino Religioso no PPP

• Valorização das experiências religiosas construídas pelosestudantes na busca da superação de preconceitosfavorecendo a capacidade de conviver com as diferentesculturas.

• Exercitar o respeito na sala de aula, a partir dos princípioscaracterizados pelos direitos e deveres da cidadania e orespeito as diferentes culturas que se manifesta nasculturas e tradições religiosas.

• Subsidiar o estudante na construção de sua identidade,afim de saber acolher, conhecer, conviver e aprender comos diferentes.

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DESAFIOS

• Obrigatoriedade na matriz curricular e ensino dematrícula facultativa;

• Carências de professores com formação/graduaçãoem ER;

• Autorização ou não dos pais para a frequênciaquando se trata de menores de 18 anos.

• Reconhecimento do “status quo” de área deconhecimento pelos sistemas de ensino

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DESAFIOS

• Política de formação inicial e continuada definidapelo MEC e pelos sistemas de ensino.

• Postura e prática pedagógica dos/as professores/as:confessional, interconfessional, ecumênica.

• Currículo deste ensino nos respectivos sistemas deensino.

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DESAFIOS

• Respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil,

• Diferentes perfis de regulamentação dos procedimentospara a definição dos conteúdos do ER nos respectivosEstados;

• Definição de normas para a habilitação e admissão dosprofessores nas legislações ;

• Ouvir entidade civil para definição dos conteúdos doensino religioso.

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PERSPECTIVAS

• Fomentar junto as IES a criação de cursos de graduaçãoem licenciatura plena no ER.

• Articulação com as IES e órgãos normativos no sentidode rever os Cursos de Especializações em ER, a partir deseus perfis e conteúdos curriculares;

• Buscar alternativas que visem à formação continuada dosprofissionais da área.

• Estabelecer uma política de atualização de práticas dosprofessores formadores .

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PERSPECTIVAS

• Inserir a discussão do ER no movimento curricular daEducação Básica

• Continuar com o objeto de reconhecimento das DCNpara o ER junto ao MEC

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DIVERSIDADE E DIFERENÇA

IDENTIDADE

VALORES

LIBERDADE

LUTAS

CONTRADIÇÕES

INCLUSÃO

ACESSIBILIDADE

INTERCULTURALIDADE

TRADIÇÕES

SUSTENTABILIDADE

ATITUDES

CRENÇAS

O Grande Sonho de Paulo Freire

Eu tenho sido um educador àdisposição do sonho, da utopia dalibertação. Esse tem sido o meugrande sonho. Aos 74 anos, eu merecuso a não sonhar. O sonho fazparte da minha naturezainconclusa. Sonho não é coisa demaluco. Sonho é coisa de quemvive e de quem existe. Existir émais do que viver e sonhar é umanecessidade da existência humana.Sonho com um projeto desociedade. Você já imaginourenunciar a esse sonho, deixar desonhar com um projeto de umanova sociedade que é justamente olocal onde você pode ou não sefazer?

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Então, o sonho faz partenatural da minha presençano mundo. E, como educador,o meu grande sonho tem sidoo exercício de uma liberdadeque se limita, que não sereconhece a si mesma como aproprietária dos outros, comoa proprietária do mundo. Omeu sonho é a invenção deuma sociedade menos feia,uma sociedade em que sejapossível amar e ser amado.Uma sociedade ética,estética, livre e decente.

O Grande Sonho de Paulo Freire

Veja como a sociedadebrasileira é estruturalmentemalvada. As classesdominantes deste país sãofeias, perversas. Milhões emilhões de brasileiros estãosimplesmente proibidos desonhar. Uma das condiçõesnecessárias para sonhar é quevocê tenha o amanhã. Não sesonha a partir do outro, anão ser quando você apanhaum momento do outro paratransformá-lo no objeto doseu sonho do amanhã.

O amanhã não é umacategoria, um espaço a maisalém de mim mesmo, àespera de que eu chegue lá. Omeu amanhã é o hoje que eutransformo. Mas é impossívelsonhar se você não tiverhipóteses de amanhã, se vocênão tiver sonhos de amanhã.A grande maioria dapopulação brasileira estáproibida de sonhar porquenem sequer comeu hoje, eespera desesperadamentepela morte.

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O Grande Sonho de Paulo Freire

Eu não sei como é possíveldormir tendo a coragemcínica de dizer que arealidade é assim mesmo,que não há o que fazer.Quando tu me perguntas:Paulo, tu sonhas? Eu terespondo: Sim, sonho. Eusonho, no mínimo, com quenão seja possível sonhar, comque não seja possível admitirque a vida tem que ser o queestá sendo. Não! Eu protesto!A vida não é,necessariamente, o que estásendo. Ela pode e deve sermudada.

Eu não dormiria bem se tivessedito isso a você, pois é falando avocê hoje e a outros jornalistasamanhã, é denunciando, éescrevendo livros nos quaiscritico duramente esse fatalismoimoral. É dessa forma que eucontinuo sonhando. E eu,concretamente, lanço o meuprotesto. Que eu,concretamente, não aceito quemilhões de brasileiros morramporque têm que morrer, e quenão aceito que eles continuemmorrendo para que minoriasvivam o gozo ilegítimo que derama si mesmo.

( Entrevista realizada por Nye Ribeiro Silva em janeiro de 1996)

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Não posso sereducador gestorse não percebocada vez melhorque, por nãopoder ser neutra,minha práticaexige de mim umadefinição.

Revista Gestão - Da Conscientização à Ação

A sua escola possui uma Proposta Pedagógica ou um Projeto Político-Pedagógico

Ambos expressam a mesma coisa

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Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

______.Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

• BRASIL, Lei n° 9.475, de 22 de julho de1997. Dá nova redação ao art. 33 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9475.htm>. Acesso em: 14 out. 2010.

• BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 4, de 14 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, 2010, Seção 1, p. 824.

• BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 7, de 15 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o EnsinoFundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 2010, Seção 1, p. 34.

• FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO – FONAPER. Parâmetros Curriculares Nacionais para oEnsino Religioso. São Paulo: Ave Maria, 1997.

• SANTIAGO, Maria Eliete. Projeto pedagógico da escola: Uma contribuição ao planejamento escolar. In: Revista deAdministração Educacional. Recife,PE. Vol. I, nº 1, p. 1-82, jul/dez 1997.

• VASCONCELLOS, Celso dos S. Metodologia de Elaboração do PPP. In: Planejamento:Projeto de Ensino -Aprendizagem e Projeto Político, 21ª ed. São Paulo: Libertad, 2010.

• VEIGA, Ilma Passos A. (Org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma construção possível. Campinas, SP.Papirus ed. 1998.

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