professora leonilda brandão da silva · 1) qual característica dos anelídeos dá nome ao...

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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.

TERRA BOA - PARANÁ

Professora Leonilda Brandão da Silva

E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com

Reino Metazoa

FILO ANELÍDEOS

p. 145

PROBLEMATIZAÇÃO INICIAL

Por que o nome ANELÍDEOS?

Você conhece algum anelídeo?

Como é o corpo dos anelídeos?

Onde eles vivem?

Como respiram e do que se alimentam as

minhocas?

Qual a importância das minhocas do

ponto de vista ecológico?

HABITAT

São encontrados:

No solo úmido (minhocas).

No mar (poliquetas ou vermes marinhos).

Ectoparasitas de vertebrados aquáticos

(sanguessunga).

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA

O termo anelídeo (anelo=anel) indica a segmentação do corpo (cilíndrico), com repetições desses seg-mentos (em forma de anel).

Cada metâmero possui uma cópia dos principais órgãos, músculos, nervos e estruturas excretoras.

Esse fenômeno é chamado METAMERIA.

São triblásticos.

Apresentam simetria bilateral.

Celomados.

O celoma está dividido por septos em anéis, segmentos ou metâmeros, é preenchido por um líquido e contém os órgãos de reprodução e os de ex-creção.

Características embrionárias

REVESTIMENTO A superfície do corpo é revestida por uma epiderme, e

com uma cúticula externa, e pode apresentar peque-nos “pelos” duros (cerdas), compostas de quitina, e funciona como âncora, dando apoio ao animal em sua locomoção.

Nos poliquetos (poli=muitas; quetos=cerdas) estas cerdas estão implantadas em expansões laterais chamadas de parapódios e funcionam como “pernas rudimentares”.

As cerdas das minhocas são percebidas como asperezas, se percorrermos o corpo do verme com os dedos.

Sob a epiderme aparece a musculatura, que auxi-lia na locomoção do animal.

As cerdas servem de ponto de apoio na terra, prendendo uma parte do corpo ao solo, enquanto a outra se estica ou encolhe.

A divisão do corpo em anéis dá maior flexibilida-de aos movimentos.

MOVIMENTOS

A sustentação é dada pelo líquido do celoma que

funciona como esqueleto hidrostático.

SUSTENTAÇÃO

Alguns alimentam-se de detritos vegetais; outros são carnívoros; alguns são parasitas;

A digestão é extracelular e o tubo digestório é com-pleto com: faringe, esôfago, intestino e ânus.

Nas minhocas, há um papo, que armazena alimento, e uma moela, que tritura o alimento.

DIGESTÃO

Em animais maiores e mais complexo, com o corpo for-mado por várias camadas de células, a difusão é lenta para levar alimentos e oxigênio para todas as células em uma velocidade compatível com as necessidades energéticas do corpo.

CIRCULAÇÃO

Podemos compreender, então, por que os anelídeos, diferentemente dos platelmintos e nematódeos, possuem sistema circulatório com a função de levar alimento e oxigê-nio para as células.

CIRCULAÇÃO

Nas minhocas o sistema circulatório é fechado: o sangue não sai dos vasos.

Há dois vasos principais: um dorsal (contrátil) que impul-siona o sangue, e um ventral. Ambos estão ligados entre si por pares de vasos, chamados corações laterais (cinco), que se contraem ritmicamente e que auxiliam na propul-são do sangue.

Nos órgãos há vasos muito finos e ramificados (capilares), que permitem a passagem de alimento e oxigênio para as células e recebem delas gás carbônico e excretas.

Alguns anelídeos possuem pigmentos respiratórios no sangue: o mais comum é a hemoglobina, de cor ver-melha, encontrada nas minhocas.

Nesses animais a respiração é cutânea (através da pele) e indireta (os gases são levados pelo sangue).

A respiração cutânea só é possível se a pele estiver úmida. Assim, a pele das minhocas é praticamente nua, sem coberturas impermeabilizantes, e possui cé-lulas produtoras de muco, que ajuda a manter a umi-dade da pele.

RESPIRAÇÃO

Na maioria das sanguessu-gas, a respiração também é cutânea, com brânquias em alguma espécies.

Em alguns poliquetos, a respiração e a circulação são semelhantes às das minhocas, mas possuem brânquias, isto é, dobras da pele em forma de fios ou lâminas, ricas em vasos sanguíneos.

Com elas, o animal pode ter uma grande super-fície de contato em pequena região do corpo.

EXCREÇÃO

Em cada segmento do corpo, há um par de tubos abertos, que funcionam como pequenos rins, os metanefrídios.

Eles retiram os excretas do celoma através do nefróstoma (em forma de funil). As subst. tóxicas são eliminadas através do nefridióporo, que se abre na superfície do corpo.

COORDENAÇÃO

O sistema nervoso é formado por dois cordões nervosos ventrais, com um par gânglios por segmento. Dos gânglios saem nervos para os músculos.

Nas minhocas não há ocelos (presentes nos poliquetas), mas há células espalhadas pela pele que acusam a presen-ça de luz, que ajudam o animal procuram ambientes escu-ros e frescos.

REPRODUÇÃO

As sanguessugas e minhocas são hermafroditas, mas não ocorre autofecundação e sim fecundação recípro-ca, também chamada de fecundação cruzada.

As minhocas apresentam uma estrutura glandular for-mada pelo tegumento de alguns segmentos, chamada clitelo, localizado mais ou menos no centro do corpo.

Quando o sistema sexual feminino amadurece, os óvulos são lançados em uma cápsula (casulo), produzida pelo clitelo.

Este casulo desliza em direção à abertura do receptáculo seminal, onde recebe os espermatozoides.

A fecundação ocorre no casulo e é, portanto, externa: os ovos desenvolvem-se e o casulo é depositado em terra úmi-da. Da eclosão dos ovos saem indivíduos jovens iguais ao adulto (desenvolvimento é direto).

REPRODUÇÃO

Na maioria dos poliquetos, os sexos são separados e o desenvolvimento é indireto, com formação de uma larva ciliada – trocófora (semelhante moluscos).

Os poliquetas também apresen-tam reprodução assexuada: formam zonas de brotamento em regiões específicas do corpo, nas quais se desenvol-vem novos indivíduos, que, depois, se separam.

Principal característica para a classificação é a quantidade de cerdas.

CLASSIFICAÇÃO

Grupo Representantes

Polychaeta Poliquetos.

Oligochaeta Minhocas.

Hirudinea Sanguessuga.

Sistemática

Minhoca terrestre

européia

(OLIGOCHAETAS)

Sanguessuga, que vive

em rios e lagos de água

doce (Hirudinea)

Poliqueto

marinho

(POLIQUETO)

Classe Polychaeta

Polys = muitos - Apresentam numerosas cerdas implantadas nos parapódios (grego para = seme-lhante podos = pé, pata)

Alguns poliquetos se deslocam ativamente e são chamados de poliquetos errantes.

Outros vivem em túneis que cavam na areia. Há também os que constroem tubos com calcário ou grãos de areia, cimentados por um muco, e são chamados poliquetos tubículos.

1

Classe Oligochaeta Oligo = pouco + chaite = cerdas - Animais que apre-sentam poucas cerdas.

A maioria dos oligoquetos (minhocas) são terrestres, mas há alguns representantes de água doce.

Em geral, medem entre (5 a 10cm). Os minhocuçus podem atingir até 2 m de comprimento, mas estão em sério risco de extinção por causa da venda para iscas o que é proibido por lei.

2

Minhocuçu (lei federal proibi a venda – corre risco de extinção)

Criação de minhocas para pro-

dução de húmus: terra mistura-

da a detritos orgânicos e subs-

tâncias nitrogenadas.

Os representantes mais co-

muns da classe Oligochaeta

são as minhocas terrestres

Classe Hirudinea A maioria dos hirudíneos é de água doce.

O tamanho varia de 1 a 30 cm de comprimento.

Respiram através da pele.

Não apresentam cerdas e nem parapódios;

Apresentam duas ventosas: a posterior participa da locomoção e da fixação; a anterior, em volta da boca, ajuda a sugar o sangue de animais, um vez que a ma-ioria parasita vertebrados aquáticos (ectoparasitas);

Exemplo: Hirudo medicinalis (sanguessuga) utilizada antigamente em sangrias.

Outras ssp, se alimentam de pequenos animais ou restos de matéria orgânica.

Sanguessuga fixada ao dorso de uma

perereca

3

A IMPORTÂNCIA DAS MINHOCAS

O Brasil é o 3º país com maior nº de minhocas do mun-do. São em torno de 300 ssp já conhecidas, entre as 4500 classificadas até agora.

São importantes para a fertilidade do solo. Ao abrirem caminho por ele, comendo terra e restos vegetais e construindo túneis, elas tornam o solo mais poroso e arejado, o que facilita a circulação de ar e permite que a água se infiltre melhor. Com isso, as raízes das plantas conseguem oxigênio e água com mais facilidade.

Além disso, elas digerem a matéria orgânica dos detritos e eliminam fezes que servem de adubo para o solo. Produzem, assim, uma parte do húmus, rica em sais minerais necessários às plantas.

Minhocultura é a criação de minhocas para comerciali-zação dos animais ou de suas fezes.

As minhocas são ainda importantes para a pesquisa de medicamentos, como fonte de proteínas para alimen-tação animal (alguns países é usada na alimentação humana), além de funcionarem como bioindicadores da qualidade ambiental.

VÍDEO:

O QUE SÃO ANELIDEOS?

Duração: 2:38

https://www.youtube.com/watch?v=I82rUTQO704&t=44s

ATIVIDADES – p. 145 a 148 1) Qual característica dos anelídeos dá nome ao gru-

po?(1)

2) Como é o corpo dos anelídeos? (1)

3) O que significa dizer que as minhocas são hermafro-ditas com fecundação cruzada? (2)

4) Do que se alimentam as minhocas e as sanguessugas?1

5) Explique por que as minhocas, em geral, passam o dia embaixo da terra e só vêm à superfície à noite. (2)

6) Nas minhocas não há ocelos, como então elas conseguem encontrar ambientes escuros e frescos? (2)

7) Qual a importância das minhocas do ponto de vista ecológico?

8) Complete a tabela:

CARACTERÍSTICAS ANELÍDEOS

Tecidos embrionários

Simetria

Divisão do corpo

Revestimento

Sistema nervoso

Locomoção

Digestão

Respiração

Circulação

Excreção

Reprodução

Fecundação

Desenvolvimento

CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS

CLASSE CARACTERÍSTICAS REPRESENTANTES

Oligoquetas

Poliquetas

Hirudineos

ATIVIDADES

Aplique seus conhecimentos

Responder as questões

1 a 16 (exceto 11, 12)

p. 149 a 151

PROBLEMATIZAÇÃO INICIAL

Por que o nome ANELÍDEOS?

Você conhece algum anelídeo?

Como é o corpo dos anelídeos?

Onde eles vivem?

Como respiram e do que se alimentam as

minhocas?

Qual a importância das minhocas do pon-

to de vista ecológico?

REFERÊNCIA

LINHARES e GEWANDSZNADER.

Biologia Hoje - Os seres vivos. Volume

2. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2013.

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