prof. dr. wilson da silva. sigmund freud (1856-1939) sigmund freud foi um médico neurologista...

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Teorias em Psicologia do Desenvolvimento: a

Psicanálise

Prof. Dr. Wilson da Silva

Sigmund Freud (1856-1939)

Sigmund Freud foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da Psicanálise. Interessou-se inicialmente pela histeria e, tendo como método a hipnose, estudou pessoas que apresentavam esse quadro. Mais tarde, com interesses pelo inconsciente e pulsões, entre outros, abandonou a hipnose em favor da associação livre. Estes elementos tornaram-se a base da Psicanálise.

Sigmund Freud (1856-1939)

Freud, além de ter sido um grande cientista e escritor possui o título, assim como Copérnico e Darwin, de ter realizado uma revolução no âmbito humano: a idéia de que somos movidos pelo inconsciente.

Nicolau Copérnico (1473 — 1543)

Charles Darwin(1809 — 1882)

O conceito de inconscientePara Freud, as determinações mais

importantes do comportamento não

estão disponíveis para o nosso pensamento

consciente. Não sabemos por que

fazemos o que fazemos porque as

razões são inconscientes.

A mente conscienteFreud postulou três

níveis de consciência e

comparou a mente com um iceberg

flutuando na água. Como um iceberg,

apenas uma pequena parte da mente é visível: a

mente consciente.

A mente conscienteO nível

consciente refere-se às

experiências que a pessoa percebe, incluindo

lembranças e ações

intencionais.

A mente pré-consciente

Sob a superfície da água, às vezes visível e às vezes submersa, está a mente pré-consciente.

A mente pré-conscienteParte do material que não está consciente num determinado momento pode ser facilmente trazido para a consciência; esse material é chamado de pré-consciente. Ex.: lembrar uma informação.

A mente inconscienteComo num iceberg, grandes perigos se escondem na parte não-visível. Por fim há uma grande massa, equivalendo à maior parte da mente, que está oculta, como no bloco do iceberg submerso na água: a mente inconsciente.

A mente inconscienteO terceiro nível de consciência é diferente; seus conteúdos não emergem prontamente na consciência. O inconsciente refere-se a processos mentais de que a pessoa não está cônscia.

A mente inconscienteEsses materiais permanecem no inconsciente porque torná-los conscientes produziria demasiada angustia. Diz-se que o material está reprimido, ou seja, resiste a tornar-se consciente. Ex.: as lembranças traumáticas esquecidas e os desejos não satisfeitos.

O comportamento para Freud

Consciente

Inconsciente

(depósito de lixo)

Comportamento

Método da PsicanáliseAssociação livre: o

analisado, numa postura relaxada, é solicitado a

dizer tudo o que lhe vem à mente. Suas

aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de

especial interesse na escuta, como também todas as experiências

vividas são trabalhadas em análise. Escutando o

analisado, o analista tenta manter uma

atitude empática de neutralidade. Uma

postura de não-julgamento, visando a

criar um ambiente seguro.

O divã de Freud

A hipnose de Charcot

Jean-Martin Charcot(1825 — 1893)

A interpretação dos sonhosO sonho disfarça a

realização de um desejo reprimido. O relato do sonho é denominado

conteúdo manifesto do sonho. A interpretação do sonho é o processo

de inferência dos desejos inconscientes disfarçados no sonho.

Seu sentido oculto, revelado pela

interpretação dos símbolos oníricos, e

denominado conteúdo latente do sonho.

Os sonhos

SONHOS“A estrada real para o

inconsciente”

Conteúdo manifesto

(que se conserva na memória)

Conteúdo latente

(o sentido oculto)

A interpretação dos sonhosDurante a vigília, as

forças da consciência refreiam poderosamente as forças inaceitáveis do inconsciente. Durante o

sono, as forças refreadoras da

consciência relaxam e o inconsciente procura

emergir na consciência provocando angústia, que ameaça despertar quem está sonhando. O sono é protegido pelo sonho, que disfarça o

inconsciente sob formas simbólicas menos

ameaçadoras.

Conflito intra psíquicoPara formular mais claramente a tensão entre o inconsciente

que procura expressar-se e a consciência que tenta conter as forças inconscientes, Freud

descreveu três estruturas da

personalidade. O id é primitivo, fonte dos impulsos biológicos. Ele é inconsciente.

Conflito intra psíquico

O ego é a parte racional da personalidade que lida com o mundo real. É a estrutura mais consciente da personalidade (embora não totalmente consciente).

Conflito intra psíquicoO superego consiste nas regras e ideais da sociedade que foram interiorizados pelo indivíduo. Parte do superego é consciente, mas uma grande parcela dele permanece inconsciente.

As estruturas da personalidade

Conflito intra psíquicoO id, o ego e o superego nem sempre coexistem pacificamente. O id exige satisfação imediata enquanto o superego ameaça com culpa quando se tenta satisfazer algum impulso imoral. O ego reprimir ou fazer a mediação entre o id e o superego.

Conflito entre Id, Ego e Superego

O ato falho

Oi Márcia

Márcia? Quem é Márcia?

Meu nome é Maria

Freud , no livro “Sobre a psicopatologia da vida cotidiana ”, descreveu o impacto do inconsciente numa ampla variedade de comportamentos das pessoas normais, sendo

estes fenômenos denominados por “atos

falhos”. Estes “acidentes” para um freudiano, não são

aleatórios, mas motivados por desejos

inconscientes.

São estágios do desenvolvimento infantil centrados nas zonas erógenas.

Fases de desenvolvimento psicossexuais

FASE ZONA ERÓGENA

Oral (0-2 anos) Boca (sucção)

Anal (2-4 anos) Ânus (sfincteres)

Fálica (4-6 anos) Pênis (Édipo e Electra)

Latência (6 -12 anos) Relativa calma para os instintos sexuais

Genital (12 até a vida adulta)

Satisfação sexual com o sexo oposto

Complexo de Édipo

Verifica-se quando a criança atinge o

período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos,

tendendo a fixar a sua atenção libidinosa

nas pessoas do sexo oposto no ambiente

familiar.

Complexo de Electra

É uma atitude emocional que as meninas têm para com a sua mãe. É

como se a filha desejasse,

inconscientemente, eliminar a mãe e

possuir o pai.

CARL GUSTAV JUNG (1875 — 1961)

"Assim, como o nosso corpo é um verdadeiro museu de órgãos, cada um com a sua longa evolução

histórica, devemos esperar encontrar também na mente uma organização

análoga.”

Inconsciente ColetivoÉ a camada mais

profunda da psique humana. Ele é

constituído pelos materiais que foram

herdados da humanidade. É nele que

residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que

seriam comuns a todos os seres humanos.

Psicanálise e Neurociência

Sistema Límbico

Psicanálise e neurociência: memória explícita e implícita

Freud e a educaçãoPara Freud o amor constitui o motor

principal da educação, que é a

demanda de amor que a criança dirige aos

seus pais e educadores.

Cabe ao educador conquistar este amor,

conservá-lo, na tentativa de provocar o desejo da criança

para aprender.

Freud e a educaçãoCompete ao educador trabalhar com mais empenho no que diz respeito à questão da sexualidade, dirigindo as pulsões para outros fins que não seja propriamente sexual.

Para Freud a educação tem primordial papel neste processo, que ele denomina de sublimação.

Freud e a educaçãoA sublimação em Freud é a dessexualização do objeto, ou seja, há um processo em que a energia que empurra a pulsão continua a ser sexual, mas o objeto não o é mais.

Tudo que o educador pode aprender da e pela psicanálise é saber por limites a sua ação, que consiste em uma arte de inesgotável valor.

FREUD, S. Sobre a psicopatologia da vida cotidiana. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

______. A interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

______. Sobre o início do tratamento. Jornal de psicanálise. 1996.

CLONINGER, S. Teorias da personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

JUNG, C. O homem e seus símbolos. Nova Fronteira, 2005.

PLACCO, V. Psicologia e educação. São Paulo: Educ, 2003.

Referências

Vídeos

Freud: Além da alma (1962)Freud: documentário do GNTBiografia de Freud (A&E)

Freud: o xadrez e o tratamento psicanalítico

"Se tentarmos apreender nos livros o nobre jogo de xadrez, não tardaremos em notar que

só as aberturas e as finais podem ser objeto de uma

expressão sistemática exaustiva, à qual, por outro

lado, se subtrai a infinita variedade das jogadas que se seguem à abertura. Limitar-se

ao estudo de partidas celebradas entre mestres no xadrez pode preencher esta lacuna. Pois bem, as regras que podemos indicar para a

prática do tratamento psicanalítico estão sujeitas a

idêntica limitação."

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