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Impactos econômicos das áreas de APP e Reserva Legal nas

propriedades agrícolas familiares do Estado de São Paulo.

Prof. Dr. Victor Eduardo Lima Ranieri

Orientador

Érica Silva MendonçaEng. Florestal, MSc. Agronegócios

Objetivos

Objetivo da tese: Analisar o impacto econômico da conservação da natureza – relativa às áreas de preservação permanente e de reserva legal - sobre a propriedade agrícola familiar no Estado de São Paulo.

Objetivo desta apresentação:

Discutir a representatividade das propriedades familiares para a conservação da natureza no Estado de São Paulo;

Discutir a relação do uso da terra, da renda, das

dificuldades de produção apontadas na literatura e das áreas de conservação nestas propriedades.

Número de estabelecimentos agropecuários

Área dos estabelecimentos agropecuários

  Unidades % Hectares %Agricultura não familiar 76.722 33,71 14.454.682 85,25

Agricultura familiar - Lei 11.326 150.900 66,29 2.500.267 14,75

Total 227.622 100 16.954.949 100

Distribuição fundiária dos estabelecimentos agropecuários no

Estado de São Paulo

Censo Agropecuário IBGE – 2006 (2ª apuração)

Agricultura não familiar85%

Agricultura familiar - Lei

11.32615%

Agricultura não familiar

34%Agricultura familiar -

Lei 11.32666%

Número de estabelecimentos agropecuários no Estado de São Paulo

Censo Agropecuário IBGE – 2006 (2ª apuração)

Área dos estabelecimentos agropecuários no Estado de São Paulo (Hectares)

Como estão distribuídas as propriedades familiares nos municípios?

CunhaAF: 42.975 haAP: 41.196 ha

São Caetano do Sul

AF: 3 haAP: 0 ha

SantosAF: 46 haAP: 15 ha

DivinolândiaAF: 9.736 haAP: 5.480 ha

HortolândiaAF: 72 haAP: 7 ha

UrâniaAF: 7.958 haAP: 7.484 ha

Santo André

AF: 24 haAP: 6 ha

Em apenas 16 municípios:Agricultura familiar ocupa ≥ 50% das áreas rurais

Mapa feito a partir dos dados do Censo Agropecuário IBGE – 2006

Estrutura fundiária não familiar (patronal)

Número de estabelecimentos 

agropecuários (Unidades)

Número de estabelecimentos 

agropecuários (Percentual)

Área dos estabelecimentos 

agropecuários (Hectares)

Área dos estabelecimentos 

agropecuários (Percentual)

Mais de 0 a menos de 0,1 ha 165 0,07 8 0,00De 0,1 a menos de 0,2 ha 152 0,07 20 0,00De 0,2 a menos de 0,5 ha 314 0,14 96 0,00De 0,5 a menos de 1 ha 480 0,21 316 0,00De 1 a menos de 2 ha 1.061 0,47 1.393 0,01De 2 a menos de 3 ha 1.682 0,74 3.980 0,02De 3 a menos de 4 ha 1.417 0,62 4.898 0,03De 4 a menos de 5 ha 2.057 0,90 9.662 0,06De 5 a menos de 10 ha 6.182 2,72 47.724 0,28De 10 a menos de 20 ha 9.958 4,37 147.449 0,87De 20 a menos de 50 ha 14.089 6,19 464.453 2,74De 50 a menos de 100 ha 12.041 5,29 896.003 5,28De 100 a menos de 200 ha 12.442 5,47 1.766.409 10,42De 200 a menos de 500 ha 9.576 4,21 2.964.032 17,48De 500 a menos de 1000 ha 2.844 1,25 1.974.326 11,64De 1000 a menos de 2500 ha 1.470 0,65 2.235.513 13,19De 2500 ha e mais 623 0,27 3.938.399 23,23Produtor sem área 169 0,07 - -Total 76.722 33,71 14.454.682 85,25

Censo Agropecuário IBGE – 2006

0,12%

3,89%

33,18%

48,06%

Área >0 a <5 ha

Área >5 a <50 ha

Área >50 a <500 ha

Área >500 a <1000

ha

Área >1000 a

<2500 ha

Área ≥2500 ha

0

200

400

600

800

1,000

1,200

1,400

0.32 3.70 35.06138.84

304.15

1,264.33

Área

méd

ia d

as R

eser

vas

Lega

is e

m

prop

rieda

des

não

fam

iliar

es (h

a)

56% das áreas de Reserva Legal em propriedades não familiares e em

fragmentos potencialmente maiores que 100 ha.

95% das áreas de Reserva Legal em propriedades não familiares e em

fragmentos potencialmente maiores que 10 ha.

Área média das reservas legais em relação a área da propriedade

Censo Agropecuário IBGE – 2006

0,14% da área de

RL

4,5% da área de RL

39% da área de RL

14% da área de

RL

15% da área de

RL

27% da área de

RL

Áreas de conservação nas propriedades familiares

Algumas vertentes de pesquisa questionam os impactos:

Viabilidade econômica da produção; Área e estrutura de produção; Trabalho rural; Renda familiar.

(GONÇALVES e CASTANHO FILHO, 2006; AMARAL, MONTEIRO e SACHS, 2008)

Uso da terra pela agricultura familiar no Estado

Uso da terra na agricultura familiar0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

29.5

0.6

27.3

2.6

27.4

0.10.4 0.65.21.53.70.10.9

Terras inaproveitáveis para agricultura ou pecuária (pântanos, areais, pedreiras, etc.)Terras degradadas (erodidas, desertificadas, salin-izadas, etc.)Construções, benfeitorias ou caminhosMatas e/ou florestas - naturais (exclusive área de preservação permanente e as em sistemas agroflorestais)Matas e/ou florestas - naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legalSistemas agroflorestais - área cultivada com espécies florestais também usada para lavouras e pastoreio por animaisTanques, lagos, açudes e/ou área de águas públicas para exploração da aquiculturaÁrea para cultivo de flores (inclusive hidroponia e plas-ticultura), viveiros de mudas, estufas de plantas e casas de vegetaçãoPastagens - plantadas em boas condiçõesPastagens - plantadas degradadasPastagens - naturaisFlorestas plantadas com essências florestaisLavouras Censo Agropecuário IBGE –

2006

Renda da agricultura familiar

Censo Agropecuário IBGE – 2006

Desempenho econômico da agricultura familiar

São afetados basicamente por três fatores:

A base material com que trabalham (em especial, a qualidade das terras)

A formação dos produtores (escolaridade, treinamentos, anos de estudo)

A existência de instituições características de uma economia moderna no ambiente em que atuam (acesso diversificado a mercado, ao crédito, à informação, à compra de insumos)

(ABRAMOVAY, 1997)

Fatores que restringem a produção do agricultor familiar

Educação Habilidade de gerenciamento Financiamentos Condição do produtor em relação à terra Escala dos estabelecimentos Relações contratuais pouco desenvolvidas  Canais de comercialização restritos Pouca capitalização e baixa capacidade de investimento

(mesmo considerando a existência de acesso a crédito) Baixa proteção contra os riscos associados às variações ambientais Acesso e uso de informação e de conhecimento técnico de maneira 

restrita

(GUANZIROLI et al , 2001; SOUZA FILHO et al, 2004; BUAINAIN et al, 2007)

Recomendações

Pensando nas políticas públicas de conservação do Estado de São Paulo

– Priorizar ações que assegurem as áreas protegidas em propriedades não familiares

- Devido a representatividade da área

- Menor vulnerabilidade econômica

esmendonca@sc.usp.brÉrica Silva Mendonça

Doutoranda em Ciências da Engenharia Ambiental

vranieri@sc.usp.brVictor E. Lima Ranieri

Prof. Dr. USP – São Carlos

Muito obrigada!

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