produção literária a poesia romântica em portugal

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O Romantismo em PortugalDurante o século XIX, Portugal

participou de grandes transformações políticas européias. Nesse período as primeiras manifestações pré-românticas aconteceram, mas o Romantismo só teve início no final dos anos 20.

O introdutor do Romantismo em Portugal é Almeida Garrett, essa nova escola dominará até a década de 60.Conforme se sucederam as gerações dos autores o Romantismo foi evoluindo, isso se deu em três momentos:

* Primeira geração romântica portuguesa

- Sobrevivência de características neoclássicas;- Nacionalismo;- Historicismo, medievalismo

-foi a primeira geração de escritores românticos portugueses

Principais autores

Almeida Garrett

Principais obras de Almeida Garrett:

- Camões (1825)- Dona Branca (1826)

- Adozinda (1828)- Catão (1828)

- Romanceiro (1843)- Cancioneiro Geral (1843)- Frei Luis de Sousa (1844)- Flores sem Fruto (1844)

- D’o Arco de Santana (1845)- Folhas Caídas (1853)

Trecho do livro “Folhas Caídas”:

“Este inferno de amar – como eu amo!– Quem mo pôs aqui n´alma… quem foi?

Esta chama que alenta e consome,Que é a vida – e que a vida destrói

(…)”Almeida Garret.

Alexandre Herculano

Antônio Feliciano de Castilho

* Segunda geração romântica portuguesa

- Mal do século;- Excessos do subjetivismo e do emocionalismo românticos;- Irracionalismo;

- Escapismo, fantasia;- Pessimismo. -A segunda geração é formada pelos poetas ultra-românticos

Principais autores

Carlota Ângela (1858)Amor de perdição (1862)

Coração, cabeça e estômago (1862);Amor de salvação (1864); A queda dum anjo (1866); A doida do Candal (1867);

Novelas do Minho (1875-77); Eusébio Macário (1879);

A corja (1880); A brasileira de Prazins (1882).

“Abri meu coração às mil quimeras;Encheram-mo de fel, e tédio, e alma,

Tive, em paga do amor, riso de infama…Ai!, pobre coração!, quão tolo eras!Dobrei-me da razão às leis austeras;

Quis moldar-me ao viver que o mundo amaO escárnio, a detracção me suja a fama,

E a lei me pune as intenções severas.Cabeça e coração senti sem vida,

No estômago busquei uma alma novaE encontrá-lo pensei… Crença perdida!

Mulher aos pés o coração me sova;Foge ao mundo a razão espavorida;E por muito comer eu desço à cova!”

Camilo Castelo BrancoCoração, cabeça e estômago. Lisboa: Europa-América, 1988. 180 p.

O FirmamentoO Noivado do Sepulcro

Trecho-O Firmamento

E cada qual de vós um astro encerra,

Um Sol que apenas vejo,

Monarca doutros mundos como a terra

Que formam seu cortejo.

Ninguém pode contar-vos: quem pudera

Esses mundos contar a que dais vida,

Escuros para nós, qual nossa esfera

Vos é nas trevas da amplidão sumida.

Vai alta a lua! .Na mansão da morteJá meia noite com vagar soou;

Que paz tranqüila! Dos vaivéns da sorteSó tem descanso quem ali baixou.

A CaridadeAvarentoPaixão

Campo de Flores

Supõe que de uma praia, rocha ou monte,Com essa vista embaçada e turvaQue dá aos olhos entranhável dor,Tinhas podido ver transpor a curvaPouco a pouco do líquido horizonteA barca saudosa que levasseAquele a quem primeiro uniste a face

E o teu primeiro amor!

As pupilas do senhor reitor (1867)

Uma família inglesa (1868)

A morgadinha dos canaviais (1868)

Os fidalgos da casa mourisca (1871)

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