privacidade e sigilo profissional na estratégia saúde da família

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Privacidade e sigilo profissional na Estratégia Saúde da Família. III ENCONTRO DE BIOETICA DE RIBEIRÃO PRETO 08 DE OUTUBRO DE 2010. Profa. Dra. Elma Zoboli. Intimidade e privacidade: problemas éticos. - PowerPoint PPT Presentation

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Privacidade e sigilo profissional na Estratégia Saúde da Família

III ENCONTRO DE BIOETICA DE RIBEIRÃO PRETO08 DE OUTUBRO DE 2010

Profa. Dra. Elma Zoboli

Intimidade e privacidade: problemas éticos

• Intimidade, privacidade, confiança, fidelidade e lealdade na relação clínica e na atenção a saúde

• Obrigações de confidencialidade, segredo, sigilo ou reserva para os profissionais. Efeito do tipo de informação.

• Informação a terceiros. Justificativa e limites

• Deveres fiduciários. Dever de tratar. Dever de alertar. Dever de evitar danos. Exceção aos deveres.

• Limites da obrigação de confidencialidade. Revelação permitida. Revelação exigida. Efeito do tipo de perigo ou dano ao qual se expõem terceiros.

• Atitude do profissional de saúde ante a confidencialidade na própria instituição de saúde

• Confidencialidade e trabalho em equipe.

• Elaboração, registro, guarda, informatização e acesso à história clínica (prontuário)

Segredo

Segredoprofissional

IntimidadePrivacidade

Confidencialidade

SEGREDOSEGREDO

• Ato intencional de ocultar algo• de manter algo reservado

• Algo que se esconde de uns e se confidencia a outros

Termo polissêmico

sagradomisterioso

oculto

íntimo

privado

silencioso

Não expressado

implícito

oculto

reservado

proibidovergonhoso

furtivo

falso traidor

• É da condição humana: ter coisas que se preservam do conhecimento de terceiros

4 anos = noção de segredo, do imperativo do sigilo e que näo se confidenciam segredos a qualquer um

Tomada de consciência de si como sujeito dotado de vida interior, subjetiva

Gênese da construção da intimidade, suas relações com as normas morais para garantir a sua não violação

La Taille, 1996

Paternalismo

• Medicina – desde as origensMedicina – desde as origens

Vários significadosVários significados

Segredo de ofício

Não revelar

Não divulgar

que se obtinha graças ao ambiente de confiança necessário para o correto

exercício da profissão médica

informação

Está claro que...

• A relação clínica na atenção à saúde requer um ambiente de confiança,

confidência e lealdade

• Preservar o revelado nesse ambiente = dever autoimposto pelo proprio médico

• que determinava os limites do ‘segredo’

O Ser humano é um sujeito

• Digno• Autônomo• Livre

Direito individual • intimidade• privacidade

Intimidade

• interior – intimus• O ‘mais interior’ da pessoa

• Crença religiosa

• Moral pessoal

• Algo inerente a todo ser humano

• Direitos humanos: subjetivos ou personalissímos = liberdade

Privacidade

• Privacy Privado• 1890 – direito

• Contrário de público (sociologia)• Contrário do estatal (política)

• Autonomia » palavra chave

• Direitos à intimidade, honra, privacidade • Direito à gestão do próprio corpo

Na relação clínica

Deverprofissional

Direito das pessoassujeitos morais livres

Esfera íntima

Esfera privada

Esfera pública

Intimidade

Núcleo durodos dadossensíveis

SaúdeVida sexual

Crenças religiosasRelações afetivas

Privacidade

Dados menos sensíveis

Vida Particular

Público

coletivo

Captação e difusão

de informação

Esfera íntima

Esfera privada

Esfera pública

Atenção à saúde

Deficiência física

Práticassexuais

Condiçõesda casa

Na atenção à saúde

Confidencialidade

O que se faz ou se diz em confiançarecíproca entre duas ou mais pessoas

segredo

Confidencialidade » segredo expandido

• Segredo compartilhado » profissionais de saúde

• Segredo derivado » outros tipos profissionais que trabalham na saúde

Um profissional (de saúde ou não)

poderá ter acesso a uma informação confidencial

quando ficar clara sua condição de confidente

necessário para assegurar a atenção a saúde

Confidencialidade: limita condições para a circulação dos dados relativos à saúde e

ao corpo das pessoas

• Relação de confiança mútua

BENEFICIAR O PACIENTE

• Quem determina que tratamento deve se dar à informação sobre o seu corpo, sua saúde é o proprio interessado, por sua dignidade como ser humano e pelos direitos que dela derivam.

Dever de confidencialidade

• Respeito à autonomia pessoal e à privacidade

• Implícito na relação clínica a reserva das informações reveladas ou produzidas ao ser assistido

• Lealdade

Confidencialidade

• Tem um valor instrumental

• Deve ser avaliada em função:

• do fim que se busca

• e da legitimidade dos interesses protegidos

Dinâmicas ‘institucionalizadas’

• Problemas na estrutura física dos serviços

• Documentação ao alcance de todos

• Falta de controle nas histórias clínicas

• Discussão de casos em locais públicos

• Informação nos corredores

• Translado de pacientes pelas áreas

assistenciais com sua história

Relação clínica

Cuidado Promoção da pessoa

Confidencialidade

Bioética integrada

Comunidade

Clínica

Organização

confidencialidade

Organização

Relações de equipe

Exige mais

esforço e

criatividade

Só se vê o que se

olha, e só se

olha o que se

tem em mente

ESFORÇOESFORÇO

Questões de execução: ativar capacidades e recursos

Questões de atitudes: abrir os olhos

Questões de decisão: ordenar a cabeça

• Colocar na frente das pastas só dados administrativos

• Deixar os prontuários fora do arquivo o menor tempo possível

• Não deixar à mostra documentos que possam ser lidos com facilidade

• Fazer a remessa de documentos em envelopes lacrados

• Entregar exames em envelopes lacrados p/ o usuário ou a quem ele autorizar

• Informar ou conversar com os usuários em locais reservados

• Quando for preciso discutir o caso com a equipe, fazê-lo em locais reservados

• Familiarizar-se com métodos para tomada de decisão

• Contar com comitês assessores

• Habilidade deliberativa para contemplar os problemas em sua complexidade

• Competência em elementos comunicacionais e relacionais para concretizar as posturas e atitudes éticas

• Adotar estratégias de exploração simpática e compreensão empática

• Evitar pré-julgamentos e recriminações

• Não tentar resolver tudo num único encontro

• Fila única – com espaço adequado entre o usuário que está sendo atendido e o seguinte na fila

• Durante os atendimentos, manter portas trancadas

• Adequar o espaço físico para propiciar confidencialidade

• Assegurar-se de quem é o representante indicado pelo usuário

• Evitar interrupções nos atendimentos

• As ventilações das salas não devem interfirir na privacidade

• A música ambiente diminui a possibilidade de escuta involuntária

• Simplificar os circuitos de movimento dos documentos

• Nomear um responsável por este circuito

• Ter instruções claras sobre como manter a confidencialidade nas

atividades que podem ser feitas por qualquer membro da equipe

• Especificar, nos contratos de trabalho, o dever de guardar o segredo

• Promover atividades educativas continuadas sobre confidencialidade

• Estabelecer indicadores auditáveis

• Revisão quantificada da presença de informação clínica na parte externa do prontuário

• Revisão do movimento dos documentos para estabelecer ‘fluxos de confidencialidade garantida’

• Número de envelopes em mau estado de uso• Número de documentos enviados fora de envelopes fechados

Usuários

Familias

Profissionais

Equipes

Legisladores

Sociedade

Instituições

Comitês

Atitude

Relações

Formação

Organização

Deliberação Co-participação

Co-responsabilidade Prudência

Cuidado

Referências

• Júdez J, Nicolás P, Delgado MT, Hernando P, Zarco J, Granollers S. La confidencialidad en la práctica clínica, la historia clínica y la gestión de la información. In: Gracia D, Júdez J. ed. Ética en la práctica clínica. FCS-Triacastela: Madrid; 2004.

• La Taille, Yves de. A gênese da noção de segredo na criança. Psicol. teor. pesqui.; 12(3):245-51, set.-dez. 1996.

• Zoboli ELCP. Deliberação: leque de possibilidades para compreender os conflitos de valores na prática clínica da atenção básica. São Paulo: EEUSP; 2010. Tese (Livre-docência)

elma@usp.br

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