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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
TAISE DA ROSA CLARO
PLANO DE NEGÓCIO:
Banho e Tosa Emporium Animal
São José
2015
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
TAISE DA ROSA CLARO
PLANO DE NEGÓCIO:
Banho e Tosa Emporium Animal
Trabalho de Conclusão de Estágio de Administração do Centro Universitário Municipal de São Jose – USJ. Professor Orientador: Gilson Riham Karkotli, Dr.
São José
2015
TAISE DA ROSA CLARO
PLANO DE NEGÓCIO:
Banho e Tosa Emporium Animal
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ avaliado pela seguinte banca examinadora: Orientador:
_____________________________________
Prof. Gilson Riham Karkotli, Dr.
______________________________________
Prof. Alcides José Fernandes Andujar, M. Eng.
______________________________________
Profª. Luciana Pereira da Rocha, Ma.
São José,09 de dezembro de 2015.
Dedico este trabalho a minha mãe, pessoa essencial em minha vida, a qual agradeço pelo carinho, compreensão e incentivo durante esta etapa de minha
vida, e a todos que de alguma forma contribuiram para o desenvolvimento
deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou meu caminho nesta
trajetóriae deu força e coragem para seguir em frente, superar as adversidades e
não me deixar desistir.
Expresso minha gratidão em especial a minha mãe, pessoa mais importante
em minha vida. Agradeço o incentivo, paciência, carinho, compreensão e força que
proporcionou em toda a minha vida e em especial neste momento, onde realizo mais
um sonho.
Ao Centro Universitário Municpal de São José, seu corpo docente e
coordenação que propiciaram e fizeram parte de meu crescimento profissional e
também pessoal. Aos ensinamentos, convívio e apoio prestados no decorrer de
minha graduação e desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor orientador Dr. Gilson Riham Karkotli, pelo apoio, incentivo,
atenção, paciência e por acreditar na minha capacidade.
Por fim, agradeço aos meus colegas e amigos pelo apoio e incentivo
constante, e a todos que de alguma forma contribuíram para o
desenvolvimento deste estudo.
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com
paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo
pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante.
Augusto Branco
RESUMO
Os administradores possuem algumas ferramentas de gestão estratégica que são fundamentais na atualidade, uma dessas ferramentas, é o plano de negócios. Pode-se perceber que o plano de negócios é tratado como uma ferramenta indispensável para quem deseja abrir seu próprio negócio. O plano de negócio é um documento utilizado para descrever uma empresa, seja na sua implantação ou reformulação. Ele busca auxiliar na formulação de novas estratégias e possibilita uma melhor visão da empresa como um todo. Projeta uma descrição do mercado, produtos/serviços e clientes afim de planejar a criação de um novo empreendimento, de forma a demonstrar a viabilidade da ideia para abertura do novo negócio.Diante desses pressupostos, esta pesquisa teve como objetivo desenvolver um plano de negócio de umaempresa de Banho e Tosa de cães e gatos no Bairro Forquilhinhas, na cidade de São José/SC. A fim de concretizar esse objetivo, foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada. Para o levantamento dos dados, foi utilizado um questionário com o propósito de conhecer o perfil dos possíveis clientes do empreendimento. Os dados coletados foram analisados por meio da pesquisa quantitativa. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, onde foram utilizados procedimentos técnicos bibliográficos e documentais. A pesquisa demonstrou, diante dos resultados observados: a viabilidade econômica e financeira, os planos de marketing, jurídico, operacional e financeiro e o resumo descritivo. A partir dos resultados da pesquisa, foi possível verificar que o novo empreendimento é viável economicamente e financeiramente para a região pesquisada. Palavras-chave: Plano de negócio. Empreendimento. Viabilidade.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Contribuições para o entendimento do empreendedorismo .................... 25
Quadro 2 - Características dos empreendedores ..................................................... 27
Quadro 3 - Características dos empreendedores de sucesso .................................. 28
Quadro 4 -Tipos de empreendedores ....................................................................... 30
Quadro 5 - Componentes das competências do líder criativo ................................... 33
Quadro 6 - Etapas do processo criativo .................................................................... 34
Quadro 7 - Descrição das etapas do Momento 1 do Planejamento Estratégico ....... 40
Quadro 8 - Descrição das etapas do Momento 2 do Planejamento Estratégico ....... 40
Quadro 9 - Descrição das etapas do Momento 3 do Planejamento Estratégico ....... 42
Quadro 10 - Tipos de plano de negócio .................................................................... 44
Quadro 11 - Características do plano de negócio ..................................................... 45
Quadro 12 - Tópicos de um plano de negócio .......................................................... 46
Quadro 13 - Ações para a realização do plano de marketing ................................... 59
Quadro 14 - Canais e tipos de distribuição ............................................................... 70
Quadro 15 - Passos para o registro de uma empresa ............................................... 71
Quadro 16 - Etapas essenciais do registro do Contrato Social ................................. 73
Quadro 17 - Requisitos da caracterização do vínculo de emprego ........................... 76
Quadro 18 - Componentes do conceito de competência .......................................... 79
Quadro 19 - Descrição de cargos (administrativos e operacionais) .......................... 81
Quadro 20 - Etapas para implantação do plano de administração de cargos e
salários ...................................................................................................................... 82
Quadro 21 - Tipos de liderança ................................................................................. 84
Quadro 22 - Símbolos padronizados que compõem um fluxograma......................... 89
Quadro 23 - Investimentos em máquinas e equipamentos para um pet shop .......... 90
Quadro 24 - Investimento em móveis e utensílios para um pet shop ........................ 91
Quadro 25 - Investimento em veículo para pet shop ................................................. 91
Quadro 26 - Módulos do sistema ERP ...................................................................... 92
Quadro 27 - Custo do produto ................................................................................. 106
Quadro 28 - Custos de comercialização ................................................................. 107
Quadro 29 - Composição do capital ........................................................................ 109
Quadro 30 - Fórmula receita anual total .................................................................. 110
Quadro 31 - Vencimentos e descontos da folha de pagamento .............................. 111
Quadro 32 - Encargos socias da folha de pagamento ............................................ 113
Quadro 33 - Fórmula margem de contribuição unitária ou total .............................. 115
Quadro 34 - Conceitos de ponto de equilíbrio ......................................................... 115
Quadro 35 - Fórmula ponto de equilíbrio ................................................................. 116
Quadro 36 - Fórmula preço de venda unitário final ao consumidor ......................... 117
Quadro 37 - Estrutura Básica do Balanço Patrimonial ............................................ 119
Quadro 38 - Demonstrativo do Resultado do Exercício .......................................... 120
Quadro 39 - Cálculo da amostragem ...................................................................... 126
Quadro 40 - Resultado do cálculo da amostra ........................................................ 126
Quadro 41 - Gênero ................................................................................................ 128
Quadro 42 - Faixa etária ......................................................................................... 129
Quadro 43 - Grau de esoclaridade .......................................................................... 130
Quadro 44 - Com quem mora ................................................................................. 131
Quadro 45 - Tipo de animal de estimação ............................................................. 132
Quadro 46 - Utilização do serviço de estética ......................................................... 133
Quadro 47 - Utilização do serviço de leva e traz ..................................................... 134
Quadro 48 - Frequência do banho .......................................................................... 135
Quadro 49 - Dia do banho ....................................................................................... 136
Quadro 50 - Horário do banho ................................................................................ 137
Quadro 51 - Gasto mensal ...................................................................................... 139
Quadro 52 - Pagamento do banho .......................................................................... 140
Quadro 53 - Forma de pagamento .......................................................................... 141
Quadro 54 - O que falta nos pet shop/banho e tosa................................................ 142
Quadro 55 - Meio de comunicação ......................................................................... 143
Quadro 56 - Aceitação do banho e tosa .................................................................. 144
Quadro 57 - Gênero x Grau de escolaridade .......................................................... 145
Quadro 58 - Gênero x Com quem mora .................................................................. 146
Quadro 59 - Gênero x Gasto mensal ...................................................................... 148
Quadro 60 - Gênero x Forma de pagamento .......................................................... 149
Quadro 61 - Gênero x O que falta nos pet shp/banho e tosa ................................. 151
Quadro 62 - Descrição da empresa ........................................................................ 154
Quadro 63 - Concorrentes do Banho e Tosa Emporium Animal ............................. 168
Quadro 64 - Fornecedores do Banho e Tosa Emporium Animal ............................. 169
Quadro 65 - Ponto comercial .................................................................................. 170
Quadro 66 - Resumo da viabilidade econômica ...................................................... 175
Quadro 67 - Estimativa da lucratividade do Banho e Tosa Emporium Animal ........ 177
Quadro 68 - Estimativa da rentabilidade do Banho e Tosa Emporium Animal ........ 177
Quadro 69 - Estimativa do prazo de retorno do investimento do Banho e Tosa
Emporium Animal .................................................................................................... 178
Quadro 70 - Serviços prestados no Banho e Tosa Emporium Animal .................... 180
Quadro 71 - Valor dos serviços prestados no Banho e Tosa Emporium Animal ..... 181
Quadro 72 - Meio de comunicação ......................................................................... 182
Quadro 73 - Política de vendas ............................................................................... 184
Quadro 74 - Ferramenta de plano de ação ............................................................. 184
Quadro 75 - Procedimentos legais para abertura de empresa ................................ 186
Quadro 76 - Percentual impostos sobre serviços .................................................... 188
Quadro 77 - Objeto Social ....................................................................................... 188
Quadro 78 - Descrição dos cargos do Banho e Tosa Emporium Animal ................ 191
Quadro 79 - Salário dos funcionários contratados .................................................. 194
Quadro 80 - Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios do espaço banho e tosa
................................................................................................................................ 194
Quadro 81 - Equipamentos, móveis e utensílios para recepção e estoque ............ 195
Quadro 82 - Fornecedores do Banho e Tosa Emporium Animal ............................. 203
Quadro 83 - Estimativa dos investimentos da recepção, estoque e veículo ........... 205
Quadro 84 - Estimativa dos investimentos do espeço banho e tosa ....................... 205
Quadro 85 - Estimativa do estoque inicial ............................................................... 206
Quadro 86 - Prazo médio de vendas ....................................................................... 206
Quadro 87 - Prazo médio de pagamento ................................................................ 207
Quadro 88 - Necessidade média de estoque .......................................................... 207
Quadro 89 - Necessidade líquida de capital de giro em dias .................................. 208
Quadro 90 - Caixa mínimo ...................................................................................... 209
Quadro 91 - Capital de giro ..................................................................................... 209
Quadro 92 - Estimativa dos investimentos pré-operacionais .................................. 209
Quadro 93 - Estimativa do investimento total .......................................................... 210
Quadro 94 - Estimativa do faturamento mensal ...................................................... 211
Quadro 95 - Estimativa das despesas variáveis de comercialização ...................... 212
Quadro 96 - Estimativa das despesas variáveis do custo do serviço ...................... 212
Quadro 97 - Custo da mercadoria vendida - Serviço .............................................. 213
Quadro 98 - Estimativa dos gastos com mão de obra ............................................. 214
Quadro 99 - Gastos com depreciação ..................................................................... 215
Quadro 100 - Estimativa das despesas fixas mensais ............................................ 215
Quadro 101 - Demonstrativo dos resultados – D.R.E. ............................................ 216
Quadro 102 - Fórmula margem de contribuição ...................................................... 217
Quadro 103 - Cálculo margem de contribuição ....................................................... 217
Quadro 104 - Fórmula do ponto de equilíbrio e índice da margem de contribuição 217
Quadro 105 - Cálculo do ponto de equilíbrio e índice da margem de contribuição . 218
Quadro 106 - Lucratividade do Banho e Tosa Emporium Animal .......................... 218
Quadro 107 - Rentabilidade do Banho e Tosa Emporium Animal ........................... 219
Quadro 108 - Prazo de retorno do investimento do Banho e Tosa Emporium Animal
................................................................................................................................ 219
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - As características condicionantes do comportamento empreendedor ...... 29
Figura 2 - Matriz BCG ............................................................................................... 50
Figura 3 - Cinco forças de Porter .............................................................................. 51
Figura 4 - Variáveis do macro ambiente .................................................................... 56
Figura 5 - Hierarquia das necessidades de Maslow .................................................. 65
Figura 6 - Propósitos da avaliação de desempenho ................................................. 85
Figura 7 - Organograma hierárquico ......................................................................... 88
Figura 8 - Evolução da cadeia de fornecimento ........................................................ 93
Figura 9 - Universo da cadeia de logística integrada ................................................ 95
Figura 10 - Layout de um pet shop .......................................................................... 100
Figura 11 - Custo fixo .............................................................................................. 105
Figura 12 - Macro Processo Banho e Tosa Emporium Animal ................................ 155
Figura 13 - População dos animais no Brasil .......................................................... 160
Figura 14 - Análise SWOT Emporium Animal ......................................................... 171
Figura 15 - Matriz BCG do Banho e Tosa Emporium Animal .................................. 172
Figura 16 - Cinco forças de Porter .......................................................................... 173
Figura 17 - Organograma do Banho e Tosa Emporium Animal .............................. 190
Figura 18 - Layout Banho e Tosa Emporium Animal ............................................... 197
Figura 19 - Micro processo do banho/tosa/estética ................................................. 199
Figura 20 - Micro processo “Quero um caopanheiro” .............................................. 200
Figura 21 - Micro processo de leva e traz ............................................................... 201
Figura 22 - Micro processo de compra de mercadoria ............................................ 202
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Ponto de equilíbrio ................................................................................. 116
Gráfico 2 - Distribuição da população de Forquilhinhas .......................................... 124
Gráfico 3 - Faixa etária da população de Forquilhinhas .......................................... 125
Gráfico 4 - Gênero ................................................................................................... 129
Gráfico 5 - Faixa etária ............................................................................................ 130
Gráfico 6 - Grau de escolaridade ............................................................................ 131
Gráfico 7 - Com quem mora .................................................................................... 132
Gráfico 8 - Tipo de animal de estimação ................................................................. 133
Gráfico 9 - Utilização do serviço de estética ........................................................... 134
Gráfico 10 - Utilização do serviço de leva e traz ..................................................... 135
Gráfico 11 - Freqüência do banho ........................................................................... 136
Gráfico 12 - Dia do banho ....................................................................................... 137
Gráfico 13 - Horário do banho ................................................................................. 138
Gráfico 14 - Gasto mensal ...................................................................................... 139
Gráfico 15 - Pagamento do banho .......................................................................... 140
Gráfico 16 - Forma de pagamento .......................................................................... 141
Gráfico 17 - O que falta nos pet shop/ banho e tosa ............................................... 142
Gráfico 18 - Meio de comunicação .......................................................................... 143
Gráfico 19 - Aceitação banho e tosa ....................................................................... 144
Gráfico 20 - Gênero x Grau de escolaridade: Masculino ......................................... 145
Gráfico 21 - Gênero x Grau de escolaridade: Feminino .......................................... 146
Gráfico 22 - Gênero x Com quem mora: Masculino ................................................ 147
Gráfico 23 - Gênero x Com quem mora: Feminino.................................................. 147
Gráfico 24 - Gênero x Gasto mensal: Masculino ..................................................... 148
Gráfico 25 - Gênero x Gasto mensal: Feminino ...................................................... 149
Gráfico 26 - Gênero x Forma de pagamento: Masculino ......................................... 150
Gráfico 27 - Gênero x Forma de pagamento ........................................................... 150
Gráfico 28 - Gênero x O que falta nos pet shop/banho e tosa: Masculino .............. 151
Gráfico 29 - Gênero x O que falta nos pet shop/banho e tosa: Feminino ................ 152
Gráfico 30 - Distribuição da população do bairro Forquilhinhas ............................. 157
Gráfico 31 - Distribuição da população do bairro Forquilhinhas por faixa etária .... 158
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Capital para iniciar o negócio ................................................................ 101
Tabela 2 - Estimativa de projeção do capital inicial para abrir uma loja ................. 102
Tabela 3 - Planilha de receita operacional mensal ................................................. 103
Tabela 4 - Custos fixos mensais ............................................................................ 105
Tabela 5 - Projeção de vendas ............................................................................... 110
Tabela 6 - Porcentagem da população do bairro Forquilhinhas por faixa etária .... 158
Tabela 7 - Percentual de Vendas Varejo Pet 2013/2014 ........................................ 161
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 19
1.1 TEMA ................................................................................................................. 19
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 21
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 22
1.3.1 Geral ................................................................................................................ 22
1.3.2 Específicos ...................................................................................................... 22
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 24
2.1 EMPREENDEDOR ............................................................................................. 24
2.1.1 Características do empreendedor ................................................................ 26
2.1.2 Tipos de empreendedores ............................................................................. 29
2.2 CRIATIVIDADE .................................................................................................. 32
2.3 INVENÇÃO ......................................................................................................... 35
2.4 INOVAÇÃO ........................................................................................................ 36
2.4.1 Tipos de inovação .......................................................................................... 37
2.5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .................................................................... 38
2.5.1 Etapas .............................................................................................................. 40
2.6 PLANO DE NEGÓCIO ....................................................................................... 42
2.6.1 Tipos de plano de negócio ............................................................................ 44
2.6.2 Características ................................................................................................ 45
2.7 VIABILIDADE ECONÔMICA .............................................................................. 49
2.7.1 Matriz BCG ...................................................................................................... 49
2.7.2 Cinco forças de Porter ................................................................................... 50
2.7.3 Segmentação de mercado ............................................................................. 53
2.7.4 Posicionamento .............................................................................................. 54
2.7.5 Mercado ........................................................................................................... 55
2.7.6 Variáveis do macro e micro ambiente .......................................................... 56
2.8 VIABILIDADE FINANCEIRA ............................................................................... 57
2.9 PLANO DE MARKETING ................................................................................... 58
2.9.1 Mix de marketing ............................................................................................ 60
2.9.2 Produto/Necessidades e desejos do consumidor ....................................... 61
2.9.3 Preço/ Custo para satisfazer o consumidor ................................................. 62
2.9.3.1 Preço Financeiro .......................................................................................... 63
2.9.3.2 Preço Psicológico ......................................................................................... 64
2.9.3.3 Preço de mercado ........................................................................................ 66
2.9.4 Promoção/ Comunicação .............................................................................. 67
2.9.4.1 Vendas ......................................................................................................... 68
2.9.5 Praça/ Conveniência ...................................................................................... 69
2.10 PLANO JURÍDICO ........................................................................................... 70
2.10.1 Direito Comercial .......................................................................................... 72
2.10.2 Sociedade Limitada ...................................................................................... 73
2.10.2.1 Contrato Social ............................................................................................ 73
2.10.3 Direito tributário ........................................................................................... 74
2.10.3.1 SIMPLES ..................................................................................................... 75
2.10.4 Direito trabalhista ......................................................................................... 75
2.11 PLANO OPERACIONAL .................................................................................. 77
2.11.1 Gestão de pessoas ....................................................................................... 77
2.11.1.1 C.H.A .......................................................................................................... 79
2.11.1.2 Descrição dos cargos ................................................................................. 80
2.11.1.3 Plano de cargos e salários ......................................................................... 81
2.11.1.4 Liderança .................................................................................................... 84
2.11.1.5 Avaliação de desempenho ......................................................................... 85
2.11.1.6 Treinamento ............................................................................................... 86
2.11.2 Organização, Sistemas e Métodos ............................................................. 87
2.11.3 Máquinas e equipamentos ........................................................................... 89
2.11.4 Logística integrada....................................................................................... 91
2.11.5 Tecnologia da Informação ........................................................................... 96
2.11.6 Legislação municipal sobre empresas ....................................................... 97
2.11.7 Ponto Comercial ........................................................................................... 98
2.11.8 Layout ............................................................................................................ 99
2.12 PLANO FINANCEIRO .................................................................................... 100
2.12.1 Capital investido ......................................................................................... 101
2.12.1.1 Projeção de vendas .................................................................................. 102
2.12.1.2 Custos ...................................................................................................... 103
2.12.1.3 Preço de venda ........................................................................................ 107
2.12.2 Investimento ............................................................................................... 108
2.12.3 Demonstrativo de origem (DOAR)............................................................. 108
2.12.4 Alavancagem financeira ............................................................................ 109
2.12.5 Faturamento da empresa ........................................................................... 110
2.12.6 Folha de pagamento ................................................................................... 111
2.12.7 Fluxo de caixa ............................................................................................. 113
2.12.8 Margem de Contribuição ........................................................................... 114
2.12.9 Ponto de equilíbrio ..................................................................................... 115
2.12.10 Formação do preço de venda .................................................................. 116
2.12.11 Análise financeira ..................................................................................... 117
3 MEDOTOLOGIA .................................................................................................. 121
3.1 NÍVEIS DE PESQUISA .................................................................................... 121
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................... 122
3.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO ................................................ 123
3.4 UNIVERSO E AMOSTRA ................................................................................. 125
3.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .................................................... 126
3.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................. 127
4 PLANO DE NEGÓCIO ......................................................................................... 153
4.1 VIABILIDADE ECONÔMICA ............................................................................ 153
4.1.1 Gestão de processos ................................................................................... 154
4.1.1.1 Visão de processos .................................................................................... 155
4.1.1.2 Macro processo .......................................................................................... 155
4.1.2 Posicionamento ............................................................................................ 156
4.1.2.1 Proposta de valor ....................................................................................... 156
4.1.3 Cliente ........................................................................................................... 157
4.1.4 Definição de mercado .................................................................................. 158
4.1.4.1 Potencial e participação de mercado .......................................................... 159
4.1.4.2 Atratividades e ameaças ............................................................................ 162
4.1.4.3 Segmentação de mercado ......................................................................... 163
4.1.4.4 Tendências e futuro do mercado ................................................................ 165
4.1.4.5 Pesquisa de mercado ................................................................................. 166
4.1.4.6 Concorrentes .............................................................................................. 168
4.1.4.7 Fornecedores ............................................................................................. 168
4.1.4.8 Ponto comercial .......................................................................................... 169
4.1.4.9 Análise SWOT ............................................................................................ 170
4.1.4.10 Matriz BCG ............................................................................................... 172
4.1.4.11 Cinco forças de Porter .............................................................................. 173
4.2 VIABILIDADE FINANCEIRA ............................................................................. 176
4.2.1 Lucratividade ................................................................................................ 176
4.2.2 Rentabilidade ................................................................................................ 177
4.2.3 Prazo de retorno do investimento .............................................................. 178
4.3 PLANO DE MARKETING ................................................................................. 179
4.3.1 Produtos e Serviços/Cliente ........................................................................ 179
4.3.2 Preço/Custo .................................................................................................. 180
4.3.3 Promoção/Comunicação ............................................................................. 181
4.3.4 Praça/Conveniência ..................................................................................... 183
4.3.5 Política de vendas ........................................................................................ 183
4.3.6 Plano de ação ............................................................................................... 184
4.4 PLANO JURÍDICO ........................................................................................... 186
4.5 PLANO OPERACIONAL .................................................................................. 189
4.5.1 Organograma ................................................................................................ 190
4.5.2 Pessoas ......................................................................................................... 190
4.5.3 Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios .......................................... 194
4.5.4 Tecnologia .................................................................................................... 196
4.5.5 Instalações .................................................................................................... 196
4.5.6 Logística integrada....................................................................................... 198
4.5.6.1 Gestão de processos .................................................................................. 198
4.5.6.2 Visão de processos .................................................................................... 198
4.5.6.3 Micro processos ......................................................................................... 198
4.5.7 Divulgação .................................................................................................... 202
4.5.8 Fornecedores ................................................................................................ 203
4.6 PLANO FINANCEIRO ...................................................................................... 203
4.6.1 Estimativa de investimentos fixos .............................................................. 204
4.6.2 Estimativa capital de giro ............................................................................ 205
4.6.3 Estimativa dos investimentos totais........................................................... 210
4.6.4 Estimativa do faturamento mensal da empresa ........................................ 210
4.6.5 Estimativa das despesas variáveis de comercialização ........................... 211
4.6.6 Estimativa das despesas variáveis do custo do serviço .......................... 212
4.6.7 Apuração do custo de mercadoria vendida ............................................... 212
4.6.8 Estimativa dos gastos com mão de obra ................................................... 213
4.6.9 Estimativa dos gastos com depreciação ................................................... 213
4.6.10 Estimativa das despesas fixas mensais ................................................... 215
4.6.11 Demonstrativo dos resultados .................................................................. 215
4.6.12 Indicadores de viabilidade ......................................................................... 216
4.6.12.1 Margem de contribuição ........................................................................... 216
4.6.12.2 Ponto de equilíbrio .................................................................................... 217
4.6.12.3 Lucratividade ............................................................................................ 218
4.6.12.4 Rentabilidade ........................................................................................... 219
4.6.12.5 Prazo de retorno do investimento ............................................................. 219
4.7 RESUMO DESCRITIVO ................................................................................... 220
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 223
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 225
APÊNDICE .............................................................................................................. 238
ANEXO ................................................................................................................... 240
19
1 INTRODUÇÃO
Este estudo teve como objetivo elaborar um plano de negócios analisando a
viabilidade de abrir um novo negócio de banho e tosade cães e gatos no Bairro
Forquilhinhas, na cidade de São José/SC. De acordo com Dornelas (2014, p. 95), o
plano de negócios é um documento utilizado para descrever uma empresa, seja na
sua implantação ou reformulação. Auxilia na formulação de novas estratégias e
possibilita uma melhor visão da empresa como um todo.
O estudo é composto pelo tema, problema, objetivos gerais e específicos,
justicativa, fundamentação teórica sobre a temática e a metodologia desenvolvida
para o levantamentos e análise dos dados, plano de negócio, conclusão e anexos.
Ao final do estudo foi feita a análise dos resultados da pesquisa, onde foi
possível desenhar um plano para o novo negócio.
1.1 TEMA
Existe uma tendência no Brasil, onde o mercado de serviços vem crescendo
em larga expansão. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo
IBGE (2015), a receita nominal do setor de serviços registrou, em janeiro deste ano,
crescimento de 1,6%, comparativamente ao primeiro mês do ano passado. O serviço
oferecido de forma criativa e original ganha destaque perante os demais,
proporcionando ao empreendedor a oportunidade de criar um negócio onde possa
ganhar mercado e clientes.
É notável o crescimento da população de São José. De acordo com a
pesquisa realizada pelo IBGE em 2015, foram registrados 232.309habitantes, sendo
que em 2014 o número foi de 228.561 habitantes. Há também o aumento do número
de animais de estimação, que se tornaram membros da família, pois levam alegria,
são companheiros e auxiliam no desenvolvimento de responsabilidade e na
demonstração de afeto e cuidado do ser humano. Atualmente, pode-se perceber que
os animais de estimação trazem muitos benefícios para os humanos, porém, esses
animais necessitam de cuidados especiais, como: banho, vacinação, tosa,
alimentação e entre outros.
20
Os estabelecimentos de banho e tosa de cães e gatos, especializados no
cuidado da higiêne e embelezamento dos animais, cresceram nos últimos anos,
devido ao aumento de aquisição de animais domésticos, que se deve ao
crescimento do poder econômico das famílias e a maior socialização com os animais
vinculada ao crescimento da oferta e consumo de serviços desse segmento. De
acordo com dados da ABINPET (2014) - Associação Brasileira da Indústria de
Produtos para Animais de Estimação - vinculada pelo CRMVSP (Conselho Regional
de Medicina Veterinária de São Paulo), apenas o mercado brasileiro deve crescer
8,2%, o que significa um faturamento de R$ 16,4 bilhões em 2014, percebido
especialmente pelas classes C e D.
Diante desse contexto, a constante mudança e abertura de novos mercados,
o atual cenário econômico vivido pela país, a globalização e a inovação, são fatores
que contribuem pela busca de novas formas de trabalho. É notavél a grande oferta
de emprego, porém o mercado está cada vez mais exigente e necessita de
profissionais qualificados e especializados em alguma área, entretanto, percebe-se
que o mercado passa por dificuldades em encontrar pessoas com formação
profissional adequada neste ramo. Sendo assim, falta oportunidade de trabalho para
as pessoas que carecem dessas qualificações. Assim, surge nas pessoas a vontade
de empreender, de serem donas de seu próprio negócio.
Seguindo a linha das teorias X e Y, de McGregor (1962), hoje muitas
organizações parecem ainda estar na era da industrialização clássica, onde
administram seus processos de forma burocrática, centralizada, rígida e sem
flexibilidade. Dão grande valor as tradições e regras, são conservadoras, não
gostam de mudanças e seus funcionários são extremamente controlados. Esses
fatores se caracterizam como a teoria X. Uma empresa que apresenta essas
carateristicas acaba criando uma certa falta de estímulo em seus funcionários e
notando que não há a possibilidade de crescimento nessa organização, o
trabalhador vai em busca de seu próprio empreendimento, de sua liberdade de
escolha, da possibilidade de fazer algo novo e diferente. O profissional atual se
enquadra na teoria Y, sendo totalmente o oposto desse tipo de organização. Ele é
quem procura uma empresa flexível, que valorize o trabalho em equipe, que goste
de inovar, que esteja aberta as mudanças, que tenha visão a longo prazo, que
planeje, que seja proativa, motivadora e comprometida.
21
Devido a grande concorrência no mercado, para a criação de um novo
negócio, é necessário um bom planejamento. Desse modo, o plano de negócios é
um instrumento que irá projetar uma descrição do mercado, produtos/serviços e
clientes afim de planejar a criação de um novo empreendimento, de forma a
demonstrar que a ideia é viavel para abertura do novo empreendimento.
Tal constatação justifica a inegável necessidade de verificar a viabilidade de
abertura de um banho e tosa de cães e gatos. Percebe-se o crescimento desse
mercado e a carência de um serviço de qualidade e diferenciado nesse ramo no
Bairro Forquilhinhas, na cidade de São José/SC. Assim, o presente trabalho busca
desenvolver um plano de negócios para verificar a viabilidade da implantação desse
empreendimento.
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O segmento de banho e tosa de cães e gatos, vem ganhando destaque,
devido a humanização dos animais domésticos, que agora são considerados
integrantes das famílias. Os cuidados com esses animais cresce a cada dia, sendo
que, a oferta de procura por serviços diferenciados vem aumentando.
Como vimos, há o crescimento do número de habitantes de São José,
número de animais integrantes nas famílias e o aumento de potencial de mercado
no segmento de pet shop, culminando na oportunidade de abertura de um
empreendimento nessa área.
Porém, para a implantação de um novo negócio, é necessário verificar a sua
viabilidade. É preciso ter planejamento. Visto que alguns fatores que levam ao
fracasso de um novo negócio é a falta de pesquisa de concorrentes, o local onde o
estabelecimento irá se instalar, a busca de fornecedores e o público-alvo. Segundo o
SEBRAE (2011), as empresas que fecham suas portas em menos de dois anos de
atividade, corresponde a 26,9% no país.
Diante dessa contextualização, levanta-se a seguinte pergunta de pesquisa: É
viável a implantação de um banho e tosa de cães e gatos no Bairro
Forquilhinhas na cidade de São José/SC?
22
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Geral
Desenvolver um plano de negócio de um banho e tosa de cães e gatos em
São José no período de 2015.
1.3.2 Específicos
a) Discutir teoricamente os temas e subtemas;
b) Auferir a viabilidade econômica e financeira;
c) Elaborar o plano de marketing; operacional, jurídico e financeiro;
d) Elaborar o Resumo Descritivo;
1.4 JUSTIFICATIVA
As organizações em atividade no mercado, assim como os empreendedores
que desejam abrir seu próprio negócio precisam estar atentos as mudanças e
demandas do mercado no qual estão inseridos ou no qual desejam ingressar. As
mudanças ocorrem constantemente e é preciso agilidade na identificação de
necessidades e oportunidades. O plano de negócios é a principal ferramenta no
planejamento e elaboração de um novo negócio.
A escolha pela elaboração de um plano de negócios no segmento de banho e
tosa de cães e gatos, deu-se em razão do aumento de animais que fazem parte das
famílias e da humanização e aumento dos cuidados com esses animais, atrelado a
procura por serviços de qualidade e diferenciados nesse segmento.
Para a sociedade, o novo negócio contribui por meio da disponibilidade de um
novo serviço prestado. Embora haja outros estabelecimentos que oferecem este
atendimento, ainda percebe-se claramente a carência da disponibilidade de serviços
diferenciados, como o de estética, e de qualidade no Bairro de Forquilhinhas na
cidade de São José/SC.
Para a acadêmica, a escolha pela elaboração de um plano de negócios no
segmento de banho e tosa ocorreu em virtude do objetivo estabelecido desde o
23
início do curso, que é tornar-se empreendedora e ter o próprio negócio. A escolha
pelo segmento é em razão da acadêmica gostar de animais e pela identificação da
carência de serviços diferenciados e de qualidade no Bairro Forquilhinhas na cidade
de São José/SC. A viabilidade do negócio torna-se uma oportunidade de renda para
a acadêmica.
O plano de negócios desenvolvido é de grande importância, principalmente,
para a acadêmica, que poderá verificar a viabilidade do negócio, como também
atrelar o conhecimento teórico adquirido ao longo do cursocom a prática, na
elaboração deste estudo.
O estudo torna-se importante para a instituição de ensino, aos acadêmicos e
a sociedade, pois servirá como objeto de pesquisa, tanto para novos trabalhos que
tenham como tema plano de negócios, como para pessoas que desejarem abrir sua
própria empresa.
24
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo trata da revisão literária dos principais temas que serão
abordados, sob a percepção de diversos autores. Para a construção da
fundamentação teórica, foram abordados os seguintes assuntos: Empreendedor;
Criatividade; Invenção; Inovação; Plano de negócio; PlanejamentoEstratégico,
Viabilidade Econômica; Viabilidade Financeira, Plano de Marketing, Plano Jurídico;
Plano Operacional e Plano Financeiro.
2.1 EMPREENDEDOR
O termo empreendedor significa aquele que assume riscos e que inova.
Segundo Chiavenato (2012, p. 03), “O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou
dinamiza um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e
responsabilidades e inovando continuamente”.
De acordo com Chiavenato (2012), o empreendedor ao identificar
oportunidades, promove diversas mudanças no cenário econômico, culminando na
inserção de novas ideias e transformações, gerando emprego e incentivando novas
competências. Para o autor, segundo a visão de Schumpeter (1950), ao promover
tais mudanças, o empreendedor tem como tarefa a “destruição criativa”, onde deve
criar uma nova organização ou revitalizar uma já existente. Isso culmia na criação de
novos produtos e negócios, o que impulsiona o crescimento das empresas e da
economia.
Empreendedor é visto como aquele que tem visão, que está atento as
mudanças ocorridas no ambiente, que percebe e identifica oportunidades e
desenvolve maneiras de criar produtos/serviços para suprir as necessidades das
pessoas de forma criativa e inovadora.
O empreendedor é aquele que está em constante procura por informações,
que busca o novo, o diferente, tem iniciativa, corre riscos, que sonha e que tem
como objetivo a construção de um projeto de vida ideal. Para isso não mede
25
esforços, ao planejar e criar maneiras para atingir esse objetivo de forma bem
sucedida.
No entendimento de Dornelas (2014, p. 28), “O empreendedor do próprio
negócio é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar
sobre ela, assumindo riscos calculados”.
Na visão de Dornelas (2014, p 29), o “empreendedor é aquele que tem
iniciativa e visão ao identificar uma nova oportunidade. E tem grande
comprometimento do desenvolvimento de um novo empreendimento”. Tranforma os
ambientes, tanto interno como externo e, utiliza seus recursos de forma criativa.
Sabe e aceita o risco que corre ao empreender, sabendo que pode fracassar.
Em toda a literatura, percebe-se que é possível encontrar diversos conceitos
e abordagens sobre o empreendedor. Encontrando como principais características
citadas: a inovação, a criatividade e a transformação. Para melhor ilustração e
contribuição para o entendimento do assunto, o quadro 1 apresenta a colaboração
de diversos autores:
Quadro 1 - Contribuições para o entendimento do empreendedorismo
ANO AUTOR CONTRIBUIÇÃO
1961 McClelland Identifica três necessidades do empreendedor: poder, afiliação e sucesso (sentir que se é reconhecido). Afirma que: “o empreendedor manifesta necessidade de sucesso”.
1966 Rotter Identifica o locus de controle interno e externo: “o empreendedor manifesta locus de controle interno”.
1970 Drucker O comportamento do empreendedor reflete uma espécie de desejo de colocar sua carreira e sua segurança financeira na linha de frente e correr riscos em nome de uma ideia, investindo muito tempo e capital em algo incerto.
1973 Kirsner “Empresário é alguém que identifica e explora desequilíbrios existentes na economia e está atento ao aparecimento de oportunidades”.
1982 Casson “O empreendedor toma decisões criteriosas e coordena recursos escassos”.
1985 Sexton e Bowman
“O empreendedor consegue ter uma grande tolerância á ambiguidade”.
1986 Bandura “O empreendedor procura a autoeficácia: controle da ação humana através de convicções que cada indivíduo tem para prosseguir autonomamente na procura de influenciar a sua envolvente para produzir os resultados desejados”.
2002 William Baumol
“O empreendedor é a máquina de inovação do livre mercado”.
Fonte: Chiavenato (2012)
26
Segundo a visão de Chiavenato (2012), as pessoas que são empreendedoras
tem o desejo de ter seu próprio empreendimento, de ser seu prório patrão, de
depender de seu talento para alcançar seus objetivos, dando origem ao espírito
empreendedor. A oportunidade de poder trabalhar com aquilo que gosta e ter
independência e inicitiva para desenvolver seus projetos, de ter o reconhecimento
de seu trabalho através de uma ideia inovadora, onde muitos não viam, e pelo
desafio aplicado a esta oportunidade, definem um empreendedor.
2.1.1 Características do empreendedor
O empreendedor é dotado de percepção para os negócios, identificando
oportunidades em situações que muitas vezes não são explícitas. Tem a
sensibilidade de transformar suas ideias em algo real e assim, gerar benefícios para
si e para as pessoas. A sua imaginação é aguçada, o que lhe permite criar, junto de
sua dedicação, resultados eficientes.
Conforme o entendimento de Chiavenato (2012, p.10), diversas pesquisas
descrevem as características do empreendedor como:
A visão que parte de necessidades próprias e outras que são identificadas no ambiente externo; É determinado e persistente, onde age de maneira a fazer suas ideias se tornarem reais; Empreendedor está sempre arriscando, planeja, formula estratégias, vai em busca de informações no mercado e ter o poder de persuadir as pessoas, para que essas adotem sua ideia e contribuam na transformação da ideia em realidade; É dotado de sensibilidade, motivação e positividade.
De acordo com Chiavenato (2012, grifo nosso), três características identificam
o espírito empreendedor:
1. Necessidade de realização: pessoas que buscam satisfazer suas
necessidades e desejos, que não se contentam com o presente, procurar
estabelecer objetivos onde ele mesmo será o grande agente transformador.
Há casos onde o impulso empreendedor surge já na infância.
2. Disposição para assumir riscos: ao apostar em sua ideia, o empreendedor
assume diversos riscos, como no âmbito profissional, onde muitas vezes
abandona seu emprego fixo para se lançar no novo empreendimento; na
família, o risco é no envolvimento de pessoas próximas no negócio e
questões psicológicas, pois há o risco no negócio fracassar. Porém, por ter
27
uma grande necessidade de realização, o empreendedor prefere ingressar
em um negócio onde ele tem o maior controle sobre a situação, onde verifica
até onde pode chegar e sabe as decisões que deve tomar, revelando assim
sua autoconfiança.
3. Autoconfiança: Quem confia em si mesmo tem maior capacidade para
enfrentrar os desafios a sua volta. Tem maior comprometimento e acredita em
suas ações diante das adversidades.
O empreendedor cultiva pensamentos e ações positivas em sua vida e quer
transmitir isso as pessoas através da transformação de suas ideias em realidade,
gerando inovação. Ele vê os erros como uma aprendizagem, como fatores que deve
buscar melhorar, para que haja o equilíbrio.
Filion (1999) descreve as seguintes características dos empreendedores:
Quadro 2 - Características dos empreendedores
Fonte: Filion (1999)
O empreendedor é impulsionado pela motivação, pela busca da realização de
suas ideias que surgem em decorrência de sua observação dos acontecimentos,
mudanças e novidades através dos acontecimentos do dia-a-dia. Para alcançar essa
realização, ele determina estratégias, por meiode planejamento, organização,
criatividade, iniciativa e na correta utilização dos recursos disponíveis. Tem foco e
Inovação Tenacidade
Necessidade de realização Capacidade de aprendizagem
Liderança Originalidade
Autoconsciência Habilidade na utilização de recursos
Riscos moderados Otimismo
Autoconfiança Sensibilidade a outros
Independência Orientação para resultados
Envolvimento em longo prazo Agressividade
Criatividade Flexibilidade
Tolerância á ambiguidade e incerteza
Tendência a confiar nas pessoas
Energia Habilidade para conduzir situações
Iniciativa Dinheiro como medida de desempenho
28
busca resultados. Ele acredita e confia nas pessoas e as busca como parceiras em
seus empreendimentos.
Na visão de Dornelas (2014), os empreendedores de sucesso apresentam as
características descritas no quadro 3:
Quadro 3 – Características dos empreendedores de sucesso
São visionários Imaginam como será seu negócio e tem capacidade para implantar a ideia.
Sabem tomar decisões São seguros e decididos. São indivíduos que fazem a diferença Transformam ideias em negócios,
agregando valor aos produtos/serviços desenvolvidos.
Sabem explorar ao máximo as oportunidades
Geram ideias através da observação da oportunidade de criar algo inovador.
São determinados e dinâmicos São persistentes, enfrentam desafios e não gostam de rotinas.
São dedicados Gostam muito de trabalhar e se dedicam 24 horas por dia.
São otimistas e apaixonados pelo que fazem
A paixão pelo trabalho serve como influência para a determinação e acreditam sempre na vitória.
São independentes e constroem o próprio destino
Querem ser donos de seu próprio negócio e criar coisas novas.
Ficam ricos O dinheiro é a consequência do sucesso. São líderes e formadores de equipes São bons líderes pois sabem cativar,
influenciar, estimular e recompensar sua equipe.
São bem relacionados (networkig) Constroem um rede de relacionamentos para o contato com forncecedores e clientes.
São organizados Sabem obter e alocar os recursos para um melhor desempenho do negócio.
Planejam, Planejam, Planejam Planejam desde a ideia, as etapas e a implantação do novo empreendimento. Tem uma grande visão de seu negócio.
Possuem conhecimento Procuram constantemente o conhecimento. Adqurem através de experiências, troca de informações, conselhos, cursos, etc.
Assumem riscos calculados Sabem gerenciar os riscos, atavés da avaliação de suas chances e do estímulo pelo desafio.
Criam valor para a sociedade Buscam melhorar a vida das pessoas através da criação de valor, criando empregos e influenciando na economia.
Fonte: Dornelas (2014)
29
Lima (2001) destaca a importância das necessidades, valores, habilidades e
conhecimento, como características condicionantes do comportamento
empreendedor, conforme figura 1.
Figura 1 - Características condicionantes do comportamento empreendedor
Fonte: Adaptado de Lima (2001)
Sendo assim, há diversos atributos esperados nos conjuntos de ações que
partem de um empreendedor, para identificá-lo como tal.
2.1.2 Tipos de empreendedores
De acordo com Chiavenato (2012, grifo nosso), existem diversos estilos de
fazer negócio, porém, destaca dois, que considera os principais:
1. Empreendedor executor: aquele que inicia seu negócio com base em seus
conhecimentos e habilidades técnicas e algum conhecimento em negócios,
de acordo com sua formação educacional. Mas é despreparado com a busca
e manuseio de informaçãoes do mercado. Tem foco limitado, pouco
• Aspectos técnicos do negócio
• Experiência Empresarial
• Experiência Comercial
• Escolaridade
• Formação complementar
• Vivência em situações novas
• Aprovação
• Independência
• Desenvolvimento
• Pessoal
• Segurança
• Auto-Realização
• Existenciais
• Estéticos
• Intelectuais
• Morais
• Religiosos
• Identificação de novas oportunidades
• Valoração de oportunidades e pensamento criativo
• Comunicação persuasiva
• Negociação
• Aquisição de informações
• Resolução de problemas
Habilidades Valores
ConhecimentoNecessidades
30
planejamento, individualista, não sabe delegar funções e suas definições de
estratégias são limitadas.
2. Empreendedor administrador: tem formação técnica, tendo como educação
complementar os estudos de administração e comportamentos
organizacionais. Sempre está em busca de novos conhecimentos em
diversas áreas. Principalmente a administração de empreasas. Age como um
líder, gosta e sabe delegar funções e autonomia a sua equipe, utiliza
estratégias variadas, de acordo com pesquisas de mercado, planeja e tem
visão a longo prazo, tem uma visão interna de sua empresa e outra externa
do mercado.
O empreendedorismo pode ser desenvolvido. Esta afirmação tem base nos
diversos emprendimentos existentes, que independem do seu ciclo progressivo. Há
várias razões e motivações que levam as pessoas a empreender. Podem ter relação
ou não com a personalidade (BERNARDI, 2009).
Conforme quadro 4, Bernardi (2014) apresenta os tipos de empreendedores:
Quadro 4 – Tipos de empreendedores
O empreendedor nato Aquele que por vontade própria ou por influências familiares, apresenta um estilo empreendedor
O herdeiro Pode ou não apresentar características empreendedoras. Quando um empreendedor, da seguimento ao negócio familiar, quando não, acaba assumindo o negócio por exigência e se torna uma complicação na sucessão da empresa
O funcionário da empresa Possui características empreendedoras e percebe ao decorrer de sua carreira uma disparidade, falta de reconhecimento, de interesse por seu trabalho e suas idéias. E assim vai em busca de realização pessoal, através da abertura de um negócio próprio
Excelentes técnicos Aquele que possui grande conhecimento técnico e prático, e experiência sobre produtos ou serviços e iniciam seu negócio nos ramos das indústrias, comério ou serviços.
Vendedores São ativos devido sua função, tem conhecimento do mercado e experiência. Abrem negócio no ramo das indústrias, comércio e serviços
Opção de desemprego São trabalhadores desempregados que decidem abrir um negócio próprio. Se possuirem características empreendedoras,
31
tem chance de sucesso. Caso contrário, tem chance, mas depende da forma que lidam com a oportunidade
Desenvolvimento paralelo Trabalhador empregado que cria um negócio próprio, com a ajuda de amigos e familiares, como uma alternativa futura ou se associa a um ramo de atividade diferente do seu, como sócio-capitalista.
Aposentadoria Com a experiência adquirida e devido a aposentadoria precoce, abre um negócio geralmente no ramo de comércio ou serviços
Fonte: Bernardi (2009)
Conforme descrito no quadro 4, o empreendedor nato é aquele que possui
naturalmente características empreendedoras, como a liderança, autonomia,
criatividade, competitividade, entre outras. Esse tipo de empreendedor pode ser
aquele que sofreu alguma influência através de um negócio familiar e isso o
incentivou a empreender.
O empreendedor herdeiro é aquele que acaba assumindo o negócio de sua
família. Ele pode apresentar ou não características empreendedoras, e caso não as
tenha, pode representar um problema na administração do negócio.
O empreendedor caracterizado como funcionário da empresa, é aquele que
no decorrer de sua carreira dentro de uma empresa percebe que possui
caracterísitcas empreendedoras e vai em busca de sua realização pessoal através
da abertura de seu próprio negócio.
Os empreendedores que são excelentes técnicos são aqueles que possuem
conhecimento tático e explícito sobre produtos/serviços e iniciam um negócio no
ramo das indústrias, comércio ou serviços.
Os vendedores são aqueles que possuem experiência de mercado e que
resolvem abrir o próprio negócio. Há aqueles que optam por se tornarem
empreendedores devido ao desemprego. Podem obter sucesso caso tenham
características empreendedoras ou podem enfrentar grandes desafios e dificuldades
caso não as tenha. O empreendedor de desenvolvimento paralelo é aquele que é
empregado em uma organização, mas que decide abrir ou associar-se a um negócio
e que pode ter a ajuda de amigos e familiares. E por fim, o empreendedor
aposentado é aquele que possui grande experiência, pode ter se aposentado cedo,
ou como forma de complemento de renda e que decide abrir seu próprio negócio.
32
2.2 CRIATIVIDADE
A criatividade é uma das caracteríticas mais citadas e importantes do
empreendedor. Segundo a visão de Dualibi e Simonsen (2000, p. 15), a criatividade
é:
Criatividade significa o ato de dar existência a algo novo, único e original. Em marketing esse “algo novo e original” deve partir da premissa básica de que deve ser útil á empresa ou ao seu criador, á comunidade de consumidores, ou á comunidade em geral.
O empreendedor criativo busca inovar através da criação de um novo
produto/serviço que venha agregar valor para si e para as pessoas. Busca
desenvolver algo que supra as necessidades existentes no mercado ou na
sociedade. A oportunidade de criação é verificada através da observação de
carências de algo novo e diferente.
Conforme descreve Ostrower (2009), o potencial de criação que o homem
desenvolve surge através da verificação de necessidades pessoais ou coletivas que
são constantes. Esse potencial age como fator que transforma essas necessidades
em soluções reais. Isso acaba por atingir tudo a sua volta, aspectos físicos, pessoais
e culturais.
Criatividade é o processo pelo qual as ideias são criadas, desenvolvidas e
trabalhadas a fim de formar novas maneiras, ferramentas, estratégias e
procedimentos de serviços ou produtos a serem elaborados. Pode ser hereditária ou
adquirida através de experiências pessoais ou profissionais.
Criatividade é a capacidade que tem uma pessoa ou um conjunto de pessoas de gerar ideias, identificar novidades, sugerir novas formas e métodos e produtos a serem desenvolvidos. Em geral, é um dom pessoal ou coletivo, de natureza própria, oriundo da genética ou de longo processo de observações realizadas ou de experiência aquirida com o trabalho e tempo de trabalho. (RODRIGUES, 2003, p. 87).
É notável a predominância da palavra novonas definições levantadas sobre
criatividade. Pode-se constatar que o novoé a ideia principal da criação. Essa ideia
também é presente na definição de Hesketh (1980, p.15), que define criatividade
“como o processo de interação de determinados fatores próprios da intelegência
humana, utilizados para trazer algo novo á existência”.
33
O perfil do empreendedor criativo apresenta três componentes que formam as
competências do líder criativo. Segundo Gramigna (2004), são três componentes a
considerar: atitudes, conhecimento e habilidades.
Quadro 5 – Componentes das competências do líder criativo
Atitudes: Fator que destaca o profissional, mediante ao seu comportamento, compromisso e envoltura nas atividades
Atitudes inovadoras de destaque na ação criativa:
Curiosidade – busca por informações, das mais diversas formas, como: leitura, viagens, pesquisas, etc.
Ousadia- Buscar o novo, arriscar e ultrapassar as expectativas
Questionamento – Pensar em „Por que não fazer?”, a invés de apenas se questionar o “por quê?” . Se deve arriscare investir.
Inconformismo – Não se dar por satisfeito. Esperar por algo a mais.
Persistência – Não desistir até alcançar seus objetivos.
Imaginação – Imaginar o futuro a partir de seus pensamentos e desejos tornando-os objetivos.
Ludicidade - Desenvolver a criatividade de modo divertido e interativo.
Conhecimento As informaçõs que são de suma importância no desenrolamento das habilidades. Devem ser obtidas através de conceitos de criatividade e inovação; métodos de soluções de problemas; técnicas de criação de ideias e tomadas de decisão; estudos sobre inteligência humana e ciência dos centros de pesquisa em criatividade.
Habilidades Ter aptidão e capacidade no uso do conhecimento através de suas ações.
Usar ativadores da criatividade – Organizar os elementos de forma contínua
Criar diversas ideias perante desafios
Converter ideias em realidade, gerando produtos e serviços inovadores, utilizando o conhecimento.
Ser flexível, sabendo atuar como lider e liderado e ensinar e aprender.
Ter percepção frente as mudanças, tendo uma visão ampla, com foco nos detalhes.
Fonte: Gramigna (2004)
34
O surgimento da criatividade no empreendedor advém através da
necessidade de criação de algo que seja inovador e eficiente, tendo como objetivo
suprir necessidades. Para desenvolver a criatividade, o empreendedor passa pelo
processo criativo, que são os estágios para a produção criativa. Conforme Dualibi e
Simonsen (2000), são sete as etapas do processo criativo:
Quadro 6 – Etapas do processo criativo
Identificação É a identificação do problema a ser resolvido. É identificar o que se busca resolver e as reais necessidade.
Preparação Pode ser direta ou indireta. Direta é a busca por informações que possam auxilar propriamente no problema. Indireta é a busca por informações que possam contribuir na solução do problema, mas que, em primeira vista, não se mostrem próprias para isso. É quando o indivíduo tem por encerradas as informações consideradas primárias e sai em busca de outras informações para obter a solução.
Incubação Esse processo acontece no inconsciente ou no pré-consciente do ser humano. É uma reação da mente humana sobre a pressão da resolução do problema. O indivíduo quando relaxa e descansa os pensamentos sobre o problema, desenvolve dados diretos e indiretos que irão auxiliar na formulação de soluções.
Aquecimento Quando a mente retorna aos problemas de forma menos frequente. As ideias tomam forma desordenada, mas de forma a caminhar para a solução. É quando o indivíduo sente que a solução está próxima mas não podendo ser totalmente compreendida.
Iluminação É quando a ideia para a solução surge em decorrência dos períodos de preparação e aquecimento. E também devido a pressão pela resolução rápida do problema.
Elaboração É a preparação da ideia para ser posta em prática. Isso acontece através da criação de processos ou planejamentos, associados aos dados conhecidos, afim de tornar a ideia real.
Verificação É onde a ideia é averiguada de forma a provar sua eficiência. Esse processo se da através da formulação de pesquisas, testese projetos pilotos.
Fonte:Dualibi e Simonsen (2000)
35
Dando continuidade a linha de pensamento de Dualibi e Simonsen (2000),
que apresentaram sete fases do processo criativo, Wechsler (2002), segundo a
concepção de Kneller (1978), especifica cinco fases no processo criativo. Na fase de
apreensão, o indivíduo percebe o problema, se sente incomodado e sabe que algo
precisa ser feito para a sua resolução. Na fase de preparação, ele busca
informações nas mais diversas fontes, como: pesquisas, experiências e troca de
informações. A incubação é a fase onde as informações obtidas na fase de
preparação ficam no inconsciente do indivíduo. Nesta fase,não apresenta
comportamento relativo ao problema, podendo demonstrar desinteresse. Já na
iluminação, última fase do processo, a solução para o problema surge em um
momento de relaxamento ou não. Nesse processo é verificado se a solução
encontrada é a mais adequada, se pode ser desenvolvida ou não.
2.3 INVENÇÃO
Para Barbieri (1990 p.42), a invenção tem duas perspectivas: como "qualquer
atividade mental destinada a criar algo novo" e como as "alterações tecnicamente
viáveis de produtos e processos já conhecidos para dotá-los de outras
características técnicas, funcionais ou estéticas". Deste modo, a invenção consiste
na ação de criar algo novo. Através da invenção é possível desenvolver novos
produtos e soluções para o mercado. Esse processo é de grande importância para a
criação de valor para os consumidores, e é o empreendedor que torna possível a
revolução do mercado, pois ele leva esses novos produtos/serviços e soluções até o
consumidor.
Para Quintella (2014, p. 01), a invenção é:
Invenção diz respeito a toda e qualquer coisa inventada ou à ação e ao efeito de inventar, isto é, achar ou descobrir algo novo ou desconhecido. A pessoa que dedica o seu tempo a essas atividades é o inventor. Invenção é o ato de criação de uma nova tecnologia, processo ou objeto, ou de um aperfeiçoamento tecnológico, metodologias e coisas pré-existentes. O inventor cria um novo produto ou solução para o mundo. [...] A invenção, pelo contrário, é fruto de trabalho dirigido, persistente e dedicado, que pode levar o inventor ao sucesso ou ao fracasso.
36
Segundo Silva (2008, p. 27), a invenção é o “resultado de algo novo, se difere
da descoberta que se restringe a ampliar os conhecimentos através do esforço
intencional ou do acaso”.
2.4 INOVAÇÃO
A inovação é a proposta de algo novo, diferente de tudo que já existe, ou o
aperfeiçoamento de forma criativa de algo já existente. É a ideia criativa que é posta
em prática e proporciona mudanças significativas no mercado.
[...] A inovação pode ser definida como uma operação que tem o objetivo de instalar e utilizar uma determinada mudança. E mudança inovadora é a ruptura de um hábito ou a obrigação de pensar de forma nova coisas arraigadas ou mesmo familiares. [...] A inovação é uma ideia nova que estudada, desenvolvida, implantada, se tornou uma realidade, absorvida pelo mercado em condições econômicas.[...]. (RODRIGUES, 2003, p. 89).
Para se destacar no mercado e para o negócio ser bem sucedido, as
empresas precisam ofertar aos clientes serviços e/ou produtos diferenciados. Ou
seja, é mais do que apenas superar as expectativas dos clientes,é a criação de
negócios inovadores que surpreendam. Um produto, serviço ou processo era
considerado inovador caso fosse algo que não existisse. No entendimento de
Nakagawa (2013, p. 122):
Era entendida como um produto ou serviço inédito que era lançado no mercado, ou ainda um processo inédito que era implantado em uma organização (o termo “inédito” significa que tal produto, serviço ou processo não existia antes). Assim o número de produtos, serviços ou processos que poderiam ser considerados inovações era muito limitado, já que não era todo dia que alguém conseguia criar e lançar no mercado algo realmente novo.
Para se manter no mercado diante de constantes mudanças no ambiente dos
negócios, o empreendedor precisa ser ágil e realizar modificações na hora certa. A
medida que a maioria das empresas buscam obter o máximo de rendimento com um
mínimo de custo e decide ampliar seus grupos de produtos com melhorias, as
empresas mais avançadas buscam inovar, através da criação de novos produtos.
Segundo Chiavenato (2012, p. 297), “a inovação constitui a mais excitante escolha
37
estratégica. Ela é arriscada e requer uma cultura e aprendizagem e de
empreendedorismo”.
2.4.1 Tipos de inovação
Segundo Chiavenato (2012, grifo nosso), existem três tipos de inovações:
1. Inovação evolucionária: É aquela que melhora a tecnologia, produtos ou
serviços de forma incremental e constante.
2. Inovação revolucionária: É aquela que traz mudanças ágeis e vastas,
transformando rapidamente o velho em novo. Possibilita a abertura de novos
caminhos, resultados e negócios. Proporciona a quebra de modelos e
diversas possibilidades.
Inovação disruptiva: É a inserção de um serviço ou produto inferior no
mercado, para o ganho de espaço. Muitas organizações consolidadas não
tem interese nessa prática, e assim perdem mercado por não entenderem
essa propensão. Isso da a chance para novos e iniciantes concorrentes que
futuramente podem se tornar uma ameaça.
Há mais dois tipos de inovação a se destacar. Lemos (2000, p. 124) define
inovação incremental como “uma introdução de qualquer tipo de melhoria em um
produto, processo ou organização da produção dentro de uma empresa, sem
alteração na estrutura industrial”. Esse tipo de inovação representa pequenos
melhoramentos progressivos em produtos ou em linhas de produtos. Em muitas
vezes não alteram de modo significativo pela maneira como o produto é utilizado ou
a forma como a empresa cria valor, ou seja, como transforma seus produtos e
gerenciamento do negócio em lucro. Um exemplo disso é a evolução do CD: A
evolução do CD comum para o CD duplo, que é capaz de armazenar o dobro de
músicas, é um exemplo de inovação incremental. Já a inovação radical, corresponde
à colocação de um novo produto, ou a utilização de uma maneira nova nos
procedimentos ou na produção. Pode refletir na criação de novos mercados através
de novas tecnologias, ramos e negócios. Na visão de Brito (2012, p. 32), a inovação
radical é “aquela que está associada a uma mudança drástica na maneira como o
produto ou serviço é apresentado ao consumidor. Normalmente, apresenta novos
paradigmas ao segmento de mercado, que acabam por modificar os modelos de
38
negócios vigentes”. Um exemplo dessa inovação bastante presente e que vêm se
propagando é o uso de aplicativos para celular, como aquele criado para solicitar um
serviço de taxi.
2.5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento corresponde à criação de um plano preparado, organizado e
estruturado para se alcançar um objetivo através da utilização de recursos. O
planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão e auxilia na tomada de
decisão.
A necessidade do planejamento advém do fato de as atividades humanas exigirem a utilização de recursos, tecnologia, processos e pessoas, coordenados de forma integrada, para que se atinjam resultados. A necessidade reforça-se ao lembrarmos que essas atividades acontecem numa realidade complexa, caracterizada como um contexto mutável e repleto de variáveis incontroláveis. (SILVA et al., 2011, p. 17-18).
O planejamento consiste na criação de decisões estruturadas com base em
todos os recursos que compõem uma organização. É o estudo e análise dos
recursos de modo a elaborar as etapas de um projeto para se tomar uma decisão.
Segundo Pereira (2010) o planejamento visa elaborar, adequar e administrar o futuro
de uma organização em um âmbito estratégico. O planejamento é um sistema
estruturado e organizado com o objetivo de criar resultados através da associação
de decisões.
O planejamento busca estudar todos os setores, pontos de vista e ângulos da
organização, de modo a estabelecer ligações para o alcance dos objetivos através
de ações estratégicas dentro de um tempo previamente estabelecido para sua
realização.
A estratégia corresponde à maneira pela qual a organização irá utilizar os
recursos disponíveis para que se alcancem os objetivos estabelecidos.
Estratégia nada mais é do que o seguinte: dentro de um determinado contexto ambiental (concorrentes), tendências, levando em consideração as características específicas de uma empresa (recursos, pontos fortes e pontos fracos) e dados os objetivos que uma organização pretende atingir, a empresa irá direcionar (definir o uso e alocação) seus recursos para atingir seus objetivos. Este direcionamento é a estratégia. (SILVA et al., 2011, p. 80-81).
39
Na visão de Pereira (2010), a estratégia diz respeito à maneira que a
organização utiliza seus pontos fracos e fortes, tantos os presentes como os
possíveis no alcance de seus objetivos, observando oportunidades e ameaças que
lhe são impostos.
O planejamento estratégico busca averiguar, estudar e explorar a situação
real da empresa, de modo a usufruir de seus recursos de forma integrada, mediante
análise de pontos favoráveis e desfavoráveis, para a elaboração de estratégias para
gerar vantagem e conseguir cumprir com sua missão, ou seja, com a razão de ser
da empresa, com suas metas, com a forma que deseja ser reconhecida por seus
clientes e partes interessadas da empresa.
Planejamento estratégico é um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes (competências) e fracos (incompetências ou possibilidades de melhorias) da organização, e das oportunidades e ameaças do ambiente externo, com o objetivo de formular (formar) estratégias e ações estratégicas com o intuito de aumentar a competitividade e seu grau de resolutividade. (PEREIRA, 2010, p. 47).
De acordo com Silva et al. (2011, p. 18), “o planejamento estratégico pode ser
definido como um processo gerencial voltado a criar a adequação dos objetivos e
recursos da empresa ás mudanças de oportunidades de mercados”. Ou seja, a
execução do planejamento é feita pela empresa de forma a encontrar e utilizar as
oportunidades de maneira sábia e de acordo com os recursos que possui, com o
estabelecimento de objetivos e estratégias realizáveis.
Segundo Pereira (2010), como objetivos do planejamento estratégico,
podemos especificar:
Para a organização encontrar uma solução;
Aumento da competitividade cada vez mais;
Criar e manter forças competitivas em áreas promissoras;
Reduzir os riscos na tomada de decisão;
Pensar e planejar o futuro da organização;
Integrar decisões de todas as áreas da organização em um plano único
de modo a atingir a estratégia geral da organização;
Tornar mais forte os pontos positivos e eliminar os pontos fracos.
40
2.5.1 Etapas
Para elaborar um planejamento estratégico é necessário definir etapas a
serem seguidas para que todos os passos necessários sejam estudados e
formulados de forma correta, sendo que cada etapa tem um objetivo distinto que vai
de encontro com o objetivo central da organização, analisando todas as variáveis
para a execução de um plano de ação estratégico.
De acordo com Pereira (2010), o processo do planejamento estratégico tem
três momentos bem definidos, o diagnóstico estratégico, a formulação das etapas e
a implementação e controle do processo.
O quadro 7 apresenta a descrição das etapas do momento 1 do planejamento
estratégico, o diagnóstico estratégico.
Quadro 7 - Descrição das etapas do Momento 1 do Planejamento Estratégico
Diagnóstico Estratégico Etapa em que o responsável toma a decisão de fazer ou não o planejamento com base na resposta de duas perguntas:
1- Avaliar se a organização pode iniciar o planejamento, sendo que não deve apresentar problemas a serem resolvidos, pois isso pode afetar no resultado do planejamento estratégico. 2- A organização deve saber o que é um planejamento estratégico e saber que deverá reunir 100% de esforços para o desenvolvimento do planejamento. Caso contrário, o plano não poderá ser implantado, haverá desapontamento devido a expectativas fracassadas e futuramente a organização não conseguirá implantar um planejamento, pois o ambiente foi afetado.
Fonte: Adaptado de Pereira (2010)
Na fase do diagnóstico estratégico é definido se o planejamento estratégico
poderá de fato ser desenvolvido, com base na resposta de duas perguntas. A
primeira é a avaliação da situação atual da empresa, se ela apresenta problemas ou
não, a segunda é o conhecimento dos funcionários sobre o que é o planejamento e
o esforço coletivo que deverá ser empregado para que o planejamento ocorra.
O quadro 8 apresenta a descrição das etapas do momento 2 do planejamento
estratégico, a formulação das etapas do processo de planejamento estratégico.
Quadro 8 - Descrição das etapas do Momento 2 do Planejamento Estratégico
Formulação das etapas do processo de Planejamento Estratégico Etapa em que o planejamento é desenvolvido a partir da descrição dos valores, missão, visão, fatores críticos de sucesso, análise externa e interna, matriz FOFA, questões estratégicas, estratégias e ações estratégicas. Valores – Correspondem as crenças e princípios que a organização acredita o que considera correto e que procura seguir e disseminar para seus funcionários. Os valores
41
guiam as atividades que a organização desenvolve. Missão – Define quem a organização é, e o que ela faz, para quem faz, como faz e aonde faz. Ou seja, o seu propósito. Visão - É aquilo que a organização quer ser ou deseja ser no futuro. Geralmente representada por uma frase. Fatores críticos de sucesso- São os fatores observados pela organização e definidos pelo mercado que precisam ser atendidos para que organização obtenha sucesso no setor em que atua. Análise externa – A análise do ambiente externo compreende os fatores que não são controláveis pela organização (econômico, político/legal, ecológico, tecnológico, demográfico e social/cultural). Podem ser oportunidades, que favorecem as estratégias e aumentam a competitividade, e as ameaças, que podem criar obstáculos á estratégia da organização. Na análise da concorrência é feito uma pesquisa e análise dos concorrentes fazendo uma comparação com a organização. Os fatores estudados serão aqueles de interesse da organização. A análise da competitividade (Cinco Forças de Porter) compreende o estudo do poder de negociação dos fornecedores e clientes, ameaça de produtos substitutos e de entrada de novos concorrentes e a competição entre as organizações. Análise interna – A organização analisa seus pontos fortes, recursos e competências de que a organização dispõe e que facilitam no alcance de resultados, e que é possível controlar, e os pontos fracos, que são as limitações ou pontos a melhorar, que dificultam a obtenção de resultados. Análise da Matriz FOFA – Nesta análise é feito a ligação entre os pontos fracos e fortes, com as ameaças e oportunidades da organização, de modo a definir seu posicionamento no mercado. Questões estratégicas, estratégias e ações estratégicas – Compreende o processo estratégico da organização. Envolve questões amplas e significativas das etapas realizadas até então. São o conjunto de ideias e princípios e planos a serem feitos e postos em prática para o alcance da visão definida. Fonte: Adaptado de Pereira (2010)
A formulação das etapas do planejamento estratégico faz uma análise dos
fatores externos e internos da organização. Os fatores externos dizem respeito a
variáveis que são parcialmente ou não controláveis pela organização, como:
clientes, concorrentes, mercado, oportunidades e ameaças. E os fatores internos,
que são controláveis, os pontos fortes, que devem ser otimizados e utilizados na
busca de vantagem competitiva, e os fracos que devem ser reparados. Compreende
o estudo, a análise e a formulação de estratégias para o desenvolvimento do
planejamento com o objetivo de alcançar os resultados estipulados pela
organização.
O quadro 9 apresenta a descrição das etapas do momento 3 do planejamento
estratégico, a implantação, acompanhamento e controle.
42
Quadro 9 – Descrição das etapas do Momento 3 do Planejamento Estratégico
Implantação, acompanhamento e controle
Etapa em que o planejamento estratégico é posto em prática. Seguido de seu acompanhamento e controle, de modo a avaliar e corrigir possíveis erros. Implantação – É a apresentação do planejamento a todos da organização, a explicação das etapas e a sua efetiva realização. Acompanhamento e controle – Cuidará para que o planejamento seja implantado em sua totalidade, a fim de verificar se cada etapa está sendo cumprida e se está dentro do prazo estabelecido, de modo a atingir o resultado final esperado. Fonte: Adaptado de Pereira (2010)
A última etapa refere-se à inserção do planejamento na organização, a sua
condução e domínio. Primeiramente o planejamento é apresentado a todos os
interessados, ou seja, todos os membros da organização. Em seguida, é feito a sua
aplicação e desenvolvimento, e por fim, a sua verificação e monitoração para
averiguação do cumprimento das etapas para o alcance dos objetivos traçados.
2.6 PLANO DE NEGÓCIO
O plano de negócio é um documento utilizado para descrever uma empresa,
seja na sua implantação ou reformulação. Auxilia na formulação de novas
estratégias e possibilita uma melhor visão da empresa como um todo. Segundo a
visão de Dornelas (2014, p. 95):
O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento e ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.
O plano de negócio é uma importante ferramenta na elaboração, implantação
e gerenciamento de um empreendimento. Com um correto planejamento, a empresa
determina o caminho e as formas para alcançar seus objetivos. Faz um estudo do
mercado e de todas as variáveis que podem interferir no novo empreendimento.
Culminando assim, em uma maior possibilidade de êxito na implantação de um
empreendimento.
Segundo pesquisas do Sebrae (2011), muitas empresas fecham suas portas
com menos de três anos de vida, devido a falta de um correto planejamento, através
43
do plano de negócios. Mais da metade das MPE (Micro e Pequenas Empresas),
fecham suas portas com apenas três anos de vida.
A pergunta que fica no ar é: E o empreendedor, o que ele pode fazer pelo seu empreendimento? Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. [...] Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador. [...] A arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos realizados racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu negócio, bem como os riscos inerentes a esse mesmo negócio. Isso é o que se espera de um plano de negócios. (DORNELAS, 2012, p.2).
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o plano de negócio “é um documento
vivo que visa a planejar detalhadamente a abertura, a expansão ou a manutenção
de um negócio, e que serve como instrumento de comunicação entre seu criador e
os agentes externos ao empreendimento” (LACRUZ, 2008, p. 3). Segundo o autor, é
considerado vivo, pois é um documento que pode ser mudado constantemente, pois
o planejamento sofre influências dos fatores externos e internos e tem relação com
os sonhos do empreendedor. É planejado detalhadamente, pois é preciso
premeditar detalhes e ações a serem tomadas, com o intuito de verificar a
viabilidade ou não do empreendimento.
Na visão de Bernardi (2009), o plano de negócios é uma importante
ferramenta não somente na abertura de um negócio, mas também na gestão do
desenvolvimento da empresa, seja como uma revisão, na formação de novos
projetos ou como forma de avaliação dos princípios fundamentais do
empreendimento.
O plano de negócio é necessário para projetar a ideia em um
empreendimento. Serve como um guia, que especifica detalhadamente quando,
onde e como os passos para o desenvolvimento do projeto serão tomados.
O plano de negócio – business plan – é um documento que abarca um conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento e define suas principais características e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar sua implantação. É uma espécie de plano de viabilização de uma ideia, um pequeno checklist para não deixar passar nada despercebido em um empreendimento. (CHIAVENATO, 2012, p. 150).
44
O plano de negócio é o planejamento do empreendimento, através da
descrição do negócio, dos atributos, riscos e forma de administração destes, da
capacidade de gerar lucro e crescimento do negócio. Envolve o desenvolvimento do
plano de marketing, de operação, financeiro e jurídico.
O Plano de negócios é um documento estruturado, planejado e organizado que descreve os objetivos e quais passos devem ser seguidos para ser alcançado. Nele é traçado suas estratégias, seus propósitos e definição da gestão. Nele é realizado uma projeção do futuro, para que os investidores e o empreendedor do negócio perceba antecipadamente os seus riscos e incertezas, apresentando a viabilidade financeira e econômica com relato no ponto de vista estrutural, administrativo, estratégico, mercadológico, técnico, operacional e financeiro. (SANTOS, 2015, p. 39).
A elaboração do plano de negócios envolve vários passos, que são divididos
em etapas bem elaboradas e estruturadas, para que todos os objetivos sejam
alcançados. Como os objetivos que se deseja alcançar variam de empreendedor
para empreendedor, existem alguns tipos de plano de negócio, que serão descritos
a seguir.
2.6.1 Tipos de plano de negócio
De acordo com Dornelas (2014), dentre vários tipos de plano de negócios,
destacam-se três:
Quadro 10 – Tipos de plano de negócio
Plano de negócios completo É utilizado quando há uma grande demanda ou quando é imprescindível expor uma visão completa do negócio. Pode variar entre 15 a 40 páginas, mais o material anexo.
Plano de negócios resumido É utilizado quando é preciso apresentar apenas algumas informações a um possível cliente, onde o intuito e chamar a sua atenção, para o desenvolvimento de um plano completo. Abrange os objetivos macro, investimentos, mercado e retorno sobre os investimentos. Tem foco em informações específicas solicitadas pelo cliente. Contêm até 15 páginas.
Plano de negócios operacional Para uso interno na empresa em todos os níveis, estratégico, tático e operacional. Ordena os esforços para
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que se alcance os objetivos internos. O seu tamanho varia, depende das necessidades da empresa.
Fonte: Dornelas (2014)
O plano de negócio completo proporciona uma visão mais ampla e geral do
negócio, e apresenta um número maior de páginas. Já o plano de negócio resumido,
apresenta informações de forma mais sucinta e objetiva, com o objetivo de chamar a
atenção e atrair investidores para o negócio, através da informação de dados de
mercado e investimentos. O plano de negócio operacional é de utilização interna da
empresa, utilizado para o alcance de objetivos internos e seu tamanho varia de com
as necessidades.
2.6.2 Características
Conforme apresentado anteriormente, o plano de negócios é um documento
que serve como ferramenta para os empreendedores, no processo de criação,
acompanhamento e manutenção de um empreendimento.
O quadro 11, apresenta as caracteristicas do plano de negócio, segundo a
visão de dois autores.
Quadro 11 – Características do plano de negócio
Dornelas (2014, p. 95-96) - Entender e estabelecer diretrizes para seu negócio
- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões
- Monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário
- Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, incubadoras, investidores, capitalistas derisco, etc.
- Identificar oportunidades e transfirmá-las em diferencial competitivo para a empresa
- Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer opúblico externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associaçãoes, etc).
Bernardi(2009, p.6 e 7) - Melhor entendimento do negócio - Determinação e compreensão das
variáveis vitais e críticas
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- Clareza quanto ao que fazer e ao que não fazer
- Visão de oportunidades - Abordagens criativas e inovadores - Definição de objetivos e observação da
congruência dos elementos do modelo - Observação de alternativas e
possibilidades futuras - Integração e motivação aos envolvidos
na empresa - Direção e rumo - Disciplina e motivação
Fonte:Adaptado de Dornelas (2014) e Bernardi (2009)
Na etapa da estruturação do plano de negócio são definidos os passos que
deverão ser seguidos para um correto planejamento. É descrito de forma
especificada e simplificada os principais fatores que deve conter no plano de
negócio, com o intuito de auxiliar o empreendedor na formação da empresa
(MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005). A estruturação de um plano de negócios é
compreendida como um roteiro que especifica os fatores aos quais o empreendedor
precisa definir e tomar conhecimento para fazer um correto planejamento e
estruturação do negócio. Ainda segundo Malheiros, Ferla e Cunha (2005), os tópicos
que deve compor um plano de negócios são:
Quadro 12 – Tópicos de um plano de negócio
Tópicos de um Plano de Negócios Capa - Deverá conter a denominação do novo
negócio, sua finalidade, bem como nome, endereço, telefone do futuro empreendedor que o está apresentando e a data em que foi elaborado
Folha de rosto - Nome do empreendimento - Ramo de atividade - Nome(s) do(s) empreendedores
Sumário Executivo - Resumo contendo as principais informações apresentadas no plano
Descrição do negócio - Nome da empresa - Declaração da missão - Constituição legal - Proprietário(s) da empresa (sócios)
Perfil do negócio - Definição do negócio - Procedimentos operacionais (como a
empresa irá funcionar) - Qual o procedimento adotado para a
venda de produtos/serviços?
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- Quem tem experiência e conhecimento no ramo?
- Procedimentos de compra - Quais os processos utilizados na
produção de produtos/serviços? - Quais os equipamentos necessários e
suas principais características? - Relacione separadamente cada um
dos equipamentos e utensílios necessários
- Relacione a proporção de produtos/materiais/horas de trabalho necessários á produção de uma quantidade definida de produtos/serviços
Análise de mercado - Perfil do cliente-alvo - Abrangência geográfica do mercado a
ser atingido - Potencial de crescimento desse
mercado - que é de valor para o cliente - Mercado fornecedor de materias e
serviços - Concorrentes - Quais os procedimentos necessários
para a prestação de serviços complementares ao cliente?
- Qual a estrutura organizacional pretendida ( cargos e funções)
- Qual a localização do empreendimento?
- O que o faz achar que esse local é o ideal para esse tipo de negócio?
- Esclareça qualquer forma de contratos, parcerias, entre outros fatores que possam ser importantes á compreensão de como o negócio irá funcionar
Desafios e respostas - Considerando a concorrência, quais são seus pontos fortes e fracos?
- O que pretende fazer para superar suas deficiências?
- O que pretende fazer para melhor explorar seus pontos fortes?
Plano de marketing - Qual a estratégia de venda pretendida?
- Quais os critérios considerados para a formação dos preços?
- Qual o procedimento a ser adotado para a divulgação de seus produtos/serviços?
Questões financeiras - Quanto você precisa para montar todo o negócio ( investimento inicial)?
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- Quanto estima vender mensalmente? - Qual o preço estimado para cada
produto/serviço prestado ou hora trabalhada?
- Qual a receita mensal (unidades vendidas ou horas de serviços prestados mensalmente, multiplicando pelos respectivos preços)?
- Quanto custa produzir o produto/serviço (matéria-prima, água, luz, aluguel, salários, honorários, depreciação dos equipamentos e automóveis, material de higiene, honorários do contador, etc)?
- Qual o lucro bruto obtido ( diferença entre a receita e os custos das mercadorias vendidas/serviços prestados)?
- Qual o lucro líquido obtido (diminua do valor do lucro bruto todos os impostos que incidem sobre as vendas (PIS, COFINS, ICMS, etc.), além do valor destinado ao pagamento do Imposto de Renda).
Cronograma - Distribuição das atividades de montagem do negócio ao longo do tempo
Síntese do capital necessário - Quanto você precisa e em que pretende investir
Anexos - Documentos de sustentação Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
Um plano de negócio deve ser composto pela capa, com a apresentação do
negócio; folha de rosto, com nome da empresa, empreendedores e ramo da
empresa; o sumário executivo, com as principais informações descritas no plano; o
perfil do negócio, com as descrições e principais aspectos do negócio; análise do
mercado, apresentando o ambiente no qual o negócio irá atuar, conhecimento que
se tem sobre o mercado em que atua ou irá atuar, seus clientes, concorrentes e
fornecedores; desafios e respostas, com os pontos fracos e fortes; plano de
marketing, considerando a venda, preços e divulgação; questões financeiras,
considerando investimento, estimativa de vendas, preço, receita, custos, lucro bruto
e líquido; cronograma de implantação do negócio; síntese do capital necessário e os
anexos.
49
2.7 VIABILIDADE ECONÔMICA
A viabilidade econômica demonstra através da pesquisa e estudo de fatores
econômicos se a implantação do novo empreendimento será possível e se este será
um negócio atrativo e irá gerar lucro.
A viabilidade econômica permite analisar produtos e serviços, rentabilidade real e avalia o mercado e potencialidade do negócio. Um dos focos principais é a gestão de custo. Faz preciso analisar as características técnicas, natureza e destino de produtos, mercado-alvo, análise de demanda e da oferta, consumo e tendências, disponibilidade de crédito, concorrência, vantagens competitivas, estratégicas de implantação e desenvolvimento, rentabilidade, necessidades de capital de giro, cronograma físico-financeiro, taxa interna de retorno, análise de riscos entre outros. (SANTOS, 2015, p. 43).
Para verificar se o novo empreendimento é viável economicamente, o
empreendedor deve pesquisar e analisar os produtos com base em seu ciclo de
vida, as várias partes que compõem o mercado, dividindo e estudando as
necessidades e desejos dos clientes e definindo os canais para atingir esses
objetivos; a elaboração de estratégias para a criação de oportunidades; estudo e
análise das variáveis presentes no ambiente no qual o empreendimento está
inserido, como: a economia, política, ecologia, legislações, aspectos sociais,
tecnologia, demografia, cultura, e as variáveis do ambiente no qual a empresa obtém
seus recursos, através dos fornecedores, clientes, concorrentes e agências
reguladoras.
2.7.1 Matriz BCG
A Matriz BCG é uma ferramenta de análise de coleções de trabalhos
(portfólio) sobre produtos, e tem como base de estudo o ciclo de vida do produto,
analisando seu crescimento e participação de mercado em relação a seu
concorrente, auxiliando na tomada de decisão.
De acordo com Lacruz (2008) com a condição do crescimento e participação
de mercado, os produtos são classificados como: apostas; estrelas; vacas leiteiras e
abacaxis, conforme a figura 2.
50
Figura 2 – Matriz BCG
Fonte: Lacruz (2008)
As apostas correspondem a uma baixa quantia de participação que um
produto tem em um determinado segmento em um mercado em grande
desenvolvimento. Grande parte tem relação com negócios iniciantes. Assim sendo,
necessitam ser pesquisados para verificar se trará um retorno positivo ao aplicar um
investimento, na tentativa de transformá-lo em estrela.
As estrelas possuem alta quantia de participação. Necessitam de grande
investimento para a ampliação de mercado e eliminação de concorrentes fortes.
As vacas leiteiras têm significativa quantia de participação em mercados
maduros. Não requer grandes investimentos. A receita com esses produtos é alta, e
é utilizada para custear as estrelas e apostas. Já os abacaxis, são produtos com
pouca quantia de participação em mercados maduros. As receitas são baixas e os
investimentos são constantes. Devido à baixa receita, os produtos são descartados,
caso não exista grandes razões para mantê-los (LACRUZ, 2008).
A partir dessa matriz, pode-se concluir que quanto mais rápido for o
crescimento de mercado ou quanto maior for à participação de mercado, maiores
serão os resultados e a vantagem competitiva para a empresa em relação a seus
concorrentes.
2.7.2 Cinco forças de Porter
As empresas estão cada vez mais competitivas e buscando vantagens para
vencer a concorrência. Tal concorrência é decorrente das contínuas mudanças no
mercado, como surgimento de novos mercados, situação econômica, concorrentes e
principalmente ao surgimento de novos empreendedores.
51
O empreendedor precisa identificar seus concorrentes, suas estratégias e de
que forma isso pode afetar seu empreendimento. De acordo com Porter (1999), os
clientes, fornecedores, os entrantes em potencial e os produtos substitutos, também
são considerados concorrentes e não somente os concorrentes do setor. O autor
destaca cinco forças que considera compreender o estado de competição. A figura 3
apresenta as cinco forças competitivas do estado de competição.
Figura 3 - Cinco forças de Porter
Fonte: Adaptado de Porter (1999)
A entrada de novos concorrentes traz novos conhecimentos, habilidades e
potencial, assim como a vontade de captar parte do mercado. A ação de entrada de
novos concorrentes pode variar de acordo com os bloqueios efetivos e a resposta
dos concorrentes. De acordo com Porter (1999, grifo nosso), são seis bases de
barreiras de entrada:
1. Economias de escala - Os novos entrantes devem operar com uma
produção em grande quantidade, a fim de competir no nível de seus
concorrentes, ou operam com uma quantidade menor, aceitando a
desvantagem de custo, o que torna o mercado menos atrativo e lucrativo.
52
2. Diferenciação do produto – A fim de promover a identificação da marca e
ultrapassar a fidelidade dos clientes de seus concorrentes, necessitam de
investimentos altos no marketing para estimular o desenvolvimento da marca.
3. Exigências de capital – Para disputar lugar no mercado, muitas vezes são
necessários grandes investimentos. Desde investimentos iniciais, crédito,
estoque e possíveis prejuízos.
4. Desvantagens de custo, independentes do tamanho – Os novos entrantes
têm desvantagens em relação ao custo, pois os concorrentes já estabelecidos
possuem grandes conhecimentos e experiência de mercado.
5. Acesso a canais de distribuição – É preciso estabelecer canais de
intermediação para a disponibilização do produto/serviço. Sendo que quanto
mais reduzidos forem os canais e maior for a participação dos concorrentes
neles, mais árdua será a entrada no setor.
6. Política governamental – O governo é apto a bloquear como incentivar uma
empresa a fabricar ou vender determinados produtos/serviços. Tem grande
influência nas barreiras de entrada impondo normas e controles.
Os fornecedores podem efetuar seu poder de troca de influências e benefícios
através da elevação de preços ou redução da qualidade de produtos. Isso pode
comprometer um setor que não consiga repassar esses custos em seus preços.
Os compradores também influenciam no poder de negociação mediante
imposições, como por preços mais baixos, maior qualidade, culminando na disputa
entre concorrentes.Os produtos ou serviços substitutos exercem influência no setor
através de empresas que têm capacidade de inserí-los no mercado. Irão provocar a
redução de custos caso apresentem produtos/serviços que superem os atuais do
mercado, através de qualidade e diferenciação e oferecem melhor custo-benefício
se forem produzios por setores lucrativos. Após a análise dos fatores que
influenciam o mercado e o poder de compra, a empresa pode identificar e estudar
estratégias para enfrentar os concorrentes e ganhar vantagens financeiras. Portanto,
é necessário o levantamento de seus pontos fortes e fracos.
Diante disso, a empresa irá agir de acordo com a competição enfrentada. É
preciso buscar estratégias para além da disputa. A empresa precisa ir a busca da
solução para as causas das forças competitivas (PORTER, 1999).
53
2.7.3 Segmentação de mercado
A segmentação de mercado corresponde à divisão do mercado em várias
partes. Refere-se à subdivisão das partes do mercado, tendo como objetivo separar
e detalhar os desejos e necessidades de cada consumidor, para que assim se possa
melhor identificar e criar produtos e serviços que atendam a essas necessidades.
Partindo desse pressuposto, a partir dessa segmentação que a empresa irá adotar
estratégias mercadológicas diferentes para cada tipo de necessidade.
[...] segmentação de mercado é o ato de dividir o mercado em partes menores para aplicar estratégias mercadológicas diferenciadas para influenciar a compra. Sempre que existir uma mudança de um dos Ps do Mix de Marketing, é porque houve também, propositalmente ou não, uma segmentação de mercado, pois cada mudança, por menor que seja, ampliará ou reduzirá o público a ser atingido (maiores ou menores segmentos). (OLIVEIRA, 2007, p. 123).
Há diversas divisões de mercado. As mais utilizadas são: a segmentação
geográfica, que consiste na divisão do mercado geograficamente, ou seja, por
regiões, como por estados, cidades e bairros. Cada região geográfica apresenta
características distintas referentes a preços, qualidades e benefícios. A
segmentação demográfica corresponde ao perfil do cliente de determinada região.
Compreende a idade, sexo, escolaridade, religião, raça, nacionalidade, entre outros.
A segmentação psicográfica detalha as características psicológicas do consumidor,
como o modo de vida, os comportamentos, as atividades e os desejos. E a
segmentação comportamental, que identifica as ações e comportamentos de um
grupo de consumidores.
A segmentação de mercado se bem aplicada, na visão de Oliveira (2007)
oferece vantagens como a priorização de oportunidades, onde a divisão das
necessidades dos consumidores gera uma melhor identificação e proposta de
produtos/serviços que correspondem ao esperado pelos consumidores, suprindo
assim suas necessidades. Ao conhecer o mercado é possível identificar os produtos
necessários conforme as formas de segmentação e evitar estoques, produção
desnecessária, melhor direcionamento e melhor alocação de recursos. Percebe-se
que conhecendo a segmentação é possível um melhor investimento, sem que haja
gastos e produção desnecessária.
54
O estudo das segmentações de mercado proporciona ao empreendedor uma
melhor visão de seu mercado e quais as melhores estratégias a serem aplicadas, de
modo a buscar a satisfação das necessidades dos clientes.
2.7.4 Posicionamento
Após a divisão do mercado e a definição dos grupos de consumidores, será
preciso definir qual o canal, ou seja, o meio que será utilizado para suprir as
necessidades de cada um dos segmentos. O canal é definido através dos fluxos de
canal, que correspondem às ações tomadas que irão acrescentar importância ao
consumidor final (STERNTHAL; TYBOUT, 2001).
O posicionamento permite evidenciar a empresa no cenário competitivo, através da sua imagem e da oferta de seus produtos preferencialmente elegidos pelo consumidor, onde há a plena satisfação de sua necessidade com relação à marca. [...] Pode-se dizer então que posicionar um produto no mercado é fixá-lo na mente do consumidor, utilizando-se de técnicas para demonstrar o que um produto, marca ou empresa representam, e assim repassam aos compradores visando gerar uma relação de troca e assumir posição estratégica de mercado com relação aos concorrentes [...]. (WEBBER, 2007, p. 39).
O posicionamento se refere aos meios e processos que serão utilizados para
pôr em prática estratégias que visam definir a representação de um produto ou
serviço na mente dos clientes de forma a se tornar um diferencial competitivo. Para
Dias (2003, p. 272), “o posicionamento não é aquilo que você faz com um produto.
Posicionamento é aquilo que você provoca na mente do cliente. Em outras palavras,
você posiciona o produto na mente do cliente potencial”.
Mas o posicionamento deve ser feito também em relação à marca organizacional. O gestor de marketing deve ter consciência de que a marca da organização deve ser forte, e para isso, necessita um bom trabalho de imagem, em termos de tema, slogan, gráficos, logotipo, cores, identificadoras e propaganda. [...] Entretanto, a empresa não pode basear suas ações apenas na propaganda. É necessário ter em mente que o desempenho da empresa é mais importante para a imagem organizacional do que qualquer outro ato. [...] Para isso é importante a empresa alcançar eficiência em cada um dos componentes dos 4 P`s.(BASTOS, 2009, p. 37).
O posicionamento da marca no mercado consiste no produto e em suas
particularidades e qualidades físicas, com base na comparação com seus
concorrentes. A forma de posicionamento da marca na imaginação do consumidor
55
abrange o posicionamento no mercado, que aproveita da publicidade para dar
origem a uma simbologia da marca, ao transmitir benefícios ao consumidor, tendo
base no produto ou determinados a partir de caráter emocional e psicológico
(AMORIM, 2007).
2.7.5 Mercado
O conceito de mercado é provavelmente o mais disseminado em marketing.
Para Muller (2012), o estudo do mercado envolve a avaliação dos produtos e
serviços que são ofertados, em conjunto com a perspectiva da oferta e demanda dos
compradores e dos vendedores. Pode ser analisado a partir devárias formas, desde
o mercado potencial, ou seja, quanto o consumidor e determinado mercado tem
disponível para gastar/investir em determinado produto/serviço; o mercado
estratégico, que busca implementar as melhores estratégias a fim de extrair
oportunidades do mercado; o mercado com o enfoque tático, onde são definidos os
meios e processos que serão utilizados para a realização das estratégias, entre
outros.
A análise do ambiente consumidor é relevante para a avaliação atual e futura do mercado-alvo do empreendimento no intuito de atender da melhor forma possível as necessidades do mercado. Uma importante variável a ser observada diz respeito ao mercado, ou seja, a obtenção de informações básicas sobre o negócio e o seu contexto mercadológico no ambiente em que pretende atuar. (AMORIM, 2007, p. 40).
Na visão de Dantas (2008), a condição para a existência de um mercado é a
existência de uma necessidade que deve partir do cliente. Se não há necessidade,
não há um mercado. As condições básicas para a existência de um mercado, parte
da necessidade do consumidor, da existência de bem ou serviço para que irá suprir
essa necessidade e o potencial de compra por parte do consumidor.
Conhecer o mercado de atuação, quem são os principais concorrentes e quais estratégias está utilizando para a conquista de novos clientes, identificar os fornecedores, permite uma melhor organização dos recursos humanos, materiais e financeiros do negócio, para assim oferecer um bom atendimento aos clientes. (MULLER, 2012, p. 23).
O mercado consumidor é definido como aquele onde os bens e serviços são
adquiridos pelas pessoas. Segundo Dantas (2008), é aquele que apresenta
56
numerosa variedade das características e número de compradores, diversidade de
regiões, movimentação das pessoas de uma região para outra, como da área rural
para a urbana e o baixo valor unitário de compra. O mercado pode ser definido de
duas formas: o mercado existente, onde dispõem de produtos/serviços para suprir
as necessidades dos clientes que possuem poder de compra, e o mercado
potencial, é aquele que ainda não é um mercado, mas pode vir a ser, caso
apresente as condições básicas para a existência de um mercado.
2.7.6 Variáveis do macro e micro ambiente
A empresa está sujeita a mudanças constantes externas que afetam o
ambiente empresarial. Essas mudanças são chamadas de variáveis do macro
ambiente. Tal denominação compreende o ambiente geral no qual a empresa está
inserida, formado por diversas variáveis que causam impactos em todas as
empresas (CHIAVENATO, 2012).
A figura 4 ilustra as variáveis presentes no macro ambiente, no qual uma
empresa se insere.
Figura 4 - Variáveis do macro ambiente
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Segundo Chiavenato (2012, grifo nosso), as variáveis econômicas
influenciam a empresa através dos acontecimentos na economia, como
desenvolvimento ou recessão econômica, aquecimento, que traz chances de
crescimento, e desaquecimento econômico, que reduz as vendas e faturamento. As
Macro Ambiente
Economia Política
Ecologia
LegislaçãoAspectos
sociaisTecnologia
Demografia
Cultura
57
variáveis sociais, que são as características da sociedade, como nível de emprego,
educação, saúde, entre outros, que determinam o poder de compra e as
necessidades da sociedade. As variáveis tecnológicas impulsionam a participação
e crescimento de novos negócios, pois as empresas investem cada vez mais em
tecnologia, com o objetivo de trazer mudanças e inovações para o mercado. As
variáveis culturais correspondem aos aspectos da sociedade, como o estilo de
vida, valores e entre outros. As variáveis legais condizem às leis e normas que
regem as atividades empresariais. As variáveis demográficas abrangem
características de densidade populacional, faixa etária e localização da população.
As variáveis ecológicas correspondem ao ambiente natural de uma região, com
água, solo, etc. Pode influenciar na instalação da empresa. E as variáveis políticas
envolvem as estratégias do governo de modo a facilitar ou dificultar políticas de
desenvolvimento.
Além de sofrer influências do macro ambiente, as empresas estão vulneráveis
ao microambiente, ou seja, aos diversos fatores relacionados à competitividade. O
macro ambiente envolve o ambiente no qual a empresa obtém seus recursos; os
fornecedores disponibilizam seus produtos/serviços; clientes e consumidores
estabelecem domínio; concorrentes e as agências reguladoras, que instituem os
aspectos das operações da empresa (CHIAVENATO, 2012).
2.8 VIABILIDADE FINANCEIRA
A viabilidade financeira compreende um projeto que servirá como roteiro para
a tomada de decisão, no que tange a identificação e tentativa de potencializarão das
oportunidades do mercado e fatores que podem influenciar na obtenção de sucesso
do empreendimento, no reconhecimento e neutralização de ameaças ao
empreendimento e na descoberta da geração de valor para o cliente e lucro para a
empresa, na afirmação de Chiavenato (2012).
Corroborando com esse pensamento, percebe-se que é necessário fazer uma
previsão dos custos envolvidos na implantação do negócio e os recursos
imprescindíveis para o funcionamento da empresa. Após a apuração desses custos,
alguns indicadores financeiros são utilizados para apurar a viabilidade do
empreendimento.
58
Para saber o lucro gerado com o trabalho desenvolvido no empreendimento,
o empreendedor precisa utilizar o indicador de lucratividade, que apresenta em valor
percentual o valor do ganho gerado pelo negócio.
Segundo Santos (2015, p. 46), “é um indicador de eficiência operacional,
obtido sob a forma de valor percentual, que indica o ganho de uma empresa sobre o
trabalho que ela desenvolve. Revela quanto à empresa obteve de lucro para cada
real vendido”. O valor é obtido através da relação do lucro líquido e a receita total. O
valor do lucro líquido é divido pela receita total e multiplica-se o resultado por 100.
A rentabilidade do investimento tem como objetivo demonstrar o lucro obtido
em percentual mediante o investimento feito em um empreendimento. O valor é
obtido mediante a divisão do lucro líquido pelo investimento. O lucro líquido
corresponde ao valor de retorno do investimento, já com as deduções de impostos.
O investimento corresponde ao capital investido, como as máquinas, equipamentos,
estoques, entre outros.
A análise de rentabilidade objetiva mensurar o retorno do capital investido e identificar os fatores que conduziram a essa rentabilidade. O processo decisório clássico – e inquestionavelmente consiste em mensurar os lucros futuros (ou fluxos futuros de caixa) previstos no projeto, contra os valores gastos a título de investimento nesse mesmo projeto. (PADOVEZE; BENEDICTO, 2011, p. 64).
Após a verificação do lucro obtido com base no valor investido, a empresa
necessita verificar em quanto tempo terá o retorno do investimento. Esse momento
ocorre quando o valor do investimento se equipara ao lucro líquido acumulado. O
tempo de retorno do valor investido se mostrará favorável, caso seja menor que o
tempo estipulado, e desfavorável caso seja maior.
A definição do período é definida pela empresa, mediante a avaliação de
fatores como os objetivos perante o projeto, riscos e relação do período com o valor
investido (GITMAN, 2010). O tempo de retorno é obtido mediante a divisão do
investimento pelo lucro líquido.
2.9 PLANO DE MARKETING
O plano de marketing, segundo McDonald (2008), é uma sequência de
fundamentos e uma grande quantidade de atividade que conduz a disposição de
objetivos de marketing e a elaboração de planos para atingí-los. A elaboração do
59
plano de marketing é necessária devido ao mercado que se mostra cada vez mais
adverso e complicado. Diversos fatores, tanto interno quanto externo, afetam a
capacidade de venda das empresas. Através do plano é possível identificar a origem
de vantagens competitivas, ter relacionamentos consistentes, informações, suporte,
comprometimento, o estabelecimento de estratégias e objetivos e ter uma melhor
visão das operações na empresa e do mercado de modo a agregar uma perspectiva
mais efetiva nas estratégias a serem elaboradas.
Dias (2003) informa que o plano de marketing é um documento elaborado
com a finalidade de contribuir para a estratégia de marketing de uma empresa,
através de procedimentos mercadológicos. Vários fatores são analisados para que
se desenvolvam alternativas para uma tomada de decisão.
O plano de marketing é um projeto desenvolvido com o intuito decriar
métodos para atingir própósitos relacionados ao plano estratégico da empresa. Este
plano envolve subplanos como: o plano de vendas, de propraganda, de produtos e
de atividades e técnicas mercadológicas (LAS CASAS, 2009).
De acordo com Kotler (2009), o plano de marketing deve ser claro e objetivo.
Deve incluir a análise da situação, os objetivos e metas, estratégia, plano de ação e
controles de marketing.
O quadro 13 descreve as cinco etapas que devem ser realizadas em um
plano de marketing.
Quadro 13 – Ações para a realização do plano de marketing
Análise da situação
Definir objetivos e metas
Escolher a estratégia
Plano de ação
Controle
-Descrição da situação atual -Análise SWOT (pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças) -Principais problemas enfrentados pelo negócio -Principais hipóteses sobre o futuro
-Aumentar a margem -Aumentar a participação de mercado -Aumentar a satisfação do cliente
-Mercado-alvo -Posicionamento central -Posicionamento de preço -Oferta de valor total -Estratégia de distribuição -Estratégia de comunicação
-Elaboração de um cronograma para a implantação das ações
-Adotar procedimentos para rever periodocamente se as metas estão sendo cumpridas
Fonte: Kotler (2009)
60
Através da elaboração de ações, como a análise da situação, a definição de
objetivos, escolha de estratégias, a implantação de um plano de ação e o controle, o
empreendedor terá melhor definido seus objetivos, os meios para alcançá-los e
domínio dos resultados estabelecidos.
2.9.1 Mix de marketing
O Mix de marketing ou Composto de marketing é formado por um conjunto de
variáveis controláveis que influenciam a maneira com que os consumidores
respondem ao mercado (STEFFEN, 2009).
Na compreensão de Kotler (2003, p.151), o mix de marketing “descreve o
conjunto de ferramentas à disposição da gerência para influenciar as vendas”. E
para que essas ferramentas sejam gerenciadas de forma eficaz, devem ser
utilizadas de forma integrada para o alcance dos objetivos da organização.
O marketing mix é um componente estratégico que acrescenta eficácia à empresa e a ajuda a atingir seus objetivos a médio ou longo prazo da maneira mais racional possível. Daí convém que se defina primeiro a estratégia para depois ajustar o mix a ela, porque, dependendo da escolha estratégica, o composto deverá ser diferente. (RICHERS, 2000, p. 158).
No entendimento de Kotler (1998, p. 97) o “composto de marketing é o
conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing
no mercado-alvo”. A esse respeito, Bastos (2009, p. 21) declara que para o
composto de marketing dar resultados positivos, é indispensável “adequar os
instrumentos à disposição, como pesquisa de mercado, marca, sistema de
distribuição e qualquer outro, à cultura e à forma de agir dos mercados-alvo.”.
O composto de marketing é planejado especificamente para satisfazer as
necessidades de cada mercado-alvo no qual a empresa busca alcançar, além de
auxiliar a organização a desenvolver uma estratégia de posicionamento (STEFFEN,
2009).
O composto de marketing mais difundido é o dos 4 P´s. De acordo com Cani
(2011, p. 25), é necessária a análise e implantação desse composto nas
organizações.
61
Para qualquer estabelecimento, hoje em dia algo necessário para o empresário analisar e implantar, são os 4P‟s, sendo que esse modelo fica dentro do marketing, e tem esse nome, pois para cada P tem um quesito muito importante para as organizações, sendo eles: produto, promoção, praça e preço. Ele expressa o seguinte raciocínio, a organização produz um determinado produto ou serviço, que vai ser o alvo da promoção, que tem por objetivo comunicar, informar o consumidor sua disponibilidade em uma praça e a um determinado preço.
É importante ressaltar que o composto dos 4 C´s serve como um
complemento para melhor posicionar e desenvolver as estratégias de marketing,
sendo uma nova versão dos 4 P´s. Face a isto, Steffen (2009) esclarece que os 4
C´s tem origem no inglês e significa “Consumers Wants and needs (Necessidades e
desejos do consumidor em contraposição ao produto), Cost To Satisfy (Custo para
satisfazer o consumidor), Convenience to buy (Conveniência para comprar) e
Communication (Comunicação)”. Onde o produto equivale às necessidades e
desejos do consumidor, o preço ao custo para satisfazer o consumidor, a praça a
conveniência para comprar, e a promoção equivale à comunicação.
2.9.2 Produto/Necessidades e desejos do consumidor
Produtos são bens ou serviços que apresentam determinados atributos físicos
ou determinadas funções. Pode-se observar que produto também engloba a
embalagem, rotulação, logotipos e demais atividades ligadas ao produto que
adicionam importância (BOONE; KURTZ, 1998).
Sob o ponto de vista do produto, é compreendido por atributos, tanto tangíveis
quanto intangíveis, que buscam satisfazer as necessidades dos clientes. Dentre
esse atributos, a marca compreende a forma pela qual a empresa busca ser
identificada pelo cliente. Abrange os benefícios, função, estima e características que
são associados a empresa pelo cliente. Ou seja, “o valor da marca é o resultado do
grau de lembrança pelo público, mais o grau de fidelidade dos seus clientes e a
força da imagem associada á marca”. (DIAS, 2003, p.110).
Já as linhas de produtos são os tipos, estilos e gêneros dos produtos. A
empresa necessita ter conhecimento de mercado, das vendas e do lucro gerado em
cada linha para poder determinar os produtos que serão mantidos, otimizados ou
descartados, diante da percepção de Kotler (2012).
É imperativo lembrar que tanto na aquisição do produto, como no pós-venda,
o cliente necessita de suporte por parte da empresa. Esse atendimento acontece por
62
meio da garantia, assistência técnica e suporte, onde a empresa passa ao cliente
tranqüilidade e segurança na decisão de compra e pode ser fator determinante na
fidelização do cliente, através do estabelecimento de um relacionamento de
confiança e segurança, é o que sustenta Gobe (2007).
2.9.3 Preço/ Custo para satisfazer o consumidor
O preço é a maneira através da qual a empresa se posiona perante o
mercado (clientes e concorrentes), de forma a informar o valor que pretende obter
através do produto ou marca que dispõem (KOTLER, 2012). O estabelecimento do
preço deve ter relação não só com clientes e concorrentes, mas também com as
estratégias pretendidas pela empresa e o âmbito de marketing. Com base nessa
afirmativa, nota-se que o preço é uma importante ferramenta de negociação, pois
pode influenciar na escolha.
As estratégias de preço precisam ser elaboradas de forma a torná-lo bem
posicionado, pois é fator fundamental para a obtenção de sucesso no plano de
marketing. O preço precisa ter um valor que traga ao mesmo tempo lucro para a
empresa e que seja acessível aos consumidores. É preciso cautela nessa
elaboração, pois o preço não deve ser muito alto para não desestimular a compra
nos clientes. Além disso, o preço deve ter um valor que traga lucro para a empresa,
não sendo tão baixo para não gerar desvalorização ao olhar do cliente e baixo lucro
para a empresa.
Como afirma Las Casas (2013), a política de preços é uma estratégia utilizada
para definir os princípios e administração de preços de modo a alcançar os objetivos
almejados pela empresa. Alguns dos objetivos estabelecidos podem ser em relação
ao alcance de um determiando mercado, combater ou evitar concorrência, garantir
sua permanência no mercado e potencializar seus rendimentos, entre outros.
Já o preço de entrada é uma estratégia adotada pela empresa como uma
forma de ingresso no mercado. O preço dos produtos/serviços tem uma valor mais
baixo para estimular a compra e gerar demanda (DANTAS, 2008).
Com o propósito de intensificar a participação de mercado, muitas empresas
utilizam o desnatamento de preços, que se baseia em maior quantidade de vendas
que leva a custos unitários menores e maiores lucros a longo prazo (KOTLER,
2012). Ou seja, determinam o menor valor possível, sendo este preço significativo
no mercado. Esta estratégica só é coerente dentro de algumas condições: a) é
63
preciso haver uma grande demanda; b) o custo unitário não deve ultrapassar o valor
possível de ser adquirido do mercado; c) o preço elevado não deve atrair mais
concorrentes e deve ter o reflexo de um produto de qualidade elevada.
Na visão de Dias (2003), o preço promocional é uma importante ferramenta
para se destacar perante concorrentes e gerar a entrada de clientes em seu
empreendimento através de preços atrativos. Muitas estratégias de preço
promomocional é mediante a apresentação de produtos com condições especiais,
geralmente com o preço mais baixo.
Conclui-se, a partir daí que, o preço promocional pode ser elaborado através
de diversas estratégias com a intenção de fidelizar clientes assíduos, como
conquistar novos, com a oferta de preços, condições e premiações.
2.9.3.1 Preço Financeiro
O preço financeiro refere-se aos gastos monetários com os produtos/serviços
por parte da empresa e o valor que os consumidores desembolsam para adquirir
determinado produto/serviço. Para a empresa, representa o valor de seu
produto/serviço e a receita adquirida. E para o consumidor, um parâmetro para
avaliar o valor e capacidade de satisfação (GOBE, 2007).
Cabe evidenciar que os custos fixos que incidem nos produtos/serviços são
aqueles que não se transformam conforme o volume de produção ou receita obtida.
Já os custos variáveis irão se modificar de acordo com o volume de produção
(KOTLER, 2012). Esses custos implicam-se nos gastos da empresa e através deles
é determinado o preço de venda, que é aquele que chega ao consumidor.
Após a apuração do valor gasto na produção de um produto ou prestação de
um serviço e o valor de venda, é possível determinar a diferença entre esses valores
e verificar o valor restante. Esse valor restante representa a margem de ganho das
vendas. Através dessa análise é possível tomar decisões a respeito de problemas
táticos e melhorar a situação financeira da empresa, tais como: preços para pedidos
especiais, orçamentos e planejamento para a adoção de medidas pela
administração de vendas (COBRA, 1994). Por meio da margem de contribuição, a
empresa consegue verificar o valor que sobra das vendas para que seja possível
pagar suas despesas e conseguir gerar lucro.
64
Quanto à margem de lucro, Bastos (2009, p.30), diz que a orientação que visa
ao lucro estabelece um retorno-alvo específico. “Esse retorno pode estar associado
à rentabilidade sobre os investimentos, porcentagem de vendas, entre outros”.
2.9.3.2 Preço Psicológico
Segundo Kotler (2012), o preço psicológico surge dos incentivos que o
ambiente e as estratégias de marketing provocam na mente do cliente. A partir
disso, o cliente toma uma decisão, que pode culminar na compra. Um dos fatores de
grande importância e que as empresas se empenham em fortalecer é a marca da
empresa. A marca condiz com a percepção, entendimento e absorção da empresa
pelo cliente, que a difere das demais. O propósito é ocasionar uma mensagem na
mente do cliente, de modo que essa mensagem o faça lembrar da empresa
(CECCONELLO; AJZENTAL, 2008). De forma mais abrangente, pode-se observar
que a marca é desenvolvida e lembrada pelo cliente através de um nome, símbolo,
desenho, logotipo, entre outros.
Verifica-se, nessa perspectiva que, a motivação para a compra advém de
necessidades não atendidas. Uma delas pode corresponder ao status, que segundo
o SENAC (1997), enquadra com os clientes que compram produtos/serviços com o
intuito de serem reconhecidos e aprovados pela sociedade. Esses clientes
geralmente são convencidos a comprar com maior facilidade, por aceitar campanhas
de marketing e buscar produtos que todos querem e que estejam em grande
evidência no mercado.
O conhecimento das necessidades e motivos que levam as pessoas ao
consumo é fundamental para a prática do marketing. De acordo com o SENAC
(1997), a teoria desenvolvida por Abraham Maslow, apresenta cinco necessidades
do indivíduo que devem ser atendidas para que seja gerado o estímulo para a
compra. A pirâmide é utilizada para a empresa conhecer o comportamento do
consumidor. A motivação surge no individuo perante a implantação de estímulos que
precisam ser supridos. As necessidades dos seres humanos são expostas seguindo
uma ordem de prioridade, e ao satisfazer a primeira necessidade, outras surgem, e a
necessidade de satisfazê-las também.
A figura 5 apresenta a pirâmide hierárquica dessas necessidades.
65
Figura 5 – Hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte: Senac (1997)
A primeira necessidade é a fisiológica. É considerado básico para a
sobrevivência do ser humano, como água, comida, sexo, entre outros. Na falta
desses elementos, o ser humano vai à busca da diminuição ou alívio dessas
necessidades para ter seu equilíbrio e assim se preocupar com outras. A segunda
necessidade, a segurança, que corresponde ao sentimento de bem-estar,
estabilidade, proteção, busca por recursos financeiros, como seguros, entre outros.
A necessidade de afeição, ou também, necessidade social, compreende o
relacionamento e procura para pertencer a um grupo, como associação aos clubes.
A necessidade de estima, ou status, corresponde à procura do indivíduo pelo
reconhecimento, estima e aprovação perante os outros. Produtos como automóveis,
joias, e outros que são muito procurados pelos consumidores. A última necessidade,
a auto realização, onde o ser humano busca o seu desenvolvimento pessoal,
prestígio, conhecimentos, entre outros.
Além de buscar produtos e serviços com preços atrativos, diferenciados, que
gerem valor e que atendam as suas necessidades, os clientes prezam por um bom
atendimento e gostam de serem tratados de forma especial. Os clientes buscam
exclusividade, necessitam de um bom atendimento, de forma personalizada e
esperam que suas necessidades sejam atendidas (MALHEIROS; FERLA; CUNHA,
2005).
Auto-realização
Estima
Afeição
Segurança
Fisiológicas
66
2.9.3.3 Preço de Mercado
O preço de mercado fornece informações e pontos de vista do mercado
externo fundamentais para compor e gerir o composto dos preços praticados pelas
empresas. Dessa forma, encontra-se o preço através do processo das ofertas
(produtos/serviços) disponibilizadas no mercado, com as demandas de compra
(necessidades/desejos) dos compradores.
Alguns fatores devem ser acompanhados e estudados a fim de contribuir no
processo de formação do preço de mercado. É necessário o acompanhamento do
ciclo de vida dos produtos disponibilizados no mercado. Através dele é registrado o
volume ou valor das vendas de um produto, desde a sua inserção até sua redução e
eliminação do mercado (MCDONALD, 2008). Esse acompanhamento torna possível
a formação de estratégias para alavancar as vendas quando o produto estiver na
fase de redução. Cabe evidenciar que dessa forma a empresa pode impedir que o
produto seja retirado do mercado.
As empresas enfrentam uma disputa e rivalidade no mercado de outras
empresas que oferecem os mesmos produtos/serviços, as que atuam no mesmo
segmento de mercado ou buscam o mesmo público alvo. A empresa deve buscar
combinar os componentes do mix de marketing, de uma forma que o que ela
disponibiliza no mercado ao cliente não consiga ser confrontada de modo direto com
o que o concorrente disponibiliza no mercado ao cliente, pois ao comparar duas
ofertas, é provável que o cliente opte por aquela em que o preço for menor
(MCDONALD, 2008, p. 398).
[...] podem influenciar de modo que a empresa precise aumentar ou diminuir seus preços. Alguns fatores como grande perda de mercado para a concorrência; crise econômica, onde diminui o poder de compra dos consumidores; inflação, onde gera o aumento de preços como forma de controle e para evitar perdas de margens de lucro e com o aumento de procura no mercado, que pode gerar aumento de preços e corte de pedidos quando a empresa não consegue atendera essa demanda [...].
A empresa necessita ter uma visão ampla tanto dos concorrentes diretos
como indiretos. É preciso um estudo dos pontos fortes e fracos e estar atenta às
estratégias tomadas pela concorrência de modo a antecipar suas ações, para
impedir ou bloquear o embate do planejamento de marketing e vendas.
Com as contínuas mudanças no mercado econômico, com as crises e
oportunidades presentes, mudanças e variações nas estruturas sociais, a
67
disponibilização de recursos por parte da economia torna possível ao marketing
desenvolver novas necessidades de consumo. Através de uma comunicação eficaz
e a criação de estratégias e campanhas de marketing pelas empresas, em conjunto
com a economia e instituições governamentais será possível atrair mais
investimentos através de empresários, garantir segurança por meio de certo nível de
fornecimento de produtos e prover o desenvolvimento em regiões economicamente
desatualizadas (DANTAS, 2008).
2.9.4 Promoção/ Comunicação
A promoção de vendas utiliza diversos meios de comunicação para destacar
seus produtos/serviços e assim alavancar suas vendas em um período de curto
prazo. São ações que não fazem parte das que são realizadas diariamente.
A Promoção de vendas abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e propaganda, coordenando-as e ajudando a torná-las efetivas, tais como o uso de amostras, exposições, demonstração e outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária. (LAS CASAS, 2013, p. 396).
Para formular e implantar as estratégias, as empresas precisam realizar um
estudo do mercado, que abrange os cenários econômico, político, cultural, social e
que estejam de acordo com as necessidades dos clientes e com as objetivos da
empresa. De acordo com Morgado e Gonçalves (2001), para a elaboração de uma
campanha de marketing eficiente e eficaz através de estratégias promocionais, a
empresa deve determinar quais os objetivos da campanha, ou seja, onde ela
pretende chegar, de que maneira irá alcançar esses objetivos, através da
determinação das estratégias que serão utilizadas, como irá estabelecer a
comunicação com seu público alvo, de acordo com suas necessidades e maneiras
de compreensão, incentivos, entre outros fatores e o detalhamento e destaque dos
pontos da campanha.
A verba da campanha corresponde aos recursos financeiros que serão
necessários para que se possam colocar em prática as ações de promoção. Bastos
(2009, p. 37), diz que na definição do orçamento de comunicação, “de acordo com
as necessidades financeiras, são alocados recursos necessários para o
desempenho das atividades de comunicação”.
68
2.9.4.1 Vendas
É o processo de troca entre o cliente e a empresa, onde é vendido um
produto ou prestado um serviço da empresa ao cliente mediante pagamento. “Trata-
se da venda propriamente dita, ou seja, é a fase fundamental do processo de
vendas. Consiste na transferência do produto/serviço para o cliente ou consumidor”
(CHIAVENATO, 2012, p. 237).
O marketing busca satisfazer as necessidades dos clientes mediante a oferta
de produtos/serviços. As vendas buscam vender produtos/serviços e gerar receita.
Sendo que uma depende da outra para o alcançe de seus objetivos. Através das
estratégias formuladas pelo marketing ocorre atração dos clientes e a venda ocorre.
E é através das vendas que o marketing consegue atingir seus clientes e satisfazer
suas necessidade e desejos.
Para a formulação das estratégias de marketing, são utilizados canais de
marketing que correspondem aos recursos que determinam uma associação entre
os intermediários, onde ocorre o fluxo do produto, informações, processos e
promoções chegando até o consumidor final (CECCONELLO; AJZENTAL, 2008). Os
intermediários devem ser bem selecionados e adequados as estratégias da empresa
e as necessidades dos clientes, para que os produtos/serviços cheguematé o cliente
e satisfaçam suas necessidades. Desse modo, o que importa para o cliente é o
produto/serviço final.
Os vendedores são uma das principais ferramentas utlizadas e merecem total
atenção. O vendedor é aquele que tem conhecimento sobre o produto/serviço
ofertado pela empresa e oapresenta ao cliente. Ele é um dos principais responsáveis
pela venda. Para que isso aconteca, o vendedor precisa estar tecnicamente
preparado, estar atento as necessidades dos clientes, ao mercado e suas
constantes mudanças, estratégias e ferramentas de marketing. Para isso, a empresa
deve ter desenvolvido um planejamento de programas de remuneração adequados
para que ocorra um vínculo e dedicação da equipe para atingir os objetivos. A boa
venda é decorrente de um profissional tecnicamente preparado, que atenda às
necessidades de seu cliente utilizando técnicas modernas, e dos fatores de venda
como verdadeiro segmento estratégico de marketing. Os programas devem trazer,
manter e desenvolver profissionais competentes mediante um plano salarial,
comissões, vantagens e incentivos (LAS CASAS, 2013).
69
Após a venda ou prestação de um serviço, a empresa precisa realizar um
conjunto de ações de marketing, chamadas de pós venda e relacionamento com o
cliente. O pós venda abrange pesquisas de satisfação, serviços de suporte e
manutenção, promoções e toda e qualquer atividade que preste atendimento ao
cliente, que tem como objetivo fidelizar o cliente.
É o contato que a empresa faz com o cliente após a venda do produto ou prestação do serviço. É fazer o cliente se sentir valorizado, através do interesse em saber a sua experiência e opinião, e a lembrança como em datas comemorativas, novos produtos/serviços, promoções, entre outros. (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005, p. 108).
Ao realizar um pós venda com atendimento de qualidade e gerando valor ao
cliente, fazendo ele sentir-se importante, tem-se oportunidades para vendas futuras,
pois cria-se umaimagem positiva da empresa o que contribuipara o crescimento do
negócio.
2.9.5 Praça/ Conveniência
Segundo Las Casas (2013) praça é o local onde a empresa disponibiliza a
seus clientes seus produtos ou serviços. Também corresponde ao local onde a
empresa mantem contato com fornecedores. Portanto, a praça deve estar o mais
perto possível de seus clientes e fornecedores para que se tenha facilidade na
venda ou prestação de produtos e serviços e no contato com fornecedores. A praça
deve buscar seus clientes e suas necessidades a fim de oferecer seus
produtos/serviços da forma mais conveniente possível.
A praça ou canais de distribuição interfere no sentido de tornar um produto disponível ao consumidor. Um produto fácil de encontrar e comprar entrará no conjunto considerado de mais consumidores. O tipo de apresentação do estabelecimento também influencia a percepção dos consumidores sobre a imagem do produto. (STEFFEN, 2009, p. 99).
Para Bastos (2009, p. 31), a determinação da praça “trata-se, portanto, de
fazer os produtos chegarem até os consumidores de forma eficiente e eficaz”. Ou
seja, são os esforços e meios que a empresa utiliza para fazer com que os produtos
chegam de forma ágil e que atendam as expectativas dos consumidores.
Nesta etapa são estudados e determinados os canais de distribuição/vendas
que a organização irá adotar para levar o seu produto/serviço até o consumidor. Os
70
canais irão variar de acordo com as estratégias da empresa e da forma que lhes for
mais eficiente e ágil (MULLER, 2012). As partes envolvidas neste processo irão
trabalhar em conjunto para disponibilizar aos consumidores os produtos/serviços no
local adequado, momento certo e da forma esperada.
De acordo com Lacruz (2008), os tipos de canais de distribuição são direto e
indireto, e os tipos de distribuição são divididos em distribuição intensiva, seletiva e
exclusiva, conforme mostra o quadro 14.
Quadro 14 - Canais e tipos de distribuição
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO Direto – Onde a empresa vende o produto direto ao cliente, sem a intervenção de intermediários. Exemplo: lojas próprias.
Intensiva – Disposição dos produtos onde há a probabilidade de venda.
Indireto – Utiliza intermediários como representantes, atacadistas e varejistas. Exemplo: revendedores autorizados.
Seletiva – Número de ponto de vendas limitado.
Exclusiva – Direitos de distrbuição exclusivos a um determiando ponto de venda.
Fonte: Adaptado de Lacruz (2008)
As estratégias de canais e tipos de distribuição irão variar de acordo com as
características dos produtos e estratatégias da empresa. É preciso uma avaliação
dos custos envolvidos no processo, pois estes interferem no preço do produto.
2.10 PLANO JURÍDICO
O plano jurídico é a etapa do plano de negócios onde serão descritos os
aspectos legais, ou seja, as medias cabíveis dentro da lei, que são necessárias para
a abertura de uma empresa. Inclui as medidas necessárias para o registro da
empresa, os impostos, taxas e tributações envolvidos e as normas que regem as
relações trabalhistas entre empregado e empregador.
[...] para que uma empresa desenvolva suas atividades formalmente, é necessário que ela tenha uma existência legal. Para isso, a empresa precisa estar devidamente registrada no órgão competente. Entretanto, registrar uma empresa é um processo trabalhoso, e muitas vezes, demorado. Ele é composto por uma série de etapas igualmente importantes e necessárias [...]. (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005, p. 227).
71
Ainda segundo Malheiros, Ferla e Cunha (2005), os passos necessários para
o registro da empresa são descritos a seguir:
Quadro 15 – Passos para o registro de uma empresa
Definição da forma jurídica Quando composto por sócios será sociedade, que pode ser simples ou empresária, de acordo com o tipo do negócio
Sociedade simples É restrito ás atividades profissionais de natureza científica, literária e artística
Sociedade Empresária Constituída por duas ou mais pessoas tendo como finalidade explorar uma atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens e serviços
Consulta de viabilidade Verificar se o local onde o empreendedor pretende instalar sua empresa está de acordo com as normas da região, impostas pela legislação municipal
Consulta sobre o Nome da Empresa É a consulta do nome empresarial. Caso o nome ja exista é preciso escolher outro. A consulta é feita na Junta Comercial
Inscrição Comercial Ao criar uma sociedade é necessário elaborar o Contrato Social, no qual ficam estabelecidas as condições de criação, funcionamento e liquidação da sociedade. O registro é feito na Junta Comercial
Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
Visa a obtenção do CNPJ, para que a Receita Federal saiba da existência da empresa e para que possa cobrar os tributos federais aos quais a sociedade estará sujeita. O registro é feito na Secretaria da Receita Federal ou Juntas Comercias conveniadas
Inscrição na Previdência Social Cadastro necessário para recolhimento de contribuição nos casos de acidente de trabaho, auxílio maternidade, aposentadoriae outros. O registro é feito no INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
Solicitação de Licença Sanitária Para indicar que a empresa está adequada sanitariamente , ou seja, se está de acordo com a normas de higiene, para explorar suas atividades. O registro é feito na Vigilância Sanitária Municipal
Vistoria das Condições de Segurança e Proteção contra Incêndio
Objetivo de verificar se as condições de segurança contra incêndios estão adequadas segundo as normas. É feita pelo Corpo de Bombeiros
Obtenção do Alvará de Localização de Funcionamento
Realizada após o registro da empresa. Obtenção através da Prefeitura Municipal, que comprova que a empresa tem autorização para funcionar na localidade
72
escolhida Inscrição no Cadastro Fiscal Registro específico para empresas
prestadoras de serviços. É a inscrição da empresa na Secretaria de Finanças Municipal
Inscrição Estadual Registro necessário para fins de controle sobre o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Destinado apenas as empresas comerciais e industriais. Inscrição feita na Secretaria da Fazenda do Estado
Inscrição no Sindicato Patronal Inscrição realizada de acordo com a categoria do ramo de atividade na qual a empresa se enquadra, para o recolhimento do Imposto Sindical. Assim o empresário poderá participar das decisões e defender seus direitos como empresário.
Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
Os autores destacam mais alguns registros que são necessários, como:
1) Vistoria de Higiene e Segurança do Trabalho;
2) Inscrição da delegacia Regional do Trabalho;
3) Autorização para impressão de documentos fiscais;
4) PIS - Programa de Integração Social.
2.10.1 Direito Comercial
O Direito Comercial atual incide sobre a atividade empresarial. Considera-se
atividade empresarial aquela desenvolvida por indivíduo que age de acordo com seu
dever perante sua atividade e de forma frequente, por empresário individual ou
sociedade empresária, de modo a utilizar de forma eficaz e ordenada os recursos
financeiros para a produção ou circulação de mercadorias ou serviços
(GONCALVES; GONCALVES, 2006). Ou seja, o direito comercial regulamenta as
relações e divergências do ambiente empresarial. Através das fontes de direito
comercial surgem as normas jurídicas que regem a atividade empresarial. De base
das normas e legislações que regem o direito empresarial,a empresa irá administrar
seu negócio de modo a oferecer produtos e serviços e tendo como objetivo a
obtenção de lucro.
2.10.2 Sociedade Limitada
A sociedade limitada é composta por dois ou mais sócios, onde o capital
social, que são contribuições em dinheiro ou outras formas de bens, é dividido em
73
cotas. Entende-se por cotas as partes que serão integralizadas pelos sócios na
abertura da empresa. É o valor, bens ou créditos que cada sócio disponibilizará para
compor a empresa. Através das cotas o sócio terá direitos e deveres perante a
sociedade. Os direitos serão referente a obtenção de lucro, de valor proporcional ao
número de cotas, e deveres, relativos a administração e/ou fiscalização do negócio.
Os sócios irão responder apenas por suas cotas, não estando prevista a
responsabilidade deles com seus bens pessoais por futuras dívidas da empresa
(GONCALVES; GONCALVES, 2006).
O nome da sociedade por cotas pode ser formado por firma ou razão social,
ou por denominação. Entende-se por firma, a composição através do nome dos
sócios, exemplo - Pereira, Matos & Cia Ltda, sendo que nesta é necessária sua
alteração a cada saída de um sócio. Já na denominação, o nome irá figurar de
acordo com a atividade desenvolvida pela empresa, exemplo - Padaria YZ Ltda
(FUHRER, 2008).
2.10.2.1 Contrato social
É um documento escrito, particular ou público, onde é feito o registro legal da
empresa no governo, descrevendo seus sócios, suas participações (cotas), suas
responsabilidades, dados da empresa (razão social, localização, tipo de sociedade,
capital social, entre outros) e claúsulas que serão estipuladas pelos sócios
participantes. O registro é efetuado na Junta Comercial.
Segundo Gonçalves e Gonçalves (2006), as etapas essenciais previstas no
art. 997 do código civil brasileiro são:
Quadro 16 - Etapas essenciais do registro do Contrato Social a) Identificação e qualificação dos sócios ( nacionalidade, estado civil, profissão,
residência, número do RG e do CPF se pessoas físicas e, se pessoas jurídicas, firma
ou denominação, nacionalidade e sede;
b) Nome empresarial, objeto, sede e prazo;
c) Capital social. Cota de cada sócio e modo de integralizá-la;
d) Identificação e qualificação dos administradores, seus poderes e atribuições;
e) Participação de cada sócio nos lucros e perdas
f) Tipo societário adotado
Fonte: Gonçalves e Gonçalves (2005)
74
2.10.3 Direito tributário
O Direito Tributário é definido como “o conjunto de normas jurídicas que
regulam a ação estatal de tributar” (ICHIHARA, 2006, p. 05). É definido como o
agrupamento de princípios que servem como regra, que norteiam os atos praticados
pelo Estado, sendo o Estado uma forma organizacional de natureza política, na
relação tributária de retirada de uma parte da renda de pessoa físca ou jurídica para
ingresso de recursos aos cofres públicos.
De acordo com o art. 3. do Código Tributário Nacional, tributo é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada. Também, considera-se tributo todo
pagamento que se refere a dinheiro mediante ordem judicial, que não firme prática
ilegal estabelecida em lei e requerida por meio de ação administrativa totalmente
associada. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
O art. 16. do Código Tributário Nacional define como imposto, o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte. O tributo tem como ocorrência a
obrigação de pagamento por parte do contribuinte, independente de qualquer
atividade pertencente ao Estado. De acordo com o art. 77. do Código Tributário
Nacional, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição. Já a contribuição, de acordo com o art. 81. do Código Tributário
Nacional, é cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
2.10.3.1 SIMPLES
O SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições)
consiste em uma gestão da união de forma mais simples do recolhimento de
75
impostos e contribuições sociais, de modo a converter as várias operações de
averiguação e recolhimento de impostos federais, estaduais e municipais em um
único recolhimento mensal para as empresas que se enquadrarem como micro e
pequenas empresas, e que, optarem por esse sistema (MALHEIROS; FERLA;
CUNHA, 2005).
Os tributos que abrangem o sistema SIMPLES são: IRPJ ( Imposto de Renda
da Pessoa Física, CSLL ( Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS/PASEP ,
COFINS (Contribuição ara o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços), ISS ( Imposto sobre Serviços) e a Contribuição para a Seguridade Social
destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP).
2.10.4 Direito trabalhista
O Direito Trabalhista rege as relações entre empragados e empregadores,
decorrente da prestação do trabalho, através de normas jurídicas. É através dessas
normas que os direitos dos trabalhadores são garantidos.
[...] Direito do Trabalho pode ser conceituado como o conjunto de princípios e regras jurídicas aplicáveis ás relações interpessoais por ocasião do trabalho ou eventualmente fora dele, enquanto, sob o enfoque objetivista (material), como o corpo de princípios e normas jurídicas que ordenam a prestação do trabalho subordinado e os riscos que dela se originam [...]. (BASILE, 2011, p. 15).
Ainda segundo Basile (2011), as relações trabalhistas são submetidas as
normas jurídicas da Constituição Federal; das Leis (complementares, ordinárias ou
delegadas) e medidas provisórias (matéria de relevância e urgência); demais atos do
Poder Executivo (como decretos, portarias, etc.); acordos e convenções coletivas e
sentença normativa.
Os sujeitos das relações trabalhistas, são segundo o art.3 da Constituição
Federal, o empregado, que é toda a pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual ao empregador, sob a dependência deste e mediante salário, e
empregador, a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
O contrato individual de trabalho é, segundo o art. 442, da CLT, o acordo
tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Ou seja, o contrato de
76
trabalho ocorrerá mediante um compromisso de forma subentendida ou formal,
mediante a prestação de um serviço, onde o empregador ira remunerar o
empregado.
No quadro 17 são descritos os requisitos que caracterizam o vínculo de
emprego.
Quadro 17 - Requisitos da caracterização do vínculo de emprego
Fonte: Marques e Abud (2013)
Observe-se que, para ser caracterizado o vínculo entre empregado e
empregador, é necessária a apresentação de requisitos. A pessoalidade se refere ao
fato de que o empregado é o único que pode prestar o serviço que foi acordado com
o empregador; a habitualidade se refere à prestação do trabalho de forma contínua;
a subordinação se refere às ordens dadas pelo empregador ao empregado, e que
este deve seguir, e a onerosidade determina que os serviços prestados devam ser
remunerados.
Pessoalidade O empregado deve ser pessoa física e a prestação dos serviços deve ser pessoal, ou seja, sua atividade é personalíssima, posto que o empregado não pode ser substituído por outra pessoa no exercício de suas atribuições
Habitualidade A prestação dos serviços deve ser contínua e não eventual. O trabalho deve ser executado habitualmente. A CLT não usa as expressões cotidianas ou diárias, mas trabalho contínuo ou habitual; portanto, o trabalho não precisa ser obrigatoriamente diário, mas frequente e de trato sucessivo
Subordinação Caracteriza-se pela dependência do empregado ao empregador. Decorre do poder de comando do empregador, já que o empregado está subordinado ás ordens do empregador. A subordinação pode ser: econômica, técnica, hierárquica ou jurídica.
Onerosidade Diz respeito á contraprestação devida pelo empregador ao empregado em razão da prestação de serviços. O empregado tem o dever de prestar os serviços e o empregador tem a obrigação de pagar pelos serviços prestados. Portanto, o trabalho não é gratuito, mas sim oneroso
77
2.11 PLANO OPERACIONAL
O plano operacional abrange todos os fatores relacionados a produção dos
produtos os serviços que serão oferecidos pela empresa. Nesta etapa será definida
a maneira que a empresa irá operar, e para isso a pesquisa de mercado realizada
deverá ser utilizada para a melhor definição da operacionalização da empresa. “O
plano operacional busca responder “quanto”, “como”, e “quando” produzir ou prestar
o serviço; quem o fará; que alternativas existem para responder ás variações na
demanda, além de fazer ou comprar”. (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005, p.
295). Esses autores ainda destacam os fatores que se relacionam de forma indireta
e direta com o processo operacional:
A descrição técnica do produto/serviço;
Processo de produção e a tecnologia adequada;
A localização;
As instalações, os equipamentos e o mobiliário;
Arranjo físico;
As pessoas;
A estratégia de negócio;
Projeto dos processos, dentre outros.
Por meio do plano operacional será possível ter uma orientação sobre as
primeiras decisões sobre a estrutura da empresa e componentes necessários para o
seu funcionamento. Dessa forma, o plano de negócio começa a ser desenvolvido de
forma prática.
2.11.1 Gestão de pessoas
O termo Gestão de Pessoas destina-se a ocupar o lugar do termo
Administração de Recursos Humanos, que apesar das diversas mudanças que
ocorreram ao longo dos anos, ainda é uma expressão bastante utilizada na relação
das empresas com as pessoas. A Gestão de Pessoas trata as pessoas como parte
importante da organização e não mais como somente recursos, conforme definição
de Souza (2009).
78
O termo gestão de pessoas compreende uma combinação de capacidades,
meios, princípios, estratégias e procedimentos determinados, com o propósito de
gerir comportamentos internos e externos, de modo a desenvolver os bens humanos
da empresa.
Para trabalhar efetivamente com pessoas, temos de entender o comportamento humano e precisamos conhecer os vários sistemas e práticas disponíveis para nos ajudar a construir uma força de trabalho qualificada e motivada. Ao mesmo tempo, para atingir as metas da empresa, temos de estar cientes das questões econômicas, tecnológicas, sociais e jurídicas que facilitam ou restringem nossos esforços para atingir as metas organizacionais. (SNELL; BOHLANDER, 2011, p. 02).
Compreende-se que a gestão de pessoas acontece por meio dos processos
de aptidão, habilitação, aperfeiçoamento dos funcionários através da atribuição de
caráter humano. O maior objetivo é o desenvolvimento e capacitação das pessoas,
de modo a contribuir para o desenvolvimento das pessoas e da empresa.
A gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma organização depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como elas estão organizadas, são estimuladas e capacitadas, e como são mantidas em um ambiente de trabalho e num clima organizacional adequados. E ainda, como estão estruturados e organizados os membros da força de trabalho, de modo a habilitá-los a exercer maior poder e liberdade de decisão, levando á maior flexibilidade e á reação mais rápida aos requisitos mutáveis do mercado. (SOUSA, 2009, p. 23).
As pessoas são hoje consideradas a parte mais importante e de maior valor
em uma organização. São consideradas determinantes do sucesso ou fracasso
organizacional. O resultado que a empresa pode alcançar depende muito mais do
desempenho e comprometimento das pessoas. Para Fernandes (2008, p.30),
“Percebendo que as pessoas que fazem a diferença dentro das organizações, os
gestores passaram a enxergar de forma diferente o processo de conduzi-las dentro
do processo de administrar”.
Ao entender a área de gestão de pessoas como parte da área de negócios
mais importante e essencial em uma organização, é através dela que ocorre o
contato com os clientes, tanto interno quanto externo, e é a partir desse contato que
se obtém ou não resultados positivos para a organização. As pessoas se tornaram
partes essenciais e de suma importância para a continuidade e crescimento das
organizações (SANTOS, 2010).
79
2.11.1.1 C.H. A
O C.H.A. corresponde às competências, ou seja, ao conjunto de atribuições e
capacidades que as empresas buscam nas pessoas. Referem-se aos
conhecimentos, habilidades e atitudes.
O quadro 18 descreve os três componentes que integram o conceito de
competências.
Quadro 18 – Componentes do conceito de competência
Conhecimentos Para o cargo: refere-se á necessidade que o cargo tem de formação acadêmica, conhecimentos técnicos, especialidades. Nessa etapa da competência, não se exige prática, apenas formação e pré-requisitos necessários ao cargo. Para o candidato: refere-se á especificidade de sua formação, escolaridade, idiomas, informática, para atender ás necessidades do cargo, etc.
Habilidades Experiência, prática, domínio do conhecimento. Esse termo é muito usado no esporte quando se refere aos atletas que apresentam excelência na sua modalidade, portanto, atletas com prática e domínio naquilo que realizam. Alguns cargos precisam de muita experiência nas atribuições, portanto, precisam de habilidade.
Atitudes Valores, emoções, sentimentos expressos através do comportamento humano, que, por meio de uma metodologia, tornam possível identificar o perfil comportamental necessário para cada cargo.
Fonte: Rabaglio (2008)
Os conhecimentos correspondem ao saber, ao domínio da sabedoria e
compreensão através da inteligência, razão e experiência que uma pessoa tem
sobre um determinado assunto. Ao selecionar um candidato, a empresa avalia os
conhecimentos que ele possui através de sua formação escolar e conhecimento
sobre um assunto/área relacionando com as exigências do cargo. As habilidades
condizem com a capacidade de aplicar o conhecimento adquirido. É saber
transformar o conhecimento em algo prático. É o saber fazer. Já as atitudes
equivalem ao comportamento do indivíduo. É o modo como o indivíduo age perante
80
as situações. As empresas buscam pessoas que tenham iniciativa, ou seja, que se
proponham a fazer algo antes mesmo que lhes seja solicitado. Corresponde ao
fazer. Esses três componentes em conjunto formam as competências que as
empresas buscam nas pessoas.
2.11.1.2 Descrição dos Cargos
Entende-se por cargo a posição hierárquica ocupada por uma pessoa na
estrutura de uma organização. O cargo corresponde ao conjunto de atividades
executadas tendo uma posição definida na estrutura organizacional (CHIAVEANTO,
2009).
A descrição de cargos consiste em expor, detalhar e especificar de forma
escrita as funções de um trabalho. Descreve obrigações, exigências, condições e
responsabilidades. Segundo Stoner e Freeman (2009, p. 279), a descrição de
cargos em nível de administração é: “uma descrição escrita do título, dos deveres e
das responsabilidades de um cargo, inclusive sua localização no organograma”.
A descrição de cargos é o detalhamento das atribuições ou tarefas do cargo (o que o ocupante faz), a periodicidade da execução (quando faz), os métodos empregados para a execução dessas atribuições ou tarefas (como faz), os objetivos do cargo (por que faz). É um levantamento escrito dos principais aspectos significativos do cargo e dos deveres e responsabilidades envolvidas. (CHIAVENATO, 2009, p. 69).
A descrição de cargos antecede o processo de seleção, onde a empresa
escolhe as pessoas que possuem as competências, conhecimentos e experiências
necessárias para ocupar determinado cargo. Ao ter definida a descrição de cargos, a
empresa saberá as responsabilidades, atividades e requisitos necessários para a
ocupação de um determinado cargo, facilitando assim o processo de seleção, o
conhecimento e organização no organograma da empresa.
No quadro 19 é exposto uma descrição de cargos, segundo o título do cargo,
uma descrição geral, uma descrição detalhada e os requisitos básicos necessários
(formação educacional, conhecimentos específicos e competências).
81
Quadro 19 – Descrição de cargos (administrativos e operacionais)
Descrição de cargos (administrativos e operacionais) TÍTULO DO CARGO Secretária
CÓDIGO A
LOCAL Rio de Janeiro, RJ
ÓRGÃO Seções, divisões, departamentos.
LOTAÇÃO 12
DESCRIÇÃO SUMÁRIA Executar serviços gerais de secretaria, em órgãos de nível igual ou superior a seção, agindo com discrição e aplicando as políticas, normas e rotinas da empresa. DESCRIÇÃO DETALHADA (descrever todas as tarefas do cargo, relacionando apenas “o que faz”, por ordem de importância, conforme o critério da área). Manter contatos na recepção da sua chefia, atender e encaminhar os visitantes. Assistir a sua chefia na solução de problemas administrativos simples e de relacionamento pessoal, atuando com tato, discernimento e discrição. Conferir, registrar, classificar, arquivar, localizar e expedir cartas, e-mails, memorandos e documentos, providenciando sua adequada distribuição e tramitação. Organizar e manter registros e fichários, consultando documentos e fazendo lançamentos para controle e atualização de informações. Recepcionar e encaminhar pessoas, receber e transmitir recados, fazer e receber chamadas telefônicas. Operar o fac-símile da sua unidade organizacional. Organizar a agenda de atendimento e reuniões ou entrevistas. Executar serviços de digitação em processador de texto de microcomputador, providenciar cópias em papel e em meio magnético e distribuir para seus destinatários. Zelar pela manutenção do arquivo confidencial da sua unidade organizacional. Executar outras tarefas correlatas, a critério do superior imediato. REQUISITOS BÁSICOS (indicar a instrução formal, curso de especialização e o tempo mínimo necessário ao desempenho normal do cargo). Segundo grau completo, acrescido de cursos de especialização em microinformática e inglês básico. Mínimo de dois anos em função equivalente. Discernimento e capacidade de planejamento para as tarefas descritas. ELABORADO POR MC
APROVADO POR EDB
VISTO RH ACS
DATA 29/10/200X
DATA 11/11/200X
DATA 13/11/200X
Fonte: Lamcobe e Heilborn (2008)
2.11.1.3 Plano de cargos e salários
O planejamento de cargos e salários envolve os recursos utilizados pela
administração de gestão de pessoas para definir cargos e salários. Cargo
corresponde à determinada função e responsabilidade exercida por um funcionário.
Mediante isso, o funcionário recebe um salário, ou seja, recebe um pagamento
monetário pela função desempenhada.
As decisões e procedimentos adotados pela empresa através dos cargos e
salários busca promover e evoluir a carreira do funcionário.
82
A gestão de cargos e salários ocupa uma posição-chave no recrutamento e manutenção dos recursos humanos das empresas, pois precisam propiciar um ambiente de motivação e produtividade, eliminando as incoerências e distorções que possam causar desequilíbrios salariais ou a insatisfação das pessoas. (GOMES, 2010, p. 128).
A empresa que desenvolve um plano de cargos e salários bem elaborado e
organizado pode usufruir de várias vantagens. Promove o melhor relacionamento
nas relações trabalhistas, com a clara definição das possibilidades das pessoas na
organização, no que se refere a crescimento, reconhecimento e remuneração,
proporcionando assim um senso de justiça em relação ao plano de cargos e salários
(KRETZER, 2007).
De acordo com Pontes (2002), para um plano de cargos e salários ser bem
estruturado e planejado, algumas etapas devem ser seguidas.
Quadro 20 – Etapas para implantação do plano de administração de cargos e salários
Planejamento e Divulgação do Plano Elaboração do plano
Discussão do plano com as gerências
Aprovação do plano
Divulgação dos planos aos colaboradores
Análise dos Cargos Coleta de dados
Descrição dos cargos
Especificação dos cargos
Titulação dos cargos
Classificação dos cargos conforme os grupos ocupacionais
Catálogo de cargos
Planejamento e Divulgação do Plano Elaboração do plano
Discussão do plano com as gerências
Aprovação do plano
Divulgação dos planos aos colaboradores
Análise dos Cargos Coleta de dados
Descrição dos cargos
Especificação dos cargos
Titulação dos cargos
Classificação dos cargos conforme os grupos ocupacionais
Catálogo de cargos
Avaliação dos Cargos Escolha dos cargos-chave
Formação do Comitê de avaliação. Avaliação dos cargos-chave
Avaliação dos demais cargos
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Pesquisa Salarial Escolha dos cargos
Escolha das empresas
Elaboração do manual de coleta de dados
Coleta de dados
Tabulação de dados
Análise dos resultados
Relato às empresas participantes
Estrutura Salarial Determinação do número de graus
Cálculo das amplitudes dos graus
Análise de sobreposição dos graus
Política Salarial Salário de admissão
Promoção horizontal e vertical
Reavaliação dos cargos
Reajustes salariais
Nível hierárquico das aprovações
Política de Remuneração Definição do pacote de benefícios
Composição da remuneração (salário + benefícios)
Carreiras Profissionais Seleção de cargos
Divulgação das carreiras aos colaboradores
Definição do planejamento de recursos humanos
Programa de desempenho
Programa de treinamento e desenvolvimento
Participação nos Lucros ou Resultados
Definição da estrutura do programa
Fonte: Pontes (2002)
A primeira etapa consiste na elaboração, aprovação e divulgação do plano,
seguido de uma análise dos cargos, com coleta de dados, descrição e classificação.
Em seguida, é feita uma avaliação dos cargos, em seguida é realizada uma
pesquisa salarial para determinar a estrutura salarial e o sistema de salários e de
benefícios, e depois a definição das carreiras e por último a determinação do
programa de participação nos lucros ou resultados. Convém destacar que a
definição dessas etapas deve estar em conformidade com os objetivos estratégicos
da empresa.
84
2.11.1.4 Liderança
Liderança é a habilidade de influenciar e gerenciar pessoas com o intuito de
transformar um grupo, ou seja, pessoas que trabalham em prol de um mesmo
objetivo e tem seus deveres e atribuições definidas e trabalham de forma
individualizada, em uma equipe, isto é, pessoas que trabalham visando alcançar um
mesmo objetivo, têm suas funções bem definidas e trabalham de forma unida de
modo a contribuir, apoiar e auxiliar no alcance dos objetivos.
Com as crescentes e rápidas transformações no ambiente empresarial, com o
surgimento de novos mercados e tecnologias, crise econômica, entre outros fatores,
as empresas precisam lidar com esses cenários inseguros, confusos e em contínua
modificação. Para enfrentar esses desafios, as empresas necessitam de
profissionais capacitados, que estejam atentos a esses e outros futuros fatores que
de alguma maneira possam afetar o negócio da empresa. Sendo assim, os líderes
são essenciais para que a empresa alcance seus objetivos e seja próspera.
A liderança é fundamental quando se fala em futuro de uma empresa. [...] O líder é determinante no processo de participação; cabe a ele ter sua equipe preparada, empenhada e comprometida com a obtenção de resultados, incentivando os colaboradores e orientando-os ante as demandas do mercado concorrente [...]. (MORGADO; GONÇALVES, 2001, p.216).
De acordo com Chiavenato (2012), existem três tipos usuais de liderança: a
autocrática, a liberal e a democrática. O quadro 21 descreve os três tipos de
liderança.
Quadro 21 - Tipos de liderança
Liderança autocrática Liderança liberal Liderança democrática
O líder define os objetivos O líder comanda O líder é o responsável O líder ignora a equipe
A equipe define os objetivos A equipe faz o que quer A equipe é irresponsável A equipe ignora o líder
Líder e equipe definem os objetivos Líder e equipe comandam juntos Líder e equipe co-responsáveis Líder e equipe compartilham
Fonte: Chiavenato (2012)
Na liderança autocrática, o líder age de forma controladora e de forma a fixar
e determinar os objetivos a serem seguidos. O líder age de forma individual e dá
ordens. Na liderança liberal, o líder não intervém na equipe. Os objetivos e decisões
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são tomadas pela equipe. Já na liderança democrática, considerada a mais sensata,
o líder e a equipe trabalham juntos e tem ciência de seus papéis.
2.11.1.5 Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é um método utilizado pela gestão de pessoas
de uma empresa para averiguar, explorar e estudar o comportamento referente à
eficiência e rendimento de um funcionário ou de um grupo. Busca reconhecer,
descrever e analisar o comportamento durante um período, mediante a avaliação da
conduta profissional, dos conhecimentos específicos, de teorias, técnicas e
experiências, questões de relacionamento interpessoal, entre outros aspectos.
Segundo Snell e Bohlander (2011), os objetivos da avaliação de desempenho
vão além da simples avaliação da boa ou ruim realização de um trabalho. Tem com
intuito beneficiar tanto a empresa como o funcionário. As avaliações de desempenho
mais utilizadas são classificadas em administrativas ou de desenvolvimento.
A figura 6 descreve essas formas de avaliação.
Figura 6 - Propósitos da avaliação de desempenho
Fonte: Adaptado de Snell e Bohlander (2011)
As formas de avaliação que visam o desenvolvimento têm como foco o
colaborador e as atividades por ele desenvolvidas. São utilizadas de maneira a
melhorar o fluxo de informações, identificar habilidades e dificuldades, reconhecer o
comportamento e produtividades, auxílio no reconhecimento e avaliação do
cumprimento de objetivos, bem como identificação das necessidades de
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treinamentos individuais e organizacionais. A avaliação de desempenho proporciona
ao funcionário a percepção da forma de desenvolvimento de suas atividades e
maneiras de aperfeiçoar e tornar seu trabalho mais eficiente e eficaz.
Do ponto de vista administrativo, a empresa utiliza as informações da
avaliação de desempenho como uma ferramenta para auxiliar e justificar tomadas de
decisões a cerca dos funcionários. Decisões como: promoções,
remuneração/recompensas, transferências, atribuições, demissões e avaliação de
programas de treinamento e planejamento.
2.11.1.6 Treinamento
O treinamento é necessário para o desenvolvimento e aprimoramento das
pessoas que compõem uma empresa. É de grande importância para que a empresa
possa atingir seus objetivos, através de pessoas preparadas, capacitadas e que
desenvolvam as competências necessárias. O treinamento busca basicamente
tornar uma pessoa apta para desenvolver determinada atividade, desenvolver ou
aprimorar capacidades para aplicação presente ou futura.
Podemos definir treinamento como qualquer atividade que contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou atividade, aumentar a sua capacidade para exercer melhor essas funções ou atividades, ou prepará-las para exercer de forma eficiente novas funções ou atividades. (LACOMBE; HEILBORN, 2008, p. 270).
Ao selecionar um candidato para ocupar determinada função na empresa, é
necessário treiná-lo, para que este conheça as características específicas da
empresa. O candidato é contratado pelas qualificações que apresenta no momento
da seleção para a vaga. Sendo que com o passar do tempo, faz-se necessário
desenvolver, aprimorar ou ensinar novos conhecimentos. Outro fator determinante
na necessidade de treinamento é a constante mudança e atualização das
informações e processos. O funcionário que recebe um treinamento se sente parte
importante da empresa, gerando a motivação e satisfação. O treinamento não
servirá apenas para desempenhar as funções na empresa, mas para ampliar os
conhecimentos que podem ser aplicados em outras áreas, como na vida pessoal. A
empresa que oferece treinamento atrai e mantém bons profissionais.
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Segundo Lacombe e Heilborn (2008, grifo nosso), os tipos de treinamento
podem ser classificados de acordo com a forma de execução e quanto ao público-
alvo. Esses autores destacam sete tipos de treinamento.
Treinamento no trabalho: Ocorre no dia-a-dia da pessoa;
Orientação da chefia: Chefe orienta seu subordinado;
Administração por metas: Estabelecimento de metas periódicas, seu
acompanhamento e possíveis revisões em reuniões programadas com a
chefia;
Rotação de funções: Transferência de pessoal de uma função para outra;
Incumbências especiais: Atividades fora da rotina de trabalho que se
constituem em fontes de aprendizado;
Treinamento formal interno: Treinamento programado e executado pela
empresa exclusivamente para seus empregados, mas realizado fora do
ambiente de trabalho;
Treinamento formal externo: Treinamento aberto ao público, programado e
executado por instituições externas.
2.11.2 Organização, Sistemas e Métodos
A OSM – Organização, Sistemas e Métodos de uma organização podem ser
definidos como conjuntos de elementos que se integram de forma ordenada e
organizada, através da utilização de meios e procedimentos desenvolvidos, para que
se alcance determinados objetivos.
[...] sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam função específica. [...] Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. [...] Métodos administrativos são os meios manuais, mecânicos ou eletrônicos pelos quais as operações administrativas individuais e/ou das unidades organizacionais são executadas. [...]. (OLIVEIRA, 2009, p.06-64-260).
A estrutura organizacional, compreende as diversas partes que formam a
empresa. Envolve de forma interligada os setores, divisões do trabalho, cargos,
funções, responsabilidades, comunicação, sistemas e processos. A fim de esplanar
melhor os processos, os tirando do papel, para que se tenha uma melhor
visualização e entendimento de forma organizada, são utilizadas representações de
88
forma simplificada dos elementos essenciais que se pretende apresentar (CURY,
2007).
Uma das ferramentas utilizadas para representar a estrutura organizacional é
o organograma, que de acordo com Cury (2007), é a apresentação da estrutura da
empresa através de uma representação gráfica. Essa representação é apresentada
de forma organizada, obedecendo uma ordem de posição, referente ao nível de
autoridade, e priorização das atividades desenvolvidas, de modo que haja a ligação
entre os elementos. O organograma tem como objetivo retratar as partes/setores
que compõem a empresa, as funções desenvolvidas pelas partes/setores, as
ligações de dependência recíproca entre as partes, setores, funções ou pessoas, os
graus administrativos que formam a organização e o canal hierárquico (CURY,
2007). Na figura 7, é representado graficamente um organograma por departamento.
O organograma descrito na figura 7, corresponde ao organograma vertical
que representa as relações de forma hierárquica. Muito utilizado em empresas
formais, para evidenciar linhas de autoridade e subordinação.
Figura 7- Organograma hierárquico
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Outra ferramenta que é muito utilizada em conjunto com o organograma é o
fluxograma. Após definir a divisão da empresa, seja por setores, funções, processos,
entre outros, pode-se elaborar um gráfico de processamento para que se possa
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representar a sequência de uma dessas divisões, de forma a tornar evidente a
origem, o processamento e o destino da informação (CURY, 2007). A ferramenta
fluxograma auxilia na melhor visualização dos processos, por proporcionar uma
visão clara, objetiva e detalhada dos processos, podendo assim, proporcionar um
melhor entendimento e auxílio da identificação de falhas.
O fluxograma objetiva evidenciar a sequência de um trabalho, permitindo a visualização dos movimentos ilógicos e a dispersão de recursos materiais e humanos. Constitui o fundamento básico de todo trabalho racionalizado, pois não basta fazer sua divisão, sendo necessário dispô-lo no tempo e espaço de maneira adequada. (OLIVEIRA, 2009, p. 261).
O fluxograma apresenta alguns símbolos que são considerados como padrão
na elaboração da representação gráfica de um processo.
No quadro 22, são descritos esses símbolos.
Quadro 22 – Símbolos padronizados que compõem um fluxograma
Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
2.11.3 Máquinas e equipamentos
As máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos constituem um dos
principais investimentos fixos necessários pra iniciar um novo negócio. É preciso
90
identificar e avaliar os investimentos que serão necessários para a
operacionalização da empresa. Para isso é recomendável elaborar uma relação com
a quantidade e característica técnica que são necessárias para cada investimento.
Para isso, o empreendedor deve ter conhecimento ou buscar ajuda a respeito do
que realmente será utilizado, para que seu investimento não seja equivocado, e
outras necessidades deixadas de lado (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005).
No quadro 23, é descrito um exemplo de investimentos em máquinas e
equipamentos para um pet shop.
Quadro 23 - Investimentos em máquinas e equipamentos para um pet shop
Fonte: Amaral (2009)
As máquinas e equipamentos correspondem aos investimentos que serão
utilizados pela empresa na produção de produtos ou prestação de serviços e irão
variar de acordo com o segmento da empresa. No quadro 24 é descrito os
investimentos em móveis e utensílios para um pet shop.
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Quadro 24 - Investimento em móveis e utensílios para um pet shop
Fonte: Amaral (2009)
Os móveis e utensílios correspondem aos investimentos necessários para o
funcionamento da empresa. Como exemplo, mesas e cadeiras para o escritório; TV
e ar condicionado para a recepção; prateleiras e gôndolas para a exposição dos
produtos e uniformes para os funcionários.
No quadro 25 é descrito o investimento em veículo para um pet shop.
Quadro 25 - Investimento em veículo para pet shop
Fonte: Amaral (2009)
O veículo adquirido como investimento pela empresa também representa um
bem necessário para o funcionamento da empresa.
2.11.4 Logística integrada
A logística é a área da empresa que tem relação com todas as demais. É
através dela que todos os recursos, sejam eles, informações, produtos, serviços e
equipamentos são organizados e dispostos de maneira eficiente e eficaz, de modo a
92
alcançar os objetivos da empresa e as necessidades dos clientes. Na visão de
Campos e Brasil (2007, p. 24-25), logística é:
[...] a função logística é responsável por comprar, armazenar e distribuir materiais e produtos acabados por toda a linha de produção e pela cadeia produtiva, ao menor custo possível e no prazo necessário, incluindo também “ todas as formas de movimento de produtos e informações.
As principais estratégias operacionais da logística envolvem três atividades
básicas, a armazenagem, o transporte e a distribuição. Tais estratégias operacionais
devem ser gerenciadas de forma conjunta para melhor contribuir no gerenciamento
do negócio. Para alcançar esse objetivo a empresa pode utilizar o sistema ERP (
Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais), que através de sistemas
computacionais em conjunto com sistemas de automoção, poderá gerir de forma
integrada as diversas funções da empresa (CAXITO, 2011). O sistema disponibiliza
informações em tempo real de todas as áreas da empresa, de modo que, todos os
setores estão interligados e trabalhando em conjunto no alcance dos objetivos. As
principais áreas que recebem suporte desse sistema são os setores administrativos,
de produção, distribuição e gestão da qualidade. O sistema se divide em módulos
para realizar a função de integração, onde cada módulo desempenha uma função,
conforme descrito no quadro 26.
Quadro 26 - Módulos do sistema ERP Finanças Rastreia informações de finanças, tais
como dados sobre receita e custo, por diversas áreas da empresa
Logística É muitas vezes desmembrado em diversos submódulos que lidam com funções diferentes da logística, como transporte e gerenciamento de estoque e depósito
Atendimento do pedido Monitora o ciclo de atendimento do pedido inteiro, acompanhando o progresso feito pela empresa na satisfação da demanda
Recursos humanos Lida com todas as tarefas de Recursos Humanos, como os turnos dos funcionários
Gerenciamento do fornecedor Monitora o desempenho do fornecedor e rastreia as entregas de seus produtos
Fonte: Caxito (2011)
Para melhor desenvolver seus objetivos, a logística conta com a cadeia de
suprimentos ou abastecimento, onde há a gestão voltada para ao cliente, onde o
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processo se inicia na fabricação dos materiais, passa pela produção e de bens e
serviços, pela distribuição até chegar ao consumidor final.
Conceito de integração da empresa com todas as firmas da cadeia de suprimentos: forncedores, clientes e provedores externos de meios logísticos compartilham informações e planos necessários para tornar o canal mais eficiente e competitivo. Este compartilhamento é mais profundo, acurado e detalhado do que na tradicional e conflitante relação comprador/vendedor. (MARTINS; LAUGENI, 2006, p. 170).
Antigamente na cadeia de suprimentos, a preocupação das empresas estava
na visão apenas da empresa com quem mantinha contato direto. Exemplificando,
um fornecedor de matéria-prima tinha como foco a indústria que iria utilizar esse
material. Os demais clientes envolvidos na cadeia era esquecidos. Com o passar
dos anos, a cadeia de suprimentos e abastecimento evoluiu, e hoje possui uma
visão ampla e integrada de todo o processo, desde o fornecimento de matéria-prima
até o consumidor final.
Na figura 8 são descritas as principais características da cadeia de
suprimentos nos dias atuais.
Figura 8 - Evolução da cadeia de fornecimento
Fonte: Martins e Laugeni (2006)
A cadeia logística tem como principais agentes os fornecedores, a cadeia de
valor da empresa e os clientes. O ciclo ocorre de forma a integrar as informações,
94
processos, sistemas planejamento, estratégias e deciões de modo a suprir de
maneira eficiente as necessidades dos agentes.
Um dos agentes mais importantes, que faz parte da cadeia de suprimentos e
abastecimento, é o fornecedor. Entende-se que o fornecedor é aquele que fornece e
abastace de forma regular uma empresa com matérias-primas ou produtos. A
escolha do fornecedor deveconsiderar alguns fatores. Primeiramente é necessário
fazer o levantamento dos materiais/produtos necessários, avaliar o sistema de
entrega, considerando a qualidade, preço, prazo e confiança, e buscar estabelecer
parcerias,para se ter contratos de médio a longo prazo (MARTINS; LAUGENI, 2006).
Após a escolha do forncedor, a empresa realiza o pedido de compra, que
pode ser considerado uma espécie de acordo. Nesta fase, a empresa fornece seus
dados ao fornecedor, determina o material, a quantidade, preço, embalagens,
condições de pagamento, detalhes de entrega, forma de fornececimento e outras
especificidades que a empresa pode solicitar de acordo com a sua necessidade.
Segundo Martins e Laugeni (2006), após o pedido de compra, ocorre o
processo de acompanhamento do pedido, o recebimento de materiais, que engloba
os procedimentos de recebimento e algum tipo de desacordo em relação ao pedido.
No acompanhamento do pedido, a empresa deve manter contato constante com o
fornecedor, de forma a participar de todo o processo. No recebimento de materiais,
geralmente é o setor de armazenamento que recebe. Após receber, o setor
responsável, deverá fazer a verificação dos materiais/produtos recebidos, conferir se
o que foi pedido está de acordo com o que foi entregue e se está em boas
condições. Podem ocorrer divergências quando o produto é entregue, pois pode
ocorrer a entrega do material/produto errado, com avarias, erros na nota fiscal, entre
outros. Para evitar esses possíveis problemas, a empresa deve pesquisar bastante
os fornecedores e ter cautela na escolha. Percebe-se que a ocorrência desses ou de
qualquer outro erro, poderá acarretar deficiências na gestão da cadeia de
suprimentos e abastecimentos.
Outro fator importante na cadeia de suprimentos e abastecimento, é a gestão
de estoque. De acordo com Viana (2013, p.109), estoque pode ser considerado
como “representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, componentes
para montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e
suprimentos variados”.
95
A gestão de estoque compreende o planejamento e controle do estoque, para
que se alcance as metas da organização, definição da quantidade de
almoxarifados/depósito necessários e quais materias devem ser estocados, controlar
as variações para poder atender a demandas e alternâncias de estoque. Para
executar esse planejamento é preciso determinar os materiais/produtos que serão
mantidos em estoque; a frequência de abastecimento; estoque necessário para
determinado período; ligação com setor de compras, para solicitar
materiais/produtos; receber, organizar e armazenar; controlar a quantidade, valor e
as informações para repasse aos demais setores; realizar o levantamento das
quantidades e estado dos materiais/produtos estocados e realizar a retirada de
avarias (SILVA, 2007).
A logística integrada visa integrar todos os processos, envolvendo toda a
organização, fornecedores e clientes. Os setores de vendas, marketing, manufatura
desempenham o papel de integração com os clientes. As áreas de suprimento,
manufatura e pesquisa com os forncedores, e prestando apoio a essas áreas, a
tecnologia da informação, finanças e recursos humanos (CHING, 2010).
Na figura 9, pode-se visualizar a cadeia logística de forma integrada.
Figura 9 – Universo da cadeia de logística integrada
Fonte: Ching (2010)
Na cadeia logística integrada, o fluxo das mercadorias e produtos,
informações e os recursos, estabelece ligações entre todos os agentes, desde as
fontes até o cliente final.
96
2.11.5 Tecnologia da Informação
A tecnologia da informação evoluiu ao longo dos anos, tanto em conceito,
como em funcionalidade. No início era tratada como meio pelo qual era possível
automatizar algumas tarefas dentro da organização através de meios
computacionais, máquinas e equipamentos. Com o passar do tempo e o avanço da
tecnologia, foi iniciado o processo de comunicação entre as máquinas e sistemas
operacionais.
A tecnologia da Informação pode ser definida como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. [...] o termo TI também é comumente utilizado para designar o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, bem como, o modo de como esses recursos estão organizados num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas [...]. (LEMOS II, 2008, p. 48).
É notável a presença da tecnologia da informação na maioria dos processos
desenvolvidos em uma organização. Ela é uma importante ferramenta para
desenvolver e melhorar sistemas, processos e atividades. Através de um
planejamento é possível enfrentar os desafios impostos, tanto internos como
externos, como a rápida identificação e aplicação de uma solução, a falta de mão de
obra qualificada, falta de recursos, a tendência e demanda por novos projetos,
sistemas integrados e a cobrança pelo atingimento do plano estabelecido pela
empresa, investimento em tecnologia, aprendizagem de novos recursos, promover a
adaptação tecnológica, controlar e tornar os processos gerenciais mais eficientes e a
vasta transmissão das tecnologias (LEMOS II, 2008).
Para desenvolver essas estratégias, a empresa necessita conhecer os
conceitos básicos dos sistemas que compõem a tecnologia da informação. É através
desses sistemas que a empresa irá transformar dados em produtos de informação.
Sistema de informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização. [...] As pessoas têm recorrido aos sistemas de informação para se comunicarem entre si, utilizando desde a alvorada da civilização uma diversidade de dispositivos físicos (hardware), instruções e procedimentos de processamento de informação (software), canais de comunicações (redes) e dados armazenados (recursos de dados). (O´BRIEN, 2003, p. 06).
97
Os sistemas de informação proporcionam a empresa, através da tecnologia
da informação, vantagens estratégicas sobre os desafios enfrentados no mercado
no qual está inserida. São vantagens relacionadas aos custos, envolvendo clientes,
fornecedores e a empresa, a diferenciação nos produtos ou serviços, e a inovação,
através de mudanças significativas e notáveis que agreguem valor para o cliente.
A ferramenta da tecnologia da informação mais utilizada pelas empresas é a
internet. Seja ela interna, como a intranet, que é o sistema utilizado somente dentro
da empresa como meio de comunicação entre funcionários, setores e processos, e a
extranet, que é a comunicação com parceiros comerciais e clientes.
2.11.6 Legislação Municipal sobre empresas
Para tornar possível a abertura do empreendimento é necessário efetuar
alguns registros junto á órgãos fiscalizadores e reguladores, a fim de obter as
autorizações necessárias para o funcionamento do estabelecimento. Segundo o
Sebrae (2015), para a abertura de uma empresa prestadora de serviços é
necessário a consulta de viabilidade, registro do contrato social, Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica - CNPJ, inscrição estadual e a obtenção dos alvarás municipais
necessários. A consulta de viabilidade consiste na consulta da possibilidade de
constituição da empresa e do acompanhamento de outros processos que envolvem
o registro da empresa por parte de outras instituições, o procedimento é realizado
pela Junta Comercial do Estado onde o estabelecimento estará localizado. Esta
etapa determina a documentação necessária e valores a serem pagos no registro da
empresa.
Após a aprovação do pedido, o empreendedor obterá o número de inscrição
do CNPJ na Receita Federal, número da Inscrição Estadual e autorização para
emissão de blocos de notas fiscais ou notas fiscais eletrônicas na Secretaria da
Fazenda do Estado e o protocolo da solicitação dos alvarás necessários. Com todas
as autorizações em mãos, é realizado o pedido de alvará de localização junto a
Prefeitura Municipal da cidade.
Após obter o alvará de localização, o empreendedor deve elaborar o contrato
social, que deve ser revisado por um advogado e auxiliado por um contador, e reunir
toda a documentação necessária solicitada pela Junta Comercial. A compra ou
aluguel do imóvel antecede esta etapa, pois com o alvará de localização em mãos o
98
empreendedor já pode realizar os procedimentos necessários para a escolha do
imóvel.
Em seguida, é preciso realizar o cadastro da empresa na Prefeitura Municipal
para solicitar os alvarás de funcionamento, dos bombeiros, que atesta que a
edificação possui ascondições de segurança contra incêndio e o sanitário, onde são
feitas análises das condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos, veículos e/ou
equipamentos.
Ainda segundo o Sebrae (2015), é preciso efetuar a busca de nome e marca
que a empresa deseja utilizar, pois se haver uma empresa com o mesmo nome, não
será possível o registro. No caso de sociedade limitada, o órgão responsável pelo
registro é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Por haver a
necessidade de um responsável técnico para o estabelecimento, um médico
veterinário, é necessário o registro no conselho Regional de Medicina Veterinária, a
fim de obter o contrato de responsabilidade técnica, onde é assinado um contrato de
prestação de serviços entre o estabelecimento e o profissional veterinário.
O empreendedor deve seguir a regulamentação da Resolução Nº 683, de 16
de março de 2001, para a concessão da Anotação de Responsabilidade Técnica que
compreende a comprovação da prestação de serviço profissional executado por
médico veterinário, contratado por pessoa física a ser efetivada no Conselho
Regional, em cuja jurisdição for exercida a atividade. O empreendedor ainda deve
seguir a regulamentação do decreto nº 8.448, de 6 de maio de 2015, que altera o
regulamento aprovado pelo decreto n° 5.053 de 22 de abril de 2004, que determina
as normas complementares do regulamento de fiscalização de produtos veterinários
e dos estabelecimentos que os fabriquem e/ou comercializem.
E por fim, o empreendedor deve efetuar o registro do estabelecimento junto
ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e a Caixa Econômica Federal - CEF,
levando o contrato social até a CEF e a previdência social.
2.11.7 Ponto Comercial
O ponto comercial corresponde ao local onde a empresa ficará localizada e
onde exercerá sua atividade comercial. Essa escolha é de grande importância e
requer tempo e estudo a fim de determinar os fatores que devem ser considerados.
No caso da empresa desenvolver atividades comerciais, deve considerar como
99
fatores influenciadores, a proximidade dos clientes, a facilidade de acesso, facilidade
de transporte, facilidade de estacionamento, infra-estrutura para recreação,
adequação do local, visibilidade, baixos custos imobiliários, baixos custos
condominiais e a aparência do local (CHIAVENATO, 2012).
2.11.8 Layout
Após escolher o ponto onde a empresa exercerá suas atividades, é preciso
definir como esse espaço será disposto. A definição da disposição do espaço físico
e do layout sucede a definição das máquinas, equipamentos, móveis, veículos e
utensílios necessários para iniciar a empresa.
O layout corresponde ao arranjo físico dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas. (CURY, 2007, p. 396).
A correta elaboração do layout pode trazer benefícios mediante a otimização
do espaço, desenvolvimento das atividades, eficiência do trabalho e distribuição das
pessoas nos postos de trabalho.
De acordo com Malheiros, Ferla e Cunha (2005), o layout desenvolvido para
estabelecimentos comerciais deve ter como foco principal o cliente. Através da forma
de disposição estratégica dos produtos, para que gere o desejo de compra.
Os objetivos do estudo e desenvolvimento do layout correspondem aos
processos, pessoas, serviços, produtos e clientes. Como a obtenção de um fluxo
eficiente de comunicações administrativas dentro da organização; um fluxo de
trabalho eficiente, facilitação da supervisão, redução da fadiga do empregado no
desempenho de sua tarefa (isolar ruídos, reduzir espaços desnecessários;
impressionar de forma positiva clientes e aumentar a flexibilidade para as variações
necessárias).
Para exemplificar um layout, envolvendo os objetivos acima, a figura 10,
descreve o layout de um pet shop. O layout apresenta o espaço onde o pet shop
desenvolve suas atividades.
100
Figura 10 – Layout de um pet shop
Fonte: Marcos (2010)
A figura acima ilustra a disposição do espaço onde a empresa irá desenvolver
suas atividades, a disposição dos espaços, móveis e produtos.
2.12 PLANO FINANCEIRO
O plano financeiro pode ser definido como o projeto que contempla
informações financeiras que fazem parte de uma estimativa para a preparação do
negócio. Segundo Lacruz (2008, p. 103):
[...] Por meio do plano financeiro é possível saber se o projeto representa uma boa opção para os recursos a serem utilizados na sua operacionalização, em comparação com alternativas de investimento. [...] é utilizado como instrumento gerencial, auxiliando o empreendedor a corrigir eventuais vieses, a adaptar-se a mudanças conjunturais etc.[...].
101
Através do plano financeiro é verificado se é possível ou não alcançar as
metas que foram estabelecidas. De acordo com Lemes Junior, Rigo e Cherobim
(2002), o planejamento financeiro é elaborado através do manuseio de dados
projetados, que tem ligação com os objetivos da empresa e que concedem a
formação de resultados comedidos,para que ao desenvolvimento do planejamento,
através de etapas, seja possível avaliar e redefinir objetivos e projeções.
No plano financeiro é realizado o levantamento de todas as despesas, desde
os investimentos iniciais, até os da fase operacional da empresa para o seu
funcionamento. É realizado o levantamento das receitas obtidas e feita a avaliação
do saldo financeiro. São utilizados indicadores financeiros que irão avaliar a
lucratividade e a viabilidade do negócio (SALIM et al.; 2005).
2.12.1 Capital investido
Para Chiavenato (2012), o investimento inicial para a abertura de um
empreendimento é o aspecto mais importante do negócio. É através dele que é
determinado o valor que será necessário para reunir todos os recursos essenciais e
a forma de obtenção desses recursos. Quanto mais recurso estiver disponível, mais
fácil será para a abertura do empreendimento. É necessário fazer um levantamento
do valor que o empreendedor dispõe para que possa iniciar o negócio.
Apresenta-se, conforme tabela 1, o capital para iniciar o negócio.
Tabela 1 – Capital para iniciar o negócio
Seu ativo (R$) Seu passivo (R$) Dinheiro e bancos Financiamento de
veículos Aplicações financeiras (poupança, fundos, etc. Ações e participações em negócios.
Outros financiamentos
Ações e participações em negócios Dívidas de cartões de crédito
Veículos e bens móveis Financiamento de veículos
Crédito contra terceiros Seguros Total Dívidas pessoais
Impostos e taxas Total
Patrimônio líquido (total do ativo - total do passivo) = R$__________ Fonte: Chiavenato (2012)
102
O valor do capital inicial que será investido dependerá do ramo da empresa.
Há produtos e serviços que demandam um investimento mais alto. Assim como
também os recursos que serão necessários para a estrutura do empreendimento.
É preciso estabelecer os gastos iniciais para a abertura do empreendimento,
conforme tabela 2.
Tabela 2 – Estimativa de projeção do capital inicial para abrir uma loja
Instalação da loja R$ Móveis e utensílios R$ Estoque inicial de mercadorias R$ Despesas gerais R$ Despesas com propaganda R$ Salários e encargos sociais R$ Despesas eventuais R$ Total____________________________________ R$_________ Fonte: Chiavenato (2012)
O capital inicial são os recursos iniciais investidos pelos proprietários ou
acionistas na empresa. Segundo Chiavenato (2012, grifo nosso), os tipos de capitais
são classificados de duas formas:
Capital próprio: é aquele pertencente aos proprietários e acionistas;
Capital de terceiros: capital obtido através de empréstimos, debêntures
(títulos de crédito) e ações preferenciais (de participação limitada nos lucros
da empresa).
2.12.1.1 Projeção de vendas
A projeção de vendas é o meio pelo qual a empresa irá fazer o levantamento
detalhado dos produtos/serviços que serão vendidos/prestados em um determinado
período.
A previsão de vendas representa a quantidade de produtos/serviços que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado período, geralmente um mês ou um ano, dividido em meses. Constitui, portanto, uma estimativa ou uma expectativa de vendas. Pode ser feita em unidades físicas ou em valores monetários. (CHIAVENATO, 2012, p. 241).
Para fazer a projeção de vendas, a empresa pode se basear em vendas
anteriores ou fazer uma pesquisa de seus concorrentes e do mercado. Na tabela 3 é
103
exposto o esboço de uma planilha de projeção de vendas de receita operacional
mensal.
Tabela 3 - Planilha de receita operacional mensal
Discriminação Quantidade Preço de venda (R$)
Produto A
Produto B
Produto C
Subtotal 1
Serviço 1
Serviço 2
Serviço 3
Subtotal 2
Total (subtotal 1 + subtotal 2) Fonte: Chiavenato (2012)
2.12.1.2 Custos
No entendimento de Beulke (2006), os custos são a representação monetária
dos elementos necessários para a produção de mercadorias ou serviços e gastos,
absorções e aplicações acontecidos para a produção de bens, produtos ou serviços.
Na mesma linha de raciocínio, o custo é o desembolso financeiro que varia de
acordo com o bem ou serviço que é usado na fabricação de outros bens ou serviços
(MARTINS, 2009).
São considerados como custos somente os valores que tem ligação direta
com o custo de compra da mercadoria que será revendida (WERNKE, 2011). São os
valores que tem ligação direta com os gastos gerados para a aquisição da
mercadoria. Como exemplo, os fornecedores, tributos e frete.
Os gastos que se classificam como custos são aqueles gerados no processo
de compra de bens ou serviços, no processo produtivo, e que são utilizados na
fabricação de outros bens ou serviços.
Custo fixo
Custos fixos são aqueles que irão possuir o mesmo valor independente da
quantidade de produção dentro de determinados intervalos.
104
Sua característica é a de se manter inalterados face ao volume de atividade, dentro de certos limites de capacidade, ou seja, não se modificam em razão do crescimento ou da retração do volume dos negócios dentro desses limites. Exemplos: depreciação, manutenção, folha de pagamento da administração etc. (BEULKE, 2006, p. 23).
Os custos podem ser representados, conforme figura 11.
Figura 11 - Custo fixo
Fonte: Dubois (2009)
Segundo Dubois (2009), os custos fixos se conduzem de forma a ficarem
relacionados às quantidades, sem apresentar variação, independentemente do
volume de produção da empresa.
A planilha de custos fixos é tomada como exemplo para a contabilização dos
gastos com custos fixos mensais, conforme tabela 4.
105
Tabela 4 – Custos fixos mensais
Item Discriminação dos custos Valor mensal em R$
1 Água e esgoto
2 Energia elétrica da
administração
3 Honorários Contábeis
4 Seguros
5 Salários
6 Aluguel da sede da empresa
7 Encargos sociais sobre
salários
8 Lanches e refeições
9 Pró-Labore
10 Encargos sociais s/ pró-labore
11 Despesas com telefones
12 Vale transporte
13 Combustíveis
14 Limpeza e manutenção
15 Outras despesas
16 Depreciação
Fonte: Berti (2002)
Na tabela 4, são descritos como exemplos, os principais custos fixos que
corresponde aos gastos que a empresa terá todos os meses e que representam
valores regulares, como o aluguel, água, esgoto, energia elétrica, salários e
encargos trabalhistas, pró-labore, depreciação e outras despesas que irão variar de
acordo com o porte e ramo da empresa.
Custo variável
Os custos variáveis são aqueles que sofrem alterações em razão do volume
de produtos vendidos. As alterações serão proporcionais ao nível de vendas.
[...] são os gastos cujo valor total ($) do período está proporcionalmente relacionado com o volume de mercadorias comercializadas: quanto maior for o montante de vendas, maiores serão os custos e as despesas variáveis totais do mês (ano). Isto é, o valor total dos fatores considerados “variáveis” tem seu montante vinculado á quantidade vendida pela empresa no período [...]. (WERNKE, 2011, p.32).
O valor dos custos variáveis será determinado com base no custo dos
produtos e/ou serviços. Na visão de Iudícibus (2009), o custo de produto é o valor
106
dado aos bens e serviços utilizados na produção de outros bens e serviços no
processo de fabricação concluído, sendo que, os produtos gerados ficam em
estoque.
Já nos custos de serviços, os custos gerados serão aqueles decorrentes dos
gastos investidos na realização de determinado serviço. Sendo que, esses gastos
irão variar em decorrência do serviço, pois alguns irão demandar mais materiais e
tempo para a execução (LOBRIGATTI, 2004).
No quadro 27 é descrito os custos que incidem sobre o custo do produto.
Quadro 27 - Custo do produto
Fonte: Melo (2015)
Os custos de produção correspondem à matéria-prima, ou seja, os bens que
serão utilizados na produção de um produto aos insumos, equipamentos, capital,
horas de trabalho e outros elementos utilizados na produção, a mão-de-obra
corresponde ao pessoal que trabalha diretamente na elaboração/produção do
produto, as embalagens correspondem à forma que os produtos serão
acondicionados. Os custos de compra referem-se ao valor gasto para comprar as
mercadorias; o frete é o custo com o transporte da mercadoria e o crédito e os
impostos que incidem sobre essas operações. Os custos de serviços referem-se ao
pessoal necessário e aos insumos necessários para a prestação do serviço.
Custo de comercialização
São todos os custos incluídos no processo de venda do produto ou prestação
de serviços. São os custos que não estão incluídos no custo de produção. Segundo
Malheiros, Ferla e Cunha (2005), os custos que integram os custos de
comercialização são descritos no quadro 28.
107
Quadro 28 - Custos de comercialização Custo de Divulgação São os investimentos em marketing que
serão efetuados para tornar o produto mais conhecido junto ao público-alvo no ponto de venda
Comissões de Venda São as comissões a serem pagas aos vendedores que trabalharão para colocar o produto no mercado
Impostos sobre a venda São os impostos que incidem sobre a comercialização das mercadorias. Normalmente, o ICMS, o ISS ou o IPI.
Previsão para perdas São as provisões necessárias para cobrir prejuízos decorrentes de avarias, extravios ou furtos/roubos de mercadorias.
Fretes São os gastos necessários para transportar os produtos até os locais onde serão vendidos
Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
Os custos de comercialização abrangem diversas etapas executadas para a
disposição dos produtos ao cliente final, como o investimento em estratégias de
marketing, comissões dos vendedores, impostos, reserva para cobrir possíveis
avarias, perdas, roubos ou furtos e gastos com o transporte do produto até o local de
venda.
2.12.1.3 Preço de venda
A formulação do preço do produto ou serviço é estabelecida de acordo com a
oferta, as necessidades, exigências e poder de compra do cliente. É preciso ter
processos e métodos bem definidos. Onde segundo Bernardi (2004), um processo
com possibilidade de sucesso, é estruturado da seguinte forma:
Definição de segmentação ou posicionamento;
Definição dos objetivos de preço;
Análise das condições internas e externas;
Definição do método de formação do preço.
Ainda segundo Bernardi (2004), o lucro é obtido através do valor que o
mercado paga menos os custos e despesas com o produto.
Para Lacruz (2008), o preço de venda é formado através do preço que os
clientes estão dispostos a pagar, o preço que as outras empresas praticam e o preço
pedido pelo produto ou serviço oferecido. São três critérios utilizados da formação
do preço de venda: a referência nos custos considera os gastos com a produção do
108
produto ou serviço; o preço relacionamento a demanda considera os clientes e o
preço relacionado à concorrência, considera os preços praticados pelos
concorrentes.
Menciona Lacruz (2008) que a estrutura da formação do preço de venda é:
Definição do posicionamento do produto/serviço;
Definição dos objetivos do preço (financeiros, estratégicos e/ou
mercadológicos);
Análise interna (abordagem de custo: definição do preço mínimo). Onde o
preço de venda é idêntico ao preço de custo.
Na formulação do preço de venda é preciso definir a disposição do produto ou
serviço, os objetivos estabelecidos pela empresa, sendo eles: internos e externos,
análise dos concorrentes e clientes e a formulação de um processo ou método
adequado para a prática de preço.
2.12.2 Investimento
Investimento pode ser tanto o gasto com a compra de produtos que se
manterão em estoque, até o momento de seu consumo, como os valores aplicados
na aquisição de bens, que serão utilizados na empresa para a fabricação de
produtos, prestações de serviços e no desenvolvimento das atividades
administrativas (DUBOIS, 2009).
Podemos citar como exemplos de investimento: a aquisição de um
computador para uso no escritório, de uma máquina para uso na produção dos
produtos e a compra de um imóvel para a alocação da empresa.
2.12.3 Demonstrativo de Origem
O DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) demonstra a
variação das contas a pagar e a receber, estoques e despesas pagas e os
fornecedores, contas a pagar e outros, no período de um ano para outro. É uma
ferramenta que auxilia na compreensão das mudanças ocorridas (MARION, 2009).
Esta ferramenta de análise financeira é de grande importância, visto que,
evidencia os principais processos da empresa, que é a aquisição e aplicação de
recursos.
109
2.12.4 Alavancagem Financeira
É uma estrutura de financiamento realizada através do capital de terceiros,
onde o empreendedor aplica o capital de terceiros na empresa a um determinado
custo, recebendo um determinado valor decorrente do lucro dessa aplicação. O lucro
sendo maior que o dinheiro empregado, demonstra um aumento do ganho da
empresa. A alavancagem financeira verifica se o plano de capital está trazendo
benefícios para a empresa e seus acionistas.
A empresa que utiliza recursos de terceiros tem nos seus custos financeiros os encargos dessa opção, que representa uma substituição aos encargos que teria com os proprietários pela remuneração do capital de risco. A capacidade que a empresa tem de administrar os recursos, próprios e/ou os de terceiros, e com isso maximizar os lucros por ação, é a administração da alavancagem financeira. (MATARAZZO, 2008, p.403).
O quadro 29 demonstra a alavancagem financeira com e sem o capital de
terceiros. Retratando o aumento do lucro devido o investimento do capital de
terceiros.
Quadro 29 - Composição do capital
Fonte: Melo (2015)
Sabe-se que a empresa deve buscar capitais de terceiros quando o lucro for
maior do que o valor da dívida e ao capital investido somente pela empresa.
Sem capital de terceiros
Com capital de terceiros
Capital Capital
$ 100.000 $ 60.000
(próprio)
Lucro $ 40.000
(terceiros)
$ 4.500 Lucro 1
Retorno $ 4.500
4,50% Juros 2%
$ 800,00
Lucro 2
$ 3.700
Retorno
6,10%
110
2.12.5 Faturamento da empresa
Após a determinação do preço de venda, o departamento de vendas irá
projetar as vendas mensais e anuais. Com base nessas informações, o
departamento financeiro poderá projetar o resultado esperado. Segundo Malheiros,
Ferla e Cunha (2005), para projetar a receita possibilitada pela venda dos
produtos/serviços é necessário aplicar a fórmula da receita anual total.
Através da fórmula apresentada no quadro 30 é possível calcular as vendas
mensais.
Quadro 30 - Fórmula receita anual total
Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
De posse das informações de venda, o departamento de vendas pode ter um
controle através da planilha apresentada na tabela 5.
Tabela 5 - Projeção de vendas
Projeção de vendas
Faturamento
Produto Quantidade Preço unitário (R$) Mês Ano Mês (R$) Ano (R$)
Total Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Através da planilha apresentada na tabela, a empresa pode ter um registro e
controle das projeções de venda. Nesta planilha é especificado o produto, o seu
preço unitário, a quantidade vendida por mês e por ano e o faturamento obtido por
mês e por ano.
111
2.12.6 Folha de Pagamento
A folha de pagamento é um documento elaborado pela empresa e busca
especificar os custos com os funcionários. Corresponde aos lucros obtidos mediante
a prestação de trabalho. É a forma pela qual a empresa calcula os valores devidos a
um funcionário, como forma de pagamento pelo seu trabalho. É composto pelos
vencimentos, os lucros, e os descontos, valores que estão previstos em lei e que
são descontados do salário do funcionário (SILVA, 2011).
A folha de pagamento deve expressar os lançamentos, vencimentos e
descontos, do modo mais simples e detalhado, para o melhor entendimento por
parte do trabalhador. Todas as demonstrações devem ser especificadas por nomes
distintos, não sendo aconselhável a utilização de denominações como “outros” ou
“diversos” (IORIO, 2004).
O quadro 31 descreve os principais vencimentos e descontos que incidem
sobre a folha de pagamento.
Quadro 31 - Vencimentos e descontos da folha de pagamento
VENCIMENTOS DESCONTOS
Salário Abono Adicional de insalubridade Adicional de periculosidade Prêmio/Comissão Horas extras Integração das horas extras ao repouso semanal remunerado Repouso semanal remunerado
Obrigatórios
INSS Imposto de renda Contribuição sindical Desconto assistencial Faltas e atrasos Repouso semanal remunerado Pensão alimentícia Adiantamento de salário
Com autorização do funcionário
Seguro de vida Vales refeição/alimentação Mensalidade sindical Cesta básica, entre outros
Fonte: Adaptado de Silva (2011)
Os vencimentos apresentados no quadro 31 irão variar de acordo com o ramo
da empresa, dias e horário de funcionamento, horário de trabalho dos funcionários,
políticas de gratificação, entre outros. Já os descontos, em sua maioria, não sofrerão
grande divergência, já que são descontos obrigatórios, como o INSS, imposto de
renda, contribuição sindical, faltas e atrasos, adiantamento de salário e repouso
semanal remunerado. Já os descontos com a autorização dos funcionários, irão
depender dos benefícios ofertados pela empresa ao funcionário, como vale
112
alimentação e refeição, cestabásica, planos de saúde, seguro de vida, mensalidade
sindical, entre outros.
Os principais itens aqui abordados serão o salário, férias, 13º salário,
encargos e INSS. Sendo que, há diversos vencimentos que irão variar de acordo
com cada empresa.
A empresa paga um salário ao funcionário como forma de pagamento pelo
seu trabalho. Há várias significados para a palavra salário. Segundo o artigo 29 da
Consitituição das Leis do Trabalho - CLT, consta que deve ser adotada a
remuneração, que corresponde ao conjunto de pagamentos provenientes do
empregador ou de terceiros em decorrência da prestação de serviços (para citar
como exemplo, terceiros pode corresponder a uma gorjeta dada a um garçom).
Segundo o artigo 130 e 134 da CLT, após trabalhar por um período de um
ano, o trabalhador têm direito as férias, ou seja, ao descanso anual.O empregador
deverá pagar ao empregado pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal, a título
de abono de férias, e caso seja da vontade do funcionário, ele poderá vender até 1/3
de suas férias. Convém esclarecer que o empregador deverá comunicar de forma
escrita, ao empregador, com trinta dias de antecedência, o período das férias.
O décimo terceiro salário corresponde a remuneração anual que a empresa
paga ao empregado no final de cada ano. O valor corresponde a metade do salário
recebido pelo empregado no mês anterior, e é pago de forma proporcional ao tempo
de serviço prestado pelo empregado, onde estima-se 15 dias de trabalho como mês
integral (PONTELO; CRUZ, 2013).
Os encargos sociais correspondem a contribuição monetária que é imposta
pelo Estado sobre o empregador e empregado de modo a contribuir para a
contribuição e incentivo nas metas e soluções que buscam beneficiar o trabalhador.
Os principais encargos que incidem sobre a folha de pagamento são a contribuição
previdenciária, o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), o FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) e o PIS ( Programa de Integração Social).
O quadro 32 apresenta a definição e aplicação dos encargos sociais que
incidem sobre a folha de pagamento.
113
Quadro 32 - Encargos socias da folha de pagamento Contribuição Previdenciária
IRRF FGTS PIS
Todo empregado contribui para a previdência de acordo com uma escala progressiva que leva em consideração o salário recebido. O empregado que por motivo de saúde tenha de ficar afa stado do trabalho por mais de 15 dias receberá o benefício pago pelo INSS, e se houver algum reajuste salarial durante esse período, ele o receberá quando voltar a trabalhar.
É uma obrigação tributária principal em que a pessoa jurídica ou equiparada, está obrigada a reter do beneficiário da renda, o imposto correspondente, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda.
Tem a finalidade de proteger o trabalhador (que possua um contrato de trabalho formal, regido pela CLT) demitido sem justa causa, ou seja, formar uma reserva para casos de aposentadoria, morte, invalidez e desemprego do trabalhador. É uma espécie de pecúlio disponibilizado pelo tempo de serviço prestado na empresa.
Benefício pago ao trabalhador que recebeu até dois salários mínimos de remuneração mensal durante o ano.
Incide sobre as valores recebidos, sobre o valor das férias, abono e 1/3 sobre as férias. A contribuição previdênciária (INSS) descontada será a soma dos valores recebidos e aplicados á um percentual que será aplicado para o calculo do valor dos tributos, lembrando de obedecer ao teto máximo para desconto, de acordo com a tabela fixada pelo governo, referente ao mês das férias
Incide sobre a soma das férias, o abono e o adicional de 1/3 sobre as férias, diminuindo a contribuição previdenciária (INSS) e dependentes, de acordo com a tebela vigente na data do pagamento fixada pelo governo federal
Incide sobre as férias. O trabalhador é obrigado a depositar na conta vinculada do empregado a importância de 8%, calculada sobre o valor das férias e 1/3 de férias.
O abono salarial é pago ao trabalhador em uma única parcela por ano. O valor do benefício é o salário mínimo vigente no período do recebimento
Fonte: Pontelo e Cruz (2013)
2.12.7 Fluxo de Caixa
Através da demonstração do fluxo de caixa é possível verificar a entrada e
saída de dinheiro, ou seja, o que foi gasto e o que foi arrecadado, se a empresa
honrou com seus compromissos e se há dinheiro disponível para investimentos. É
114
uma ferramenta que auxilia no conhecimento do desempenho financeiro da
empresa.
Através da Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa – DFLC pode-se saber se a empresa foi auto-suficiente no financiamento de seu giro de capital e qual sal capacidade de expansão com recursos próprios gerados pelas operações, ou seja, a independência financeira da empresa é posta em cheque. (MATARAZZO, 2010, p.233).
O fluxo de caixa é um instrumento dito como fundamental para que a empresa
possa gerenciar seus recursos financeiros, através da administração de seus
faturamentos e de seus gastos, e assim obter um equilíbrio financeiro para garantir a
sobrevivência da empresa e gerar lucro e sucesso (MORGADO; GONÇALVES,
2001).
2.12.8 Margem de Contribuição
A margem de contribuição é o valor destinado a cobrir os custos e gerar lucro.
Pode ter sua representação por produto, por unidade, ou total, por diversos
produtos. Evidencia, em quantidade, a contribuição dos produtos na atuação da
empresa (BERTI, 2002).
Essa ferramenta auxilia o gestor de forma gerencial e estratégica, na tomada
de decisão, através da avaliação dos custos, a organização da produção, para que
se possa maximizar a produção, gerando maiores vendas, culminando no aumento
do lucro e diminuição dos prejuízos.
A margem de contribuição pode ser unitária ou total.
Margem de contribuição por unidade, que é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. [...] para que, multiplicada pela quantidade vendida e somada á dos demais, perfaça a Margem de Contribuição Total. Desse montante, deduzindo os Custos Fixos, chegamos ao Resultado, que pode ser então o Lucro da empresa [...]. (MARTINS, 2009, p. 179)
Esclarece Berti (2002, p. 102) que “A margem de contribuição total de uma
linha de produtos indica quantitativamente a importância do produto no desempenho
global da empresa”. Corresponde a análise de quanto deriva de diversos números
de produtos.
115
A margem de contribuição é obtida através da subtração do valor das vendas
pelo valor dos custos variáveis e das despesas variáveis. Conforme descrito na
formula do quadro 33.
Quadro 33 - Fórmula margem de contribuição unitária ou total
+ Valor total das vendas
OU + Preço de venda (unitário)
- Despesas variáveis totais
OU - Despesas variáveis (unitárias)
- Custo variável total OU - Custo variável (unitário) = Margem de
contribuição total OU = Margem de contribuição
(unitária) Fonte: Senac (2004)
O valor da margem de contribuição se mostrará positivo caso a empresa
consiga pagar suas despesas e obter lucro. Para isso, o valor obtido precisa ser
maior do que os das despesas. Caso seja inferior, representará prejuízo.
2.12.9 Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio corresponde ao montante de atividades que deverão ser
desempenhadas, para que a empresa opere com o mínimo possível, sendo que não
haja prejuízo. Para verificar o ponto de equilíbrio é necessário fazer o levantamento
dos custos fixos e variáveis e a receita.
Ainda pode-se dizer, conforme a percepção de Berti (2002, p. 191) que “No
nível de atividade da empresa em que se atinge o ponto de equilíbrio, o total das
receitas é igual ao total dos custos, esse volume é o mínimo necessário para uma
empresa trabalhar sem que essa tenha prejuízo”.
No quadro 34 são apresentados os conceitos sobre ponto de equilíbrio na
visão de alguns autores:
Quadro 34 - Conceitos de ponto de equilíbrio Bernardi (2004, p. 65) É o volume calculado em que as receitas
totais de uma empresa igualam-se aos custos totais; portanto o lucro é igual a zero.
Bornia (2002, p.75) O ponto de equilíbrio, ou ponto de ruptura, é o nível de vendas em que o lucro é nulo.
Dutra (2010, p. 361) Esse parâmetro determina o ponto em que a empresa equilibra custos com receitas
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
116
De acordo com Dutra (2010), o ponto de equilíbrio da empresa determina
produção necessária apenas para suprir os custos, onde a receita obtida irá se
equiparar com os custos. Dessa forma a empresa opera sem obter lucro ou prejuízo.
É o ponto que indica o mínimo que a empresa pode operar sem que sofra prejuízo.
O gráfico 1 ilustra o ponto de equilíbrio.
Gráfico 1 - Ponto de equilíbrio
Fonte: Melo (2015)
Para calcular o ponto de equilíbrio, utiliza-se a fórmula descrita no quadro 35.
Quadro 35 - Fórmula ponto de equilíbrio
- Ponto de equilíbrio =_ Custo fixo total__
Índice da Margem de Contribuição
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
Para obtere o valor do ponto de equilíbrio é necessário realizar o cálculo do
custo fixo total e do o índice da margem de contribuição. O resultado do ponto de
equiíbrio será a divisão entre o custo fixo total e o índice da margem de contribuição.
2.12.10 Formação do preço de venda
É a estratégia que irá formar o preço que o serviço ou produto será vendido.
O preço é determinado de acordo com os custos das estruturas da empresa. Através
do custo unitário do produto/serviço é determinado o preço de venda (MALHEIROS;
FERLA; CUNHA, 2005).
117
Para chegar ao preço de venda unitário final ao consumidor, é necessário
calcular o custo unitário de produção (CUP), que é obtido através da soma do custo
unitário variável de mão-de-obra com o custo unitário variável de matéria-prima. O
custo unitário de produção é obtido através da fórmula descrita no quadro 36.
Quadro 36 - Fórmula preço de venda unitário final ao consumidor
Fonte: Malheiros, Ferla e Cunha (2005)
A obtenção do preço de venda ocorre pela divisão do custo unitário de
produção pelo resultado da relação entre o custo de comercialização e a margem de
lucro bruta.
2.12.11 Análise financeira
Após fazer a projeção de vendas e apurar todos os custos envolvidos com a
operação, com base em demonstrativos contábeis, é feita uma avaliação da
viabilidade e do lucro do empreendimento. As demonstrações contábeis são os
relatórios elaborados após a projeção de vendas e o levantamento dos custos. O
relatório é elaborado com base em registros e documentos da empresa e busca-se
também utilizar demonstrativos. Este relatório é de grande importância para a
empresa, pois demonstra a estrutura econômica-financeira.
A análise financeira busca utilizar diversos métodos para verificar a situação
atual e futura de uma empresa. Utiliza como principais instrumentos de avaliação os
índices financeiros, como a DRE e o Balanço Patrimonial, que em conjunto com
outros métodos trazem uma avaliação completa e precisa da empresa.
118
[...] Trata-se de um processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. [...] A avaliação da empresa tem por finalidade analisar seu resultado e seu desempenho, detectando os pontos fortes e fracos dos processos operacional e financeiro, com o objetivo de propor alternativas de curso futuro a ser tomadas e seguidas pelos gestores [...]. (PADOVEZE; BENEDICTO, 2011, p.219).
Na análise do balanço patrimonial, é feita uma análise do patrimônio da
empresa, fazendo um comparativo de um determinado período, de modo a atestar a
sua situação financeira, evidenciando o caixa e lucro da empresa. Neste índice é
determinado quanto à empresa possui de ativos, bens e direitos, ou seja, o dinheiro
em caixa, créditos, estoques, investimentos, móveis e valores a receber, no passivo,
obrigações, ou seja, são os valores devidos a fornecedores, empréstimos e
financiamentos, obrigações tributárias e trabalhistas, entre outras obrigações e o
patrimônio líquido, que representa o capital social e lucros acumulados
(PADOVEZE; BENEDICTO 2011).
No quadro 37 é descrito de forma detalhada a estrutura básica do Balanço
Patrimonial.
119
Quadro 37 - Estrutura Básica do Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO (1)
CIRCULANTE CIRCULANTE Disponibilidades, Contas a Receber de Clientes,
Duplicatas e Contas a Pagar, Impostos a Recolher,
Estoques e outros valores a receber e a realizar,
Empréstimos e Financiamentos e outras obrigações,
dentro do prazo de um ano vencíveis dentro do prazo de um ano NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Bens e direitos a receber ou realizar com prazo
Empréstimos e Financiamentos, Tributos parcelados e outras
superior a um ano, com intenção de negociação
obrigações com vencimento superior a um ano, e
ou realização receitas diferidas Investimentos, Imobilizado e Intangível PATRIMÔNIO LÍQUIDO Bens e direitos, adquiridos ou construídos com intenção de
Valor das entradas de capital, mais a reservas originadas de
não venda, para utilização nas atividades operacionais
doações, os ajustes de avaliação patrimonial ainda não
da companhia, com os valores líquidos das depreciações,
contabilizadas em resultado, mais os lucros retidos nas
amortizações e exaustões (antigo Ativo Permanente)
Reservas de Lucros, menos Prejuízos Acumulados
Fonte: Adaptado de Padoveze e Benedicto (2011)
O DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), que segundo Iudícibus e
Marion (2007) é uma síntese onde as receitas e despesas auferidas no período de
12 meses são apresentadas de forma dedutiva, ou seja, a apartir de dados
existentes, onde as despesas são abatidas das receitas, para se obter o lucro ou
prejuízo do período.
No quadro 38, é descrito um exemplo do levantamento dos demonstrativos
que compõem uma DRE.
120
Quadro 38 - Demonstrativo do Resultado do Exercício
Receita Bruta 100.000
(-)
(_______)
(-)
(_______)
Receita Líquida
________ (-) Custo da Mercadoria Vendida
(_______)
Lucro Bruto
50.000
(-) Despesas Operacionais
De vendas
Administrativas
12.000
Financeiras (-) Receitas
(_______)
Lucro Operacional
________
(+) Ganho Extraordinário
10.000 Lucro antes do Imposto de Renda
________
(-) Imposto de renda
(_______)
Lucro depois do Imposto de Renda
________
Lucro Líquido do Exercício ________ Fonte: Iudícibus e Marion (2007)
O modelo de DRE apresentado no quadro discrimina os resultados apurados
em um período, que geralmente é de doze meses. São descritos a receita bruta das
vendas e serviços, as deduções das vendas e impostos, a receita líquida obtida
através das vendas de produtos e serviços, a dedução dos custos com a mercadoria
vendida ou serviço prestado e o lucro obtido, ou seja, o ganho financeiro da
empresa.
Percebe-se que, do lucro bruto são deduzidas as despesas com as vendas,
as despesas financeiras deduzidas das receitas, as despesas administrativas e
despesas gerais. Em seguida, são discriminados o lucro operacional antes da
dedução do imposto de renda, seguido do lucro depois do imposto de renda,
chegando ao lucro líquido do exercício.
121
3 METODOLOGIA
Na metodologia serão apresentados os procedimentos metodológicos
utlizados na elaboração desta pesquisa, por meio de uma descrição detalhada e
precisa do objeto de estudo e das técnicas utilizadas nos processos nos níveis de
pesquisa, delineamento da pesquisa, definição da área e população-alvo, universo e
amostra, instrumentos de coleta de dados e a forma e análise dos dados.
3.1 NÍVEIS DE PESQUISA
Para o desenvolvimento desta pesquisa foram definidos alguns
procedimentos metodológicos, a fim de expor os caminhos utilizados no estudo, e
classificar a pesquisa de acordo com a sua natureza, abordagem, objetivos e
procedimentos técnicos.
Quanto a sua natureza, a pesquisa categorizou-se como aplicada, pois tem
como finalidade a elaboração do estudo que tem como objetivo resolver problemas
reconhecidos no ambiente da sociedade, na qual o pesquisador está inserido (GIL,
2010).
Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é predominantemente
quantitativa, pois “sob este enfoque tudo pode ser mensurado numericamente,
podendo ser traduzido em números, opiniões e informações para classificá-las e
analisá-las”. (PEREIRA, 2007, p. 70). No problema abordado, a viabilidade
econômica e financeira de abertura do empreendimento, e o questionário aplicado,
são dados quantificáveis, podem ser mensuráveis. Através dos resultados obtidos,
chega-se a uma conclusão, que nesse caso é saber se o empreendimento é viável
ou não.
Acerca dos objetivos da pesquisa, trata-se de um estudo descritivo e
exploratório. Descritivo, pois é realizado um estudo, através da observação,
registros, análise, classificação e interpretação dos fatos, sem que aja a interferência
do pesquisador. Os fatos físicos e humanos são estudados e não sofrem influências
ou alterações por parte do pesquisador (ANDRADE, 2010).
122
O objetivo dessa pesquisa foi identificar, registrar e analisar a relação das
variáveis e características de um processo, sistema ou fenômeno. De acordo com
Figueiredo e Souza (2008), a pesquisa descritiva é frequentemente utilizada quando
as informações que o pesquisador busca não está em documentos e livros, assim
deve-se utilizar métodos de amostragem. E exploratória, pois busca um maior
conhecimento do tema pesquisado, quando ele é pouco conhecido ou inexplorado.
O pesquisador dá início a um processo de pesquisa, para aperfeiçoar, descobrir e
investigar ideias, para que assim se elabore hipóteses.
Visa proporcionar maior familiaridade com o problema com o intuito de torná-lo explícito ou de construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de pesquisa bibliográficas e estudos de caso. (PEREIRA, 2007, p. 71).
No subtítulo seguinte são apresentados o ambiente e os métodos de coleta
de dados utilizados no estudo desta pesquisa.
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa é necessário para fazer a comparação entre o
ponto de vista teórico e os dados reais da pesquisa. A definição do delineamento da
pesquisa refere-se ao planejamento da estruturação dos métodos que serão
utilizados na coleta de dados. Trata-se da percepção e entendimento referente a
variáveis, aspectos que serão abordados, as etapas e momentos do objeto de
investigação (VERGARA, 2009).
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, a pesquisa classificou-se como
bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica é utilizada em todas as áreas de
pesquisa, visto que, considera e determina ser indispensável como uma forma de
complementar o estudo, pois fornece revisão bibliográfica, teorias e conceitos sobre
os assuntos abordados.
Uma pesquisa bibliográfica pode visar um levantamento dos trabalhos realizados anteriormente sobre o mesmo tema estudado no momento, pode identificar e selecionar os métodos e técnicas a serem utilizados, além de fornecer subsídios para a redação da introdução e revisão da literatura do projeto ou trabalho. Em suma, uma pesquisa bibliográfica leva ao aprendizado sobre uma determinada área. (CRUZ; RIBEIRO, 2003, p.12).
123
A pesquisa bibliográfica foi utilizada na elaboração da fundamentação teórica,
onde foram abordados conceitos previstos para o conhecimento sobre o assunto e
para atender aos objetivos propostos. Segundo Fachin (2006), a pesquisa
bibliográfica tem como objetivo propiciar ao pesquisador, o saber. Baseia-se em
diversos métodos metodológicos, desde a leitura, seleção, fichamento, organização,
arquivamento e resumo de texto, sendo a base para outras pesquisas.
A pesquisa documental tem base na coleta de dados de diversos
documentos escritos ou não, que servem como base de estudo, mas que não
possuem uma abordagem analítica, ou seja, que não foram publicados. Diversos
documentos são utilizados, como arquivos, fontes estatísticas, documentos oficiais,
de imagem e objetos. (FIGUEIREDO; SOUZA, 2008).
Para a coleta de dados, a fim de apurar e complementar dados coletados
anteriormente foram utilizadas tabelas e fontes estatísticas do IBGE e outras fontes,
relatórios técnicos de pesquisas, contratos, publicações governamentais, projetos,
decretos e leis e questionário.
No subtítulo seguinte será apresentada a definição da área e população-alvo
da pesquisa.
3.3DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO
A determinação do local onde a pesquisa se desenvolveu e o conjunto de
pessoas que servem como base para os dados coletados, consiste na definição da
área e população-alvo. Segundo Pereira (2007, p. 76), a população (ou universo da
pesquisa) “é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características
definidas para um determinado estudo”.
A população, em sentido de pesquisa de origem na palavra, descreve a
população como uma determinada quantidade que compõe um todo, que habita
certa área geográfica. Se tratando de pesquisa, a população corresponde ao número
total de elementos que apresentam as mesmas características e engloba vários
tipos de elementos, como pessoas, instituições e fenômenos, isto é, o que for objeto
do estudo (FIGUEIREDO; SOUZA, 2008).
Por se tratar de uma pesquisa de mercado, a população-alvo potencial foram
os clientes do empreendimento, que ficam localizados na região de São José/SC, no
bairro Forquilhinhas. A região de São José possui uma população de
124
aproximadamente 209.804, segundo o IBGE 2015. Para o plano de amostragem que
é descrito nos gráficos seguintes, foi utilizada uma amostra do Bairro Forquilhinhas
de 13.803 habitantes.
Gráfico 2 - Distribuição da população de Forquilhinhas
Fonte: Censo 2010 (2015)
A população do Bairro Forquilhinhas é composta por 13.803 habitantes.
Sendo composta por mais mulheres do que por homens. Conforme o gráfico 2, a
população masculina corresponde a 6.717 habitantes, 48,66%, e a feminina,
corresponde a 7.086 habitantes, 51,34%.
O gráfico 3 mostra a distribuição da população por faixa etária, que
compreende a população de 0 á 65 anos ou mais.
A partir do gráfico 3 é possível verificar que a faixa etária da população que
predomina é a de 15 a 64 anos, representado 70,5% da população, seguido da faixa
etária de 0 a 14 anos, representando 19,3%.
125
Gráfico 3 - Faixa etária da população de Forquilhinhas
Fonte: Censo 2010 (2015)
No subtítulo seguinte será apresentado o número de elementos necessários
para compor a amostra para a coleta de dados da pesquisa.
3.4 UNIVERSO E AMOSTRA
A definição do universo refere-se à triagem de um grupo específico ou
número de elementos que será objeto de estudo. Portanto, tem que explicar de
forma detalhada quais elementos serão pesquisados e a amostra (FIGUEIREDO;
SOUZA, 2008). Nesta etapa são descritos os métodos utilizados para a escolha da
amostra e a justificativa dos critérios de seleção.
Segundo Pereira (2007), a amostra compreende a divisão separada de um
conjunto de elementos com características próprias, que pertence a uma
determinada população. A informação coletada para a amostra em seguida é
difundida a toda a população.
Para determinar o número de elementos necessários para compor a amostra
para a coleta das informações relativas à pesquisa, foi aplicado o cálculo da
amostragem descrito no quadro 39.
Para o cálculo da amostragem foi utilizado o número de 13.803 habitantes,
população do bairro Forquilhinhas, nível de confiança de 95%, que corresponde a
1,962 do desvio de padrão médio, margem de erro de 5%, probabilidade de
ocorrência de 0,5% e probabilidade de não ocorrência de 0,5%.
O quadro 39 apresenta o cálculo de amostragem.
126
Quadro 39 - Cálculo da amostragem
Fonte: Levine et. al (2000)
De forma que, obteve-se como a amostra o número de 402 elementos,
conforme descrito no quadro 40.
Quadro 40 - Resultado do cálculo da amostra
Fonte: Adaptado de Levine et. al (2000)
O tipo de amostragem utilizado para a coleta dos dados desta pesquisa foi a
amostragem probabilística por conglomerado. Visto que a população foi dividida em
grupos menores (moradores, estabelecimentos de pet shop e banho e tosa do bairro
Forquilhinhas), identificados de forma aleatória para compor os elementos da
amostra. Segundo Rauen (2015), a amostragem probabilística por conglomerado
define-se como os procedimentos de seleção em que grupos da população são
selecionados de forma aleatória, para computar por completo as unidades
amostrais. No subtítulo seguinte serão apresentados os instrumentos de coleta de
dados utilizados na pesquisa.
3.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados foram utilizados o pré-teste de questionário e um
questionário estruturado escrito. O pré-teste de questionário foi aplicado com
clientes de uma clínica veterinária, sendo 20 amostras, onde a pesquisadora
realizou o seu estágio não-obrigatório, contendo 30 perguntas. Com base nos
objetivos da pesquisa, foram formuladas perguntas com o propósito de definir o perfil
n = N x δ² x p x q e² (N-1) + δ² x p x q n= amostra N= População δ = 1,962 e = margem de erro (0.05) p= probabilidade de ocorrência (0,5)
q= probabilidade de não ocorrência (0,5)
n = 13.803 x 1,96² x 0,5 x 0,5= 13.256,40120324 = 402 0,05² (13.803-1) + 1,96² x 0,5 x 0,5 32,96790000
127
dos clientes, animal de estimação que possuem, freqüência de ida ao banho e tosa,
utilização de serviços de estética e leva e traz, gastos mensais, horário e dia de
banho e tosa preferenciais, meios de comunicação empresa/cliente e sazonalidade
do serviço.
Segundo Gil (2010), o pré-teste de questionário tem o intuito de averiguar a
eficácia do uso do questionário como instrumento de coleta de dados. Para isso, as
perguntas devem ser respondidas de forma correta, não devem demonstrar
dificuldade na compreensão, do uso ou não de perguntas abertas, enfim, verificar o
que pode ser considerado inadequado no uso do questionário.
A partir do resultado do pré-teste foi possível verificar perguntas que se
mostraram não tão relevantes à pesquisa, estrutura e inserção de perguntas. Assim,
verificou-se a eficácia do uso do questionário como instrumento de coleta de dados.
Após a análise do pré-teste foi aplicado o questionário estruturado.
Para a coleta de dados pertinente a pesquisa, foi elaborado um questionário
estruturado auto-aplicado, onde o próprio informante responde, contendo 16
perguntas fechadas (ver apêndice). O local de coleta dos dados foi no Bairro
Forquilhinhas, onde o futuro empreendimento estará localizado, com clientes de pet
shops e banho e tosa e moradores do bairro. Os meios de coleta foram o
questionário escrito, deixado nos pets shops e banho e tosa do bairro para que os
clientes respondessem; de forma online, onde o questionário foi disponibilizado pela
internet e também por e-mail. O período de coleta dos dados ocorreu entre os dias
03 de agosto de 2015 a 09 de outubro de 2015.
O sistema Sphnix Plus2 v. 4.0 foi utilizado para a elaboração do questionário e
posterior ordenação e organização dos dados coletados servindo como propósito
para analisar e interpretar os dados, conforme será descrito no subtítulo seguinte.
3.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS
O procedimento de análise e interpretação dos dados apresenta os
procedimentos estatísticos e analíticos utilizados. Inclui vários processos, como a
reunião e compreensão das respostas, a padronização dos dados e cálculos
estatísticos, de forma a ligar os resultados obtidos.
128
Por análise descritiva das informações ou, mais correntemente, análise dos dados definiu-se um conjunto de procedimentos intermediários de elaboração, organização ou tratamento estatístico dos dados ou achados coletadas na investigação, com o objetivo de fornecer sua adequada classificação, codificação, tabulação, computação, organização, descrição e apresentação e de fundamentar a fase de interpretação ou te tomada de decisão. (RAUEN, 2015, p. 341).
A tabulação dos dados e produção dos gráficos ocorreu de forma eletrônica,
através do sistema Sphnix Plus2 v. 4.0, entre os dias 12 de outubro de 2015 a 23 de
outubro de 2015. Por meio de um questionário apresentou-se perguntas abertas,
sendo utilizada a técnica de análise de conteúdo, onde se procurou analisar de
forma analítica, utilizando os objetivos da pesquisa, para interpretar o significado das
respostas.
A técnica de análise de dados consistiu na representação dos dados por meio
de tabelas e de gráficos de setores, onde foi feita uma análise individual. Ao final
consta uma análise geral dos gráficos apresentados.
A primeira pergunta do questionário refere-se ao gênero, resultado
apresentado no quadro 41.
1) Qual o seu gênero?
Quadro 41 - Gênero
Gênero Qt.cit. Freq.
Feminino 103 25,60%
Masculino 299 74,40%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O quadro apresenta o gênero, feminino e masculino, a quantidade citada e a
freqüência. O gráfico 4 apresenta a representação dos dados dos dados da tabela.
129
Gráfico 4 - Gênero
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
A partir do gráfico, conclui-se que, o gênero feminino apresenta maior
representatividade, sendo 299 mulheres, enquanto que os homens totalizam 103.
Nota-se uma grande diferença entre os gêneros. Pode- se concluir que é o gênero
feminino é o maior frequentador dos pet shops/banho e tosa e dono de animais de
estimação. Na segunda pergunta buscou-se identificar a faixa etária dos
respondentes, conforme descrito no quadro 42.
2) Com relação a sua faixa etária, assinale a opção correspondente a sua idade.
Quadro 42 - Faixa etária
Faixa etária Qt.cit. Freq.
18 a 23 anos 25 6,20%
24 a 29 anos 117 29,10%
30 a 35 anos 147 36,60%
36 a 41 anos 89 22,10% 42 anos ou mais 24 6,00%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A faixa etária dos respondentes variou de 18 a 42 anos ou mais, conforme o
quadro. O gráfico 5 apresenta a representatividade da faixa etária.
130
Gráfico 5 - Faixa etária
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico conclui-se que, as faixas etárias com maior
representatividade correspondem a idade entre 30 a 35 anos, com 147 respostas,
seguidas da idade entre 24 a 29 anos, com 117 respostas, e da idade entre 36 a 41
anos, com 89 respostas.
A terceira pergunta buscou identificar o grau de escolaridade dos
respondentes. Conforme apresenta o quadro 43.
3) Qual o seu grau de escolaridade?
Quadro 43 - Grau de escolaridade
Grau de escolaridade Qt.cit. Freq. Ensino fundamental completo 0 0%
Ensino médio incompleto 0 0%
Ensino médio completo 43 10,70%
Ensino superior incompleto 189 47,00%
Ensino superior completo 154 38,30%
Formação Técnica 16 4,00%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O grau de escolaridade dos respondentes variou entre ensino médio completo
e a formação técnica. O gráfico 6 apresenta a representatividade do grau de
escolaridade.
131
Gráfico 6 - Grau de escolaridade
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Observando o gráfico verifica-se que todos possuem grau de escolaridade
superior ao ensino fundamental. Sendo que, a maioria apresentou grau de
escolaridade de ensino superior incompleto, com 189 respostas, seguido de 154
respostas para o ensino superior completo, 43 respostas para o ensino médio
completo e 16 respostas para a formação técnica.
A quarta pergunta buscou identificar com quem os respondentes moram. Os dados
são apresentados no quadro 44.
4) Com quem você mora?
Quadro 44 - Com quem mora
Com quem mora Qt.cit. Freq.
Mora sozinho 103 25,60%
Casado(a) com filho(s) 72 17,90%
Casado(a) sem filho(s) 124 30,80%
Parente 63 15,70%
Amigos 40 10,00%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 7 apresenta a representatividade de com quem os respondentes
moram.
132
Gráfico 7 - Com quem mora
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico conclui-se que, 124 respostas correspondem às pessoas
que moram com os cônjuges e não possuem filhos, seguido de 103 pessoas que
moram sozinhas, e 72 pessoas que moram com o cônjuge e possuem filhos. Sendo
assim, conforme os dados apresentados e com a pesquisa de mercado realizada, as
pessoas que mais possuem animais de estimação, são as que são casadas e não
possuem filhos e que moram sozinhas.
A quinta pergunta buscou identificar o tipo de animal de estimação. Conforme
descrito no quadro 45.
5) Qual tipo de animal de estimação você possui?
Quadro 45 - Tipo de animal de estimação
Tipo de animal de estimação Qt.cit. Freq.
Cachorro 324 80,60%
Gato 57 14,20%
Cachorro e Gato 21 5,20%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 8 apresenta a representatividade dos tipos de animais de
estimação, sendo cachorro, gato e cachorro e gato.
133
Gráfico 8 - Tipo de animal de estimação
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
No gráfico 8 verifica-se que o tipo de animal de estimação predominante é o
cachorro, com 324 respostas, seguido do gato, com 57 respostas, e 21 respostas
para as pessoas que possuem os tipos de animais de estimação. Deste modo,
conclui-se com base nos dados apresentados e na pesquisa realizada, que o tipo de
animal de estimação prevalecente é o cachorro, que é o animal que apresenta maior
população no Brasil e na casa dos brasileiros.
Com a sexta pergunta procurou-se verificar a utilização do serviço de estética.
Conforme descrito no quadro 46.
6) Você utiliza o serviço de estética (coloração e hidratação dos pelos e
penteado) do pet shop/banho e tosa para seu animal de estimação?
Quadro 46 - Utilização do serviço de estética Utilização do serviço de estética Qt.cit. Freq.
Sim 190 47,30%
Não 212 52,70%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 9 apresenta a representatividade da utilização dos serviços de
estética (coloração e hidratação dos pelos e penteado).
134
Gráfico 9 - Utilização do serviço de estética
.
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, conclui-se que a maioria dos respondentes não utiliza o
serviço de estética, com 212 respostas. Porém, há uma representatividade grande
dos que utilizam, sendo 190 das respostas, onde há uma diferença pequena de 22
respostas. Sendo assim, o serviço de estética se mostrará como um diferencial
perante os concorrentes, que não possuem esse serviço, e ao mercado, de acordo
com a pesquisa realizada, onde serviços de estética estão cada vez mais presentes.
Por meio da sétima pergunta buscou-se verificar a utilização do serviço de
leva e traz. Conforme descrito no quadro 47.
7) Você prefere levar seu animal até ao pet shop/banho e tosa, ou prefere um
serviço de Leva e Traz?
Quadro 47 - Utilização do serviço de leva e traz
Utilização do serviço de Leva e Traz Qt.cit. Freq.
Levar até o pet shop/banho e tosa 214 53,20%
Serviço de Leva e Traz 188 46,80%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 10 apresenta a representatividade em relação à preferência de levar
o animal de estimação até o pet shop/banho e tosa ou a utilizar o serviço de leva e
traz.
135
Gráfico 10 - Utilização do serviço de leva e traz
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, percebe-se que a maioria prefere levar o seu animal de
estimação até o pet shop/banho e tosa para tomar banho, representando 214
respostas, e que 188 preferem utilizar o serviço de leva e traz. Apesar da maioria
preferir levar até o pet shop/banho e tosa, há uma grande parcela que utiliza o
serviço. Sendo que a diferença entre as opções foi de 26 respostas.
A partir da oitava pergunta pode-se averiguar a frequência com que os donos
de cães e gatos os levam para tomar banho. Conforme descreve o quadro 48.
8) Com que frequência você leva o seu animal de estimação para tomar banho?
Quadro 48 - Frequência do banho
Frequência do banho Qt.cit. Freq.
Uma vez por mês 13 3,20%
Uma vez a cada quinze dias 54 13,40%
Uma vez por semana 335 83,30%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 11 apresenta a representatividade da frequência com que os
animais são levados até o pet shop/banho e tosa para tomar banho.
136
Gráfico 11 - Frequência do banho
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, pode-se concluir que a maioria dos animais são levados
para tomar banho uma vez por semana, representando 335 respostas, 54 são
levados uma vez a cada quinze dias e 13 são levados uma vez por mês. A
frequência do banho pode ter relação com o tipo de animal, visto que, geralmente os
cães tomam banho uma vez por semana e os gatos, uma vez a cada quinze dias, e
os que tomam banho uma vez por mês podem representar novos clientes, que estão
conhecendo o serviço e o pet shop/banho e tosa. Esta variável será mais bem
analisada adiante através de uma análise cruzada de dados.
A nona pergunta buscou identificar o dia em que os donos costumam levar
seu animal de estimação para tomar banho. Conforme descreve o quadro 49.
9) Qual o dia da semana que você costuma levar seu animal de estimação para
tomar banho?
Quadro 49 - Dia do banho
Dia do banho Qt.cit. Freq.
Segunda-feira 79 19,70%
Terça-feira 59 14,70%
Quarta-feira 64 15,90%
Quinta-feira 80 19,90%
Sexta-feira 69 17,20%
Sábado 51 12,70%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 12 apresenta a representatividade do dia de costume dos banhos
dos animais dos respondentes. Considerando de Segunda-feira a sábado.
137
Gráfico 12 - Dia do banho
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, conclui-se que os dias em que os donos dos animais de
estimação costumam os levar para tomar banho são bastante variados. O dia com
maior representatividade foi quinta-feira, com 80 respostas, seguido de segunda-
feira, com 79 respostas, sexta-feira com 69 respostas, quarta-feira com 64
respostas, terça-feira com 59 respostas e sábado com 51 respostas.
Através do conhecimento dos dias com maior frequência de banho é possível
ter uma estimativa dos dias com maior movimento e demanda, podendo-se ter um
melhor planejamento.
Com a décima pergunta buscou-se identificar o horário de costume dos
banhos dos animais. Conforme descreve o quadro 50.
10) Qual o horário que você costuma levar seu animal de estimação para tomar
banho?
Quadro 50 - Horário do banho
Horário do banho Qt.cit. Freq.
Manhã (08:00 ás 12:00) 235 58,50%
Tarde (12:01 ás 18:00) 167 41,50%
Noite (18:01 ás 19:00) 0 0
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 13 apresenta a representatividade do horário em que os donos
costumam levar seus animais de estimação para tomar banho.
138
Gráfico 13 - Horário do banho
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os resultados mostram o horário que os donos levam seus animais de
estimação para tomar banho. Com maior representatividade é o horário da manhã,
das 08h ás 12h, com 235 respostas, seguido do horário da tarde, das 12h e 1minàs
18h, apresentando 167 respostas, e o horário da noite, das 18h e 1min às 19h, não
obteve respostas.
O horário em que os donos levam seus animais de estimação para o banho
pode estar atrelado à vida agitada e falta de tempo no dia-a-dia, onde muitos
preferem o horário da manhã, pois podem buscar seus animais ás 12h, o que
corresponde ao horário de almoço do trabalho de muitos, e o mesmo pode-se dizer
do horário da tarde, onde deixam os animais para o banho no horário do almoço, e
os buscam das 18:01h às 19:00h, quando termina seu horário de expediente de
trabalho.
A décima primeira pergunta buscou apurar quanto os respondentes gastam
mensalmente com seus animais de estimação. Conforme descreve o quadro 51.
11) Geralmente quanto você gasta por mês com o seu animal de estimação,
considerando o serviço de banho e tosa, estética e leva e traz?
139
Quadro 51 - Gasto mensal
Gasto mensal Qt.cit. Freq.
Até R$50,00 6 1,50%
Até R$100,00 88 21,90%
Até R$150,00 107 26,60%
Até R$200,00 104 25,90%
Mais de R$200,00 97 24,10%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 14 apresenta a representatividade dos gastos mensais,
considerando os serviços de banho e tosa e/ou estética e/ou leva e traz.
Gráfico 14 - Gasto mensal
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Observando-se o gráfico 14, conclui-se que os gastos mensais são bem
fracionados, mas que em geral correspondem a gastos mais altos. O valor de gasto
mensal com maior representatividade é o de até R$150,00, com 107 respostas,
seguido do gasto de até 200,00, com 104 e os gastos de mais de R$200,00, com 97
respostas. É notável que os donos de animais de estimação investem na saúde,
bem estar e embelezamento dos animais, pois os consideram como membros da
família e buscam proporcionar aos animais serviços com qualidade e conforto. E
que, apesar da atual crise financeira, não deixam de usufruir desses serviços, que
tem apresentado considerado crescimento, conforme pesquisa, e que o investimento
é alto.
140
A décima segunda pergunta buscou identificar qual a preferência do
pagamento do banho e tosa dos animais. Conforme descreve o quadro 52.
12) Você prefere pagar o banho e tosa de seu animal de estimação de que
forma?
Quadro 52 - Pagamento do banho
Pagamento do banho Qt.cit. Freq.
Por banho 23 5,70%
Plano mensal 379 94,30%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 15 apresenta a representatividade da preferência do pagamento
banho, se por banho ou por plano mensal.
Gráfico 15 - Pagamento do banho
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico percebe-se que a maioria, 379 respostas, prefere pagar
o banho e tosa de seu animal de estimação por meio de plano mensal, e apenas 23,
preferem pagar por banho. Pode-se assim, inferir que a maioria prefere o plano
mensal, pois se trata de clientes fixos dos estabelecimentos onde foi aplicada a
pesquisa, e que preferem por ser um valor com desconto e pela praticidade de
efetuar o pagamento somente uma vez ao mês. E os que responderam que
preferem pagar por banho, podem tratar-se de novos clientes que utilizaram o
serviço pela primeira vez, e preferem pagar dessa forma, antes de decidir pela
contratação do plano mensal.
141
A décima terceira pergunta teve como objetivo identificar a preferência quanto
à forma de pagamento dos serviços. Conforme descreve o quadro 53.
13) Qual forma de pagamento você prefere para pagar os serviços do pet shop/
banho e tosa?
Quadro 53 - Forma de pagamento
Forma de pagamento Qt.cit. Freq.
Á vista 295 73,40%
Cartão de débito ou crédito 107 26,60%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 16 apresenta a representatividade quanto à preferência da forma de
pagamento dos serviços do pet shop/banho e tosa.
Gráfico 16 - Forma de pagamento
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Pode-se verificar que a forma de pagamento mais utilizada é o dinheiro (á
vista), tendo 295 respostas. Pode-se atrelar a escolha de forma de pagamento, com
a atual crise financeira, onde as pessoas não deixam de gastar, mas que preferem
pagar em dinheiro, evitando assim endividamentos.
Com a décima quarta pergunta buscou-se identificar do que as pessoas
sentem falta no pet shop/banho e tosa. Conforme descreve o quadro 54.
142
14) Do que você sente falta nos pet shops/banho e tosa?
Quadro 54 - O que falta no pet shop/banho e tosa
O que falta no pet shop/banho e tosa Qt.cit. Freq.
Promoções 40 10,00%
Atendimento 125 31,10%
Ambiente 62 15,40%
Preço 72 17,90%
Qualidade 103 25,60%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 17 apresenta a representatividade do que os respondentes sentem
falta em um pet shop/banho e tosa.
Gráfico 17 - O que falta nos pet shop/ banho e tosa
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, observa-se que o que mais falta e que os clientes
prezam em um pet shop/banho e tosa é o atendimento, com 125 respostas, seguido
da qualidade, com 103 respostas, e o preço, com 72 respostas. Com base desses
dados é possível identificar as necessidades dos clientes e trabalham nesses
fatores, para poder se sobressair perante os concorrentes e melhorar os serviços
prestados pela empresa. Como os donos de animais de estimação os consideram
como membros da família, buscam quem entenda suas necessidades, que gostam
do que fazem, que transmitam confiança e prestem um serviço de qualidade.
143
A décima quinta pergunta teve como objetivo conhecer através de qual o meio
de comunicação que os respondentes gostariam de receber informações sobre
banho, tosa e estética. Conforme descreve o quadro 55.
15) Através de qual meio de comunicação você gostaria de obter mais informações sobre banho, tosa e estética?
Quadro 55 - Meio de comunicação
Meio de comunicação Qt.cit. Freq.
Jornal 101 25,10%
Rádio 15 3,70%
TV 109 27,10%
Panfletagem 92 22,90%
Internet 85 21,10%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 18 apresenta a representatividade do meio de comunicação de
preferência para o recebimento de informações sobre banho, tosa e estética.
Gráfico 18 - Meio de comunicação
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, conclui-se que o meio de comunicação de preferência foi a
TV, com 109 respostas, seguido do jornal, com 101 respostas, a panfletagem com,
com 92 respostas, a internet, com 85 respostas e o rádio com 15 respostas. Com
base desses dados, pode-se conhecer de que forma os clientes preferem ser
contatados sobre informações sobre banho, tosa e estática.
144
E por fim, a décima sexta pergunta teve como objetivo verificar a aceitação da
abertura do banho e tosa por parte dos respondentes. Conforme descreve o quadro
56.
16) O que você acha da abertura de um novo banho e tosa no bairro
Forquilhinhas?
Quadro 56 - Aceitação do banho e tosa
Aceitação do banho e tosa Qt.cit. Freq.
Bom 361 89,80%
Ruim 2 0,50%
Indiferente 39 9,70%
TOTAL OBS. 402 100% Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 19 apresenta a representatividade da aceitação da abertura do
banho e tosa no bairro Forquilhinhas.
Gráfico 19 - Aceitação banho e tosa
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, verifica-se que conforme a maior parte das respostas,
361 das delas, acharam bom a abertura do banho e tosa no bairro Forquilhinhas, 39
se mostraram indiferente, e 2 acharam ruim. Diante disto, pode-se concluir que essa
grande maioria que achou bom a abertura do banho e tosa, podem representar
possíveis clientes.
145
Na sequência serão realizadas algumas análises cruzadas de dados, onde
duas variáveis serão tabuladas ao mesmo tempo, para verificar a variação das
respostas de grupo para grupo, para se chegar a conclusões sobre alguns aspectos.
A primeira análise cruzada refere-se à relação do gênero x grau de
escolaridade. Conforme descreve o quadro 57.
Quadro 57 - Gênero x Grau de escolaridade Grau de escolari- dade
Ensino fundamen- tal completo
Ensino médio incom- pleto
Ensino médio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior completo
Formação técnica
TOTAL
Gênero
Masculino 0 0 4 35 61 3 103
Feminino 0 0 39 154 93 13 299
TOTAL 0 0 43 189 154 16 402 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os gráficos 20 e 21 apresentam a representatividade da relação do gênero
masculino e feminino com o grau de escolaridade, respectivamente.
Gráfico 20 - Gênero x Grau de escolaridade: Masculino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico 20, conclui-se que a maioria do gênero masculino possui
ensino superior completo, representando 61 respostas.
146
Gráfico 21 - Gênero x Grau de escolaridade: Feminino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, conclui-se que a maioria do gênero feminino possui ensino
superior incompleto, com 154 respostas. Sendo assim, a partir da análise dos
gráficos e, percebe-se que ambos os gêneros estão no patamar do ensino superior.
Isto pode evidenciar pessoas que possuem uma maior renda e poder aquisitivo.
A análise seguinte buscou identificar a relação do gênero x com quem mora.
Conforme descreve o quadro 58.
Quadro 58 - Gênero x Com quem mora
Com quem mora
Mora sozinho
Casado(a) com filho(s)
Casado(a) sem filho(s)
Parente Amigos TOTAL
Gênero
Masculino 26 27 39 6 5 103
Feminino 77 45 85 57 35 299
TOTAL 103 72 124 63 40 402 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico 22 apresenta a representatividade do gênero x com quem mora:
Masculino e o gráfico 23 do gênero x com quem mora: Feminino.
147
Gráfico 22 - Gênero x Com quem mora: Masculino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, verifica-se que a maioria do gênero masculino é casado
e não tem filhos, representando 39 respostas. Seguido de 27 respostas, para
aqueles que são casados e têm filhos.
Gráfico 23 - Gênero x Com quem mora: Feminino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, verifica-se que a maioria do gênero feminino é casada e
não têm filhos. Seguido de 77 respostas, para aquelas que moram sozinhas, uma
parcela bem maior em relação ao gênero masculino, com apenas 26 respostas.
Sendo assim, conclui-se que a maioria de ambos os gêneros são casados e
não possuem filhos. Isto pode confirmar as pesquisas realizadas, onde foi relatado
que pessoas que são casadas e sem filhos, têm animais de estimação, seja por não
terem filhos, seja para terem uma companhia.
148
A seguinte análise buscou identificar a relação do gênero x gasto mensal.
Conforme descreve o quadro 59.
Quadro 59 - Gênero x Gasto mensal
Gasto mensal
Até R$50,00
Até R$100,00
Até R$150,00
Até R$200,00
Mais de R$200,00
TOTAL
Gênero
Masculino 0 21 36 21 25 103
Feminino 6 67 71 83 72 299
TOTAL 6 88 107 104 97 402 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os gráficos 24 e 25 apresentam a representatividade da relação do gênero
masculino e feminino x gasto mensal, respectivamente.
Gráfico 24 - Gênero x Gasto mensal: Masculino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, conclui-se que o gasto mensal da maioria do gênero
masculino é de até R$150,00, com 36, seguido do gasto de mais de R$200,00, com
25 respostas.
149
Gráfico 25 - Gênero x Gasto mensal: Feminino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Este gráfico mostra que o gasto mensal da maioria do gênero feminino é de
até R$200,00, com 83 respostas, seguido do gasto de mais de R$200,00, com 72
respostas. Sendo assim, verifica-se que o gênero feminino tem um gasto mensal
maior que o gênero masculino.
A próxima análise refere-se à relação do gênero x forma de pagamento.
Conforme descreve o quadro 60.
Quadro 60 - Gênero x Forma de pagamento
Forma de pagamento
Á vista (Dinheiro)
Cartão de débito ou crédito
TOTAL
Gênero
Masculino 76 27 103
Feminino 219 80 299
TOTAL 295 107 402 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os gráficos 26 e 27 apresentam a representatividade da relação do gênero
masculino e feminino x forma de pagamento, respectivamente.
150
Gráfico 26 - Gênero x Forma de pagamento: Masculino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, verifica-se que a maioria do gênero masculino prefere o
pagamento a vista (dinheiro), representando 76 respostas.
Gráfico 27 - Gênero x Forma de pagamento
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no gráfico, verifica-se que a maioria do gênero feminino prefere o
pagamento a vista (dinheiro), representando 219 respostas. Sendo assim, a forma
de pagamento predominante em ambos os gêneros é o pagamento a vista
(dinheiro).
A última análise buscou identificar a relação do gênero x o que falta nos pet
shop/banho e tosa. Conforme descreve o quadro 61.
151
Quadro 61 - Gênero x O que falta nos pet shop/banho e tosa
O que falta nos pet shop/banho e tosa
Promoções Atendimento Ambiente Preço Qualidade TOTAL
Gênero
Masculino 7 17 10 51 18 103
Feminino 33 108 52 21 85 299
TOTAL 40 125 62 72 103 402 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os gráficos 28 e 29 apresentam a representatividade da relação do gênero x
o que falta nos pet shop/banho e tosa, respectivamente.
Gráfico 28 - Gênero x O que falta nos pet shop/banho e tosa: Masculino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do gráfico, conclui-se que a maioria do gênero masculino, 51
respostas, sentem falta de melhores preços, seguido da qualidade com 18
respostas.
152
Gráfico 29 - Gênero x O que falta nos pet shop/banho e tosa: Feminino
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O gráfico acima mostra que a maioria do gênero feminino, 108 respostas,
sente falta de um melhor atendimento, seguido da qualidade, com 85 respostas.
Sendo assim, conclui-se que o gênero sente falta de melhores preços e o gênero
feminino de um melhor atendimento.
A partir da análise individual e cruzada dos quadros e gráficos apresentados,
conclui-se que os respondentes e possíveis clientes do novo negócio são em sua
maioria mulheres; com faixa etária entre 30 a 35 anos; ensino superior incompleto
ou completo; são casados(as) e sem filho(s); tem como animal de estimação o
cachorro; pouco mais da metade não utiliza o serviço de estética e leva e traz; levam
seus animais de estimação para tomar banho uma vez por semana, na quinta-feira
pela manhã; gastam até R$200,00 por mês com os serviços; preferem aderir ao
plano mensal de banho e tosa; preferem efetuar o pagamento á vista; sentem mais
falta de um melhor atendimento, seguido da qualidade; prefere a TV como principal
meio de comunicação, seguido do jornal, e acharam bom a abertura do novo
negócio.
153
4 PLANO DE NEGÓCIO
O plano de negócio desenvolvido trata-se de um banho e tosa para cães e
gatos localizado no Bairro Forquilhinhas na cidade de São José/SC.
Para a elaboração do plano de negócio serão descritas a viabilidade
econômica e financeira, seguidos do desenvolvimento dos planos de marketing,
jurídico, operacional e financeiro e o sumário executivo.
4.1 VIABILIDADE ECONÔMICA
O estudo e desenvolvimento da viabilidade econômica busca verificar se a
implantação do banho e tosade cães e gatos, Banho e Tosa Emporium Animal é
viável, ou seja, se a implantação desse empreendimento terá êxito. Para isso é
necessário realizar uma análise, através do levantamento de informações referentes
ao mercado no qual a empresa irá se inserir. A definição do mercado (potencial e
participação de mercado, as atratividades e ameaças, segmentação do mercado, as
tendências e futuro do mercado, pesquisa de mercado, análise SWOT, para
identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do Banho e Tosa
Emporium Animal perante seus concorrentes, análise dos fornecedores,
concorrentes, ponto (localização) e utilizar a matriz BCG para identificar o
crescimento e participação de mercado do Banho e Tosa Emporium Animal. Essa
análise serve como uma previsão inicial para a inserção do Banho e Tosa Emporium
Animal no mercado pet.
O banho e tosa prestará serviços de banho e tosa de animais domésticos,
cães e gatos, e contará com um sistema de leva e traz, onde os animais serão
buscados e lavados até o banho e tosa em um carro adaptado. Esse serviço será
oferecido aos clientes que tem animais de estimação domésticos, como cães e
gatos, e que tratam esses animais como membros de sua família.
Para atender as necessidades dos clientes, o Banho e Tosa Emporium
Animal tratará seus animais com amor e dedicação, fazendo um serviço de
qualidade, buscando o bem-estar e qualidade de vida dos animais.
154
O quadro 62 apresenta a descrição da empresa, o Banho e Tosa Emporium
Animal.
Quadro 62 - Descrição da empresa
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
4.1.1 Gestão de processos
É um conceito disciplinar que será utilizado para identificar, desenhar,
executar, controlar e melhorar os processos do banho e tosa, para atender e
alcançar os objetivos almejados pela empresa e as necessidades dos clientes, de
forma a buscar o melhor funcionamento do sistema como um todo.
155
4.1.1.1 Visão de processos
Através da visão de processos é possível visualizar de forma ampla, todos os
processos do banho e tosa. Desde a entrada da matéria-prima, o seu
processamento em serviço, a prestação do serviço e o pós venda.
4.1.1.2 Macro processo
Por meio do macro processo, é possível expor as etapas e pessoas que
desenvolvem os processos do banho e tosa, de modo a incorporar todos os setores.
O processo será descrito de forma a especificar cada departamento e a
função desempenhada por cada pessoa, sendo que todos sabem a forma que os
processos são executados e a importância que cada um tem para que os objetivos
sejam atingidos.
O macro processo do banho e tosa é descrito conforme a figura 12.
Figura 12 - Macro Processo Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Na figura é ilustrado como será o macro processo do Banho e Tosa
Emporium Animal. Há uma ligação entre todos os setores, sendo que a ligação e
controle principal se concentram na diretoria administrativa, que age de forma ativa
em todos os setores. O sócio 2 prestará apoio ao sócio 1 de forma ativa, mas não
estará diariamente na empresa, mas atuará no gerenciamento administrativo e
propondo soluções, com a participação do contador, através de relatórios e análises.
Os demais setores são gerenciados pelo sócio 1 e tem total liberdade e acesso para
156
propor melhorias nos processos na empresa. Assim, empresa adotará o modelo de
gerenciamento horizontal, onde os funcionários participam de forma colaborativa,
têm liberdade de expressão e o trabalho em equipe é predominante para a obtenção
de resultados positivo, onde o cliente é a área central dessa cadeia.
4.1.2 Posicionamento
O Banho e Tosa Emporium Animal é uma empresa que ama os animais e
busca o seu bem-estar e qualidade de vida, de forma a ofertar produtos e serviços
de qualidade, com profissionalismo e atendimento personalizado.
O cliente deve buscar nossos serviços porque amamos o que fazemos,
trabalhamos com dedicação, profissionalismo, qualidade e nosso objetivo é atender
e deixar nossos clientes satisfeitos.
Nosso diferencial é oferta do serviço de estética, visto que os outros dois
principais estabelecimentos da região não oferecem esse serviço.
4.1.2.1 Proposta de Valor
O Bairro Forquilhinhas possui três estabelecimentos que oferecem produtos e
banho e tosa para animais. Sendo que um tem foco no atendimento veterinário,
sendo uma clínica veterinária, e oferece serviço de banho e tosa e hospedagem. O
outro estabelecimento é um pet shop, que oferece produtos no ramo de alimentos,
medicamentos, banho e tosa, leva e traz e entrega de produtos. Esse
estabelecimento seria o grande concorrente do Banho e Tosa Emporium Animal.
Os estudos mostram que o bairro carece da oferta de um estabelecimento
focado especificadamente no serviço de banho e tosa, com um serviço diferenciado
e atendimento personalizado.
Com a implantação de um estabelecimento focado no segmento de banho e
tosa, os clientes irão encontrar serviços destinados aos cuidados com saúde e
estética de animais de pequeno, médio e grande porte, cães e gatos.
O Banho e Tosa Emporium Animal irá oferecer aos clientes como diferencial,
o serviço de estética especializado, com diversos tratamentos de beleza, desde o
tratamento dos pêlos, como o embelezamento em geral. O que se difere dos demais
estabelecimentos da região que oferecem apenas o serviço de banho e tosa.
157
4.1.3 Cliente
Segundo dados do Censo 2010, divulgados pelo site polução.net.br (2015) , a
população do Bairro Forquilhinhas é composta por 13.803 habitantes. Sendo
composta por mais mulheres do que por homens. Conforme gráfico 30, a população
masculina corresponde a 6.717 habitantes, 48,66%, e a feminina, corresponde a
7.086 habitantes, 51,34%.
Gráfico 30 - Distribuição da população do bairro Forquilhinhas
Fonte: Censo2010 (2015)
O gráfico ilustra que as mulheres são a população predominante, apresentado
369 habitantes femininas a mais em relação à população masculina.
O gráfico 31 mostra a distribuição da população por faixa etária, que
compreende a população de 0 a 65 anos ou mais.
Homens
Mulheres
158
Gráfico 31 - Distribuição da população do bairro Forquilhinhas por faixa etária
Fonte: Censo 2010 (2015)
A partir do gráfico, é possível verificar que a faixa etária da população que
predomina é a de 15 a 64 anos, representado 70,5% da população, seguido da faixa
etária de 0 a 14 anos, representando 19,3%.
A tabela 6 apresenta a porcentagem da população do bairro Forquilhinhas por
faixa etária.
Tabela 6 - Porcentagem da população do bairro Forquilhinhas por faixa etária
Fonte: Censo 2010 (2015)
Na tabela, a população com maior representatividade é a que corresponde à
faixa etária de 15 a 64 anos, representando 74.7% da população.
4.1.4 Definição de mercado
Neste tópico serão descritos o potencial e a participação de mercado, as
atratividades e ameaças, a segmentação de mercado e as tendências e futuros do
159
mercado pet. Essas descrições serão úteis para melhor conhecimento e
entendimento do mercado pet.
4.1.4.1 Potencial e participação de mercado
O mercado de estabelecimentos que oferecem serviços para animais cresceu
nos últimos anos. Cerca de 40 mil estabelecimentos alimentam o mercado pet
brasileiro. O brasileiro gastou em média R$ 68,00 a cada vez que comparecia a um
estabelecimento de pet shop em 2014, seja para comprar acessórios, alimentos,
para serviços como banho e tosa e embelezamento, segundo dados da Revista
Super Sul (2015).
O crescimento da procura por esse mercado pode ser decorrente do aumento
de renda, ao perfil dos brasileiros que vivem sozinhos e necessitam de companhia, e
assim, acabam adquirindo um animal de estimação. Surgindo a humanização dos
animais, onde cada vez mais os animais estão se tornando membros das famílias, e
assim, consequentemente, os cuidados para com esses membros vêm crescendo.
O consumidor está cada vez mais exigente. Procura usufruir de produtos e
serviços inovadores e de qualidade, que possam proporcionar mais saúde e
qualidade de vida aos seus animais.
A figura 13 ilustra a população de animais no Brasil. Os cães correspondem à
maior população de animais no Brasil, apresentando uma população de
37.100.000,000 (trinta e sete milhões e cem mil), seguidos dos gatos, com
21.300.000,000(vinte e um milhões e trezentos mil). O Brasil é o segundo maior do
mundo em população de cães e gatos, o que demonstra o crescimento da
população desses animais no Brasil.
160
Figura 13 - População dos animais no Brasil
Fonte: ABINPET (2014)
Segundo pesquisa da consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza (2013), até o
final de 2012, o mercado pet teria movimentado R$12.700.000.000,000 (doze
bilhões e setecentos mil), cerca de R$ 1.000.000.000,000 (umbilhão)a mais do que
em 2011. Segundo dados divulgados pela ABINPET (2014), esse mercado gerou
cerca de 1.002.000,000 (um milhão e dois mil) milhões de empregos, sendo
87.170,000(oitenta e sete mil e cento e setenta) em empresas na rede de
comercialização.
Segundo pesquisa do Euromonitor International (2014), conceituada fonte de
pesquisa de mercado, relatórios de negócios e dados para a indústria, veiculada
pela ABINPET, em 2014, os pet shops são a principal plataforma de varejo pet do
país. Seguido de outros pontos de vendas, conforme tabela 7.
161
Tabela 7 - Percentual de Vendas Varejo Pet 2013/2014
Plataforma de varejo 2013 2014
Pet Shop 43,10% 43,20%
Comércio e serviços pet R$2,89 bilhões R$2,98 bilhões
Hipermercados e supermercados 18,60% 18,40%
Grandes lojas 4,10% 4,20%
Clínicas Veterinárias 5,70% 5,90%
Vendas pela internet 2,20% 2,40%
Fonte: Adaptado de Euromonitor Internacional, vinculada pela ABINPET (2015)
A tabela apresenta o percentual de faturamento das principais plataformas de
varejo no segmento pet. Os pet shops se destacam com um faturamento de 43,10%
em 2013 e 43,20% em 2014. O gráfico 32 apresenta o faturamento de mercado a
nível mundial.
Gráfico 32 - Faturamento Mercado Mundial – Projeção 2014
Fonte: Euromonitor elaborado pela ABINPET (2013)
Segundo pesquisa realizada pela Euromonitor International (2013), com a
elaboração da ABINPET, a projeção de vendas para o Brasil em 2014, foi de 7,3%,
ocupando o 2º lugar no faturamento mundial. Conforme apresentado no gráfico 32.
No gráfico 33 é apresentado o faturamento do mercado pet segundo os seus
segmentos.
162
Gráfico 33 - Faturamento Mercado Pet – Projeção 2014
Fonte: ABINPET (2013)
O gráfico apresentou a projeção de faturamento no ano de 2014, onde o setor
de maior destaque é o Pet Food, que corresponde principalmente às rações,
apresentando um percentual de 10,8%. O faturamento previsto é de
R$16.047.000.000,000 (dezesseis bilhões e quarenta e sete mil). Tendo um
aumento de 8,2% em relação á 2013. Em segundo lugar está o Pet Serv, que
corresponde à prestação de serviços, entre eles o banho e tosa, com uma projeção
de 17,6%.
Até o momento da elaboração deste trabalho não foram encontradas
pesquisas quantitativas de órgãos de pesquisa com os números atuais do mercado
pet. Os dados apresentados se tratam de projeções para o mercado pet no ano de
2015, com base em pesquisas realizadas nos anos anteriores. Com base nessas
pesquisas é possível perceber o crescimento que este setor teve ao longo dos anos
e a projeção de seu crescimento nos próximos anos.
4.1.4.2 Atratividades e ameaças
Devido ao grande número de estabelecimentos que surgem no decorrer dos
anos, a concorrência nesse segmento de mercado é grande. Para ganhar destaque
e se consolidar no mercado, o estabelecimento precisa oferecer mais. O
relacionamento com os clientes, a oferta de artigos menos convencionais, a criação
163
de um nicho específico e em estratégias de marketing, podem ajudar na
diferenciação perante os demais estabelecimentos.
A presença da crise econômica que o país vive atualmente não implicará na
relação entre as pessoas e os animais. É o que sugere a posição ocupada pelo
Brasil no mercado pet global. O país está na segunda posição do mercado global de
pet, sucedendo os Estados Unidos. É possível que em 2015 o setor sofra uma
desaceleração, mas continuará em franco crescimento, em comparação com 2014.
O gráfico 34 mostra a força do segmento pet no mundo. Sendo que o Brasil ocupa o
segundo lugar no ranking.
Gráfico 34 - Faturamento e mercados globais
Fonte: ABINPET (2014)
O gráfico demonstra o crescimento do segmento pet e os principais países
que ganham destaque, sendo que o Brasil aparece em segundo lugar, com um
faturamento de R$16.400.000.000,000(dezesseis bilhões e quatrocentos mil) em
2014.
4.1.4.3 Segmentação de mercado
O mercado pet é formado pelos segmentos de alimentação (pet food);
acessórios, produtos para higiene e beleza; equipamentos (pet care) e produtos
veterinários; e serviços. O segmento de alimentação ganha destaque na fabricação
e venda de rações. Segundo dados da ABINPET, em matéria vinculada pelo Jornal
164
O Estado de São Paulo, com autoria de Scheller (2015), esse mercado movimenta
cerca de 11 bilhões ao ano. E no Brasil, esse segmento representa dois terços do
segmento pet. As grandes empresas que fabricam rações no Brasil investem cada
vez mais na diversificação, ofertado rações que contribuem com a melhora da saúde
do animal. Como rações light; com frutas e verduras; rações que promovem o
melhor funcionamento do intestino e na limpeza dos dentes.
O setor de varejo também tem grande destaque nesse mercado. A ABINPET
(2015) divulgou que o dono gasta em média R$315,00 (trezentos e quinze reais)
com um animal de porte grande, em diversos serviços, como ração, banho e tosa
consultas e medicamentos.
As maiores empresas do setor de varejo possuem menos de 30 lojas
espalhadas pelo país. E em 2015 pretendem abrir novas filiais. Isso mostra que esse
setor precisa e vai se desenvolver mais. O líder desse mercado, Estados Unidos,
possui redes de varejo que tem mais de 2.000 mil unidades.
O setor de higiene e beleza pet conta com produtos que estão cada vez mais
parecidos com os produtos que o ser humano usa. Há uma grande diversidade de
xampus, condicionadores, sabonetes, hidratantes e diversos produtos específicos.
Com a questão da humanização dos animais e o grande cuidado, carinho e atenção
que as pessoas dispõem a esses animais, elas esperam e buscam produtos que
ofereçam o que há de melhor nos cuidados de higiene e beleza. Cabe salientar que
na higiene há grande destaque para produtos relacionados ao banho do animal;
higiene dos dentes, ouvidos e unhas; necessidades fisiológicas; perfumes e
cuidados com os pelos. Há uma variedade tão grande quanto à de higiene e beleza
das pessoas. As novidades que surgem tem base nos produtos utilizados pelos
humanos.
Segundo o Pet Estética (2015), Congresso Nacional de Banho e Tosa, há
disponível no mercado diversas especializações na área de estética animal e
equipamentos. A demanda por serviços diferenciados cresce a cada dia, e é preciso
que os profissionais estejam preparados. Há no mercado diversas opções de
embelezamento, conforme datas comemorativas, onde os animais são arrumados
com pinturas, roupas e acessórios temáticos. Os tratamentos cosméticos têm
procedimentos como a hidratação dos pelos, recuperação de pelagem, recuperação
do brilho, conservação dos pelos, entre outros.
165
Os equipamentos utilizados na estética e banho e tosa dos animais estão
cada vez mais modernos e os estabelecimentos, no intuito de melhor seus serviços
oferecer técnicas mais avanças e superar as expectativas dos clientes, estão
utilizando equipamentos diferenciados e tecnológicos.
4.1.4.4 Tendências e futuro do mercado
O mercado pet vem se adaptando as necessidades dos clientes, que estão
cada vez mais exigentes, preocupados, e que tratam seus animais de estimação
como membro de sua família. Sendo assim, verificando essa necessidade, há
alguns estabelecimentos especializados em produtos de luxo. Os produtos e
serviços vão muito além da alimentação, banho e tosa,medicamentos, produtos de
higiene e acessórios. Esses estabelecimentos estão oferecendo muito além das
roupas e acessórios customizados.
O grande diferencial são os cuidados com a saúde como odontologia,
oftalmologia e outras especialidades, como também tratamentos para obesidade,
atrelados com os planos e seguros de saúde para esses animais. Os planos
disponibilizam serviços como consultas, vacinas, cirurgias, exames e tratamentos
específicos.
Outra tendência de mercado que vem ganhando destaque são as lojas
virtuais, que oferecem uma gama maior de produtos e oferecem ao cliente
comodidade e segurança.
Segundo estudo realizado pelo SEBRAE (2014), o serviço de Pet sitter (babá
para animais), quem cuida dos animais quando ou donos viajam ou que são muito
ausentes, vem crescendo consideravelmente. As atribuições dessa função
correspondem à alimentação do animal, manipulação de medicamentos e
entretenimento. Esse serviço também é uma alternativa para os donos que não
gostam de deixar seus animais em hotéis ou em pet shops, devido à falta de
confiança, medo de que contraiam alguma doença e para aqueles animais que não
se adaptam a outro ambiente e acabam ficando estressados.
Ainda segundo estudo realizado pelo SEBRAE (2014), uma grande tendência
é o hotel para animais domésticos. É um local onde os animais ficam alojados por
um período curto ou longo, e dispõem de serviços de um veterinário, refeição
balanceada, atividades recreativas, entre outros. Este serviço é contratado por
166
donos de animais domésticos que necessitam se ausentar com frequência e não
tem com quem deixar o animal. Devido ao crescimento desse serviço é necessário
oferecer serviços diferenciados para poder ganhar destaque perante os demais,
como serviços adicionais ou parcerias.
Segundo dados do Dogs Walkers do Brasil, site para localização de dog
walkers em todo o Brasil, a profissão de Dog Walker (Passeador de cães) surgiu em
decorrência da vida agitada das pessoas. Cada vez mais as pessoas desempenham
diversas funções e tem mais atribuições para desenvolver ao longo de seu dia.
Devido a esse modo de vida, falta tempo para poder passear e interagir com os
animais. Essa prática é de grande importância para o bem estar do animal,
principalmente para sua saúde. Através do passeio o cão gasta energia, diminui o
estresse e interage com outras pessoas e animais.
O serviço de Day Care (Creche para cachorros) tem se destacado no
mercado pet. Este serviço é direcionado para os clientes que passam muito tempo
fora de casa, moram em apartamentos ou casais que não tem filhos. Os cães
passam o dia em um espaço onde são desenvolvidas atividades recreativas,
tratamentos de saúde e beleza, adestramento e recebem uma alimentação
saudável, dispensando as rações. O local funciona de modo semelhante a uma
escola para crianças pequenas. Todas as atividades são supervisionadas e
necessitam de total atenção dos profissionais envolvidos. O valor do serviço é
relativamente alto, porém já há muitos clientes. Pois como atualmente o animal de
estimação é considerado um membro da família, os donos consideram que esses
cuidados são importantes.
4.1.4.5 Pesquisa de mercado
No ano de 2015, com a instabilidade econômica, novos empreendedores
estão preferindo associar-se ou desenvolver negócios em ramos consolidados, para
não correrem ou diminuírem o risco de perdas. São mercados que apesar da crise
econômica, continuam gerando lucro, para não correrem o risco de terem perdas.
É notável e pesquisas já comprovaram que em cada dez brasileiros, quase a
metade tem a vontade de ter seu próprio negócio.
Conforme pesquisa realizada pela ABF (2013), Associação Brasileira de
Franchising, o número de franquias aumentou 127% nos últimos dez anos. Hoje as
167
franquias são mais de 220.000,00 (duzentos e vinte mil) no Brasil e faturam R$
1.000.000.000,000(um bilhão) todo dia. Em 2014, o setor cresceu 9,3%.
Segundo a Lei No 8.955, de 15 de dezembro de 1994, da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988, o Art. 2º, dispõe que a franquia empresarial,
o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca
ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de
produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de
implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou
detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no
entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. Diante disso, o franqueador é o
dono da empresa que concede a outra pessoa, franqueado, o direito de uso de sua
patente e marca, o direito de venda de produtos ou serviços, e recebe remuneração
por essas atividades, sem manter um vínculo empregatício.
De acordo com a ABF (2013) , o faturamento somado das 2.700 marcas do
tipo no país gira em torno de R$115.000.000.000,000 (cento e quinze bilhões) por
ano com o Estado de São Paulo concentrando quase 60% do mercado.
O gráfico 35 mostra uma pesquisa da ABF, sobre a localização das sedes das
empresas franqueadoras por Estado no ano de 2013.
Gráfico 35 - Localização das sedes das empresas franqueadoras por Estado – 2013
Fonte: ABF (2013)
168
Nos dados apresentados a partir do gráfico, as empresas franqueadoras do
Estado de Santa Catarina, apresentaram participação de 4,7% em 2012 e 4,5% em
2013.
4.1.4.6 Concorrentes
A fim de conhecer os concorrentes do Banho e Tosa Emporium Animal, de
modo a identificar os pontos principais, foi realizada uma pesquisa, onde alguns
fatores foram apurados. O quadro 63 apresenta os concorrentes do Banho e Tosa
Emporium Animal.
Quadro 63 - Concorrentes do Banho e Tosa Emporium Animal
Emporuim Animal Zoo Clínica Veterinária Pet Shop Mundo Cão Tempo de mercado 28 anos 2 anos Localização/Preço Rua central do
bairro/Privilegiada Rua central do bairro/Privilegiada
Serviço de veterinária Dois médicos veterinários Não possui Serviço de banho e tosa
Ofertado Ofertado
Serviço de estética Não ofertado Não ofertado Serviço de leva e traz Não ofertado Ofertado Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O quadro descreve os principais concorrentes do Emporium Animal Banho e
tosa. A Zoo Clínica é a maior concorrente, pois possui bastante tempo de mercado,
já é uma empresa consolidada e já possui uma clientela bem definida, está
localizada na rua central do bairro, possui dois médicos veterinários, oferece o
serviço de banho e tosa, não oferece o serviço de estética e de leva e traz. O Pet
Shop Mundo Cão tem aproximadamente dois anos de mercado, também está
localizada na avenida principal do bairro, porém não possui médico veterinário,
oferece o serviço de banho e tosa, leva e traz, entretanto, não oferece o serviço de
estética.
4.1.4.7 Fornecedores
De acordo com o Art. 3º. Do Código de Defesa do Consumidor, fornecedor é
toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
169
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
No caso do banho e tosa, os fornecedores serão aqueles que irão distribuir e
comercializar produtos de diferentes empresas ao banho e tosa, de modo a suprir a
necessidade de produtos utilizados na prestação dos serviços.
O quadro 64 apresenta os principais fornecedores do Banho e Tosa
Emporium Animal.
Quadro 64 - Fornecedores do Banho e Tosa Emporium Animal
Emporium Animal Agro Veterinária Timbó Ltda Pet Line Distribuidora
Preço Competitivo
Atendimento Personalizado / Qualidade
Prazo 10 / 20 / 30 / 90 dias
Forma de pagamento Á vista / Faturado/ Parcelado
Produto Qualidade/ Variedade
Marcas Reconhecidas
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O quadro apresenta a pesquisa realizada com dois dos principais
fornecedores de artigos e alimentos para animais, com base na carteira dos
concorrentes. Para a pesquisa avaliou-se os seguintes fatores, preço, atendimento,
prazo de pagamento, forma de pagamento, qualidade, marca e produtos. Ambos os
fornecedores já possuem bastante tempo de mercado e são reconhecidos como
grandes empresas que oferecem preço competitivo, atendimento de qualidade e
personalizado, prazo e forma de pagamento diferenciado, produtos variados e com
grande qualidade e trabalha com marcas reconhecidas e de confiança.
4.1.4.8 Ponto comercial
Na definição do ponto comercial, foi feito uma análise comparativa com o local
onde estão localizados os principais concorrentes do banho e tosa, conforme
descrito no quadro 65.
170
Quadro 65 - Ponto comercial
Emporium Animal Zoo Clínica Veterinária Pet Shop Mundo Cão Próprio/Aluguel Próprio Aluguel Movimentação Grande movimentação diária Grande movimentação diária Facilidade de acesso Rua principal do bairro Rua principal do bairro Estrutura Ampla Pequena Estacionamento Estacionamento próprio
fechado Estacionamento próprio pequeno
Mercado local Região com bastantes pontos comerciais
Região com bastantes pontos comerciais
Concorrência Concorrente principal: Pet Shop Mundo Cão
Concorrente principal: Zoo Cliníca Veterinária
Higiene do local Local higiênico Local higiênico Segurança Local seguro Local seguro Fonte: Elaborado pela autora (2015)
No quadro é descrito aspectos referente ao ponto de instalação dos
concorrentes do Banho e Tosa Emporium Animal. A Zoo Clínica possui
estabelecimento próprio, a região é bastante movimentada, fica localizada na rua
principal do bairro, tem uma estrutura ampla, possui estacionamento próprio e
amplo, há bastantes estabelecimentos comerciais nos arredores da clínica, o local é
seguro e higiênico e tem como principal concorrente o Pet Shop Mundo Cão. O
espaço onde está instalado o Pet Shop Mundo Cão é alugado, também possui
grande movimentação, fica localizado na rua principal do bairro, possui
estacionamento, mas é limitado, há bastantes pontos comerciais nos arredores do
pet shop, o local é seguro e higiênico e tem como principal concorrente a Zoo Clínica
Veterinária.
4.1.4.9 Análise SWOT
É necessário avaliar a interferência e a colaboração dos fatores internos e
externos da empresa para se ter uma visão detalhada dos fatores que ajudam e os
que atrapalham do desenvolvimento da empresa. Para isso, foram detalhados
através da pesquisa, esses fatores com relação ao Banho e Tosa Emporium Animal.
Para essa análise foi utilizada a ferramenta análise SWOT, uma ferramenta que
auxilia na identificação das forças e fraquezas da empresa e as ameaças e
oportunidades presentes do mercado pet.
A figura 14 ilustra a análise SWOT do Banho e Tosa Emporium Animal, onde
foi feita a avaliação dos pontos positivos em relação ao ambiente interno e externo,
171
evidenciando as forças e oportunidades e os pontos negativos no ambiente interno e
externo, evidenciando as fraquezas e ameaças.
Figura 14 - Análise SWOT Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Em relação aos pontos positivos internos, o banho e tosa apresenta a questão
da humanização dos animais, com o crescimento da aquisição de animais de
estimação; possui localização privilegiada, pois se instalará a uma rua paralela a
avenida principal do bairro; a estrutura será nova e adequada, pois o imóvel alugado
é uma construção nova; as campanhas de marketing serão diferenciadas e
inovadoras e os serviços diferenciados que serão ofertados. Em relação aos pontos
positivos externos, a empresa tem como oportunidade conquistar os clientes; ofertar
produtos, serviços e inovações diversificados, podendo se destacar perante seus
concorrentes.
Como pontos negativos internos, considerou-se o alto investimento, devido
aos investimentos necessários para a abertura; a estrutura da empresa é de
pequeno porte, sendo que os concorrentes possuem uma estrutura maior; é uma
empresa iniciante no mercado e há um concorrente com 28 anos de mercado; a
empresa não possui uma cartela de clientes consolidados, sendo que os outros
172
concorrentes possuem; e a empresa pode sofrer com a falta de mão de obra
qualificada.
Já os pontos negativos externos identificados, ou seja, as ameaças são os
concorrentes que possuem bastante tempo de mercado e são consolidados e a
dependência do recurso de terceiros, ou seja, os fornecedores, onde pode haver
dificuldades em relação à disponibilização de produtos, os preços, prazos, entrega,
marca, qualidade, atendimento, entre outros.
4.1.4.10 Matriz BCG
A matriz BCG é uma ferramenta utilizada para verificar o crescimento e
participação do mercado em que a empresa está inserida, através da análise dos
produtos/serviços oferecidos pela empresa. Sendo que, quanto maior for o
crescimento e participação de mercado, melhor será para a empresa. A figura 15
ilustra como é descrita a matriz BCG.
Figura 15 - Matriz BCG Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Lacruz (2008)
Ao analisar o mercado que o Banho e Tosa Emporium Animal está inserido,
concluiu-se que a empresa se enquadra como “estrela”, pois os serviços oferecidos
têm uma taxa de crescimento considerável e o mercado de pet já está consolidado.
Tem produtos bases, que geram lucros e receita altos.
173
4.1.4.11 Cinco forças de Porter
A concorrência no mercado pet é grande. O número de estabelecimentos
cresce a cada dia, como também a variedade de produtos e serviços prestados. A
concorrência além de ser presente em decorrência dos fatores econômicos,
tecnológicos e surgimento de novos mercados, tem como principal fator o ingresso
de novos empreendedores no mercado.
A ameaça de novos entrantes no mercado pet, o poder de negociação dos
clientes, ameaças de produtos/serviços substitutos, o poder de negociação dos
fornecedores e as manobras de posicionamento praticadas pelos concorrentes, são
forças presentes no estado de competição no mercado no qual o Banho e Tosa
Emporium Animal está inserido.
A figura 16 apresenta as forças competitivas presentes no banho e tosa.
Figura 16 - Cinco forças de Porter
Fonte: Porter (1999)
A ameaça de novos entrantes é presente no mercado pet, pois esse setor tem
se desenvolvido, apresentado novas tendências e demanda dos clientes. A
humanização dos animais cresce cada vez mais e os animais são tratados como
membros da família. O setor se mostra muito lucrativo, devido ao valor elevado que
é gasto com os animais. Empreendedores atentos ao mercado percebem essa
oportunidade de negócio e decidem abrir seu próprio empreendimento. Portanto, o
174
Banho e Tosa Emporium Animal sofre ameaça de novos empreendedores que
podem querer ingressar no mercado pet. E assim o número de concorrentes cresce.
Os clientes, clientes que compram da empresa e consumidores finais, têm
grande influência sobre o mercado. Apresentam grande poder de negociação, de
modo a influenciar no lucro da empresa, através da exigência de menores custos,
mais produtos/serviços diferenciados e de qualidade, entre outros. A empresa
precisa ficar atenta, analisar e avaliar essas exigências e utilizá-las a seu favor
através da busca de estratégias para formular propostas. Ao conseguir suprir tais
exigências, a empresa não só deixará o cliente satisfeito, como também trará
vantagem competitiva.
A substituição de produtos/serviços pode representar uma ameaça através de
concorrentes que tenham poder para colocar esses produtos no mercado. Os novos
produtos podem exigir melhores tecnologias e maiores investimentos. E irão
propiciar mais benefícios, inovações, qualidade e diferenciação. E como o Banho e
Tosa Emporium Animal é ainda ingressante neste mercado, está sensível a esta
ameaça.
Os fornecedores têm poder de discutir, tratar e realizar operações comerciais
que possam influenciar no empreendimento. Sendo eles os que dispõem e abastece
com produtos/serviços. O empreendedor fica vulnerável as estratégias de
negociação que por eles possam ser tomadas. O fornecedor pode intervir de modo a
aumentar os preços, reduzir a qualidade, ou até mesmo monopolizar, ou seja, por
não possuir concorrentes em um determinado produto ou serviço, domina a oferta e
assim pode aumentar os preços.
Como se pode perceber ao longo do estudo, o mercado pet tem crescido de
maneira rápida, e a tendência é que continue crescendo cada vez mais, novos
nichos de mercado estão surgindo devido à grande exigência dos clientes por
produtos/serviços diferenciados. É um mercado promissor. O número de
concorrentes cresce e as estratégias de diferenciação e agregação de valor
também. Com isso, outros empreendimentos estarão disputando com o Banho e
Tosa Emporium Animal a obtenção de lucro e os mesmos clientes do mesmo
mercado.
Desse modo, o banho e tosa terá que investir em estratégias que possam
tornar o empreendimento um diferencial, através de um atendimento e prestação de
serviços com qualidade, com foco no relacionamento do cliente, visto que muitos
175
empreendimentos tentam estratégias relacionadas à baixa de preço, propagandas, e
se esquecem do foco principal, o cliente.
Sendo assim, a partir do desenvolvimento da análise econômica, foi definido o
mercado-alvo, os competidores, o posicionamento e a proposta de valor. Conforme
descrito no quadro 66.
Quadro 66 - Resumo da viabilidade econômica
Mercado- alvo Pessoas que possuem animais de estimação domésticos, como cães e gatos, que tratam esses animais como membros de sua família e buscam serviços de banho, tosa e estética prestados com amor, carinho, atenção, dedicação e qualidade.
Competidores A Zoo Clínica é a maior concorrente, pois possui bastante tempo de mercado, já é uma empresa consolidada e já possui uma clientela bem definida, está localizada na rua central do bairro, possui dois médicos veterinários, oferece o serviço de banho e tosa, não oferece o serviço de estética e de leva e traz. O Pet Shop Mundo Cão tem aproximadamente dois anos de mercado, também está localizada na avenida principal do bairro, porém não possui médico veterinário, oferece o serviço de banho e tosa, leva e traz, entretanto, não oferece o serviço de estética.
Posicionamento O Banho e Tosa Emporium Animal é a empresa que ama os animais e busca o seu bem-estar e qualidade de vida. Busca atender de forma a ofertar produtos e serviços de qualidade, com profissionalismo e atendimento personalizado. O cliente deve buscar nossos serviços porque amamos o que fazemos, trabalhamos com dedicação, profissionalismo, qualidade e nosso objetivo é atender e deixar nossos clientes satisfeitos. Nosso diferencial é oferta do serviço de estética, visto que os outros dois principais estabelecimentos da região não oferecem esse serviço.
Proposta de valor Com a implantação de um estabelecimento focado no segmento de banho e tosa, os clientes irão encontrar serviços destinados aos cuidados com saúde e estética de animais de pequeno,
176
médio e grande porte, como cães e gatos. O Banho e Tosa Emporium Animal irá oferecer aos clientes como diferencial, o serviço de estética especializado, com diversos tratamentos de beleza, desde o tratamento dos pelos, como o embelezamento em geral. O que se difere dos demais estabelecimentos da região que oferecem apenas o serviço de banho e tosa.
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
4.2 VIABILIDADE FINANCEIRA
Para que o negócio seja viável financeiramente, a viabilidade deve-se mostrar
favorável, ou seja, demonstrar através do levantamento dos investimentos, que a
implantação da empresa irá obter lucros a curto e longo prazo. Para se chegar a um
resultado de viabilidade ou não, são utilizados indicadores financeiros, a fim de
verificar se o lucro obtido com as vendas e/ou serviços supera o valor investido
inicialmente, identificar os rendimentos provenientes dos investimentos e o cálculo
do tempo que será necessário para que o valor inicial investido pela empresa seja
recuperado.
Para analisar serão utilizados como indicadores financeiros, o índice de
lucratividade e rentabilidade e o prazo de retorno do investimento. Nas etapas
seguintes, serão apresentadas estimativas da viabilidade financeira do Banho e
Tosa Emporium Animal, com a utilização de indicadores financeiros.
4.2.1 Lucratividade
A Lucratividade demonstra o ganho que a empresa consegue obter através
dos resultados gerados pela atividade que desenvolve.
O valor percentual da lucratividade é obtido através da divisão do valor do
lucro líquido pela receita total e a multiplicação do valor obtido por 100. O quadro 67
apresenta o valor estimado da lucratividade do Banho e Tosa Emporium Animal.
177
Quadro 67 - Estimativa de lucratividade do Banho e Tosa Emporium Animal
Lucratividade = Lucro Líquido x 100 = R$3.000,00 x 100 = 15% Receita Total R$20.000,00
Fonte: Adaptado de Rosa (2007)
Portanto, de acordo com o quadro, o valor do lucro líquido projetado foi de
R$3.000,00 e a receita total de R$20.000,00. Sendo assim, obteve-se o índice de
lucratividade projetado para o Banho e tosa Emporium Animal de 15%, mostrando-
se assim, lucrativo.
4.2.2 Rentabilidade
A rentabilidade de um empreendimento é um meio utilizado para a avaliação
do negócio, através da comparação do lucro com o investimento realizado.
Apresenta de forma percentual, quanto o lucro mensal representa do investimento.
O valor percentual da rentabilidade é obtido através da divisão do lucro líquido
pelo investimento total e multiplica-se o resultado obtido por 100. É uma ferramenta
que auxilia o empreendedor a avaliar o quanto interessante é o seu negócio a partir
da comparação entre o lucro e o investimento realizado. A Rentabilidade mostra
quanto o lucro mensal representa, percentualmente, do investimento total existente.
O quadro 68 apresenta o valor percentual estimado da rentabilidade do Banho
e Tosa Emporium Animal.
Quadro 68 - Estimativa da rentabilidade do Banho e Tosa Emporium Animal
Rentabilidade = Lucro Líquido x 100 = R$3.000,00 x 100 = 6,25% Investimento Total R$48.000,00
Fonte: Adaptado de Rosa (2007)
Sendo assim, de acordo com o quadro, o lucro líquido estimado foi de
R$3.000,00 e o investimento total de R$48.000,00, obtendo-se o percentual de
6,25% de rentabilidade. Portanto, o Banho e Tosa Emporium Animal mostra-se
rentável. Indica que a empresa recupera 6,25% ao mês do valor investido.
178
4.2.3 Prazo de retorno do investimento
O prazo de retorno do investimento demonstra o tempo que o empreendedor
levará para recuperar o valor que investiu inicialmente no empreendimento.
O calculo do prazo de retorno do investimento é obtido através da divisão do
investimento total aplicado pelo lucro líquido e multiplica-se o resultado por 100. O
quadro 69 apresenta a estimativa do prazo de retorno do investimento do Emporium
Animal.
Quadro 69 - Estimativa do prazo de retorno do Banho e Tosa Emporium Animal
Prazo de retorno do investimento = Investimento Total = R$48.000,00 = 16 meses Lucro Líquido R$3.000,00
Fonte: Adaptado de Rosa (2007)
Conforme apresentado no quadro, o investimento total foi de R$48.000,00 e o
lucro líquido de R$3.000,00, obtendo-se o prazo de retorno do investimento de 16
meses. Sendo assim, indica que a empresa irá recuperar o valor investido em um
prazo de 1 ano e 4 meses. Isso indica um tempo de retorno considerável.
Após a análise econômica mercadológica e a análise da viabilidade financeira
dos indicadores, conclui-se que há viabilidade de implantação do novo negócio,
banho e tosa, no Bairro Forquilhinhas. Com base nos seguintes fatores:
1) A pesquisa mercadológica realizada através da análise econômica do
mercado pet e da pesquisa realizada através de questionário com os
possíveis clientes do novo negócio se mostrou positiva. Notou-se que o
mercado pet está em franco crescimento, apesar da crise financeira atual. E,
os animais estão cada vez mais presentes nas famílias brasileiras, e
ganhando cuidados especiais.
2) Os indicadores de lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno do
investimento se mostraram favoráveis, visto que, se apresentaram diante de
um cenário pessimista.
3) O indicador de lucratividade estimou que o novo negócio pode gerar um lucro
de 15% sobre o faturamento mensal, através dos serviços de banho, tosa,
estética e leva e traz.
4) O indicador de rentabilidade estimou que o novo negócio recuperará 6,25%
por mês do valor investido inicialmente.
179
5) O indicador de prazo de retorno do investimento estimou que o tempo que o
novo negócio levará para recuperar o valor investido é de 16 meses, ou seja,
1 ano e 4 meses, sendo um tempo de retorno considerável.
4.3 PLANO DE MARKETING
O plano de marketing corresponde a uma ferramenta de gestão das ações de
marketing para que a empresa consiga atingir seus objetivos. Através do estudo do
mercado, dos concorrentes, clientes e tendências a empresa pode elaborar
estratégias para gerar vantagem competitiva no mercado.
Através do plano de marketing a empresa determina a forma que serão
utilizados os elementos do mix de marketing, ou seja, os 4 P´S (Produto, Preço,
Praça e Promoção) e os 4 C´S (Cliente, Custo, Comunicação e Conveniência), e os
dados obtidos por meio da pesquisa de viabilidade econômica, comoa análise dos
ambientes, segmentação de mercado e posicionamento.
4.3.1 Produtos e Serviços/Cliente
A estratégia principal terá foco no serviço de banho e tosa, com a prestação
de serviços de estética, através de diferenciais e tendências do mercado aliado a um
atendimento com qualidade, atenção, dedicação, empatia, zelo, amor, ou seja,
através da criação de um laço entre o pet shop e o cliente, de modo a gerar
confiança, culminando na fidelização.
No quadro 70 são descritos os serviços que serão prestados no Banho e Tosa
Emporium Animal.
180
Quadro 70 - Serviços prestados no Banho e Tosa Emporium Animal
Serviços prestados no Banho e Tosa Emporium Animal Descrição Descrição Banho e tosa c/máquina P ou M Plano mensal banho e tosa
gato Plano mensal banho e tosa c/ máquina P ou M
Banho e tosa raças fora do padrão
Banho e tosa c/ máquina G Banho em cão P ou M Plano mensal banho e tosa c/ máquina G Banho em cão G Banho e tosa c/ tesoura P ou M Limpeza de ouvidos Plano mensal banho e tosa c/ tesouraP ou M
Coloração
Banho e tosa c/ tesoura G Hidratação Plano mensal banho e tosa c/ tesoura G Penteado Banho em gato Leva e traz Plano mensal banho em gato Quero um cãopanheiro Banho e tosa em gato Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O serviço de banho e tosa será para cães e gatos. O procedimento do banho
será padrão para todos os animais. As técnicas de tosa utilizadas irão variar de
acordo com o instrumento utilizado, tesoura ou máquina, e com a raça do animal. As
tosas consideradas padrão são as das raças Shih-tzu, Lhasa Apso, Schnauzer,
Poodle, Coocker, Chow Chow, Golden Retriever, Labrador Retriever, São Bernardo,
Chip Dog e Husky Siberiano.
As demais tosas, de outras raças, serão realizadas de acordo com a pelagem
do animal e gosto do cliente.
4.3.2 Preço/Custo
O preço dos serviços que serão praticados no banho e tosa, terão como base
os concorrentes, preço de mercado, nos custos que incorrem sobre a aquisição e
venda do serviço e no poder de compra dos clientes.
O oferecimento de bons preços atrai consumidores, porém não é somente o
preço que garante a compra e fidelização de um cliente. O banho e tosa buscará
oferecer serviços de qualidade e preços que estejam de acordo com o que for
oferecido. O cliente se preocupa com o preço e com um serviço que supra suas
necessidades, qualidade e que principalmente atenda as suas expectativas.
No quadro 71 é descrito o valor dos serviços prestados.
181
Quadro 71 - Valor dos serviços prestados no Banho e Tosa Emporium Animal
Valor dos serviços prestados no Emporium Animal Descrição Valor
unitário (R$) Descrição Valor unitário
(R$) Banho e tosa c/máquina P ou M
60,00 Plano mensal banho e tosa gato
120,00
Plano mensal banho e tosa c/ máquina P ou M
120,00 Banho e tosa raças fora do padrão
100,00
Banho e tosa c/ máquina G 70,00 Banho em cão P ou M 40,00 Plano mensal banho e tosa c/ máquina G
140,00 Banho em cão G 45,00
Banho e tosa c/ tesoura P ou M
70,00 Limpeza de ouvidos 15,00
Plano mensal banho e tosa c/ tesouraP ou M
140,00 Coloração 45,00
Banho e tosa c/ tesoura G 80,00 Hidratação 45,00 Plano mensal banho e tosa c/ tesoura G
150,00 Penteado 20,00
Banho em gato 35,00 Leva e traz 5,00 Plano mensal banho em gato 70,00 Quero um
cãopanheiro 0,00
Banho e tosa em gato 60,00 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os preços dos serviços de banho e tosa irá variar de acordo com a pelagem,
tamanho do animal e com o instrumento utilizado, tesoura ou máquina. O serviço de
leva e traz ocorrerá nas proximidades do banho e tosa e será cobrado o valor de
R$5,00. O serviço “Quero um caopanheiro”, irá funcionar como um agenciamento na
busca de um par para cães e gatos, será disponibilizado de forma gratuita aos
clientes, pois não incorrerá custos.
4.3.3 Promoção/Comunicação
O desenvolvimento da estratégia de promoção será com base na pesquisa de
mercado realizada, onde foi feito o estudo do público-alvo, pontos fortes e fracos
acerca do mercado e de seu produto. Os meios de comunicação serão utilizados de
forma a informar o cliente sobre os serviços ofertados, de modo que surja a
necessidade e desejo de compra.
O quadro 72 descreve os meios de comunicação que serão utilizados na
divulgação de lançamento do banho e tosa e como forma de comunicação
permanente com os clientes.
182
Quadro 72 - Meios de comunicação
Jornal
Panfletagem
Redes sociais (Facebook e
Instagram)
Aplicativo (WhatsApp)
Cartão de visita (1.000 unidades)
Cartão fidelidade
Fachada
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A divulgação por meio do jornal será realizada mediante anúncios, três vezes
por semana. O panfleto será distribuído no bairro onde estará instalado o pet shop e
nos bairros próximos, por promotores que irão entregar pessoalmente aos clientes
na rua, nas caixas de correspondências e estabelecimentos. Essa ação ocorrerá a
cada quinze dias nos primeiros meses de funcionamento da empresa e para ações
futuras será estudada a periodicidade desse meio de comunicação. Com a grande
gama de informações através da internet e a forma rápida de acesso e de forma
barata, esse será o principal meio de comunicação utilizado. As redes sociais e o
aplicativo irão disponibilizar informações sobre a empresa, com os produtos e
serviços disponibilizados, promoções, novidades do mundo pet e como canal de
venda.
O cartão de visita ficará disponível no balcão do caixa e será distribuído
através dos sócios e funcionários. O e-mail será utilizado para esclarecimento de
dúvidas, pedidos de serviços de banho e tosa informativo sobre promoções e
novidades do mundo pet e como meio de relacionamento com o cliente, com o envio
de mensagens com base em datas comemorativas, como aniversários, dias dos
pais, das mães, ano novo, páscoa, natal, entre outros.
O cartão fidelidade será feito para cada cliente no momento de compra do
primeiro serviço de banho e tosa ou compra de um produto, funcionará como um
programa de fidelização, onde ao utilizar dez serviços de banho e tosa, o cliente
ganhará o décimo primeiro de forma gratuita, ou, ao realizar a compra de dez
produtos, o décimo primeiro terá um desconto de 20%.
183
A fachada do banho e tosa será um meio de comunicação permanente, e será
elaborada de forma a chamar a atenção dos clientes, com cores e desenho
marcante, e com as informações de forma clara dos produtos e serviços oferecidos,
como o meio de comunicação com a empresa.
4.3.4 Praça/Conveniência
A praça corresponde à maneira pela qual a empresa irá dispor o seu
produto/serviço ao consumidor final. Compreende os meios que serão utilizados
para que esse processo seja disposto da maneira mais simples, rápida e
conveniente possível.
A distribuição dos serviços aos clientes ocorrerá no próprio estabelecimento
de forma direta. De forma direta, pois os serviços de banho e tosa, leva e traz e
“Quero um caopanheiro” serão executados pelos funcionários do próprio
estabelecimento ao cliente.
A escolha da praça se deu em razão do bairro ser residencial e comercial,
com uma grande circulação de pessoas diariamente, por ser de fácil acesso e estar
próximo de bairros comerciais.
4.3.5 Política de vendas
A política de vendas tem como objetivo determinar a maneira pela qual a
venda dos produtos e serviços disponibilizados por um estabelecimento será
ofertada aos seus clientes. São as determinações de forma escrita e que ficam
visíveis aos clientes para que estes tenham ciência do funcionamento da prestação
de serviços e venda de produtos.
O quadro 73 apresenta a descrição da condição de pagamento, financiamento
das vendas, política de atendimento, tipo de venda, comissão, premiação e
treinamento dos vendedores.
184
Quadro 73 - Política de vendas
Condição de pagamento Á vista– Dinheiro, Cartão de débito e crédito Á prazo–Cartão de crédito das bandeiras: MasterCard, Visa, Elo, Hipercard, Diners e American Express.
Financiamento das vendas Parcelamento em até três vezes no cartão de crédito para compras acima de R$150,00.
Política de atendimento Meios de atendimento ao cliente: Loja, telefone, e-mail e redes sociais
Horário de atendimento: 08:00 ás 19:00 O serviço de banho e tosa irá funcionar através do agendamento de horário.
Tipo de venda Comércio varejista com a venda direta ao consumidor final, com segmentação no mercado pet e linha de mercadorias comercializada para animais.
Comissão, premiação e treinamento dos vendedores Não haverá vendedores contratados, pois o atendimento e venda será realizada por um dos sócios. A princípio não haverá um treinamento específico. Fonte: Elaborado pela autora (2015)
4.3.6 Plano de ação
Para determinar como serão desenvolvidas as ações do plano de marketing,
será utilizada uma ferramenta de plano de ação. Para isso, será utilizada a matriz
5W2H, que determina o que será feito, quem fará, onde será feito, quando será feito,
por quê será feito, como será feito e quanto custará essas ações. Conforme descrito
no quadro 74.
Quadro 74 - Ferramenta de Plano de ação (5W2H)
What – O que?
Whow – Quem?
Where – Onde?
When – Quando?
Why – Por quê?
How – Como?
How Much – Quanto?
Divulgação no jornal
Jornal Hora Santa Catarina
Bairro Foquilhinhas
Três vezes por semana
Para divulgar os serviços do banho e tosa
Por meio de uma assinatura mensal do jornal
R$60,30
Panfle- tagem
Gráfica Visual Floripa
Bairro Forquilhinhas
Uma vez a cada quinze dias
Para divulgar os serviços do banho e tosa
Por meio de promoto-res que Entrega-rão os panfletos
R$280,00
Internet
Sócia 1
Banho e tosa Emporium Animal
Duas vezes por
Para divulgar os serviços do
Utilizando as redes sociais
R$0,00
185
semana
banho e tosa e como meio de contato com os clientes
facebook e instagram
Cartão de visita
Gráfica Visual Floripa
Banho e tosa Emporium Animal
Ficará disponí-vel no banho e tosa
Para divulgar os serviços do banho e tosa
Entregan-do aos clientes os cartões
R$16,99
Sócia 1
Banho e tosa Emporium Animal
Duas vezes por semana
Para divulgar os serviços do banho e tosa e como meio de contato com os clientes
Envio de informa-ções e agenda-mento de serviços para o e-mail do cliente
R$0,00
Cartão fidelidade
Gráfica Visual Floripa
Banho e tosa Emporium Animal
Ficará disponí-vel no banho e tosa
Para fidelizar clientes
Explicar o programa de fidelidade e oferecer o cartão ao cliente
R$16,99
Fachada Gráfica Visual Floripa
Banho e tosa Emporium Animal
Perma-nente no banho e tosa
Servir como meio de comunica-ção visual com o cliente, para expor e apresentar o negócio
Por meio de uma fachada com cores de destaque, com um bom material e ilumina-ção, identifica-ção da loja, serviços e meios de contato
R$1.100,00
Fonte: Adaptado de Smith (2002)
Por meio do plano de ação será possível ter um melhor acompanhamento e
controle das atividades de promoção e comunicação do banho e tosa. Apesar de a
186
televisão ter sido o meio de comunicação mais citado na pesquisa realizada com os
possíveis clientes do banho e tosa, ela não será utilizada devido ao alto custo.
4.4 PLANO JURÍDICO
Para tornar possível a abertura da empresa são necessários alguns
procedimentos jurídicos a fim de registrá-la conforme determinado pelos órgãos
competentes. Nesta etapa são descritos todos os procedimentos legais para que o
negócio se estabeleça de fato.
O quadro 75 apresenta os procedimentos legais necessários, os órgãos
responsáveis por cada processo e os valores que incorrem sobre eles.
Quadro 75 - Procedimentos legais para abertura da empresa
PROCEDIMENTO ÓRGÃO RESPONSÁVEL VALOR Consulta da viabilidade Prefeitura Municipal de
São José / Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos
R$5,04
Consulta do nome empresarial
Junta Comercial de Santa Catarina
Gratuito
Registro do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
Secretaria da Receita Federal do Brasil – Ministério da Fazenda (Junta Comercial)
Não é cobrado
Cadastro da Inscrição Estadual
Secretaria da Receita Federal do Brasil – Ministério da Fazenda
Não é cobrado
Escolha do regime tributário (SIMPLES NACIONAL)
Junta Comercial Portal Simples Nacional (Internet)
Não é cobrado
Registro do contrato social Junta Comercial de Santa Catarina
R$21,00
Arquivamento do processo Junta Comercial de Santa Catarina
R$45,50
Solicitação de alvará Sanitário
Prefeitura Municipal de São José / Vigilância Sanitária Municipal
R$100,00 a R$400,00 (depende do ramo de atividade)
Solicitação da Vistoria e Habite-se
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina
R$133,20
Aparato fiscal Secretaria da Receita Federal do Brasil – Ministério da Fazenda
R$51,00 mais taxas eventuais
Responsável Técnico Veterinário
Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina
R$1.500,00
187
Inscrição de exercício de atividade empresarial e solicitação de alvará de funcionamento
Prefeitura Municipal de São José
R$51,00
Cadastro na Previdência Social
Secretaria da Receita Federal do Brasil – Ministério da Fazenda
Não é cobrado
Registro da marca Instituto Nacional da Propriedade Industrial
R$1.500,00
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Os valores descritos no quadro são possíveis valores cobrados pelos
registros, pois podem ocorrer taxas eventuais que irão variar no momento dos
registros, como também nos que constam como não cobrados.
A consulta de viabilidade é realizada para verificar se o banho e tosa pode
desenvolver suas atividades no local escolhido para se instalar. A consulta do nome
empresarial é realizada para verificar se existem empresas com nomes empresariais
iguais ou idênticos ao nome empresarial que a empresa pretende adotar. Em
seguida é realizado o registro do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). É
um cadastro das informações da empresa como contribuinte. É de interesse
tributário para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A seguir
ocorre a descrição do objeto social, que corresponde à descrição das atividades que
serão desenvolvidas no empreendimento.
A empresa é optante do regime tributário SIMPLES. É um regime tributário
compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos. A empresa optou
por esse regime tributário por tratar-se de uma microempresa e possuir um
faturamento anual igual ou inferior á R$360.000,00. Onde a atividade de comércio e
serviços irá incidir sobre alguns impostos, IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica),
CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), ISS (Imposto sobre Serviços),
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa
Integração Social), COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social). O quadro 76 apresenta o valor percentual dos impostos que incidem sobre a
atividade de serviços.
188
Quadro 76 - Percentual impostos sobre serviços
Receita Bruta em 12 meses (em R$)
ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS
De 240.000,01 a 360.000,00
7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%
Fonte: Manual técnico para retenção do ISS 2 edição (2011)
A base de cálculo dos impostos sobre serviços é a receita bruta do período de
doze meses no valor entre R$240.000,01 e R$360.000,00, de acordo com o
enquadramento no SIMPLES. O valor da alíquota do INSS (Instituto Nacional da
Seguridade Social), seguridade social dos funcionários, será de 9%, visto que os
salários se enquadram na classificação de remuneração entre R$1.399,13 até
R$2.331,88.
Após, é feita a elaboração do contrato social, que trata de um documento
onde irão constar as normas e regulamentos sob as quais a empresa irá exercer
suas atividades, com os direitos e obrigações dos sócios (ver anexo). Depois da
realização das etapas anteriores, ocorre o arquivamento do processo, onde a
empresa irá arquivar o processo de constituição da empresa. No quadro 77 é
descrito o objeto social do Banho e Tosa Emporium Animal.
Quadro 77 - Objeto Social
Ramo de atividade Prestação de serviços Tipo de negócio Serviços de higiene e embelezamento de animais Produtos ofertados Serviços de banho e tosa e embelezamento em geral. Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A inscrição de exercício de atividade empresarial e solicitação de alvará de
funcionamento são exigidas para que a empresa possa exercer suas atividades e
para que o estabelecimento possa funcionar. O alvará determina o horário de
funcionamento, divisão da cidade de acordo com as atividades desenvolvidas no
comércio, construções, questões higiênicas do trabalho e meio ambiente e sanitárias
e a proteção pública. O Alvará Sanitário é um documento que atesta que o
estabelecimento está operando conforme a Legislação Sanitária vigente, de modo a
assegurar condições higiênicas e sanitárias dos produtos e serviços que vende e
serviços que presta, sem que gere riscos á sua da população.
Já o documento de Vistoria e Habite-se comprovam a autorização para
ocupar um imóvel e as condições de segurança do imóvel de acordo com as
189
exigências da prefeitura. Para que a empresa possa emitir notas fiscais em papel e
em meio eletrônico precisa de um credenciamento. Está previsto na legislação que
estabelecimentos de comércio de produtos e/ou serviços veterinários necessitam de
um profissional, o Responsável Técnico Veterinário, que é responsável pela
supervisão do estabelecimento no que tange organização, higiene, saúde dos
animais e trabalhadores, de modo a atestar aos consumidores qualidade dos
produtos e serviços prestados pelo estabelecimento e deve exercer carga mínima de
06 horas semanais. Independente de ter como funcionários os sócios, ou ter
funcionários contratados, a empresa deve efetuar cadastro junto a Previdência
Social. É preciso arcar com as obrigações trabalhistas, a fim de recolher as
contribuições sociais para o seguro social do trabalhador.
Ao abrir uma empresa, o empreendedor precisa fazer o registro de sua
marca, o nome da empresa, para que outros não possam utilizar o mesmo nome.
Para isso é preciso solicitar o pedido de registro de marca.
A forma de recebimento dos lucros pelos sócios ocorrerá através do Pró-
labore, que corresponde à remuneração que os sócios recebem pelo seu trabalho
efetivo na empresa. O valor a ser pago terá como base o valor das cotas de cada
sócio. O valor tributado do INSS será de 11% e o IR irá variar de 0 á 27,5% de
acordo com o valor pago.
4.5 PLANO OPERACIONAL
Nesta etapa do plano é apresentada a maneira que a empresa será
organizada, especificando sua estrutura, layout, capacidade de organização, de
venda, de processos, equipamentos, móveis, máquinas e utensílios que serão
utilizados e as pessoas que compõem a empresa e fazem parte dos processos.
Através deste plano é montada a estrutura da empresa como um todo de modo a
colocar em prática todos os planos apresentados.
Será descrito o organograma; as contratações, descrição de cargos e
treinamento; os móveis, utensílios, máquinas e equipamentos que serão
necessários; a tecnologia que será utilizada; apresentação do ponto comercial,
imóvel, instalações e layout; especificar os macro e micro processos dos serviços
prestados e compra de matéria prima e a forma de divulgação.
190
4.5.1 Organograma
O organograma apresenta de forma organizada a estrutura da empresa, seja
por nível hierárquico, prioridade das funções, setores ou processos, de modo a
evidenciar o lugar que cada pessoa que compõem a empresa ocupa.
A figura 17 apresenta o organograma do Banho e Tosa Emporium Animal.
Figura 17 - Organograma do Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O organograma do Banho e tosa Emporium Animal foi elaborado de acordo
com cada cargo desempenhada e nível hierárquico. Sendo que, uma pessoa, o
sócio 1, que irá exercer dois cargos, a de recepção e atendimento e serviços gerais,
pois acreditasse que inicialmente não seja necessário contratar pessoas para esses
cargos. O sócio 2 não estará presente na empresa todos os dias, mas irá
acompanhar as atividades. Somente o banhista/tosador e um motorista serão
contratados com registro em carteira de trabalho. O Responsável Técnico
Veterinário atuará na fiscalização do banho e tosa e o contador irá apurar as
informações contábeis e financeiras da empresa.
4.5.2 Pessoas
Para a implantação do empreendimento serão contratados um responsável
técnico, contador, banhista/tosador e um motorista. O sócio 1 irá desempenhar a
função de gerente administrativo, recepcionista e serviços gerais, pois estará
191
diariamente no empreendimento. Os sócios 2 prestará apoio nas atividades da
empresa.
A descrição dos cargos especifica de forma detalhada o lugar ocupado por
cada pessoa que faz parte da empresa, as funções, atribuições e atividades
desenvolvidas. Dessa forma, torna mais organizada e fácil a compreensão do
organograma da empresa.
O quadro 78 apresenta a descrição dos cargos do Banho e Tosa Emporium
Animal.
Quadro 78 - Descrição dos cargos do Banho e Tosa Emporium Animal
Cargo Sócio 1 – Gerente Administrativo Atividades Dirige, planeja, organiza e controla as atividades, planos e programas das áreas administrativas da empresa Atuar com a gestão da equipe Conduzir reuniões de recursos materiais e financeiros Elaborar relatórios gerenciais Responsabilidades Administração de todos os setores, de modo a planejar atividades, organizar e controlar o funcionamento dos setores da empresa Traçar estratégias e métodos de trabalho para equilibrar a saúde financeira e produtiva da empresa Principal responsável pela tomada de decisão e contratação de funcionários Cargo Contador Atividades Dispor e fiscalizar as atividades pertinentes à contabilidade Organizar os sistemas de registros e procedimentos contábeis, respondendo ás obrigações administrativas e as determinações legais. Conduzir e ou guiar a ordenação e análise das receitas e despesas Atuar na realização de contratos na visão contábil. Averiguar, conduzir e supervisionar a inserção e a aplicação de sistemas financeiros e contábeis. Executar trabalhos de auditoria, expressar opiniões e conhecimentos sobre sua área de atuação, quando preciso. Preparar e firmar relatórios, balancetes, balanços e demonstrativos econômicos, patrimoniais e financeiros. Responsabilidades Responder pela autenticidade das informações contábeis e financeiras da empresa, pelas obrigações estabelecidas por lei e pelas estabelecidas em contrato. Cargo Responsável Técnico Atividades Fiscalizar o banho e tosa Responsabilidades Executar seu trabalho de acordo com os órgãos de fiscalização e controle de doenças, praticando ações de vigilância sanitária e executando ações de vigilância sanitária e
192
prevenção e tratamento de doenças. Atuar como responsável e atestar a qualidade a qualidade do produto final ou do serviço prestado ao consumidor Orientar de forma a prevenir e treinar, de acordo com sua formação profissional, funcionários e empreendedores. Cargo Recepcionista Atividades Atender clientes Agendamento de serviços (banho/tosa/leva e traz) Receber animais e encaminhar para banho/tosa Reposição de produtos Organização da recepção Responsabilidades Manter a organização da recepção Prezar o bom relacionamento e atendimento com os clientes Controlar e verificar necessidade de produtos
Cargo Banhista/Tosador Atividades Lavar, secar, escovar os pelos e dentes, cortar as unhas e limpar o ouvido dos animais. Verificar presença de pulgas, carrapatos, alergias ou qualquer outra alteração no couro cabeludo e pelo dos animais. Organizar seu espaço de trabalho Pentear o animal Fazer a tosa Fazer acabamento com penteado ou outro procedimento estético Responsabilidades Zelar pela segurança e bem estar do animal Realizar o trabalho de acordo com o que foi solicitado pelo cliente Cargo Motorista Atividades Levar e trazer animais para banho e tosa Responsabilidades Zelar pelo bem estar dos animais Cuidar da manutenção do veículo Cargo Serviços gerais Atividades Limpar a recepção, banheiro e estoque. Responsabilidades Limpeza e organização do banho e tosa Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O banhista/tosador deverá ter curso específico na área, no mínimo um ano de
experiência na função, gostar de animais, serem pacientes, organizados, atenciosos
e cuidadosos. O motorista deverá ter carteira de habilitação de categoria B,
destinada a veículos de até três mil e quinhentos quilogramas e que não exceda oito
193
lugares, que será o tipo de veículo utilizado no transporte dos animais, experiência
na função de no mínimo de dois anos, gostar de animais, ser paciente, organizado,
atencioso e cuidadoso.
O contador deverá ser formado em Ciências Contábeis e ter registro
profissional no CRCSC – Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina -
para as funções das quais a prática profissional esteja regulamentado por Lei, ter
experiência de no mínimo três anos na função e ser ético, objetivo, ter raciocínio
lógico, iniciativa, zelo e sigilo pelas informações da empresa. O responsável técnico
veterinário deverá ser formado em Medicina Veterinária, ter registro no CRMVSC, –
Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina – gostar de animais,
ter experiência de no mínimo três anos na função, ser ético, ter competência técnica,
saber trabalhar em equipe, ser cuidadoso, cauteloso e organizado.
Não será realizado nenhum tipo de treinamento, pois o banhista/tosador tem
curso específico para a função e o motorista deve apenas possuir experiência.
Futuramente, de acordo com as condições financeiras, a empresa irá investir em
treinamentos na área de banho, tosa, estética e atendimento.
A avaliação de desempenho ocorrerá de modo a verificar a eficiência da
realização do trabalho, rendimento dos funcionários, técnicas, procedimentos de
trabalho e o trabalho em equipe. Ocorrerá diariamente à troca de informações entre
gestores e funcionários, a identificação dos pontos fracos e fortes de cada
funcionário e do reconhecimento, como também a necessidade de treinamentos
para aperfeiçoar técnicas de trabalho, nas áreas de banho, tosa, atendimento e
administração de empresas.
A equipe de trabalho aumentará de acordo com a demanda de banho e tosa.
Quanto à avaliação de desempenho, será aplicada de forma a identificar os
candidatos à promoção, decisões sobre recompensas/comissões e demissões.
O plano de cargos e salários terá como base os salários praticados pelo
mercado e empresas semelhantes ao Banho e Tosa Emporium Animal. O aumento
dos salários ocorrerá de acordo com o aumento do número de funcionários, com as
condições econômico-financeira da empresa com o passar do tempo, com a
promoção para outro cargo, por mérito e ajustes do mercado.
No quadro 79 apresenta-se a remuneração a ser paga aos funcionários
contratados com base nos salários praticados no mercado. Não será disponibilizado
nenhum tipo de benefício como vale-alimentação/refeição, assistência médica, entre
194
outros. Sendo que, futuramente, com o desenvolvimento da empresa e aumento de
lucro, a empreendedora deseja implantar esses e outros benefícios. O único
benefício que será concedido, que é obrigatório, segundo a lei, é o vale transporte.
Quadro 79 - Salário dos funcionários contratados
Banhista/Tosador Motorista R$1.400,00 + VT + 10%
insalubridade R$1.400,00 + VT
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A remuneração do banhista/tosador será de R$1.400,00, ganhará 10%
(R$140,00) de insalubridade por trabalhar com atividade considerada de baixo risco,
conforme determina o decreto nº 8.448, de 6 de maio de 2015. Irá trabalhar de
segunda á sábado, das 09hàs 18h, tendo uma hora de intervalo. A remuneração do
motorista será de R$1.400,00, irá trabalhar de segunda á sábado, das 09hàs 18h,
tendo uma hora de intervalo.
Dois profissionais atuarão de forma indireta na empresa, o responsável
técnico e o contador. A remuneração do Responsável Técnico Veterinário será de
R$1.182,00 (1,5 salários mínimos), atuará com uma carga horária de 06 horas
semanais. O contador será remunerado de acordo com seus honorários, sendo
R$150,00 por hora.
4.5.3 Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios.
Nesta etapa buscou-se descrever quais as máquinas, equipamentos, móveis
e utensílios, e as quantidades necessárias para o funcionamento do
empreendimento. Corresponde aos recursos materiais que serão utilizados para
compor os ambientes, espaço para banho e tosa, estoque e recepção, conforme
descritos nos quadros seguintes. O quadro 80 apresenta os investimentos do banho
e tosa.
Quadro 80 - Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios do espaço banho e tosa
Estimativas dos investimentos do banho e tosa Descrição das máquinas, móveis, utensílios e equipamentos
Quantidade
Secador Kondor 5000 Colors 110v ou 220v
1
Soprador Kondor 6.0 Colors 110v ou 220v
1
Maq. de Tosa Andis 2 Velocidades 110v 1
195
Maq. De Acabamento Mega Flex Bi Volt 1
Lâmina Andis 4F
2
Lâmina Andis 7F 1 Lâmina Andis 10 2 Mesa de Tosa Dobrável 1 Banheira Grande com Degrau Removível 1 Canil para 6 animais grande 2 Caixa de transporte nº 3 3 Desembolador 1 Rasqueadeira Grande 1 Tesoura reta 1 Tesoura curva 1
Alicate de Unha Grande
1
Pente Duplo
1
Pinça de Ouvido
1
Guia de Mesa Grande
1
Guia de Mesa Média 1 Guia de Mesa Pequena 1 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
As máquinas, equipamentos, móveis e utensílios descritos no quadro, serão
utilizados para o desenvolvimento das atividades do serviço de banho e tosa.
Compreende os equipamentos para lavagem, secagem, tosa, acomodação, higiene
e enfeite dos animais e os equipamentos de proteção para o banhista/tosador. O
quadro 81 apresenta os investimentos da recepção e estoque.
Quadro 81 - Equipamentos, móveis e utensílios para recepção e estoque
Estimativa dos investimentos da recepção e estoque Descrição máquinas, móveis, utensílios e equipamentos
Quantidade
Banqueta bar ABS 1 Arquivo de aço c/ 4 gavetas 1 Computador 1 Multifuncional 1 Telefone sem fio 1 Balcão caixa curvo em MDF Branco – 150 cm
1
Impressora fiscal 1 Leitor de código de barras 1 Estante utilitária 2 Carro – Peugeot Kangoo 1 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
196
Os equipamentos, móveis e utensílios destinados ao espaço da loja descritos
no quadro, serão os necessários para o acondicionamento dos produtos,
atendimento dos clientes, e a prestação do serviço de leva e traz.
Os móveis necessários para o depósito serão utilizados para a acomodação
dos produtos em estoque.
4.5.4 Tecnologia
As tecnologias que serão utilizadas para o desenvolvimento das atividades no
empreendimento correspondem aos recursos tecnológicos que irão armazenar
processar e prover a informação entre os sistemas e setores de modo a facilitar o
desenvolvimento das tarefas de modo organizado e preciso.
O banho e tosa irá utilizar recursos tecnológicos, além dos mais comumente
utilizados, como computador e impressora, uma máquina de cartão com terminal
POO, que corresponde a um terminal sem fio e que realiza todas as transações
através de um chip de celular.
Como meio de uma ferramenta de gestão, será utilizado o software TOTVS
SI. A empresa usufruirá de serviços que irão auxiliar na organização, controle,
gestão administrativa e financeira e no relacionamento com os clientes. O software
oferece serviço de agenda, onde há o controle de atividades, banhos e retornos;
gestão de documentos, que tem a capacidade de anexar documentos, como a ficha
do animal, com fotos, registros e relatórios; gestão financeira básica, com o controle
de caixa, estoque, pagamentos e relatórios financeiros; gestão financeira avançada,
com pré-vendas, controle de pacotes (banho/tosa), contas a pagar e receber; cupom
fiscal e o relacionamento com clientes através do envio de mensagens e e-mails. O
serviço oferece suporte técnico via telefone, chat ou site e fica disponível 24 horas
por dia. O valor mensal do serviço é de R$139,90.
4.5.5 Instalações
A definição das instalações corresponde à escolha de como a empresa irá se
estabelecer em determinado local para dispor suas atividades. Compreende a
escolha da propriedade que será alugada para a instalação do banho e tosa, o local
onde a empresa ficará situada e a organização do espaço físico para a disposição
adequada das máquinas, equipamentos, processos e pessoas.
197
O local escolhido para a localização do empreendimento foi o bairro
Forquilhinhas, na cidade de São José, Santa Catarina, na Rua Tenente Altíno Rosa,
nº 59, Forquilhinhas, São José/SC. É uma sala comercial no térreo, na rua
transversal a rua principal de Forquilhinhas, esquina com o Guarezi Materiais de
Construção. O empreendimento ficará localizado em uma área caracterizada por seu
comércio crescente.O valor do aluguel será de R$700,00, mais R$ 175,00 de IPTU.
A loja possui um espaço de 32m2, tendo um banheiro e quatro vagas de garagem.
O imóvel terá espaço para banho e tosa com 18 m2, banheiro com 4m2 e a
recepção com 10m2.
Será necessária a realização de pequenas reformas, como: as instalações
elétricas, pintura da frente da loja e dos ambientes, colocação de uma divisória entre
recepção, espaço para banho e tosa e estoque, uma fachada, piso impermeável,
instalações hidráulicas para adaptação do encanamento para evitar entupimentos.
O layout apresenta-se de forma gráfica a disponibilização dos espaços no
estabelecimento. Tem como objetivo a melhor organização dos espaços, postos de
trabalhos, máquinas, equipamentos e móveis. A figura 18 apresenta o layout do
espaço físico do Banho e Tosa Emporium Animal.
Figura 18 - Layout Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
198
A figura ilustra o layout do Banho e Tosa Emporium Animal, ou seja, o esboço
da estrutura física da empresa, de modo a organizar o espaço e os móveis. Sendo
que na recepção ficará o balcão caixa e o canil com os animais prontos, que estão
aguardando seus donos ou o serviço de leva e traz; no espaço banho e tosa ficará a
banheira, mesa, estante para colocar os produtos e o canil dos animais que
aguardando pelo banho, tosa ou serviço de estética.
4.5.6 Logística integrada
Através da união de todos os processos e etapas que compreendem a
atividade econômica de uma empresa, há a formação de um sistema gerencial
amplo que abrange desde a obtenção de matéria-prima/produtos até a sua
distribuição em forma de produto/serviço ao cliente final. Todos os processos
desenvolvidos na empresa compreendem essa cadeia de valor.
Nesta etapa serão descritos os micro processos do banho e tosa, sendo a
prestação do serviço de banho/tosa, “Quero um caopanheiro”, leva e traz, como
também a forma de divulgação que será utilizada e o relacionamento
empresa/fornecedor.
4.5.6.1 Gestão de processos
É um conceito disciplinar que será utilizado para identificar, desenhar,
executar, controlar e melhorar os processos do banho e tosa, para atender e
alcançar os objetivos almejados pela empresa e as necessidades dos clientes, de
forma a buscar o melhor funcionamento do sistema como um todo.
4.5.6.2 Visão de processos
Através da visão de processos é possível visualizar de forma ampla, todos os
processos do banho e tosa. Desde a entrada da matéria-prima, o seu
processamento em serviço, a prestação do serviço e o pós venda.
4.5.6.3 Micro processos
Os micro processos apresentam todos os processos realizados pelo banho e
tosa de forma detalhada. Através de fluxogramas serão ilustradas as etapas
necessárias para o andamento do processo até o atendimento do objetivo, que é
199
transformar os insumos (matéria-prima, equipamentos, capital, trabalho) em valor
agregado (percepção do cliente sobre o diferencial do produto, serviço ou solução
oferecido pela empresa, através do suprimento de seus objetivos).
O detalhamento dos micro processos contribuem para uma melhor visão e
andamento dos processos. É através deste detalhamento que é possível organizar
os passos e atividades necessárias para um melhor gerenciamento.
1) Banho/Tosa/ Estética
Neste serviço, o animal doméstico do cliente irá tomar o banho, serviço
realizado em torno de uma vez por semana. A tosa é realizada geralmente uma vez
por mês, porém varia de acordo com a raça do animal, e a estética, que irá gerar
demanda de acordo com a necessidade do cliente.
Figura 19 - Micro processo do banho/tosa/estética
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Esta figura demonstrou o processo que tem início com o agendamento do
serviço de banho e/ou tosa e/ou estética e que pode ser feito pela internet (e-mail,
Agendamento de banho, tosa ou
estética
Busca do animal na residência do cliente ou recebimento no
local
Acomodação em uma gaiola para
animais sujos
Desembaraçamento dos pelos
BanhoHigiene dos ouvidos
e unhas
Secagem Tosa (quando solicitado)
Estética(quando solicitado)
Acomodação do animal em gaiola
para animais limpos
Entrega do animal na residência ou cliente busca no
local
Pós venda
200
site ou rede social), pelo telefone ou no próprio estabelecimento. Em seguida o
animal é recebido no banho e tosa através do cliente, ou através do serviço de leva
e traz na residência do cliente. Após, o animal é acomodado em um canil para os
animais que estão sujos, que aguardam pelo banho. A seguir é encaminhado para a
sala de banho e tosa e seus pelos são desembaraçados. O banho é feito e após, a
higiene dos ouvidos e unhas. Depois o pelo do animal é secado e a tosa é realizada,
caso tenha sido solicitada pelo cliente.
Em seguida há o serviço de estética, que também é realizado caso tenha
sido solicitado pelo cliente. Após o animal estar pronto ele é acomodado em canil
para os animais que já tomaram banho e que aguardam seus donos ou o serviço de
leva e traz. Depois da prestação desse serviço, o banho e tosa realiza o pós venda,
conforme o mesmo procedimento realizado na venda de produtos.
2) “Quero um caopanheiro(a)” Serviço de agenciamento para os clientes que desejam encontrar um parceiro
(a) para seu animal de estimação, com o intuito de procriar. Este serviço não será
cobrado dos clientes.
Figura 20 - Micro processo “Quero um caopanheiro”
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Na primeira etapa é realizado um cadastro do cliente e de seu animal de
estimação. Em seguida é tirada fotos do animal. Após, o banho e tosa irá criar uma
espécie de anúncio em uma rede social e site do banho e tosa, com os dados e
Cadastro do cliente e seu animal de
estimação
Tirar fotos do animal
Criar um postagem em uma rede social e site do pet shop, com dados e foto
do animal
Divulgar postagemReceber retorno dos
interessadosRepassar interesse
ao cliente
Marcar encontro entre clientes e
animais
Divulgar o encontro nas redes sociais
Pós-venda
201
fotos do animal. Será feita a divulgação, seguida do retorno dos interessados e o
repasse aos clientes. O banho e tosa irá intermediar o encontro entre os clientes e
seus animais. Após o encontro irá divulgar as fotos. Com o fim da prestação do
serviço, será realizado o pós venda.
3) Leva e traz
O sistema de leva e traz consiste em buscar o animal na casa do cliente e
levá-lo até o banho e tosa e levá-lo de volta a casa do cliente assim que o serviço for
realizado. O serviço também poderá ser solicitado na loja, por telefone, e-mail, site
ou rede social.
Figura 21 - Micro processo de leva e traz
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A solicitação do serviço é feita na loja, por telefone, por e-mail ou pelas redes
sociais, é feito a verificação da disponibilidade, é feito o registro no sistema, o
motorista busca ou leva o animal no local especificado pelo cliente e retorna ao
banho e tosa.
4) Compra de mercadoria
A especificação do processo de compra de mercadoria é de grande
importância no sistema gerencial da empresa. Através de um sistema bem
desenvolvido, a empresa saberá negociar, reduzir custos e melhorar o sistema.
Solicitação do serviço
Registro no sistemaBusca ou entrega
do animal
Retorno ao banho e tosa
202
Figura 22 - Micro processo de compra de mercadoria
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O processo de compra de mercadoria tem início da análise de requisição de
compra, onde será analisada a necessidade do produto e a quantidade, após a
análise ocorrerá à escolha dos fornecedores, após a emissão do pedido, o
acompanhamento do pedido junto aos fornecedores, o recebimento das
mercadorias, o registro da nota fiscal e das mercadorias no sistema da empresa, a
alocação das mercadorias no estoque e o deferimento do pagamento dos
fornecedores.
4.5.7 Divulgação
A fim de propiciar o conhecimento da empresa, atrair clientes e fixar o
mercado de banho e tosa frente aos moradores do bairro Forquilhinhas e região, a
empresa adotará algumas formas de divulgações institucionais.
Serão utilizados canais que possam atingir um número grande de clientes de
forma eficiente e possam transmitir a mensagem da empresa. A princípio serão
utilizados canais de marketing on-line, como o e-mail e redes sociais, onde serão
divulgadas informações sobre a empresa, como a composição de funcionários,
serviços prestados, produtos disponíveis para venda, localização, notícias e
novidades sobre o mundo pet. Também serão utilizados panfletos que serão
distribuídos por um promotor, que entregará as clientes que estiverem passando
pela rua e entregue nas residências do bairro, com informações sobre a localização
e serviços prestados pelo banho e tosa e o jornal que divulgará a abertura do
empreendimento e os serviços ofertados.
Analisar requisição de
compra
Selecionar fornecedores
Emitir pedido de compra
Acompanhar pedido e
cumprimento dos prazos
Receber mercadorias
Registrar nota fiscal e
mercadorias no sistema
Estocar mercadorias
Providenciar o pagamento dos
fornecedores
203
4.5.8 Fornecedores
A seleção de fornecedores é uma tarefa difícil, pois o fornecedor é um dos
principais fatores que afetam diretamente na satisfação do cliente final. Portanto, a
decisão de escolha dos fornecedores é de grande importância e deve ser bem
estudada. A empresa precisa selecionar fornecedores que atendam suas
necessidades quanto à qualidade, prazo de entrega, preço e quantidade. Fatores
como a confiabilidade, localização e pós-venda também devem ser bem avaliados.
O quadro 82 descreve os fornecedores do Banho e Tosa Emporium Animal
quanto à localização e produto fornecido.
Quadro 82 - Fornecedores do Banho e Tosa Emporium Animal
Fornecedor Localização Produto Pet Line Distribuidora Joinville/SC Higiene e limpeza
Acessórios Agro Veterinária Timbó Ltda Timbó/SC Higiene e limpeza
Acessórios Nova Vet Distribuidora de Produtos Veterinários Ltda
Curitiba/PR Higiene
Bicho com Luxo Pet Club Imbituba/SC Artigos Acessórios
Batiki Com. Import. e Export. Ltda São José do Rio Preto/SP
Artigos Acessórios
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A escolha dos fornecedores teve base na pesquisa de mercado realizada e no
estudo dos concorrentes, como também os critérios utilizados na seleção. A maioria
dos fornecedores localiza-se no Estado de Santa Catarina. O acordo entre empresa
e fornecedor será estabelecido de acordo com as escolhas da empresa segundo a
forma e prazo de pagamento, prazo de entrega, localidade e disponibilidade do
produto. Fatores que serão determinados de acordo com a necessidade de estoque,
prazo médio de vendas, projeção de vendas, faturamento e outros fatores.
4.6 PLANO FINANCEIRO
Com a conclusão das pesquisas sobre o mercado, clientes, concorrentes,
forncecedores, mercadorias e os recursos para o funcionamento do
empreendimento, é necessário realizar a estimativa de todos os custos que
204
envolvem esses fatores. No plano financeiro são descritos as estimativas dos
investimentos totais, de capital de giro, do faturamento mensal, das despesas
variáveis, gastos com mão de obra, depreciação, despesas fixas mensais; a
apuração do custo da mercadoria vendida; a demonstração do resultado do
exercício (DRE) e a verificação da viabilidade de implantação através dos
indicadores de viabilidade, ponto de equilíbrio, lucratividade, rentabilidade e prazo de
retorno de investimento.
Para a realização do plano financeiro, foi feito um estudo dos principais
concorrentes e a cuidadosa aplicação de um questionário. Com base nesse estudo
foi feita a estimativa dos preços praticados nos serviços e a projeção de vendas.
4.6.1 Estimativa de investimentos fixos
As estimativas de investimentos fixos correspondem aos capitais necessários,
máquinas, móveis, utensílios e equipamentos para a abertura da empresa e
desenvolvimento de suas atividades.
O quadro 83 descreve os investimentos fixos necessários para a mobília,
organização e atividades da recepção, estoque e veículo.
Quadro 83 - Estimativa dos investimentos da recepção, estoque e veículo
Estimativa dos investimentos da recepção, estoque e veículo Descrição máquinas, móveis, utensílios e equipamentos
Quantidade Valor unitário (R$) Valor total (R$)
Banqueta bar ABS 1 169,90 169,90 Arquivo de MDF c/ 4 gavetas 1 200,00 200,00 Computador 1 799,00 799,00 Multifuncional 1 239,90 239,90 Telefone sem fio 1 69,90 69,90 Balcão caixa curvo em MDF Branco – 150 cm
1 1.318,00 1.318,00
Impressora fiscal 1 1.751,55 1.751,55 Leitor de código de barras 1 124,74 124,74 Estante utilitária 2 149,90 299,80 Carro – Peugeot Kangoo 1 19.900,00 19.900,00 TOTAL 24.872,79 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
De acordo com o quadro, será necessário um investimento total de
R$24.872,79, onde R$4.672,99 correspondem ao espaço da recepção, R$299,80 ao
estoque, e R$19.900,00 ao carro, que será utilizado para o serviço de leva e traz do
banho e tosa. No quadro 84 são descritos os investimentos do banho e tosa.
205
Quadro 84 - Estimativa dos investimentos do banho e tosa
Estimativas dos investimentos do banho e tosa Descrição das máquinas, móveis, utensílios e equipamentos
Quantidade Valor unitário (R$)
Valor total (R$)
Secador Kondor 5000 Colors 110v ou 220v
1 950,00 950,00
Soprador Kondor 6.0 Colors 110v ou 220v
1 515,00 515,00
Maq. de Tosa Andis 2 Velocidades 110v 1 790,00 790,00 Maq. De Acabamento Mega Flex Bi Volt 1 159,00 159,00
Lâmina Andis 4F
2 145,00 290,00
Lâmina Andis 7F 1 129,00 129,00 Lâmina Andis 10 2 110,00 220,00 Mesa de Tosa Dobrável 1 240,00 240,00 Banheira Grande com Degrau Removível 1 600,00 600,00 Canil para 6 animais grande 2 1.346,00 2.692,00 Caixa de transporte nº 3 3 144,90 434,70 Desembolador 1 32,00 32,00 Rasqueadeira Grande 1 29,00 29,00 Tesoura reta 1 59,00 59,00 Tesoura curva 1 65,00 65,00
Alicate de Unha Grande
1 29,00 29,00
Pente Duplo
1 29,00 29,00
Pinça de Ouvido
1 22,00 22,00
Guia de Mesa Grande
1 20,00 20,00
Guia de Mesa Média 1 18,00 18,00 Guia de Mesa Pequena 1 16,00 16,00 Avental curto com estampa 1 20,70 20,70 Kit focinheiras plásticas c/ 5 1 22,50 22,50 Óculos protetor 1 5,59 5,59 TOTAL 7.387,49
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
De acordo com o quadro, o investimento total estimado para o espaço banho
e tosa é de R$7.387,49, onde R$1.465,00 corresponde aos equipamentos,
R$949,00 as máquinas, R$3.532,00 aos móveis, e R$1.441,49 aos utensílios.
4.6.2 Estimativa capital de giro
O capital de giro refere-se a uma parcela dos investimentos que compõe uma
parte dos recursos que serão utilizados para compor a empresa. Compreende os
bens que de fato estão em uso e o valor necessário para que a empresa possa
desenvolver o seu negócio, como a estimativa de estoque inicial, o prazo médio de
vendas e de pagamento, a necessidade média de estoque e de capital de giro em
dias, o caixa mínimo, capital de giro e investimentos pré-operacionais. O quadro 85
descreve a estimativa de estoque inicial.
206
Quadro 85 - Estimativa de estoque inicial
Estimativa de estoque inicial Descrição Quantidad
e Preço unitário (R$)
Preço total (R$)
Pó de ouvido 2 35,00 70,00 Lubrificante de lâmina 2 55,00 110,00 Limpador de lâmina 2 55,00 110,00 Desinfetante para lâmina 2 55,00 110,00 Estampa sangue 2 35,00 70,00 Avental curto com estampa 2 20,70 41,40 Kit focinheiras plásticas c/ 5 2 22,50 45,00 Luva para procedimento M c/ 100
2 24,30 48,60
Óculos protetor 2 5,59 11,18 Máscara cirúrgica descartável c/ 50
2 7,20 14,40
Shampoo Neutro 20 litros 2 98,10 196,20 Condicionador 20 litros 2 107,10 214,20 Colônia 2 26,10 52,20 Laço (30 unidades) 2 13,50 27,00 Gravata (30 unidades) 2 13,50 27,00 Máscara para hidratação 4 33,40 133,60 Tinta 4 37,70 150,80 Elástico (50 unidades) 2 5,00 10,00 Pente 1 12,90 12,90 Piranha (30 unidades) 2 10,00 20,00 Strass (30 unidades) 2 10,00 20,00 TOTAL 1.484,48 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Conforme o quadro apresentado será necessário um estoque inicial estimado
de R$1.484,48 para compor o estoque de produtos destinado à prestação de serviço
de banho e tosa e estética.
O quadro 86 apresenta o prazo médio de vendas, que expressa os dias, em
média, que a empresa levará para receber as suas vendas a prazo.
Quadro 86 - Prazo médio de vendas
Contas a receber – Cálculo do prazo médio de vendas Prazo médio de vendas Nº de dias Média ponderada em
dias Á vista (73,40%) 0 0 Á prazo (26,60%) 30 8 Total média em dias 8 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
O cálculo do prazo médio de vendas tem base no valor das vendas e as
duplicatas a receber, que corresponde às vendas a prazo e ao prazo de pagamento
dado aos clientes. Sendo assim, conclui-se que o prazo médio de recebimento das
207
vendas total é de 08 dias, de modo que as compras a vista correspondem á 73,40%
das vendas, com prazo de 0 dias para o recebimento, e as compras a prazo
correspondem a 26,60% das vendas, com uma média de 08 dias para recebimento.
O quadro 87 apresenta o índice do prazo médio de pagamento, que tem como
propósito mensurar e apontar em dias, a média das duplicatas a pagar. Ou seja, em
quantos dias a empresa consegue efetuar os pagamentos aos seus fornecedores.
Quadro 87 - Prazo médio de pagamento
Fornecedores – Cálculo do prazo médio de compras Prazo médio de compras
% Nº de dias Média ponderada em dias
A prazo (1) 50% 15 08 A prazo (2) 30% 30 09 A prazo (3) 20% 45 09 Total média em dias 26 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Para o cálculo do prazo médio de pagamento, consideram-se as dívidas para
com os fornecedores, as compras médias do período ou custo das mercadorias e
serviços, no período de 360 dias. Sendo assim, conclui-se que o prazo médio total
de pagamento dado pelos fornecedores é de 26 dias, de modo que 50% das
compras a prazo têm um prazo de pagamento de 15 dias e média de 08 dias, 30%
das compras têm prazo de 30 dias e média de 09 dias, e 20% tem prazo de 45 dias
e média de 09 dias.
O quadro 88 apresenta a necessidade média em estoque, ou seja, a média
em dias, da permanência dos produtos destinados à venda e/ou as matérias-primas
em estoque.
Quadro 88 - Necessidade média em estoque
Necessidade média em estoque Número de dias 15
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no quadro acima, conclui-se que a necessidade média de
permanência das matérias primas em estoque é de 15 dias. Sendo necessária a sua
renovação dentro deste prazo.
O quadro 89 apresenta a necessidade líquida de capital de giro em dias, que
corresponde à distinção entre os recursos que não compreendem o caixa da
208
empresa, ou seja, as contas a receber e os estoques, e os recursos de terceiros, ou
seja, os fornecedores, apresentando a demanda necessária de recursos de acordo
com o prazo para recebimento das vendas e pagamento dos fornecedores.
Quadro 89 - Necessidade líquida de capital de giro em dias
Cálculo da necessidade líquida de capital de giro em dias Recursos da empresa fora de seu caixa
Números em dias
1 – Contas a receber – Prazo médio de vendas
8
2 – Estoque – Necessidade média de estoque
15
Subtotal 1 ( item 1 + 2) 23 Recursos de terceiros no caixa da empresa
3 – Fornecedores – Prazo médio de compras
26
Subtotal 2 26 Necessidade do capital de giro em dias(subtotal 1 – subtotal 2)
- 3
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no quadro, conclui-se que o prazo médio de vendas é de 8 dias, a
necessidade de estoque é de 15 dias, obtendo-se um total de 23 dias de recursos da
empresa fora de seu caixa. O prazo médio de compras é de 26 dias, representado
os recursos de terceiros no caixa da empresa. Sendo assim, diminuindo o subtotal 1
pelo subtotal 2, obteve-se a necessidade do capital de giro em dias de 3 dias. Como
o resultado foi negativo, representa que valor obtido com as vendas entra no caixa
antes do pagamento dos fornecedores, indicando a falta de necessidade de capital
de giro nos meses seguintes à abertura da empresa. Sendo somente necessário o
valor de R$2.608,23 para o capital de giro inicial da empresa.
O quadro 90 apresenta o caixa mínimo, que retrata o valor em dinheiro
preciso para o custeio das operações iniciais da empresa.
Cabe esclarecer que foi calculado através da necessidade líquida de capital
de giro pelo custo total diário.
209
Quadro 90 - Caixa mínimo
Cálculo caixa mínimo 1- Gastos fixos mensais R$9.802,10 2- Gastos variáveis mensais R$4.554,07 3- Gasto total (item 1+ 2) R$14.356,17 4- Gasto total diário (item 3/30 dias) R$478,54 5 – Necessidade líquida de capital de giro
-3
Total do caixa mínimo (item 4 x 5) R$1.435,62 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no quadro, conclui-se que o valor dos custos fixos mensais é de
R$9.802,10 e os gastos variáveis é de R$4.554,07, obtendo-se um total de
R$14.356,17, e o gasto total diário foi de R$478,54. A necessidade líquida de capital
de giro foi de -3. Portanto, o valor do caixa mínimo obtido através do gasto total
diário e a necessidade líquida de capital de giro foram de R$1.435,62.
O quadro 91 apresenta o capital de giro, que compreende o capital necessário
para arcar com as operações da empresa do decorrer de seu funcionamento, como
os estoques, financiamento de vendas, pagamentos de fornecedores, funcionários,
custos e despesas.
Quadro 91 - Capital de giro
Cálculo capital de giro Descrição A – Estoque Inicial R$1.484,48 B – Caixa mínimo R$1.435,62 Total (A + B) R$2.920,10
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no quadro, o valor estimado do capital de giro inicial da empresa,
de acordo com o valor do estoque inicial e do caixa mínimo foi de R$2.920,10.
O quadro 92 apresenta os investimentos pré-operacionais, que englobam os
gastos incorridos nos investimentos necessários para a abertura da empresa.
Quadro 92 - Estimativa dos investimentos pré-operacionais
Cálculo da estimativa dos investimentos pré-operacionais Despesas de legalização R$3.701,70 Reforma R$1.600,00 Divulgação R$1.313,98 Total R$ 6.615,68 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
210
Com base no quadro, conclui-se que o valor total dos investimentos pré-
operacionais é de R$6.615,68. Sendo que, R$3.701,70 corresponde às despesas de
legalização, R$1.600,00 as reformas e R$1.313,98 a divulgação.
4.6.3 Estimativa dos investimentos totais
A estimativa dos investimentos totais apresenta o valor total dos recursos
necessários para a abertura da empresa. Conforme compreende os investimentos
fixos, capital de giro e investimentos pré-operacionais, descritos no quadro 93.
Quadro 93 - Estimativa do investimento total
Investimento total Descrição dos investimentos Valor(R$) (%) 1 – Investimentos fixos 32.260,28 78 2 – Capital de giro 2.920,10 06 3 - Investimentos Pré Operacionais
6.615,68 16
Subtotal (1+ 2 + 3) 41.796,06 100 Fonte de recursos 1- Recursos próprios 41.796,06 100 Total (1+ 2 + 3) 41.796,06
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Deste modo, o investimento total para a abertura da empresa, considerando
R$32.260,28 dos investimentos fixos, R$2.920,10 de capital de giro e R$6.615,68
dos investimentos pré-operacionais é de R$41.796,06.
4.6.4 Estimativa do faturamento mensal da empresa
A fim de calcular um valor aproximado de quanto a empresa irá lucrar por
mês, é realizada a estimativa do faturamento mensal. Obtido através da relação dos
serviços com o seu preço de venda, conforme descrito no quadro 94.
Quadro 94 - Estimativa do faturamento mensal Estimativa do faturamento mensal
Serviço Preço de venda
unitário (R$)
Quantidade de
venda no mês
Faturamento
mensal (R$)
Banho e tosa c/ máquina P ou M
60,00 20 1.200,00
Plano mensal banho e tosa c/ máquina P ou M
120,00 38 4.560,00
211
Banho e tosa c/ máquina G 70,00 16 1.120,00 Plano mensal banho e tosa c/ máquina G
140,00 10 1.400,00
Banho e tosa c/ tesoura P ou M 70,00 10 700,00 Plano mensal banho e tosa c/ tesoura P ou M
140,00 20 2.800,00
Banho e tosa c/ tesoura G 80,00 12 960,00 Plano mensal banho e tosa c/ tesoura G
150,00 18 2.700,00
Banho em gato 35,00 4 140,00 Plano mensal banho em gato 70,00 8 560,00 Banho e tosa em gato 60,00 4 240,000 Plano mensal banho e tosa gato 120,00 8 960,00 Banho e tosa raças fora do padrão
100,00 4 400,00
Banho em cão P ou M 40,00 15 600,00 Banho em cão G 45,00 8 360,00 Limpeza de ouvidos 15,00 20 300,00
Coloração 45,00 10 450,00
Hidratação 45,00 10 450,00
Penteado 20,00 10 20,00
Leva e traz 5,00 58 290,00
Total do faturamento mensal 20.210,00 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no estudo apresentado acima, o faturamento mensal estimado
para a empresa a partir da comercialização dos serviços de banho, tosa e estética é
de R$20.210,00. Para chegar ao valor do faturamento mensal total, foi levado em
consideração a estimativa de vendas e o valor dos serviços.
4.6.5 Estimativa das despesas variáveis de comercialização
A estimativa das despesas variáveis irá apurar todos os gastos que incidem
de forma direta sobre as vendas. Esses gastos variam de forma proporcional a
quantidade vendida, conforme apresenta o quadro 95.
212
Quadro 95 - Estimativa das despesas variáveis de comercialização
Estimativa das despesas variáveis de comercialização Descrição (%) Faturamento
estimado (R$) Custo total (R$)
1 - Impostos SIMPLES 13,50% 20.210,00 2.728,35 Subtotal 1 2.728,35 2 – Gastos com vendas Propaganda 2% 20.210,00 404,20 Taxa de administração do cartão de crédito
5% 5.375,86 268,79
Subtotal 2 672,99 Total (Subtotal 1 + 2+3) 3.401,34 Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Com base no quadro, conclui-se que o valor total das despesas variáveis é de
R$3.401,34. Sendo que, R$2.728,35 corresponde aos impostos, o SIMPLES, que
teve como base de cálculo o valor do faturamento estimado de R$20.210,00. Será
destinado 2%, R$404,20, do faturamento mensal para propaganda e divulgação da
empresa, e R$268,79, corresponde à despesa mensal com a taxa de administração
do cartão de crédito, que tem base no valor do faturamento mensal de compras a
prazo e ao percentual cobrado de 5%.
4.6.6 Estimativa das despesas variáveis do custo do serviço
As despesas variáveis do custo do serviço irão apurar os custos diretos e
indiretos que variam em decorrência dos serviços prestados, conforme descrito no
quadro 96.
Quadro 96 - Estimativa das despesas variáveis do custo do serviço
Item (Descrição) Valor (R$)
Material de limpeza 50,00
Material de escritório 30,00
Combustível 300,00
Manutenção do veículo 150,00
Veículo (IPVA, DPVAT, Licenciamento, Seguro)
148,00
TOTAL 678,00
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
De acordo com o quadro, o total das despesas variáveis do custo do serviço
correspondem a R$678,00. Sendo que, R$50,00 se refere às despesas com material
de limpeza; R$30,00 ao material de escritório; R$300,00 ao combustível, no qual
213
será utilizado na prestação do serviço de leva e traz; R$150,00 a manutenção do
veículo e R$148,00 aos impostos e taxas que incorrem sobre o veículo.
4.6.7 Apuração do custo de mercadoria vendida
A apuração dos custos de mercadoria vendida apresenta o valor dos custos
que incorrem sobre a venda dos produtos e/ou prestação de serviços, onde ocorre a
relação da estimativa de vendas com o preço de aquisição dos produtos e serviços,
conforme apresenta o quadro 97.
Quadro 97 - Custo da mercadoria vendida – Serviço Custo de mercadoria vendida - Serviço
Serviço Quantidade estimada de vendas
Custo unitário de aquisição (R$)
Custo mercadoria vendida (R$)
Banho e tosa c/ máquina P ou M
30 8,76 262,80
Plano mensal banho e tosa c/ máquina P ou M
58 8,76 508,08
Banho e tosa c/ máquina G 16 8,76 140,16
Plano mensal banho e tosa c/ máquina G
20 8,76 175,20
Banho e tosa c/ tesoura P ou M 10 8,76 87,60
Plano mensal banho e tosa c/ tesouraP ou M
20 8,76 175,20
Banho e tosa c/ tesoura G 12 8,76 105,12
Plano mensal banho e tosa c/ tesoura G
18 8,76 157,68
Banho em gato 4 8,76 35,04
Plano mensal banho em gato 8 8,76 70,08
Banho e tosa em gato 4 8,76 35,04
Plano mensal banho e tosa gato
8 8,76 70,08
Banho e tosa raças fora do padrão
4 8,76 35,04
Banho em cão P ou M 15 8,76 131,40
Banho em cão G 8 8,76 70,08
Coloração 10 25,65 256,50
Hidratação 10 17,43 174,30
Penteado 10 5,87 58,70
Leva e traz 58 2,16 125,28
Total do custo mensal 2.673,38
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
214
Com base no quadro acima, estimou-se o valor de R$2.673,38, como custo
das mercadorias vendidas, no caso do banho e tosa, trata-se do custo dos serviços
prestados.
4.6.8 Estimativa dos gastos com mão de obra
A estimativa dos gastos com mão de obra apresenta as despesas que
incorrem sobre a remuneração e encargos sócias das pessoas que trabalham no
desenvolvimento das atividades da empresa, seja de forma direta ou indireta. O
quadro 98 apresenta a estimativa dos gastos com mão de obra.
Quadro 98 - Estimativa dos gastos com mão de obra Estimativa dos gastos com mão de obra Nº de empregados
Salário mensal (R$)
Subtotal (R$)
Encargos Sociais (%)
Encargos sociais (R$)
Total salários + encargos sociais (R$)
1 R$1.400,00 R$1.400,00 9% 126,00 1.526,00 1 R$1.540,00 R$1.540,00 9% 138,60 1.678,60 Total gastos com mão de obra 3.204,00
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A partir do exposto, conclui-se que o gasto total com mão de obra seja de
aproximadamente R$3.204,00. Sendo que, serão dois funcionários contratados, um
motorista que receberá a remuneração de R$1.400,00, e terá um custo de
R$1.526,00, somados os encargos sociais, e um banhista/tosador que receberá uma
remuneração de R$1.540,00, somados o salário e R$140,00 de insalubridade, e terá
um custo de R$1.678,60, somados os encargos sociais.
4.6.9 Estimativa dos gastos com depreciação
A estimativa dos gastos com depreciação apura os custos que incorrem sobre
as máquinas, equipamentos e ferramentas, pois estes sofrem desgastes e também
podem se tornam obsoletos ao longo do tempo, sendo necessária a sua
substituição, conforme apresenta o quadro 99.
215
Quadro 99 - Gastos com depreciação
Gastos com depreciação Ativos permanentes
Valor do bem (R$)
Vida útil em anos
Depreciação Anual (R$)
Depreciação mensal (R$)
1 – Máquinas e equipamentos
2.414,00 10 241,40 201,17
2 –Móveis 3.532,00 10 353,20 294,33 3 - Utensílios 1.441,19 5 288,24 120,10 4 - Veículo 21.900,00 5 4.380,00 1.825,00 Total 2.440,60
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
De acordo com o quadro, o gasto total com depreciação é de R$2.440,60 ao
mês. Sendo que, R$201,17 corresponde às máquinas e equipamentos, R$294,33
aos móveis, R$120,10 aos utensílios e R$1.825,00 do veículo.
4.6.10 Estimativa das despesas fixas mensais
A estimativa das despesas fixas mensais apura os gastos que incorrem
mensalmente e não se alteram independente da ocorrência ou não da venda, ou do
volume de venda de produtos e /ou prestação de serviços. O quadro 100 apresenta
a estimativa das despesas fixas mensais.
Quadro 100 - Estimativa das despesas fixas mensais
Estimativa das despesas fixas mensais Descrição Custo total mensal (R$) Aluguel 500,00 Água 200,00 Energia elétrica 300,00 Honorário contador 150,00 Responsável técnico veterinário 1.182,00 IPTU 175,00 Máquina de cartão 30,00 Software 139,90 Pró-labore 1.200,00 Salários e encargos 3.204,60 Seguro do ativo 120,00 Telefone/Internet 160,00 Depreciação 2.440,60 Total 9.802,10
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Deste modo, a estimativa do total das despesas fixas é de R$9.802,10,
considerando o aluguel, água, energia elétrica, honorários do contador, o
responsável técnico, o IPTU, a taxa de máquina de cartão, software, pró-labore,
salários e encargos, seguro do ativo, telefone/internet e depreciação.
216
4.6.11 Demonstrativo dos resultados
O demonstrativo dos resultados apresenta de forma detalhada e quantificável
os resultados das operações efetuadas pela empresa, o quanto ela recebe e gasta,
de acordo com as estimativas de vendas e dos custos totais, de modo a atestar se
houve lucro ou prejuízo em um determinado período, conforme apresenta o quadro
101.
Quadro 101 - Demonstrativo dos resultados – D.R.E.
Demonstrativo dos resultados - DRE % Receita R$20.210,00 100 (-) Custo de mercadoria vendida R$2.673,38 10,86 (-) Despesas variáveis R$4.079,34 20,18 (=) Margem de contribuição R$13.457,28 66,59 (-) Custo fixo R$0 0 (-) Despesas fixas R$9.802,10 39,82 (=) Receita Operacional (lucro/prejuízo)
R$3.655,18 18,08
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
De acordo com o detalhamento acima, o valor da receita operacional, ou seja,
o lucro do banho e tosa, foi de R$3.655,18. Considerou-se o valor da receita total
estimada de R$20.210,00, o custo de mercadoria vendida de R$2.673,38, as
despesas variáveis no valor de R$4.079,34, obtendo-se a margem de contribuição
no valor de R$13.457,28, de onde foi deduzido R$9.802,10 das despesas fixas,
obtendo-se assim o valor do lucro líquido.
4.6.12 Indicadores de viabilidade
Para verificar se é viável o negócio da empresa, foram utilizados indicadores
econômicos que projetam uma parte do valor de contribuição das vendas para
pagamento das despesas, bem como o valor das vendas necessárias para que as
receitas se igualem as despesas, para que não ocorra o prejuízo; uma estimativa
dos lucros gerados com as atividades desenvolvidas na empresa; o lucro em
percentual mediante o investimento total aplicado e a verificação do tempo que
levará para que a empresa consiga obter retorno do valor inicialmente investido.
4.6.12.1 Margem de contribuição
A margem de contribuição refere-se a uma parte do valor das vendas que
contribui para o pagamento das despesas fixas e para a obtenção de lucro. A
217
parcela desse valor é obtida através da diferença entre o valor das vendas e dos
custos e despesas variáveis. Conforme descrito no quadro 102.
Quadro 102 - Fórmula margem de contribuição
Margem de Contribuição =
Valor das vendas – (custos variáveis + despesas variáveis)
Fonte: Sebrae (2004)
O quadro 103 apresenta o cálculo da margem de contribuição do banho e
tosa.
Quadro 103 - Cálculo margem de contribuição
Margem de Contribuição =
R$20.210,00 – (R$2.673,38 + R$4.079,34) = R$20.210,00 – R$6.752,72 = R$ 13.457,28
Fonte: Adaptado do Sebrae (2015)
A partir do quadro, conclui-se que o valor da margem de contribuição do
banho e tosa seja de R$13.457,28.
4.6.12.2 Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio é um indicador de segurança, que representa o valor
que a empresa precisa faturar para que consiga pagar seus custos, de forma que
esse valor se iguale as despesas do período, de modo que a possibilidade de
prejuízo é descartada. Conforme descrito no quadro 104.
Quadro 104 - Fórmula do ponto de equilíbrio e índice da margem de contribuição
Ponto de equilíbrio = Custo fixo total
Índice da Margem de Contribuição
Índice da Margem de Contribuição= Margem de Contribuição
Receita Total
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
218
O quadro 105 apresenta o valor do índice da margem de contribuição e do
ponto de equilíbrio do banho e tosa.
Quadro 105 - Cálculo do ponto de equilíbrio e índice da margem de contribuição
Ponto de equilíbrio =R$9.802,10 = R$14.851,67
0,66
Índice da Margem de Contribuição= R$13.457,28 = 0,66 R$20.210,00
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
A partir do quadro, conclui-se que o índice da margem de contribuição, obtido
por meio do valor da margem de contribuição pela receita total foi de 0,66. E o valor
ponto de equilibro, obtido por meio do valor do custo fixo total pelo índice da margem
de contribuição, foi de R$14.851,67.
4.6.12.3 Lucratividade
O indicador de lucratividade apresenta o percentual do lucro obtido sobre as
vendas realizadas. O cálculo é feito com base na relação do lucro líquido e a receita
total, conforme o quadro 106.
Quadro 106 - Lucratividade do Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
Portanto, de acordo com os cálculos apresentados, o valor do lucro líquido foi
de R$3.655,18 e a receita total de R$20.010,00. Sendo assim, obteve-se o índice de
lucratividade projetado para o Banho e Tosa Emporium Animal de 18,08%,
mostrando-se assim, lucrativo.
Lucratividade = Lucro Líquido x 100 = R$3.655,18 x 100 =18,08% Receita Total R$20.210,00
219
4.6.12.4 Rentabilidade
O indicador de rentabilidade informa, em forma de percentual, o retorno do
valor investido, que corresponde ao lucro que a empresa consegue obter a partir do
desenvolvimento de suas atividades. O valor é obtido através da divisão do lucro
líquido pelo investimento total, conforme o quadro 107.
Quadro 107 - Rentabilidade do Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
Sendo assim, de acordo com o quadro, o lucro foi de R$3.655,18 e o
investimento total de R$41.796,06, obtendo-se o percentual de 8,74% de
rentabilidade. Portanto, o Banho e Tosa Emporium Animal mostra-se rentável.
4.6.12.5 Prazo de retorno do investimento
O indicador do prazo de retorno do investimento demonstra em quanto tempo
o empreendedor irá reaver o valor investido inicialmente no negócio. O cálculo do
retorno é obtido através da relação do investimento total com o lucro líquido,
conforme o quadro 108.
Quadro 108 - Prazo de retorno do investimento do Banho e Tosa Emporium Animal
Fonte: Adaptado do Sebrae (2013)
Conforme apresentado no quadro, o investimento total foi de R$41.796,06 e o
lucro líquido de R$3.655,18, obtendo-se o prazo de retorno do investimento de 11,43
meses. Sendo assim, indica que a empresa irá recuperar o valor investido em um
prazo de 01 ano e 13 dias. Apresenta assim, um tempo de retorno positivo
considerável.
Rentabilidade = Lucro Líquido x 100 = R$3.655,18 x 100 = 8,74% Investimento Total R$41.796,06
Prazo de Retorno do Investimento = Investimento Total = R$41.796,06 = 11,43 Lucro Líquido R$3.655,18
220
Após a análise econômica mercadológica e a análise financeira dos
indicadores, conclui-se que há viabilidade de implantação do novo negócio, banho e
tosa, no bairro Forquilhinhas. Com base nos seguintes fatores:
1) A pesquisa mercadológica realizada através da análise econômica do
mercado pet e da pesquisa realizada através de questionário com os
possíveis clientes do novo negócio se mostrou positiva. Pois, o mercado pet
está em franco crescimento, apesar da crise financeira atual. E, os animais
estão cada vez mais presentes nas famílias brasileiras, e ganhando cuidados
especiais.
2) Os indicadores de lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno do
investimento mostraram-se favoráveis, visto que, se apresentaram diante de
um cenário pessimista.
3) O indicador de lucratividade estimou que o novo negócio pode gerar um lucro
de 18,08% sobre o faturamento mensal, através dos serviços de banho, tosa,
estética e leva e traz.
4) O indicador de rentabilidade estimou que o novo negócio recupere 8,74% por
mês do valor investido inicialmente.
5) O indicador de prazo de retorno do investimento estimou que o tempo que o
novo negócio levará para recuperar o valor investido é de 11,43 meses, ou
seja, 1 ano e 13 dias, sendo um tempo de retorno positivo considerável.
6) Com os resultados obtidos por meio do desenvolvimento do plano de negócio
em comparativo com a estimativa da viabilidade financeira feita anteriormente,
observa-se que os resultados obtidos se aproximaram do que foi estimado.
4.7 RESUMO DESCRITIVO
O plano de negócio foi de suma inportância para descrever o novo
empreendimento no processo de implantação. Auxiliou na projeção do mercado,
produtos/serviços e clientes, de modo a contribuir no planejamento da criação do
novo empreendimento demonstrou a viabilidade da ideia e abertura do novo
negócio.
Para o desenvolvimento do plano de negócio, algumas etapas foram
seguidas. Primeiro foi feita a viabilidade econômica, onde foi definido o mercado, o
221
conhecimento das atratividades e ameaças, segmentação de mercado, as
tendências e futuros do mercado, pesquisa de mercado, análise SWOT, análise dos
fornecedores e concorrentes, ponto (localização) e identificação do crescimento e
participação de mercado. Na viabilidade financeira foi apresentado a estimativa dos
indicadores financeiros, lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno de
investimento.
Em seguida foram elaborados os planos de marketing, jurídico, operacional e
financeiro. No plano de marketing foi apresentado o mix de marketing, 4 P´s e 4 C´s
(Produto, Preço, Praça e Promoção) e (Cliente, Custo, Conveniência e
Comunicação). No plano jurídico foi descrito os procedimentos legais necessários
para a abertura do negócio, por meio da definição da forma jurídica, a consulta de
viabilidade, inscrição comercial, inscrição no cadastro nacioal de pessoas jurídica,
inscrição na previdência social, solicitação delicença sanitária, vistoria das condições
de segurança e proteção contra incêndio, obtenção de alvará de localização de
funcionamento, inscrição no cadastro fiscal, inscrição Estadual, registro da marca e
o Responsável Técnico Veterinário.
No plano operacional foi especificado o organograma, as pessoas, as
máquimas, equipamento, móveis e utensílios, a tecnologia, as instalações, a
logística integrada, a divulgação e os forncedores.
No plano financeiro foi definido a estimativa dos investimentos fixos, de capital
de giro, dos investimentos totais, do faturamento mensal da empresa, das despesas
fixas e variáveis, do custo da mercadoria vendida, dos gastos com mão de obra e
depreciação, e com base nessas estimativas foi apresentado o demonstrativo dos
resultados.
Com o intuito de verificar a viabilidade do negócio, foram apresentados os
indicadores de viabilidade, a lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno do
investimento, juntamente com a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio.
Deste modo, por meio do desenvolvimento do plano de negócio foi verificado
a oportunidade de implementação do Banho e Tosa Emporium Animal. O novo
negócio prestará serviços de banho, tosa, estética e leva e traz para animais
domésticos, cães e gatos, no bairro Forquilhinhas, em São José/SC.
Para a abertura do empreendimento será necessário um investimento inicial
de R$41.796,06. Sendo que, este valor será integralizado mediante a participação
de dois sócios, e o valor será dividido em duas quotas. Ambos os sócios possuem
222
experiência na área administrativa, e um dos sócios tem conhecimento na área de
logística e vendas. Os sócios exercerão atividades de cunho estratégico e
operacional.
Por meio da projeção de vendas e do faturamento mensal estimou-se um
lucro líquido de R$3.655,18, gerando um percentual de lucro de 18,08%, um retorno
do valor investido de 8,74%. O tempo para reaver o valor investido será de 01 ano e
13 dias.
Sendo assim, mediante a oportunidade de abertura do negócio e conforme os
dados apresentados neste estudo, pode-se afirmar que mediante a verificação da
viabilidade e a vontade de empreender da autora, o novo negócio terá grande
chance de prosperar.
223
5 CONCLUSÃO
A constante mudança e abertura de novos mercados, o atual cenário
econômico vivido pelo país,a globalização e a inovação, são fatores que contribuem
pela busca de novas formas de trabalho. É notável a grande oferta de emprego,
porém o mercado está cada vez mais exigente e necessita de profissionais
qualificados e especializados em alguma área, mas não há pessoas com formação
profissional adequada. Sendo assim, falta oportunidade de trabalho para as pessoas
que carecem dessas qualificações. Diante deste cenário, surge nas pessoas a
vontade de empreender e serem donas de seu próprio negócio.
Verificando a chance de abertura de um banhoe tosa de cães e gatos, devido
o crescimento desse mercado e a carência de um serviço de qualidade e
diferenciado nesse ramo no bairro Forquilhinhas, na cidade de São José/SC, o
presente trabalho desenvolveu um plano de negócios para verificar a viabilidade da
implantação desse empreendimento.
Conclui-se, a partir dos resultados encontrados, que os objetivos específicos
foram atendidos. O primeiro objetivo específico foi atendido por meio da
fundamentação dos conceitos de empreendedor, criatividade, invenção, inovação,
planejamento estratégico, plano de negócio, viabilidade econômica e financeira,
plano de marketing, plano jurídico, plano operecional e plano financeiro.
O segundo objetivo foi atendido mediante a obtenção dos resultados da
viabilidade econômica e financeira. Na viabilidade econômica foi possível a
realização de uma análise através do levantamento de informações sobre o
mercado, as atratividades e ameaças, segmentação de mercado, as tendências e
futuros do mercado, pesquisa de mercado, análise SWOT, análise dos fornecedores
e concorrentes, ponto (localização) e utlizar a matriz BCG para identificar o
crescimento e participação de mercado. Na viabilidade financeira identificou-se a
estimativa dos indicadores financeiros, lucratividade, rentabilidade e prazo de
retorno de investimento. Onde o lucro líquido obtido foi de R$3.000. O indicador de
lucratividade foi de 15%, de rentabilidade de 6,25% e prazo de retorno de
investimento de 01 ano e 04 meses. Evidenciando assim, a viabilidade do negócio.
O terceiro objetivo foi atendido mediante a elaboração do plano de marketing,
jurídico, operacional e financeiro, mediante o embasamento na fundamentação
224
teórica. Em seguida, com a elaboração de cada plano foi construído o plano de
negócio.
O quarto objetivo específico consistia na elaboração do resumo descritivo,
onde foi descrito de forma detalhada todos os planos do plano de negócio. Os dados
revelam que o novo empreendimento se mostrou viável, mediante a apresentação
dos indicadores financeiros, onde se obteve uma lucratividade de 18,08%,
rentabilidade de 8.74% e prazo de retorno do investimento de 01 ano e 13 dias.
Sendo assim, após o desenvolvimento do plano de negócio, o objetivo geral
foi atendido, por meio da constatação da viabilidade de implantação do Banho e
Tosa Emporium Animal no bairro Forquilhinhas na cidade de São José/SC.
O novo negócio terá grande contribução para a sociedade, pois irá
disponibilizar um novo empreendimento que prestará serviços de banho, tosa e
estética. Pois, apesar de haver outros estabelecimentos que oferecem este
atendimento, ainda há a carência da disponibilidade de serviços diferenciados e de
qualidade no bairro de Forquilhinhas, na cidade de São José/SC.
Para a autora o plano de negócio irá contribuir para o objetivo estabelecido
desde o início do curso, que é tornar-se empreendedora e ter o próprio negócio. A
escolha pelo segmento, é em razão da autora gostar de animais e pela identificação
da carência de serviços diferenciados e de qualidade no bairro Forquilhinhas na
cidade de São José/SC.
Sugere-se que outras pesquisas possam ser continuadas sobre este mesmo
tema, considerando o mesmo plano a fim de dar continuidade, partindo do princípio
de que um plano de negócios precisa constantemente ser reavaliado, conforme a
necessidade atual de mercado.
225
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238
APÊNDICE
239
240
ANEXO
CLARO´S SERVIÇOS PARA ANIMAIS LTDA
CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA
1. Taise da Rosa Claro, brasileira, solteira, nascida em 07/08/1990, empresário sócio quotista, inscrita no CPF/MF sobre o nº 050.897.309-03, portadora do documento de identidade nº 4.884.979-0 SSP/SC, residente e domiciliada na Rua Julieta da Silva Melo, nº 638, Casa 02, Forquilhas, São José/SC, CEP 88107-312;
2.Paulo Cezar dos Santos Claro,brasileiro, casado, nascido em 10/07/1973, empresário sócio quotista, inscrito no CPF/MF sobre o nº 758.358.190-72, portador do documento de identidade nº 455.62547 SSP/SC, residente e domiciliado na Rua São Vicente, nº 199, Forquilhas, São José/SC, CEP 88107-416;constituem uma sociedade limitada, mediante as seguintes cláusulas:
1ª A sociedade girará sob o nome empresarial Claro´s Serviços para Animais Ltda e terá sede e domicílio naRuaTenente Altíno Rosa, nº 59, Forquilhinhas, São José/SC, CEP 88106-694
2ª O capital social será R$ 41.796,06(quarenta e um mil, setecentos e noventa e seis reais e seis centavos) dividido em duas quotas de valor nominal R$ 20.898,03(vinte mil, oitocentos e noventa e oito reais e três centavos), subscritas e integralizadas, neste ato em moeda corrente do País, pelos sócios:
Sócios Quotas Valor Taise da Rosa Claro 50% R$20.898,03
Paulo Cezar dos Santos Claro
50% R$20.898,03
3ª O objeto será serviços de banho,tosa e embelezamento em geral para animais.
4ª A sociedade iniciará suas atividades em 05/06/2017 e seu prazo de duração é indeterminado.
5ª As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.
6ª A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
7ª A administração da sociedade caberá a todos os sócios, em conjunto ou separadamente, com poderes e atribuições de realizarem todas as operações para a consecução de seu objeto social,representando a sociedade ativa e passivamente judicial e extrajudicialmente. Autorizado o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio.
8ª Ao término da cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados.
9ª Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es) quando for o caso.
241
10ª A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios.
11ª Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de “pro labore”, observadas as disposições regulamentares pertinentes.
12ª Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. Parágrafo único - O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio.
13ª O(s) Administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, de que não está(ão) impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.
14ª Fica eleito o foro deSão José/SC,para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato.
E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em 03 vias.
aa) _________________________ aa) ___________________________ Taise da Rosa Claro Paulo Cezar dos Santos Claro
Visto: ______________ (OAB/SC 00000) Nome
São José, 29 de outubro de 2015.
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