portugal durante a ausÊncia do rei lÚcia maria bastos p. neves (uerj)

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PORTUGAL DURANTE A AUSÊNCIA DO REI

LÚCIA MARIA BASTOS P. NEVES (UERJ)

29 de Novembro de 1807: Junot recebe cumprimentos da Regência e da Maçonaria

15 de setembro de 1808: Franceses são expulsos de Lisboa

4 de março de 1809: Início da 2ª invasão francesa - Soult

Maio de 1809: Soult retira-se do Porto

27 de agosto de 1810: 3ª invasão francesa - Massena

4 de março de 1811: retirada definitiva de Massena de Portugal

Invasões Francesas em Portugal

Queria falar e não podia; queria mover-se e, convulso, não acertava a dar um passo: caminhava sobre um abismo, e apresentava-se-lhe à imaginação um futuro tenebroso e tão incerto como o oceano a que ia entregar-se. Pátria, capital, reino, vassalos, tudo ia abandonar repentinamente, com poucas esperanças de tornar a pôr-lhes os olhos, e tudo eram espinhos que lhe atravessavam o coração.

J. Acúrsio das Neves. Obras completas de José Acúrsio das Neves. v. 1: História geral da invasão dos franceses em Portugal e da Restauração deste Reino. Estudos introdutórios de Antonio Almodovar e Armando de Castro. Porto: Afrontamento, 1984, p. 223

Junot protegendo Lisboa. Alegoria de Domingos Sequeira. Museu Soares dos Reis, Porto

Goya. Aqui também não (Os desastres da Guerra, c. 1812-1815)

Toma um punho de terra corrompida,Um quintal de mentira refinada,

Um barril de impiedade alambicada,De audácia uma camada bem medida;

A cauda do Pavão toda estendida,Com a unha do Tigre ensangüentada,

De Corso o coração, e a refalsadaCabeça de Raposa envelhecida;

Tudo isto bem cozido em lento fogoDe exterior fagueiro, meigo e brando,

Atrevida ambição lhes lances rogo:Deixa que se vá tudo incorporando,

E assim mui presto espera; porque logoSai um Napoleão dali voando.

Receita especial para fabricar Napoleões, traduzida de um novo exemplar impresso em espanhol por um amigo de ganhar vinténs. (É infalível). Reimpresso no Rio de Janeiro, Imp. Régia, 1809

O Dragão e a Besta símbolos de Napoleão e do Império FrancêsFonte: Nuno Daupiás D’Alcochete. Les pamphlets portugais anti-napoléoniens. Arquivos do Centro Cultural Português. Paris, 11: 7-16, 1977

O Grande Monstro que trata S. João no ApocalipseFonte: Arquivo Histórico-Militar de Lisboa A gravura demonstra que o monstro do Apocalipse representa Napoleão Bonaparte, símbolo do Mal, que será vencido pelo poder do povo português – o Bem. Sob a divisa das cinco chagas de Cristo e tendo por padroeira a Virgem Santíssima, Nossa Senhora da Conceição, Portugal preparava-se para combater e derrotar o expansionismo napoleônico

Alegoria às virtudes de D. João VI – Sequeira, Queluz, Palácio Nacional de Queluz

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