poesia

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Encruzilhada do mundo O norte sempre foi meu rumoE amei demais uma mulherAté que a vida mudouSurgiu a dúvida, o desejoE amei mulheres demais Pisando em mais canoasAfundei na curva do rioDescontrolado,Trombei na esquina da vidaE perdi o meu amorO próprio,Na encruzilhada do mundo

E os anjos morreram

No princípio eram as criançasE as crianças eram anjosDepois veio a escolaE o mundo multiplicou:Tarzam pulou dos livrosMarco Polo viajouCabral descobriu o BrasilE as crianças, o mundo;Super homem, o UniversoEntão o computador falou:"Deus criou os átomos dizendo:

Combinai e multiplicai.Adão era um macacoJesus Cristo um astronauta"E a história do ajo-da-guardaVirou conto de fadas.

Os malditos Vereis a taça e a fumaçaE nada maisAté que da taça estraçalhadaE do maço findo amassadoTranspareçaDa maldição, o que restou.Ele pode serUm Vam Gogh com orelhasOu um Lautrec pernas longasMas não sentireis a sua angústiaNem vereis a igual profundidadeDos sentimentos avançados

Nem também sereis culpadosDa maldição que o acompanhaE o deixareis à margem do caminhoE chorareis sua morte aos trinta e dois.Depois comer-lhe-eis os miolosE dareis seu nome às ruasPara orgulho do prefeitoPublicareis livros e mais livrosPara o bolso do editorE alguém levará floresNum local estatuadoJá não vereis taça, nem fumaça

Mas sim nuvens legendárias.

Brincado de trás pra frente Vinho ja John IVA dama é amadaA vida, a divaÉ Reviver Roma o amor reviverAroma e de pé de amoraVinho ja John IV

Poesia aiseop

O vovoSartel ama letrasAdora a rodaBrinca : acnirbaiseop zaf, faz poesia

Ficou... Ficou o doce sabor dos beijosQue agora vaiSe arrastando com o tempoFicou a sua imagem metafísicaO seu modo desligadoO seu trejeito engraçadoFicou poucoFicou muitoMuito pouco de você.

Conselho Se na erma noite andares sóSem nada para ocupar o espíritoSem amante para acariciarSem vontade de beberSe sentires inveja Ao tropeçar no carinho alheioSe perceberes que até um diálogoConsigo mesmo é chato e inútilSe não tiveres nada para fazerNem mesmo um defunto para velarManda tudo às favas e vai dormir...

A importância do meio Se olho para o fimTudo me parece inútilMas é preciso ressaltarA importância do meio Deixemos o princípioPara os filósofosE historiadoresE o fim para os computadoresQue ontem não voltaráO depois será amanhã

E não se sabe se haverá É bom girar o calidoscópiodos poemas multicores Pois também as floresTêm vida curtaE não deixam de florir É preciso brincarCom a criança de hojeQue amanhã será adultoE não se sabe o que será É preciso vida vida

No prazer, no fazer, no quererJá que Andrômeda viráE bem sabemos que ela éA amante eterna, Inimiga que aconchegaNo leito cobertoDe sete palmos

Fábula Moderna

Um homem fala de sua angústiaE do seu mundo pessimistaO gravador escuta com atençãoÉ um bom ouvinte o gravadorGrava a dorO homem aperta um botãoE o gravador falaFala bem o gravadorAgrava a dorClic - E o homem o interrompePorque descobre que exagerou.

Errante Virá num por de solDe um céu qualquerQuando quiser Pousará seu corpo erranteSem roupas e diamantesNum leito uma noite sóSeguirá na manhã próximaSeu rumo diário-contrárioMas na magia palpitanteProvará que é a deusa amanteDe um leito uma noite só

Ficará num coraçãoNuma canção, talvez...

Garota da praia

Garota que do bronze roubou a corQue rola na areia seu corpo de muitosE vive na rua sob o luarVocê endeusa o noturno e o veloz metalMas não pense que tudo é seuVocê rouba da praiaOs beijos do marVocê vende o prazerA quem pode pagarE imita o sorriso

Do sol matinalMas é ponto finalQuando falam de amor

Indo

Longo é o caminhoDe quem caminha sóA estrada se prolongaE o fimDo infinitoSe aproxima

PensamentoHoje não há mais Aquele mundo escondido Nos canaviaisE a virgem dos lábios de melTirou o véu da ingenuidadeOntem, quando volteiDescobri a necrópole dos meus sonhos Hoje não há mais o recantoOnde conheci Afrodite E outras deusasE os dois mundos de DemiamMarcaram-se com nitidez.

Feliz aniversário

Feliz aniversário?É tudo muito ao contrárioQuanto mais se vai em frenteMais se fica deprimente!E a vida, que coisa linda,Cada vez fica mais finda!

Meu canto Se hoje meu canto éUm tanto quanto absortoÉ que minha alma se inspiraNa fisionomia de um morto Se hoje meu canto éUm tanto quanto sublimeEm que nada se inspireÉ que há entre o nada e tudoUma diferença que oprime Se hoje meu canto é

Mais fraco que de costumeÉ porque eu deduziQue a mesma matéria fazO perfume e o estrume.

Só hoje morri cinco vezes Tem gente tonta, ou nem tantoque acha que o que presenciavale um livro , ou um cantoO outro descreve um momentosofrido, magoado,perdido ou destrambelhado!.. Ontem, em plena fobia,vi o Estado acuadotodo mundo desesperadose escondendo, na anarquia.

PCC condenado isso simfez de conta que não era assimassustou todo mundo enfimusando plim por plim Foi tanta a correria e o medoque o que mais se usou foi o dedo,todo mundo desesperadoapertando um pontinho molhadodo suor descontroladoà procura do celular,insistindo para ligar!

As portas se via aos poucosa fechar, a fechar e a fecharnão foi homenagem nem honraaos soldados valentestraídos a tombar!Foi medo, muito cedo!Antes da batalha começar! Foi tanta a fobia e a mentiraque o boato correu soltoaqui e ali gente morria,mas gente morre todo dia!Só que era tanta a covardiaque aquele que morria

nem percebiaporque sua vida se ia! A tragédia se amplioua boataria se amplificoumas um policial de comunicaçãocom humor se encorajoue quando alguém desesperadolhe telefonava afobado,como aquele meu avô,ele dizia animado: O diabo não é tão feio como você pinta!Sobre PCC ou outra coisa se que

mintaA verdade, por horas ou por meses,É que somente no dia de hojeJá me mataram cinco vezes!

Insônia Deitado, não consigo dormirCai a chuva no telhadoE eu penso em te ouvirVejo teus lábios movendo-seVejo te a sorrir Estou assim neste transeQuando uma gota em meu rostoVem meu coração ferirPois sua geleza lembraO teu frio coração

Então eu penso:Ah! se tu me dessesUma gotinha de amorMeu infeliz coraçãoNão teria tanta dor.

O Engano O coração gemeu de tristezaTão grande foi a malvadezaQue alguém lhe praticou Encontrar o alguém amadoCom um outro namoradoO coração desenganou E aquele sonho de tempo longoDeixou um tom amargoNo coração de quem amou.

O poeta e o amor Tão logo nasceu o amorJá então nasceu o poetaO mundo inteiro é uma florCantou o poeta em festa Mas veio a desilusãoChorou então o poetaTenho a dor no coraçãoCabelos brancos na testa Sorriu novamente o sol

Floriu novamente o amorE nunca mais o poetaCitou a a palavra dor E assim viveram para sempreEntre o sol e a florPara sempre, para sempreO poeta e o amor.

Ironia à técnica O sol em certa vezNa noite penetrouE a luz com polidezA ele pergunto:Oh Sol, que aconteceE ele lhe replicou:Lua, pelo que pareceMeu relógio adiantou.

Minha inspiração Sempre vagando pela vidaJamais eu tive a esperançaDe poder dizer: "Oh querida,Do amor não tenho ignorância" Eu sempre fui um solitárioO amor eu nunca compreendiaAos poetas eu fui contrárioSeus versos eu não entendia Mas como tudo tem um fimTerminou minha solidão

Quando você trouxe para mimDo amor a pura compreensão Quão belo é o amor me explicouNenhuma palavra nos lábiosCom olhos grandes me ensinouQue todos os poetas são sábios E assim, por você eu mudeiVocê é minha inspiraçãoPor você me transformeiSou poeta de coração!

O verde

Verde apagado:Céu estreladoVerde claro:Cantar do pássaroVerde vivoCéu iluminadoVerde claro:Por de solVerde apagado:Céu estreladoE um dia se extinguiu

Nas florestas do Brasil.

Casa amarela O tempo não escondeuO passado em que viveuAlguém na casa amarela Tinha vida, tinha vidaAquela casa amarelaQuando alguém morava nela E minha mente doenteRevive a cada instanteO passado já distanteOs tempos da casa amarela!

Quem habitou aquela casaNos tempos que já não vemHabitou minha alma também E está firme a velha casaComo eu já não estouEsperando a meninaQue em dois lugares habitou Mas a casa ruiráComo também tombareiPois jamais voltaráA menina que eu amei.

Instante de chuva

Mil patinhos a pularNo chão da ruaEu lá dentro a sonharNo mundo da lusaE um homem a voltarCom a vara de pescar Mil patinhos a pularNo chão da ruaUma criança a brincarNa chuva, nua

Com os patinhos da chuvaRochinha como uma uva Mil patinhos a pularNo chão da ruaÉ o asfalto a se lavarCom as lágrimas da chuvaE o céu chora num instantePorque o instante é da chuva.

Momento eterno

Gente que ia,Gente que vinhaEu não fuiEla não veioEstávamos Uns se apresentavamOutros diziam: prazerEu não me apresenteiEla tampouco assim fezÉramosMais um morria

mais outro nasciaEu não a vi morrerEla não me viu nascerVivíamos Alguém se lembraraDo amor que nasceraAlguém se lembravaDo amor que morreraAmávamos

Ilusão Eu que queria serUm rei no seu coraçãoNem cheguei a ser barão Fiquei como bobo da corteNo castelo da ilusão

Soneto do sonhador Vivendo de eterno sonharO destino assim decidiuPassando a vida a se lembrarO amor que um dia existiu Olhos fechados a cada instanteSorriso triste no semblanteFazendo esforço com a mentePara ver um rosto sorridente Sorri então de alegriaDe quem venceu no mais querido

Retorna a um mundo de poesia Abre os olhos esperançadoRetorna a ser amarguradoE fecha os olhos assustado.

O foguistaTrabalha o pobre vidreiroHá muito que o suor derramaMas o que paga o empreiteiroNão mata sua fome insana. Sofre muito com calorTrabalha à beira do fornoTem momento de humorPara esquecer o transtorno E diz então a brincar:Já estou acostumadoCom tal vida egoísta

Quando a morte me levarPedirei ao endiabradoUm emprego de foguista

A tristeza matou A tristeza mataAlguém disse: nãoPorém nesta dataMorreu um coração Caiu de repenteDe bela alturaE uma alma contenteFicou fria e dura Sobrou na pessoaSomente a ação

No íntimo não soaMais um coração.

Trovas Essa vida é um buracoDizia alguém cabisbaixoMas o que seria do ponto altoSe não houvesse o ponto baixo?

Trovas Ah se a cada suspiro delaUm doce suspiro em ganhasseTalvez lá na minha janelaUma doçaria em montasse. Quantas saudades da escolaAh trises férias que maldigoPois fica naquela gaiolaBonito pássaro comigo.

Fantoche Jogando na vidaPor ela arrastadoPrecisa chorarPrecisa sofrerPrecisa amarPrecisa viverPrecisa?Mas vive e sorriÀs vezes amargoMas sofre e choraÀs vezes de alegriaOu cai prostrado

Num sonho loquazAprende a amarAprende a odiarSe torna capazAté de tirarA vida de outroNo mundo jogadaE vai assustadoO fantoche do amorFantoche dos deusesFantoche da vida.

Engenho Um vem, outro vaiNos canaviais Da minha terra que encerraUm encanto sem fimTalvez só pra mim. Um vai, outro vemHá sempre alguémNa estrada empoeiradaCom cana a beirarAté o engenho chegar

Engenho que é vidaQue é luta renhidaÉ toda uma históriaDe um povo que cresceDe quem não esmorecePra vida vencer Vencer para outros Que a vida trarápara lutar e para amarEmfim, para trabalharNo engenho que não pode parar.

Confusão de olhares Não me olhe feioNamorado ciumentoPois a sua namoradaNão me olha um só momento Às vezes eu pensoCiumento namoradoNo que aconteceriaSe a sua namoradoOlhasse para meu lado Mas ela não olha pra mim

E lá se vai meu desvaneioContinuo olhando-se tristeE você me olha feio.

Oculto prazer

Garrafa vaziaRolando na mesaOculto prazerDe vê-la cairDe vê-la quebrar Mui corpos vaziosPulando, dançando,Dançando, pulandoOculto prazerDe vê-los girando

Oculto prazerDe ver o mundo vazioDe vê-lo findar-Tudo se transformaPra ver no que vai dar Oculto prazerDe vê-la com outroPulando, dançando,Dançando, pulando Oculto prazerDe ver-se sozinhoOcultando o prazer

Que sinto e que não sintoDe vê-la com outroDe vê-la feliz.

Acróstico para Rita Retenho-me aqui Rita Inspirado em teu sorriso Terei que descrever-te-agora Agora que sei que amor é isso Riso que não é vendido Inda mesmo não comprado Tão puro é este sorriso Ah!, é um sorriso dado. Róseo rosto de pureza Indizível prazer eu sinto

Tê-lo assim tão perto ao meu Ao meu me dá nobreza Ricos olhos pequeninos Incomuns, é admirável Terão tirado da estrela Aquele brilho invejável? Renuncio a todos, Rita Impunes gosos do mundo Ter-te assim junto a mim Agrada-me mais que tudo.

Sonho Mais solidãoQue a madrugadaCadê a amada?Fugiu com o vendoPartiu para o nadaFoi só um momento Saudade surgidaDa ausência do falsoSurgida do nada Ao nada voltadaE a mente criante

Exprime demaisUma dor sem sentido.

Vida é arte Viver é criar problemasIdeias e soluçõesDesprezar o feio, amar o beloAmar o belo é viver É viver amar o bom. Ainda que o bom seu feioRealçando no feio o bomTorna-se o feio veloE viver é criar beleza!

Quando o poeta cansa São fenômenos cansadosPor mil vezes repetidosQue ainda se repetirão Para que destacá-losSe ele próprios são a vidaE a vida é uma só? Não há porque cantá-losSe cantados eles já foramE seus poetas já morreram.

Velho boêmio O céu sorri num instanteQuando um raio luzenteIlumina a boca da noite Sorrindo também se choraE a noite assim pode serSorri e chora quando chove Ma não se importa o boêmioSuas noite foram tantasQue não terá mais um decênioDe anos de noite assim.

Calmaria

É um dia sorridenteEnfeitado pela brisaE um sol ameno. Eis que um rosto morenoSe irisa na minha almaAcalentando a minha calma E eu sorrio entãoPara alguém que na rua passaPois a vida é cheia de graça

Para quem sabe o que é o amor.

Meu pai Ver o ultimo sorrisoDa rosa para o sol poenteÉ o que torna contenteMeu pai, à volta do serviço Meu pai é um poetaNão de verso, nem de prosaÉ o poeta da rosaQue vive para bem tratá-lasQue luta para conservá-lasTratando-as com carinhoE nem diz que uma é mais bela

Para não desprezar as demais Chega tarde do serviçoCansado, mas nem por issoDeixa de banhar suas roseirasAntes de lavar-se a sei próprioE sorri de contentamentoAo ver que naquele momentoAs rosas parecem sorrir.

Vampiros Bate o lúgubre sinoDa tétrica meia noiteInexiste algo divinoApenas o voar silenciosoEclipsando a luaDo mamífero maldosoMensageiro do terror. Beija a amada neste instanteO personagem triunfanteDa película de horrorPorém, que encontram seus lábios?

Um corpo inanimado e frioCuja vida e calor A morte roubou. E o espanto estampa-se no rostoDo assombrado jovem exitanteAo ver transforma-se em cena ligeiraO rosto querido e adoradoSimplesmente, em caveira. E este epílogo fatalRonda-nos a cada instanteSem que dele percebamos

Quando apenas procuramosA beleza banal e faceiraQue esconde não mais que a caveira.

Ribeirão Ah! pequeno ribeirãoTu não és o LetePorém assim mesmo suplicoTraze a mim o esquecimentoJá que o amor não é possívelTorna-me outro neste momentoPois o malando do cupidoNão me quer como amigo.

Pós apocalipse O infinito repousa no segundoDa existência dúbia e tediosaDo maribondoDo moribundoDo mar e bonde A glória é o suspiro que arrastaO hálito sem calor na obra desprezadaE nem o lume de um fóstoroBrilhará jamaisQuebraram-se os acratófaros

Nem Baco, nem bacanais. É o prazer de ver terminadaO incógnita obra depreciadaQue era gentlemanEra gentalhaEra gente e imãEra gente nada. Nada na fobiaDo primitivo fulgir dos temposNada no triânguloNada em Max Não há ângulo

Nem êmboloJá não engoleNão há goleNem tudoNem tudo de ensaioNem janeiro, nem maioMas havia até um SampaioQue gritava: Ai que eu caioE um outro: Cai que eu vaioMas há resto?Não há vala que já valhaNem faca, nem navalhaNem papagaio, nem gralhaSó inconsciente escuridão

Sem dar a mãoSem ter cordãoSem reflexo, sem sexo, sem nexoTalvez, perdão

Lampião

Brilhava por foraE agora por dentroUma chama o devora Saudade de um tempoQue aceso e altivoSabia o motivoDe todas as rusgasEntre os namoradosE ouvia segredosAté de Estado

Agora no lixoJogado, esquecidoVê que de ferrugemJá está enegrecido.Assim são os homens.

Filosofia da pedra A estrada é cheia de pedrasE elas devem ser quebradasPara vermos como éPara levarmos na lembrançaSeus melhores fragmentosA pedra às vezes é grandeMas a força constanteVence a pedra exuberanteDando ao pedreiro mais forçaDe quebrar pedras maioresTodavia que aconteceQuando a pedra é mais que pedra

Quando a pedra é quase aço?E vence a força do pedreiroE lhe imprime o cansaço?A estrada é cheia de pedrasPorém uma pedra é mais forteO pedreiro já não carregaApenas seus fragmentosCarrega uma pedra todaE a pedra nada sentePois a pedra apenas sabeSer pesada e ser bonitaE se um dia irá quebrarÉ por mão de outro pedreiroMais fraco, ou talvez mais forte

Mas que tenha melhor sortePois a vida é quebrar pedrasDo nascimento à morteOu então carregar aquelaQue quebrar não conseguiu.

Convite Andrômeda há de chegarA amante eternaA amiga que aconchegaNo leito coberto de sete palmos.Vamos então filosofarQue isso é apenas esperarA minha, a sua AndrômedaVencedora dos homensQue não há de demorar.

A briga Foi aquela uma briga danadaA do cupido e a moça assanhada Pois um dia o anjinho arqueiroNão estava lá muito certeiroE, se não falha a narraçãoA rusga assim foi oriundaCupido mirou no coraçãoMas acertou a flecha na bunda.

Flor do campoEstava ali,Mas você foiA rosa que não colhiA flor que deixei no campo Hoje a vejo em cada cantoNas lembranças e passagens De um mundo de desencantos Constato assoberbadoPerdido neste desertoQuanto se ilude quem não fazA colheita no tempo certo!

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