poder e política e... · política na antiguidade grega filosofia ... aristóteles: o bem comum...
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Poder e PolíticaProfessor Ítalo Silva Filosofia – 3º ano –
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Documentário DA SERVIDÃO MODERNA:
A servidão moderna é uma escravidão voluntária, aceita por essa multidão de escravosque se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que lhesescravizam cada vez mais. Eles mesmos correm atrás de um trabalho cada vez maisalienante, que lhes é dado generosamente se estão suficientemente domados. Elesmesmos escolhem os amos a quem deverão servir. Para que essa tragédia absurda possater sucedido, foi preciso tirar desta classe, a capacidade de se conscientizar sobre aexploração e a alienação da qual são vítimas. Eis então a estranha modernidade da épocaatual. Ao contrário dos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e aosoperários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma classetotalmente escrava, que no entanto não se dá conta disso ou melhor ainda, que não querenxergar. Eles não conhecem a rebelião, que deveria ser a única reação legítima dosexplorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que foi planificada para eles. Arenúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.
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Uma macrofísica do poderP
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visão macroscópica do poder, isto é, um modo de observar (skopé, em grego) amplamente (makrós, em grego), uma visão de longo alcance. É como se
conseguíssemos, de fora, ver todo o conjunto social e perceber as relações de força que se estabelecem em seus lugares, com a finalidade de quantificá-las e
somá-las. Ou como se olhássemos um tabuleiro de xadrez com as peças dispostas, conhecendo bem as regras do jogo. Por meio dessa visão, sabe-se onde estão as
possibilidades de movimentação das peças no tabuleiro e os lugares de tensão do jogo, bem como se a partida está equilibrada, em razão da capacidade
semelhante dos dois jogadores, ou ainda se a superioridade de uma das partes faz com que a derrota da outra seja iminente.
Uma microfísica: opoder como rede
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Olhando para as microrrelações sociais, eleafirmou que o poder permeia tudo, está em todos os lugares, constituindo como
que uma rede que cobre toda a sociedade.
o poder não pode ser concebido apenas como repressão; não pode ser resumido à interdição, à proibição, à lei. O poder não se esgota na fórmula “você não deve”,
como se estivesse concentrado na pessoa que emite o imperativo “você não deve...” e ausente na pessoa que o ouve e que deve acatá-lo de imediato.
Uma microfísica: opoder como rede
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Devemos levar em conta, também, o poder como fonte de produção social. É o que Foucault denomina tecnologia do poder: constrói-se toda uma maquinaria
por meio da qual o poder se exerce, interditando certas ações mas também produzindo outras. E nessa maquinaria há muitas peças, que intervêm de
maneiras variadas.
Uma microfísica: opoder como rede
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Habilidade 02
Foucault rompe com a concepção clássica do poder, afirmando que não se pode concebê-lo como materializado em determinado lugar ou em lugares específicos,
pois ele está diluído pelo tecido social.
Há uma espécie de onipresença do poder. Ele se apresenta como uma imensa rede microscópica, que engloba tudo e todos.
O poder se apresenta, assim, como um jogo de forças que se estabelece em todas as relações humanas. Não há poder apenas nas relações que chamamos de
políticas; há poder na relação entre um pai e um filho, entre dois namorados, entre amigos e nas relações de trabalho, por exemplo. O poder está em tudo.
E é a partir dessa microfísica que se constroem os aparelhos do poder político, nas macrorrelações sociais.
Uma microfísica: opoder como rede
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Habilidade 02
Apresenta o Panóptico no qual a relação de poder é de sujeição constante do indivíduo e demonstra que o panoptismo constitui-se um poder produtor de um saber que regula a vida dos indivíduos. Trata da noção de arquitetura
para poder disciplinar presente na obra Vigiar e Punir de Michel Foucault. Não é uma pessoa e sim as instituições de poder disciplinar como hospital, a escola, o escritório, as fábricas, os
quartéis, as prisões e a polícia .
Uma microfísica: o poder como redeP
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Política na antiguidade gregaP
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Habilidade 03 e 04
Entre as muitas contribuições dos filósofos gregos que permanecem atuais, destacam-se as ideias de Platão e
Aristóteles. Um fato que pode parecer curioso para nós, hoje, é que esses dois filósofos viveram em Atenas na
época em que ela era governada pelo regime democrático e fizeram críticas a ele. Uma característica do pensamento político grego é que ele tematiza como
deveria ser a política, não como ela realmente é. Por isso, tanto Platão quanto Aristóteles, que viam defeitos
no sistema democrático, fizeram sua crítica.
Platão: o governo dos filósofosP
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Habilidade 03 e 04
No diálogo A república Platão afirma que a pessoa mais bem preparada para governar é o filósofo, uma vez que ele é capaz de,
por meio do exercício da razão, contemplar a ideia de justiça e assim governar justamente. Isso levou-o a afirmar que, para que
haja um bom governo, ou os reis se tornam filósofos ou os filósofos se tornam reis. Uma cidade perfeita seria aquela
governada pelos mais sábios, praticantes da filosofia e donos de um caráter racional; os detentores de um caráter irascível(colérico, que se irrita facilmente), por serem corajosos, se
dedicariam à proteção e segurança da comunidade; e aqueles de caráter concupiscível (ambicioso) seriam os responsáveis pela
produção dos bens necessários à sobrevivência de todos.
Aristóteles: o bem comumP
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Habilidade 03 e 04
Aristóteles define três “formas puras” degoverno, bem como suas “formasdegeneradas”:1) monarquia é o governo de um só visando aointeresse comum;2) aristocracia é o governo de um pequenogrupo que defende o interesse de todos;3) república é o governo de um grande grupocom o objetivo do bem comum
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Habilidade 03 e 04
Aristóteles pensou também sobre a origem e afinalidade da comunidade política. Segundo ele, acidade tem uma origem “natural”. Conforme você jáestudou, Aristóteles definiu o ser humano como umanimal político: assim como as abelhas, formigas eoutros animais que vivem juntos, os humanos vivem emgrupo, mas se diferenciam porque compartilham a vidapor meio da linguagem.
Faz parte da nossa própria natureza nos juntarmos aoutros iguais a nós para compartilhar as dores e alegriasda vida
Aristóteles: o bem comumP
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Habilidade 03 e 04
Aristóteles afirma que na esfera privada, doméstica, umpai de família exerce quatro tipos de poder: um podereconômico, que é a faculdade de organizar e gerir suaprópria casa; um poder paternal sobre os filhos; umpoder marital sobre a mulher; e um poder despóticosobre os escravos.
Os três últimos tipos de poder são assimétricos, isto é,exercidos de forma plena pelo pai de família sobre osoutros (filhos, mulher, escravos), que lhe devemobediência.
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Transformações no pensamento políticoP
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Habilidade 05
Enquanto o pensamento político antigo sepreocupava em estabelecer os fundamentos dapolítica e definir como ela deveria ser, comMaquiavel o pensamento político procura mostrarcomo ela efetivamente é. Sua teoria política éapresentada como realista, por se ocupar dascoisas como realmente são, e utilitarista, namedida em que dá conselhos sobre comogovernar.
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Habilidade 05
Com o surgimento dos regimes democráticos,palavras como maquiavelismo e maquiavélicoganharam uma conotação pejorativa. Diz-se queuma pessoa é maquiavélica quando ela é falsa,ardilosa, age de modo desleal. Na política, omaquiavelismo é algo a ser evitado. Porém, o queMaquiavel fez foi mostrar como as coisasefetivamente se passam no poder.
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Um discurso contra a opressãoP
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La Boétie afirma que compreende a existência da servidão involuntária, quando os indivíduos são
subjugados por meio da violência, da escravidão e da guerra; mas que não pode entender como uma
multidão submete-se a um soberano, pois nem a covardia pode explicar tal submissão.
A servidão voluntária é um vício inominável.
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A astúcia de La Boétie está em perceber que a chave dessa servidão está justamente nas relações
de poder que se estabelecem pelo tecido social, e não como uma imposição do tirano a uma população submissa.
Em sua perspectiva, o lugar do poder não é o corpo do tirano, mas estende-se por uma rede de nós sociais. Em outras
palavras, o que sustenta o tirano não é sua própria autoridade, mas a entrega dos súditos.
A dominação só é possível com a participação direta dos próprios dominados
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Buscando as raízes da servidão voluntária, La Boétie concluique a primeira delas é o costume: os homens nascem súditos epor toda a vida aprendem a servir; não veem, pois, outrocaminho que não seja o da perpétua servidão. É essa tradiçãoem servir que sempre sustentou os impérios historicamenteconhecidos, e todos os movimentos de que temos notícia contraeste ou aquele tirano em nada se opuseram a essa tradição.A segunda raiz da servidão voluntária é a covardia, que decorreela mesma da tradição: acostumadas a viver sob o jugo dotirano, as pessoas se tornam “covardes e efeminadas”, parafazer uso de suas próprias palavras, perdendo o brio, a virilidadee a coragem de combater aquele que as oprime.
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Habilidade 06
Entretanto, para além da dominação e da covardia que a tradiçãoincute no povo, outro é o sustentáculo real do tirano: seu séquito, quenão é nada pequeno nem desprezível. La Boétie demostra que aoredor do tirano cria-se uma rede de poder, uma verdadeira malha queenreda as forças sociais, comprometendo com o tirano quase todos osmembros da comunidade, direta ou indiretamente. A rede demicropoderes e interesses cresce exponencialmente, pois cada umcoloca junto de si vários outros, por meio de favores e reciprocidades.Com essa concepção, La Boétie subverte a teoria clássica do poder ese aproxima das ideias de Foucault. Só se percebe a estrutura dopoder do tirano descendo ao nível microscópico. E o mais importante:não é o poder central que alimenta aquela rede de poderes; aocontrário, é a rede que constitui o sustentáculo e até mesmo a fontedo poder central – que sem ela nada seria.
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Para La Boétie, o nível das relações políticas que permeiam o Estado –o tirano e seu séquito – é marcado pelo temor, enquanto o nível dasrelações sociais à margem do Estado é marcado pela amizade.No âmbito do poder, a amizade é impossível, pois ali imperam o ódio,o interesse, a conspiração; só com a extinção do poder seria possívelinstituir uma sociedade amigável. A amizade, segundo La Boétie, é aprincipal inimiga da tirania.
Ainda que o Discurso de La Boétie tenha sido escrito para criticar opoder tirânico, ele representa uma interessante conceituação dopoder, válida também para compreendermos outras organizaçõespolíticas, como a própria democracia.
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O Estado como contrato socialP
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Uma das novas ideiaspolíticas surgidas noséculo XVII foi que asociedade e suaestruturação política, oEstado, são criaçõeshumanas, e nãofenômenos da próprianatureza, como pensavaAristóteles. Haveria, deacordo com essa ideia,um “contrato” paraorganizar a sociedade.
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Habilidade 07
Thomas Hobbes preocupado com a situação políticada Inglaterra, agitada pela disputa entre osdefensores da monarquia e os que desejavaminstituir uma república, ele escreveu duas obraspolíticas: Sobre o cidadão (1642) e Leviatã (1651).Nelas, Hobbes defende um governo monárquico eabsolutista, e em meio a sua argumentaçãodesenvolve a ideia de contrato social. Seria umanecessidade já que para ele “o homem é lobo propróprio homem” e o estado natural é de guerra.
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Habilidade 07
De acordo com Hobbes, antes do contrato social nãohá povo, há uma multidão, que não é um corpopolítico, pois não tem uma unidade. É o pacto coletivoque transforma a multidão em povo, em uma unidadepolítica em torno de um projeto comum: a garantia dasobrevivência e do direito de propriedade. Para essefilósofo, uma vez feito o contrato os indivíduos já nãopodem desistir dele, exceto se o soberano já não forcapaz de garantir a segurança e a vida de todos, poisfoi em nome disso que se realizou o pacto.
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Habilidade 07
“O homem nasceu livre, e em toda parte viveacorrentado”, essa frase abre o livro “Do contratosocial”, de Jean-Jacques Rousseau. Enquanto Hobbesconcebia o estado natural como guerra e o estadosocial como fonte de segurança individual, Rousseauconsiderava o estado natural como fonte da liberdadee da igualdade
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O pacto e o direito à propriedadeP
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Assim como Hobbes, o médico, filósofo e político John Locke se apoiou nasideias de estado de natureza e contrato social para construir sua filosofiapolítica. Locke defendia uma monarquia parlamentarista, na qual o poderestaria no Parlamento, nos representantes da população, e não na realeza.Esse sistema foi instaurado com a Revolução de 1689, sendo John Locke um dosque contribuíram com sua fundamentação teórica. Discordava igualmente daexistência de um poder inato ou de origem divina. Para ele, todo poder vem dopovo. A teoria de Hobbes ajudou-o a desenvolver essa ideia, mas,contrariamente a Hobbes, Locke não via nesse estado uma guerra permanente.
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Habilidade 08
Segundo Locke, o fato de os homens viverem na mais absoluta liberdade nãoimplica que vivessem sem leis. No estado de natureza os homens seriamgovernados pela lei natural da razão, sendo seu princípio básico a preservaçãoda vida. Portanto, as pessoas não agrediam nem matavam indistintamente,apenas para impor sua vontade ou tomar a propriedade de alguém.De acordo com Locke, todo indivíduo já nasce proprietário de seu corpo e desua capacidade de trabalho. Tudo aquilo que produzir, retirando da natureza oua transformando, por meio de seu próprio trabalho, será de sua propriedade,uma vez que empenhou seu corpo e sua vida nessa tarefa. Portanto, em seuestado natural os seres humanos, além de gozarem da plena e absolutaliberdade, podem ter acesso a propriedades. O que os teria levado, então, aabandonar esse estado, instituindo a sociedade civil?
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Habilidade 08
Os indivíduos reuniram-se em comunidade, diz Locke, com o objetivo de facilitar ogozo do direito de propriedade que, mesmo possível, era incerto e inseguro quandose vivia em estado natural. Para o filósofo, portanto, o principal objetivo do contratosocial é a preservação do direito de propriedade. O pacto entre os indivíduos institui asociedade civil e o Estado. Para Hobbes, o contrato é um pacto de submissão que visaa instaurar uma situação contrária àquela que vigorava no estado de natureza,preservando a segurança das vidas humanas; já para Locke o contrato se configuracomo um pacto de consentimento em que os indivíduos, longe de se submeteremtodos a um poder comum, concordam em instituir leis que preservem e garantam tudoaquilo que eles já desfrutavam no estado de natureza. O contrato social é, para Locke,a garantia dos direitos naturais, e não a criação de outros direitos.
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Habilidade 07/08
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