pme mqj-rev.a - cópia

EMPREENDEDORISMO

Boa tarde,

Quando o mês passado estive aqui a assistir ao Workshop II, estava longe de supor que hoje estaria, neste lugar para vos falar.

Mas os amigos são assim e o Eng. Mário Sampaio não perdeu a oportunidade. Faço-o com gosto e sobre o tema que ele me sugeriu:

Empreendedorismo e a minha experiência sobre o assunto.

1JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

A actividade empresarial ou empreendedora, sempre foi, ao longo dos tempos, o Motor do desenvolvimento económico e social dos povos, independentemente dos seus regimes políticos , ainda que uns a favoreçam e outros a dificultem .

Hoje, sem barreiras alfandegárias e em época de globalização a concorrência é mais que muita o que , obviamente, dificulta o aparecimento de empresas com actividades novas , mas nem por isso , ou talvez por isso, deixou de haver oportunidades para fazer melhor , mais barato e com melhor resposta às necessidades dos clientes .

Ainda que complexo, é nesta perspectiva que encaro o empreendedorismo , na actualidade. Assim, atrevo-me mesmo em dar-vos uma definição:

2JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

UMA DEFINIÇÃO

Empreendedorismo: um processo,conduzido por alguém, que acredita terrecursos e competências, nomeadamentede liderança, para transformar o quepensa ser uma necessidade humana,numa oportunidade de negócio.

3JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

EVOLUÇÃO DO CONCEITO:

2/3 do Século XX : (paradigma da quantidade)

• Muitas necessidades não satisfeitas

• Recursos abundantes e baixo custo

• Quanto maior melhor

• Economia de escala

• Processos verticais de produção – exemplos

• Estrangulamento da pequena iniciativa Alvarás , Crédito , Mercados, Influências , etc.

• Condiciona. Industrial , e nacionalizações - Portugal

• Empresário versus Patrão : “ exploradores “

4JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

A partir de meados da década de 80: (paradigma da

qualidade )

•Concorrência Japonesa

• Clientes mais exigentes

• Generalização das Normas ISO ( Processos Prod. e Certificação )

• Liberalização de mercados redução e queda de taxas alfandegárias

• Menor abundância de recursos ( mat. primas , enegia , )

• Custos fixos elevados

• “Smallit’s nice “

• Subcontratação

•Outsoucing ( apoiado pelos grandes )

5JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Experiência CDC ( final anos 70 ): Plato , Worldtech, redução de espaços fabris. etc.

Projecto BTC’s :

•St. Paul - 1979

• Minneapolis

• Toledo

• Filadélfia

•Baltimor

•San António ( Texas )

• Arredores de Londres (Stevanage) – 1983

• ...e a pensar em Liége...

6JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

CEE – Procura modelo desenvolvimento para PME´s

• Negoceia com CDC transfer. Know-How - 1983

• Cria EBN – EuropeanBusinessNetwork

• Nasce 1º BIC Liége ( Bélgica ) 1984 – Fundadores:CEE, CDC, BritishSteel ,Philips, Fiat, e Barclays

EBN 27 anos depois :

250 BIC´s e uma referência, na Europa :

• Inovação

•Spin-offs

• Incubação / criação, desenvolvimento empresarial e

núcleos de verdadeiros parques tecnológicos ( Limerick e

Bilbau )

7JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

EM PORTUGAL:

Setúbal teve o privilégio de arrancar, em 1988, com primeiro BIC português, o Ceiset – Centro de Empresas e Inovação de Setúbal, devido essencialmente a 5 factores determinantes:

– Interesse dos Mellos, provocado com necessidade de reduzir pessoal na Lisnave.

– Presença em Bruxelas de um consultor português, informado sobre o projecto EBN ( Dr. Vasconcelos Porto ), consultor da Lisnave

– Existência em Palmela de uma fábrica da Control Data, pioneira do modelo, nos EUA.

– Novo membro da CEE a precisar de novos empreendedores.

– Apoio de entidades locais ( Nerset, FCT e Assoc. Municípios )

8JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

• Foram fundadores do Ceiset e constituíram a sua primeira direcção : Lisnave, Nerset, FCT- Caparica, Banco de Fomento e

Associação de Municípios,

• Como director da Control Data ( MPI ) e vice presidente do Nerset, tive o prazer de fazer parte da primeira direcção, representando o Nerset, entre 1988 e 1990 e de visitar alguns BIC’s europeus já instalados; Limerick, Univ. de

Birmimgham, SouthLondonPolytechnic , Bilbau, BTC ‘s - CDC (Stevanage )

9JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

• Não vou referir-me à história do Ceiset, e à modéstia dos resultados

desenvolvidos pela maioria dos BICS portugueses quando comparados

com os seus congéneres Europeus, mas lembrar …

• Actualmente, estão inscritos na Associação dos Bic’s, Port. 7 BIC’s da redeEBN :

– NET- Novas Empresas e Tecnologia - Porto – 2º

– BIC da Madeira

– CPIN – Centro Produtor Inovação de Negócios - Tagusparque

– CIEBI – Centro Inovação Empresarial Beira Interior - Covilhã

– AIBAP (Mira) – Associação Incubadora do Beira Atlântico Parque

– BIC Minho, com instalações em Braga e V. Castelo

– Sines Tecnopolo

O Ceiset faliu, e não sei o que se passa com os Bic’s de Santarém, Viseu e

Algarve ( Olhão ) – Huelva.

10JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Serviços disponibilizados pelos BTC’s e BIC’s:

• Promoção de Incubação de empresas

• Avaliação e Selecção de Ideias e Negócios

• Orientação

• Desenvolvimentos de Competências de Gestão e Liderança

• Apoio no Desenvolvimento de Planos de Negócios

• Acesso a Fontes de Financiamento

• Apoio na Constituição da empresa

• Acesso a Redes especializadas em PME’s, Nacionais e Int’l. ( transf. Tecno.)

• Espaços para Incubação e Serviços Parilhados

• Acompanhamento nos primeiros 2/3 anos

11JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

A partir do projecto EBN nascem por todo o lado:

• Centros de empresas

• BusinessCenters

• Parques Tecnológicos

• Parques de empresas

• Etc, etc.

Perto de nós, merecem especial ref.ª

• INESC – Inst.deEngª de Sist. de Computadores , Eng. Tribolet(Tape)

• CINTEC Parque Tecnológico da Mutela

• Votos para que a MAQUIJIG siga este caminho !...A dinâmica deste Workshops e das empresas em rede, são sinais promissores, aos quais o Eng. M. Sampaio não deixará de acrescentar valor com a sua experiência nos USA.

12JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Hoje, podemos dizer que a partir dos resultados dos BTC’s , BIC’s , e outros congéneres , a actividade empresarial, sobretudo ao nível das PME’s, nunca mais foi como era.

Houve uma enorme MUDANÇA, devido ao processo INOVADOR de criação de empresas e empresários :

1. Ao contrário do que muita gente pensava e ainda e alguns ainda pensam, o empresário não é um ser predestinado, que nasce diferente da maioria das pessoas, mas alguém que ambicionado ser auto-suficiente ( legitimamente ), usa o seu potencial, para trabalhar duro e aprender continuamente . Faz-se um LÍDER !

13JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

2 A maioria das Escolas de Gestão transformaram-se em

“ BusinessSchools “ para melhor responderem à procura de formação em liderança e empreendedorismo, como saídas alternativa a trabalhadores por conta de outrem.

3 Os “Gurus “ em desenvolvimento Organizacional passaram a apresentar novos Sistemas de Organização do Trabalho ( STS ) e programas especiais, tais com : Coaching, Mentoring, Desenvolvimento Potencial Humano , etc. etc.

14JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Chegados aqui, quero deixar-vos, também, uma nota da

minha experiência pessoal como empreendedor:

Foram 12 o número de empresas e 6 as associações ( Apic ) que

criei, ou ajudei a criar , tendo em todas exercido funções de

Gestão ou Liderança, para além no meu envolvimento directo

na criação da FEP e da AE e das funções de consultoria e

direcção que nelas exerci.

15JFR/Jan.24-11

EMPREENDADORISMO

caminho 1

caminho 2

caminho 3

Destas minhas experiências, conclui o que as estatísticas confirmam:3 a 5 anos após o nascimento de uma empresa , são três os seuscaminhos mais prováveis do seu destino:

CAMINHO 1:O memos comumA um crescimento inicial modesto, segue-se umexplosão de negócio que transforma a empresanuma grande empresa. Apple

CAMINHO 2:O mais comumResultados satisfatório para garantir a existência daempresa . Estabilizam ou crescem moderadamente.

CAMINHO 3 : Frequente Nascem, funcionam durante algum tempo eDesaparecem. Mortalidade infantil ( 3 anos)

16JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Se as empresas seguem caminhos diferentes , após um certo tempo de vida, os

empresários não lhes ficam a trás . Efectivamente, são 4 os destinos mais prováveis:

- Alguns permanecem nas empresas independentemente do seu crescimento.

- Outros, após algum tempo, delegam a empresa e arrancam com outra/as

- Há também os que, estrategicamente, vendem o negócio logo que começa a dar lucro e arrancam com outro. O seu negócio é criar e vender empresas.

- Outros ainda abandono o negócio, vão trabalhar por conta de outrem ou reforma-se

17JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

CAUSAS COMUNS DE FRACASSO:

GESTÃO / LIDERANÇA INCOMPETENTE OU INESPERIENTE :Tal como a competência contribui para o sucesso , a incompetência contribui para o fracasso. Afalta de experiência ou de competências básicas não permitem ao empresário reconhecercorrectamente os problemas e tomar decisões adequadas.

FRACO SISTEMA DE CONTROLOSe o um sistema de controlo , da actividade, não fornecer uma a informação adequada eatempada, o empresário pode ter problemas nas suas tomadas de decisão

NEGLIGENCIA:Muitos empresários falham porque negligenciarem alguns aspectos da sua

actividade e consequentemente não se apercebem sequer do que vai mal, como : Ausência de Planeamento e Objectivos, Deficiente estrutura de custos, Avaliação de desempenhos,Insatisfaçãode clientes e colaboradores, Inventários desapropriados , Dificuldades de tesouraria, Incumprimento fiscal. etc.

Nota: Um fracasso, hoje, pode ser a contribuição para um sucesso no futuro. …se se aprender com a lição ! … só se aprende FAZENDO !

18JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

CAUSAS COMUNS DE SUCESSO

TRABALHO DURO, ENERGIA E DEDICAÇÃO

Ser empresário é estar motivado para trabalhar no duro, é ser persistente edeterminado perante as dificuldades, é acreditar e ter confiança, nos seus projectos,mas ser suficiente humilde para ouvir a voz dos seus colaboradores e outrosinterventores na empresa. Em geral os empresários de sucesso são os que sabemassumir riscos, têm autoconfiança, sabem ouvir, fixar metas e objectivos e sãoinovadores.

Um empresário é um líder e por conseguinte deve dominar as ferramentas deliderança, nos seus diferentes níveis, Pessoal, Organizacional e Estratégico.

( um bom tema para um próximo Workshop ! ).

PROCURA DO MERCADO

Para os Produtos e Serviços . Para que qualquer negócio possa ter sucesso e necessário que haja uma procura suficiente para o produto ou serviço oferecido. Exemplo da pizza !

SORTE :

Não gosto, mas reconheço que alguns negócios têm sucesso, …por sorte !

19JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

…meus amigos

• Uma coisa é certa, com fracassos e sucessos , são os empresários e os seus

trabalhadores, que criam riqueza !

• Portugal vive há demasiado tempo num paradigma de distribuição de

riqueza, superior à que é criada, com retornos de investimentos

insuficientes para os padrões de vida pretendidos . A agravar tudo isto temos

níveis de desemprego e condições de trabalho absolutamente inaceitáveis

para um país europeu, que se pretende desenvolvido e civilizado.

• Tradicionalmente, espera-se que sejam os governos a resolver este tipo de

problemas . Hoje, sabemos que não é assim, e são vários os governantes a

reconhecê-lo .

• Pessoalmente, sempre acreditei e quero continua acreditar, que terão de

ser os empresários e os homens de negócios ( os empreendedores !), que

terão de desempenhar um papel chave na mudança daquele paradigma de

distribuição para um outro de criação de riqueza!

20JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Os empresários, sobretudos os das PME’s, devem desenvolver a AMBIÇÃO pela INOVAÇÃO, descobrindo e protegendo TALENTOS de CRIATIVIDADE, que lhes permita melhorar a PRODUTIVIDADE e consequentemente a COMPETITIVIDADE das sua empresas.

Mas … os empresários devem envolver-se também no desenvolvimento das suas estruturas associativas ( a mudança passa por aqui ! ), tomarem a iniciativa e serem eles a LIDERAR os processo de desenvolvimento e criação de riqueza, colaborando, obviamente, quando necessário, com o governo, universidades , sindicatos e outros segmentos influentes da sociedade, mas sem nunca perderem a sua capacidade de Liderança.

Onde os recursos individuais forem insuficiente, como muitas vezes acontece, os empresários devem associar-se em projectos comuns, hoje facilitados pelo acesso à tecnologia e aos sistemas de comunicação em rede . O papel da INOVAÇÃO cabe essencialmente à comunidade empresarial e isto, entre nós, requer uma significativa MUDANÇA DE ATITUDE !

10 previsões !

21JFR/Jan.24-11

EMPREENDEDORISMO

Antes de terminar e para vossa reflexão, vou-vos ler 10 declarações de um professor chinês de economia, sobre a Europa.

Obrigado , …. pela vossa disponibilidade !

Fico a vossa disposição para esclarecimentos agora ou

posteriormente.

A Maquijig tem os meus contactos .

JFR

22JFR/Jan.24-11