paulani, leda brasil delivery
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I'edição.m
aiode
2008
I.B
rasil·P
ulíliQeconôm
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Brasil
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ondiçõesecon
ômicas.
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Todos
osdireitos
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Paulani,L
eda,1954-
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2008.(E
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IncluibibliografiaISB
N978-85-7559-115-4
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Associados
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:~'{~il'
Em
outubrode
2002,L
uizInácio
Lula
daSilva
foieleitopresiden
tedo
Brasil.M
eninom
igranre,vindodo
Nordeste
pobrepara
oSudeste
.#co
noem
blemático
"pau-de-arara",torna-se,com
om
uitosoutros
deidêntica
trajetória,operário
docentro
industrialdo
país.C
arismático
.~,de
falafácil,transform
a-senaturalm
enteem
líderoperário,
reconhe-.
9.dopelas
grevesemm
assaque
consegueorganizar
duranteo
período$.tatorial.
Essa
quadraturahistórica
acabaem
purrandoa
jovemlide
~~ça
paraa
lidapolítica
edaí
paraa
fundaçãode
umpartido
deopo
,'~i~o
aoregim
em
ilitar,D
adossua
origemoperária
eo
mom
entoem
~.V~
seconstitui,
oPartido
dosT
rabalhadores(P'T
)torna-se
rápida~iij:§~te,e
malgrado
asintenções
deseu
idealizador,referência
eabrigo
~:p~a
esquerdade
todoo
país.É
assim,
pois,em
baladono
acasohis-
:r'~···;--,;
((•
•:·;itq,~
.co,que
nasce,quasesem
querer,o
maior
partidode
esquerdado
t~~
do",com
oo
PTchegou
aserconhecido.O
desacertoque
os21
anos~~
i;litaduram
ilitarprovocaram
nasociedade
civil,m
oendosua
capaf.J~
~~dede
organizaçãoe
deresistência,
fizeramdo
PT
agrande
legenda5.~&ual.findo
ogoverno
autoritário,praticamente
todoo
pensamento
~~~~
istapassou
adepositar
suasesperanças.
t.~.%~~e
grandeequívoco,
urdidopelas
artimanhas
~~
História,desfez
~~
iffl~a
ascensãode
Lula
edo
PTao
governofederal.
Alcançado
oJ"'"
1'(:':~,maior,o
presidenteL
ulae
seupartido
adotarama
mais
conser:
.<~~·
daspolíticas
econômicas
conservadorasjá
experimentadas
pelo'~~9filJ;Lo
nge.deser~
~~
violaçãode
seusm
ais~r~s
princípios,adota~i,,~
~~
,totallm
posslblh
dad
ede
uma
condutadistinta,
elase
mostrou
-;;:.~
onaturala
serseguidoe
foiconscientemente
escolhida.Pres
.::::.~a
optarentre
resistira
umcurso
s-que
jáestava
emm
archae
>.ti
~'.
,.i......~
..
B•
BrasilD
fliflfry
haviacolocado
opaís
numa
armadilha
-ou
permanecernesse
cami
nho,opartido
eseu
líderm
aiornão
riverarnnenhum
adúvida:dando
Va
z3
0ao
conservadorismo
quejazia
logoabaixo
daaparência
contestadora
trajadaao
longode
mais
deduas
décadas(c
quelhes
renderaa
vitórianas
eleições),escolherama
continuidade.D
adoo
inusitadoda
situação,podemos
dizer,parafraseandoM
arx
oqualassim
seexpressou
emrelação
àscrises
monetáriasque
dequan
doem
quandose
abatemsobreo
capitalismo
-,que
aosusto
teórico(e
hisrórico)aliou-se
opânico
prático,pois,vindo
dequem
vinha,era
evidenteque
essaescolha
implicava
oabandono
daperspectivado
desenvolvim
ento,adesistência
doalcance
deum
asoberania
queainda
estavapor
serconstruídae
atotal
entregado
paísa
interessesalheios
aosda
imensa
maioria
desua
população.Esse
pânicoprático,
éevi
dente,nãoacom
eteua
rodosindistintam
ente-
tomou
deassalto,em
especial,aquelesque
estiveramenvolvidos
intelectualepoliticam
entecom
aconstrução
daquelasuposta
opção.Sendoesse
ocaso
daautora
destaslinhas,
tornou-seinevitável
abusca
deexplicações
ede
uma
maiorcom
preensãosobre
oque
estavade
fatose
passando.A
origemdeste
livrodeve
muito
aessa
procurade
informações,de
interpretaçãohistórica,de
aprimoram
entodo
diagnóstico.E
scritosentre
março
de2003
enovem
brode
200S(com
exceçãodo
posfácio,elaborado
emnovem
brode
2007,apartir
deartigo
redigidoem
fevereirode
2007),osartigosaquireunidosprocuraram,a
cadam
omento,darcom
ada
situaçãocriada
coma
eleiçãode
Lula
ecom
asescolhasfeitasporele
paragovernar
opaís.M
as,como
otrabalho
intelectualéaltam
entesocializado,estecom
pêndionão
existiriase,mesm
ocom
osusto
hisrórico,o
pânicoprático
ea
profundaindignação,não
houvessetam
bémum
forteestím
ulointelectuale
demandas
deorigem
váriaquem
eins
tarama
pôrno
papele,portanto,a
organizartudo
aquiloque
vinhaatabalhoadam
entepercebendo
econsiderando.
Assim
,m
inhadivida
maior
écom
PauloA
rantes,que,desdenossas
primeirasconversas
depoisdaascensão
deL
ula,convocava-me
aescre
veras
observaçõesque
lhefazia,
emespecial
aquelassobrea
políticaeconôm
icado
novogoverno.E
ssaconvocaçãotom
oua
forma
concreta
deum
convirepara
escreverum
pequenoartigo
paraa
revistaReportagem
-excelente
publicaçãom
ensalpaulistanadirigida
pelojornalista
Raim
undoR
odriguesPereira
ena
qualPaulo
Arantes
organizavaum
cadernoespecial
deopinião.
Um
convirepara
participarde
umsem
i-
Ap
resentação
'9
náriaem
Belo
Horizonte,em
abrilde2003,
organizadopelosprofes
soresJoãoA
ntoniode
Paulae
Marco
Aurélio
Crocco,
haviam
eobri
gadoa
minim
amente
organizar,para
preparara
intervenção~u~~i
faria,m
eusargum
entosa
respeitodo
caráterdogoverno
quese
iruciav
a,T
endoaceitado
oconvite
deR
aimundo
ePaulo,retom
eiaquelasidéias
eproduzi
oartigo
encomendado.
Ao
escrevê-lodeparei
coma
expressãoque
cncima
estelivro
eque
me
pareceu,eainda
me
parece.resum
ircominequívocaclarezao
resultadom
aisnefastoda
opçãopela
continuidadeque
Lula
eo
PTpatrocinaram
.Ém
isterlembrarque
foium
prócerdoprim
eiroescalão
dessegoverno
quemafirm
ouserdelivery
apalavra
dam
oda,Oque
fizfoijuntar
numa
expressãoúnica,contra
ditóriapordefinição,asduas
metadesdesseprojeto
nacionalinconclusocham
adoB
rasil..
Mas
"BrasilD
elivery"não
erapropriam
enteum
artigoacadêm
ico,dado
oveículo
parao
qualhavia
sidoescrito.O
professorJoãoA
nronio
dePaulaentra
novamente
emcena,com
aproposta
detransform
arem
livroos
calorososdebates
ocorridosno
seminário
deB
eloH
orizonte,A
longueientãoo
artigueteque
jáexistia,aprofundei-lhe
asconsiderações
denatureza
maisteóricae
termineiassim
,emjulho
de2003,
·:(;i,artigoque
abrea
coletânea.j:;~..N
oinício
de2004,findo
oprim
eiroano
dogoverno
deL
ula-com
~t~tad
os
desastrososno
quese
referea
crescimento
econômico
ege
z~~
ode
emprego
-,urgia
anecessidade
deaprofundar
adiscussão
e·:~
ªrnecê-lade
consideraçõesteóricas
mais
robustas.Um
convitepara
~~frever
umartigo
paraa
revistaalemã
Prokla,uma
amiga
dívidacom
'~1?erió
dico
brasileiroC
riticaM
arxistae
aquarta
ediçãodo
seminário
,;~Macx
internacional",queocorreria
emParis
emsetem
brodaquele
f>
..~_-':.__.;...
~~:§:9.)combinaram
-separa
formar
conjuntamente
oálibide
queeu
ne-J~~
tavapara
pôremm
archaesseprojeto.É
nessesegundo
~rti?oque
.if~
-m.~a
tomar
forma
aquiloque
jáestava
emgerm
eno
pnmelro
,ou.;&'~~
l%t"?-tesedeque
oB
rasilvemse
transformando
apassoslargosnum
a;~
P.YitMorm
ade
valorizaçãofinanceira
internacional.-,0-~~
:~""",,:,<
}';f~~
agostode
2004m
aisum
adem
anda,dessa
vezform
uladapelo
;T.~~!8~
orJoão
Sicsü,permitiu-m
eprolongar
areflexão.
Sicsúorgani
~ri:~~~
tãoum
livrono
qualplanejava
justaporleituras
econômicas,
p~;-::-'-
'.j;jf.ase
ideológicasas
mais
variadassobreo
governode
Lula
eas
~~...:.ivas
denosso
desenvolvimento,e
convidou-me
aparticipar
;"t~l,'!m
e.Sobo
pretextode
realizarum
balançodo
primeiro
anoe
f~·~
~,
~~.(
... ;'II\.,11I.,:1"I
10•
Brasil
Oa
ivay
meio
dessegoverno,
regressoaos
argumentos
anteriores,tom
ode
em
préstimo
uma
instigantetese
dePaulo
Arantes,
aprofundoa
questãoteórica
dadívida
públicae
deseu
papelna
valorizaçãofinanceira,
eestá
prontoo
terceiroartigo.
Entrem
enteseu
tocavatam
bém,além
daatividade
acadêmica
usual,a
presidênciada
Sociedade
Brasileira
deE
conomia
Política(SE
P),en
tidadeà
qualm
efilieidesde
seuinício
em1996
eda
qualfui
diretora
(l996~
1998)e
vice-presidente(I998-2000).
Eleita
emju
nh
ode
2004para
gerira
entidadeno
biênio2004-2006,destaqueiem
minha
propostade
trabalhoa
necessidadede
quea
SEr,
semdescuidar
deseu
papelacadêmico
defortalecer
opensam
entoheterodoxo
vis-à-visa
durainvestida
daortodoxia,
aprofundasseseu
papeipolítico.
Um
adas
me
didasconcretas
que[O
rneicomesse
intuito,junto
coma
diretoriaque
comigo
seelegeu,
foiinscrevera
SEP
naquinra
ediçãodo
Fórum
SocialM
undial,que
ocorreriaem
PortoA
legre,emjaneiro
de2005.
Entre
asatividades
queali
propusemos
erealizam
oshouve
uma
mesa
sobrea
questãodos
novosgovernos
latino-americanos
(particularmente
ode
Lula
noB
rasil,O
deK
irchnerna
Argentina
eo
deT
abaréno
Uruguai)
esobre
atéque
pontoeles
poderiamser
consideradosalternativas
aoneoliberalism
ono
continente.P
articularmente
nocaso
doB
rasil,o
aprofundamento
dessadiscussão
mostrava-se
defundam
entalim
po
r.tância,
dadaa
equivocadainterpretação
corrente,m
esmo
entreinre
lectuaisde
esquerda,de
queL
ulafazia
Oenfrenrarnenro
queera
possívelà
doutrinae
aosinteressesdom
inantes,rendendo-sea
elesapenasquan
donão
haviaoutra
alternativa.E
raessa,portanto,
aoportunidade
quefaltava
paracolocar
nopapel
arese
deque
ogoverno
Lula
nãosó
nãoconstituía
alternativa,em
qualqueraspecto
considerado,ao
neoliberalism
o,com
oera
suam
aiscom
pletaencarnação.
Foiaiquecom
eceia
juntarduas
áreasde
discussãonas
quaisvinha
militando
háalgum
tempo,
quaissejam
:a
análisedo
desenvolvimento
capitalistano
Brasil,de
umlado,
ea
históriado
neoliberalismo
como
doutrinae
coleçãode
práticasde
políticaeconôm
ica,deoutro.O
quartoartigo
éo
resultadoprim
eirodessa
junçãoe
daorganização
dessadis
cussão.Seuresultado
mais
bemacabado
estáno
último
artigo(o
sexto),
escrito.dessa
vez,porencom
endada
Escola
Politécnica
deS
aúdeJoaquim
Venâncio.
entidadepertencente
àF
undaçãoO
swaldo
Cruz.
Em
comem
oraçãoaos
vinteanos
deexistência
daescola,seus
gestoreshouveram
porbem
realizarum
seminário
emque
sediscutisse
nãosó
Apresentação
•I
1
educação,não
sóform
açãode
profissionaispara
atuarna
saúdepübli
ca,m
astam
bémo
panode
fundoem
queessa
atividadese·d
esenvolve.
Convidaram
-me,
então,por
voltade
julhode
2005,a
escreverum
artigo,que
deveriaestar
prontOao
fimde
outubro,sobrea
dinâmica
eos
impasses
doncoliberalism
ono
Brasil.
Não
poderiahaver
melhor
oportunidadepara
aprofundara
discussãoque
euiniciara
nainterven
çâofeita
noV
Fó
rum
SocialMundiale
quefoipublicada
nonúm
ero16
daRevista
daSociedade
Brasileirade
Econom
iaPolítica.
Tive
aítarnbém
aoportunidade
dedar
maiorcurso
aoutra
teseque
jáhavia
delineadoanteriorm
ente.M
aisum
avez
instadap
or
PauloA
rantes,fiz
um
aintervenção,
nu
ma
atividadeprom
ovidapela
revistaM
argemEsq/lerda,
nam
esma
quintaedição
doF
órumSocialM
undial,a
fimde
mostrar
queL
ulafazia
usode
uminstrum
entosingular
paralevaradiante
suapolítica
hiperconservadora:a
decretaçãode
umesta
dode
emergência
econômico.
Aidéia,
entãoapenas
esboçada.encon
rrouno
artigoescrito
paraa
Escola
Politécnica
aoportunidade
dese
desenvolver.M
as,antes
disso,um
anova
solicitaçãodo
professorJoão
Antonio
dePaula
revelou-seprovidencial.
Preparando,
emabril
de2005,
uma
·uQY'aedição
dosem
inárioocorrido
emB
eloH
orizontedois
anosan
t~ie1e
me
convidoua
escreversobre
aquestão
dosinvestim
entosno
.._~.
..
..
~~.
Atulhada
decom
promiSSO
S,
como
sempre,
aceiteia
ernpreua-~
1inaspropus
aoprofessor
Chriscy
Pato,am
igo,interlocutor
esecre
;~da
SEP,que
seassociasse
am
imnesse
projeto.E
stimulada
pelo_~;~
aque
me
haviasido
encomendado
epelo
enquadramento
geraldo
~io
,denominado
agora"A
economia
políticadodesenvolvim
en/~
J!(o
anteriordenom
inara-se"A
economia
políticada
mudança"),
-i;~'~.~
eium
poucoo
focodo
mo
men
tocorrente
parapensar
ocurso
tt~_
_com
ecimenco
sn
um
escopotem
poralm
aislargo.Já
quea
teseda
.~~~~~~
odo
Brasil
como
plataforma
devalorização
financeirainterna
,:~~~P
estavana
minha
cabeça,pensei
deim
ediatonum
aprim
eirase
~~ig:ue
colocasselado
alado
mais
dem
eioséculo
deinform
ações?""-;<-.,
~~~
formação
brutade
capitalfixo
esobre
asdespesas
comrendas
~;:~ançade
serviçosdo
balançobrasileiro
depagam
entos.Intu
ítarn,~(ju
eseria
necessáriorepensar
aquestão
da"dependência",que
em-::,".pio
caracterizariaainda
nossoprocesso
dedesenvolvim
ento.O
"~:pr
Chriscy,hábil
emnúm
erose
computadores
ecom
petenteno
Hàleoria
dadependência
(defenderaem
2004,no
Departam
ento
t2•
Brasil
DdilJ<
ry
deC
iênciaP
olíticada
FF
LC
H/U
SP
,b
rilhan
tedissertação
dem
estradosobre
am
atéria),era
osócio
idealpara
levarad
iante
taispretensões.
Trabalhando
juntos,com
pilamos
informações
paraconfirm
ara
teseda
plataforma
devalorização
financeira,ousam
osp
rop
or
atroca
do
termo
"dependência"pelo
termo
"servid
ão"(n
ocaso,
servidãofinan
ceira)e,
com
osu
bp
rod
uto
,n
um
aanalogia
àdescoberta
anteriorde
Caio
Prado,
deparamos
com
osentido
da
industrializaçãono
Brasil.
Esse.p
ortam
o,é
oco
nteú
do
doq
uin
toartigo,
oq
ual
foipublicado
no
livroorganizado
peloprofessorJoão
An
ton
iode
Paula,co
mas
con
tribuiçõesd
osem
inário,e
qu
eveio
apúblico
emo
utu
bro
de2005.
Co
n
tudo,contrariam
enteao
esperado,ov
olu
me
nãotrouxe
com
orítulo
o
no
me
doevento
quelh
edeu
origem(liA
econ
om
iapolítica
dodesen
volvimento"),
mas
oexpressivo,
esin
tom
ático,
Adeus
aodesenuolui
menta:
fiopçãodo
governoLula.
Foimais
um
avez
Paulo
Arantes,q
ue
tenh
oo
privilégiode
terco
mo
leitor,q
uem
considerouq
ue
essesartigos
rodosq
ue
vimescrevendo
desdea
possede
Lula
emjaneiro
de2
00
3p
od
eriamser
publicadosconjuntam
ente,num
únicovolum
e.P
on
dero
uq
ue
suapublicação
nacoleção
Estado
deS
Itio,p
or
eledirigida
naB
oiternpo,viria
acalhar.
Assim
,em
meados
de2
00
6,
teveinício
aedição
do
vo
lum
eque
agoravem
apúblico.
Nesse
meio
rempo
Lula
sereelegeu,
aeco
no
mia
mu
n
dialtornou-se
aindam
aisam
bígua-
crescendod
em
od
osistem
áticoco
mo
nãocrescia
hápelo
menos
trinta
anos,m
asao
mesm
otem
po
sendoassom
bradapelo
fantasma
deu
ma
crisefinanceira
aser
deto
na
dapelo
mercado
imobiliário
norte-americano
-e
aeco
no
mia
brasilei
raexperim
entouum
crescimento
men
os
tímid
oq
ue,
noencanrovern
nadaalterou
odiagnóstico
anterio
rmen
tefeito.
Em
razãodisso,
um
posfáciotornou-se
necessário;este
foielaborado
tom
and
op
or
base
um
artigoescrito
com
oprofessor
Rodrigo
Alves
Teixeira
ap
rop
ósito
dolançam
entodo
Plano
deA
celeraçãod
oC
rescimen
to(PA
C)
ep
u
blicadona
Folhade
SPaulo
em10
defevereiro
de2
00
7.
Agenerosidade
daed
itora
Autêntica,d
aed
itora
Man
ole,
daE
scolaP
olitécnicade
Saúde
Joaq
uim
Venâncio,
da
CrItica
Marxista
ed
aRe
vistatÚ1
SEP.que
perm
itirama
republicaçâodos
textos,rornou
possíve1
aconcretização
daidéia
dereuni-los
todos.A
despeitod
ocaráter
con
jun
tural
dem
uitasdas
observaçõesaqui
enco
ntrad
as,oque
pred
o
min
asão
asproposições
decaráter
estrutural.Por
essarazão,
etam
bém
po
rqu
eas
consideraçõesem
pu
rradas
pelaco
nju
ntu
radão
con
tadas
Ap
resentação
'13
circun
stâncias
emq
ue
osartigos
foram
escritos,eles
foram
aqu
irepublícados
talco
mo
seen
con
tramem
suasedições
originais.As
diferenças
eventualmente
encontradasdevem
-sea
cortesefetuados
para
evitarrepetições.
SãoPaulo,
dezembro
de2007
:.'"
-..~
.
jj'I
i
"/jlli,i",:t::;01IILi!::jI'JI"
r.:I'"ili!!~t;I
!\
"
i::
BR
ASIL
DE
L/ID
fr
razões.contradições
elim
ites,dapolítica
econômica
nosprim
eirosseis
meses
dogoverno
Lula
"JoséD
irceupronunciou
umdiscurso
quenem
oPedro
Malan
faria..."(O
lavoS
etúbal,presidente
doC
onselhode
Adm
inistraçãodo
ltaú,em
entrevista11.C
artaC
apitalde25/6/2003)
1.A
mo
rteda
macroeconom
ia
Desde
seuinício.
emjaneiro
de2003,
ogoverno
Lula
vemprati
candoum
apolítica
econômica
deinclinação
inequivocamente
liberal,confirm
andoo
quem
uitosesperavam
,alguns
comangústia.
outros,to
malívio,T
esese
argumentos
incansavelmente
defendidosao
longo'a
osoitos
anosde
governoF
ernandoH
enriqueC
ardoso(F
HC
),sem
-pJ:ecriticados
peloP
artidodos
Trabaihadores,
sãoage
taafirm
adospelo
'g~~no
desteúltim
ocom
desconcertantenaturalidade.
:_;1fM.t~
reditam
algunsque
agestão
Lula
seráainda
mais
liberalque
ade
:j~~~r~ntecesso
r,pois
conseguirálevar
acabo
um
asérie
detransform
a{
;~com
asquais
FHC
apenassonhou.A
ngcli,em
chargena
Folhade
,~~~~
Jode
26de
abrilde
2003,traduz
àperfeição
essaexpecrariva:
~~sre~
ando
sobreo
retratopresidencial,
oprim
eiroindivíduo
toma
~:;~~
:por
umsósia
deFH
C;
osegundo,
emdúvida,
argumenta
que,
.'l<.•,.-
:s.rj}.,~~
)~m
aisgordinho";
aoq
ue
eterceiro
retruca:"que
nada,este
éo
*~
§~'yerdadeiro".
'1?-f.~~~W~d
aque
nãoseja
um
acom
pletasurpresa
-para
alguns,essam
ano.~~'i~
\~~
ca1já
estavaem
germe
noinício
de2002
e,para
OU
tros,antes'~Ili~~~
~~disso-,
ocenário
impõe
reflexão:quais
asrnzões
detam
anhai-;~=f;~
}~quais
oslim
itesdessa
políricai,
--'.}h
ecemos
pelasrazões,A
primeira
alegadarazão
ésobejam
entecJ4a.
Mesm
oo
mais
distraídoobservador
dacena
nacionala
!)lontada
língua.T
rata-seda
famosa
"Tina"
("T
hereis
no.)
~~").na
qualestivem
ossubm
ersosnos
últimos
oitoanos
eda
!#tosacreditaram
quesairíam
os,ou,
aom
enos,ergueríam
os,~
acabeça.
~.;
~~Jft_
~..~·:~~t,~
.,('~7~,;.•
•:
:..-
.-
l
..:
.~-~-
.~
-"
.!i:i<-
I ,Ii:i
~,
]!
I(j
•B
rasilD
tlivuy
oprim
eiroelo
dacadeia
argumcntariva
queSustenta
aforça
daT
Ina~
ode
queexiste
sóum
am
acroeconomia.
Repetido
hojede
Aa
Z,
ouseja,
poreconom
istasdas
mais
variadasfiliações
ideológicas,o
argum
entoreza
q~e
nãohá
políticaeconôm
icade
direita,de
esquerdaou
decentro
.Existe
apolítica
cerra,tecnicam
ente(sic)
fundamentada
neutr~;c
existea
políticaerrada,
irresponsável,utópica,
ingênua:p~pUIIS[a.
Por,tanto,todo
equalquer
ajustesó
podese
dar
naesfera
rnicroeconômica:
osp
readb
and
rioé
alro?-
mexa-se
naL
eideFalên
cias;arenda
ém
aldistribu
ída!-
basta"focar"
osprogram
associais
eaum
entarsua
eficiência;e
assimpor
diante.São
intocáveiso
ajustefiscal"duro",
ojuro
realelevado,apolüica
monetária
conrracionistao
câmbio
flutuante,a
livrem
ovimentação
doscapitais.
'
Portam
o,se
sóhá
uma
políticam
acroeconômica
cientificamente
~mp~vada,
umgoverno
responsável,qualquer
queseja
suafiliação
Ideológ~ca,deverá
,adotá-la.
Om
atizideológico
ficaassim
relegadoà
conduçãode
políticasde
enfoquem
icroeconômico:
mais
ativamente
"pró-social"para
osgovernos
deesquerda
(políticascom
pensatóriaserc.),
menos
preocupadascom
o"social"
paraos
dedireita
I,
Não
édem
aislem
brarq
ue
essapoltrica
macroeconôm
ica,conside
rada,aúnica
corretaporque
aúnica
verdadeiramente
científica,implica,
partlcularm~nteno
casode
economias
como
abrasileira,
aextinção
doespaço
emSI
dapolítica
econômica:
apolüica
monetária
ficaatrelada
àsm
etasinflacionárias;a
fiscal,aossuperãvirs,
ea
cambialé
com
and
a.da
pelopró~rio
mercado.
Nesse
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nãoh
árigorosam
entenenhum
adiferença
entrea
independênciado
Banco
Central
esua
"autonom
iaoperacional",
IN
ãoé
precisodizer
oquanto
háde
ideológiconessa
forma
decolocar
ascoisas.
Reconhecer
aexistência
do"problem
ado
social"-
expressãoque
vemse
consagrando
nosúltim
osanos
-im
plicatom
arespuriam
enteo
todoco
mo
sefOS5e
sóU
ma
parte.e
certamente
nãoa
mais
importante,
daquestão
nacional.E
vidente~e~te
essaexpressão
cO
Utra
sq
ue
lhesão
correlatasnão
estãodesvinculadas
daidéia
deq
ue
56há
uma
macrocconom
ia.Pelo
contrário,d
asreafirm
ama
tesede
quea
economia.
macroc:eonom
icamem
efalando.
deveser
traradapelos
governos-s:paradam
enl<:Mdo
"restante"dos
problemas.
Oco
nteú
do
dessediscurso
_q
ue
naoP~c
serplenam
entedescortinado.
sobpena
deco
mp
rom
etimen
tode
seuspro~SI(OS
-é
queeconom
iae
sociedadedevem
serconsideradas
como
doism
un
dosque
nãoSe
conectam,
Brasil
D~/iwry
•17
2.A
lóg
icad
acred
ibilid
ade
Nu
ma
economia
como
anossa,
cederaos
apelosd
ocrescim
entoe
doaum
entodo
emprego
mexendo
emqualquerdos
dogmas
dapolüica
econômica
cientificamente
comprovada
implica
pôremrisco
a"credi
bilidade",segundo
eloda
cadeiaargurneritativa
quesustenta
aT
ina.A
necessidadede
recuperara
"credibilidade"do
paísfoi
eé
utilizada
como
justificativanúm
ero1
paraa
manutenção
em
esmo
aexacer
bação,neste
iníciode
governo,da
políticaeconôm
icaoperada
pelogoverno
FH
C.
Mas,
colocadadessa
forma,
elagera
aexpectativa
deum
espaçopara
aalteração
dessapolítica,
uma
vezrecuperada
adita
credibilidade.Aqueda
aceleradado
risco-país,a
recuperaçãodo
preçodos
C-B
onds(títulos
brasileirosnegociados
nosm
ercadosinternacio
nais)e
atão
festejadavalorização
doreal
começaram
aapontar
para~o
pelom
enosdesde
oinício
deabril
de2003.
Os
jornaispassaram
a.~
rque
"oB
rasilviroum
odaem
\'V'all
Srreer"c
que,para
osinvesti
doresestrangeiros,
"Lula
éum
bomnegócio".
"T
eriachegado
~om
isso,finalmente,
ahora
ea
VC
2da
políticaeco
': ~~mica
indurorado
crescimento
edo
emprego?
Lcdo
engano.A
lém:fWnão
tomar
nen
hu
ma
medida
sinalizadorade
uma
talpolítica
nas;~~
.aisáreas(com
o,por
exemplo,a
fiscal),noque
tangeà
suaface
mais
)~YMly
el.aárea
monetária.
também
nadam
udou.O
Co
mitê
dePolítica
.#Mçp.etária
(Cap
am),
desdeentão,
manteve
praticamente
inalteradaa
:~'Yt
.~ásicada
economia
emtorno
dos2
6%
aoano",
uma
elevaçãode
:::ffi.~:~
tos
percentuaisern'relação
àtaxa
vigenteem
julhoe
de4
pontos;,~
.~_~~ntu
aisem
relaçãoà
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dezembro
de2002.
~~~~IQ
equivoco,porém
,não
éde
quemm
antevea
políticam
onetária,j.:~~-~
~~
aranão
darm
argema
dúvidas,im
pôs,emfevereiro,
mediante
o.i$
todo
compulsório
dosbancos,
umco
ne
deliquides
queatin
;'[;m_~~~ase
10%dos
meios
depagam
entoda
economia.
Oengano
éde
:~!:~~~i~
~acredi{QUou
acreditaque
arendição
dogoverno
petistaao
can
:_;d~~.
reia~o
discursolib~~~l
éapen~
tem~orári~:
estratégica,n
:'~}'-?:~~
~'
':f'~,,:p
arafazera
travessiac
garantirum
arransrçao
semtraum
as.
'~'-=
-S.·~:1;;".
;,~>de
abrilretirou
oviés
dealta
da
taxa
básica.m
antendo-a,porém
.nos
i'i!quc:VigoraV
;lmdesde
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reuniãode
maio
nãom
ud
ou
nadanessa
-,~.:e
areunião
deju
nh
ocortou
irrisório0
.5%
,
~:.l)!.
18•
Brasil
Drlivt'ry
Brasil
Delillt'ry
•19
resultados,por
pífiosque
sejam,ótim
o.Senão
...paciência,
Mas,
sendoassim
,de
queserve
am
obuscada
cdefendida
credibilidade?
3.B
rasilD
eliuery,ou
paraq
ue
servea
credibijidade
Senão
épara
permitir
prioritariamente
aretornada
docrescim
entoeconôm
icoe
doem
prego,de
queserve
aconquista
dessatal
credibilidade?
Perguntem
os,em
primeiro
lugar,p
or
suasconseqüências.
Am
aisbadalada
delasfoi
asúbita
engordada
balançade
capitaisnos
primeiros
meses
de2003,
oque
explica,com
ose
sabe,a
aceleradaqueda
devalor
dam
oedanorte-am
ericanaq
ue
seseguiu.
Mas
qu
edó
laré
esse?"País
atraicapital
volátil;dólarprodutivo
seca",diza
rnan
chetedo
cadernoD
inheiroda
Folhade
S.Paulode
25de
abril.A
ocontrário
doocorrido
como
capitalde
curto
prazo,cujas
entradascresceram
mais
de1.300%
noprim
eirotrim
estrede
2003com
parado
a-igualperíodode
2002,a
entradade
capitalresultante
deinves~i~e~.
tOSdiretos
estrangeiros,no
mesm
operíodo
ecom
paradaa
baseidênri-
_.ca,caiuquase
58
%.T
alassimetria
explica-se,deum
lado,pela
inevitável_:;átbitragem
operadapelos
mercados
emcondições
derisco
reduzidoe
__:~~X3
realde
juroselevada
e.de
outro,pelo
esgotamento
da
fonteque
\pToduziu
,emanos
anteriores,ospolpudos
recursosoriundos
deinves
~f_tj.~ent
os
estrangeirosd
iretos
(não
hám
aisquase
nad
ap
araser
1?iii~
rizado
,eo
capitalprivado
debom
potenciale
preçosirrisórios
já
:~~bpracicam
enterodo
negociado)".--1
-'"
I.
,:j~~:.~
,Ressalv
e-se
,porém,que,
mesm
oque
osrecursos
emte
ativessem
se~~
ê~gin
ado
dab
and
asaudável
dabalança
decapitais,
asconseqüências,
;~lt~:.
_})~
~=-1Nleforma
daP
revidência,na
forma
com
oestâ
sendoproposta,
com
ainsistência
__ ~~!"'::"':f~q::rcgim
eú
nico
ou
assemelhado
eco
ma
insistênciana
fixaçãode
umteto
basran_
a;'~~~~F
u:tido
paraos
benefíciosa
serempagos
peloE.sta~o.
deverá.rcdund.arn
um
,.:-~t:"i;--
._.1~~
deabertura
àexploração
po
rp
ane
doselar
privadonacional
eInterna-
~~~
'~iifald
cum
mercado
previdenciáriosubstantivo,até
então"m
onopólio"do
Esta-;e~-..::
~~~goatu
do
.não
serraea
alde
um
ap
rivatiu
ção:1
0estilo
convencional,m
asda
':J'-,~
tuição,pata
osetor
privado,de
um
aespécie
dereserva
dem
ercado.na
qual:Jóg~.n
un
idadcs
deg
anh
opodem
serbastante
promissoras,já
qu
esão
cercade
lá~
õcs
deservidores
públicosno
pais.Acriação
defundos
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com
~t:U'es
paraservidores
públicos.geridos
pelainiciativa
privada,alids,
émP~misso
qu
ef.u
pu
ted
oacordo
doB
rasilco
m°
FMI
assinadoem
agosto_"~
O{j~
eq
ue
foitranq
üilamente
acatadopelo
governodo
PTna
revisãofeita
·~de20
03
..
......
JM
Umgoverno
contraditório",&
vislatÚz
SociedadeB
msileira
dt'Econom
iaP
olitica.n.
12,jun.
2003.•
Osecretário
depolítica
econôm
icado
Ministério
daFazenda,
Marcos
Lisboa.
afirmou
emu
ma
entrevistaesperar
queo
Brasilcresça
em2003
mais
doque
"vemcrescendo
recentemente",
"Mas,
nocaso
deo
Brasil
nãovoltara
crescer,ogoverno
remum
planoB
?",pergunta
orepórter.
"Não
remplano
B.
Issofaz
partede
especulaçõesn
aturais
quesem
preocorrem
",foi
aresposta
de:Marcos
Lisboa.C
("B
rasilesrá
menos
dependente.crê
Lisboa"
(entrevistaconcedida
aG
uilh
erme
Barros).
Folhadt'S.P
nulo.17/3/2003.
p.B
6.
As
autoridadeseconôm
icasdeixaram
mu
itoclaro.
desdeo
inícioda
gestãoL
ula,queseria
esseo
modelo
aser
seguidoe
que,porcanto,
arecuperação
daeconom
iado
país,a
retomada
docrescim
entoe
aredu
çãodo
desemprego
teriamde
seencaixar
dentrodessas
regrasou
entãonão
seefetivariam
.E
mtexto
recente".oprofessorJoão
Machado
Borges
Neto
mostra,
comprofusão
dedetalhes,
opasso
apasso
daconversão
peristaaos
ditames
dapolítica
liberal.N
um
aacurada
análisedo
discurso
deposse
proferidopelo
ministro
Antonio
Palocciem2
dejanei
rode
2003,B
orgesN
etoindica
quehá
um
aconfusão
noque
sevem
entendendopor
"transição".O
mandatário
número
1do
ministério
mais
importante
daárea
econômica
deixouclaro
ali quea
tãoesperada
transiçãose
refereà
superaçãodas
dificuldadesde
CUrtO
prazo,dentro
dom
esmo
modelo,
que,segundo
om
inistro,é
aqueleque
respeitaos
"princípiosbásicos
dapolítica
econômica".
Não
sevislum
bra,p
ortan
to,
nohorizonte
daatual
gesrão.n
enh
um
am
udançade
modelo".
Posiçãocoerente,
semdúvida,
viscoque
qualquersinalização,
po
rtên
ue
quefosse,
nadireção
deum
aefetiva
mudança,
invertendoprio
ridadese
dandoprim
aziaà
recuperaçãodo
crescimento
edo
emprego,
poriapor
terraessa
tal"credibilidade".
De
fato,a
lógicasegundo
aqualela
operanão
permite
calviolação.Um
avez.conquistada,a
"credibilidade"
cobraum
preçoalto
pelafidelidade:
am
anutençãode
rodosos
mim
osque
permitiram
suaconquista,
asaber:
apolítica
monetária
contracionista,o
juroreal
elevado,o
ajustefiscal
duroetc.
Portanto,
equivocou-sequem
esperavapor
uma
mu
dan
çaefetiva.
Crescim
entoeconôm
icoe
reduçãodo
desemprego
serãoaqueles
queo
modelo
perm
itir.N
essesm
arcos,eles
nuncapoderão
terprim
azia,ou
seja,nunca
passarãoa
sero
objetivonúm
ero1
dapolítica
econômica,
simples
mente
porqueisso
éincom
patívelco
mos
"princípiosbásicos"
dom
odelo
adotado.E
mpoucas
palavras,se
forpossível
obtertam
bémesses
1-1
1:
!.
!
doponto
devista
daperform
ancefutura
dascom
asexternas,
seriampraticam
enteas
mesm
as,a
saber:valorização
dam
oedadom
ésticae
pioranos
resultadosda
balançacom
erciale
dabalança
deserviços
não-fatores.D
aíà
decisãode
financiarcom
recursosprovenientes
dam
ovimentação
deestoques
opesado
déficitem
transaçõesco
rrentes
portanto,déficit
defluxo
-do
balançode
pagamentos
ésó
umpuli
nho.N
ãohá
espíritoque
resistaa
tamanha
tentação.
aindam
aisse
juntocom
elavem
obrinde
dam
oedadom
ésticarevalorizada,
quesustenta
ailusão
deque
umpais
como
oB
rasilpossa
terum
am
oedade
verdade,ou
seja.incondicionalmente
conversível.O
ideáriovigen
tenunca
associaresponsabilidade
fiscale
"macroeconôm
ica"(sic)
àresponsabilidade
cambial.
Qu
eos
recursosque
têmfeito
afesta
dogoverno
cda
mídia.
sobretudo
atelevisiva,venham
nãodo
ladosaudável,
mas
dolado
cigano,volátil.especulativo
dabalança
decapitais.só
agravaa
situação.Caído
emtentação,
opaís
descuidará,m
aisum
avez,da
divisaboa,
quecria
demanda
efetivae
impulsiona
crescimento
eem
prego,e
estarádefini
tivamente
nasm
ãosdo
mercado
,inteiram
enterefém
deseus
caprichos,
Além
detudo,
atão
decantadacredibilidade
podeir
àlona
subitamente
se.por
uma
razãoqualquer,
fundamentada
ounão.
verdadeira
ouforjada,
osm
ercados,hojetão
bern-humorados
como
país,resolverem
mudar
dehum
or.Jávim
osesse
filme
antes,por
sinalm
uito
recentemente,
esabem
osque
tristefim
eletem
.M
aspor
quenão
intervir?N
ãodetém
oB
ancoC
entralos
instrum
entosque
lheperm
itemenfrentar
tantoquedas
quantoelevações
exacerbadasdo
valorda
moeda
doméstica?
Aliás,
nãoage
elesem
preassim
equase
automaticam
entequando
om
ovimento
sedá
nosentido
inverso?Interlocutores
depeso
têmfeito
talpregação.
mas
mesm
oas
simas
autoridadeseconôm
icasnão
sedispuseram
aindaa
operara
reclamada
intervenção.Parece-lhes
uma
heresiaim
pedira
valorizaçãoda
moeda
nacional,m
esmo
queela
ocorrapor
obrae
graçade
capitaisariscos,
poucoconfiáveis
edispostos
adar
nopé
aoprim
eirosinal
deperigo.
Não
édem
ais,diante
disso.relem
braro
lamento
deC
elsoFur
tadoem
entrevistaconcedida
aojornal
Vawr
emju
nhode
2000:"Ago~
ra,o
Brasilchegou
aoextrem
o[...].
Otriste
éim
aginarque
um
paísem
construçãoseja
entregueao
mercado".
Mais
tristeainda,
podemos
completar
agora,se
essaentrega
forpatrocinada
pelogoverno
deum
partidoque
nasceu,cresceu
efortale-
BrasiI
D~lilia
,•
2I
ceu-sena
lutapela
construçãode
uma
naçãosoberana.
capazde
tratarcom
dignidadetodos
osseus
cidadãos",A
"credibilidade",em
cujonom
esão
exigidostão
pesadossacrifícios,
énecessária
param
antera
vulnerabilidaded
opaís,
nãosua
estabilidadee
asusrentabilidade
deseu
crescimento,
incansavelmente
reivindicadaspelo
PT
aolongo
dosoito
anosdo
reinadode
FHC
.É
claramente
falacioso,pois,
oargu
menta
dacredibilidade,assim
como
falaciosaé
atese
deque
sóhá
um
am
acroeconomia.
Esta
última
sóse
sustenta,se
éa
manutenção
dessecipo
decredibilidade
oque
estáno
horizonte.E
acredibilidadel
vulnerabilidadede
economias
como
abrasileira
énecessária
paraa
valorizaçãodos
capitaisespeculativos
quehoje
dominam
oprocesso
deacum
ulação,com
onecessários
sãoas
crises,as
turbulências,os
sú
bicosmovim
entosde
preçosdas
moedas
fracas,as
elevadastaxas
reaisde
jurosetc.
t.precisam
enteisso
qu
eproduz
aengorda
docapital
especulativono
mu
nd
oe
otorna
cadavez
mais
poderoso..'
Aafirm
açãoperem
próriade
queexiste
um
aúnica
macroeconom
ia,independentem
enteda
intençãocom
queé
feita,esconde,atrás
desua
. --~'~pare
nte
recnicidadee
neutralidade,o
beneficiode
interessesm
uito<~
ed6co
s,queestão
emlinha
coma
viradapró-acum
ulaçãofinancei
·r'raido
capitalismo
mundial
quecom
eçano
fimdos
anos1970
,devasta~i.;~'
América
Latina
nosanos
1990e
aindaestá
poraqui,
firme
eforte.A
.-j'SitqVticaeconôm
icado
governodo
PT
fortaleceesse
ideário,visto
que
:ift:r~.Habraçadae
édefendida
ea~licada
pelomaio~
parti~ode
esquerda.~!j-~~~;tn
undo
nogoverno
dornaror
paísda
Am
éricaL
atina,ganhando
:~%~~~
uminestim
ávelreforço
emsua
imagem
depolítica
cienrifica
;~91~
tecom
provada.";k~
.ji!,ãlve7.fosse
possívelarg
um
entar
que.in
dep
end
entem
ente
da.
.*~~ejJI:~d
citavontade
dopartido
edo
presidenteeleito.
aadoção
desse'~~~~
p.g~o
impôs-se
como
necessidade,dada
a"herança.m
aldita"que
o
,.~4~'~
~}'Jt.,~
0anteriordeixara.
Ecom
ou
ma
vezque
seem
barquenesse
b~nH
~~~:~
~~~
épossível
delesaltar
semprovocar
umtum
ultotalvez
maror
~~~~1§~~
~B~~
oque
setentou
evitar,ogoverno
Lula
teriadecidido
deu
ma
~.~~:0'"·-·!~Yi~h
~9ttodas.
aindaantes
deassum
ir;adotar
otal
modelo
etentar
:---~;~
1.~
.t.".R
".':-~~
.l!.oO
tavianoC
anuto,secretário
deR
elaçõesInternacionais
doM
inistério...)
lnda:"Apalavra-chave
édeliverv,
como
bemem
pregouum
analistade
Wall
-<••')1
...;"';:tA
genteestá
prometendo
ea
geme
estáentregando"
(eiradopor
Paulo~
t1lBatista
Jr.em
"Paciência!",Folhack
S.PallfD.
10f4/2003,p.84
).
~%L
_.,
.;
-r:
-~'.>:.;
i:
22•
BrasilD
elivay
firmem
ente,por
mais
quereconhecesse
qued
enão
éo
idealpara
isso,encaixar
aíseus
verdadeirosobjetivos
(crescimento
econômico,
recuperaçãodos
níveisde
emprego,
disrribuiçãode
rendaetc.).Se
com
provada,a
tesetraria
pelom
enosum
alento:a
escolha,pelo
governodo
PT,do
modelo
anticrescirnenropoderia
serconsideradaum
airônica
fatalidade.É
esse,como
sesabe,
otipo
deargum
entoque
temsido
utilizadopelo
governo:já
queo
paísse
desfaziacom
ogelatina
emjaneiro
de2003
,tom
arqualquer
medida
quejogasse
mais
lenhana
fogueirada
desconfiançaseria
uma
temeridade
quepoderia
colocarem
riscoa
própria
governabilidade.A
quedado
risco-país,a
revalorizaçãodo
realetc.
seriama
comprovação
doacerto
daescolha.
Mas
serãoverdadeiras
asprem
issasdesse
argumento? Já
sedem
onstrou
dem
aneirainequívoca
queo
paísestava
àbeira
doprecipício
noinício
dagestão
Lula?
Verem
osque
não.E
nãose
provocacom
issonenhum
arninim
izaçãodos
descalabroscom
etidospela
gestãoanterior.
As
perversasconseqüências
parao
paísda
políticaadorada
pelogover
noF
HC
sãode
naturezaestrutural,enquam
oo
argumento
como
qualse
justificaa
ortodoxiado
iníciodo
governoL
ulaé
denatureza
indiscutivelm
enteconjuntural.
Vejam
os.
4.D
ezemb
rod
e2002:
oB
rasilà
beira
do
precip
ício?
Qu
eproblem
aspodem
seagravar
numpaís
como
oB
rasilaponto
dese
dizerque
eleestá
àbeira
doprecipício
eque
po
risso
serequer
aadoção
dem
edidasdrásticas
parareverter
oquadro?
Oprim
eiropro~
blerna,sem
dúvidanenhum
a,é
orisco
dainadim
plênciaexterna,
ofam
osotÚ
fau/t,queo
jargãoeconornês
houvepor
bemconsagrar.O
utroé
odescontrole
inflacionário,capazde
desorganizaro
sistema
produtivo
eparar
opaís.V
ejamos
cadaum
deles.A
pioraestrutural
dasC
Ontas
externasdo
Brasilé
certamente
uma
dasm
aisperversas
herançaslegadas
pelogoverno
FH
C.
Aabertura
externaestabanada,
alémde
elevara
dependênciado
paisem
setoresestratégicos
como
osde
insumos
básicose
bensde
capital,produziu
umsubstantivo
estoquede
capitalprivado
nacionalbom
ebararo
quefoi
pararnas
mãos
docapiral
estrangeiro.O
processode
privatízaçâo
dasestataisproduroras
deserviçosindustriais
deutilidade
públicaim
pôsa
elaso
mesm
odestino.
Co
mo
resultado,a
balançade
serviçosé
hojem
uitom
aispesada,
porcom
ado
aumento
dodéficit
nabalança
de
BrasilD
elivay•
23
rendas,resultado
inescapáveldaduplicação
dopassivo
externolíquido
dopais.A
lémdisso,agora
muito
mais
doque
antes,o
crescimento
do,
produtodepende
dasim
ponações..
Odéficit
dabalança
derendas
(lucros,dividendos
ejuros),
que.girou
emtorno
deU
S$11
bilhõesao
longodos
anos1980
e1990,
at.é:
1996,saltapara
aesferados
US$
15bilhõesem
1997e
paraU
S$19
bi·lh
ões
apartir
deentão.
Esse
estragoestrutural
teveum
componente
\:adicio
naL.denatureza
conjunturale
deenorm
epeso,
comos
quatro:;:''anos
em
eiode
moeda
nacionalartificialm
entevalorizada.
Daí
osf;.in
egadéficitsem
transações
correntesque
passarama
serproduzidos",
-;;rOcom
ponenteconjuntural
foiresolvidocom
adesvalorização
docârn
:~;6io
emjaneiro
de1999.
Oestrutural
permanece
esó
comm
udanças::~:êstru
turais
(reduçãoda
dependência,dim
inuiçãodo
passivoexterno)
';:,:ppde
serm
inorado.}~\
Evidentem
ente,dada
apiora
estruturaldas
contasexternas,
nossai
: 7:klnerab
ilidad
etam
bém
cresceue,
napresença
decom
ponentes:f.n
~n
juntu
raistam
bémadversos,
podede
fatoproduzir
crisesque
colo:.:
"'emo
paísà
beirado
precipfcio.D
epoisde
janeirode
1999,o
Brasil
'iJi:i:':;>"~
de
recorrerainda
mais
duasvezesao
FM
I,ameaçado
queestava
de.-
::~~honrarseus
comprom
issosexternos.
Aprim
eiradelas
foiem
ju'~'~de
2001,quando
ogoverno
FH
C,
vendocair
porterra
suasex
"'.tivasquanro
aovolum
ede
recursosde
investimentos
externosos
queo
paísreceberia,decidiu
preventivamente
recorrerao
Funbtendo
US$
15bilhões.A
segundavez
foiprecisam
enteem
agos-":2
002,quando
aturbulência
eleitoralprovocada
pelaliderança
de.pelo
terrorismo
quese
fezem
tornodisso
fez.subirorisco-país,
orizouos
títulosbrasileiros
nom
ercadoexterna
e,emconseqüên
traiua
entradade
recursosna
balançade
capitais.Foramentão
..psU
S$30
bilhões,entre
saquese
postergaçãode
pagamento
ao~[!?
Fundode
vaiaresreferentes
aem
préstimosanteriores.
1n.armos
asornaréria
dosaldo
emtransações
correntesdo
Brasilno
período'~
93
,chegarem
osa
umdéficit
totalde
US$
1.3bilhão
noperíodo.
Se-..
om
esmo
exercíciopara
adécada
seguinte.ouseja.para
operíodo
1994·,
ndopara
2003o
mesm
odéficitverificado
em2002
(US$
7,7bilhões).
.o
éum
déficirtotal
deU
S$196
bilhões.istoé.um
resultado150,8
vezesue
nosdez.anos
anteriores.
--
....
24•
BrasilD
diva
yB
rasilDa
jlJ~ry•
25
rérn,analisando
osdados
dctalhadamente,
percebe-seque
oresultado
mais
expressivopaI<la
obtençãodesses
sup
erávits
vemm
esmo
dolado
dasexportações.
Em
dezembro
de2002,
po
rexem
plo,q
uem
compa
rasseo
valordas
exportaçõese
importações
noperíodo
julho-novem-
--brodaquele
anocom
osm
esmos
valoresno
mesm
operíodo
doano
_"anteriorteria
percebidou
mcrescim
entod
ecerca
deU
S$5,2
bilhões-.nas
exportações,contra
um
aq
ued
ade
apenasU
S$3
,2bilhões
nas.:
importações.
Essa
tendência,já
perceptívelno
último
mês
de2002,
.;foise
confirmando
integralmente
em2003.
No
perfodojaneiro-m
aio:-:d
e2
00
3,
asexportações
alcançaramu
mvalor
cercade
US$
6bilhões
.;maior
queo
obtidono
mesm
operíodo
de2
00
2,
enq
uam
oo
valordas
f-.I:mp
ortaçõesficou
praticamente
estável: US$
19,1bilhões
emjaneiro
}Ün
aiode
20
03
,contra
US$
19bilhões
nom
esmo
períodode
2002.)f{.'C
onsiderando,de
umlado,
ocom
portamento
donível
dereservas
A&_Ç
t-de
outro,as
boasperspectivas
dabalança
comercial
jáclaram
ente:i/};p.ercep
tíveisao
fimde
2002,c
considerandotam
bémque
jáhavia
sido;$11 3
#in
ado
oacordo
como
FM
I,o
queperm
i.ciriaenfrentar
qualquerfg
t.§mp
estade
inesperada,fica
mu
itopouco
plausívela
versãooficial
deJJf
q~eas
drásticasm
edidasm
onetáriase
fiscaistom
adasno
infcioda
:!át'fi~L
ulateriam
sidonecessárias
porqueo
Brasilestava
"quebrado",""~
"""b
..
,""d
."
"d
cd
AI=7·~'.eira
dop
recipício
,derreten
ocom
ornanterga
,se
esrazeno
tft~H~
-~o
gelatina"etc.
f~~~~
[Mas
ocontra-arj;um
emo
jáestá
pronto:o
problema
eraa
inflação.~~
-9.Í!~::sc
mostrava
completam
entefora
docontrole.
Iniciaro
governo-__ ~~~
permitindo
umdescontrole
monetário
dessaordem
seriacom
o-
.~"-~
,,,,,,,,,
'\,
~::.:~~~
logode
caraum
atestadode
incompetência
ecom
prometer
af;f""~
'Wdad
eda
gestão.A
ssim,
am
anutençãodos
jurosbásicos
emnf
t',~~
,,-kaissubstantivam
enteelevados
teriase
imposto
com
onecessida-
g-~"
-"
:-r
"'":_~
emcom
oa
elevaçãodo
compulsório
dosbancos
implem
entada"-
fevereiro.
I~~de
oinício,
vendeu-seo
argumento
deq
ue
astaxas
dejuro
só,,~~
baixarquando
ainflação
cedesse.Por
trásdele,
encontra-se~~~rvador
diagnósticode
qu
eo
súb
itosu
rtode
elevaçãode
pre-~~
opaís
experimentava
eradecorrente
deinflação
dedem
anda,,~i:s~
nessecaso
éq
ue
um
ataxa
realde
juroselevada
podeter
~~~p
elpara
resolvero
problema,
uma
vezq
ue
inibeos
investi;J~
podeC
Ontero
consumo,
om
esmo
po
den
do
serd
itodo
corte:'ez, S6
nessascondições,
aliás,é
quepoderiam
serconstituí-
:~~:~~~ji:}f:~.:
Assim
,sehouve
algumm
omento
emque
sepôde
considerarqueo
paísescava
àbeira
doprecipfcio
(leia-se:à
beirada
insolvênciaexter
na),~res[es
areduzir
suasreservas
abaixodo
mfnim
oexigido
pelosorgarusrnos
internacionais,esse
mo
men
tofoi
emm
eadosdo
ano,ou
seja,julho
eag
OS
tO,
culminando
com
aassinatura
doterceiro
acordoco
m.o
FM
Ino
exíguoperíodo
detrês
anos.P
oder-se-iaargum
entarque
ISSOnão
teriasido
suficientepara
tiraro
pafsdessa
situação,um
avez
queo
valorem
reaisdo
dólarnorte-am
ericanoco
ntin
uo
ua
subir,enquanto
orisco-pais
nãocedeu.
Mas
serãoesses
bonsindicadores
parao
quese
estáquerendo
medir?A
verificaçãodo
cornporrarnenrodo
níveldereservas
nãoproduzirá
uma
indicaçãom
aisconcreta?
Qu
and
oSe
observaessa
variável,porém
,o
quese
notaé
queela
apresentaum
comportam
entosurpreendentem
enteestável
aolongo
de2002,
comníveis
muito
semelhantes
aosverificados
du
rante
200i.
Asreservas
começam
oano
emcerca
deU
S$3
6bilhões
(am
édiade
200I
foide
US$
36
,3bilhões),
oscilampara
US$
33bilhões
emabril
em
aio,alcançam
afaixa
dosU
S$40
bilhõesem
jun
ho
ejulho
,ficamna
esferados
US$
38
bilhõesem
agostoe
setembro
edos
US$
36
bilhõesno
bimestre
seguime,
fechandoo
anoco
mU
S$3
7,8
bilhões.N
ote
se,além
dom
ais,que
fezparte
doacordo
como
FMI
aredução
deU
S$10
bilhõesno
nívelm
ínimo
dereservas
exigido(que
caienrão
paraU
S$5
bilhões),um
acautela
adicionalque,
como
sevê,
oB
rasilnão
precisouutilizar.
Em
dezembro
de2
00
2.p
ortan
to,
dop
om
ode
vistadas
condiçõesnecessárias
parahonrar
oscom
promissos
externos,a
situaçãoeslava
equacionada.A
lémdisso,
eeste
talvezseja
umelem
entoainda
mais
importante,
abalança
comercial
vinhaapresentando
resultadosabso
IU.tam
entesu~r:endentes,
sup~randoem
cercade
50
%as
previsõesfC
itaspelop
rop
no
governo.A
ssim,
dop
on
tode
vistada
performance
finuradas
contasexternas,
emdezem
brode
2002as
expectativaseram
muito
melhores
doque
asexistentes,p
or
exemplo,
umano
antes,quan
dose
esperavaum
resultadopositivo
nessaárea,
porémn
ãona
magni
tudedo
eferivamenre
obtido.
Em
outraspalavras,
issosignifica
que,com
oacerto
docâm
bio,as
conrasdo
comércio
exteriorcom
eçavama
caminhar
nadireção
certa.~
bemverdade
quea
reduçãon
oritm
odo
crescimento
econômico
em2002
deuum
am
ãozinhapara
aobtenção
deresultados
tãofavorá
veis,vistoque
reduziuo
dispêndioprevisto
com
asim
portações.Po-
i,'..._--------_......
~;,
":1lii.I
~nli",.,
.,
~~1['
.r;:~~
~
..:.
~
ri"j1t"'"I1,1"I
':'1'I
!
"I!
I
:"
i!
11iI
i:.:
lill!'\'1,i
,I.
i:t.
26•
Brasil
Da
i,,",
~os
novamente
mecanism
osinform
aisde
indexaçãoque
voltassema
Jogarpara
afrente
ainflação
passada,reinaugurando
umm
ovimento
muito
conhecidoda
economia
brasileira.Mas
como
defenderum
tãoím
plausíveldiagnósticocom
aeconom
iaestagnada
eo
desemprego
batendo
recordesatrásde
recordes?D
eo
nd
epoderia
estarvindo
tamanha
pressãopor
reajustesde
preços,de
modo
quecom
prometesse
aestabi
lidadem
onetáriado
país?.
Evidentem
enteo
problema
nãoera
esse. Co
mo
ésabido,
porconta
Justam.ente
daturbulência
provocadapelo
processoeleitoral.
opreço
e~
re:alsda
moeda
norte-americana
disparoua
partirdeju
nh
ode
2002.atl.ngm
doquase
R$
4em
setembro.
Co
ma
defasagemque
sempre
existenesses
:asos,os
índicesde
preçospassaram
aincorporar
essechoque
ap
arnr
deoutubro/novem
bro.Acrescente-se
aquique,
nacesta
de~ens
quedá
abase
paraesses
índices-
e,portanto,
também
parao
Indicede
PreçosaoC
onsumidorA
mplo
(IPCA
)do
IBG
E,que
éo
índiceacom
panhadopara
efeitosde
controledas
metas
inflacionárias-,
têmpeso
muito
substantivoas
tarifasde
serviçosindustriais
deutilidade
pública,bem
como
oscham
adospreços
administrados.
como
com
busrfvel,
gásetc.
Nessas
circunstâncias.era
evidenteque
aabsorção
totaldo
choqueprovocado
pelaelevação
súbitado
câmbio,
mesm
ocom
sua.reduçãoposterior
(elefecha
oano
nafaixa
dosR
$3,50),
demo~at1a
algunsm
eses,vistoque
aassincronia
existenteno
processode
reajustede
preçostornaria
impossível
quetodo
elefosse
absorvidode~ma
sóvez:
Portam
o,fosse
qualfosse
acondução
dapolítica
rnonetária,
pelom
enosquatro
oucinco
meses
deíndices
elevadosexistiriam
como
mera
conseqüênciada
elevaçãod
opreço
dodólar
entreju
nh
oe
setembro
de2002.
.Nã~
existia.pois,
nen
hu
mindicador
deque
oprocesso
inflacionáno
esnvessefora
decontrole.
Evidentem
enteessa
elevaçãosúbita
deum
dospr~ços
mais
importantes
daeconom
iateria
conseqüênciasdo
p~nto
devista
docom
portamento
dosíndices
depreço,
mas
eraper
feitamente
possívelsaber
aextensão
doestrago.
Ele
estavalim
itadoa
uma
reconfiguraçãoda
estruturade
preçosrelativos.
que.ao
fime
aoc:-bo,não
éde
todoruim
paraa
economia
brasileira-
aocontrário
-.V
IStoque
tendea
reduziros
vazamentos
eengrossar
asinjeções
dede~~~
naeconom
iadom
éstica.N
ãoexistia,
porabsoluta
faltade
oXIgem
ona
economia.
nen
hu
ma
possibilidadede
essareconfiguração
depreços
setransm
utarn
um
descontrolem
onetárioe/ou
desencadear
Brasil
Dtlivtry
•27
mecanism
osinform
aisde
indexaçãoque
ressuscitassema
inflaçãoinercial.
Na
ausênciado
câmbio.
aâncora
dosistem
ade
preçosestava
eestá
nataxa
desalário",
Acorreção
dessediagnóstico
prova·sepela
mera
verificaçãoda
tra-
jetóriados
indicadoresde
preçosentre
ofim
de2
00
2e
oprim
eirosem
estrede
2003.T
odoseles.
independentemente
dacesta
debens
.quelhes
servede
base,descreveram
om
esmo
movim
ento:elevação
a'p
artirde
agosto/setembro,
ating
ind
opico
emnovem
bro.e
queda~acentuada
apartir
dedez.em
bro/janeiro.OIP
CA
doIB
GE
,por
exern,;::plo,
quechegou
aapresentar
um
crescimen~od~
3,0
2%
e~
novem
';bro
.caiu
para2.1
%e
2.2
%em
dezembro
ejaneiro,
respe.c[l~amente.
:'.,teduzindo-sede
modo
sustentadoa
partirdeentão.para
anngir0.22%
'>;·decrescim
entoem
maio.
Ofndice
Geral
dePreços
-disponibilidade
:·!l;.:intern
a(lG
Pd.i.),
queassustara
atodos
comseus
4,21%
decresci
)f;Úin
ento
emo
utu
bro
e5,84%
emnovem
bro,jáhavia
caídoparn
2,70%;$&~m
dezem
bro
,ex
perim
entan
do
um
atrajetó
riaacen
tuad
amen
te"'~';!Etieclinante
apartirde
então.aponto
deindicar
uma
deflaçãode
0.67%!it~th
mm
aio.R
atificandoessa
intetpretação,diz
aeconom
istaE
ulina:~~unes'.da.equipe
deíndices
depreços
doIB
GE
,ao
comentar
aredu
~~o
noritm
ode
aceleraçãodos
preçosno
iníciodo
ano:"A
inflação.~4~~
AA9caiu
poracaso.A
inflaçãodo
anopassado
foiem
inentemente
de';!;.tV
'::'"..,<"'·',
dI
ald
dói"10
j;'7"
'~os.
provocaa
pea
tao
ar.
::~~~
""Wo
rtantO,
também
nessecaso
soaírnplausível
odiscurso
governa-~p
~~m::tfPtalde
queo
ca~terdrástico
daspolíticas
monetária
efiscal
se
,ij~:'::Ílterru
ptam
entedesde
[aneirode
2002.E
mabril
de2003.
essevalor
foi,em
~ ;~~
~trnosreais,7,5%
menor
doque
ovalor
verificadoem
abrilde
2002.Finalrnen-
i,~_;'':~"'.0$
jornaistêm
mostrado
que,quando
seanaldisa
oconteflúdo
dbosacord.~~~q.ue""
.'sendofeitos
entret(';l.balnadores
eem
pregaores,
ain
açâoate
ossaianos
.:.~'=~::.~uasc:
50%deles.
.~
-~f~:~
porC
hicoSantos,~lBGE
rambérn
dizque
ainflaçáo
caiuem
fc:vereiro~.
, ~_~~,~.,
}f!f!.dd.Paulo,
15/312003,Dinhdro.
p..<\.c
d~_
•~o
comtodas
essasindicações
ecom
aintensa
quedaverific;ula,o
chefea
. ~'~"'.~~o
doFM
Ino
Brasil,Jorge
Marque:t-R
uarte.foicapaz
dedrzer,em
abril,que"
,:_-tinhade
~agirde
forma
mais
agressivapara
conlrolara
inflação",dand~a
-:~erque
empreciso
elevarosjurose
cortarainda
maisa
liquidezda
eccnomia
b~~:
~1~·_
4U
&J
,i1.u
lJU
t'Jlv
ny
Br:uil1J~lilJ~')'
•2~
-..
-:~~do.m
esmo
considerandodessa
forma
estreitao
conceitode
responsabilida·2~~
tualpolítica
teriade
serreprovada,
dadaa
irresponsabilidadeflagrante.
com-
....::_neecssidade
deproduzir
superãvks,configurada
noato
depatrocinar,
--:ciode
taxasdeju
rosdesnecessariamente
elevadas.enormes
transferênciasde
,spúblicos
aossetores
dasociedade
quem
enoscarecem
derenda.
Adefesadesses
interesses,porém,vem
sempre
embalada
naretóri
cado
respeitono
tratoda
coisapública,da
necessidadede
transparência
austeridadee
gestãofiscal
responsável,bandeiras
extremam
entesedutoras
paraa
esquerda,quesem
preasdefendeu
poraquiemfunção
dafolha
corridade
corrupçãoe
desmandos
quecaracteriza
ahistória
denossa
direitano
poder.Q
uemem
sãconsciência
podesercontra
acransparência
ea
gestãoresponsável
dosrecurs~s
públicos,.ainda~ais
,noB
rasil?M
as,com
oos
argumentos
sãovendidos
emconjunto,
le-se.
facilmente,por
cxernpio.acríticaà
políticam
onerária
porsuadem
asia:'
daausteridade
como
uma
defesada
irresponsabilidadena
gestãodo
:,:dinheiro
público.Confunde-se
deliberadamenteo
papeldaU
niãocom
o':
-enteda
federação-
que,enquantotal,devegerirde
maneiraresponsável
,;:0
5recursos
orçamentários
deque
dispõe-
como
papeldo
governo.~;.Jederal-
naqualidade
deplanejador,de
autoridadem
onetáriae
produ._-':-torde
moeda
eliquida,de
gestordocrédito,de
guardiãode
reservas,deI~;1ina1izadore
promotor
doscam
inhosque
aeconom
iadeve
trilhar.;';~;.~1:;:::·
Graçasa
uma
confusãode
mesm
anatureza,assada-se
também
de:i~;~ifor
ma
imediata
políticaeconôm
icaliberal
àestabilidade
monetária,
i~~~0~mo
seapaiItica
econômica
nãoortodoxa
fosse.neceSsariam
ente
C0
1t
:li:-'-tfaa
estabilidade-
cúmplice,
portanto,de
medidas
que,ao
fime
ao-:1;~-'~
o,levamo
paísà
hiperinflação,Assim
,qualquer
governoque
bus~~
!ili~-uma
alternativaserá
irresponsável,visto
quegovern?
"re~.ponsá-:L;~i;'}:~)l:é
justamente
aqueleque
evitaessa
rata,fazendo,paraISSO
,tudo
o"'i'!"'~
-''1''-;·.cá
.n
11":i.~f!ji·H
IM,.~:lo
rnecess
no.
_t~~
,i:{~Mas
essasconfusõessãõ,m
aisdoque
nunca,funcionais.Ogover-
.\,..
>~~
••p-
:c::?J.?'t~no';'{àllterio
rnãoenfrentava
grandesproblem
asnem
entravaem
contra-L~
f~~~
aodefender
epraticar
uma
polfticaeconôm
icade
cor~eliberal.
q.i~}
i~~·,~~un
capretendeu
serde
esquerdanem
sepreocupou
efetivamente
r~~~~~-çgffi'~o
dilaceramento
dopaís,
provocadopela
desigua~dad~.que
sef~~-'
e"í'i!U
ndade
modo
inescapáve1com
aadoção
dapolítica
liberal.Ol~~~
l~i~nteFH
Cchegou
adizer,num
alongaentrevistaaoc~.dcrno
Mais!,
~~~~~f!a
deS.Pauw,em
meadosde
1996,queo
modelo
nãoera
mes-
~~
-~~
~
~"t'
impôs
como
necessidadepara
"afastaropaís
doprecipício","estancar
oprocesso
dedcrre(Ím
enrod
aeconom
ia"etc.Mas
defenderessainter
preraçãofoifuncionalpara
ogoverno
emvários
sentidos.Em
primei
rolugar,
permitiu
demonstrar
àopinião
públicaa
"correção"e
a"responsabilidade"
dapolítica
adorada("V
iramcom
oa
elevaçãodos
jurosera
necessária?","V
iramcom
oeram
necessáriosos
cortesorça
mentários?"."E
srãar.O
síndices
inflacionárioscederam!").E
msegun
dolugar,perm
itiutam
bémcriarum
espaçopara
am
anutençãoda
taxa
realde
jurosem
umnível
tãoelevado
quantoestava
quandoo
paísm
udoude
mãos.C
omtodo
ofetiche
criadoem
tornodo
nívelda
taxabásica
dejuros
ecom
oargum
entoincansavelm
enterepetido
deque
elas6cairiaquando
ainflação
cedesse,abriu-seum
espaçopara
aredu
çãonom
inaldataxa
coma
manutenção
oum
esmo
aelevação
deseu
nívelreal.
Porexemplo,a
reuniãodo
Capam
de18
dejunho
Cortou
emm~io
?ont~per~ent~al
ataxa
Selic,m
as,considerandoque
aex
pectanvainflacionãria
caruda
esferados
12%para
alguma
coisaabai
xode
8%em
2003,é
evidenteque
ataxa
realé
agora(m
eadosde
junho)muito
mais
elevadado
queno
infciodo
ano.M
asse
operigo
nãovinha
dofronr
externonem
dodescontrole
monetário
interno,quem
aispoderiaseralegado?
Certam
enteo
riscopaís
elevado,o
dólarsupcrvaJorizado
eo
preçoreduzido
dosrftulos
bmsileir~sno
exterior.C
omo
vimos,porém
,aredução
dorisco-pats
ea
revaIonzaçãoda
moeda
doméstica
sãoantes
perversasdo
quebenéfi
~ao
país,Elaspodem
aprofundaro
verdadeiroprecipício
queé
sociale
noqualo
Brasil
estám
etidohá
pelom
enosum
adécada,preso
queesrãnasarm
adilhasdeum
modelo
noqualcrescim
entoe
emprego
nãosão
prioridade.
5.Asedução
dodiscurso:
aidentificação
espúriaentre
gestãoresponsável
epolítica
econômica
liberal
Retom
andoum
POnto
jáanteriorm
entediscutido,
adefesa
desse,:,~deIo,
quese
mostra
devalidade
universalpor
seapresentar
como
ouruco
verdadeiramente
científico,encobrena
realidadeinteresses
mui
toespecíficos
queestão
emlinha
coma
primazia
assumida
pelavalori
zaçãofinanceira
dianteda
valorizaçãoprodutiva
desdeo
iníciodos
anos1980.
Essepadrão
deacum
ulação.dopom
ode
vistade
seusre
sultadossociais,
seé
ruimpara
ospaíses
docentro
dosistem
a,par:l
paísescom
oo
Brasil
ésim
plesmente
nefasto.
,.
30•
Brasil
D~liwry
tsrasrtU~I"'ay
•;"
'; ::mo
queem
lermos
relativosalgum
apequena
reduçãopossa.ser
obtidacom
~as
como
oF
ome
Zero. o
quetam
poucoé
fácil,o
número
absolutoconti
~$á
acrescer,
um
avez
qu
eo
crescimento
dapopulação
despejaa
cadaano
no
-.-e:~
dode
trabalhocentenas
dem
ilharesde
brasileirosque
nãoencontrarão
on
de
~sua
mão-de-obra
emtroca
de: uma
rendam
onetãriaregular.
Não
dispo
--:;p
or
isso,de:
nenhuma
forma
"oficial"de
acessaros
bense
serviçosque
o
..'do
consumo
apresentarodo
diana
TV.
"' 50
manter o
estadode
rebeldia"(entrevista
concedidaa
Fernando
Had
dad
Paulani), &
porragmr,
n. 41
,fev. 2
00
3.
rávcisJ4
ea
falrade
perspectivas,ap
rofu
nd
aráa
violêncianos
grandes
cencrosurbanos.
po
rm
aioresq
ue
sejamos
esforçosenvidados
naárea
dasegurança
pública.e
estimulará
aindústria
do
narcorrãfico,único
."setor"
que,para
um
aparcela
substantivada
população,vem
sem
os
,:. ua
ndo
"promissor"
doponto
devista
do"em
prego". Esseúltim
oe1em
en
~.Lto
po
derá
fazero
governocair
emdesgraça
tamb
émco
mas.cham
adas
; :" ~'dasses
médias.
Não
sep
od
eesquecer
quesetores
substantivosdessas
.I~dasses
serãod
iretamen
teafetados
com
areform
ada
Previdência.
':::.::O
slim
itespolíticos
dessaestratégia
jásão
sentidosdesde
oinício
1?-'àogoverno.
Porm
aioresq
ue
sejamas
habilidadesd
om
inistro-chefe
'.;Hâ
aC
asaC
ivile
do
presid
ente
do
Partido
do
sT
rabalhadores,ficará
':;'hdavez
mais
diflcilvender
ainterpretação
deq
ue
aoposição
aospro
~;ttJ~os
dogoverno
den
trod
oPT
edos
de~~is~ar~i.~os
deesquer~a
se
'[Ã\~tês
tringe
aum
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trêsou
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atroradicais
,D
ado
sos
princí
~~~JtP..!ose
osvalores
qu
esem
pre
po
ntu
arama
vidad
op
artido
ea
história
.pt~jto
riosa
deseu
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eafirm
ação,se
ovento
começar
asoprar
;=i;:dolado
con
trárioo
governop
od
erám
uito
rapid
amen
teficar
emrni
.~~~,~iiljria.M
esmo
qu
eisso
nãochegue
aacontecer,
aoposição
vindad
o
;:~~ili.jeriordo
pró
prio
partid
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de
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cadavez
maio
re
cadavez
s~~7.,~h1'íüsdifícíl
decontornar.
-. ;(~
~~[~claro
qu
eesses
limites
sociaise
políticosp
od
erãonão
ser. sufi
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ªeÍítes
paradeflagrar
um
acrise
institucional.U
ma
vezque,
naInter
l·· '::~~i1p:@
ação
do
professorF
ranciscod
eO
liveira",
Lula
venceuas
eleiçôes
{.' ·:·~~~i~6;:.yácuo
socialdeixado
peladesarrum
açãodas
classesprom
ovidape
F<;-J~J&i'Óito
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oquê.
fica,nessas
circunsrancias,m
ais
~E}:f··;~:f,4.~
parao
presidenteexercer seu
talentonatural
de"falar direra~enre
l"~·@t;:;:-
~m~
asne
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pen
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mos
setoresm
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sorganizados
da
socieda
~f;-~~~~&
.apoio
queperder
nossetores
mais
organizados.
~~~.
-~-'-~
C//-'!i~----
~ft
mo
paraos
excluldose
dissertoutranqüilam
entesobre
qu
alseria
On
ú
~ero.ddes_(18, ~6:30
milhões?)u.
Assim
.ainda
quese
beneficiasseda
l~ent1fiC1ça~ esp~nacorregestão
fiscal responsável epolíricaeconôm
ica
liberal,essa
ldenClficação
nãoera
defaro
necessáriaao
governotucano.
Mas
nu
mgoverno
do
Partid
od
os
Trabalhadores,
Com
aslim
ita
çõesq
ue
suahistória
lheim
põe,é
tãop
atente
acontradição
gerada
coma
adoçãodessa
pclnicaq
ue
oem
baralh
amen
tose
tornau
ma
ne
cessidade.~a~s
ainda,é
precisoestendê-lo,
prolongá-lo.A
sautori
dadeseco
nôrm
cascom
eçaramp
or
usaro
jargãoan
terior
efalar
em
responsabiJ~da?efiscal;
passaramdepois
afalar
emresponsabiJidade
macroeconom
lca;e
agora,seg
un
do
determinação
vindad
oP
aláciod
o
PJ~alro,s6,se
falaráem
"justiçasocial":
fome
zero,C
ortesorçarnen
rãrios, :o:alJ~aç~odos
programas
sociais,m
egassuperávits,reform
a
daP~vldencla,
Juroreal
elevado,valorização
artificialda
mo
eda
do
.
rnéstica,tu
do
emn
om
eda
"justiçasocial",
6.P
olíticaeconôm
icano
governoL
ula:lim
itese
alternativas
Evidentem
entea
manU
tençãodessa
posturadeve
enfren
tarlim
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tantosociais
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poltricos.O
inegávelcarism
ad
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con
cede-lheu
mprecIO
SOespaço
para
con
tinu
ara
defenderesse
modelo.
Co
ntu
do
, m~smoisso
élim
irado.T
end
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vistaa
promessa,
tantas
vezesdefendIda
nacam
panhaeleicoral,
decriação
de10
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de
empregos,
passadoum
anoou
um
ano
em
eioco
mo
desemprego
cres
cendoem
vezde
cair",a
avaliaçãopositiva
dopresidente
Lula
ed
o
governod
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Tp
or
parteda
po
pu
laçãop
od
en
ãoresistir,
Aco
ntin
ui
daded
ofosso
social,com
ocrescim
entod
on
úm
eroabsoluto
dernise-
11O
então preside~teF
HC
equivocou-senos
números, J;l em
1995. segundodados
doPN
UD
, havla,38m
ilh,ões debrasileiros
vivendoabaixo
dalinha
depobreza
deU
S$I
percapua
pordia
e70
milhões
vivendoabaixo
dalinha
depobreza
de:
US$
2per
ap
itap
or
dia.(O
qu
enão
querdizer , com
olem
brourecentem
enteo
profcssorFrancisco
de:Oliveira.
que,logo
acima
dalinha.
viva-seno
paraJsodo
consumo...)
I,~
~n~úênciasperversas
daexacerbação
dessem
odeloj;l se
têmfeito
sentir
nos
IndiCldores
deprodueo
eem
prego.O
PIBno
primeiro
trimestre
j;l apresentaum
a
q~e:c1ade:0, 1%
.evide:m
emem
eco
mp
rom
etend
oo
cresdmento
previstopelo
pró
PTJOgoverno
para2003
. que: começou
estimado
em2.2%
,caiu
para2%
ehoje
:~
e:m1,6%
.D
op
om
ode
vístado
desemprego
,os
indicadoressão
osm
aiores
ese
1994,tan
topara
oIB
GE
qu
anto
parao
Seade/Dieese:.
32•
Brasil
DfÜ
V"]
Evidentem
entenão
estãotam
bémafastados
osriscos
deu
ma
crisestricto
J~TlJUeconôm
ica,antes
ocontrário.
Co
mo
demonstram
os,o
modelo
estabilidade/credibilidadeé
narealidade
muito
instável.Qual
querm
udança.deh
um
or
dom
ercadofinanceiro
mundial
comrelação
aoB
rasil-variável,
aliás,sobre
aqual
temos
umpoder
dearbítrio
muitíssim
olirnirado
-pode
desencadearum
processoque,
aofim
eao
cabo,leve
defato
opaís
aotão
temido
defiltllt.D
esnecessáriodizer
que,nessascircunstâncias,em
meio
aoagravam
entoda
questãosocial,
acrise
políticaserá
inevirãvel.""
Ébem
verdadeque,
numcaso
como
esse,oG
randeIrm
ãodo
Nor-
tepoderá
comparecer
comsua
ajuda.O
atualpresidente
doB
rasil,
conforme~gi
tam
algu~s~está
sendoguindado,com
sintomático
apoionorte-am
ericano,àpO
Slça.Ode
"líderm
undial"-
um
convitedifícil
derecusar
-,e
oB
rasil.por
conseguinte,sendo
apresentadoco
mo
uma
espéciede
vitrinadas
maravilhas
danova
ordemm
undial.A
pesardo
e1e~do
preçoa
pagar,essa
circunstâncianos
colocanum
asituação
multo
~Iferent~~a
quetem
sidoexperim
entada,por
exemplo,
pelaA
rgentinanos
ultimas
anos,tornando-nos,
decerta
forma.
imunes
acrises.
Sea
hipóteseestiver
correta.os
constrangimentos
enfrentadospelo
governoL
ulaparo
efetivaras
prometidas
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-que
impli
cama.hera~o
no~od~lo
econômico
-são
muito
maiores
doq
ue
sepode
Imagm
arà
pnmelra
vista.F
inalmente,
épreciso
frisarq
ue,
mesm
oque
tud
ocorra
exatam
entecom
oprevisto,
ouseja,
quenão
ocorramcrises
sociaisnem
políticas.nem
econômicas,
eque
tud
odê
certo,o
queterem
os,ao
fimda
gestãoL
ula,m
antidoo
atualm
odelo,seráum
crescimento
me
díocrc,comm
uitoboa
sorteum
po
uq
uin
ho
superioraos
2%
aoano
obtidosna
última
gestãode
FH
C6
•Se
a"credibilidade"
con
tinu
arn
en~ordar
abalança
decapitais,
auxiliadapela
manutenção
deu
ma
dasm
aiselevadas
taxasreais
dejuro
do
mu
nd
o,
arevalorizaçâo
dam
oedadom
ésticaprosseguirá
ed
esmo
ntará
oq
ue
necessitoude
um
avio
lentacrise
(janeirode
1999)em
aisum
ano
etanto
paraser
montado.
jun
tocom
isso,redução
dedireitos,
asfixiado
debate,im
périodo
16A
'I
JUgar
peloque:
deveocorrer
nesteano,
paraq
ue
essam
édiaanual
de2%
se:efetive,ocrescim
entono
período2
00
4·2
00
6te:r;!
de:ser,nom
ínimo,
de:2.7%
aoano
.
Brasil
Drlivrry
•33
discursoúnico
-em
urnapalavra,
um
totalitarismo
dem
ercadoque
ficouapenas
nossonhos
deF
HC
..
Mas
qualseria
entãoa
alternativa?E
laexiste,afinal?
Co
mo
espera~s
terdem
onstrado,aidéia
deque
nãohá
alternatÍvas6
sesustenta
se.':
~bjetÍvom
aiorform
anteropaís
nosm
arcosdotipo
de"credibilidade"
_:que
aquise
descreveu.Seoutros
foremos
objeti~o~,outra
dev~ráser
a':'
líticaeconôm
ica,e
elaexiste.A
pretensãoongm
aldo
Partido
dos.'po
I"
H.
.)j-1iabalhado
resera
comandar
um
governo"democrático
epopu
ar.
OJe
::'/e3J'ececlaro
quetem
osde
nosconform
ar.comalgo
bemm
en,ospre~
J:';~,:tensioso.Mas,
mesm
opara
um
governoS
implesm
enter~for~llsta
:-o
:~J~>que
nãoseria
pouco,conside~ada
aatual,q.uadratura
da~Istóna
c~plta~:-é~lista_.
muitas
mudanças
senamnecessaflas
noque
hojese
pratica.A
'~;tltomeçar.é
evidente,pelo
nívelexcessivam
enteelevado
dataxa
f:alde't~'Juros,o
queé
indicadode
modo,c~ro
t~ntop~e1ocu
po
mcam
bialda
~{:\~M&F
qu
anto
pelom
erosornarono
daI~flaçao
:speradacom
a~taxa;~~ilé
jurosnane-am
ericanaengordada
pelorísco-pars-
E~ma
reduçãoda
:';*:,cl:xa
dejuros
nãoproduziria
apenasos
inequívocosefeitos
nonível
de,~U
p~dução
eem
prego.E
laseria
capaztam
bémde
es~~nc:'ro~roce~o
:;.§}ªeapreciação
desmesurada'd
oreal.
Do
pontode
~lstam
flaclonárlo.
:~f:~iAclusive.
ese
épara
selevar
emconta
asexpectativas,
melhor
seráa
1:~'@lU1utenção
dasubvalorização
doque
dasobrevalorização
damoe~a
,.fu1\~AAm
éstica.jáque
aprim
eiraaponta
perspectivamenre
paraa
redução
,.5g{\i'áô':va!or
emreais
dam
oedanorte~americana.
t.''ft~11.~:.Q
uantoà
políticacarqbial
propriamente
dita.além
daevidente
;:'~
~!Iifcessidadede
oB
ancoC
entralatuar
como
reguladordo
mercado.
'~i,j~ft~
?edindobruscas
oscilações,~er~se-iapensarn~
taxaçãodo
~pital~~~
~~~fUrto
prazoou
naestab~le~lmentode
a1gu~tipO
de.carência,em
~';;~~V~
,pensarem
regular,m
lOlm
amente
queseja.o
movim
ento.~esses~;{,~
'··'·~pJtais.
Ejá
qu
ese
tratade
gestãoresponsável,
ares~onsablbd~de
""""bialéo
melhor
antíd
oto
contraa
tentaçãodo
popuhsmo
cambial.
;'~~;Q~jm
esmo
sentido,atrelar
aqueda
darelação
dívida-:pIB~
sobn::fi.-::-';'..5~t.il.ô'm
ação
dam
oeda(em
funçãoda
substantivaparcela
dadíV
idacU
Ja:'}j,-.<
~~
~fizaçãoestá
atreladaao
comportam
entodo
câmbio)
étrocar
uma
4-~ora
ilusóriaagora
po
ru
ma
piorapotenciada
nofu.turo,
quando..~
ose
combinará
odéficitfiscalque
esfolacom
odéficitexterno
que':~
..Por
uma
questãode
aritmética
elementar,
aqueda
sustentada,':;~~lelação
sóserá
possívelaumentando
avelocidade
decrescim
ento_.1léhom
inado
rereduzindo
ad
onum
erador.Co
mo
subprodutodessa
~f~~éÂMAPJ\DOSDEPUTADOS·CEDI-BIBLlOTEC~
!:~.~
,---
••--
-
.';
.14•
Brasil
J)(/illn
')'
queda,também
reduzidaseria
anecessidade
desuperãvits
fiscais,abrindo-se
espaçopara
atuaçãoefetiva
dapolfrica
econômica
nosentido
daindução
docrescim
entodo
pro
du
toe
doem
prego.É
pequenaa
:ogência,com~
sevê.Para
falarnos
termos
quesão
doagrado
d~
auton~ades
econôm
icas,nadade
invencionices,de
mágicas.
deex~edlentes
mirabolantes.
Apenas
reformism
o.M
asnão
implicaria
tud~
lS~oum
am
ud
ança
derota,
um
asinalização
deq
ue
aacum
ulaçãocapu:alm
aem
nossopais
voltaráa
serpautada
pelaprodução
enão
mais
pelom
erorentism
o?E
videntemente!
E,
paraoperar
essam
udançade
rota,o~verno
?o~ido
dosT
rabalhadorestinha,
logoem
seuinício,
um
capitalpolítico
inestimável,
qu
etalvez
játen
ha
sidorifado.
Hoje,
para?perá.la,
se~o
necessárias,m
aisdo
qu
eantes,
coragem,
vontadepolítica
edeterm
inação.M
asnão
sediga
qu
enão
háalternativa,
Persistirna
atualpolüica
condenaráo
governodo
PT
aom
esmo
destinodo
governo"socialista"
deFelipe
Gonzãlez
naE
spanhada
dé:a&
a.deI~8~.
~omo
afirma
JoséL
uisfiori
emartigo
deadvertência:
J-:loJe,adistância
eo
tempo
jáperm
itemum
balançom
aisfieldo
quefoi
~e~
Gonzâlez.
Enão
hádúvida
deq
ue
suagestão
'socialista'do
capitalismo
.espanholacabou
ficandoindiscernívelda
gestãoconserva
do
r:e
neohbe.raIdo
gov~rno
Thatcher"!".
Assim
,a
con
tinu
aro
qu
eesta
aí,porm
aioresq
ue
sejamos
contorcionismos
retóricosdas
autoridades,
nãose
poderádizer
ou
tracoisa
dogoverno
Lula
senãoque
vaificando
mais
em
aisparecido
comum
capituloadicional
daera
FHC
om
aism
elancólicodecerto.
I
17José
Luis
Fiori,"Mirem
-sena
Espanha",
Carta
Capital.16/4/2003.
p.50-2
.
oB
RA
SIL
CO
MO
PL
AT
AF
OR
MA
DE
VA
LOR
IZAÇ
ÃO
FINA
NC
EIR
AE
\TE
RN
AC
IO?\A
L(um
balançoda
políticaeconôm
ica_.,.
doprim
eiroano
dogoverno
Lula)
:-:-,...
~-;::;'.:.{
.
!4~~"~J~}:"..
Avitória
doP
artidodos
Trabalhadores
(P'T)
naseleições
presiden-
~Jili8ais
de2
00
2criou
expectativasdiferenciadas:
tenebrosaspara
alguns,
1ç~fJ:vissareiras
paraa
grandem
aioria.Aidéia
deq
ue
opovo
começaria
a;..t.:::FJf!
.....;.~-••
~:0,~tiansfo
rmar
oB
rasiln
um
anação
torn
ou
·sem
un
opresente
eparecia
-%l~~~fffialmen[eestar
aoalcance
dam
ão.F
orjadonos
durosanos
deluta
:"Jtibncra
ad
itadu
ram
ilitarq
ue
seiniciara
em1964,
nascidode
baixo~~t.~~'&'~
cima
_dos
movim
entosoperários
doA
BC
paulista-
etendo
c~::~~
aliderança
daqualidade
deL
uizInácio
Lula
daSilva,o
PT
parecia-~~
adopara
com
and
ara
du
ratarefa
deretirar
oB
rasilde
suasec~lar
L)}~l~
ae
dasdisparidades
edesigualdades
sempar
queela
p~trocma.i~:-{
~ãofoi
dessavez,
porém.A
esperadarefundação
daSO
CIedade
fi-U~~;
-~'paradepois.
Ancorados
nu
mdiagnóstico
catastrofista,de
queo
~~;
:~!estariaà
beirado
prêcipícioeconôm
icono
períodopós.eleições,
k~~.~"tdezem
brode
2002,os
qu
eto
maram
posseem
janeirode
2003
lt~~
.ntrara~aí
oáli~ipa~
~ontinua.reaprofunda~
aprática
da.polhi-f.;,,-
:!$Onõm
lcaq
ue
fOI
atoruca
dosO
itoanos
antenores,sobF
ernando
li!;"':'q
ue
Cardoso
(FH
C).
~~:\;'.o
je,maio
de20,?4,.fie;m
aisclaro
doq
ue
nuncaq
ue
n5.ose
tr~ta-t'íf
,~absoluto,
derática
-co
mo
apregoavam-,
detapar
on
anz
e
I 'f !t
,!um
,a~o1ftica
amarga,
odiosa,m
asne~essária
para"salvar
opa[s~.
,~Ç9ntráno.
tratou-sede
um
aescolha
dehb~rada,de
man
tero
Brasil
-1'-"
,"._:.
ona
mesm
aarm
adilhaexterna,
desdeq
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issonão
colocasse,
.:~o
projetode
poderdo
PT.
No
qu
ese.se~e,
buscaremos
recu-~~
mo
do
detalhadoos
argumentos
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eJustificaram
essaescolha,
:~_arsobre
qualéde
faroa
naturezado
"modelo"
escolhidoe
fazer
-".
çod
eseus
resultados.
-.""
.;.-
':~::~~~~lÍ~~~
~~;'36
•8
"i1LX
liveg,~
""..,;.
as.
...ç~:~
~:fii~.;:~
:/:~ ~"?..,'i~7.1 r~
S~eia
doB
rasilà
beirado
precipício'~f~;'~-
.~
~ ::'~"-' '''. '; '
'...i~t\)~
..k'-" Il~i{daq
uelesque
esperavamnão
uma
políticaeco
nô
-Aii~
,:sw:R-" .. .. .
.I'
-t:
•
. ,~~-:::;,"f~~?;:':;'eJ
ià1
~fuas
uma
sinaizaçao
nrme
param
ostrarque
am
ten-rnlG
a:aventtl!,=., ..{'....-,.
d.
b'I'
_·.~
::·;'b~WgbV
éti1ô
eraIr aos
poucosren
rano
aeconom
iarasi
eira
:'~~i{
ij{~;~~t~a em
quese
enredara,as
autoridadesbrasíleir:s
reCbK~p~tinham
sempre
pronta, nap
on
ta?alíngua, a
expl~~
ca~~§
i!n~.~pera~o
compor.ra~ento:.c,ra
preciso. ~nr~d.e
m.als
'"nad
itt.íªK9f~
"dabeira
do.preclpl~IO.
FOI
ISSO.que
~e~niclo jusrifi
·..:~~1
12fli%l)/das
taxasbásicas
deJU
ros(a
SelicatingIU
26,5%ao
cou..
-t,
••
.••
.~•
•
ano);~@@il?ôrte
deliquidez
po
rm
eiodo
aumento
docom
pulsório
-dos&ffillil1
~â'surpreendente
elevaçãodo
superávit primário
paraalém
d~
i:-'.'if.;.'ã3t*,H~
FMI
(4,25%contra
3,75%do
PIB).
o.~gt~
o.·.1< .. ... ,.!~qfJ1~
?:~aseava
onovo
governopara
afirmar tão
sombria
situação?
No
"~l§~ento
detrêsvariáveisque
foram, a
partir deentão,
defini
tivarií.~fi~hp:onadasno
postodos
indicadoresúnicos
eabsolutos
da.
'"
",>,<~
'O'_-e'
'.<
"saúd~
<:~n6mica
dopais: o
preçodo
dólarnorte-am
ericano,a
com-
çáo'ã8.'CB
ond{título
brasileironegociado
nosm
ercadosinrernacio-
..- ..~~
-=-
naisr~Liii:isco-pais.
De
fatO,
essas variáveisencontravam
-se, aofim
de
2o(j~I~níveis
indesejados. Odólar
chegoua
atingirR
$4
(fechouo
anoe~'R$
3,50), acoração
doC
-Bond
ficouabaixo
dos50%
dovalor
defu~;.~ o
riscoB
rasil alcançouos
2m
ilpontos.
Mas
aque
sedevia
tão
adversocomportam
enro?B
asicamente
àespeculação
geradacom
aquilo
quese
convencionoucham
ar"terrorism
oeleitoral",
orquestradopelas
elitese
pelosinteresses
nacionaise
internacionaisem
vistada
possibi
lidadeconcreta
deum
avitória
deL
ula.N
ãofosse
oprocesso
eleiroral,
dificilmente
essesindicadores
teriamse
comportado
dessaform
a.
Orisco
maior
queinfluencia
ocom
portamento
dessasvariáveis
éa
perspectivade
uma
inadimplência
externa(defalllt),
ouseja,
deque.
emdeterm
inadom
omento,
opaís
nãopossua
asdivisas
necessárias
parahonrar
seuscom
promissos
externosc/ou
sóconsiga
fazerisso
re
duzindoS
Uas
reservas aníveis
muito
arriscados.Q
ualera
entãoa
situa
çãodo
paisno
quediz
respeitoa
essaquestão?
Ora, em
primeiro
lugar.
ocom
portamento
dabalança
comercial
em2
00
2surpreendera
o
IE
staseção
e: aseguinte
reprisarn,de
mo
do
resumido,
argu
men
tos
docapitulo
l ,
"BrasilD~/jwry
: razões.contradições
clim
itesda
polüicaecon
ômica
nosseis
pri
me:iros
meses
dogoverno
Lula",
oB
rasilcorno
plataforma
devalorizaçâo
financeirainrernacional
>37
própriogoverno
(deF
HC
),ultra~ass~ndo
emmai~
d~50%
ovalor
esperadopara
seusuperávir.
MaIS
ainda,a
tendênciaera
deu
ma
:' ~ :perform
ancefutura
aindam
elhor,visto
queo
ajustedo
câmbio
apar
;.':~ :rir
dejaneiro
de1999
pareciaestar
finalmente
colocandoas
contasdo
J;}-z:~~::,i:r ;aá~~:c~op::~:~ance
dasreservas,
avariável
con-
:~.:J/ereta
quedeve
defato
seraveriguada
parase
avaliara
questãoda
sol
;~5'.
vênciaexterna.
mostra
umresultado
surpreendente:diferencernenre
'~~~tdo
períodoentre
setembro
de1998
ejaneiro
de1999,
emque
fo~~
~~idrenados
parafora
dopaís
mais
deU
S$40
bilhões,o
estoquede
d,VI·
:>1:'-sasde
possedo
governocentral
manteve,
aolongo
de2002,
umcom
:~(~ponam
entoabsolutam
enteesrãve!',
:11A.N
ãoque
nãoexistissem
problemas
pelolado
dascontas
externas.
::;'~:~~.'·Ex
jsti ame
continuama
existir.M
assão
denatureza
estrutural(au
~:fiftm
entoda
dependênciade
importados,
elevaçãodo
passivoexterno
·~lDt.Jlq
ujdo
porconta
dainrernacionalização
docapital
produtivocom
:':~;;-co
nseq
üente
elevaçãoperm
anentedas
despesasem
dólaretc .),
longe.
~~~j~
~portan
to,
doagravam
entoconjuntural
queserviu
deargume~to
ao
'}i;&;~
~Ov
ogoverno.
E,
mesm
oque
esseagravam
entoconjuntural
viessea
.:::·;;:.-~t;'~co
rrer,o
acordocom
oF
Ml,
comtodo
oseu
pesadocusro
paraa
~*~~4~ciedade, já
estavafechado
(foraassinado
emagosto),
permitindo
que
.:~TIí..lfalq
uer
tempestade
inesperadafosse
enfrentada..
,
~e::~::.;.,~~I
ffiAoutra
razãoam
iúdelevantada
pelasautoridades
paraJustificar
a
i~
illl~
duçãoque
deinício
deramà
políticaeco~ômica
era~
risco-:
p~ra
l~.;~
~t;eI.es
iminente
-de
umdescontrole
monetário.
Nessas
circunstancias,r
"-;:.-._..."",
'-'-
,~.
Ei'~~
~,$ava-se , deviam
sertom
adasas
medidas
necessárias, fossemelasquais
t~~1~~~i
.li~~1:f~i;f~~
peci fi cam e: n t ecom
relaçãoa
essaquestão. ~liás.
ade~;n~es~rada
~esvaloriI:lção:~~{
.go
real jogavaa
favor.VISIO
que.do
poncode
vistaao
comercio
exrenor, háum
ldg
l:/~
detrês
aseis
meses)en
trea
oscilaçãosübira
dopre:ço
dadivisa
eos
resultados quet ........
-c
._
!~j
~a
sep
od
emcolher.
..
_
~. ~./§:.
começam
oan
oem
USS
36bilh~es
(an;édia
J~200\
fOIY
S$36.3
bllhocs~.
iJ.:.~
lam
paraU
S$33
bilhõesem
abril ernaio,
alcançama
faIxad
os
USS
40bi-
~;~ões
emju
nh
oe: ju
lho
.ficam
naesfera
do
sU
SS38
bilhõesem
agostoe: setem
bro
.~,...."'~e
US5
36bilhões
nobim
estre:seguinte, fechando
oan
oem
USS
37.8bi'hõc~.
"',;:.n
úm
eros
f:llamp
or
si:n30
tinh
ahavido
nem
estavah
aven
do
nen
hu
ma
s:mgTl:l
tada,nada
que: pudesse:se
assemelhar
:Ium
ataqu
eespeculativo
contrao
real
,tanre
dob
rutal
enfraquecimento
daposição
externado
país(co
mo
ocorrera
.,"sctem
bro
de:I 'J'J8
e:janeiro
deI 'J'J'J).
~~
.
:·J.?·li' ~"~.
'~ 'I:tt.~l~
38•
Brasil
Dt/ivtTy
fossem, para
reduziro
ímpeto
desseprocesso.
Procederde
ou
traform
a
seriacom
oassinar
logode
carau
matestado
deincom
petênciae
com
prometer
aviabilidade
dagestão
quese
iniciava.Justificava-se
po
raí a
manutenção
daelevada
taxareal
dejuros
eo
estrangulamento
da
liquidezda
economia
(oaum
entodo
compulsório
dosbancos,
em
fevereiro,retirou
daeconom
ia,de
uma
horapara
aoutra,
cercade
10%de
seusm
eiosde
pagamento).
Mas
qualera
aprincipal
razãodesse
comportam
entoadverso
dos
índicesd
epreços?
Oprincipal
problema
eraa
própriadesvalorização
doreal
apartir
dejulho
de2002,
provocadapelo
tumulto
eleitoral.
Com
adefasagem
quesem
preexiste
nessescasos,
osíndices
depreços
começaram
adem
onstraro
impacto
do
choquea
partirde
ou
tub
ro/
novembro. M
asaassincronia
existenteno
processode
reajustede
pre·
çose
opeso
queneles
têmas
tarifaspúblicas
eos
chamados
preços
administrados
(combustível,
gáserc.)
tornavamim
possívelque
todo
elefosse
absorvidode
uma
sóvez. A
ssim,
comou
sempolfrica
mone
táriaconrracionista, os
índicesde
preçoscontinuariam
asubir
atéque
todoo
choquetivesse
sidoincorporado,
passandoa
declinara
partir
daí, empurrados
também
pelodeclínio
docâm
bio(que
foi exatamente
atrajetória
po
reles
descrita).N
enh
um
descontroleinflacionário
àvis
ta, portanto.E
como
elepoderia
existirco
ma
economia
and
and
ode
lado,praticam
enteestagnada
hátanto
tempo?
Tam
poucoexistiam
como
continuama
nãoexistir
-na
economia
brasileiram
ecanismos
capazesde
começar
poraí
agirar
aroda
dainflação
inercial,com
o
sugeriuinadvertidam
enteo
presidentedo
Banco
Central,
Hen
riqu
e
Meirelles,
emagosto
de2003.
Portanto.
atese
doprecipício
aindaestá
porser
demonstrada.
Os
dadosexistentes
sobrereservas
eu
mm
ínimo
deconhecim
entosobre
a
formação
eo
comportam
entodos
índicesde
preçosnão
nosaurori
zama
confirmar
suaverdade
. Ogoverno
alegatam
bémque
tinham
sidocortadas
as linhasde
créditopara
opaís
eque
erapreciso
recuperá
las rapidamente. M
as, atéhoje.
nãom
ostrouquais
foramesses
financia
mentos
eem
quantoforam
cortados.
2. Afalácia
do
estágiode
curto
prazona
orto
do
xia
Fizemos
oretrospecto
desseselem
entosporque
ajustificativa
go'
vernamental
paratam
anhog
raude
ortodoxiapassou
sempre
pe1:l
afirmação
danecessária
recuperaçãoda
"credibilidade".Seria
preciso
!rlO
Brasil
com
oplataform
ade
valorização
financeirainternacional
•39
-\', -.j~~: ....•
recuperá-iapara
nãocom
prometer
ascontas
externas,pois
oajuste
·i;··efetivo
do
balançode
pagamentos
dopaís
aindaestava
emcurso.
O'':
. 'Ó=
.~..__,,__:::-~_:."::~':";: 'sinal
darecuPleração
dd essacreddibilCidaBdc
edrajustame~t:
adqueda
ddo
.risco-país,
ae
evaçãoo
preçoo
-0
0e
aapreC
laçaoa
rnoea
::; ~dom
éstica.Para
conseguirisso
erapreciso
reduzirdrasticam
enteos
~"' ~" ,índices
deinflação
efazer
um
asólida
profissãode
fénos
remédios
da
::~i- :contraçâo
daliquides
eda
restriçãom
onetáriae
fiscal.E
mpoucas
.~;::.- :
palavras.era
preciso"beijar
acruz"
daortodoxia
econômica",
eela
foi
'_:_:_:'
beijadacom
devoção.
::{.
Mas
essediscurso,
deque
onovo
governousou
eabusou
ame
o
)t:;:-enorm
eespanto
geradopelas
medidas
comq
ue
iniciavasua
gestãoda
'1%reconom
ia,tinha
um
ladod
úb
io,
poissugeria
que,u
ma
vezrecuperada
f~;:-- - a"credibilidade",
uma
vezfeita
adolorosa
travessia,
chegariafinal
;:1;2m
entea
horade
colocar aretom
adado
desenvolvimento
com
oo
obje
;::f~::ltivo
prioritárioda
políticaeconôm
ica.O
estágiona
políticaortodoxa
~ Qg
>'era,sugeria
-se.de
curto
prazo,necessário
paraviabilizar
atransição
\ -..-: :
!.-,~
->~:"sem
traumas.
}{K:i1' '.Q
uem
conhecia,porém
,a
forma
defuncionam
entodo
modelo
.2~~}1econôm
icoabraçado
pelogoverno
doP
Tsabia
quetal
suposiçãoera
~r-i~ihnais
um
afalácia.
A"lógica
dacredibilidade"
simplesm
entenão
per
~~~
&iitetal m
udançade
rumo.
Esse
tipode
credibilidadesó
sem
antémse
;_- :;~
lg$rm
anecereminalteráveis
nap,o~í[ica econ?~ica
oaju~te ~scal
impla
r;:~~i
ii1.~;;1~vel, o
juroreal
elevado.a
políticam
on
etana
contraciorusta,etc.
De
I::;:~
~}~~P9
isque
seentra
nessej~go,
qualquerm
ovimentação
nosentido
con-I,
..~
''lH'"'-'
dh~;J?,i
~.;~io
levade
roldãoa
"conquista"tão
duramente
obria
e,ju
nto
com
K;~~~~j.S1~
assupostas
c?ndiçõesde
"estabilida~e"necessárias
parao
cresci
li::-}Ei •.,
':fl1~nto.
Poder-se-Ia
entãosupor
queo
nu
deo
du
rodo
novogoverno
H\ih... ",.fª~
sedeu
cooradessa
impossibilidade
ejulgou
queseria
capazde
t:~:i1f~j~r
inicialmente
o"jogo
doadversário" para
obter,a
partirdaí,
as con
I ;_ ~;~~~~
esnecessárias
paraim
plementar
suaprópria
políticaeconôm
ica,
P;'~'.:.;:f~~~ela
querecuperaria
ocrescim
entoe
gerariaos
10m
ilhõesd.e
em
L-0/F:.'-"
.l~s
prometidos
pelocandidato
Lula
aolongo
doprocesso
eleitoral.
. .};?'M
asm
esmo
essahipótese
parecehoje
difícilde
serconsiderada.
~â?ois deouvirm
oso
secretáriode
Política
Econôm
icado
Ministério
Õda
dizerque
épreciso
ergueru
ma
estátuaa
Pedro
Malan
(mi-
,~J'II.1'', .
: ~i l'rI-)11:.,
oB
rasilcom
oplataform
ade
valorizaçãofinanceira
inrernacioncl•
41
-r'
~' . ,
~~ .- ...).i....:'"~, .,.r
.', ..' ., :;1. .)
,'·.1 :."~
:.1,I·~I
.J ': ',,
traa
inflação,assegurariam
acredibilidade
dosinvestidores
externos
eresolveriam
osproblem
asdo
balançode
pagamentos. 'Para
completar
areceita,
areestruturação
produtivafària
elevaros
saláriosgraças
ao
aumento
naprodutividade. constituindo
assiminstrum
entoinestim
á
vel paraa
reduçãodas
desigualdadesdistributivas.
Um
adécada
depoisde
aplicadas .essas
medidas
geraramestagna
çãoeconôm
ica,desem
pregorecorde,
enorme
aumento
davulnera
bilidadeexterna,
oretorno
dopaís
àposição
deeconom
iaprim
ário
exportadorae
aperm
anênciado
mesm
opadrão
distributivo,com
inevitávelcrescim
entoda
pobrezaabsoluta.
daviolência
eda
barbãrie
nosgrandes
centrosurbanos
dopaís. Pouco
tempo
ames
dosurgim
ento
dotexto
deG
usravoF
ranco, adiretoria
porele
comandada
noB
anco
Central
tratavade
tomar
asm
edidasnecessárias
paragarantir
ainser
çãoque
defato
importava: a
admissão
doB
rasil nocircuito
internacio
nalde
valorizaçãofinanceira.
Arenegociação
dadívida
externa,bem
como
suasecuritização,
ea
criaçãodos
títulosda
dívidabrasileira
co
tadosem
mercados
internacionaisjá
tinhamse
encarregadode
pane
dastarefas.
Sim
ultaneamente,
am
esma
diretoriase
encarregava,na
surdina,de
outraparte,
também
fundamental:
adesregulam
entação
dom
ercadofinanceiro.
Utilizando
umexpediente
criadopor
uma
lei de1962
-as
chama
dascontas
CC
S,
contasexclusivas
paranão-residentes,
queperm
item
alivre
disposiçãode
recursosem
divisas-,
oB
ancoC
entralprom
oveu
Na
realidade.essa
primeira.
mu
dan
çafoi
implem
entadaj:i em
1992.na
gestãode
Francisco
Gros
com
opresidente
doB
ancoC
entral eA
rrnlnioFraga
como
diretor
daárea
externa,m
aso
mercado
permaneceu
incréduloaté
que.em
novembro
de
1993.já
nagestão
deG
ustavoF
rancona
áreaexterna
doB
ancoC
entral.foi
_..publicada
uma
"cartilha"que
escancaroupara
osagentes
aquiloque
elesestavam
.-:'vendo
semacreditar.
Não
po
racaso,
tal cartilhaficou
conhecidano
mercado
como
;."C
artilhada
sacanagemcam
biar.
~f
~~~,~=~
f;'tI-
I~~-.
"fili.fi~~'li:-I '''J~~''''
;·~:·}{5~
1~g
~~~:tr
l,ff{PRd:a
aberturafinanceira
dopaís.
Operaram
-seduas
grandesm
udanças .
')~*.~~i
Em
primeiro
lugar, alargou-seo
conceitode
"não-residente",incluin
~~i
tdo-se
aínão
apenasas
pessoasfísicas
oujurídicas
queestivessem
em
:~;_~;~~1i.
·trânsito
pelopaís,
mas
também
ascom
aslivres
deinstituições
finan
~:~~i~~
ceirasdo
exterior(instituições
financeirasestrangeiras
nãoautorizadas
~~.:~;.a
funcionarno
país)". Além
disso,as
CC
Spassaram
apoder
remeter
~j~~~i;~ livrem
entepara
oexterior
nãoapenas
ossaldos
emm
oedadom
éstica
;~:~:,?~;resulrantes
daconversão
dam
oedaestrangeira
coma
qualos
nâo-resi-~
.
Em
meados
de1996.
Gustavo
Franco,então
diretorda
áreaexrer
nado
Banco
Central
(e,pouco
depois,seu
presidente),escreveu
um
artigo,que
circuloum
uitoentre
oseconom
istas, denominado
"Inser
çãoexterna
edesenvolvim
ento", sobreo
qualo
presidenteF
HC
disse
tratar-seda
"revoluçãocopernicana
naeconom
ia".E
mbalada
noido
latradoinvólucro
daform
alização,não
passavade
uma
apologiadas
prescriçõesdo
Consenso
deW
ashingcon,que
ogoverno
deF
ernando
Henrique
jáestava
utilizandono
país,quais
sejam:
reduçãod
otam
a
nhodo
Estado
(privarização),abertura
comercial,
políticasm
onetária
efiscal rígidas,
raxasreais
dejuros
elevadas.A
legavaG
ustavoF
ranco
que,m
isturandobem
tudoisso, depois
decerto
tempo
opaís
estaria
preparadopara
pegaro
bondeda
história.O
choquede
concorrência
implem
entadopela
aberturaprom
overiau
mprocesso
dereestruturação
produtivaque
nosfaria
ganharum
lugarno
admirável
mu
nd
onovo
globalizadoe
garantiriaas
condiçõespara
ocrescim
entocom
estabili
dade.O
Estado
mínim
oe
aspolüicas
fiscaise
monetárias
"sólid
as"
Com
jurosreais
elevados, alémde
constituíremantídotos
naturaiscon-
3.A
verdaded
om
od
eloescolhido
nisrroda
Fazendaao
longodos
oitoanos
degoverno
deF
HC
),depois
deassistir
aom
inistroda
Fazenda,respondendo
àsacusações
de
continuísmo, dizer, na
presençade
FH
C, que
"sendoigual,
mas
corre
ra, elecontinuaria
apraticar a
mesm
apolítica
econômica
porm
aisdez.
anos",fica
difícilim
aginarque
ocontinuísm
ofoi obra
dealgum
mo
vimenro
tático.A
únicahipótese
quesobra
éque
houveum
aescolha
deliberadap
or
essetipo
dem
odelo.com
plenae
totalconsciência
dos
responsáveispor ela.
Mesm
ocalçados
em55
milhões
devotos
ernon
radosnum
capitalpolítico
inéditona
históriado
país, osnovos
donos
dopoder
nãoquiseram
arriscarum
milím
etroe
sedecidiram
pelali
nhade
menor
resistência.Escolheram
ocam
inho"m
aisseguro", quenão
afrontavainteresses
constituídos, incemos
eexternos,
queim
punhade
vezo
rentisrnocom
om
arcade
nossaeconom
ia, queconsagrava
parao
Estado
opapel
paternalistae
"focado"
de"cuidar dos
pobres",que
não
questionavaas
disparidadesregionais
epessoais
derenda
eriqueza,
quenão
ameaçava
sequerarranhar
ainíqua
estruturapatrim
onialdo
país, queo
mantinha, enfim
,subm
issoaos
imperativos
daacum
ulação
financeiraque
domina
acena
mundial
docapitalism
odesde
meados
dosanos
1970.
40•
BrasilD
tJiv"J'
oB
rasilcom
oplataform
ade
valorizaçãofinanceira
lnrernacional•
43
~LM
aisuma
ousadia(à
direita, sempre)
donovo
governofoi a
imposição
decontri
:;'.rbuiçâo
aosinativos
-a
qualF
HC
renrarainúm
erasvezes sem
conseguir. Não
CU
SI3
~~~.
lembrar
qu
eo~tor
b:isicodo
insucessode
FH
Cem
todasessas
Tentativas
foia
~~
, oposiçãoferoz
feit2justam
entepelo
Partido
dosT
rabalhadores.
:->'5,N
ãop
or acaso,
oF
ome
Zero
temm
uito
mais
afeição
filamrópic<
l deum
programa
;: de
caridadedo
qu
epropriam
entea
feiçãode
uma
políricade
Estado.
;.*"-..:jo•.~
';.;:.......~..
plantadapelo
governoanterior. S
eusen
tido
básicofoi alterar
ofuncio
nam
ento
do
sistema
previdenciáriodessa
faixade
trabalh
ado
res.
Pretextando
déficitsinsustentáveis
eque
seagravariam
como
tempo,
o
governopropôs
mudanças
nosistem
ade
previdênciado
funcionalis
mo
que, concretamente,
implicam
atransição
paraum
regime
de"capi
talização",em
substituiçãoao
regime
de"repartição
simples"
atéentão
vigente.A
exemplo
doque
FH
Cfizera
coma
previdênciados
trabalha
doresdo
setorprivado
daeconom
ia,o
principalinstrum
entopropO
Sto
paraoperar
essam
ud
ança
foia
imposição
detetos
paraos
benefícios,
tetosq
ue
obrigarãoos
servidoresa
participar defundos
complem
enta
resde
previdência.M
as,diferentem
entede
FH
C,
qu
enão
ousoudis
pensaras
"regrasde
transição",a
propostaoriginal
dogoverno
doP
T
foi aoparlam
entosem
elas, cabendoaos
congressistasa
introduçãodas
mudanças
qu
etornaram
"menos
radical"a
reforma
proposta",
Assim
,tendo
oFom
eZ
eroco
mo
aprincipal estratégia
dem
arketing,
mas
semconferir
efetivamente
aessa
meta
grandeim
portâncianem
lheproporcionar
recursossubsranrivos",
ogoverno
esforçou-sem
es
mo,
logode
início,foi
paracom
pletar asm
udançasiniciadas
po
rF
HC
naárea
previdenciária.Q
ue
ogoverno
tenh
acom
eçadopor
aí,q
ue
tenhaem
pen
had
oto
do
oseu
pesopolítico
eseus
cargosna
aprovação
.y
_!."- o.i.:de
talreform
a,pode
sertudo,
menos
um
acasualidade.
Na
verdade,_
01-..."' '''F.'"
j§l~
·!i:;,~esse
infcioé
sinalinequívoco
docam
inh
oescolhido
pelonovo
gover-
~ . ~~*?:
noe
dad
ou
trina
porele
abraçada,(O
rnandoainda
mais
plauslvela
h~~:-'Vf' · hipó[ese
deq
ue
houvçu
ma
escolhaconsciente,
enão
um
asituação
<::o'}
inescap
ávelq
ue
teriaem
pu
rrado
og
ov
erno
Lu
laa
con
firmar
e
'b.!-1!i"j
'" aprofundaro
mesm
om
odelo.'-;lW
' ·-xt ....i.r -
0,_, ''?"
~_ "';-~A
ocom
pletara
transformação
idealizadap
or
FH
C,
màtararn-sc
~\...t
·
"';v:irioscoelhos
deu
ma
só
cajadada.E
mprim
eirolugar,
criou-sefinal-
. ..."·m
enteo
grandem
ercadode
previdênciacom
plementar. que
haviam
ais
~~.
.{~d
eduas
décadasvinha
despertandoa
cobiçado
setorfinanceiro
privado
;~~
S}:taciona1
ein
rernacional. Cabe
ressaltarque, nesse
sentido, aviabilização
.:
4' (.!.
".J.~
42•
Brasil
J)tlivtry
dentesti ....essem
entradono
país,m
astodos
equaisquer
saldos-A
briu
secom
issoa
possibilidadede
qualqueragente,
independentemente
de
sero
unão
residente, enviarsem
restriçõesrecursos
aoexterior. basran
do
. paratanta.
depositarm
oedadom
ésticana
contade
um
ainstitui
çãofinanceira
não-residenre",
Essasm
udançasproduziram
aform
ae
asubstância
dainserção
do
Brasil
nasfinanças
dem
ercadointernacionalizadas.
Os
títulosda
dívi
dabrasileira
lançadose
cotadosno
exteriorconfirm
aramo
paísno
.•papelde
emissor
decapital
fictício,q
ue
viabilizaa
valorizaçãofinan
ceirae
garantea
posteriori atransferência
deparcelas
darenda
real edo
capitalreal
paraa
esferafinanceira.
Aliberalização
financeiravem
~-
~ ranriro
livretrânsito
doscapitais
internacionais,q
ue
podemassim
maxim
izaro
aproveitamento
daspolíticas
monetárias
restritivase
de
jurosreais
elevados.Sem
odestravam
entodo
mercado,
porexem
plo,
osm
aisde
US$
40bilhões
quesaíram
dopaís
entresetem
brode
1998
ejaneiro
de1999,
atemorizados
com
aim
inen
tedesvalorização
doreal,
nãoteriam
podidofazê-lo
eteriam
amargado
durasperdas.
Mas
otraje
dessenovo
papeldo
paísnão
estavacom
pleto,Por
mais
quetenha
tentado,F
HC
nãoconseguiu
implem
entar, naquestão
pre~
videnciária,todas
asm
udançaspara
qu
esua
conformação
seadaptasse
aonovo
figurino.A
reforma
daP
revidênciafoi
justamente
oprim
eiroprojeto
defô
legoem
quese
emp
enh
ou
ogoverno
Lula.
Logo
nosprim
eirosm
eses
degestão,
onovo
governom
and
aao
Congresso
umprojeto
delei q
ue
propõevárias
aiteraçôesnessa
área,m
asque
afetafundam
entalmen
teo
funcionalismo
público,já
que,no
setorprivado.
areform
afora
im-
•A
sprocuradoras
daR
epúblicaV
alqulríaN
unese
Raquel B
ranquinhoencam
inha
ram111 Justiça
Federal.em
dezembro
de2
00
3.
um
apeça
deacusação
emq
ue
pe
dema
condenação. po
r crime
deim
probidadeadm
inistrativa. dequinze
executivos
ligadosao
Banco
Central
eao
Banco
doB
rasil. Elasargum
entamque
essatrans
formação
dasC
C5
foi(c:iG
lde
mo
do
irregular,pois
uma
leifeder..u
nãopode
ser
regulamentada
poru
mórgão
dehierarquia
constitucionalinferior.
Em
OU
traspa
Iav~
, oC
ongressoteria
deser
ouvidosobre
isso.e
não
foi.A
mudança
foifdra
singelamente,
mediante
uma
"cartacircular-
doB
ancoC
entral. Um
acarta
circu
laré
umdocum
entoq
ue
temo
papel exclusivoe
resrrirode
"esclarecer"norm
a.' c
regulamentos
editadospelo
Conselho
Monetário
Nacional.
(Veja-se, a
esserespei
to.;l excelente
matéria
deR
aimundo
Rodrigues
Pereira, "Urna
manipulação
extraor
din~riaM.publicada
narevista
&portagtm
.n,
53.fcv. 2
00
4.)
44•
Brasil
Dflivery
dareform
ano
setorpúblico
representaa
aberturade
perspectivasde
acumulação
quenão
estãopresentes
quandose
considerao
mercado
previdenciáriooriundo
dosetor
privadoda
economia. A
pesarde
subs
tantivamente
maior
doque
onúm
erode
trabalhadoresdo
setorpúbli
co,o
mercado
consrirufdopelos
empregados
dosetor
privadopossui
rendam
édiam
enore
enfrentaa
ameaça
dodesem
prego.A
abertura
dessenovo
csuculento
espaçode
valorizaçãofoi, portanto,
oprim
eiro
dosgrandes
tenros (àdireita. sempre)
marcados pelo
novogoverno
coma
~aprovação
dareform
a.Além
disso, coma
elevaçãodas
contribuições. da
idadee
dotem
pode
trabalhopara
aobtenção
dobenefício,
bem
como
~com
ataxação
dosinativos .
ogoverno
contoupontO
Stam
bémno
intocávelobjetivo
do"ajuste
fiscal". Pôde,ainda.
porm
eiode
umbem
pensadoprogram
ade
defesapublicitária
dessainiciativa.
colocaros
funcionáriospúblicos
como
osgrandes
vilõesdo
descalabrosocial
do
pais?e
vendera
idéiade
queo
intuitoda
reforma
erasim
plesmente
o
defazer "justiça
social". E.last but not least, um
sistema
previdenciário
compredom
íniodo
regime
derepartição
esob
om
onopóliodo
Esta
doera
algoque
nãocom
binavaem
nadacom
umpaís
quebuscava,
desdeo
inícioda
décadade
1990,afirm
ar-secom
oum
dasplatafor
mas
mundiais
davalorização
Iinancelra.A
reforma
patrocinadapelo
PT
veiocontribuir
deform
adecisiva
parao
alcancedesse
objetivo.
Ocorre
queo
regime
decapitalização
épor
definição"renrista"
(in
teressam-lhe
jurosreais
elevadose
ativosfixos,
depreferência
papéis
públicos,já
queseus
gestorestêm
de"garantir",
nolongo
prazo,o
retomo
individual das contribuiçõesnos
valores contratados), enquanto
oregim
ede
repartiçãoé
"produtivisra"(interessam
-lheem
prego,ren
dae
capitalprodutivo, visto
quequem
trabalha"paga"
arenda
dequem
nãotrabalha).
Sendo
assim,
essatransform
ação,além
de,em
muitos
casos, terviolado
direitosadquiridos,
geroum
aisum
importante
ele
mento
paratornar
mais
profundasas crises experim
entadaspelo
país'".
Masisso
certamente
passoupor
detalhena
cúpulagovernam
ental, dian
teda
"modernização"
institucionaldo
capitalismo
brasileirotrazida
pela
,R
ecuperando.
sintomaticam
ente.u
ma
dasbandeiras
decam
pan
ha
deF
ernando
Collor.
roP
iordo
quepré-c
íclico,oregim
ede: caplralizaçâo
éneutro
qu
and
oa
maré
éfavo
rável,m
asjoga
completam
entecontra
quandoos
ventosem
pu
rrama
economia
ladeiraabaixo,
Eisso
étanto
mais
verdadeiroquanto
maior
foro
pesodos
ativos
carregadospelos
fundosde
pensão.
oB
rasilcom
oplat aform
ade
valorizaçãofinanceira
internacional'
45
reforma.
alémdos
inegáveis"ganhos
decredibilidade"
queela
anga
riou11. N
ãoé
demais
lembrar que,
emtroca
deseu
apoioé
dofinancia
mento
aprojetos
sociais,o
Banco
Mundial
"sugeriu"ao
novogoverno,
aindaantes
desua
posse,que
elejustam
enteconcluísse
areform
a
previdenciária(além
derealizar a
reforma
tributáriae
auniversitária).
Concluída,
po
nam
o, essa
etapa, ficaquase
prontoo
paíspara
intc
grar, trajadoa
rigor,o
circuitointernacional
davalorizaçâo
financeira.
Mais
algunsdetalhes.
como
aaprovação
danova
Lei de
Falênciase
a
autonomia
doB
ancoC
entrai, expedientesvistos
como
necessáriospara
garantira
"rendam
ínima
docapital"!',
enada
mais
faltará.E
esse
mom
entoglorioso
nãotardará
achegar,
vistoque
ogoverno
Lula
já
tom
ou
todasas
providênciaspara
qu
em
aisessas
reformas
rnoder
nizantessejam
implem
entadaso
quamo
antes.A
toiletteestará
então
completa.
Aautonom
iado
Banco
Central
fazver
aos"m
ercados",
de
uma
vezpor
todas.que
oE
stadobrasileiro
nãoabrirá
mão
deseu
papelde
permanentem
enteretirar,
pelavia
dostributos,
parcelasda
rendareal da
sociedadea
fimde
transferi-Iaspara
aesfera
davaloriza
çãofinanceira",
assegurando °rendim
entodo
capitalficncio
(rítulos)
queproduz": A
om
esmo
tempo,
esseE
stadotransform
aa
moeda
do
paísem
objetode
tráficoe
deagenciam
ento,sujeitando-a
aoperações
dearbitragem
quefarão
seuvalor
flutuarao
sabordos
interessese
das
aplicaçõesde
cadam
omento.
Ora
como
objetode
especulação.ora
11U
ma
dasconseq
üênciasbenéficas
muitas
vezesaventada
paraa
msrauraçâo
de
regimes
decapitalização
éq
ue
eles.em
geral.forçam
um
aelevação
da"taxa
de
poupança"da
economia, o
qu
eseria
um
efeitosalutar, particularm
enteem
econo
mias
com
oas
nossas. que,segundo
odiscurso
convencional, são"carentes
depou
pança", Organizadas
dessaform
a,porém
, asfinanças
nãose
prestamnem
mesm
o
paraa
conformação
docírculo
virtuosodefendido
pelom
ainstreameconôm
ico
(poupança-investimento-renda). visto
qu
ea
poupançafinanceira
substantivaq
ue
asociedade
acabap
or
gerarnão
seobjetiva
eminvesrim
entoscapazes
degarantir
nofuturo
umfluxo
aumentado
debens
eserviços.
Ao
contrário, elatorna-se
um
elemento
adicionala
pressionara
economia
paraa
geraçãode
rend
asem
a
intermediação
daprodução
material.
Aexpressão,
felicfssima,
éde
JoãoSayad
(cf"T
axade
juros",Falha
dI' S.P",tlo.
;~24(412000).
~'Il
";.j.'>V
er sobreessa
questãoFrançois
Chesnais, "Int ro
du
çãogeral",
emA
mundializaçâa
tj: ~~ fi nat1ctira:g
intl<
',C
UltO
!..
roca
!(São
Paulo.X
amã,
1998) ..;lt ,
Pod.
e•
:.•~~:-
er-se-iaargum
entarque
oeleito
riquezaproduzido
pelagarantia
derenda
real
_:;"que
am
aquinariafinanceira
gerateria
opapel
deincentivar o
consumo
eo
inves-
"{,-; 'lo,
-i;~l
como
pretextopara
am
anutençãode
desmesuradas
taxasreais
deju
ros, am
oedadom
ésticapõe-se
sempre
como
umcam
inhoprom
issor
paraa
obtençãode
excepcionaisganhos
emm
oedafone.
Aabertura
financeiragarante
aefetividade
dessesganhos,
concedendoa
seusati
vosde
origema
liberdadenecessária
param
aximizar,
emdólar,
sua
estadano
pais. Os
fundosde
pensão(que
serãoagora
aindam
aisnu
merosos
evolum
osos)funcionam
como
braçoauxiliar
dadívida
pú
blica,no
papelde
retirarda
esferada
acumulação
produtivaparcelas
substantivasde
rendareal que
poderiam, de
outrom
odo, transformar-se
emcapital
produtivo.Farão
assim,
indiretamente,
pelavia
voluntária
d,s
contribuiçõesprevidenciárias. aquilo
queo
Estado
fazdiretam
ente
pelavia
imposiriva
dostributos.
Ogoverno
dom
aiorpartido
deesquerda
(!?)do
mundo.
nom
aior
paisda
Am
éricaL
atina,terá
entãoprestado
aosinteresses
docapital
rentistae
aseu
ideárioum
serviçoinestim
ável.T
erádem
onstradode
modo
irretorquívela
{escde
quenão
háourra
alternativa,de
quenão
háoutro
caminho,
poisque
ninguémduvida
dasintenções
progressis
rasdoP
artidodos
Trabalhadores
ede
seum
aisim
portantelíder. E
stará
aom
esmo
tempo
desempenhando
papelde
inegávelim
portânciana
consolidaçãodo
sistema
monetário
internacional vigente,no
qualu
ma
•m
oedapuram
entefiduciária
funcionacom
o"lastro"
daarquitetura
financeiram
undial.A
manutenção
dessesistem
a,porém
,é
precisa
mente
oque
mantém
adom
inânciafinanceira
davalorização!",
pois
queo
emissor
dolastro
internacional,ao
expandirlivrem
entesua
moeda.
geraum
aplerora
decapitais
qu
ese
defendem,
porm
eioda
timenro, devolvendo
àesferada
acumulação
produtivacom
uma
mão
oque
retira
delaCOm
aoutra.
Ainda
queisso
possaeventualmente
ser verdadeirono
casodo
consumo, no
casodo
investimento
éurna
esperançavã, já
que, continuandosob
os imperativosdo
gastopúblico
minguado
edo
jurorealdesm
esurado, as expecta
tivasderivadasdeaplicações
produtivasperm
anecerãodeprim
idas.
II~Dominancia
financeirada
valorização"afigura-se
umterm
om
aisadequado
do
que"dom
inânciada
valorizaçãofinanceira". pois
enquantoo
último
refere-sea
mom
emos
ouf.1Ses
nahistória
docapitalism
oem
quea
valorizaçãorenrisra
se
Clt:l.ccrbae
sesobrepõe
!l. valorizaçãoprodutiva
deum
modo
insustentável nolon
gopraeo,o
primeiro
dizrespeito
!l. etapacorrenre
docapitalism
o, naqual a
impor
til.ndae
adim
ensãodos
capitaiseda
valorizaçâofinanceira, com
binados11. peculiar
formaassum
idapelo
sistema
monetário
Internacional, fazemque
alógicada
valo
rizaçãofinanceira
contamine
também
aesferaprodutiva, gerando
umnovo
modo
deregulação
adequadoao
regime
deacum
ulaçãofinanceira. A
sm
udançasopera-
oB
rasilcomo
plataforma
devalorização
financeirainternacional.
47
valorizaçãofinanceira,
decrises clássicas
quepoderiam
reduzi-losa
pó.
Se, po
rum
lado, opapel
dosE
stadosnacionais
edos
fundosm
útuose
depensão
como
instrumentos
deextração
derenda
real paraa
alimen
taçãodo
capitalfinanceiro
ciganom
inoraa
dimensão
fictíciadesses
capitais,p
or
outrovai
acirrandoas
contradiçõesinerentes
aum
siste
ma
quevê
diminuir
ocapital
produtivo(que
gerarenda
real)enquan
toengorda
ocapital
financeiro(que
extrairenda
real dosistem
ae
incha
ficticiamente
nosm
ercadossecundários,
exigindoainda
mais
renda),
Éesse
enfimo
modelo
adotadopor
Lula
epelo
governodo
Partido
dosT
rabalhadorespara
promover
odesenvolvim
entodo
Brasil. A
re
tóricaconvencional
continuagarantindo
queé
apersistência
napolí
ticada
austeridadefiscal
comcontração
monetária
oúnico
caminho
seguro,certo
e"científico"
parase
alcançar o"crescim
entocom
estabi
lidade".C
omesse
tamanho
dedívida,
alegam,
opais
precisa"econo
mizar"
parareduzir
seupeso
comrelação
aoPIa
eter
permissão
para
voltara
crescer. Nunca
selem
bramde
dizerque
ocrescim
entoda
divi
da,que
afez
ganhara
dimensão
atual.não
foiresultado
denenhum
a
"irresponsável"gásrança
governamental,
mas
daprópria
receitaorto
doxaque
prescreveujuros
elevadospara
Sustentara
apreciaçãocam
bial
quevigorou
de1995
a1999.
Nunca
selem
bramtam
bémde
dizerque
opagam
entodesses
jurostão
polpudosé
ogrande
responsávelpelos
déficirsnom
inaisque
fazemcrescer
cadavez
mais
aprópria
dívida
pública,m
esmo
comos
serviçospúblicos
esfoladose
como
desempre
goem
níveisinsuportáveis.
Finalm
ente, esquecemainda
dedizer
quea
dívidanão
épara
deixar
deexistir,
nãoé
uma
anomalia,
umpecado
queo
paístem
depurgar
paraganhar
arecom
pensado
crescimento. A
ocontrário,
elafaz
parte,
.com
osem
prefez. do
capitalismo.
Ela
derivadas
relaçõesentre
Estado
daspelo
royotismo
vãonessadireção. A
chamada
~flexibiJizaçãodo
trabalho", por
exemplo, perm
ite, entreoutros:
utilizar mais im
ensamente
ovalor de
usoda
força
detrabalho; repartir
como
trabalhoos
riscosdo
capital, flexibilizandoo
próprio
capiral;emconjunto
coma
custornizaçâoda
produção, reduzir aom
Cnim
oo
custo
decarregam
entode
estoquesde
matérias-prim
ase
bensimermedi~rios
(quese
tornaum
desperdfcioirnperdoãvel num
contextode
taxasdejuros reaispositivas
e
elevadas), Todas
essasm
udançastêm
quever com
ocontexto
noqual
hojedeve
sedar
avalorização
produtiva,qual
seja: ocontexto
rentisrae
curto-prazisrada
.'.•valorização
financeira. Ver a
esserespeito
Andrés
V.F
ronrana,O
capitalismo
no
='1. fim
tÚJskulo
XX
(Tesede
Doutorado
emE
conomia.
Universidade
deSão
Paulo.
~.: Instituro
dePesquisas
Econôm
icas, 2000).
~,
PI'."
.' ll' j]1.)I.'.
-
,\.
oB
rasilco
mo
plataforma
devalorização
finalKcira
i
jos
éLuCs
Flori(M
Par3F
iori,'revolta
social' serácrescente",
entrevistaconcedida
a
Claudia
Antunes,
FoUJatk
SPau!«, 9/512004).
Cu
mp
reacrescentar
que.n
oconrexro
atualde
umsistem
am
on
erãrio
inrernacio
nalflduciãrio,
:I securuizaçãodas
dívidas
públicasdos
paísesem
ergentese
osjuros
positivosque
das
pagam,
bem
com
oos
ganhosde
arbilragemq
ue
ocâm
bioflu
tuan
teproporciona
graçasà
diferençade
forçaentre
asdiversas
mo
edasdom
ésri
cas,s50
acessóriosim
prescindíveis para
garantir oren
dim
ento
docapital financeiro
qu
and
oo
paíshegern
ônico,p
or
suaspróprias
razões,
nãoestá
dispostoa
fornecer
essagarancia.
'
9T
odasas
manchetes
aqu
ireproduzidas
sãoda
Folhaik
S.Paulo.
um
dosm
aiores
jornaisdo
pafs, cfuram
publicadasentre
janeiroe
maio
de2
00
4.
4.A
verdadedos
resulrados
Apartir
doinício
de2004
, findoo
primeiro
anodo
governoL
ula,
estatísticasfechando,
osjornais
começam
aestam
paras
manchetes":
"Brasileiro
compra
menos
alimentos
em2003";
"Consum
odom
éstico,que
cresciahá
dezanos,
ficaestagnado
em2003";
Ora,
tudoisso
indicaque
setrata
mais
doque
nuncade
uma
lhado
Estado
adireção
aser
seguidapor
essa"sociedade
natural"
de
temcom
ocapital. E
leode
·or do
ladoda
ali(mação
dorenrisrno;
queé
perversodo
poncode
vistasocial,
mas
asolutam
entefam
iliare'\
benéficodo
POnto
devist<Lda...a.c.lJ.qlulação
rivada,ou
podeafrontar
essalógica
eutilizar
~eupoder, não
paraextrair
rendare
<IiS
õõO
Oãd
e
eengordar
financeiramente
oscapitais ,
mas
paraobrigá~los
àacurnu
I~áo
produtivae
àexpansão
darenda
real.Ainsistência
doestablishm
ent
econômico
dogoverno
nocam
inhoda
austeridade,defendido
como
receitacena
esegura
parao
"crescimento"
-leia-se,
crescimento
da
produçãoc, portanto,
doem
pregoe
darenda
real -,expressa, ao
con
trário,a
necessidadedo
Estado
deassegurar
aocapital,
viapagam
ento
dejuros
reaispositivos,
o"lastro
11 posteriori"dos
ativosfictícios
que
•18
O.
em
ite.
governodo
PT, sem
coragemde
afrontar os interessescons-
riruldos,sem
nenhuma
disposiçãopara
arriscarum
am
udançana
pos
turado
Estado
qu
eo
(Ornasse
capazde
enfren
taros
problemas
experimentados
pelopaís,
escolheua
reafirmação
dalógica
perversa
quejá
estavaem
cursoe
aentrega
rota!do
Brasil às
exigênciasda
acu
mulação
privada.Feita
aescolha,
vejamos
queresultados
de
obteveem
seuprim
eiroano
degestão.
16T
omo
deem
préstimo
alese
bastanteconhecida
de:Ch
icode
Oliveira.
Veja
aesse
respeitoO
Idireitosdo
antlualor(P
etrópolis. Vozes, 1998, C
oleçãoZ
eroà
Esquerda).
I ~A
lembrança
-m
uito
apropósito
c:inspiradaem
Fernand
Braudel
-do
caráterde
ficçãod
oconfliro
entrecapital
pro
du
tivo
ecapital
financeiro-especulativoé
de:
eacum
ulaçãoprivada,
entrepoder
edinheiro,
ese,
noutrostem
pos,
serviucom
obraço
auxiliarpara
agarantia
do"salário
social", chegan
doa
desfetichizara
mercadoria
forçade
trabalhoe
criandoo
espaçodo
antivalorl6, hoje
elaafirm
ao
espaçodo
valore
docapital,
impedindo
a
queima
decapital
excedentee
assegurando-lheum
arenda
mínim
a.
Aúltim
aobservação
tornaainda
maior
aresponsabilidade
do
governoL
ulapor
patrocinar acontinuidade
dodesastre
brasileiro,que
jádura
mais
deduas
décadas.A
ocontrário
doque
podeparecer
à
c·prim
eiravista, o
"conflito"entre
capitalprodutivo
ecapital
financeiro
sóaparece
comvigor
noplano
agregado,
noqual
ficaevidente
airra
cionalidadede
assentaro
crescimento
econômico
naextração
de
rendareal,
mais
doque
emsua
geração.N
oplano
doscapitais
in
dividuais,porém
,particularm
entequando
setrata
dogrande
capital
internacionalizadoque
operana
arenam
undial,com
binarganhos
renrisrascom
ganhosprodutivos
épróprio
dalógica
deseu
funcio
namenro, que
ém
íopee
nãoenxerga
nenhumoutro
objetivoque
não
sejaa
expansãoam
pliadade
seuganho
monetário.
Logo, se
ornornen
roé
dejuro
real elevadopatrocinado
pelosE
stadosnacionais
daperi
feriado
capitalismo,
ajusta-seo
funcionamento
daprodução
aessa
circunstância,de
modo
quese
maxim
izem
onetariamente
acom
bi
naçãoentre
ganhoprodutivo
eganho
financeiro,A
ssim, m
aisdo
que
umproblem
aefetivo
enfrentadopor
seusnegócios, as críticas
emunís
sonoque
osem
presáriosligados
aogrande
capitalentoam
contraos
juroselevados
fazemparte
dojogo
decena
dequem
tema
obrigação
políticade
sedizer
preocupadocom
osm
ilhõesde
desempregados. A
s
relaçõesqueligam
ogrande
capitalprodutivo
efinanceiro,
deum
lado,
eo
Estado
naposição
deem
issorde
capitalfictkio,
deO
Utro,
mos
tram,
noentanto,
queesse
incômodo
nãoexiste,
anão
serpara
os
microem
presários,os
donosde
botequinse
osproprietários
defabri
querasde
fundode
quintal,condenados
à"econom
iade
mercado"
c
àgeração
derenda
realI?E
moutras
palavras,as
lógicasprodutiva
e
fictício-financeiraé
quesão,
noagregado,
conflituosas,não
oscapitais
quedelas
sebeneficiam
.
I'.:;1
J1
II
,.
50•
Brasil
Dtlillc'l
"Com
Lula,
rendacai e
desemprego
cresce";
"Indústriatem
opior
desempenho
desde1999";
"Tora!
desubocupados
cresce42,5%
em2003";
"Econom
iaencolhe
noprim
eiroano
deL
ula";
"PIBtem
aprim
eiraqueda
desde92";
"Consum
ode
famílias
temqueda
recorde";
"vestim
entasobe
emritm
ode
conta-gotas":
"Gasto
socialnão
a~mentacom
Lula";-........
"Desem
pregoem
ãoau
ovo
taa
neverecorde";
"Região
Metropolitana
deSão
Paulotem
2m
ilhõesde
desernpregados".
Poroutro
lado:
"Apeno
fiscalsupera
meta
como
FMI";
"Gasto
comjuros
érecorde";
"Brasil
éo
4s' colocadoem
gastocom
juros";
"Brasil
temjuros
mais
altosentre
osem
ergentes";
"Carga
tributáriaaum
entana
gestãoL
ula";
"Lula
fãzm
aioraperto
fiscal dahistória":
"Paísinveste
poucoe
temaperto
fiscal recorde".
Apesar
disso:
"Paísainda
évulnerável,
dizFM
I";"Investim
entoexterno
diretoé
om
enordesde
1995";
"Su
perávitnão
paganem
metade
dosencargos
dadivida
do
país";"R
isco-paísvolta
aficar
acima
de500
pontos";
"Standard
&Poor's
vêvulnerabilidade
noB
rasil";
"Brasil
sofrecom
temor
dejuros
maior
nosE
stadosU
nidos";
"JPM
organrebaixa
Brasil
erisco-pais
sobe";
"Risco-B
rasiltem
am
aioralta
em17
meses";
"Econom
iabrasileira
seguefrágil.
diz.BIO
".
Emcom
pensação:
"Instituiçõesfinanceiras
obtêmresultado
6.7%m
aiorem
2003";"Sete
maiores
bancoslucram
R$
13,4bilhões";
"Tarifas
bancáriassobem
mais
queinflação";
"Spreadbrasileiro
éo
maior
dom
undo";
,~~~
'
~.. i'''!
~\;~
*"lt.--
...:-:-,
--;·ú~i:.~:
fl{~~i
I~~i;rtf:.
.~
~
oB
rasilcom
oplataform
ade
valorizaçãofinanceira
internacional•
>I
"Investidorganhou
comortodoxia
doP
T"
j
"Tesouro
cede,resgata
rüulose
ajudafundos"
.
Portanto:
"Palocci anunciaque
ajustefiscal
vai continuarneste
enos
próximos
anos";
"Política
monetária
nãom
uda,diz
Palocci":
"Presidente
doB
Cdescarta
mudança
derum
o";
"Juroatual
nãobarra
expansão,diz. B
C";
"Política
econômica
nãom
udará.diz
Lula",
Não
éà
toa.então,
que,em
apenasu
man
ode
governoL
ula,já
se
cogitemoutras
formas
deluta
em
obilizaçãoda
esquerda:novo
parti
do(que
algunsquerem
apenasparlam
entarista) ,federação
dem
ovi
mentes
sociais, organizaçãodo
conrrapoderpopular. difusão
denúcleos
dereflexão
eação
socialistaetc.
. J:l,
..
SE~
'lE
SP
ER
Ai\Ç
AD
ES
ER
P:\ÍS
og
ov
erno
Lula,
dezo
itom
esesd
epo
is
Aascensão
doP
artidodos
TrabaJhadores
aogoverno
federal coma
vitóriade
Lula
naseleições
presidenciaisde
2002reacendeu
asespe
rançasde
uma
refundaçãoda
sociedade.A
trajetóriade
resistênciado
PT
ea
históriasingular
deSua
formação,
cevadana
lutados
trabalha
doresnos
durosanos
daditadura
militar,
pareciamcredenciá-lo
para
enfrentara
difíciltarefa.
Sabemos
hojeque
essaesperança
sefrustrou.
t~~~obrea
faláciado
argurnento
de:queo
Brasil estava
11bei ra
doprecipício
noinfcio
~'~:~e2003
, semprcjufzo
daconstatação
dagravidade
dosproblem
asestruturais
lc
."..·~os
po
r FH
Ca
Lula.
vero
primeiro
capítulodeste
livro, "B
rasil Delizw
y;razões
.
· · ·:~ntradi çõcs
elim
itesda
pollticaeconôm
icanos
seisprim
eirosm
esesdo
gOV
Cl;JIO
;Ji.}1la~ ..
:,}m
dom
ais,q
uem
conhecem
inimam
ente:a
"lógicada
credibilidade"abraçada
. .0governo
doPT
sabeperreitam
enreq
ue
não<' possível
aceirã-lstem
poraria-~.
~/(.
5':~~
;.
i1J~.~ .....:t~\~~.~~
l.:~~
~~-:i~~.'-:~
.::"
I};~~.~
~{~i;::"i,;
-!5~4?
I~;il~~-
....~...~~
~
~~~
~~Para
surpresageral. o
governoL
ulanão
sócontinuou
como
aprofundou
:.~. _~
apolítica
econômica
ortodoxa.que
prevaleceuno
governoF
HC
.
,~j~~,J
Foi tamanho
opasm
oque
inúmeras
hipéresesforam
aventadaspara
~~{~
explicara
insólitasituação:
ausênciade
projetopróprio,
"endireita
t~~';1:m
ente"progressivo
doP'T, am
eaçaà
governabilidade,traição
oportu-
~:~j~;nista ,
medo
etc.U
ma
dashipóteses
mais
aceitasfoi
ade
que,sem
r1:~
ternativano
mam
emo
inicial, dados<!: "herança
maldita"
eo
precipí-
~~~ioà
freme,
ogoverno
Lula
faria,só
nocom
eço,o
"jogodo
adversa
:Fo", para,
uma
vezrecuperada
acredibilidade,
colocarem
práticasua
;:X,çroadeira
políticaI.
No
enranro,passados
umano
em
eiodo
novo
X~
erno, épossível afirm
ar queessa
ralveztenha
sidoa
mais
equivocada
~~~_g-todasas
hip6reses2•
'.
~~q
;
· -I,J.!J
:.,~~.:'=~ .;:-... .
,. 54•
Brasil
DtlitJ~ry
Aperm
anênciado
mesm
om
odelonão
foiu
ma
estratégiapara
cons
truiro
espaçonecessário
paraq
ue
onovo
governocolocasse
emprãrica
seupróprio
projeto. Tam
po
uco
foiu
ma
decisãod
etermin
ada
pelaper
cepçãode
alguma
catástrofeim
inen
tee
danecessidade
de
"salvaro
país". Ao
contrário,tratou-se
deu
ma
opçãodeliberada
econsciente
de
man
tero
Brasil
enredadona
mesm
aarm
adilhaexterna
emq
ue
de
Se
encontrava.C
onfrontadosco
maquilo
queparecia
seru
ma
escolha
entreu
mprojeto
denação
eu
mp
rojeto
depoder,
osnovos
man
datá
riospreferiram
ficarcom
oú
ltimo
,o
ptan
do
pelocam
inh
oq
ue
lhes
pareceu,desse
po
nto
devista, °
men
os
arriscado.
Neste
texto, procuraremos:
1)descrever qu
earm
adilhaé
essae
quais
sãoos
indíciosde
qu
ese
tratoud
eu
ma
escolhaconsciente;
2)especu
larsobre °
tipode
discursoq
ue
perm
iteq
ue
um
governosupostam
en
tede
esquerdadefenda
eapresente
com
olegítim
aessa
opção, renegando
posturas,valores
eobjetivos
anteriores;e
3)fazer
umbalanço
dessa
escolha,depois
dedezoito
meses
degoverno.
1. Da
armadilha
extern
ae
de
com
oo
Brasil
perm
aneceu
nela
Éfato
sabidoque
oB
rasilnasceu
soba
égideda
expansãodos
Esta
dosnacionais
originários,ten
do
funcionado,p
or
mais
detrês
séculos,
como
simples
reservapatrim
onial,base
comercial
eterreno
deopera
çãod
eforça
detrabalho
compulsória.
Co
mtal
certidãode
nascimento,
nãohá
po
rque
estranharo
farode
sua
históriae
evoluçãoterem
sido
sempre
marcadas
pelaquestão
externa.P
ermanecendo
atéo
início
doséculo
XX
como
uma
econ
om
iaprim
ário-exportadora,o
Brasil,
nãop
or
acaso,inaugura
sua,p
or
assimdizer,
"maioridade
econômica"
como
chamado
modelo
desubstituição
deim
portações,o
useja,
o
centrodinâm
icoera
agorainterno,
mas
osm
ovimentos
externosé
qu
e
cônrinuavarna
lheditar
ocom
passo.I
Celso
Furtado
foiq
uem
percebeuq
ue
opafs
podiaacabar
deser
construídoe
deixarde
um
avez
po
rtodas
qu
esua
evoluçãofosse,
dire
tao
uindiretam
ente,co
man
dad
ade
fora.O
territóriod
ign
ode
conri
nente,a
generosafertilidade
dosolo,
asriquezas
naturaisincornen-
mente
eabandoná-la
tãologo
sejaconveniente.
Assim
,fosse
essade
falOum
a
estratégia,ela
estariafadada
aofracasso.
Mas
nãofoi esse
ocaso,
como
veremos.
Semesperança
deser
país>
55
surãveise
oim
ensom
ercadoin
terno
potencialestavam
.alim
esmo,
colocandoessa
construçãoao
alcanced
am
ão.A
lertou,no
entanto,
que,para
isso,seria
precisodeixar
delado
asidéias
convencionaisso
brevantagens
comparativas,
adoraro
planejamento
com
oelem
ento
primordial
doE
stadoe
reforçaras
instituiçõesd
asociedade
civiP.
Depois
devárias
rodadasdo
mesm
om
odelosubsciruidor
deim
-
portações-
aúltim
aperpetrada
pelogoverno
militar
deG
eiselsob
o
imp
actodo
primeiro
cho
qu
edo
petróleo-,
oB
rasild
ispu
nh
ade
um
a
matriz
interindusrrialpraticam
entecom
pleta. Foram
preenchidas, com
atrasode
quasetrês
décadas, ascasclas
estratégicasdos
insumos
básicos
edos
bensde
capital,q
ue
Vargas,
emsua
segundapassagem
pelogo
vernofederal,
tinhapercebido
com
ode
fundamental
importância
para
ordenaro
crescimento
econômico
dopaís.
Mas
oB
rasilfoi
atropeladopelo
segundoch
oq
ue
dopetróleo,
pela
guinadam
onetarisrade
Reagan
eT
harch
erno
fimdos
anos1970
e
pelaconseqüente
crisedas
dívidas,que
pôsa
Am
éricaL
atinade
qua
tro.
As
possibilidadesq
ue
entãose
abriamde
um
desenvolvimento
menos
embaraçado
po
rgargalos
reaise
menos
dep
end
ente
derecu
rsos
externosoriundos
dabalança
decapitais
(empréstim
os,investim
entos
diretose
capitaisde
curto
prazo)esboroavarn-se
emfunção
dafinan
ceirizaçâodo
mu
nd
oe
da"d
itadu
rados
credores"q
ue
entãose
inicia
va4
•Internam
ente,a
econ
om
iabrasileira
mergulhava
naslagru
rasdo
processode
altainflação,
resultadoda
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da
crisedo
perré-
/leô
eda
dívidaco
mn
osso
singularprocesso
deindexação'
eco
m'a
redemocratização
do
país.
En
tremen.tes, iniciavam
-seos
anos1990
e,C
Om
eles,a
seduçãodó
discursoríeo
liberal, q
ue
encobria, soba
promessa
da
«modernização"
e
dom
aravilhosom
un
do
novod
aglobalização,
osinteresses
dasaltas
finançase
alógica
financeirada
acumulação, q
ue
jádom
inavama
cena
ic-
capitalista.A
om
esmo
temp
oem
queeram
pesadamente
pressionadas
Leda
Paulani, "Autopia
danação:
esperança ' edesalento",
emL
uisC
.B
resser
Pereirae
JoséM
.R
ego, Agm
mk
esperançaro
l Quo
FI/nado(São
Paulo, Editora
34,
2001).
- .V
idea
respeitoFrançois
Chesnais,
"Introduçãogeral",
emA
mundializaç
ão fina
n
ceira(São
Paulo, Xam
ã,1998) .
-)L
edaPaulani,
"Teoria
dainflação
inercial:um
episódiosingular
nahistória
da
ciênciaeconôm
icano
Brasil]",
emM
ariaR
itaL
oureiro(O
Ig.).50
anosd~
ciência
~~n6mica
noB
rasil: pensamento,
instituições e
depoimenm
,(Perrópolis, V
ozes,1997).
56•
6rasilD
rliIIrry
'<I
securitizarsuas
dívidasexternas
ea
abrirseus
mercados
detítulos
públicos,as
economias
periféricas,denom
inadasagora
"emergentes",
eramcham
adasa
prestarcontas
daseriedade
desuas
intençõespara
comesses
interesses.O
sorganism
osm
ultilateraisencarregaram
-sede
prescrevere
cobraras
medidas
acordadasno
Consenso
deW
ashingron,
aceitase
praticadas,de
forma
submissa,
po
rboa
partedos
paísesperiféricos.A
sidéias
convencionaissobre
vantagenscom
parativas, qu
eF
urtadoqueria
verenfraquecidas
eesquecidas,
voltavamassim
com
forçatotal,
enq
uan
to"planejam
enro"era
termo
banidoe
retiradode
cenacom
oum
aroupa
velha,dem
asiadolarga
paraum
Estado
quese
queriaagora
bemenxuto.
No
casoespecífico
doB
rasil,desde°início
dam
esma
década,com
a'derrota
deL
ulanas
primeiras
eleiçõesdiretas
paraa
Presidência
depois
daqueda
daditadura,
foise
desenhandoo
cenárioq
ue
aprisionarianovam
enteo
paísna
armadilha
externa.Aescolha
doaventureiro
Collor
deixoubem
claroque
aselites
dopaís
continuariama
preferira
subm
issãoaos
interessesexternos
aenfrentaros
riscosdaconstrução
deu
ma
verdadeiranação.
Concretam
ente,a
renegociaçãoe
asecuririzaçâo
dadivida
externaalavancararn
areaberrura
dasfontes
externasde
financiam
entoao
pais,impulsionadas,na
verdade,pelo
elevadograu
deliq
uid
ainternacional
entãovigente.
Resolvida
assima
questãoexterna,
qu
eproduziria
anecessária
âncorapara
osistem
ade
preços,o
Plano
Real,
comseu
heterodoxoexpediente
daunidade
realde
valor(U
RV
),con
seguiu,em
1994,depois
dequase
um
adécada
deexperim
entosnão
convencionais,estabilizar
monetariam
entea
economia
brasileira.
Em
consonânciacoral
como
espíritode
modernização
qu
eim
perava,G
ustavoF
ranco,então
diretorda
áreaexterna
doB
ancoC
entral
(vindoa
tornar-sepouco
depoisseu
presidente),escreveu,
em1996.
umartigo,
quecirculou
muito
entreos
economistas,
den
om
inad
o"In
serçãoexterna
edesenvolvim
ento",que,apesar
dem
uito
comentado
elouvado,
nãopassava
deu
ma
apologiadas
prescriçõesdo
Consenso
deW
ashington,q
ue
ogoverno
deF
ernandoH
enriquejá
estavaadm
inistrando
aopaís:
reduçãodo
tamanho
doE
stado(privatização),
abertura
comercial,
políticasm
onetáriae
fiscalrlgidas,
taxasreais
dejuros
e1evadas6•
Co
mum
asem
-cerimônia
espantosa,G
ustavoF
ranco,em
"V
idedet:llhes
dom
odeloproposto
po
rG
ustavoFranco
noartigo
anteriordesta
coletânea.
:~I'Sem
esperançade
serpafs
>57
f~.entrevistas
edebates,
creditavao
arrasodo
paísaos
cinq
üen
taanos
de~t;,;
burricedos
pó/icym
akertanteriores
eàs
idéiasantigas
eresistentes
defazer
doB
rasilum
aautarquia
econômica.
Co
nq
uistad
aa
estabilidade
monetária,
anova
polírica-redirniriao
paísde
tantosequ
ívocos.conseguiria
ocrescim
entosustentado,
oequilibrio
externoduradouro
ca
reduçãoda
crônicadesigualdade,
'ESsas
medidas,
com
ose
sabe,
gerarama
estagnaçãoeconôm
ica,O
i:Iesemprego
recorde,o
eno
rme
aum
ento
davulnerabilidade
externa,O
'
retornodo
paísà
posiçãode
um
aeconom
iaprim
ário-exportadora
ea
permanência
dom
esmo
padrãodistributivo,com
inevirãvelcrescim
ento'
. =,.-f".t..~;~_~.i."~:~,~.,~.-.;":·-~:b~~::~~;~;s~~~~:~i:~:I,ê:~:Beb:si~~~:~~:en:~~~~::i~;~::o;
:.::_-",inicio
dosanos
1990,éhoje
o15
udo
mu
nd
o.D
eo
utro
lado,porém
,:~~
~:conseguiu-se
ainserção
qu
ede
fatoim
portava:a
admissão
doB
rasil~....-:,i
no~OC::~i~:;::,:~:~:ep:o::~;U~;~:lC:~:iss,ohaviam
sido
. .:_r:;.~:..~.t.;.~.~:~.~_~.~.~_\.;,•..'.·::::~:r::;~~~~u:::~4~:I~c:~i::~i~~~~:;:.~eB~:~a~;~~r:~~;t~:."."
~~ra
dom
ercadobrasileiro
detítulos
públicos;de
outro,a
aberturafinan-
.:
ceirado
paísp
or
meio
dealterações
nascontas
CC
S8.Essas
mudanças
,~
~-.produziram
,em
conjunto,aform
ae
asubstância
dainserção
doB
rasil
i~f~~
;nas
finançasde
mercado
internacionalizadas.O
stítulos
dadívida
brar
:""''''''''vc~sileira
lançadose
coradosno
exteriorconfirm
aramo
patsno
papelde
t~'
:,emisso
rde
'Capital
ficacio.A
aberturafinanceira,
com
oconseqüente
:livretrânsito
decapitais
qu
eela
produz,perm
ite,paraesses
capitais~cigan
os,o
máxim
oaproveitam
entodas
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onerãriasresrririvas
:"~de
jurosreais
elevados.Parase
teru
ma
idéiado
impacto
dessasm
ud
an
['&..;~,basta
lembrarque
ocontrole
dofluxo
inrernacionalde
capitaisteria,
'7':;:'wor
exemplo,
impedido
asaída
abruptado
paísdos
mais
deU
S$40
bi:nJhões
qu
ese
evadiramentre
setembro
de1998
ejaneiro
de1999,am
e~~
ontadoscom
aim
inentedesvalorização
doreal.
.~~
~~~li;:"fu·O
f.uode
oB
rasildeter
umnada
honrosoquinro
lugarno
mnking
mundial
de~
i.:~inaros
dejovens
(ISa
24anos)
ede
atax
ade
homicídios
nessafaixa
ter~;\~crcsd
do
88,6%entre
1993e
2002é
sóum
dosinúm
erosindicadores
dessatene
-\~}rosa
siruação.
~P:r:detalhes
sobrea
forma,
oconteúdo
eas
conseqüênciasdessa
mudança,vide
oft
lgOanterior
destacoletânea,
)'
r1•.,r.'..
Semesperança
deser
país>
5958
•B
rasilDt/iu"]
l!dentro
dessecontexto
quedeve
serconsiderado
opróprio
PlanoR
eal.Se
forverdade
queo
processoinflacionário
produziainterna
mente
profundase
indesejáveisconseqüências
(desestruturaçâodas
cadeiasprodutivas,
elevadoim
postoinflacionário,
queprejudicava
principalmente
asclassesde
rendam
aisbaixa,deterioração
dacapaci
dadefiscaldo
Estado
etc.)eque
setratava,
portanto,de
uma
necessidade
parao
paísque
oproblem
ase
resolvesse,nãoé
menos
verdadeque,
comum
ataxa
deinflação
tãopouco
civilizadae,
porconta
disso,ca
,pazde
produziroscilações
abruptasno
comportam
entodo
nívelgeral'd
epreços
ede
suasvariações,
inviabilizava-seo
,cálculofinanceiro,
aarbitragem
comm
oedase
aespeculação
visandoa
ganhosem
moeda
.fone.M
esmo
coma
aberturafinanceira
játendo
sidoform
almente
operada,ela
permaneceria
letram
orta,do
pOntO
devista
desuas
potencialidadesde
atraçãode
capitaisexternos
decurto
prazo,se
oprocesso
inflacionárionão
tivessesido
domado.
Éno
mesm
ocontexto
quedeve
seranalisada
aedição,
emm
aiode
2000,da
LeiC
omplem
entarna
101(L
eideR
esponsabilidadeFiscal
LR
F). Com
aim
plementação
daL
RF,negociada
porF
HC
como
FMI
nocalor
dacriseque
levouà
desvalorizaçãodo
realemjaneiro
de1999,
apreocupação
centraldo
administrador
públicopassa
asera
preservação
dasgarantias
dosdetentores
deativos
financeirosem
itidospelo
Estado.
Opropósito
daL
RF
erae
éestabelecer
urnahierarquia
nosgastos
públicosque
colocaem
primeiríssim
oe
indisputávellugar
ocredor
financeiro,em
detrimento
daalocação
derecursos
comfins
distributivos(políticas
derenda
epolíticas
públicasde
modo
geral)e
daviabilização
deinvestim
entospúblicos.Poroutro
lado,a"austerida
defiscal"da
LRF,que
exigede
prefeitose
governadoresesse
[temendo
apertoe
aredução
impiedosa
dosgastos
naárea
social,não
impõe
nen
hu
mcontrole
ou
sançãoaos
qu
edecidem
apolítica
dejuros
eelevam
adfvida
públicado
paisem
favordos
credoresnacionais
einternacionais.
Além
detudo
isso,osoito
anosde
FH
Cproduziram
uma
sériede
beneficioslegaisaos
credoresdo
Estado
eao
capitalem
geral,que
nãodeixam
dúvidasquanto
àseriedade
desuas
(boas)intenções
paracom
essesinteresses.
Em
cana
aoFM
Ide
setembro
de200
I,o
governobrasileiro
reafirma
suadisposição
paraestudar
meios
deevitar
oure
duziro
impacto
negativoda
ÇP
MF
nosm
ercadosde
capitais.E
mdezem
brodo
anoseguinte,
aprova-sea
emenda
constitucionalnO
37.
I~.1~
~:~~-N
ll
r"i''Íque
isentada
incidênciadesses
tributosos
valoresaplicados.em
bolsas-
-de
valores..Tam
bémpassou
aser
isentade
imposto
derenda
adisrri-
1 ~_·',".:r""~'~·~~-'~~~_:"'-'~"l:;~'·~:·~~"":::·-buição
dedluclcOS
deem
presasa
sb cU
Ssócios
brasileirosou
estrangeirose
_"j.",
arem
essae
ucrosao
exterior,em
como
aserperrnirida
adedução,
como
despesa,dos
"jurossobre
ocapital
prõprio'".M
aso
trajedesse
novopapel
dopaís
aindanão
estavacom
pleto.Por
mais
quetenha
tentado,F
HC
nãoconseguiu
implem
entar,na
questãoprevidenciária,
todasas
mudanças
requeridas .fAreform
ada
Previdênciafoi,
porisso,o
primeiro
projetoem
quese
empenhou
ogoverno
Lula.
Estendendo
paraos
funcionáriosdo
setorpúblico
om
esmo
tipode
mudança
queF
HC
promoveu
noque
concerneaos
trabalhadoresdo
setorprivado,
Lula
dáo
mais
importante
passopara
atransform
açãodo
sistema
previdenciáriodo
país.Antes
dessasrefor
mas,
oregim
eprevidenciário
predominante
erao
derepartição
sim
plesque,
emfunção
daform
ade
seufuncionam
ento,é
devocação
a"~~
produtivísta(étanto
mais
equilibradofinanceira
eatuarialm
entequanto
'~j
-m
aioresforem
oem
pregoe
arenda
média
dostrabalhadores).
Depois
..l,.·.~_::.r_L_~.-.-::.,.t~.~,.'.ê:..f:....í"~_',_;;~:~~~;:~;~:~o~:~::;'~~~i~~ti~::'~:~:;;~:",.~
_quanto
maiores
foremos
jurose
acotação
dasações
dasem
presasque
t '·; :..-·-,':·'"fazem
políticasde
doumsizing).
Co
ma
reforma
queprom
oveno
setorJ:i!ft
público-
aqual
afirma
serseu
primeiro
grandepro,'ero
-L
ulaalém
1:~~
-=,"
t,
t]~'fP;f~de
torn:uo
paísm
aisadequado
aostem
posde
predomínio
docapital
l:~~f[;[,*~i:financeiro,
garanteao
setorprivado
umnovo
eprom
issorterreno
de'l~~
~~~,valorizaçãoe
ganhaPO
ntOS
nam
etade
reduçãode
gastospúblicos
10.
f~~
~C
onclufda,portanto,
essaetapa.
ficaquase
prontoo
paíspara
integrar
W""''''i~i:
ocircuito
internacio~alda
valoriza~ofin~nc~i~.
Mais
alguns~eta
P!c.lhes,
como
aaprovaçao
danova
leide
Falenclas'l
ea
autonomia
do~~~':;";''f:-~f
Ban
coC
entral,e
nadam
aisfaltará.O
restanteda
agendade
reformas
ti.~T
,~
ff~:'--------
'\::">~
lUinform
açõesforam
retiradasdeM
ariaL
úciaFattorelli,~A
grandesangria",&
.:3;,-i,
poHagrm
,n,
57,jun.2004.
;~"~~
Cln~ide:raçõesm
aisaprofundadas
sobrea
natureza,as
conseqüênciase
aim
por.""!~j
t<1nclada
reforma
previdenciãriapatrocinada
porL
ulapodem
serencontradasno
;2':artigoanterior
destacoletânea.
'JJ;"'Que
dai
d..
?,,~,entre
outrasm
uanças,
gumas
asquais
importantes,
propõe,por
exem-
~~.p
lD,tetos
parao
pagamento
dedividas
trabalhistas.
" :>-':..~;
'-~~;
~~,
.
JJIl
I11
Semesperança
deser
pais•
61- ...~
...~i!:.~:
-:'''i.~.
~_...:..
~~.
'ode
sercontra
arranspa-
~ ;' ,-
consciência,p
..
um
{?\ u' em, em
5aúblicos
aindam
aisn
"<:
Id
cursosp
,,
- <responsáve
osre
'o
àpolítica
monetária
por-g) -
.a
cnn
cac
do
_.
,' '· :?':,j l ~
Mas,
comIS
SO
,id
ou
ma
defesaa
--=~;B~
,.
dim
ente11
aco
m.
~"'7~:;, .
•dé
irnelata
•.
.'". ~:,;pgt
ez_
ddi
heiropublico.
..
· ":f' ·'tlena
gestaoo
10•
aéis
distintosq
ue
t!tfl:~eassim
, deHberadam
ednte; I~~;~ç~~:e
como
taldeve
~~~1
dla
éent e
arc
-di
_.
por-""iJ p'·o
ru
ma
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,,oda
lógicapetvers:
quejá
<S"'vaem
cU"o
c,
en,,"!la::;
doB
rasil àsexigências
daacum
ulaçãopeivada. V
ejamos de
que.re;"
nhaselese
valepara
legitimar politicam
enteessa
escolha.
60•
Brasil
DdilJ~'J'
2.D
anecessidade
deo
governodo
PTbeijar
acruz
Paraco
f'ent"
aco",radlção
entreessa
escolhac
os' ldeais,prio
'
. piasc
valores'hi"
o' i"'meo,e
defendidospelo
PT
,o
govemo
re",
'WI d;,p<>sição
duas"m
aspodem
"s. Ap"m
eha, jáb"'",ure
disco,
da, re", quever COm
adefesa
d",,,
modelo
COm
osendo
aúoka
alrer;",,,.
nadvavcrdadciram
eme
comprovada
afo
m""
agacantla
docres,""
"
cimem
o'u'rentado. A
s analogi", espú'iasque
amiúde
seIà"'m cu'"
a'
macroeconom
iae
aeconom
iadom
éSticaencarregam
_sede
jogar por:~
terrao, Im
'mem
sexem
plosconcreros que
demonm
amp'ccl""'eore ' ~~
ocoonácio, ou
soja, que essem
odelop
md
u,
vu1ne",bilidadepe'm
a- ;§i
nenree
impossibilidade
decrescim
entoSU
stencadoe
quepaíses
que~~.
vêmigoocando
asrecom
endaçõesdo
Consenso
deW
ashingront êm
y.~:cO
nseguido,inversam
ente,substantivo
crescimenco,
semgrandes
--::ltdeseqU
ilíbrios.
Asidéias
pauradas pelosenso
comum
deque
"ninguémpode
dar o
passom
aiorquea
perna", deq
ue
"oinguémpode
gastar mais
doque
ganha", deq
ue
"épreciso
pagar asdívidas
antesde
pensarem
aumen
taracasa", de
que"é
precisopoupar
parapoder
investir" etc. _todas
elasabsolU
tamente
verdadeirasno
planodom
éstico,m
asfalaciosas
noplano
macroeconôm
ico-
asseguram,
repetidasà
exaUStão,
aper
cepçãodessa
pO/ltiea
como
aúnica
tecnicamente
correta,a
única
cornprovadamen
tecientífica.
Sendoassim
,um
governoresponsável, qualquer
queseja
suaideo
logia(esquerda.
centro,direita),
tempor
obrigaçãoadotá-Ia
incon
dicionalmente. .tjustam
entenesse
tipode
consideraçãoque
seesconde
• ,eguoa,e
decisiva"
m,
governamenral!A
dd
e"
dosinrecesses Ii~.
dos àexacerbação d~valoriução
financeira, quea
adoçãodessem
ode'
/ode
furopm
movc,
Vem
s<mpce
embalada
nareró,lca
dorespe;,o
nocraco
dacoisa
pública, danecessidade
detransparência,
deauste
ridade. degestáo
fiscalresponsável
-bandeiras
exrremam
entesedu
lOras
paraa
esquerda,que
sempre
asdeFendeu
poraqui
emrazão
dosdesm
andose
daco
rrup
çãoque
invariavelmenre
caracterizaram
"'
"":. :
JII.~I-11_lI'-I
~-(,-Essasconsiderações
estãono
capkuloX
XIV
(~A
assimcham
adaacum
ulaçãopri
-:m
iriva"]do
Livro
Ide
Ocapital.
Cf.
Karl
Marx,
Ocapital:
criticada
economia
;1pogamopelorestoda
vida)e'o,pequeno'emp':i:::::::::i::.
63
..__r_tzr:'_,.I~'.o;.:.-'\"':':'~.~r.·rªf~:~~~:~~{/~~~}f:~:;:~ig~~~~:~~~~~f~~~:~:::::--:-:-_
fermenta
oprocesso
deacum
ulação,visto
qu
eé
aextensão
das"-~~'<'-
potencialidadesdo
mercado
notem
po-
assimcom
oos
transportes~~'::~
~~;:..;.~
..,-são
suaextensão
noespaço.
IIvel~:~:~~~~:~~::g~::d~í:i~:c~~b;;~;~~
~o:~;;:~~'~ãe~od::~l:~~;"f
IJ~
potencialmente
contraditória-
mas,de
fato,associativa
-,entre
poder
__~.~.~_'_:'_~_..~-:~-~,;.,/r..-.,·.-.·__e
dinheiro.E
foiassim
desdeo
inicioda
históriacapitalista.
Segundo,
::-'-:'::,;,_'M
arx,a
dívidapública
converteu-senum
adas
maiores
alavancasda
'acum
ulaçãoprim
itivaque
marcou
oinício
dcsistem
â'N
essesproces~
sosoriginários,
como
sesabe,
promoveu-se,
po
rm
eiosnada
civilizados
-roubo,
pilhagemcolonial,coerção
etc.-,
oacúm
ulode
grandesm
assasde
capitalm
onetário,que
financiariama
acumulação
produtiva
nafase
mad
urad
osistem
a.A
dívidapública
funcionoucom
oum
dosinstrum
entosm
aisefica
zespara
transformar
rapidamente
emcapital
parcelascada
vezm
aiores~~
1~da
riquezasocial.Segundo
Marx,foio
sistema
colonial,comseu
cornér~.'-~''"':::i"
ciom
arítimo
esuas
guerrascom
erciais,quelhe
serviude
estufa,fazendo;
f"'.5·-.'
"-
quea
alienaçãodo
Estado
-sejaele
despótico,constitucionalourepubli-
;-cano
-deixasse
suam
arcana
históriacapitalista.C
omo
sefosse
po
rum
..~,
toque
dem
ágica,continua
Marx.~
dívidapública
transforma
empro-
'-.~-?i=
fltuoo
dinheiroimp~~~ucivo,
semque
paraisso
eletenha
quese
expor,r~~
-{iem
pessoa,aos
riscosdo
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industriale
doem
préstimo
a
l i~,
jur~s.E
mseus
pri~eirostem
pos,por
exemplo,
o.Ban~o
daInglaterra,
.'.;g~
entaoum
bancoprivado,
começou
aem
prestardinheiro
aogoverno
à
1 ' ;"-.:-~\taxa.de
jur~sde
8%ao
ano.R
ecebeue~~ro~
tiruiosd
:dívidapú
blica:l
fOlautorizadopelo
Parlam
entoa
em
itirbilhetes
debanco
combase
fnesse
"capital",Pouco
mais
tarde,osbilhetes
debanco,
játransform
ados\ém
moeda.puderam
sernovam
enteem
prestadosao
Estado."N
ãobasta
zraque
dessecomum
am
ãopara
recebermais
coma
ourra",ironizaM
arx;flesm
orecebendo,continuava
sendoum
credorperpétuo
danação"!',
f:..~
dívidapública
ea
forma
como
elaé
tratadapelo
discursogovernam
entalconstitui,porisso,um
dosm
elhoresexem
plosda
parafernáliaideo
lógicaaqui
tratada.C
abe,portanto,
explorá-laum
poucom
ais.N
estaera
dedom
íniodas
exigênciase
dalinguagem
dos"rnerca
dos",difunde-se
pelam
ídiaum
anoção
mistificadora
dad
ívid
al'úbli
ca,E
laé
mistificadora
porque'p
assaa
idéia-
muito
razoávelpara
osenso
comum
,m
asabsolutam
enteinao
equad
a,àrealidade
daacum
ulação
capitalista-
deHu
edívida
éalgo
condenãvel;resultadode
impre
vidênciapassada,do
mau
costume
dese
viveralém
daspróprias
possi-''bilidades,de
daro
passom
aiorq
ue
aperna
etc.Éessa
anoção
queestá
portrás
dasafirm
açõessobre
o"esforço"
dogoverno
para"sanear"
as.contas
públicas,da
necessidadede
"apertaro
cinto",e
assimpor
diante,Essa
sortede
puritanismo
econômico,
queapresenta
ocrescim
entocom
oum
aespécie
deprêm
iopelo
bomcom
portamento
dopaís,
éextrem
amente
funcional~
Ela
fazm
aisdo
que~n
cobrir
averdadeir;a
nê!'úreia
dadívida
públicana
economia
capitalisiã.-Afirm
andoe
reperindo
reiteradamente
oinverso,
elafunciona
porisso
dem
odom
uitom
aiseficaz
paraim
pedirque
adívida
públicadeixe
deter
aim
portância
quehoje
temno
processode
acumulação
decapital
ena
dominância
financeiradesse
processo.C
abeem
primeiro
lugardesm
istificara
dívidaem
seuplano
mais
geral,odas
relaçõesprivadasde
produção.E
mvez.de
sersinônim
ode
desleixoe
irnprevisâo,oeridividarnento
ésina!de
dinamism
o }Ao
endividar-se.
uma
empresa
privadadem
onstraque
conseguiucrédito
nom
ercado,
ouseja,que
estáautorizada
aaplicar
capitalisramente
odinheiro
deoutrem
.E
moutras
palavras,dívidac-sinônim
ode
investimento,
eiriv~
timento
ésinônim
ode
reprodução-am
pliadado
capitale
deala~
vân
éagemd
oprocesso-de
acumulação.M
aisdo
queisso,
segundoalgu
mas
teorias.com
oa
doeconom
istaaustríaco
josephS
churnpeter,o
crédito,e,
ponanto,o
endividamento
dealguns
agentes,é
condiçãosine
qua1'101'1
paraque
serom
paa
inérciaestacionária
doprocesso
deacum
ulação-
porele
chamada
de"fluxo
circular". Ou
seja,semcrédito
esem
dívida,o
desenvolvimento
nãoaparece.
Nada
mais
distanteda
realidaded
ocapitalism
odo
quea
idéiada
dívidacom
oum
"mau
passo"que
deveser
reparadoe
cujarepetição
deveserevitada
aqualquer
preço.A
receitabarata,
comcara
deserm
ãodom
inical,que
osdiscursos
convencionaisnão
secansam
derepetir,
aplica-se.q
uan
do
muito,
aosassalariados
(quese
endividampara
consumir
ouconseguir
oteto
que
62•
Brasil
Dtlitm
y
JII
-z::.;:::.»e:."-'t:.
Semesperança
deser
país>
65
~i'-~,,<sanciona
mu
nd
oafora
avalorização
fictlciadesses
capitais-fictícios,
i~":;::::::=ra~~:::e~:',:t~::==:'::n~:'que
í'~i,Isso
posto.a
colocaçãoda
dívidapública
com
oum
problema
gera-f~j~
dopela
impaciêncdia
dasociedade
(queq
uer
and
arm
aisrápido
doque
.",..,.,perm
itemas
COn
içõesconcretas)
eos
sermões
sobreas
virtudesda
:~sfabstinência
qu
eessa
formulação
suscitaconstituem
uma
inversãototal
fl~.~~~~:~f:;~n,::7:;a;;nc~:no~~e:d:ú;;~:~;i;i;~;;a~:npdo::s::;:~cado
original"e
aceitaraspenitências
quelhe
sãoim
postaspara
conse-guir
arem
issãodos
pecadose
alcançara
recompensa
doscéus.
Cria-se
com
tudoisso
um
ambiente
emque
oquesrionam
enrodos
rumos
dapolítica
econômica
toma
aresde
crime
delesa-pãrria,
decoisa
deirresponsáveis
-p
or
mais
qu
eesses
rum
os
sejamnefastos
paraa
imensa
maioria
dapopulação.
Opera-se
assimum
fechamem
odas
possibilidadesque
adem
ocraciae
osgovernos
democráticos
deveriampropiciar;
fechamem
o,aliás,
mu
itom
aisincisivo
doque
ofecham
ento
políticopropriam
entedito,visto
queeste
últim
o:precisam
entep
or
sem
ostrarcom
oo
qu
eé,desperta
deim
ediatoo
repúdioe
escancaráa
~,~~~k
-necessidade
dam
udança.
r:!T"~f:;O
mais
surpreendente.porém
,é
fazermos
consideraçõesdesta
orL'
•);r.dem
sobreum
governo,em
principio,dem
ocrático,progressista,
def~
.,,__.~~~-esquerda
eque
teriavindo
param
udar.E
paraque
nãonos
contente~~
t-mos
comas
tãofáceis
quaniovaziasanálisesde
cun
ho
moralista
datrans
-t~~.i.?~}~::-mu
taçãoque.assistim
os~traição,safadeza.arrivis~o
puroetc..',
Arantes
f~~l
:-;sugereu
ma
mrerpreração
queparece
fazersentido.
Resum
idamente,
~i~j;~f;d
eafirm
aque
nossosgovernantes
atuaisagem
com
oos
consumidores
k~:fiiJ~de
objetosde
marca:
elessabem
.no
fundo.q
ue
asgrifes
eos
logotipos~~t:-p
~dasignificam
-afinal,
oque
importa
éa
qualidadedo
objetoconsu
:;?:~'>'..'~!'i!~lIdo-.
mas
agemco
mo
senão
soubessem.
Assim
estariamse
com
·~ip..~rtandoos
atuaisd
on
os
dopoder:
elessabem
perfeirarnenrecom
oas
j:~isas
são.com
oé
quefunciona
aarm
adilha,que
interessesestão
sen~.~*
privilegiados,m
asco
ntin
uam
aagir
com
ose
nãosoubessem
.A
s-? 7J>rias
contráriasà
suaprática
atual,que
compuseram
seusdiscursos
}~~:longode
duasdécadas,
teriamsido
suplantadaspelo
hábitocapaz
.:::~~.forneceras
provasem
queeles
verdadeiramente
acreditam.
Tal
'~~~omatism
o,queteria
arrastadoconsigo
am
ente
crfricadessas
prári_j
ehábitos,
éque
seriaresponsável
po
rtam
anh
asurpresa,
aqual
t2;.-----------_....
politiCQ(L
ivroI,trad.de
Regis
Barbosa
eFlávio
R.K
othe,SãoPaulo,A
brilCulru-
1"11.1,1983,C
oleçãoO
sE
ccnomisras},
."
Veja-se
aesserespeito.de
FranciscodeO
liveira,Osdireito:do
antioalor(Petrópolis,V
ozes,1998,C
oleçãoZ
ero11E
squerda).
64•
Btasil[k/iw
ry
Passadosquinhentos
anos.a
dívidapública
conrinuaa
ocuparlu-
rde
destaqueno
movim
entoda
acumulação.
Em
outraspalavras,
~rmanecea
sociedadeentre
capitale
Estado
,porm
aisque
odiscurso
~con6miconeoliberal
demonstre
ojerizaao
Estado
edê
aen
tend
erqueeste
eo
mercado
opõem-se
polarmente.
Mas
adança
qu
eeles
compar
tilhamnão
ésem
prea
mesm
a-
ed
ado
ocaráter
formalm
entepúblico
doE
stadoé
aele
quecabe
decidirseu
ritmo
ecom
passo.E
ntreo
pós-guerrae
meados
dosanos
1970,adireção
queos
Esta
dos
predominantem
entederam
aessa
sociedadenatural
foia
dage
~a-=-
•-?ode
rendareal
cexpansão
dacapacidade
p~oduri:~:N
oce~t:o
dosistem
a.o
movim
entoganhou
um
acaracterística
adicional,o
ng
man
-•do
aquiloque
Francisco
deO
liveiracham
oude
"anrivalor",
ouseja,
umlocus
noqual
umvolum
ecada
ve:m
aisexpressivo
dem
ercadoriasdeixava
deter
seusvalores
determinados
pelom
ercadoe
pelaacum
ulação
privada14,
pondocom
oquestão
políticaa
determinação
dovalor
daforça
detrabalho,
dasaúde,
daeducação
etc.E
ra, portanto.um
anecessidade
dessearranjo
quea
geraçãode
renda
tivesseabsoluta
primazia.A
práricado
rentisrno(extração
deparce
lasda
rendapelos
proprietáriosde
capitalm
onetárioe/ou
deativos
territoriais)era,
nessaépoca,
instrumento
paraalavancar
aprodução
derenda
real,de
um
lado,e
paraexpandir
caprofundar
oespaço
doantivalor,
deoutro,
Apartir
dem
eadosdos
anos1970,essa
sociedadecom
eçaa
mu
dar
defeição.Se
nos"trinta
anosdourados"
elachegou
acriar
oespaço
doanrivalor,
agoraafirm
acegam
enteo
espaçodo
valore
docapital.
Essa
novafeição
ém
uitom
aism
arcadae
duranas
periferiasdo
sistema.
Nos
paísesditos
emergentes,
transformados
emplataform
asde
valorizaçãofinanceira
internacional.o
Estado
nãosó
pro
du
zvolu
mes
substantivosdesse
"capitalcaído
docéu",
parausar
osterm
osde
Marx,
como
garante,pela
imposição
dem
etaselevadíssim
asde
superávit
primário.a
extraçãoda
rendareal
necessáriapara
"honrar"o
serviço
dessecapital
ficrício,cujo
preçoele
mesm
ofixa.
Aarquitetura
financeirainternacional,
baseadan
um
am
oedapuram
entefiduciária.
oC
aV
ER
Na
LU
LA
ÉA
LTE
RN
AT
IVA
AONEOL1BERALIS~'fO?
66•
Brasil
Dt/illd
}
.algum
acoisa
dotipo:
"seos
sujeitosnão
acreditam,as
coi-expressaria
..
lhdi
les'Assirn
como
oconsum
idoran
ôn
imo
seajo
ea
sa5acre
atamp
or
e.~
..
didas
aT':1ndes
marcas
ecotidianam
entebeija
acruz,
osgovernan
tesante
".-di
fad
rddo
Bras il
detanto
agircom
ose
acreuassem
noq
ue
•e
esquea.
.fu
....nscormaram
aaposta
naortodoxia
emfé
deoflcio,o
quen-
zern,t.......1.
•da
"di
..
bdiga-se
depassagem
,do
po
mo
devista
acre
l-C
lOna
mu
itoem
,.
.bitidade"
queo
governoprocura
desesperadamente
irradiar.
I~~~,1~'i"-::-:4{;;:
'f,fr~~~~
.~~
~r.--':'
''o-o;
~~
fT;,,_
'i
~~~tt
Pata
saberse
osnovos
governosda
Am
éricaL
atina-
eespecifica
mente
ogoverno
deL
ulae
doP
T-
sãoalternativas
aoneoliberalisrno
seráconveniente,
dean
temão
,recuperar
um
poucoda
históriado
neoliberalismo,
Ela
nosajudará
adefin
i-lode
forma
mais
precisa,o
quenos
permitirá
responderapropriadam
enteà
questãoproposta.
Oneolibcralism
oé
um
ad
ou
trina
cum
acoleção
depráticas
depolítica
econ
ôrn
iôâ
Em
comparação
como
liberalismo
clássico,é:
..~t;~,;"1)m
aisestreito,
poisse
restringeao
aspectoeconôm
icoda
vidah
um
a,
naem
sociedade;e
2)m
enos"ilum
inista",porque
dependem
aisde
~
,r--..Ji:J.:~crença
doque
derazão.
Vejam
oscom
ose
chegoua
isso.;~~
ifj?L
ogoapós
ofim
daS
egu
nd
aG
uerra
Mu
nd
ial,n
um
areunião
~~~
convocadapor
Friedrich
Hayek,
umgrupo
deintelectuais
conservajI4S'Jfk'dores
(entreeles
Karl
Popper,
Milton
Friedm
an,L
udwig
vonM
ises,.~
':::'~Lionel
Robbins
etc.),percebendo
aavalanche
keynesianaque.se
apro
~:~F~!:~
mava,
daqual
oN
ewD
eal,de
forma
involuntária.tinha
sidoum
a.::.~~
,~~tboa
amostra,
resolvepartir
paraa
ofensiva,visto
queo
ambiente
que,~~5
"~,alargos
passos,ia
sedesenhando
nom
un
do
ocidemal
eracom
pleta;~~
t--f~~ente
hostil(na
visãodeles)
aodesenvolvim
entode
uma
sociedade~
~~~
tciramenteorganizada
pelom
ercado..
~.~~~~
Énessas
circunstânciasque
nasceo
neoliberalisrno,Seuobjetivo
era~,~
..~,:.êOmbatcr
okeynesianisrno
eo
'solid
arismo
reinantes.,fazendoque
o"W
$i"~~
undo
voltassea
serpautado
po
rum
capitalismo
duroe
livrede
regras.,,~~
,interessante,porém,é
quenão
setraçou
alin
enh
um
planode
peso-,ff~
paraque
fosseacadem
icamente
robustecidoo
paradigma
neoclássico.~
ntraria
mente
aokey
nesianism
o,q
uecriava
um
capitalismo
tolhido.:c:.~P.risio
neiro
daslim
itações
impostas
peloE
staao,aquelacorrente
reó
.:~
;
~J,
"J!l'r)'
.1l',JIIII .)
i
~l)1
._=.-.
ti--
"
:1
ogoverno
Lula
éalrernativa
aoneclibcralism
o]•
6')
qualquerm
odo,é
sóem
meados
dosanos
1970que
todasessas
idéiasvão
encontraru
ma
baseobjetiva
queperm
itasua
germinação.
Agrave
criseenfrentada
pelocapitalism
ono
fimdos
anos1960,
agravadapela
crisedo
petróleoe
dosinsum
osbásicos,
desemboca
emrecessão
abertaem
meados
dosanos
1970.C
om
oo
mu
nd
ojá
seen
contravan
um
sistema
monetário
internacional
puramente
fiduciário,a
investidada
valorizaçãofinanceira
sobrea
valorizaçãoprodutiva.
naturalem
mom
entosde
crisecom
oesse,
pôdese
desenvolversem
amarras
-e.
comela,a
gritageraJ
peladesrcgulam
entaçãodos
merca
dos,em
particulardos
mercados
financeiros.N
essem
ovimento.
ao
u
traface
dam
oedafoi
aofensiva
contrao
Estado,
emespecial
noque
tangeà
aferrade
benspúblicos
eaos
direitos
dostrabalhadores,
Acrise
e,por
fim.
adébâcle
completa
docham
adosocialism
oreal
vãocom
pletar
oquadro
emque
vicejaa
pregaçãoda
doutrinanc:oliberal.
No
atualquadro
-assum
indoo
governofederal
umpartido
deesquerda.
nu
mpaís
periféricocom
oo
Brasil,
noinfcio
doséculo
XX
I-.·q
uaisseriam
asalternativas
aoneoliberalism
o?A
adoçãode
policicasque
tivessempor
meta
areversão
doprocesso
defragm
entaçãosocial
queestá
emcurso
háquase
duasdécadas.
graçasjustam
enteà
ascensãodas
práticasneoliberais
edo
espíritoneoliberalque
asacom
panha,espírito
docada
umporsi.do
individualismo
exacerbado,da
demonização
doE
stadoe
dosm
ovimentos
sociais.da
esterilizaçãoda
forçapolícica
dossindicatos
eassim
pordiante,espírito
quea
políticaeconôm
icaobjeri
vaem
transformações
CO
ncretasc
am
ídiase
encarregade
difundi-lor,.
como
sefosse
uma
coisaabsolutam
entenatural.
Em
suma,
paraen
frentaresse
movim
entoavassalador
seriapreciso
investirem
políticas
~-Et;.':f:~::.
quebuscassem
resultadosobjetivos.porexem
plo,na
reduçãoda
abissal~~~
;}desigualdade
dopaís;
mas
quefizessem
issotrazendo
consigoum
are
0:?...'iC"':::;.voluçãocultural
ede
valoresque
proscrevessecom
oindignos
einacci-
")
i.:~táveis
osvalores
individualistase
puramente
rnercantistas.~~{
Eo
quefaz
ogoverno
Lula?
Todas
asprovidências
quetom
avão
~:'~~UStam
eme
nosentido
contrário.E
.nesse
contexto,o
quetem
menos
~~unportância
éa
políticaeconôm
icaem
sim
esma,
ouseja,
seam
anhã·~;:o
udepois
oboarddo
Banco
Central
resolverque
énecessário
baixaros
&juros
reaisbásicos
e/oua
equipedo
Ministério
daFazenda
decidirque
~~superávit
primário
dogoverno
podeser
menor
doque
4.2
5%
dop
lB,
nemp
or
issoele
poderáser
consideradonão-neolibcral,
Muito
~rraisdo
quepela
ortodoxiana
conduçãoda
políticam
acroeconômica,
.-
'0•
BrasilD
elivfTJ
ogoverno
Lula
éneoliberal
principalmente
portrês
razõesq
ue
estão
interligadas,m
asque
analisaremos
separadamente.
Aprim
eirarazão
quefaz
dogoverno
Lula
um
governoafinado
com
oneoliberalism
oé
justamente
sua
-adesãosem
peiasao
pr~ces~ode
tfansformaçáo
aopaís
emplataform
ade
valorização
financeiram~e~~
nacional-A
políricaortodoxa
escolhidapelo
governotem
nacredibi
lidadeco
mos
mercados
internacionaisde
capitaissu
am
aisim
po
rtante
justificativa.S
ome-se
aisso
aelevada
taxa
realde
juros.queprevalece
emnossa
economia,
am
aior
dom
un
do
(asegunda
maior
éa
da
Tu
r
guia,q
ue
ém
eno
rdo
qu
ea~etade
da
nossa).~somem~~et~bém
asm
udançasno
mercado
cambial
com
aconsequem
efacilitação
doen
viod
erecursos
aoexterior;
some-se
igualmente
anova
Lei
deFalên
cias,q
ue
dáprim
aziaaos
créditosfinanceiros
emrelação
aoscréditos
trabalhistaS;e
some-se
po
rfim
oprojeto,q
ue
aindanão
foiabandona
do,m
uito
aocontrário,
deau
ton
om
iaoperacional
do
Banco
Central,
eperceber-se-á
doq
ue
estamos
falando.A
segundarazão
quefaz
dogoverno
Lula
um
governoneoliberal
decorrede
seudiscurso
deque
fi'óhá
'um
apolítica
macroeconôm
icaco'reta
ecientificam
enteco
mp
rovada:
apolírica
de
matiz
ortodoxolevada
àfrente
porsua
equipeeconôm
icadesde
oinicio
dogoverno.
Co
mo
doP
OntO
devista
macro
(leia-sede
manipulação
dasv~riáveis
da
dem
and
aagregada)
nãohá
escolha,sustenta-se
qu
eo
crescimento
virádo
rearranjodas
condiçõesde
oferta(leia-se
da
políticarnicroe
conômica),
qu
econsiste
em«m
elhoraro
ambiente
denegócios".
Essa
melhora
nãopassa
apenaspela
defesados
direitosdos
credores,q
ue
anova
Leide
Falênciasconsagra
(eq
ue
aL
eide
Responsabilidade
Fiscal
jáapontava
como
inescapãvel),e
peladesregulam
entaçãodo
mercado
detrabalho
(leia-seperda
de
direitos),q
ue
anova
leitrabalhista
deve
provocar;passa
também
pelaabertura
denovas
eprom
issorasoporru
nidadesde
negócios,com
oaquelas
qu
eserão
trazidaspelas
PPPs(par
ceriaspúblico-privadas)
epela
privatizaçãodo
Institu
tode
Resseguros
doB
rasile
aquelasjá
trazidaspelo
crescimento
dom
ercadoprivado
de
aposentadoriase
pensõesdecorrente
dareform
ad
aP
revidência
issotu
do
semcontar
apressão
paraq
ue
osetor
financeiroprivado
possa,tam
bémele,
negociarco
ma
parte
go
rda
dom
ercado
decrédi
tosdirigidos.A
terceiram
asnão
menos
imp
ortan
terazão
pelaqual
ogoverno
Lula
deveser
tachadode
neoliberalencontra-se
nach
amad
a"polítiC
l
ogoverno
Lula
éalternativa
30
neoliberalismo!
•71
social",qu
etem
nas"p
olíticascom
pensatórias
derend
a"seu
principalesteio.
Deix
and
ode
ladoquestões
menos
importantes,
relativasa
um
aco
mp
etênciam
aior
ou
men
or
emsua
condução,o
faroé
que,ao
contrário
doq
ue
imagina
inclusivep
arteda
própriaesquerda,
taispolíti
cassancionam
asfraturas
sociaisem
vezde
promover
atão
falada"inclusão"
(nãop
or
acaso,o
criadorem
aior
defensord
aidéia
da
rendam
ínim
aé
justam
ente
Milto
nF
riedm
an).
Fazerd
eprojetos
com
oo
Fom
eZ
eroa
basee
ofu
nd
amen
tod
apolítica
socialdo
governoé
um
aespécie
de
admissão
deque,
naquiloq
ue
imp
orta,
ou
seja,na
conduçãoefetiva
da
vidam
aterialdo
país,a
questãosocial
estáem
últim
olugar
(apolítica
agrária,p
or
exemplo,é
poucom
aisq
ue
um
afarsa,
nãoten
do
atéagora,ao
contráriodo
qu
ese
esperava,enfrentado
osgrandes
interesseslatifundiários).
Co
mo
corremhoje
OU
tros
tempos
qu
enão
permitem
mais
queo
primeiro
man
datário
dopaís
diga,co
mo
pô
de
tranqüilamente
dizerF
ernandoH
enriq
ue,
qu
eo
modelo
"nãoé
paraos
excluídos",o
governo
Lula
fazo
Fom
eZ
ero,en
qu
anto
desmantela
osdireitos
dostra
balhadorespara
facilitaros
negócios,e
and
ana
contramão
dosoli
darismo
ed
auniversalização
dosbens
públicospara
rornaro
paísu
minuestm
entgrtUÚ
.A
ssim,
consideradasem
seuco
nju
nto
,as
trêsrazões
acima
nãosó
nosim
ped
emde
afirmar
qu
eo
governoL
ulaprom
ovaqualquer
tipo
deenfrentam
enro,p
or
dim
inu
toque
seja,ao
neoliberalism
o,co
mo
no
so
brig
ama
perceb
ero
caráterco
mp
letamen
teneoliberal
deseu
governo.
';~
~~
I~F
iC'IJ.0"
I'II~{
'I-~
,I
INV
ES
Tli\lE
NT
OS
ES
ER
VID
ÃO
FIN
AN
CE
IRA
oB
rasildo
último
quartode
séculoI
1.De
máq
uin
ase
dólares
Um
dossinais
mais
contundentesdo
declíniosofrido
pelaecono
mia
brasileiranos
últimos
25anos
éa
trajetóriaclaram
entedescenden
teda
formação
brutade
capitalfixo~
medida
como
proporçãodo
PIB(FB
KF/PIB
)J,Tendo
alcançadocifras
daordem
de25%
emm
eadosdos
anos.1970,essa
razãoagora
mal
chegaa
14%(G
ráfico1).
Observar
ocom
portamento
dessavariávelé
também
ilustrativopara
desfazeralguns
mitos,
como
ode
quea
décadade
1980teria
sidoa
décadaperdida.
Ao
longodos
anos1980,
aF
BK
F/P
IBda
economia
brasileirafoi,em
média,
de18.55%
.Ainda
quem
uitoinferior
secom
parada
àperform
anceda
décadade
1970(m
édiade
23,1%),
essataxa
ém
uitom
aissubstantiva
doque
aobservada
nadécada
de1990
(15,05%).
Depois
dadlbâcle
dorealfone
(1999),essa
razãocaiu
ainda
mais:
am
édiado
período2000-2004,
incluindoeste
ülrimo
ano,'.
caipara14,07%
;ea
média
doúltim
otriênio
(2002~2004),
para13,6%
.E
,setom
armos
operíodo
1995-2004,que
poderíamos
chamar
de"a
IA
nigoescrito
ernconjunto
comC
hristyG
.G.
Pato.A
osnão-economistas
ralvezcaibaesclarecerque
formaçáo
brutade
capitalfixoé
ovalortotal
dosinvestim
entosbrutos
(semdeduzir
ouso
devidoà
depredaçãoc
àobsolescêncía)
emcapitalfixo
(maquinas
e:equipamentos.estruturas
eedificações,
rebanhoseculturas
permanentes)
realizadospelasem
presaspúblicaseprivadasno
ano..Qvalor
indicao
aumento
brutoda
capacidade:prodüriva
1.10país.
Os
dadosaqui
utilizadosderivam
dasséries
históricasde
PIBe
FBK
Ftrazidos
apreços
constantesde
\980pelo
dcfhtorim
plícirodo
PIB.
t~1com
ose
encontraem
<ww
wipeadaea.gov.br».
~L)Jl'I)r.
:
!
-t
"•.;
.~.;.-,:.
-..:~..~....
).),
):
,.)..1r 11
-PIB
-varorealanual(%
a.a.)-
PIBpercapíta-
varorealanual(%
a.a)Fontes
dedadosprim
ários:IBGéISCNe
lpeaDala.
Gráfico
3-Varia~ão
realanualdo
PISe
doPIS
per(apita{%
a.a.}-
1948.2004
Investimentos
e:servidãofinanceira
•7S
Não
étam
bémdem
aisnotar
que,aolongo
dosconfusos
anos1
%0
(inflaçãoem
disparada,renúncia
presidencial,recessão,crise
polírica,golpe
militar),
essam
esma
variávelatingiua
média
de17,81%
eque
mesm
oexcluindo
dessadécada
ocom
eçodo
milagre
econômico'e
considerando,
portanto,apenas
seusconturbados
cincoprim
eirosanos
(l960~1964),
essam
édiaé,
aindaassim
,m
aior(16,21
%)
doque
aobservada
nadécada
neoliberaI(quando,
emprincipio,
estaríamos
obtendonosso
passaportepara
oadm
irávelm
un
do
novoda
globalização)
edo
quea
dosprim
eirosanos
destenovo
século(quando
estaríam
os,sob
ocom
andodo
governodo
PT,
consolidandoos
"fundam
entos"de
nossaeconom
ia).
Aanêm
icaform
açãode
estoquede
riquezana
economia
brasileira.principalm
entea
partirdos
anos1990,
temcom
oum
ade
suascanse.
qüênciasfunestasa
incapacidadede
crescimento
dopaís.
urnavez
quenão
sãocriadas,a
cadaano,
ascondiç
õesparaa
produçãode
umfluxo
futuroaum
entadode
bense
serviços.Daí
odeclínio
doPIB
edo
PIBper
capimperceb.ido
aolongo
dom
esmo
perfodo"(G
ráfico3).
Aexem
plodo
queocorre
Com
osdados
daF
BK
F/P
IB,
também
aquios
dadospor
décadadesm
entema
idéiade
queteriam
sidoos
[0$dados
ap
artirdos
quaisforam
ge:radosos
gráficose:
cujafonte:
original;~
oIB
GE
(IBG
E/S
CN
)estão
disp
on
íveis
em<
ww
w.lp
eadara.g
ov
.brs
e·~
,~.ib
gc:.go
v.br>
..<
;"1,;.'
il!.
-
Grálko
2-
Formação
brutade
capitalfi~o/~IB(%
)'••
Décadas
de1950
a2000
(média
dasporcem
aqensanuais
decadadécada)
IS.oo..+------------------:::::.--0
;;;;:;;:::;:::::-:
fontesdedadosprim
ários:1aGEISO
Ie
IpeaDala.
•A
preçOH
onslanlesde
1960.••
Paraosanos
2000./oram(om
puladasapenas
asmédias
de2000a
2004.
+-------------
5.00" Fontesdedadosprim
ários:laGE!SOIelpeaDala.
•A
preçosconstantes
de1960.
10.~+-------------------------:
-.--------------1
25.00'Jl0
S.OO'Jlo
30.00,.,
mais
neoliberaldas
décadas",oresultado
é14,8%
.O
mesm
operíodo
divididoen
treseusdiferentesreinados
produzo
seguinte:15,72%para
oprim
eirogoverno
deF
HC
,14,55%
parao
segundoe
13.47%sob
abatuta
deL
ula-Palocci
(Gráfico
2).
74•
Brasil
Da
iv"y
Gr~f1co
1-Hlrma~ão
brutadecapital
filO/PIO
(%)'-
1947·2004(anual)
"~!"i \1)J,
)'I!II·
Investimentos
cservidão
financeira•
77
guirama
proezade
fazero
paíscrescer,
aolongo
deto
da
uma
década.irrisório
1,57%per
capita.C
om
aescolha
docam
inhoneoliberal,
osquinze
anosque
vãode
1990a
2004acum
ularamum
crescimento
percapim
doPIB
de7
,33
%,
ouseja,
emquinze
anoso
paíscresceu
menos
doque
nosdez
anosda
«décad
aperdida".
Mas
tomem
osagora
ou
trasérie
dedados.
Entre
oinício
de1975
eo
fimde
2004,as
despesasanuais
dopaís
com
serviçosde
fatoresde
produção(lucros
edividendos
deinvestim
entosdiretos
ejuros
deem
préstimos
intercompanhia;
lucros,dividendos
ejuros
deinvesti
mentes
emcarreira;e
jurosde
empréstim
osconvencionais)
cresceram1
.08
5%
(passaramde
US$
2bilhões
paraU
S$23,7
bilhões),enquantO
,nom
esmo
período,o
PIBcresceu
129%e
oPIS
percapira
42
%.
Assim
,ao
mesm
otem
poem
queo
envio
derenda
aoexterior
cresceu10,9
vezes,oPIS
cresceu1,3
veze
oPIB
percapita
apenas0,4
vez.O
bservandom
aisdetalhadarnenre
essesdados,percebem
osque.do
po
nto
devista
desua
composição,
essadespesa
sealtera
como
passardo
tempo.,O
sjuros
deem
préstimos
convencionaism
arcamos
anos1980
.esão
osresponsáveis
pelosurgim
entoda
chamada
"criseda
dívi
da".Apartir
dem
eadosdos
anos1990,
ou
troco
mp
on
ente
começa
aganhar
importância:
asdespesas
provenientesde
investimentos
diretos,basicam
enteJU
CtOs
edividendos
decorrentesda
internacionalizaçãodos
ativosprodutivos
derivadadas
privatizações.Nestes
primeiros
anosdo
séculoX
XI,
graçasà
crescenteinternacionalização
dom
ercadofi-
,nanceiro
eao
au-mento
deim
portânciado
mercado
debônus
(títulos;'da
dívidapública
brasileiracocadas
nosm
ercadosinternacionais),vêm
-seelevando
asdespesas
decorrentesde
investimentos'em
carteira,as
:quaisconstituem
hojea
parcelam
aisim
portantedesses
gastos.',,_
Independentemente
desua
composição,o
faroé
queo
crescimento
~dessas
despesasassusta
pelavelocidade
epela
magnitude
jáassum
ida,.corno
mostram
osG
ráficos5
e6
-este
último,
aliás,destaca
como
~~despesas
vão"saltando"
depatam
ar.D
e1947
atéo
fimdos
anos:lI.97
0.
elasficam
nafaixa
deU
S$0,5
bilhãoa
US$
5bilhões.
Nos
lo
isúltim
osanos
dessadécada
transitampela
faixade
US$
5b
ilhõesa
si)JS$10
bilhõese
alcançam,
em1981,
afaixa
deU
S$10
bilhõesa
~lpS$
15bilhões,
naqual
permanecem
nosquinze
anosseguintes.
En
..:~1995
e1996,
transitampela
faixade
US$
15bilhões
aU
S$20
bi~l&~
csc,
desde1997,
enco
ntram
-sena
faixade
US$
20bilhões
aIS
$25
bilhões..i:
---1
PIBpercapita
cresdmente
acemulado
aolongo
dadécada("lo)
47,87
35.51
16.17
10,13
1,51
PIBcrescim
entoacum
uladoao
longoda
dé<ada("lo)
99,03
80,33
13\,26
33,47
\9,04
Tabela
1-
Crescim
entofeal
acumulado
doPIB
Grtlfico
4-
CJe5cimenlO
realacum
uladodo
PISe
doPIS
percapitaao
longodadé<ada
(%)-
Décadas
de1950
a2000'
Decada"
1950
1960
1910
1980
1990
40.00""~-
i10.00%
d--,
0,00%r-
19SO1960
\91019$0
19902000
60.00%
80 ,00% fonte5dedadM
prirn.irios:IBGEISCN
el~aDala
.
•Um
ad~cada
éo
peliodoque
vaidoano
Oao
ano9.
100.00'"
IlO.OO'"
110.00';
-PIS
-O
'e1Óm
entOlealatum
ulado-
PIBper<
apita-
(J('$Cim
entoreal&
umulado
fontededadOS
p'im.ilios:IBG
EISCNe
lpeaOala.
•Para
0\anos
2000foram
compuladas
apenasas
médias
de2000
a2004
.
Co
mo
sepode
observar,osanos
1980saem
-sem
uitom
elhordo
qU~os
dezanos
seguimes,
noque
dizrespeita
aocrescim
entotan
todo
PIBq
uan
todo
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capita,N
ocaso
desteúltim
o,aliás.
oresultado
é.
dIr.
ôrniconsc-
realmente
assombroso:
osm
andatáriosa
ponca
econrruca
76•
Brasil
D~lil'<
ry
anos1980
aquelesque
protagonizarama
"décadaperdida"
.Setornar
mos
ocrescim
entoreal
acumulado
doPIB
aolongo
decada
década,
teremos
osresultados
apresentadosna
Tabela
1e
noG
ráfico4.
I\\!"'I!I' ,'iJ~I~~:
.'
1~'"
:f:I ":I
I::\
:jI
odeclínio
indiscutíveldacapacidade
daeconom
iabrasileira
deform
arcapital
(dificuldadeque
começa
noinício
dosanos
1980c
nãopára
decrescer
desdeentão)
e,deo
utro
,tem
os,no
mesm
operfodo,
umcresci.
men
tatam
bémindiscutívd
ebastante
aceleradodasdespesascom
rendasde
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(oupagam
entode
serviçosde
fatoresde
produção).E
xporta-secapital
dem
odocrescente,
enquantocada
vezm
enosca
pitalé
produzidointernam
ente.E
.antesque
sediga
qu
eestam
oscom
parandobananas
comlaran
jas(m
áquinase
construçãocivilcom
dólares),épreciso
lembrar
que,no
casode
uma
economia
semm
oedaforte
como
abrasileira,
asdivisas
funcionamtão-som
entecom
ocapital,
jáque
nãoconstituem
correntem
entem
edidade
valore
padrãode
preçosnem
funcionaminterna
mente
com
om
eiode
troca.D
em
od
oconcreto,
issosignifica
quea
importação
dem
áquinase
equipamentos
mais
sofisricadose/ou
detecnologia
(ambos
elementos
indispensáveisna
periferiado
sistema
capitalistapara
uma
formação
brutade
capitalfixo
mais
vigorosa)é
po
tencialm
ente
tanto
maior
qu
anto
menores
fo~em
asdespesas
compagam
entosde
rendaa
proprietáriosde
fatoresnão-residentes.
Issorudo
pareceindicarque
sealtera
emalgum
am
edidaa
naturezada
relaçãoque
prendeo
capitalismo
periféricobrasileiro
(etalvez
olati
no-americano)
aocentro
do
sistema.
Retom
emos,
então,essa
questão.
lnvesrimenros
eservidão
financeira•
79
2.D
ed
epen
dên
ciae
servidão
,c,'E
mbora
anatureza
darelação
cenrro-pcriferiade
fatotenha
sofri'!.,do
transformações
substanciaisao
longodo
tempo,
osigno
dadepen
~~t-,dên
ciaainda
é,em
verdade,a
imagem
recorrenteem
toda~
história~:~)
acino-america
na.N
ocaso
específicodo
Brasil,
PaulS
ingerfez
algu.':}:~
asprovocações
arespeito
dessalinhagem
submissa,
dentroda
quali;~n
unca
terfamos
saídoda
condiçãode
dependência.E
msua
acepção..'{:'..nossa
linhagemdependente
apenasteria
mudado
de.forma,
passandot~i,~
eu
ma
inicialtÚprodincia
consentidApara
um
arkpendincia
toleradae,
'-':1 mseguida,
paraa
atualdependênciadeujada~.
'1:.f"'
.~~
•."-;~~
fOV
oaçõcs
feitasem
umdeb
atep
rom
ovido
peloInstituto
deE
studosA
vançados
.J~
.,daU
SPsob
re:l
Teo
riada
Dependência:
verPaul
Singer,"D
edependência
em!~:td
tpend
ência:co
nsentida,tolerada
edesejada",
Estudos
Aval/fados,
SãoPauto.
·\8v.
12,n,
33,m
aio/ago.1998.
p.119·30_
,1'
....;....
-1~:
!!
...11111o
10.000
15.000
_Serviços
elendas
-rendas-
despesas-
anual(USSm
ilhões)__
Rendasdein~estimento
dile10
-despesas
(USSm
Ilhões)_
Rendasdeinvestimento
emcarteira
-despesas
(USSm
ilhões)-
Rendasdeoutros
investimentoljU
IOS}-
despesas(USS
mi1hões)
fontededadosplírnàrios:BacenlB
P.
5.000
5.0001-----------IJL.-----~y;
Fonlededadolprim
ários:Bacen/BP.
10.000 Grãfico
6-
Rendasde
investimentos
-D
espesas(USS
milhões)-
1947·2004
15.000
10.000
15.000
20.000
15.000Os
dadosconstantes
nosgclficos
mostram
deform
am
aisorgani
zadaaquilo
quejá
éconhecido
háaJgum
tempo:
apartir
dosanos
1980,aseconom
iashoje
ditasem
ergentespassaram
deim
portadorasa
exportadorasIfquidas
decapital.
No
casodo
Brasil.tem
os,deum
lado.
78•
Brasil
Delivn]
Gr~f\co5
-Serviços
erendas
-Rendas
(investimento
direto+
in'lestim.en!o
emcarteira
+juros
deoutros
investimentos
+salários
eordenados)
-D
espesas(USS
mllhoesl-1947·2004
80•
BrasitD
divn
]
Aquela
porSinger
denominada
fasede
de~end~n.cia
consentid.a(1822-1~14)
compreenderia
operíodo
noqual
rnexisnuqualquer
dinâm
icainterna
capazde
impulsionar
odesenvolvim
ento.U
mperíodo
noqual,
mesm
onos
mom
entosem
queo
BrasilentravA
:!.e~
~onf~onto
diretocom
ospaíses
adiantados,a
relaçãode
dependênciajam
aisera
questionada. Aos
olhosde
entãonão
haviaalternativas
aodesenvol.vi
mente
senãopela
crescenteinserção
subordinadano
mercado
mundial.
"Adependência
nãoera
sentidanem
ressentidacom
oum
aform
ade
subordinação,m
ascom
oum
estágiopelo
qualrodos
osretardatários
..tinhamque
passar'",essa
visão,graças
afiguras
como
Wah
Ros
lOW
7,
perdurouem
boaparte
doséculoxx.
.Já
noperíodo
marcado,segundo
Singer,pela
dependênciatolerada
(I914-1973),nós
-e
rodosos
demais
chamados
paísesem
desenvolvim
ento-
passáramos
adepender
dospaíses
centraispara
aobtenção
deequipam
entos,tecnologia, com
ponentese
recursosde
capitalem
largaescala.A
ssistindoà
entradade
fatoresque
propiciavamu
ma
dinami
zaçãointerna
daeconom
ia,a
subordinaçãoem
questãoera
vistapela
novaclasse
dominante
como
essencialmente
provisória.algo
quepo
deriaser
superadotão
logoa
industrializaçãonos
emparelhasse
comos
paísesm
aisadiantados.
E,
finalmente,
de1973
atéhoje,
viveríamos
soba
chamada
dependência
desejada,na
qualos
governosde
todosos
países,semexceção,
passarama
dependercrescentem
entedo
fluxode
capitaisfinanceiros.
Um
períodono
quala
Am
éricaL
atina.ao
longoda
décadade
1980.assistiu
aoabandono
dodesenvolvirnentism
o, àabertura
dom
ercadointerno
paraas
importações
eà
entradaincondicional
doscapitais
estrangeiros.E
msum
a,estaríam
osassistindo
,em
ou
traclave.
aum
retornoà
dependênciaconsentida,
poism
aisum
avez
teriase
insraurado
oconsenso
deque
oprocesso
emcurso
éinexorável
ede
querodos
devema
elese
adaptarse
quiseremdesfrutar
daspossibilidades
dedesenvolvim
ento. uI:com
ose
ostrinca
anosde
'deglobalização'
(.Paul
Singer,"D
edepend
ênciaem
dependência".cit.•p.120.
Walt
Wh
itman
Rosrow
,q
ue
anteced
euH
enry
Kissinger.
Co
linP
ow
dl
eC
ondoleo::uaR
lcecom
oconselheiro
nacionalde
Segurança
dosE
stadosU
nidos.co
ntin
uo
uativ
oacadem
icamente
atépouco
antesde
suam
orte.em
20
03
.I:JG
ItOS
43anos
apóso
barulhoproduzido
porseu
Th«
I/agao
feronomicgrow
/IJ:11
"011C
omm
unissfIIaniftsro
(Carnbridge,
Cam
brid
gc
Universiry
Press,1960).
1nvesrirnenrose
servidãofinanceira
•81
[1914-1945J.som
adosaos
trintaanos
dourados[194
5~1973J,não
passassemde
Um
parênteseque
arestauração
danorm
alidade,na
form
ade
hegemonia
dogrande
capiralprivado
sobrea
economia
capita-lista,poderia
fechar,"8
•
Éclaro
quetal
classificaçãoé
mu
itom
aisum
aprovocação
doque
frutode
umprocesso
rigorosode
análise.M
asnem
po
risso
aidéia
centraldessa
digressãofaz
menos
sentido.A
final,que
estruturade
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interestatal éessa
emque
todosaquiescem
aom
esmo
receituárioeco
nô
mico
,ain
da
qu
eco
ntin
uem
nãorecebendo
asp
rom
etidas
benessesêQ
ue
estruturaé
essaem
qu
em
esmo
asm
aisprom
issorasestatísticas
dadécada
de1970
jamais
entregaramo
queprom
eteram?
E,
defaro,
po
rum
bomtem
poacreditou-se
naprom
essadesses
números.
Éram
osdependentes,
sim,
subordinados.p
or
certo,m
asas
sistíamos
ataxas
decrescim
entojam
aisvistas
nahistória
daeconom
iado
país.D
aía
crençan
um
aespécie
de
novocírculo
virtuosoda
acum
ulaçãocapitalista,
noqual,m
esmo
dependentes,poderíam
os.seapli
cadasas
políticascorreras,assistirao
desenvolvimento
daperiferia
rum
oa
umpatam
arno
qual,dentro
embreve,
nãohaveria
mais
disrinções,pois
todosteríam
oslugar
garantidono
"Novo
Renascirnenro'",
Tal
era,defaro,
ocerne
do
desdobramento
lógicodo
modelo
dedesenvol
vimento
dep
end
ente
eassociado,
formulado
po
rF
ernandoH
enriq
ue
'.'C
ardosoe
Enzo
Faleno
-e
radicalizadopelo
primeiro
10.C
on
trao
~Fdiagnóstico
correntedas
teoriasdo
imperialism
oe
daacum
ulaçãoca
~~~pitalisra,
Cardoso
derrronsrrouque
anova
fasede
expansãodo
capitalf{
~oderia,sim,
levarà
industrializaçãoe
aodesenvolvim
entoda
perife-~.
na
dosistem
a..
~~';'E
mbora
osnúm
erosapresentados
naprim
eiraparte
destearrigo
jác;.~esm
ontem,
po
rsi
sós,o
idíliodesse
diagnóstico,justiça
sejafeira:
na?,;décad
ade
1960C
ardosofoi
umdos
poucosa
vislumbrar
osfunda
,~j~...'=
;:;~~:.Paul
Singer,~D.edependência
emdepend
êncla",cit..p.
126.
~':'
FernandoH
enn
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presidente.emversão
ml/polirik
(sic);verFer
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ua
ltkF
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enriqu«C
ardoso(B
ra$Clia,
Presidência
daR
epública.{.,~~.
1995)
J{~rA~o
mais
detalhadadesse
desdobramento
lógicofoidesenvolvida
po
rC
hrisry~~\~
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Pato.A
for11lJ1difldl
dopm
Silrf1
1I
brasileiro:o
11lJ1rxiImo
Jmit!Júm
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rn4ru1t>
Hm
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Ciência
Polftica.Facul-
__.~~de
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ilosofia.Letras
eC
iênciasH
umanas.
Universidade
deSão
Paulo.2003).
~~,
--=-.
~.1II.
II!I!f
Invesrirnenrose
servidão
financeira•
83
I'
..
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rnandoH
enriqueC
ardoso,P
olitiçat
tÚ1nlVolIJim
enToem
sociedadadependenta,
.,.:~Q~.,p.197.
"~,,.Ibldem
,p.198-9.
'" j~.Fernan
do
Henrique
Cardoso
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aleno,D
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~tÚ
1tnIJoluimtnto
na~.Amlrú-Q
Latina,
cito,p.128
.
~~
~~~;~~-
f>-~'~
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~~~
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políticahegernônica,as
burguesiasindustriais
dospaíses
dependentes
t.;_..~~.,:
nãoseriam
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olaim
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processode
emancipação
nacional,.'"
talcom
opreconizado
porm
uitosteóricos
ansiosospela
fnegad
adas
~/~
,revoluçõcs
burguesasà
periferiado
sis!cma
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~,~,.:':,.'..~,,'._~.,~..:;,_."\",:,',~-,.'.;..:~~<.'.~.:'•.'A
ssim,
aanálise
dosem
presáriosligados
'ocapitalexterno
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~~;;~
raa
conclusãosobre
aexistência
dearticulações
entreos
grupossociais
que,em
seuco
mp
ortam
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concreto,ligavam
defato
aesfera
econô
"l5tm
icaà
política.Acham
adadependência
mostrava-se
assimnão
apenas
~::.t_',.~;.~...!_.,.:~,•.r..-:,[",.:'";\,:::~~::i~~r,:~:::~'~;~Ei~~~:E~~~:~::~S:~~
turalmente
avinculação
econômica
como
exterior.E
,no
entanto,a
-'J-'"nova
facedesse
sistema,a
internacionalizaçãodo
mercado
incemo
nos~
paísesperiféricos,
abriraa
possibilidadeestrutural
paraa
com
patibili-
'~~
~~,~;:'=i~n:~:,~~~~l~~c'od::;~~~~;:~~o':~~:;~:;{~:i~~
po
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uma
aliançaentre
empresa
nacionale
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~."_casse
opoderio
dogrande
capitalm
ultinacional.~~~~
Cardoso
porcerto
nãopreviu
quea
~:fécadad
e19
70,
noB
rasil,.?:~
f;;assistiriâ
aum
avariação
realdoPIB
de1
31
.26
%e
aum
avâriaçâo
realJl~0:
.do
PIBper
capirade
76,17
%.
Tam
poucoapoiou,
po
risso,
ogoverno
~:;~g~;
militar.
Mas
identificou'justam
ente
osurgim
entodesse
novoarranjo,
r~{~
.Jno
qualo
regime
capitalistaproduzia
vinculasen
treo
capitalexterpoe
~;.~;,a
estruturainterna
aos
paísesda
periferia,conduzindo-os
aum
areor-
\~):gan
izaçãoadm
inistrativa,tecnológica
efinanceira,
queim
plicavaa
~';
~reord
enaçã
odas
formas
decontrole
sociale
polírico".Nó'caso
espe,d-
i:~'~':"«;;,*,f1co
doB
rasilcde
algunspaísesdaA
iii:ericaL
atina,areorganização
do
~~·~~~
~Estaclom
ediantea
reorganizaçãodo
próp-rioregim
epolítico
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ma
centralizaçãoau
toritária,n
ecessáriaà
consolida-l."
~~,>,;,,,·
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deprodução
naseconom
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end
emes.A
s·~i<:-.
~1?-~.I;ffi.os
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décadade
I970pareciam
confirmar
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inicialsobre
osurgim
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.!
IIV
erF
ernandoH
enriqueC
ardoso,Em
pTtsárioindustria!~
tWlnvolvim
entotco// ô-
mico
/lOBrasil(2.ed.,530
Paulo.Difusão
Européia.
1972)..
.do
11V
eridem
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rd~smvolvjmmro
emsorirJoJes.JtprnJe~us;
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lÍnot
brasileiro(I.ed.,
RIO
dejaneiro.Z
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.
UV
erF
ernandoH
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ardosoeEn:o
Fa\.eno:Dtpt1lJJllâ~rtÚsm~IVllnt;~;'
naA
mm
c4
!Atina;ensaiostÚ
illurp
Ttla
(</o
JO(lO
úigtC4
(6,ed.,R
iode
janeiro,Z2
1981).
82•
Brni\
Dtlilm
y
rosda
novaestrutura
dedependência
quese
forjarae
que,dem
odom
cn,
.d
adi 'tório
propiciariaas
estatísticasassom
brosamente
POS\t1vas
aconrr
,6
111
'ádécada
subseqüente.E
msua
tesede
livre-docênd,a,de
193.
,~e
J
bra
oscontornos
dessanova
estruturado
sistema
capitalistae
eso
ça
"p
.d
seusarranjos
internospeculiares
àseconom
iasna.clonals.
esquisano
aideologia
ea
novaface
doem
presariadobrasileiro,
perceberaque
hám
uitoeste
nãose
encaixavana
estratégiada
"marcha
parao
desenvolvim
ento",calcada
naaliança
entrea
burguesianacional,
otrabalhador
.e
oE
stado,todos
unidosdiante
docapital
internacional.Aprofundando
suateoria
em1971
11, numtrabalho
publicadologo
apóso
estard.alhaço
desua
obraescrita
comE
01
.0Fa1eno~3
eno
qualprocurava
dcsl.mdar
também
ascaractedsricas
doem
presanadoargentino, Car~oso
Já~~
viapercebido
novospadrões
derelação
entreas
empresas
Industriaisnacionais
eo
mercado
internacional.A
essefenôm
enodeu
onom
ede
"internacio
nalizaçãodo
mercado
interno",
uma
espéciede
estruturabásica
das"situações
dedependência"
queantevia,
em.m
uitosaspec
lOS,a
configuraçãom
undialque
surgiria.décadas
depois,sob
orótulo
deglobalização.N
essanova
realidade-
qu
eparece
um
abanalidade
aosolhos
dehoje,
mas
que,de
fato,não
eraevidente
nOS
anos1950
ou~9
60
-,
observava-seque
quantom
aisrno
dér
no
erao
setortanto
mais.fortes
eramseus
vínculoscom
oexterior,
Contrariam
ente,q
uan
tom
aisatra
sadoera
osetor,
tantom
aisfracas
essasrelações.
dondese
desdobravaoutro
aparenterruísrno,
também
comprovado
porF
HC
emsuas
pesquisas:'gü
anrom
ais~incu\a(ios
aoex~erior,
m.cnoslavoráveis
eramos
emp
resáriosàs
aliançascom
o9
peran
ado,c
vice-versa.D
essaform
a,C
ardosodem
onstraraque
jánão
existia,na
décadade
1970.u
ma
burguesianacional
dispostaa.aliar~s.e
comos
chama~ossetores
populares,eque
osúnicos
setoresainda
ahnha~osaes~e
nacro
nal-populismo
seriamos
quenão
haviamse
reorganizadodiante
d~
rransformações
emcurso.
Em
outraspalavras,
pornão
teremvocaçao
".1
ti~,.fit~" ,.?li'j
84•
BrasilD
fÜ"":!
vimento,
naqual
searticulavam
aeconom
iado
setorpúblico,
asem
presas
monopolistas
internacionaise
osetor
capitalistam
odernolocal,
naquiloque
elecham
oude
•tripédo
<iesenvolvim
ento-associado"'7.C
ontudo,quando
inseridosno
contextode
uma
sériem
aislonga,
taisnúm
eros,ao
nãose
sustentarempor
muito
tempo,
indicamnã ..o
9surgim
entode
uma
novaetapa
dedesenvolvim
ento-
algoque
nãopode
serconfundidocom
industrialização-,
mas
aem
ergência
eleuma
novaconfiguração
dop
rór-rio
capital,em
quea
industrializaçãoda
periferiase
tornounecessária
paraa
novaplataform
ade
valorizaçãoque
começava
asurgir
eque,
deinício
,necessitava
dainternacio
nalizaçãoda
própriaprodução,
embora
prescin
di~sÇ
Jde
seudesenvol
yirnentoposterior.
.M
asantes
dedar
nome
aosbois,
lembrem
os,acerca
deum
dospilares
necessáriosà
gênesedesse
fenômeno
-õ
investimento
externodir c"co
-IE
D)
'l-,do"P
rojetoH
arvardsobre
aE
mpresa
Multinacional",
umestudo
emlarga
escaladesenvolvido
de1965
atéo
inícioda
décadade
1970,cujo
coordenador-geralera
Raym
ondV
ernon,
Om
oteini
cialdoestudo
eraque,
"deum
ahora
paraoutra,
pareceque
osE
stadossoberanos
começaram
asentir-se
destituídos"18,dem
onstrando-sea
partir
daíque
oagente
principaldessa
transformação
eraa
empresa
rnulrinacional. As
perguntaSentão
naordem
dodia
relacionavam-se
ànova
configuraçãode
poderque
esseagente
estavaproduzindo,
uma
vezque
uma
empresa
como
aG
Mtinha
vendasanuais
emtorno
deU
S$25
bilhões,m
ontantesuperior. à
época,ao
produtonacional
bruto
denada
menos
que130
países.N
odiagnóstico
deV
ernon,entre
1967e
19
68
,56
1m
atrizeseram
responsáveispor9
0%
doinvestim
entodireto
norte-americano
noexre
rior'",m
aspara
oscritérios
doestudo
foramconsideradas
apenas187
empresas
como
aptasa
recebero
rótulode
empresas
multinacionais.
Essas
187com
preendiamnão
sóas
empresas
manufarureiras
mais
conhecidas,
comim
portantesinvestim
entosno
exterior,com
otam
bémtodas
asprincipais
empresas
nane-americanas
produtorasde
matérias-
17F
ernandoH
enriqueC
ardoso,As
id/imrseu
lugar:ensaios
sabr«asteorias
dodesc»:
voloimento
(2.00.,
Petrópolis.
Vozes,
1995),p.
107.
lOSoberania
ameaçada:a
expantã»m
ultinacionaidasnnprrslls
americanas
(SãoPaulo
.Pioneira,
1978),p.
1.l~
Ibidem,
p.23,
no
ta1.
Investimentos
eservidão
I1nanc(ira•
85
primas.
Ressalte-se
aindaq
ue
nogrupo
dasquinhentas
'maiores
em
presas,darevistaF
ortune,180
eramresponsáveis
porm
aisde
2m
ildas
2.5m
ilsubsidiárias
estrangeirasde
rodoo
grupode
empresas
dalista.
Em
1965.uma
pesquisafeita
peloD
epartamento
deC
omércio
dosE
stadosU
nidos.abrangendo264
matrizes
none-americanas
esuas
subsidiárias
estrangeiras,m
ostrouque
essasem
presasforam
responsáveispor
cercade
metade
detodas
asexportações
norte-americanas
debens
manufaturados,
eas
transaçõesentre
matrizes
efiliais
representavamcerca
deum
terçodesse
monranre-",
Diante
dessesdados,
oautorda
pesquisanão
tinhadúvidas
sobrea
imporcância
dasm
ultinadonaispara
aeconom
iados
Estados
Unidos.
mas
perguntava-sequal
seriaa
importância
dosinteresses
dessasem
presas
paraas
economias
dosO
utrospaíses
emque
atuavam.
E,
nesse~o
,arubrica
"OU
trospafses"
compreendia
nãoapenas
aperiferia
do~Istem
a.mas
também
opróprio
centro.L
embre-se,
po
rexem
plo,que
nadécada
de1960
asem
presasnorte-am
ericanasC
Ontrolavam
100%(iajndús~ria
derolam
entose
am
aiorparte
daiI!d_úst~ia
decquiparnen
toselétriC
OS
pesadosna
Itália.C
ontrolavam,
ainda,m
aisde
75%,_,~
-,::.da
produçãode
grafitae
40
%do
ramo
decom
putadoresna
Grã
~~'J1.t~B
retanha,~ém
deresponderem
po
rm
aisde
90%da
produçãode
;~"';"\~'f\
~ta,
mal~de
40
%da
indústriade
equipamento
telegráficoe
tele~"""".,)
~':'.fômc~e
rnarsd~35%
daprodução
detratores
em
áquinasagrícolas
daQ,~
$-=!própria
França"
.:::-"t..-~-;~
:•
r~·;Y.
~N
.ãoà
roa,a.décadã
de1970
cun
ho
uum
novoterm
opara
asreia
·;t;~es
incerescarais.Am
odade
entãoera
oterm
o'<
interdependência"!"i;
Nós
crescemos
porquenossa
economia
dependede
vocêse
asua
•..•.•
J
:.e~o
nom
lacresce
porquedepende
darelação
coma
nossa."U
mneolo-
:t~mo
baratopara
om
esmo
fenômeno
queC
ardosoantecipara,
ernbo-"?!'l
nãode
forma
cãosim
plistac
idilicalz.
=.:..~~~C
om
efeito:se
atenta~mospara
osresultados
dap,alança
depaga
:z~~~entos
dospasses
envolVidos,verem
osque
elespesavam
muito
mais
.~!~C
Onta
daperiferia
doque
nados
paísescentrais.
Em
verdade,de
;~~,L
.,
"1~·Ibid
{.
Iem
.p.
12.,~+
Ibidem,p.20.
'~'Av(fS~
fi'
d"N
.<:
aoU
amsta
oovo
Rena.sclm
emo"
viriasom
enteanos
mais
tardeelirni-
~:';:nd
ode
vezajá
inicialf:Uta
denegarividade
comida
naidéia
ded~envolvimc:nto
.ependente.
::.
4~~:.
1'/
86•
Brasil
D,lillny
1960a
1968,aproxim
adamente
US
$1
bilhãoem
novosrecursos
eratransferido
anualmente
àssu
bsidiáriasnorte-am
ericanasem
paísesm
enosdesenvolvidos.
Mas,
emco
ntrap
artida,
US
$2
,5bilhões
eramrem
etidosanualm
ente,sob
aform
ade
lucrose
dividendos,apenas
àsm
atrizesnorre-am
ericanas-'.~oB
raSilr'~pondeu,
aolongo
dadécada
de1970,p
or
uma
remessa
anualm
édiade
US$
314m
ilhões,relativos
apenasa
deSpesasde
lucrose
dividendosde
investimentos
diretos;essenúm
erosalrou
param
édiasanuais
deU
S$969
milhões,
US$
2.589m
ilhõese
US$
4.477m
ilhõesnas
décadasde
1980e
1990e
noperío
•..do
de2000
a2004,
respectivamente.E
mterm
osrelativos
ao.PIB
,taisrem
essasapresentaram,
nosm
esmos
períodoscitados
(décadasde
1960,.
1970,1980
e1990
eprim
eiroscinco
anosde
2000),m
édiasanuais
de
O~Fi%.
0,25%
.0.36%
.0
.42
%e
0,85%.
respecrivamente".
E,
noen
tanto
.a
aparentesinergia
quese
configurarana
relaçãode
dependência
apresentadana
décadade
1970,quando
obtivéramos
nossosm
elhores
perfisestatfsricos,nãoacom
panhouo
aumento
dessesindicadoresde
nossasuposta
"interdependência"virtuosa.
De
fato,passado
o.'ur-;to
·deindustrim
izaçãoperifériC
ãdecorrente
dainternacionalização
-da
produçãocalcada
naem
presarnultinacional",
oprocesso
retoma,
nadécada
de1990,
seucurso
normal
deconcentração
ecentralização
naaplicação
derecursos
produtivos.V
ejamos
26:
•D
e1986
a1990,
asexportações
mundiais
cresceramà
média
anualde
14,3%,
eo
fluxode
investimento
diretoestrangeiro
cresceuà
média
de24.7%
.E
ntre1991
e1993.
essecrescim
entocresceu
foi,em
média,
de3
.8%
e12,7%
,respectivam
ente,en
qu
anto
em1995
foide
18
%e
40%.
•E
m1
99
5,9
2%
doestoque
totaldeinvestim
entodireto
estrangeiro,
medido
pelasaída.
originou-sedos
paísesdesenvolvidos,
mas
73
%desse
mesm
oestoque,
medido
peloingresso,
também
seencontrava
nospaíses
desenvolvidos.
IIR
aymond
Vernon,Soberania
ameaçada,
cir.,p.186·7
.14
Núm
eroscalculados
apartir
doB
alançode
Pagamentos
doB
rasil,disponívelem
<ww
w.bcb.gov.br».
nM
uhinacionalestaque
progressivamente
assume
seuverdadeiro
interesseapátrida.
tornando-serransnacional,
16O
sdados
aseguir
provêmde:
Uncrad,
WorM
Inoestmm
t&p
ort(G
enebra.U
nirc<iN
arionsPublicarion).
relatóriosde
1991a
1996.
Invesrimenros
eservidão
financeira•
87
•C
ercade
90
%das
sedesdas
empresas
transnacionaísestavam
localizadasem
paísesdesenvolvidos,
enq
uan
to40%
dassubsi
diáriasse
encontravamem
paísesem
desenvolvimento.
•D
e1994
a1995,
900IfJ
docrescim
entodo
investimento
direroestrangeiro
observadocorrespondeu
ainvestim
entosem
'paísesdesenvolvidos.
•E
sradosU
nidos,A
lemanha.
Reino
Unido,
Japãoe
Françares-
ponderamp
or
cercade
doisterços
dassaldas
deinvestim
entodireto
estrangeiroem
199527•
Ora,se
aofim
eao
caboa
tônicaco
ntin
ua
sendoa
daconcentração
dofluxo
deinvestim
entosentreos
paísescentrais-
atrfade,com
oprefere
Chesnais"
-,o
nd
eentram
osnós,a
periferia,nesse
processo?A
ssim,
senas
décadasde
1940e
1950C
aioP
rado Jr.eC
elsoF
urtadose
pergunp
cava~sobr~
osentido
dacolonização.
cabe-nosagora
indagarsobre
osentido
daIndustrialização.
Havíam
osdeixado
suspensa
aafirm
açãode
quea
industrializaçãoda
periferiaera
absolutamente
necessáriaà'
novaplataform
ade
valorizaçãoque
começava
as.urgir.R
etomem
oso
fioda
meada
queleva
aessa
novaplataform
a:a
esferafinanceira.
Ainda
queparcela
considerável-
ecrescente
-das
transaçõesfi
nanceirasnão
tenhan
enh
um
aco
nrrap
arrida
nonível
realda
econo"
~ia,à
esferafiríã
nc
eirâalim
enta-se
dariqu
ezãcriaaa
peloinvestirnen
-~to
nap
rod
ução
ep
elam
obilizaçãode
novaforça
detrabalho.
Ot
··descoJamem
oentre
ess~instâncias.a
gradativareconstituição
deu
ma
.,~-m
assade
capitaisq
ue
procurase
valorizarde
forma
exclusivamente
--,.financeira
(oomo
capitalde
cmp
réStimô),
sópode
sercom
preendida.d
eforem
levadasem
com
aas
crescentes
dificuldadesde
valorizaçãodo
Jpróp ri9
capitalinvestido
naprodução.
Em
termos
históricos.os
lu:1;ClOS
nãorepatriados,
mas
também
nãoreinvestidos
naprodução,
e,dep
ositados
noseto
roffshore,
emL
ondres,levaram
om
ercadode
~.,~urodó
laresà
suaarrancada
antesq
ue
ochoque
doperrõleo
ofizesse.
~.~
=.~
-c;
.:':.0..:.;.
;~Ta1~cz
náoseja
demais
lembrar
que,das
373mud~nças
lcgisladvasobservadasem
~:~
\':irIOS
paísesm
onitoradospela
Unctad
noperfodo
de1991
a1994
erelativas
aos....~..~gim~s
nacionaispara
investimento
estrangeiro.apenas
cinconâo
visaramm
aior:Ji~
hberall2açãoe
desteguIamen
ração,~U
Atr{adede
quefala
Chesnais
-e
naqualse
concentrao
/luxode
JED
-é
formada
ripor.E
uropa,E
scadasU
nidose
Japão:ver
FrançolsC
hesnais,A
mundi4/ÍZ
ilfãodo
-:taplI'"(SãoPaulo,X
amã,
1996).
jIIj
88•
BrasilD
~[jv"1
.-
re'dt'tos
conced
idosaos
oaísesem
desenvolvimento
criaramA
sSim,os
cr-
C"
•d
.-:
iroprocesso
noperíodo
contemp
orâneo
,de
rransrerencrae
'oprim
e,
.dos
idevi
'-.larga
cscala.E
assucessivas
transferênciasos
JuroseVI~
'f1guezasem
.d
í
di
obtençãode
crédiros
bancáriosdos
consórciosos
pases
ca-os
pca
..
.-
fi.ras
dessespaíses
fize-pica1istaS
avançadospara
asmstUUlçl~des
n~ccd'.
29que
aesfera
financeirase
consoJ
asseam
am
ais.
ramA
industrializaçãoda
periferia,portanto
,respondeao
.mcs~
otem
-.
dpital
quebuscava
novaspraças
deinvesnm
entopo
aosanseios
eu
mca
.-
brodurivo-
emrazão
dascrescentes
dificuldadesde
valWl'zaçao?
ser-~adas
nocentro
dosistem
a,e
aosanseios
~e.um~.
esferafin:ncclfa
emvias
deexpansão
cauconom
ização,que
exigia,port~n~o,
.naos~
aex
pansãodessas
praças-
afinal,a
própriam
oeda~duclána
cnvolvlda.nofluxo
derenda
deinvestim
entosdiretos
é,cmSI,u
ma
forma
decapital
fictício30
_,
mas,
principalmente,
acanalização
deseus
flu.xospara
osm
ecanismos
devalorização
queela
própriacome~ra
acriar.
E~
o~tras
palavras,enquanto
avinda
docapital
pr..odutl~opara
apenfen.a
davau
ma
sobrevidaao
processode
acumulaçao
estrlt~~~teproduti-
-..
da
Co"legoap'óso
'csgotamento
d,aspO
SSlblhâadesaber-vo
-que
percr
o11..
di~
aspela
reconsu~çãodo
p?s~guerra
-:Já
sepreparavam
ascon
içoespara
adom
inânciafinanceira
queadvm
ha.N
aprim
eiraetapa
doadvento
dessadom
inância,nos
anos1970:
aeriferia
aparececom
oa
demanda
quefaltava,
nu
m~mund?
emC
rise;b
ertadepois
dochoque
dopetróleo,
para
aabsorç
aod
aab
und
a'1 ccoferta
decrédito
eliq
uid
aentão
existente.'Nu
ma
segundaeta~a,
e!asurge
como
mercado
emergente,no
sentidode
um
locus~e
valorizaçãofinanceira
sempre
possível,m
asguarnecido
agor.ados
~nstr~memos(ativos
cotadosem
bolsas)e
dapolítica
econôml.c~(~rmdplo.s
neo:liberais)
necessáriospara
maxim
izaro
ganho,m
inimizando
rISC
OS
.'.
evitandosusros,
como
oda
on
da
dem
oratóriasq
ue
:ssolouo
con
n
nentelatino-am
ericanonos
anos1980
31•Osistem
anao
seperpetU
OU
19F
rançoisC
hesnais,"Introdução
geral",emA
mundializaçiíofinallc~irrl:
gfflfS~.rusto)
~riscos
(SãoP
aulo,Xam
â,1998).
p.\5-7
..'
()
'"R
obG
·A.m
utaçõesdo
capltalfinanceiro",em
Fr.mÇ
OlsC
hesna1sorg
..~
ertu
ttman
n,
I"U~
....-
Am
undia/WJçiio
financeira.cito
.li
tiflII
N~
L.
Gla
""
de
M.
Belluzzo,
emE
nsaiosso
b"
ocaplta
UIIIO
.ao
po
racaso
uu
on.,-
.I'
dE
conOll\la.
lkulo
XX
(Sã
oP
aulo/Cam
pinas.E
ditoraU
nesp/Un1carnp-
nstttu
toe
das2
00
4),
denomina
"ditadurados
credores"a
essen.ov~
mo
men
tod
easccnso
altasfinanças
aocom
andom
undialdo
sistema
Clpuahsta.
Investimentos
eservidão
finan
ceira·89
emsu
aprim
eiraetapa
porque,a
despeitod
os
gigantescoslucros
auferidosno
período.não
suportouo
efeitoV
olcker(aum
entoexpo
nencialdas
taxasde
jurosnorte-am
ericanasno
fimdos
anos1970),
oque
levouà
crisedas
dívidasdo
inícioda
décadade
1980e
àsprim
eiras
fasesde
um
amplo
movim
entode
desregulamentação
monetária
efinanceira,
queensejariam
apassagem
paraa
segundaetapa.A
industrialização,portam
o,seinsere
nu
mm
ovimento
deinternacionalização
financeiraindireta
dossistem
asnacionais
fechados,a
ame-sala
daquilo
queviria
ase
consolidarsom
enteapós
asecuritizaçâo
dadívida
externados
paísesda
periferiae
aform
ação,nesses
países,dem
ercadosde
bônusnacionais
interligadosaos
mercados
financeirosdos
paísesdo
cenrrod
osistem
a".E
is,pois,
nossopalpite
inicialsobre
osentido
daindustrialização":
diversamente
dam
eraaparência
fenomênica
com
ida
nodiagnóstico
dependentiscasobre
ainternacionalização
dosm
ercadosinternos
-que
~jogava
coma
idéiade
hornogeneizaçãodo
capitale,
portanto,do
espraiam
entodas
possibilidadesde
desenvolvimento,
desdeque
sesou
~.bessejogar
asregras
dojogo
-,a
internacionalizaçãoda
produçãofoi
;apenas
osubstrato
necessárioao
desenvolvimento
ulteriorda
verda,'ideita
cabinede
com
and
odo
capitalismo
conternporâneo.,aesfcra
fi.,.~n
anceira,agora
finalmente
mundializada".
Seestiverm
oscertos
sobreo
sentidoda
industrialização-
elern-
~brand
odos
indicadoresdecrescentes
arroladosna
primeira
pan
edeste
~ex
to-,
aprópria
naturezada
relaçãoque
prendeo
capitalismo
perifé~nco
brasileiroao
centrodo
sistema
nãopode
mais
serdefinida
como
"e"dependência",
pelom
enosnão
nom
esmo
sentidoem
queo
termo
IF
rançoisC
hesnais,"lnrrcduçâo
geral",cir..p.
23-31.'~U
samos
oterm
o"palpite"
porquetalhipõrese
seinsere
nocontexto
deum
trabalho.:ainda
emdesenvolvim
entono
grupode
pesquisasobre
Instituiçõesdo
Capiralis
~lmo
Financeiro
-C
afln,
naU
SP
(registradono
CN
Pq
).·'.Q
uand
oestuda
osciclos
dereprodução.
muito
antesde
enfrentarteoricam
entea
.o.i$(;ussãosobre
ocapiral
3juros,
diz.Marx
sobrea
verdadeiranatureza
docapital:
_~{no
cicloglobal
do
capital]o
processode
produçãoaparc:ec:
apenascom
od
oliJeviclvd,com
om
alnecessdrio,tendo
emvista
fazcrdinheiro.T
odasas
naçõesde
:~ução
capitalistasão.p
or
isso,periodicamente
=lt:u
us
pelavertigem
deque
_*fazer
dinheirosem
am
ediaçãod
oprocesso
deprodução";
verK
arlM
arx.P
capital:critica
daeconom
iapo/{tica
(trad.
Regis
Barbosa
eFlávio
R.
Korhe,
São.
:lulo,A
brilC
ultural,1983,
Coleção
Os
Econom
istas),L
ivro11,
p.44.
I:,i------
Investimentos
eservidão
financeira•
91
comou~
_modo
depcodu~o,
Do
bb
procurouressaltar
aquiloque,
emSua
visao,m
elhorresum
ianão
56a
relaçãopolirica
entresenhor
eservo,
mas
oco
nteú
do
.s~cioeconômico
dessaobrigação
qu
eos
conectava. Apalavra
servidao
lhecaía
bem,
poistraduzia
ofeudalism
otanto
c?mo
m?d
ode
produçãoda
vidam
aterialq
uan
toc~mo
processo
deV
IdaSO
CIal.
Sweezy
criticoutaldefinição.apontando
Suaim
precisãoe
generali.dade,haja
vistaque
"aservidão
podeexistirem
sistemasque
nadatêm
defeudal;
em
esmo~uando
relaçãodom
inantede
produção,a
servidãot~m
estado,em
diferentesépocas
eem
diversasregiões,
associadaa
diferentesform
asde
organizaçãoeconôm
icat'".C
uriosolem
brarain
daque
opróprio
Engels
escrevera,n
um
ade
suasúltim
ascartas
aM
arxque
."aservidão
ea
dependêncianão
sãoum
aform
apeculiarm
entemedleval-feud~,encontram
o-Iasp
or
todaparte
ouem
quasetoda
parteo
nd
eos
conqoísradorespossuem
aterra
cultivadapara
elespelos
velhos
habiranres'P",
Esselongo
~arênrese',queem
verdadeé
umpisarem
ovos,presta-se
apenasa
anteciparao
leitoro
caráterpotencialm
enrecontroverso
denossa
s~lu~oao
enigmae~u~ci~do.
Da
mesm
aform
aque
apalavra
dependen.clase
mostrou. nao
limitada
aC
Ontextos
históricosespedfi
,?S-
servindopara
no
rnm
aros
períodosde
dominação
colonialexplí
Cita,m
aspodendo
representartam
bém,
como
foio
casona
décadade
1970:o
conteúdosocíoeconâm
icode
uma
relaçãopolítica
mo
dern
a-,sus~elt.amos
q~e.o
caráterdo
vinculoque
prendehoje
ocapitalism
operiférico
brasileiroao
centrodo
sistema
sópode
serdefinido
emter
mos
deservidão.
Aprim
eiravista,
imagina-se
quea
servidãosó
exisrapara
umpela
~;V
ontadede
outro.O
escravoprocedendo
dosenhor.
Mas,
nessaf6r
tm
uJa.é
obscurecidoam
iúdeo
verdadeirofaco
aser
interrogado:de
"(
que.form
acanro~
homens,
tantascidades.
tantasnações
sup
ortam
\m
Ul(as
vezesu~
tirano56,q
ue
nãopossuinada
mais
doque
opoderio
~,que
elesp
róp
no
slhe
dão?C
om
oentender,
portanto,que
osenhor
,~procededo
escravo?Co
mo
entenderquea
relaçãosenhor-escravo
antes'-de
Id
'.I:
sera
teação
entreois
elementos
realmente
separados,possa
Ser'I!
'~';...:........
fl~·U~a
crítica",em
PaulSw
e:ezyer
al.,D
ofrudnli.rmo
40
rapira/ismo
(Lisboa.
Do
mQ
UIlCO
te.1971).
p.20.
Friedrich
Engels
apu
dPaul
Sweezy,ibidem
,p.20.
Jl
Inevitávelrerornaras
mesm
asindagações
deÉ
tiennede
La
Boétie,
feitashá
mais
dequatrocentos
anos,acerca
daservidão
voluntária;ver
Érlenne
de:LaB
cérie.D
iscursodo
srrvidioJ/o/unrdri4
(trad.L
ayme:rtG
arciados
Santos,
3.ed.,São
Paulo.
Brasiliense,1986),
p.13.
~T
raduzidono
Brasilsob
otitulo
Arvolu(ã"do
capitalismo
(2.ed
••SãoPaulo,
Nova
Cultural.
1986.C
oleçãoO
sE
conomistas).
J7Ibidem
.p.
27.
foiusadoanteriorm
ente.Afinai,
aindaque
adependência,com
oform
ade
expressãointerna
dopróprio
capital,com
portassea
assimetria.
sualegitim
açãoentre
asclassese
grupossociais
decorriada
comparibilida
deestrutural
entredependência
políticae
desenvolvimento
econômi
co(m
esmo
quem
eraindustrialização).
Ou
seja,alegitim
açãodo
pro·cesso
-a
inrerversãodo
econômico
nopolítico
-se
davapelos
acenosda
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ganhosm
útu
os,
Mas
eagora?
Qual
éo
fundamento
dalegitim
açãode
um
processono
qualtodos
aquiescemao
mesm
oreceituário
econômico,
mesm
onão
recebendoas
prometidas
benesses?P
erguntemo-nos:
"quem
onsrro
devício
éesse
queainda
nãom
ereceo
títulode
covardia, quenão
encontraum
no
me
feioo
bastante,que
anatureza
negater
criadoe
aIC
nguase
recusaa
nomear?"J$.
Antes
deavançarm
osem
nossopalpite
paraa
soluçãodesse
enig·m
a,cabeum
pequeno
parêntese.L
ogoapós
apublicação,em
1946,deseu
Studiesin
thedevelopm
entoicapitafÍJm36,
Maurice
Do
bb
iniciariaum
longodebate
acercada
transiçãodo
feudalismo
parao
capiralism
o.Nesse
debate-
queenvolveu
figurascom
oPaul
Sweezy,
Rodney
Hilton.
Christopher
HilI
eH
.K
ohachiroT
akahashi-.
um
adas
gran~
despreocupações
diziarespeito
acom
o,afinal,
sedava,
nom
un
do
feudal.a
interversâodo
econômico
nopolítico.
Em
outraspalavras,
qualera
osubstrato
quedava
sentidoe
sustentaçãoàs
relaçõesde
servidão
como
simultânea
expressãopolítica
efundam
entaçãoeconôm
icado
mo
do
deprodução
deu
ma
época?E
ntendidaa
servidãocom
oum
aobrigação
imposta
aoprodutor
pelaforça,
independentemente
dasua
vontade,para
satisfazer asexigênciaseconôm
icasdo
senhor(overlard)
quertais
exigênciastom
assema
forma
deserviços
aprestar
quersur
gissemco
mo
taxasa
pagarem
dinheiroou
emespécie
-,D
ob
bdefiniu
ofeudalism
ocom
ovirtualm
enteidêntico
àprópria
concepçãode
servidão-",O
useja,
dianteda
preocupaçãoem
definiro
feudalismo
90•
Brasil
Drfiv
")'
i
92•
BrasilD
divny
internaao
mesm
osujeito?
Em
outraspalavras,parece-nos
quepara
bemcom
preenderhoje
arelação
quenos
prendeao
centrodo
sistema
épreciso
entendernão
oconsentim
entoà
dominação
-algo
muito
mais
próximo
doconteúdo
darelação
dedependência
ralcom
oela
haviasido
atéagora
diagnosticada-,
mas
aobstinada
vontadede
produzi-la,algo
sóapreensívei
peloconceito
deservidão,
nocaso,
servidão
financeira.E
paraque
nãonos
acusemde
funcionalismo
exacerbado.lembre
mos
queessa
passagemda
dependênciaà
servidãonão
énada
estranhaao
fatode
aselites
brasileirasnunca
teremse
importado
muito
comsua
crônicahereronom
ia. 1:.bemverdade
que,por
contade
ventoshistóricos
muito
particulares,das
foramem
purradasà
aventurado
desenvolvimento
autônomo
esoberano.
Mas,superada
essafraqueza
mom
entânea(e
cheiade
riscos-
oB
rasilquase
foidom
inadopelas
forçaspopulares
noinício
dosanos
19600,voltaram
àsua
posiçãousual:subm
issa,mas
tranqüila".C
olocadoo
problema
emoutros
termos,
pode-sedizer
quea
dependência
queFH
C,
comdéficit
denegarividade,diagnosticara
erapressuposta,um
adependência
quese
negavana
possibilidadede
vira
sersuperadapelo
desenvolvimento
doelo
dominado
darelação.T
ratava-se,portanto,
deum
aespécie
decom
binaçãode
dependênciacom
modernidade,de
relaçãohierárquica
compossibilidade
deascensão.
Aposição
efetivada
dependência,suaconfiguração
como
servidão-
queim
plicaa
vontadedo
servona
reproduçãoda
relaçãoservil
(adepen
dênciadesejada)
-,só
ocorreriam
aistarde.Seria
precisoa
consolidação
doregim
ede
acumulação
sobdom
inânciafinanceira
ea
posiçãoda
periferialatino-am
ericanacom
oplataform
ade
valorizaçãofinan
ceirainternacional
paraque
adependência
encontrasseum
aform
ade
existênciaadequada
aseu
conceito.H
á,portam
o,certa
congruênciaentre,de
umlado,um
adependência
quese
põeinicialm
entecom
oo
inversode
sim
esma,visto
queera
percebidacom
odesenvolvim
ento.e,
deoutro,
ofato
dea
industrializaçãoda
periferiapoder
servista
como
umdos
mom
entosiniciais
dodesenvolvim
entodo
regime
deacum
ulaçãosob
dominância
davalorização
financeira.
tvN
êmdo
mais.
apossibilidade
.hoje
maior
do
que
nunca,de
dcsrcrrirorializat.1
riquezarom
ou
essapo
siçãoainda
mais
con
fotláve1.
Investimentos
eservidão
financeirói•
93
Ol~.andomai~
concr:tamente
parao
movim
ento.~irlamos
que,::.~-..
sem.o
desenvolVim
entoque
arelação
dedependência
produziupor
i~.:aqui,
nãoestaríam
oshoje
guarnecidosdas
condiçõesm
ateriaisneces-
~i:~:~i~;:;n::i:~~:a(~::::ç::ee~:~::~:;;~~:::~~::::
I~gipals~~~fricanos~~o
poderemdesem
penharesse
mesm
opapelê)
Mas
I1!'..J.;,,con
içoesrnatenais
podemnão
bastar,enão
bastavam.A
herançado
;~.~_f,r.:_~"/_'t<~m
undoregulado
epotencialm
enteinflacionário.humanam
entecondes-
,;:'~JI
cendenree
esrarizanreda
etapaanterior
exigiaprofundas
transforma-
~~~~i:
çõesinstitucionaispara
queessa
condiçãom
aterialsetransm
ucasseem
:~~i~t·con~i~o(e~etdiva
paraa
posiçãodo
Brasilcom
om
ercado"em
ergente",.;..~
~:=o
InC
IOosanos
1990,oadvento
doneoliberalism
ocom
odoutri-
nae
coleçãode
práticasde
políticaeconôm
icaveio
preenchera
lacunaque
fal~avapara
queessa
transformação
institucionaltivesse
lugar.T
ravestidaem
pregaçãopela
"modernização"
dopaís,em
purradapelo
a~~umentode
queesrarfam
osperdendo
obonde
dahistória
ea
possibilidade
deadentrar
noadm
irávelmundo
novoda
globalização.adou
trinaneoliberalfuncionou
como
discursode
convencimcnro
,numpaís
recentemente
redemocrarizado
ecom
om
ov
imen
tode
massas
seins~itucion~.izando,
paraque
seoperassem
asm
udançasque
noscolo~rJ~
decisivamente
nopapelde
prestamistas
(nosentido
depresta
CIOO
IStas).Tom
adasessasprovidências,o
delivery·Jdo
paisestariapron
.,,~~
to.Vam
osa
elasentão.
~~~~:~:.
::'~~'~h'"~:
3.Da
eraneoliberal
ede
suasprovidências
?}:'}â~
'
--."'"'::
•OB
rasildo
finaldosanos
1980nâo
'estâvaadequadam
enteprepa-
_,;:lado
paradesem
penharseu
papelna
novaecapa
dam
undializaçãofi~
c::~~t
,nanceir~.E
mprim
eirolugar,as
altastaxasae
inflaçãõque
persistiam~~
:.poraqui
produziamabruptas
oscilaçõesno
nívelgeraldepreços
eem
~~f__suavariação.
Naquelas
condições,com
plicava-sesobrem
aneirao
cál:~~~
ofina~ceiro
quecom
andaa
arbitragemcom
moedas
ea
especula"jçao
queV
Isaa
ganhosem
moeda
fone(a
raxade
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realea
taxa':~~f~
dejuros
sofremcondnuas
oscilações),De
outrolado,C
omo
cará;;~'?ger
fortemcm
c-centralizadoc
reguladoda
políricacam
bialdeentão,
a~~
~~Ya1orizaçãofinanceira
porventuraalcançada
nãotinha
aliberdade
ne-
lI1
tJf;=
"1:••1!!:
"f1\~:.'I!~~;i,1:i1i~
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:~i;
11,~
~~}
;" .;)~."'r,"
~..:!")'.,
I.,",
; ,t1;1
';li.lI.'it
94•
Brasil
Dtlivtry
cessáriapaca
pôr-sea
salvo,em
casode
turbulência.P
ortanto,não
sóos
ganhoseram
incertos,co
mo
nãohavia
segurançade
qu
eseriam
efetivamente
auferidos,naeventualidade
deexistirem
.O
utro
problema,tam
bémprovocado
pelapersistência
dofenôm
eno
daalta
inflação",era
a.dificuldadede
controlaros
gastosdo
Esta
do.N
ocaso
doB
rasil,cujahistória
ém
uitoparticularno
queconcerne
aoprocesso
deindexação
",
acom
plicaçãoera
aindam
aior,ensejando
acriação
deum
sem-núm
erode
conceitosde
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lidarcom
asituação.
Adificuldade
emperceber
aexata
dimensão
dosgastos
públicos
nãoparecia
uma
boacredencial
patau
mpafs
dispostoa
entrarno
circuitom
undialde
valorizaçãofinanceira.T
endoem
vistao
caráter
rentistadesse
tipode
acumulação,e
considerandoq
ue
um
ade
suasbases
mais
importantes
éa
dívidapública,a
anarquianos
gastOS
públicos
produzidapela
altainflação
eraum
acom
plicaçãoe
tanto,pois
precarizava
aextração
derenda
realque
devevalorizar
esse"capital
caldodo
céu",emque
seconstituem
essespapéis".N
essascondições,
como
poderiao
paísser
consideradou
mem
ergentem
ercadofinanceiro?
Segundo
odiscurso
neoliberalque
começa
aser
dominante
noiní
ciodos
anos1990,o
Esrado
nãodava
contade
suatarefa
depreservar
aestabilidade
monetá~iae
organizaras
comas
públicastam
bémpor
contade
seupeso
demasiado
grande,herança
perversade
umtem
poem
quese
imaginara
queo
desenvolvimento
nacionalsoberano
erapossívelna
periferiae
queo
Estado
erao
instrumento
mais
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paratornar
efetivaessa
possibilidade.O
ra,um
Estado
comtantas
dem
andase
tantastarefas
nãotin
ha
como
garantirganhos
reaisàs
aplicações
financeirasnem
com
ose
"especializar"na
administração
dasfinanças
ena
gestãoda
moeda,
condiçõesim
prescindíveispara
considerar
determinado
paíscom
o"m
ercado
emergente".
41~AJ(a
inflação"foi
olerm
oen
con
trado
paradesignar
fenômenos
inflaçionáriosco
mo
osdo
Brasil,
emq
ue
osníveis
geraisde
preçosn
emse
com
po
rtavam
deform
a"civilizada"
nemdescam
bavampara
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anecendopor
longo
temp
ona
casados
doisdígitos
aom
ês.~}
Aesse:respeito
verLedaPaulani,"T
eoria
dainflação
inercial:umepisódio
singularna
históriada
ciênciaeco
nô
mica
noB
rasil?",em
Maria
Rita
Loureiro
[org.).50
anostk
ciêncialC
onômiea
noB
rasil:pmJam
mto.
instituições~
drpoímm
toJ
(Petrópolis.
Vozes.
1997).••
Aexpressão
éde
Marx.
qu
econsidera
adtvid
ãp
úb
lic:aco
mo
um
típicoexem
plar
?ccapital
fictício;vide
ocapítulo
XX
IVd
oL
ivroI
deO
cap
ita],cit.
Invesrimentos
cservidão
financcir:t•
9S
Oam
bienteno
qualos
negóciosaconteciam
também
nãoajudava.
Co
mo
convenceros
capitaisda
seriedadedo
paísna
disposiçãode
impulsionar
oganho
financeirocom
uma
legislaçãoque,
emcaso
decolapso
empresarial.
pu
nh
aà
frentedos
direitosdos
credoresfinancei
rOSos
direitosdos
empregados
'(dívidastrabalhistas)
eosdireitos
do-E
stado(dívidas
tributárias)?C
om
ogarantir
queos
recursosdo
Estado
seriamprioritariam
entecanalizados
parahonrar
oscom
promissos
financeiros
seos
governantesnão
eramsubm
etidosa
umrigoroso
controle
desuas
ações?(N
aquestão
previdenciária,havia
mais
um
sérioobstáculo
paraque
opafs
seintegrasse
deim
ediatona
novaetapa
darnundialização
financeira.
Nosso
sistema
previdenciárioera
marcado
peloregim
ede
repartição
simples,
caracterizadopela
solidariedadeinrergeracional
epela
posiçãod
oE
stadocom
oseu
principalator,
Esse
sistema
nãocom
binava
comos
novostem
pos,não
sópor
contado
pesoinaceitável
dessasdes p
esasno
orçamento
público:com
opela-falta,sentida
hosetor
privado
;deu
mm
ercado
substantivoe
promissor,até
entãopraticam
entem
onopolizadopelo
Estado.
Porfim
,a
_Constituição
de1988
eraabsolutam
ente'Incornpartvelcom
aspretensões
renristasda
novaerapa.
Co
mo
orçamên
toengessado
'por
inúmeras
vinculaçõesobrigatórias,o
Estado
tinhapouca
liberdadepara
promover
polfricasque,supostamente
destinadasasustentaro
equilíbrio
dascom
aspúblicas,
visavamna
realidadeabrir
espaçopara
suaatuação
como
lasjreadordo
pagamento
doserviço
dadfvida
pública.E
raevidente,
portanto,que,
seo
Brasil
quisesseentrar
nanova
etapado
jogofinanceiro
internacional,profundas
transformações
teriam
deser
feirasno
quadroinstitucionalem
quese
movia
aeconom
iado
país.Eelas
foramfeitas.C
om
ojá
mencionam
os,a
difusãocada
vez-c.
maior
dodiscurso
neoliberalproduziu,
desdeo
governoC
ollor,os
~argum
entosnecessários
paraprom
over,n
um
paísrecém
-democratiza
(..:~~do,
comu
mativo
movim
entosocial
eainda
comem
orandoas
"con-._......
1?,-qu
istas"de
1988,esse
tipode
mudança.
No
iníciodo
quese
pode-}~cham
arde
um
a'lera
neolibcral",C
ollorfoi
eleito,contra
oprojeto
~""'popularrepresentado
porL
ulae
oPT
,com
odiscurso
do"social-libe-
{ralism
o";enfeirádo
pelabravata
da"caça
aosm
arajás".D
esdeentão
,:[-passoua
servoz
correntea
inescapãvelnecessidadede
reduziro
rama
~.Ülho
doE
stado,privatizar
empresas
estatais,controlargastos
públicos,····ab
rira
economia
etc.C
ollornão
tevetem
popara
pôrem
marcha
esse
...I
I.Ili,-,:.I
9G•
Br:uilD
elívery
projeto-
anão
ser,m
uitotim
idam
ente,
oprocesso
deprivarízaçâo
-J
mas
areferida
pregaçãoganhou
forçainegável
epassou
aco
man
dar
todosos
discursos.É
nogoverno
Itamar
queterão
lugaras
p'rimeiras
mu
dan
çasde
pesoa
fimde
prepararo
paíspara
suainserção
nocircuito
internacional
devalorização
financeira.[Em
1992~
adiretoria
daárea
externado
Banco
Central.
emm
eioàs
negociaçõespara;internacionalizar
om
ercado
brasileirode
'tfrulõspúblicose
sccuritizara
dívidaexterna.
resol
vendo3
pen
dên
ciaq
ue
vinhadesde
1987,encarregava-se
tamb
émde
promover
adesr
égu
lamen
raçâodo
mercado
financeirobrasileiro
ea
aberturaao
fluxointernacional
dec3p"itaiJ.
Porm
eiode
um
aalteração
nofuncionam
entodas
contasC
CS
feitasem
obeneplácito
doC
on
gresso
(oq
ue
implica
crime,
vistoque
am
ud
ança
alteraa
leifederal
de
1962q
ue
criouessas
comas),
oB
acenabriu
apossibilidade
dequal
queragente
remeter
recursosem
moeda
forteao
exterior.bastando
paratan
todepositar
recursosem
mo
eda
doméstica
naco
nta
de
um
ainstituição
financeiranão-residente".
Form
alizadaa
aberturafinanceira,
imp
un
ha-se
anecessidade
deresolver
oproblem
ainflacionário.
Assim
,ainda
nogoverno
Itamar,
surgeo
íPlan
oR
eal,que
catapultaF
HC
.então
ministro
daF
azenda,para
aP
residênciada
República.;\f cn
âido
com
om
eroplano
de
estabi
Jiza~
o~absolutam
entenecessário
tend
oem
vistaos
problemas
pro~u-
zidospela
persistênciada
altainflação
(desesrruturaçãodas
cadelasprodutivas,elevado
imposto
inflacionário, qu
eprejudica
principalmen
teas
classesde
rendam
aisbaixa,
deterioraçãoda
capacidadefiscal
doE
stadoerc.),
oP
lanoR
ealfoi
emverdade
mu
itom
aisdo
qu
eisso.
Em
prim
eirolugar,
eleresolveu
op
rob
lema
qu
eim
pediapracicam
enreo
funcionamento
dopaís
com
oplataform
ade
valorizaçãofinanceira
internacional.
Mesm
oco
ma
aberturafinanceira
járendo
sidoform
al
mente
operada,ela
permaneceria
letram
orta.
dop
on
tode
vistade
suaspotencialidades
emterm
os
de
atraçãod
ecapitais
externosde
curto
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processoinflacionário
nãotivesse
sidod
om
ado
.Além
disso,o
planoabriu
espaçopara
um
asérie
deout~asmud~,nças
q~e
teriamlugar
nogoverno
deF
HC
.A
abertura
na
economia,
aspra
vatizações,a
manurenção
dasobrevalorizaçâo
dam
oed
abrasileira.
a
<)
Param
aioresdetalhessobre
essaoperação.vide
osegundo
artigodesta
coletânea.
-·-"
1
'~~.lnvestirnenros
cservidão
f1nanccil';l,•
97~:':1
:
~~:elevação
inédita
dataxa
realdejuros,
tud
opassou
aser
justificadopela
:it~\necessidade
depreservar
aestabilidade
mo
netária
conquisradapelo
~~~I"'to~::mo
contextoque<
edeveanalisaraedição
,e",maiodet~1'
20
00
,daL
eiCo
mp
lemen
tarnl!101
(leide
Responsabilidade
Fiscal_
:.;.~,~~.\.~.'L
RF):bdli.spO
SitivoqUIe
acaboup
or
estabeleceru
ma
hierarquianos
gas-,:~Ú
;tos
puIC
OS
qu
eco
ocaem
primeirlssim
oe
indispurávellugar
ocrc-
:;:ri;d
or
financeiro
,em
detrim
ento
daalocação
de
recursosco
mfins
t~~i~'distributivos
(polüicasde
rendae
políticaspúblicas
dem
od
ogeral)
e
tI:~~::~7.'~ad:a~~:~~~o::'~~;:~ã~i~;n:e~;:~::':~;
ML,,~~
did
1"d
.I
~~illt~
ousançao
aosq
ue
CC
Iem
apo
incac
Jurose
cevarn
adívida
pübli-.r.iJ\.:
cado
paísem
favordos
credoresnacionais
einternacionais.
;F-"~::O
soiro
anosF
HC
produziram,
ainda.um
asérie
debenefícios
le-gais
aoscredores
doEsradÇ
le
aocap
italem
geral.'Em
dezembro
de2
00
I.aten
den
do
au
ma
promessa
feitaao
FM
I,o
governoaprovou
aE
men
da
Constitucional
nU37.
qu
eisenta
da
incidênciad
eC
PM
F0
5
valoresaplicados
embolsas
devalores.T
amb
émpassou
aser
isentad
eim
postode
rendaa
distribuiçãode
lucrosde
empresas
aseus
sóciosbrasileiros
ouestrangeiros
ea
remessa
delucros
aoex
terior".
.~~;
Den
trodo
espíritode
guarnecero
paísdos
disposirivosinstitucionais
:fS'ig-.necessários
parasua
inserçãona
mundialização
financeira,o
governo{~:
FH
Cprom
oveuainda
um
am
ud
ança
substantivano
sisrema
previ:~it~~&
denciário.C
on
form
eadiantado.o
sistema
previdenciário
brasileiroera
~;~k
estruturadop
redo
min
anrem
ente
peloregim
ede
repartiçãosim
plese
i'5;~~
'constituía
praticamente
um
monopólio
doE
stado.Argum
entandoq
ue
osdéficits
previdenciáriosproduzidos
pelosistem
aprevidenciário
aca-
Poressas
ep
or
OU
trasé
qu
ese
podedizer
que.a
partirdo
PlanoR
eal.há
umSC
ntimento
di~o
.de~fm
ergênciaeconôm
ica",no
sentido.deexceção,
queacorn
panhaa
emergenC
lado
paísco
mo
promissor
mercado
financeiro.T
udose
passacom
ose
aospoucos
estivessesendo
decretadou
mestado
deexceção
econômico
quejustificasse.qualquer
barbaridadeem
nome
danecessidade
desalvaro
pais,ora
d~ret.orno
daInflação
.ora
daperda
decredibilidade,
orada
perdado
bondeda
hIStÓria.A
esserespeito,
aliás,tudo
indicaque
oestado
deexceção,
antesdifuso,
,.tenha
sidodefinitivam
entedecretado
nogoverno
Lula,
Pesquisasobre
essetem
afi"
estásendo
implem
entadapor
Leda
Paulanino
Gfin
/US
P.
k/A
$inform
açõesr~l';I,mretiradas
deM
ariaL
úciaF
anorelli,~Agrande
sangria",&
_,,~
pOrtllg~ltI,n
.57.Jun.2004.
:--".~
,
.~~
-~
I,
InYcsdm
cntosl' serv
idãofinanceira
•99
Asdividas
trabalhistasq
ue
ames. sem
limitação, cncontrav~-s<:
noprim
eirolu
gar da
fiI.apara
orecebim
entodos
recursosda
massa
falida.co
ntin
uam
emprim
ei
rolugar,
sóq
UI:
agorarestringidas
pelolim
itede
RS39
mil.
Oq
ue
excederesse
''1lilJl~cç
\';li.parao
úllim
olugar.
As
dívidasfinanceiras
garantidasp
or
bensm
óveis
"f.ou
IIJlÓ\·Cls.
qu
eocupavam
anteso
terceirolugar.
passarama
ocu
par
oseg
un
do
11'"lugar. à
frentedas
dividastributárias.
Não
CUSla
lemb
rarq
ue.
nacarta
deinren-
: ~:,'ções
aoFM
I, assinadap
or
Anconio
Paloceie
Hen
riqu
eM
eireilesem
fevereirode
~~~003 , CO~stava
oco
mp
rom
issode
aprovaru
ma
novaLei
de
f:.tJénci:rsq
ue
gnran
...~~ . lJsse~s
direitosdos
credores,ou
seja.o
recebimento
pelosetor
financeiro.em
&condIções
priviJegiad:LS.
dasdividas
acumuladas
pc/asem
presasfalidas.
Um
alei
'(; semelhante
foi I'ropOSI.1
pelom
esmo
organismo
àA
rgen
dn
a.
'jEIll
meados
docorrente
ano
.pergU
ntadosobre
anecessidade
de
lalm
ud
ança. ()
' ~~. ,atuaJprcsidenlt'
doB
ND
ES
,en
tãorninisero
doP
lanejam
ento
.G
uid
oM
anrcga,,:. -
.~~
.~~
-~~-
:?i"~
.;: ..t-': -.t::?::~
~i~~;!~.~
'0~~
-.~
-Ç- .
ma croeconÔ
miC
1s.chave'q
uêé
perversodo
pontode. vista
docresci
mento
cdo
emprego, pois
jogano
sentid
oda
elevaçãodos
jurosbási
cos. daredução
dam
ão·de-obraform
almente
empregada
eda
queda
Idorendim
entom
édiodos
trabalhadores,A
perversidadedesse
com
portamento
éparte
dascontradições
inerenresa
umSistem
aque
vê
diminuir o
capital produtivo(que
gerarenda
real)enquantoengorda
o
capitalfinanceiro
(queextrai
rendareal do
sistema
eincha
ficticia-
mente
nosm
ercados secundários, exigindoainda
mais
renda).
Mas
am
udançaim
plementada
por FHC
foi parcial. restritaaos
tra
balhadores dosetor
privado. Atenaz
oposiçãofeira
peloPartido
dos
Trabalhadores
àsua
extensãotam
bémpara
ofuncionalism
opúblico
impediu
quea
reforma
nosistem
aprevidenciário
brasileirofosse
feita
deum
aracada
só. Coube
aogoverno
Lula
completá-Ia, estendendo
as
"alterações
idealizadaspor
FHC
aostrabalhadores
dosetor
público.
Com
asnovas
perspectivasde
acumulação
abertaspela
entradaporen
cialde
umenorm
econtingente
depopulação
assalariada.de
renda
média
razoavelmenre
elevadae
semenfrenrar a
ameaça
dodesem
pre
go. foramcrióldas
as condiçõespara
opleno
désenvolvimenm
, noB
ra
sil, dom
ercadoprevidenciário
-cobiçado
hám
uitotem
popelo
sistema
financeironacional e
imernacional.
Concluídaessa
reforma.
opaís ficou
quasepronro
paraintegrar
adc
\: ~iquadam
enteo
circuitoda
valorizaçãofinanceir:a .
Mais
algunsdetalhes,
r.~-;~- com~
anOVjl-teiâ
c~FalênciaS'(aprovadaem
fevereirode
2005'10), aa
U[Q
-
f--norm
adoB
ancoC
erxral (quecontinua
firme
efone
naagenda
dogover-
I~~
~~'~:no
Lula"),
oaum
enroda
Desvinculação
deR
ecursosda
União
(DR
U),
f~"'"
..C
aberegistrar
qu
eesse
tipodt"cãlculo
considerasem
pre
co.mo
g3StOprevidenCjár~:
aquiloq
ue
não
po
de
serrem
adoco
mo
tal. Aaposentadoria
~ral
. empurrada goc
.
abaixod
os
conservadorespela
ConS
tituiçãode
19~8.éef~tlvamente
umgr.:nd:
programa
de
rend
am
ínima,
talvezo
maio
rd
oco
nn
nen
re, Jáqu
eesse
benefícios
torn
ou
umdireito
dotr:tbalhador
rural,ten
ha
eleco
ntrib
uíd
oo
unã~
-u
ma
VC
l
id':i'
Ass'U
Ils
desp
end
ido
sco
m,1
queseja
-par.1
osistem
aprevI
encrno.
rrn, osrec
o,
pag
amen
todesse
tipode
bcneflcio.apesarde
integraremo
grupode~IOS
r~I~~'o
nadosà:segü
ridad
esocial.' n
ãop
od
emser
entendidosco
mo~toSpre:ldenc'arr~s.
aproximando-se
mais
dosgastos
relativosa
programas
eornpensar õriosde
ren;.
Os
especialistasno
tema
dizem,
aliás.q
ue e
esseo
verdadeirop
rog
rama
dercn
J
mínim
ado
Brasil
(cf.R
osaM
.M
arqu
esc
Áquilas
Mendes.
"Ogoverno
LulaO~)J
contra-reforma
previdenciãria", SãoPalllo
emP
mp«riva.São
Paul~.v. 18. nj
3. 20~~
,0'R
etomam
osauui
argum
entesjá
desenvolvidosem
Leda
Paulani, "Q
uan
oo
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vencea
esperança: umbalanço
dapolúica
econm
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Lula" .
Crftic(/
Ma
rxina
,C
ampinas.
n.
19.O
Ul.
20
04
.
98•
Brasil
De
fivfry
batiampor sufocaro
Estado", o
governoprom
oveum
aséri~
dealtera-
-A
conseqüênciam
aisim
po
rtante
dessatransform
açãoé
oau-
çoe.s...
mente
daim
portânciada
previdênciaprivada, que
passaaser
~ecessarta
paracom
plementar
afutura
aposen~a~or~a.~omeça
assrma
s~r
construídoo
mercado
privadode
previdência,Já
háalguns
anosrei
vindicadopelo
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financeiro.d
.~
.1
~9
Ao
contráriodo
queocorre
noregim
ee
reparuçao. simp
es_'
no
regime
decapitalização,
quecaracteriza
om
ercadoprivado,
~ao
há
solidariedadeinrergeracional.
Cada
umresponde
apenaspor
SI e
tem
umretorno
futuroproporcional à
suacapacidade
depagam
entoco~
rente. Aosgestoresdesses
fundoscabe
administrar
osrecursos
~eposl
ladospor longoperíodo
detem
po, dem
odoq~e
garanta. oren.dl~ento
financeironecessário
parahonraros
comprom
issosprevidenciãriosfu
turos, Sendoassim
. esseregim
ebusca
maior
liqu
ida
nom
enorperío
dode
tempo
ecom
om
enorrisco
possível,o
quetorna
ostí~ulos
de
rendafixa.
particularmente
osrírulos
dadívida
públi~ •. os
ativospor
excelênciade
seusporcfólios.
Éclaro
que, dadaessa
.log'ca,os
fundos
depensão
serãotão
mais
bem-sucedidosquanto
maiores ,forem
a~ta
xasdejuros. Por outro
lado, quandoaplicam
emrenda
variãvel (ações),
elesbuscam
evidentemente
aquelespapéis
comm
aiorcapacidade
de
valorização-
essespapéis
são, hoje, aquelespertencentes
às~~pr:sas
quem
elhorexecutam
osprogram
as dedowns~'Ún~,
det~~ce~nzaçao
e
deflexibilizaçáo
dem
ão-de-obra. Assim
. oI?gu.l1 íbn
ofinanceiro
~~ss::
fundos-estána
dependênciade
umcom
portamento
dasvanavers
"'.
I
lnvc.slimentose
servidãoI1nancc:ira
•101
\~de
ocapfrulo
IdoL
ivro1/("O
cidodo
capitalm
onetárioM
)deO
cnpírnl.cito
'~\.dIde~5C1p~tulos
XX
Ie
::;:XIIdo
LivroI("R
cproduç3osim
ples Me
MT
ran
s ro rnlõ1çâo,:%.
em
als-vahaem
capital)
deO
capiMI.
cir,
asab
and
on
a,para
voltara
assumi-las
novamente'lJ.
Marx
afirma
tam
bém
~ueo
capirs]só
po
de
serindustrial
(produtivo)'c
sereproduzir
am~lla~ame~tese~do
valorexcedente
decada
etapa,urna
pan
esubs
mn.tJvaJá
estiverdIsponível
paraa
etapaseguinte
soba
forma
denovos
meios
deproduçã?~4.
Em
Outras
palavras,sem
meios
dep
;od
uzir
ri,q.u
cza,ouco
mm
eiosq
ue
crescemm
uito
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te,lento
seráo
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imento
daprópria
riqueza,b
emco
mo
odo
con
sum
oc
od
obem
,estar
aela
atrelados.
No
smomento~
d~c~ise,
sãopequenos
osincentivos
paraq
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no
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problema,
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do
investimento
privado.
Na
época
emq~e
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ericanapas
s~ua
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processog
anh
ou
emforça
cd
inam
Ismo
c,pelo
menos
noB
rasil,ap
on
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possibilidaded
esuperação
de
sua
condiçãode
paíssubdesenvolvido,
aind
aq
ue
sob
aform
au
mtan
tocontraditória
da"depcndêncís",
,Es.sa~çm
fJu.ênciavirtuosa
acon
teceu,no
entanto,tarde
demais,
pois:'o
cap'talism.o
Jáen
travana
faseterm
inal
dafórm
ulafordisra
cm
ija.
:gr?sa
do~trinta
al1os~do
urad
õs.E
mp
urrad
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po
ru
mlado
.p
or
um
a.cn~e
~ídlcae,.p
or
OU
tro.
peladesordem
provocadano
sistema
rnone.rãrio
mcernacicnsl
coma
desvinculaçãod
odólar
norre~americanoe
:.do
ou
ro,
promovida
em1971
pelogoverno
Nixon,o
sisrem~ia
ingres
;sand
oa.passos
largosna
faseda
acumulação
flexívele
dad
om
inân
cia
~Jinancelra.D
ereceptor
líquidode
capitais.o
Brasil
passourápida
§m
ente
aexp.ortador
líquidode
capitais,prim
eiroso
ba
forma
depaga.
:::men
{O~os
J~rosda
dívidaexterna
contraídap
or
meio
de
Contratos
...nvenClonals
deem
préstimo,
eagora
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i.Irosde
altarentabilidade.
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resumisse
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tratavade
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altc:ra.çãonecess
áriapara
pr~servara
sociedadeda
atuaçãode
presidentesirresponsdveis
c:gastadores.queqU
I5C"
sc:mf.1Zer
opaís
crescera
qualquercusto.
..
..j,
Em
1994foi
criadoo
FundoSocial
deE
mergência.
denominado
depois,m
al.'adequadam
ente,Fundo
deE
stabilizaçãoFiscal.
Esse
fundofoiform
adocom
:WUh
detodos
osim
postosc:contribuições
federais.!O
rnadosIivre.s
devi~culaçõc~
.~
partirde:2000.ele:foire:form
uladoc:passou
ase:cham
arD
esvinculaçãode
R~~Ull
50
Sda
União
{DR
U).
tendosua
prorrogaçãoaprovada
peloC
ongressoN
acion.
até2007.
bO rn
osua
prorrogaçãopara
alémde
2007.e
aextensão
desseex
emc
..
.&
1~!
Apediente
para0
5níveis
estaduale
municipal,
enad~
mars
ta~
..
auto
no
mia
do
Banco
Central
garantiráq
ue
apolítica
mo
netária
sejaconduzida
sempre
dem
od
oq
ue
ho
nre
op
agam
ento
doserviço
dadívida
eq
ue
premie,
com
jurosreais
substantivos,o~
detentoresde
papéispúblicos.T
emem
seuauxílio
aD
RU
,q
ue
funciona,p
or
ou
trolado
como
oin
strum
ento
mais
afiadop
arad
arcabo
dosestorvos
pro
movidos
pelaC
onstituiçãode
1988.AL
eid
eResponsabili~~deFiscal
(quealguns
cham
am,
com
JUSteza.
deL
eide
Irrespo~sab,l~~adeSo
cial)contribui
com
suap
ane,
aoassegurar
qu
eos
papeisem
itidos~or
instânciasinferiores
do
po
der
executivotam
bém
tenh
amseu
serviço
ho
nrad
o,
enq
uan
toa
novaL
eide
Falência
trataprivilegiadam
enreo
credo
rfinanceiro.
emcaso
debancarrota
privada.
Ora,
umpaís
cãosério
ecônscio
da
necessidadede
cum
prir
asobri
gaçõesfinanceiras
ede
premiar
com
elevadoren
dim
ento
~sdet~~tores
deativos
financeirosm
ereceu
mlugar
ded
estaqu
eem
melo
aosem
er
gentes".com
direitoaté
aaspirar
aoi11l1(sn:Jw
tf!i1~e.
A.[endênc.ia,
po
rtanto
,éque
afinanceirização
daeco
no
mia
brasileirase
mrernacio
nallzecada
vez.m
ais-
eisso
jáé
reveladoclaram
ente
peloG
ráfico5
(quem
ostrao
eno
rme
crescimento
dasdespesas
ex.ter~asco"?
rendasde
investimentos
emcarreira),
apresentadona
primeira
seçaodesce
artigo.C
om
isso.en
camin
ham
o-n
os
àsobservações
finaisdeste
texto.
4.D
eindústria
cfinanças,
decapital
financeiroe
capitalfictício:
àguisa
deconclusão
Segundo
Marx,
capic~lindustrialéto
do
-aqueleq
ue.
independe~te:
me
ntedo
setoremqu
eatu
e.toma
dem
odo
alternad
oa
forma
de~ap
llal
mo
netário
,capitalproaucivó
eca~
iral-.mercadori~
(tangíveloU
.lOcan.
grv~i).cu
mp
re.ern'cad
au
ma
dessasform
asu
ma
funçãodererrninada
e
;V
i_dea
respeitoPaulo
Edu
ardoA
rames,
"Nação
crd
l...xâo",em
Zero
i;1'1
lIad
a(5ao
Paulo.C
onrad,2004).
q
.A
crcdirarnox,assim,poder
afirmar
quenão
setrata
dem
eracasua
~Idade.o
fatode
ascurvas.de
FB
KF/P
IB.E.ils
despesascom
rendasde
JOveStl"?c:nco
secom
porraremde
moâo
tãocol11pletam
enreinvertido
noB
rasilnos
úlr~mos~5
anos.Tam
poucoparece
casualqueos
indicad_ore~
~etaxa
dem
.vcsnmcnro
ede
crescimento
daera
ncolibcrals~jamtao
vlslv~lmentepiores
doqu
eos
daassim
chamada
"décadaperd
ida",A
despeitoda
confusãoinflacionária
eda
criseda
dívidaexterna
,os
anos1980,:en
amcn
reinfluenciados
pelasesperanças
despertadaspela
redemocratlzação
epela
institucionalizaçãodos
movim
entosde
mas
5<1,ai?daguardavam
oespírito
da"dependência
tolerada"de
quenos
falaSmger.C
Om
ose
overdadeiro
desenvolvimento
soberanoe
autônom
oainda
estivesseno
horizonte.
Êsó
nosanos
1990que
seconsum
aa
vitóriaavassaladora
dadou
trinanecliberal
e,comela,a
políricaeconôm
icae
asprovidências
ainda.em
curs?para
transformar
oB
rasilnumlocus
devalorização
financeJ~,
partlcul~rmenten~m
insrrumeo(Q
que,por
meios
osm
aisvariados,perm
itesubstantivos
ganhosreais
emm
oedaforce,
emderri
mente
denossa
capacidadede
aUm
entaro
estoquede
riqueza,decres
cer.ede.C
omer
oaum
entoda
miséria
eda
barbáriesocial.
Entram
osassim
nafaseda
"dependênciadesejada".com
ose
aservidão
financeiraf?sse
atábua
desalvação
aindacapaz
deproduzira
inclusãodo
paísno
SIstema,
mesm
oque
nopapel
om
aissubalterno
possfve1.
.Q
uenossase1i~es
tenham,com
tranqüilidade,abandonadoos
pruridos
deaU
fonoml3;.e
soberaniae
ingressadonessa
rotanão
éalgo
que";",.surpreenda,considerando
suaorigem
eevolução",
Oque
éespantoso
-te
atestaa
forçadesse
discursoé
queo
governode
Lula
cdo
Partidot:.'dos
Trabalhadores,
emprincfpio
populare
deesquerda,'tenha
caído'.I
ness~arm
adilhae
reproduzaagora.
como
sefosse
sua,a
mesm
a~~~,cantllena.T
alveznão
hajaprova
maior
deque
entramos
mesm
ona
fase~.da
servidão.
jurosdos
empréstim
osconvencionais,
elese
resolveriatão
logoessas
antigasdívidas
estivessemam
ortizadas,T
ratar-se-iaapenas
deavalizar
orentisrno
clássicocaracterístico
docapital
financeiroconvencional,
entregandoa
seusproprietários,
pordeterm
inadoperíodo
detem
po,um
aparcela
darenda
realproduzida
pelocapital
produtivoque
SUatransferência
dem
ãosteria
ajudadoa
construir.M
asa
coisafunciona
dem
ododiferente
quandoo
queestá
emjogo
éo
capitalfictício.O
capitalquedecorre,
porexem
plo,datransform
ação
dovalor
deum
ativoprodutivo
emações
comporta
umelem
entode
forrearbitrariedade,
jáque
suadim
ensão,emcada
mom
ento,não
estám
aisvinculada
aesse
capital.m
asao
jogodas
bolsas(com
ose
viurecentem
entecom
avalorização
irracionaldasações
dacham
adaN
ovaE
conomia
-inform
áticae
telecomunicações).
Mas
essaduplicara
decapital
(como
écham
adapor
Marx)
reclama,com
oqualquer
Outro
capital.
seusdireitos
eam
eaça.como
umfantasm
a,com
suacobrança,
jáque,
nom
undoreal
econcreto,
arenda
realproduzida
porseus
ativosde
origempode
nãoser
nemde
longecapaz
dedar
contadesse
recado.Por
outrolado,
o"capital"
quedecorre
daem
issãode
títulosda
dividapública
reclama
seusdireitos
nãoa
umcapital
realincapaz
deatendê-los,
como
podeacontecer
comas
ações.m
asa
um"não
capital"(o
ativorealde
origemnâo
existe).Porconseguinte.oatendi
mento
desses"direitos"im
plicaa
extraçãode
rendarealda
sociedadecom
oum
todo.Tudo
secom
plicaainda
mais
quandoessespapéis
cornarn-se
objetode
cotaçãoem
bolsas,jáque
suadim
ensãopassa
afugir
docontrole
deseus
própriosprodutores.
Ora,
numm
undotão
dominado
poressescapitais
fictíciose
pelavertigem
devalorizaro
valorsema
rncdiaçâõ'dap.roâ
uçáo,nada
mais
interessantedo
quetransform
areconom
iasnacionais
comalgum
aca
pacidadede
produçãode
rendareal,m
assem
pretensõesde
soberania.em
presracionisrasservilm
entedispostos
acum
priressepapelelastrear.
aindaque
parcialmente,
avalorização
dessescapitais.
Elim
inadosos
maiores
obstáculosa
essedesem
penho(a
inflação.o
descontroledos
gastospúblicos,a
faltade
garantiasdos
contratos.ailusão
dodesenvol
vimcnrism
o,entre
osprincipais),
essaseconomias
estãoprontas
aflln~
cionarcom
oplataform
asde
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internacional.Asse
guradaa
seriedadeno
tratamento
dosdireitosdo
capitalfinanceiro,elas
podemfuncionar
-e.no
casodo
Brasil,têm
funcionado-
como
meio
segurode
obterpolpudos
ganhosem
moeda
fone.
I02•
BrasilD
f/hlrT)'
.!\i
suadinâm
icae
seusim
passes
()PH
OJE
TO
:'\EO
LlH
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AL
PARA
ASO
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li:Já
setornouIUgar-com:~l:::~:::
aarUAI
políticaeconôm
ica;:1;1~
~Odo
Brasilde
"neoliberal".M
asnão
éde
hojea
popularidadedo
termo.
11"",d1.~,
Foiapartird
oinfcio
dosanos
1990que
elecom
eçoua
serm
aisdifun
"'I~'~
>,rt.-~r
dido,acabando
poradjetivar
apolítica
econômica
dasduas
gestõesde
I:,~
<-'F
ernandoH
enriqueC
ardoso.N
ãop
or
acaso,à
épocada
ascensãode
[~~~
Lula
aopoder
federal,muito
seespeculou
arespeito
docaráter
neoliberal\~
~::''.;ou
nãode
seugoverno,
tendoem
vistater
sidoo
Partido
dosT
rabalha'~~~~
dores,p
or
eleliderado,
ocrítico
maior
dessetipo
depolítica
aolongo
::i;:de
todaa
eraF
HC
.C
on
tud
o,
rqaisdo
queser
mero
rótulo-
dereSTO
necessário,dadas
'.asprofundas
alteraçõesprocessadas,
vis-à-viso
mom
entoanterior,
na.,~.form
ade
pilotarcâm
bioe
juros,na
forma
degerir
oE
stado,na
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Tde
induziro
movim
entoda
economia
privada,entre
outras-,
o:;,neolib
eralismo
temum
ahistória
intelectualque
merece
serlem
brada,'f,am
esde
nosperguntarm
ossobre
anatureza
doque
sepoderia
chamar
{~X~S
'pro;eto
neoliberalpara
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brasileira".A
lémdessa
história~.-:
.~~jm
electu
al,
queo
constituicom
odoutrina,
oneolíberalisrno
possui;.:
;:.também
um
ahistória
concreta,q
ue
temque
vercom
om
om
ento
~~~~
t6rico
noqual
suasprescrições
passarama
seradotadas.
Arelação
.--'~
treo
neoliberalisrnocom
odoutrina
ecoleção
depráticas
depolítica.
~nôm
ica,de
umlado,
ea
faseespecifica
dodesenvolvim
entocapita
!~
quese
iniciaem
finsdos
anos1970,
deoutro,
nãoé
casualnem
~vial
-ela
também
precisaser
recuperadapara
quepossam
osrespon
~rco
rnpropriedade
nãosó
àindagação
acima,
como
também
àsper-
IÓ6
-;-Br;
~lb~liv(ry
untasm
aisim
portantespara
opaIs
nestem
omento,quais
sejam::om~
~ed
eua
eraneolibcral
no
Brasil?
quevariant,:
desua
.concepçaofOI
..
da~qual
éo
papeld
oB
rasilna
divisãointernacIO
naldo
traba-pnon'Z
a.
I.,
lhoneste
"novocapitalism
o"?quais
sãoas
razõesq
ue
no
se~ltIm.am_a
considerarco
mo
absolutamente
neoliberal~
atualg~ver~o.
quaissa~
asperspectivas
parao
paísse
esseprojeto
tivercontinU
idadee
quais-são
osm
aioresim
passesq
ue
eleapresentará?
'.
J
'\.Para
darconta
datarefa,
estetexto
estádlvldldo_
emqua~o
,~eço.esprincipais,
alémdesta
introduçãoe
deu
ma
con
du
sao.A
se~o~
his-Ó
••
1ai
doneoiJ'beralism
o'o
pós-guerrae
oneohberallsm
ot
fialO
teectU
.,
como
doucrina"dem
onstraco
mo
ahistória
intelectualdo
ne~hbe-ralism
oo
colocacom
od
ou
trina
-m
uito
mais
do
qu
eco
mo
teona~
ecom
oum
conjuntode
práticasde
políticaeconôm
ica;a~e~o
liAhis
tóriaconcreta
doneoliberalism
o:~
novafas~
d,?capltal~sm.o
eo
neoliberalismo
como
práticade
políticaeconôm
ICa
tra~a~ein
dicar
ascaracterlsticas
danova
faseex
perim
entad
apelo
capitalismo
desdeados
dosanos
1970_m
arcadapela
dominância
financeirada
valo-m
elib
ar.
rízação_
erelacioná-la
àhistória
concretado
~eoI
erJS~O,
sejacom
odifusão
dadoutrina,seja
com
oaplicação
práticadas
polítlcasq
ue
pres:-
"OB
rasilna
novadivisão
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trabalhocreve;
aseçao
.,
.'
-.
.I
d"
apelque
cabeà
econ
om
iabrasileira
nadivisão
mternaC
lonaIscute
op
".
Ido
trabalhoda
novaetapa
docapitalism
o;a
seçãoA
eraneohbera
noB
rasil"abrange
desdeo
governode
Collor
atéos
di.asatuais~eL
ulae
seucontraditório
eperm
anenteestado
deem
ergênCia
econômiC
O,p:lfa
contara
hist6riada
eraneoliberal
noB
rasil;aconcl~ão
di,scuteas
transformaçóes
observadasnessa
década.e~:ia
de?e?hberahsm
o,os
impasses
quecaracterizam
taletapa
dah
isténa
braSileirae
asperspec·
tivasquea
partirdaí
sedescortinam
.
2.Ahisrória
intelectualdo
neoliberalismo~o
pó
s.gu
errae
oneoliberalism
ocom
odoutrina
Ahistória
intelectUal
doneoliberalism
oestá
diretamente
ligad.aà
históriado
economista
epensador
austríaco,F
riedrich
Hayck"nasct
doem
Viena
noúltim
oan
odo
séculoX
IXe
discípuloda
chamada
"escolaaustrlaca"
depensam
entoeconôm
ico.A
produçãointelectual
deH
ayek
atém
eadosdos
anos1930"
particul~rmen~enos
campos
d:
teoriam
onetáriac
dosciclos
eda
teortado
capital,fOI
marcada
porse.
apreçoà
idéiado
equilíbrioe
àim
portânciaq
ue
eleentaO
confen3
~[
.-.~
~.:..r:;'.
.~
oprojeto
ncoliberalpara
asociedade
brasileira•
107
àteoria
queo
demonstrava.A
osnão-econom
istastalvez
caibaesclare
cerq
ue
teoriado
"equilíbrio"significa
aanálise
de'o
fertae
dem
and
a(~ua
consrituiçâoe
suadinâm
ica)e
adem
onstraçãode
qu
e,deixadosa
SIm
esmos,
osagentes
econômicos
conseguem,
porm
eiodos
sinaisem
itidospelo
sistema
depreços,
chegara
um
estadoem
quenão
severifica
excessode
dem
and
aem
nen
hu
mm
ercado(o
excessode
aferraé
entendidoco
mo
umexcesso
ded
eman
da
negativo)e.
portanto,aum
estadoem
qu
etodos
osplanos
devenda
ede
com
pra
sãorealizados
comsucesso
.A
teoriaq
ue
demonstra
essecaráter
virtuosodo
mercado
(jáque,
aofinal,
todosestão
sempre
plenamente
satisfeitos)é
an
eQc1ássica,.ta!
como
desenhadano
iníciodo
séculoX
Xpelo
economista
inglêsA
lfredM
arshalI.A
teorianeoclássica,
decaráter
dedurivo-nomolôgico,
tempor
fundamento
oconceito
doH
omo
economicus
(ohom
emeconôm
ico
racional)e
encontrana
teoriado
valor-utilidadea
basede
seuracio
cínio,descartando,
portanto,ateoria
dovalor-trabalho
quecaracterizara
aciência
econômica
noinício
(séculosX
VIIIe
XIX
),q
uan
do
elaainda
eraconhecida
po
r"econom
iapolídca'".O
equilíbrio,no
sentidoindi
cado,é
oresultado
lógicodessa
visãodos
agentese
desua
forma
decom
portamento,
C!aro
.defensordessa
concepçãod
uran
teu
mtem
po
substantivode
suaV
idainreiecrual,H
ayek,no
entanto,m
ud
aradicalm
entede
postura
emm
eadosdos
anos1930.
Nu
mrexro
intitulado"Econom
ics.:
andknow
ledge",escrito
em1936
epublicado
em1937,
bemco
mo
~em
outrosque
se·seguiram,
Hayek
fazu
ma
críticadem
olidorada
~.teoria
neoclássicae
desua
idéiade
indivíduo.R
esumidam
ente,ele
;;afirma
que,ao
tom
aro
indivíduoe
seuco
mp
ortam
ento
com
odados
!japriori,
ateoria
neoclássicadá
po
rresolvido
aquiloq
ue
deveriare-
Tamb~m
aosnão-econom
istasvale
observar,para
demarcar
melhor
oterreno.q
ue
at.eorla
dovalo
r-trabalhoaflrm
abasicam
enteq
ue
ovalor.das
mercadorias
édeter
~mado.
dem
aneirao~jeciv:t.
pelaq~~ntida~e
detrabalho
necessáriapara
pro
du
Z
I-Ias,enqu
amo
areo
na
dovalor-utilidade
afirma
queo
valordas
mercadorias
édeter~in~do.
dem
aneirasubjetiva,
pelautilidade
qu
eos
agentesconferem
aelas.
No
pnmerro
blocoestão
aeconom
iapolítica
inglesade
Sm
irhe
Ricardo.
ateoria
deM
arx.eas
es~olascon~em~r3nc;as
(como
osneo-ricardianos),
No
segundobloco
esraoa
Teoria
do
Equilfbrio
Geraldo
francêsL
éonW
alras.ateoria
neocldssica,o
monerarisrno
esua
variantem
odernad
eno
min
ada
economia
novc-clãssicae.de
mo
do
geral.to
do
tipode
pensamento
econômico
deviés
ortodoxo,
."-
.I
108•
Brasil
Da
imy
solver.O
equilíbrioque
aparececo
mo
resulrndode
seudesenvolvi
mento
está,na
realidade,hipostasiado
e,com
isso,ateoria
neoclássica,ue
deveriafuncionar
com
oa
prova"cientÍfica"
deq
ue
asociedade
dem
ercadoconsegue
produziroó
timo
social,não
consegue-cum
prir
seupapel.
.'
..
Não
édem
aislem
brarq
ue
Hayek
fOIu
mdos
pnncrpaispersona-
gensde
um
debateocorrido
nessesm
esmos
anos~q.ue~cou
con~eci~do
naliteratura
com
o"debate
sobreo
cálculosocialista.
Porm
erode
artigosoriginais,réplicas
etréplicas
qu
ecol~caram,deu
mlado,Hay~k
eL
udwig
vonM
isese,
deo
utro
,econom
istasdefensores
doplaneja
mento
central,com
oO
conhecidoO
skar
Lange,
travou-seu
mdebate
emto
rno
dapossib
ilidadeo
unão
deu
ma
economia
não-organizadapelo
mercado
produziru
ma
situaçãode
6tim~social.,O
~es~lta~od~se
debatefoi
trágicopara
alguémco
mas
amugadas
convlcçoesliberais
deH
ayek.tan
ge
nãoapenas
dem
on
strou
queo
cálculoracional
emperfeitam
entepossível
nu
ma
sociedadenão
regidapelo
mercado,
r:'as,pior
qu
eisso,utili1.O
Uco
mo
peçafundam
entalem
suaargum
entaçaoa
própriateoria
neodássica.Se.
com
oesta
advoga.oco~portame.n~o
hu
man
oé
plenamente
previsívelno
qu
etange
àsquescoes
matertars.
ficavaprovado,
assimraciocinou
Lange.
queo
ótimo.soci~
po
dia
serconscientem
enteplanejado,
algoq
ue
Hayek
nãopodia
acenar..
Ou
train
form
açãobiográfica
imp
ortan
teé
qu
eH
ayek,que
ensinara
emV
iena
até1931,foientão
convidado
aassum
iru
ma
cadeirana
jáfam
osaL
ondonS
choolaf
Econom
ics,passando
afaz.er
parte
daco
mu
nid
ade
intelectualinglesa.T
ãologo
chegou,envolveu-se
nu
ma
polêmica
com
JohnM
aynardK
eynese
seusdiscípulos
emC
amb
ridg
c.
emto
rno
deA
rreatiseon
money,
livroq
ue
ojá
famoso
economista
haviap
ub
licado
noan
oan
terior.
Aco
nten
da
encr:
osd
?issó
fezcrescer
aolongo
dosquinze
anosem
qu
eK
eynesainda
Viveu,
mas
permaneceu
mesm
odepois
de
sua
morte.~
aco
ntram
áod~
qu
epen
savaH
ayek,K
eynesdesenvolveu
um
arecria
param
ostrar,ustame~tc
queo
mercado,
deixadoa
sim
esmo,
poderialevar
aopéssim
os~clal,
ou
seja,trabalhar
abaixodo
nívelde
ple~oem
p.rego,.produzm~orecessão,
desemprego
em
isériap
or
temp
om
defimdo,
vistoq
ue
naotin
ha
condiçõesde,
sozinho,sair
dessetip
ode
armad
ilha
qu
eseu
própriofuncionam
entom
ontava.A
enormec~ise
dosanos
19.30,com
todasas
seqüelassociais
qu
eproduziu,
funCionou
com
oaliada
poderosa
davitória
deK
eynesnessa
con
tend
ateórica.
Mas
.para
além
Vprojeto
neoliberalpara
asociedade
brasilelra•
109
dadisputa
meram
enteintelectual
entre
osd
ois',
oque
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tempos
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mu
nd
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od
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emsu
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mo
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anos1?3.0)
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concorrência
ideológicao
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apelo
entãoch
amad
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oreal).
Oacordo
deB
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oods.l,o
Estado
keynesianoregulador
ded
eman
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efetiv.a
eo
Estado
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-estarsocial
forama
consumação
dessasexpecta
tivas-
~esse
mu
nd
onão
agradavan
emu
mp
ou
coa
Hayek.
PorISSO
,em
1947,ele
Com
aa
iniciativad
econvocar
rodosos
ex·p
oen
tesdo
pen
samen
toco
nserv
ado
rd
een
tão(L
ionelR
ob
bin
s,K
arlPop~:r,
Ludw
ig"":Mis~s.
Milton
Friedrnan,
entreoutros)
parau
ma
reuruaoem
qu
ese:discutiria
aestratégia
necessáriapara
enfrentares~
avalanchede
.~egulaçáoe
inrervencionismo
qu
eassolava
ocapi
ralisrno.
Essa
reumao
ocorreuna
Suíça,em
Monr-P
elerine
tinhapo
bicri"
b'
ro
letlvoco
mater
okeynesianism
oe
osolldarisrno
reinantese
pre-parar
as_basespara
umnovo
capitalismo
nofuturo,
um
capitalismo
du
roe
livrede
regras?".Para
essescrédulos
nasinsuperáveis
virtudesdo
mercado,
oigualitarism
op
rom
ov
ido
peloE
stadode
bem
-o
Io
estarsO~la
co
intervencionisrnoestatal,
qu
eim
ped
iaas
crises,destruíam
ahb~rdade
doscidadãos
ea
vitalidaded
aconcorrência,
daqual
dependia
a~rospe~daded~
todos.M
asa
estratégiad
eH
ayeke
seuscom
panheirosnao
passanapelo
desenvolvimento
e/ou
aprimorarnen-
2~Ao
longodos
ano~
I~30
.:Iacadem
iainglesa
viuH
ayeksurgir
inicialmente
com
oum
aestrela
~e
pnmerra
grandezana
constelaçãodos
economistas
e,posterior-
mente,
terminar
adécada
cornplerarnenreapagado.
ofuscadoem
grad
dídP
II
hk
...
(n
em
eI
ac
aava
ance
°ernesl:tnaR
ogériode
Andrade
"Hayek:
~conrrapo
.-
libJ"
R"'
I'
".~
siçaoI
e-ra
,em
icardoC
arneiro,org
..Osclássicosda
economia
SãoPaulo
Ár":I
1997p.
176).'
.rc
I.
-
joséL
uisFlori,m
uitoapropriadam
ente,inrerprera
esseacordo
como
ou'
oI'
d"ft
nrcoexer-
eC
IOc
go\Oeman~
g1ob:llda
históriacapiralisre
(cf
"Form
ação.expansão
e[im
i-tes
cl~poder
glob~1em
Opodrr
a"'.mcil~/().P~rrópolis.
Vozes,
1004,po
S'Í).Pc:rf)
Anderson,
Balanço
do
necliberallsrno.
emE
mir
Sader
ePabl
GO
l·(orgs)
n'
lohlO
Io
cnn
I.
,r~s-lIfO
Iera
ttmo:aspo
'itlcassociais/'o
Estadodem
ocrático(R
iode
Janei-ro,
Paze
ferra.1995).
p.10.
1-lU-O
j;)ii$liíflu
vn
y
..'
de
seusada
como
arma
nade-
tode
um
ateorra
econorrucaque
pu
essr.
.•
d.
ridad
edo
mercado
eda
sociedadeque
eleforja-
monstraçao
asupeno
'.
va,Ateoria
neoclãssica,q
ue
seria,dentretodos,o
p~radlgma
c.omm
ator
vocaçãopara
isso,tinhasido
destruídam
etod
olo
gicam
ente
justam
en-
tepor
Hayek.
d.
~d
.Essatalvez
sejaa
razãom
aiora
explicaro
fatoe~.re~naçao
•oliberalism
oter
nascidocom
odoutrina
enão
co~o
clen~la.Se
naohavia
teoriaeconôm
icacapaz
decum
priro
papelIdeológico
queera
necessáriocum
prir,tratava-se
simplesm
entede
~rmar
a,cr~nça
nom
ercado,dereforçara
profissãode
féem
suasinigualãveis
vlr~ud~s,
Epara
atingiro
estágioem
queo
mercado
seriao
comandante
~ndls.
puradode
rodasas
instânciasdo
processode
reprodução~ateC1al
dasociedade
erapreciso:
limitar
otam
anho~o~tado~o
mínim
onec:s
sáriopara
garantiras
regrasdo
jogocapitalista.
evitandoregulações
desnecessárias;segurarcom
mão
deferro
os~tos~o
Es,tado,
~um.en.
ndoseu
controlee
impedindo
problemas
inflacionãrios,pnvanzar
ta.
.di
dE
stadotodas
asem
presasestataisporventura
existentes,Im
peIn
oo,
dedesem
penharo
papeldeprodutor,
porm
ais~ue
seconsiderasse
essenciale/ou
estratégicodeterm
inadosetor;
eab
rircom
pletamente
a
economia,produzindo
aconcorrência
necessá~i~~ara
queos
produto-.
ganhassemem
eficiênciae
corn
petiriv
idad
e.Com
opassar
resInternos,
_do
tempo.
juntaram-se
também
aesse
conjun~o
deprescnçoes
regr~s
depilotagem
dejuros.câm
bioe
finançaspúb!l~
que,al,goco
ntrad
itoriam
entetransform
arama
políticaeconornica
neoliberalnum
abusinessadl~illistration
deE
stado),Mas
esseúltim
o~asso
temq.ue
""
coma
históriado
própriocapitalism
oe
desua
relaçãocom
ahistória
intelectualdoneoliberalism
o.~
Sundo
Harvey,
"reunindorecursos
oferecid~spor
corporaçoesuel~e
eramsim
páticasefundando
gruposexclUSIVOS
depensadores,
~m
ovimento
[neoliberal]produziu
umfluxo
constante,masem
per~~1~-
deanãlises
textospolêm
icasedeclarações
deposlçao
nenteexpansao,
".
I.
Ii .nos
1960e
1970M
asainda
eraconsiderado
amp
amen
ponca
nosa
..
,1d
'I
em
esmo
desdenhadopela
correnteprlO
clpae
pensa-te
irreevante
.red
Pa
I.Modmlütui~
rdiscuno
Olerm
oroi
utilizadopela
primeira
vezem
lÃ
au
amo
.al-
.(5
-P
IB
oiternpo2005).
Mais
adiante,neste
texto.retornares
econômico
30
auo
..
_gum
asdas
consideraçõesali
elaboradassobre
essaquestao.
oprojeto
ncolibera]paro
asociedade
brasileira.
J11
rnenropolírico~econômjco"6,
De
fato,é
s6a
partir
dofim
daúltim
adessas
décadasque
passariama
existirascondiçõespara
adom
inânciada
doutrinaneoliberale
paraa
aplicaçãoprática
deseu
receituáriode
políticaeconôm
ica.Apróxim
aseção
explicapor
quê,
3.A
histeriaco
ncreta
doneoliberalism
o:
anova
fased
ocap
italismo
eo
neoliberalismo
com
op
ráticad
epolítica
econ
ôm
ica
Om
ovimento
deregulação
ede
intervençãoestatalque
marcou
ocapitalism
odepois
dotérm
inoda
SegundaGuerra
produziuaquilo
queficou
conhecidona
literaturacom
o"os
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ourodo
capitalismo",
ouseja,um
períodode
quasetrinta
anosem
quea
economia
cresceuaceleradam
enteno
mundo
rodo,comdesem
pregom
uitobaixo
(praticam
enteno
nívelfriccionaI)e
inflaçãoreduzida.E
mm
eadosdosanos
1970esse
mundo
vemabaixo,com
asduas
crisesdo
petróleo(I973
e1979),
ascrises
fiscaisdos
Esrados
centraise
oretorno
dainflação.A
elevaçãodos
jurosnOrte~americanos
porPaul
Volckerem
1979é
aconsum
açãodesse
processo,queprepara
ocapitalism
opara
ingressarnum
anova fase,
Esta
ém
arcadapela
exacerbaçãoda
valorizaçãofinan
ceira.pela
retomada
daforça
dodólar
none-americano
como
meio
internacionalde
pagamento,
pelaincensificação,
emescala
aindanão
vista,doprocesso
decentralização
decapitaise
pelaeclosão
daterceira
revoluçãoindustrial,com
osurgim
entoda
chamada
"novaeconom
ia"..,.
Detalhem
osum~ouco
mais
cadaum
adessas
caractedstícas.E
mm
eadosdos
anos1960,
depoisde
umcrescim
entoelevado
eininterrupto
decerca
deV
inteanos
-que
passarapelar~construção
da".
Europa
eda
Ásiae
pelaindustrialização
daA
mérica
Latina
_,complí
o{;caram
-seas
perspectivasde
continuidadedesse
processode
acumula-
',-:~ção
nam
esma
intensidade.Os
capitaism
ultinacionaisque
operavam,ina
Europa,
particularmente
osnane-am
ericanos,passaram
abuscar
. Outras
formasde
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entãose
abrigarna
dtylondrina.
-:umespaço
offihoreem
quedepósitos
bancáriosemdólarescirculavam
.forado
territórionorce~americanoeeram
registradosem
bancossitua-
Segundo
Harvey,
opróprio
Hayek
prc:scienlemC
nteviu
qu
eÍevaria
cerrorem
popara
qu
e:J.Sconcepções
neolibcraispassassem
aser
acorrente
principalde
pensam
enro.Segundo
de.
leriade
correr"pelo
menos
uma
geração"até
queiS5
0acon
tecesse(D
avidH
arvey,O
I/{/IJ(Jim
pt'ril1/ism
q.São
Paulo.
LoyoJa.2
00
5.
p.
130).
'.
\.
---::;.-':":':;~
••t.,.
'.I
dosfora
dosE
stadosU
nidos".E
stimulado
pelorecorrente
déficitdobalanço
depagam
entosnorte-am
ericano,foisec.riao_do
assim.um
volum
esubstantivo
decapitais
quebuscavam
valorizaçãoexcluslv~men~
tefinanceira.
numm
ovimento
quese
desenvolveuao
desabrigode
qualquertipo
decontrole
estatal..
.E
ntrementes,a
economia
norte-americana
cresciaaceleradam
ente.N
arealidade,
ocrescim
entonarre-am
ericanofuncionava
como
uma
locomotiva
:1puxartodoo
crescimento
mundial.A
atmosferade
Guer~
Friae
aaceitação
dasidéias
deK
eynesem
purravamos
Estados
Um
dos.desde
opós-guerra,a
essapolítica
deelev~do.
crescimento
intern~
ede
estímulo
aocrescim
entodo
mundo
capitalistacom
oum
todo.
Assim
.como
tinhamde
manter
opoder
hegcmônico
dopaís,as
autoridades
norte-americanas
responderamcom
po)(tiClS
expansivasà
com
pressãodasm
argensdelucro
eà
aceleraçãoda
inflação,quecom
eçarama
seesboçarna
suaeconom
iana
segundam
etadedos
anos1%
0.O
duplopapelque
osE
stadosU
nidostinham
dedesem
penhar,ouseja,de
umlado,potência
hegemônica
c,deoutro,
d~tentor~o
mono
pólioda
produçãodo
meio
depagam
entoinrernacI~nal:
criavaum
.asituação
conflituosae,no
limite,insustentável:
n~pnmel~o
~apcl,ti
nhamde
estimular
ocrescim
entoincem
oe,com
ISSO,aV
italidadedo
mundo
capitalista;nosegundo.tinham
defrearseu
crescimento.para
impedir
queo
dólarse
fragilizasse.E
moutras
palavras,p~gavamu~
preçopela
manutenção
dahegem
oniade
suam
oeda,p
OIS
arelação
oE
uromarket
foicriadono
fimda
década
de1950.
Apesarde
interessarfunda
mentalm
enteà
Inglaterra,quebuscava
recuperaro
imp
ortan
tepa~l~e
inrcrrnediária
financeirainternacional
desempenhado
aréantes
daPrim
eiraG
uerraM
undiala
iniciativaC
On
tOU
como
apoionorte-am
ericano,N
adécada
de1960.
essesdeis
governosencorajaram
seusbancos
csuas
grandescorporações
afau:r
operaçõesnesse
mercado:
verJoséL
uísPiori,
~O
pod~r
gloha~dos
Estados
Uni
dos:forma~o.
expansãoc:lim
ites",em
Opoda
am~rm11l0.
CII:,
~.
92.e
:,slh_crJdfers.
~A
posiçãoda
Europa
navalcrizaçâc
mundial
do~
~pJC:1ISde
aph,:,ç.ao.financeira",em
PrançoisC
hesnais(org.),A
ftm1
1lfa
mundializada:
m/U
iSO
CIIIIS
,
pol/firm.
ronfigllrtlfiio.rO
!lSeqiitncini(SãoPaulo.B
oirempo,
2005.>.p.
155..
Não
poracaso,ao
longodesses
anosforam
muitas
veles?spróprios
Estados
Um
dos
que.contrariandoos
princípiosde
Brercon
Woods.
aJ~daram
ap~m
.o.verdcs
valorizaçõesnas
taxasde
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deoutros
países,vlsa,n~o
posslblllta.rs.e.u
crescimentorverFranklin
Serrano."Relaçõesde
podere
apolítica
macro~co,nom
IL.l
americana,de
Bretron
Woods:lo
padrãodólar
flexível».em
JoséL
uísPiorl
(org.].a
podaam
ericano,C
il..
P:186.
oprojeto
neuliheralpara
asociedade
brnsileit;l•
J13
nominalm
enrefixaentre
ouroe
dólarnorte~amerieano,
queconsnrura
abase
dosistem
aconcebido
emB
retronW
oods(por
issotam
bémconhecido
por"padrão
dólar~ouro").retirava
dasauroridades
norteamer~ca~as
preciososgraus
deliberdade
nacondução
deSUa
políricae
con
orm
ca.
Aaceleração
inflacionáriado
fimdos
anos1960,nos
Estados
Uni
dos,rornoupatente
ainsustem
abilidadedessa
situação. Ocrescim
ento
donívelinterno
depreçosem
patamares
maiselevados.com
binadoà
manutenção
daparidade
dólar/ouro,valorizava
am
oedanorte-am
ericana
eaum
entavaa
pressãosobre
ogoverno
paraque
fosseprom
ovida
uma
desvalorização.M
asa
perdade
competitividade
dossetores
exp~st?~à
concorrênciaexterna
nãoera
oúnico
problema
quea
irnpossibilidade
dedesvalorizaro
dólarprovocava.O
problema
mais
sério
éque
osdéficits
comerciais,
atéentão
praticamente
inexistentes,com
eçavama
setornar
substantivos').Isso
implicava
oaum
entodo
passivoexterno
líquidodos
Estados
Unidos
(crescimento
desua
dfvida
externa)e
aredução
dasreservas
none·americanas
emouro!",A
s~im,
"ai~éi:1de
qu.eo
dólareratISgoodasgoU
,quegarantia
Suaaceitação1
0ternacronai,serram
inada"11.
Paraenfrentar
essasituação,cada
vezm
aisinsustentável,em
1971o
presidentenone-am
ericanoR
ichardN
ixonrom
peunilateralm
en_te
como
sistema
deB
rertonW
oodse
desvincuiao
dólardo
ouro.A
7A
pcsardea
balanç;Ícomercial
norre-americ:m
aestar
equilibrad:laré
enrâo,seu
b~lançode
pagamenlO
seradeficit~riopor
contado
multado
dababnça
decapi
t:u.s'. O.papel.de
locomotiva
docrescJm
emo
desempenhado
pelosE
stadosU
nidoscX
lglaJnV
('SflmenlO
Sdircros
dcvadose
volumosos
empréstim
ospara
osdem
aispa{~es.
enquanroseu
papelna
geopolíticam
undial,no
contextoda
Guerra
Fria.obrigava
opaisa
man
terpesadosgastosm
ilitaresno
exterior.Tudo
issoconrribuía
paraoresu~ta~o
negativoda
babnçade
capirais:verFrnnklin
.xrr:rno,-Relações
depoder,..
,Clt.,p.
195_
'0A
ocontrário
dosdéficirsglobais
dobalanço
depaganH
:niõs,qu~'n
ãoam
eaçavamas reservas
emou
rodos
Estados
Unidos
(justamen
reporcausa
daposição
dodólar
co~omoecl~-~have).
05déficirscom
erciais.principalmenrc
serecorren
res,tinhame.fcnos
delercnos.sobredas:
EssamO~:llidade
d~déficir
produziaaum
emo
dopas
SIVoexterno
líquidodo
paise
esselIpO
decbrigaçãe.
mesm
ose
denominada
emdólar,
era,pelas
própriasregras
deB
rcrronW
oods.plcnam
enteconversível
emouro
pe~osbancos
centraisdos
pafsescredores;ver
FranklinSerrano.~RcJações
depoder....
cir..p.
195.
11Franlclin
Serrano,~RcJaçõe5
depoder...",cir.,
p.196.
;:114.'"
artirdar
inicia-seum
períodotu
mu
ltuad
ono
sistema
monetário
in~ernacional.
comum
questionamento
crescenteda
capacidadede
odólar
norte-americano
con
tinu
ara
funcionarco
mo
moeda-chave.
En
treoutras
idéias,com
eçoua
secogitar
acriação
deu
ma
moeda
verdad
eiramen
teinternacional,
talco
mo
Keynes
advogaraem
Bretron
W'oods,
utilizando-se.com
obase
parasua
criação,os
Direitos
Espe
ciaisde
Saque
(DE
S),coras
derecurso
qu
ecada
paíspossuía
noF~ndo
Monetário
Internacional(F
MI)
eque
podiamser
sacadassem
maiores
formalidades.
Evidentem
entetransform
açõesdesse
tiponão
interessavam
nemum
poucoaos
Estados
Unidos,visto
queperderiam
umtrunfo
poderosoque
eradado
justamente
po
rsua
posiç~od~
~rodutores~o
meio
depagam
entointernacional.T
odoo
potencialbélico
deq
u:dl~
pu
nh
ampoderia
nãoser
suficientepara
manter
seupap~1
deporencla
hegemônica,
seu
ma
perdadessa
dimensão
viesseefetivam
entea
se
confirmar.
Mas
esseperíodo
deindefinição
éresolvido,
afavor
~odólar,
com
abrutal
elevaçãodos
jurosnorte-am
ericanosprom
ovidap
or
PaulV
olcker,então
presidentedo
FederalR
eserve,em
\97
9.
Desde
~ntão.o
dólarnorte-am
ericanotem
secolocado
como
moeda
hegemôm
cade
uma
forma
aindam
aispoderosa
doque
ofora
nO
Strinta
anosglorio
sos,visto
que,nas
circunstânciasdo
padrãodólar
auto-referencia.do,ou
padrãodólar-dólar,
queacaba
porse
criar,a
moeda
norte-america
natem
todasas
vantagensde
queantes
gozava,u
ma
vezque
m~nt~c
suaposição
como
moeda-chave
dosistem
a,m
asagora
sebcne6c~a
~ISso
semter
depagar
opreço
desua
vinculaçãoa
umlastro,
emultim
ainstância,
queera
opapel
desempenhado
peloo
uro
nopadrão
mone-
tárioanterior.
Não
ésem
conseqüênciaso
fatode
aresolução
daqueleperíodo
de
indc6niçãoter
sedado
dessaform
a.E
ntreoutras
coisas,além
der:for
çarahegem
onianorte-am
ericana.ofortalecim
entodo
dólarvemagindo
com
oelem
ento
defu
nd
amen
talim
po
rtância
nam
anu
tenção
dadom
inânciafinanceira
davalorização
quem
arcaa
fasecontem
porâneado
capitalismo,
Mas,
antesq
ue
caracterizemos
essafase,
caberetom
ar
ahistória
desua
constituição,D
epoisde
1971,com
binaram-se
acontinuidade
docrescim
entonorte-am
ericanoe
mundial
(aindaque
araxas
menores
doq
ue
asob
servadasno
iníciodos
trintaanos
gloriosos),a
elevaçãoda
inflaçãonos
Estados
Unidos,
asreduzidas
taxasde
jurosnom
inaise
reaisem
dóla-
Uprojeto
neoliberalpara
asociedade
brasileira•
11
)
rese
acrescente
capacidadede
criarcrédito
docircuito
offshorcde
Londres.
Aconseqüência
dessacom
binaçãofoi
aexplosão
dospreços
emdólar
dosprincipais
insumos
industriaise.
logoa
seguir.do
petró
leo!'.Só
com
acrise
deflagradapela
Organização
dosPaíses
Exporta
doresde
Petróleo
(Opcp),em
1973,que
ocrescim
entonorte-am
ericanoé
afetadoe
qu
eem
1974o
mu
nd
ocai
emrecessão
aberta.O
cho
qu
edo
petróleoe
aprofundidade
dacrise
quese
seguiucontribuíram
decisivam
entepara
aengorda
geraldos
capitaisem
buscade
valorizaçãofinanceira.
Aos
eurodólaresjá
acumulados
nacity
deL
ondresvieram
seju
ntar
osperrodólares
eum
anova
levade
eurodólares,agora
com
m~is~otivos
paradesertar
daatividade
produtiva,dadaa
recessãoq
ue
atingiaquase
tod
oo
mu
nd
o.
particularmente
ocentro
dosistem
a,ou
seja,ospaíses
desenvolvidos".O
sbancos
privadosinternacionais
com
operaçõesna
citylondrina
seassociaram
parareciclar
esseseuros
eperrodólares
buscandorom
adoresentre
ospaíses
daperiferia
dosiste
ma.O~
paíseslatino-am
ericanosestiveram
,portam
o,entre
asprim
eiras
vítim
asda
sanh
arenrisra
dessescapitais,
jáq
ue
mu
itos
delesresolveram
enfrentar,com
elevaçãode
seugrau
deendividam
ento,a
criseen
tãoexperim
entada14.
Evidentem
ente,o
serviçoda
dívidapago
pelospaíses
emdesenvolvim
ento.pelo
menos
atéo
estouroda
chama-
11Ibidem
,p,
198.II
Aim
portânciacrescente
docircuito
olTshotc
londrinoim
plicavaa
mulriplicação
automática
deeurodõlares
pelojogo
deem
préstimos
emcadeia
entreos
grandesbancos
privadosihternacionais. A
crisedo
petróleo.como
conseqüenteaprofun
damento
dacrise
recessivam
undial.fel.engordar
aindam
aisessesdepósitos-
quepassaram
deU
SS7
bilhões,em1
%3
,para
US$
160bilhões
dezanos
depoise
USS
.2.3trilhões
vinteanos
depois;ver
EstherJeffers.-A
posiÇão
daE
uropana
valorizaçãom
undialdos
capitaisdeaplicação
financeira".cit.,p.
156.I.~be
esclarecerque,pelo
menos
nocaso
doB
rasil.aopção
feirapela
ditaduram
ilitarnão
s.e~tringiu
àdecisão
deco
ntin
uar
3.crescer.aindaque
aumentando
ogra.u
decn.dl.\'ldam~nto
externoda
economia
brasileira.Na
realidade.ogO
I'crnoG
eiseldecidiuconrm
uara
crescer.adespeito
dacrise
internacional,m
ascrescer
deform
ad
iferenciada.alterandoa
eseruturaprodutiva
dopafs.O
11P
ND
,res
ponsávelpelam
anutençãode
substantivasraxasde
crescimento
noperíodo
19741980
(aindaque
inferioresàqaelasobservadasnoperfodo
anterior,odo
"milagre"),
~oip~anejad~
nãos~
~araiss~.
como.
principalmente
.paro
completar
am
atrizI~tcrmdustrl~l
brasileira.C
Ujas
caselasrelativas
aocham
adoD
epartamento
I(Insum
osb
áSIC
OS
ebens
decapital)estavam
.emsua
grandem
aioria,aindavazias,
BU
SC
3'r.\-SC
comisso
reduziradependência
externado
Brasile
tornarnossaecono
mia
menos
vulnerávelachoques
deoferta
como
ochoque
dopetróleo.
oprojeto
ncoliberalpara
asociedade
brasileira•
117
16E
ssesem
préstimos
foramcontratados,
emsua
maioria.
com
taxasde
jurosflexí·
veis,basicam
entea
Libor
(inglesa)e
aP
rime
(norte-americana),
qu
e.nesse
mo
m
ento
.seelevaram
ui
com
oas
demais
taxas.11
Franklin
Serrano.
"Relações
depoder...
K
,cit..p.
203.li
David
Harvey,
O/fO
VU
imperialism
o,cir..
p.)30.
anono
governoseguinte,
dorepublicano
Ronald
Reagan),
acaboupor
atendera
essesinteresses,
vistoque.no
rastroda
taxanorte-am
ericana,subiram
astaxas
dejuros
nosprincipais
paísesdo
centrodo
sistema,
bemcom
oaquelas
segundoas
quaisse
remuneravam
osem
préstimos
concedidosaos
paísesem
desenvolvimenro
"..
Entrem
entes.oprolongam
entoda
criserecessiva,juntam
enteco
ma
elevaçãodos
juros.levou
,emquase
tod
oo
mu
nd
odesenvolvido,
asdireções
empresariais
eos
governosa
endurecercom
aclasse
trabalhadora.
Nos
Estados
Unidos,
esseataque,q
ue
vaiocasionarum
aredução
substantivados
saláriosreais,
toma
aform
ada
confrontaçãoe
doen
fraquecimento
dossindicatos.
dotérm
inoda
políticade
rendasde
Nixon
eC
arrere
doavanço
doprocesso
dedesregularnentação
industrial.
oqual
facilitao
movim
entode
aquisiçõese
fusões,coma
conseq
üen
tereestruturação
dasem
presas,as
demissões
numerosas
eo
abandonode
acordosantes
acertadoscom
empregados
sindicalizados".N
aE
uropa.o
nd
eo
Estado
debem
-estarsocial
tinhaavançado
substantivam
ente.essa
confrontaçãovai
tom
ara
forma
deum
ataqueàs
conquistassociais
alcançadaspela
classetrabalhadora.
Avirada
conservadorado
capitalismo
consagra-sede
vez:com
adescoberta
queM
s,T
hatch
erfaz
dopensam
entoneoliberal:
cfoi
Margarcr
Thatcher
quem.
buscandoum
aestrutura
mais
adequadapara
atacaros
problemas
econômicos
desua
época,descobriu
politicam
enteo
movim
ento[neoliberal]
evoltou-se:
paraseu
corpode
pensadoresem
buscade
inspiraçãoe
recomendações
,depois
deeleita
em1979.
Em
uniãocom
Reagan,
elatransform
outoda
aorientação
daatividade:
doE
stado,
queabandonou
abusca
do
bem-estar
sociale
passoua
apoiarativam
enteas
condições"do
ladoda
oferta"da
acumulação
decapital.
OFM
Ie
oB
ancoM
undialm
udaramquase
queda
noitepara
odia
seusparâm
etrosde
polüica,c,
empoucos
anos,a
doutrinaneoliberal
fizeraum
acurta
evitoriosa
marcha
porsobre
asinstituições
epassara
adom
inara
política,prim
eiramente
nom
undoanglo-saxão,
porém,m
aistarde.
emboa
parteda
Europa
edo
mundo.
IR
da"crise
dasdívidas"
queassolou
aA
mérica
Latina
apartir
dofim
de1979,
séfez
incharainda
mais
ovolum
edesses
capitais.Foi
esseacúm
ulode
capitaisem
buscade
valorizaçãofinanceira
quelevou
aum
apressão
crescentee
aum
agrita
geralpela
liberalizaçãodos
mercados
financeirose
peladesregulam
enraçâcdos
mercados
decapitais.
Om
od
ode
regulação's
docapitalism
o.que
fu~cionaran~
perfodoanterior
(osanos
dourados),não
sead~quava.
mais
au~
re~lm
ede
acumulação
quefuncionava
agorasob
oim
périoda
valorlzaçaofinanceira.
Volátil
pornatureza,
logicamente
desconectadoda
produção
efetivad
eriqueza
material
dasociedade.
cureo-prazistae
renrista,~
ocapital
financeirosó
funcionaadequadam
entese
tiverliberdade
deir
evir.
senão
tiverde
enfrentar,a
cadapasso
desua
peregrinaçãoà
procurade
valorização.regulam
entos,norm
ase
regrasq
ue
limitem
seusm
ovi.mentos.
Além
dapressão
peladesregulam
entação,iniciou-se
uma
pressãopela
elevação,m
un
do
afora.das
taxasreais
dejuros,
ouseja,
po
rregras
depolítica
monetária
quefavorecessem
osinteresses
doscredores,A
ssim
,a
guinadam
oneraristados
Estados
Unidos,
exigidapara
adefesa
daposiçáo
hegemônica
dodólar
eresponsávelpela
enorme
elevaçãod,a
taxade
jurosnorte-am
ericanaao
fimde
1979(elevação
quese
pn
ncl
piano
governodem
ocratade
Jimm
yC
arrer,m
asalcança
os2
0%
ao
""M
od
ode
regulação~é
umconceito
criadopela
cham
ada
Escola
daR
egulaçãono
fimdos
anos1970.
Parrindo
doconceito
marxista
dem
od
ode
produção,os
fundadores
dessaescola
,emsua
maior
parte:franceses(M
ichelAgliena.A
ndréO
rlean,R
oberrB
oyererc.).julgaram
queo
mo
do
deprodução
capi,talista.ain
daq~e
~ovida
sempre
pelam
esma
lógiCl(3
devalorizar
ovalor),funcicn«
de_mod~
dISt~~IOem
cadaetapa
histórica,Assim
,areprodução
docapitalco
mo
rdaçao
SOCialb
ásicada
sociedadem
odernanão
aconteceda
mesm
aform
anos
anosd
ou
rado
sena
faseposterior
:1eles.Asinstituições,as
regras,os
modos
decálculo
eos..pro
,ce:dimetl(os
••se
alteramquando
se:passa
deu
ma
fasea
ou
tra,porque
mu
da
o.reglm
ede
:1;U
-m
ulação",oo
utro
conceitobásico
dessaescola.
Esse
parde
conceitos(a
cada,re
gime
deacum
ulação"há
um"m
odod~
regul~çãO"que
lhecorrespondc)
temSI~O
udlizadopor
muitos
autoresq
ue
hojeanahs:lm
anatureza
~astransform~~oes
experimentadas
pelocapitalism
oem
suafase
contempom
nea.E
nrrcessasanah~es,
damos
destaque:aqui
àquelaelaborada
porF
rançoisC
hesnais,o
utro
economls~~francês,
aqual
emp
ane
seguiremos;
verF
rançoisC
hesnais,"In
rrod
ução
geral,
emA
mundializaçãojitum
crint:g
;nfU
,(IIS
/OS
rrlscos
(SãoP
aulo.X
arnâ,I998}
,I:~O
capitalportador
dejuros:
acumulação,
intem
acion
aliução
,efcitos
econômI
cose
políticos",emA
fillllnftl"'"l1áializada:rrd
uJ
sociaisr
polisiau,configllraftÍo.cO
l/Jrq(/1nâas.cir.
.:
oprojeto
nC"olíberal
paraa
sociedadebrasile]ra
•119
.D
eum
po
mo
devista
teórico,essa
novaorientação
substituia
poIrue:.de
~onrroleda
deman~aefetiva,
típicado
períOdo
anterior,peja
polmca
dolado
daoferta
,que
transforma
am
acroeconomia
emm
icroeconomia,já
quecuida
apenasda
manutenção
deum
ambiente
institucionalfavorávelaos
negócios(respeito
aoscontratos,"d
ireirodos
credoresc~mado
com
osagrado,
liberdadem
áxima
parao
capital,fim
d~s~xped'~ntes
?eregulação
econtrole),
como
sea
disposiçãoca
p~tall~tade
rnvesnr
dependesseapenas
doanim
a!spirit19em
presariaJe
naotivesse
nadaq
ue
vercom
asexpeC
tativasem
torn
odo
comporra
m~nroda
procuraagregada,
ouseja,das
perspectivasde
realizaçãoda
quiloque
Marx
chamou
de"o
saltom
ortaldas
mercadorias"
(vendados
produros).
~abendo,no
entanto,
queo
processode
reproduçãoam
pliadado
c~pltalse
dáagora
sobos
imperativos
daacum
ulaçãofinanceira,
aleitura
qu
ese
fazdesse
discursom
ud
ainteiram
ente.Adefesa
dosinte
ressesfi.nanceiros
implica
oC
ontroleobsessivo
dosgastos
doE
stadopor
váriasrazões.
Aprim
eiradelas
éque,
independentemente
dese
constituirou
!1 ãO
emâncora
dosistem
ade
preços,a
taxade
jurospaga
peloE
stadoaos
papéispúblicos
transforma-se
nopiso
apartirdo
qualrodas
as~emais
taxas(que
diferemem
funçãodo
tipode
operação.prazo
eC
ISCO
)são
estabelecidas.N
um
mu
nd
odom
inadopelos
credores,n~o
fazsentido
permitir
queo
Estado,
porconta
deproblem
asno
manejo
dadem
andaagregada.
operetaxas
reaisdejuros
muito
reduzidas.
Ao
mesm
otem
yo.taxas
dejuros
mais
elevadasim
plicamcresci
mento
dasdespesas
doE
stadocom
serviçoda
dívidae
épreciso
quesobre
espaçoem
OU
trasdespesas
(gastossociais,investim
entosem
infraest~utura)
paraque
:ssecrescim
entopossa
serenfrentado:
Asegunda
razaoé
quetaxas
dem
flaçãom
aiselevadas
sãosem
pre"pró-devedor",
e,.com.o
cabeao
Es,cadoC
ontrolara
ofertade
moeda,
épreciso
queele
naoseja
constrangidoa
aumentá-la
indevidamente
parafazer
facea
~tosdescon~rolados.
Aterceira
razãoé
queos
papéispúblicos
sãoa[~vo.s
financeirosp~r
excelência.A
garantiado
controledos
gastospúblicos,
dataxa
deInflação
reduzidae
dojuro
realelevado
éao
rnesm
otem
poa
garantiada
remuneração
realdesse"capitalfictício",
cornoo
chama
Marx.
Um
aparte
substantivados
impostos
queo
Estado
"O
termo
éde:
Keynes,
Com
odescobre
Tharcher,
oneoliberalism
oconstitui
odiscurso
mais
congruentecom
aetapa
capitalistaque
seinicia,já
quede~ende
e.ustifica
aspráticas
mais
adequadasa
essenovo
mom
ento.O
discursokeynesiano
doperíodo
anteriornão
serviam
ais:O
~stímuloà.de~a~
daagregada
garantidordopleno
emprego,
queIm
plicavagastos
pu.bh.cossubstantivos
(combens
públicose
mecanism
osde
proteçãosO~lal~,
nãopodia
mais
CO
ntinuar,dadaa
criseque
entãose
viviae
que~tlngla
opróprio
equilíbriofiscal.C
ontrolaro~
gastosdo
Es~ad.o~parecla
tarnbém
como
aúnica
saídapara
driblara
inflação,que
rnsisnaem
perma~
necerem
níveisindesejados.
Um
desdobramento
dom
esmo
mote
éa
)pregação
pelaprivatização
deem
presasestatais,
quepassam
aaparecer
como
sorvedourosindevidos
dedinheiro
público.Asregras,
normas
e..
regulamentações
detoda
ordemque
oE
stadoim
pu.nhaao
fU,ncionam
entado
mercado
tinhamde
serabolidas
oureduzidas
om
aispossí
vel.para
quea
concorrênciagerasse
seusfrutos,
quaissejam
,m
aioreficiência
erecuperação
doslucros.
Era
precisorestringir
oE
stadoa
suasfunções
mínim
as:diligenciarpela
manutenção
dasregras
queper
mitem
ojogo
capitalistae
produzirosbens
públicospor
excelência,ouseja,
justiçae
segurança.F
inalmente,
acrise
quecom
primia
asm
argens
delucro
tinhade
seram
enizadacom
aredução
degastos
c~m
pessoalea
flexibilizaçãoda
forçade
trabalho,um
avez
queas~ranuas
sociaisconferidas
aesta
última
tornavam-se
agoraum
CUStOm
suportável
einadm
issível.
Graças
aesse
resgatedos
princípiosneoliberais,
construiu-secom
muita
facilidadeum
discursoque
colocavano
supostogigantism
odo
Estado
eem
suaexcessiva
intervençãono
and
amen
toda
econom
iaas
causasm
aioresda
criseentão
experimentada,
alémdos
privilégios
queesse
tipode
atuaçãotinha
conferidoaos
trabalhadoresao
longodos
trintaanos
gloriosos.A
ssim,
apregação
neoliberalaparece
I.com
oo
únicorem
édiocapaz
degarantir
queo
sistema
econômico
recuperesua
saúde.T
odasessasm
edidasprom
overiama
libertaçãodo
mercado
dascorrentes
comque
foraam
arradopelo
Estado,
eos
benefícios
produzidospela
concorrênciae
pelosganhos
deeficiência
queseriam
produzidoslogo
sefariam
sentir.A
lémdisso.
coma
redução
doespaço
institucionalde
atuaçãodo
Estado,
osetor
privado
emprincípio
mais
ágile
eficienteq
ue
am
áqu
ina
estatal:p.orque
regidopela
lógicado
mercado
-retornaria
aolugar
quede
direitolhe
eradevido.
~'
,iIII1,.i
recolhecom
basena
geraçãoefetiva
derenda
pelasociedade
emdeter
minado
períodode
tempo
éutilizada
paraenfrentar
oserviço
dadívi
da.de
modo
queos
detentoresdesses
ativosrecebem
uma
parcela.darenda
realproduzida
nesselapso
detem
po,m
esmo
semterem
cidonenhum
papelem
suaprodução.
Ora,
umE
stadocom
gastosfora
decontrole
induza
elevaçõesda
taxade
inflaçãoe
isso,com
binadoao
juroreal
reduzido,problem
arizaa
efetividadedessa
transferênei,a, ..Por
todasessas
razões,afirmei
anteriormente
queao
pacoteinicial
dem
edidasdesenhado
pelom
ovimento
neoliberal(redução
doE
stadoao
mínim
o,inexistência
deproteção
aotrabalho,
aberturada
econom
ia,liberdadepara
ofuncionam
entodo
mercado)
acrescentou-sem
aisrecentem
enteum
aform
aespecífica
depilotar
câmbio,juros
efinanças
públicasque
colocaa
políticaeconôm
icahoje
no.papel
de.bt~i~ess
administration
deE
scada.E
moutras
palavras,brandindoos
pnnClplO
Sneoliberais
daeficiência,
darigidez
deg
astoS
eda
austeridade,adrni
nistra-sehoje
oE
stado"com
ose
fosseum
negócio".E
éde
falOdisso
quese
trata,pois,
contrariamente
aoque
ocorriana
fas~anterior,
aatuação
doE
stadose
dáagora
visandopreservar
nãoos
Interessesda
sociedadecom
oum
todo(em
prego.renda.
proteçãosocial
etc.),m
asos
interessesde
uma
parcelaespecífica
deagentes
cujosnegócios
dependem
fundamentalm
entedessa
atuação.É
ofato
deoneolibera1is~o
terse
tornadoprática
degoverno
justamente
nessafase
deexa~erb~~o
davalorização
financeiraque
explicap
or
queesse
elemento
fOIadicio
nadoao
pacoteneoliberal.
Mas
hám
aisno
capítuloda
gestãodo
Esta
do"com
ose
fosseum
negócio".Pensadores
críticoscontem
porâneos,com
oH
arvey",
têmafirm
ado
atese
deque
estaríamos
hojen
um
mo
men
toda
históriacapitalista
emque
osprocessos
típicosda
faseda
acumulação
primitiva.de
~pi~al
estariampresentes
dem
od
om
uito
mais
intensodo
quese
imagina".
Segundo
essavisão,
taisprocessos
-que
marca~am
os~ri~ó~ios
docapitalism
oe
envolvemfraude,
rouboe
todotipo
deviolência
-em
realidadenunca
saíramcom
pletamente
decena,m
asse
exacerbamquan
doocorrem
crisesde
sobreacumulação
como
aque
agoraexperim
enta-
'0O
nouoim
ptrinliwlQ
,cit.
>I
PauloA
rantesfornece
outroexem
plode
trabalhoprecioso
nam
esma
linha(çf.
MUm
retornoà
acumulação
primitiva:a
viagemredonda
docapitalism
ode:acesso"
em&
pontlgtm,
jul.2004).
oprojeto
neoliberalpara
asociedade
br.lsjlcira•
121
",m
os.O
resgatede~ses
:xpediemes
violemos
minoraria
.asconseqüências
dasobreacum
ulaçao,V
istoque
desbravaria"territórios"
paraa
acumu-
!-:lação
decapital
anresfora
deseu
alcance.E
moutras
palavras,estaria-
;!f;,m
,osagora
nu
ma
épocade
"acumulação
po
respoliação",
emque
se!t
aliamo
po
de:
dodinheiro
eo
poderdo
Estado.
quedel~
participa~>
.sem
pre(ou
diretamente,
oup
or
conivência,ou
po
rom
issão).V
ários~~~:
sãoos
exemplos
dessetipo
deprocesso:
osataques
especulativosa
01"m
o:d
as~e
~aísesfracos.
ocrescim
entoda
importância
dostítulos
dail~:
dívidap~bhcaem
tod~s?spaíses
eas
privatizações,que
segeneraliza-
t1fi1:~m,
eSC30entre
osm
aisImp?r~anres.E
mtodos
eles,sem
aparticipa-
~l;J'ç,ao
doE
stado,sem
suaadm
mlstração
embenefício
dobusiness.
esse~I;
tlpOde
acumulação
primitiva
nãoexistiria.
fi";,Pa~a
dar
umexem
ploco
ncreto
disso,o
processobrasileiro
de
-',.-.C'.:~_.~_o~""~~-;~"1o--'t·..;,:~~~-~:~.._,."o."",..;;,;o,:;.
'~:I:~l;~~:i;~~Od%~~~i;:~:;~:i~~ee;;~~~c;ón~~~~~i:;~~~~_:-".:
mulação
privadasuculentos
espaçosde
acumulação,com
o,em
muitos
:asos,se
fezis~,o
comdinheiro
público(do
BN
DE
S),
emprestado
aos:.q~1
compradores
(eàs
vezesnão
pago,co
mo
.noco
nh
ecido
casoda
-Jlt~.E
.I.etropaulo/Enron)~
jurossubsidiados,
Além
disso,os
preçosdesses
,1ativos
foramsubavahados
peloE
stado,e
oágio
elevadoque
natural;-
~~~ente
~~areceu-
dadaa
concorrênciap
or
essessetores,
osserviços
~.;,:Ir!t.t,i,_m
dustr,lalsde
utilidadepública,
quesão
ofilé
migno
nda
acumulação
,c
pr~dUCI~no
.mundo
-está
sendodevolvido
aos"com
pradores"p
or
t_-~_:.~_~_~1~.,·:.~_..._,~~~O~'u~Sr:n:::;;t~~~;,~:aé O:::~;f~;:~~~~~:~;;~S;~~
,-
o'.
sandoo
slsc:ma
prevldenclánono
Brasil.
Co
ma
imposição.de
retosde
'{valor
redu~ldopara
osbeneficios,
primeiro
paraos
trabalhadoresF;;
dosetor
pn
vad
o(F
HC
),depois
para
ostrabalhadores
dosetorpübli
::~o
(Lula).O,~t~do
abriui.medi~ramenteà
acumulação
privadatodo
o~:
Imenso
rernto
no
daPrevldêncJa,
tendoo
governoL
ulalhe
aferrado
~o~reseme
mais
valioso:os
servidorespúblicos,
comsalários
médios
}ma
tseleva,dos
epraricam
enresem
riscode
desemprego.
"A
partir
dessesdois
exemplos",
pode-seresum
iro
fenômeno
do:u
alestam
ostrarando.
Agestão
neoliberaldo
Estado
implica
con
du
-
Dav~dH
arvey(O
novoim
paitlliJmo,
cír.)apresenta
inúmeros
OU
trosexem
ploscolhIdos
emdiferentes
pan
esdo
planeta.•
I1.1.•~
rasrtlklilJ~ry
123o
projetoncoJiberaJ
paraa
sociedadebrasileira
•
'.,.servado
Oespaço
paraa
vendad
fi.~
circunstanciaJmente
queo
Je
suaorça
de,trabaJh.o.Assim
,nãoé
só;:'
peitodas
oscil-
".
peno
e.mprego
deixade
seratingido.Ades-
".
.açoes
CIC
icasnaturaiS
quea
aI
-'.
~'f;C
Imenta
-e
quepodem
Icurou
açaocapltaJlsta
expe-y
.eventua
mente
fàz.ed
;-:..:'desse
nível_sua
buscadei'b
drque
opro
uto
seaproxime
."'~,
Iera
acorno
If'
dE
s'
.~=:r:
patívelcoma
atuaifase
d.alo
ponca
ecado
érn
com
,-;
;duzi
ocaprr
isrno,Todos
essdi
.1:.
reuzrr
osgastoscom
rnã-d
bes
expelentes
Visam
l~
aoe-o
rae
recuperarasd
1;:..~
CO
ntextoem
queaspossibilidad
d.taxas
eucro,
num"
;T
'.
ese
ganhofinanC
eIrosão
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'.,ouA
C"ondi(4optis-m
Qti.
(9d
SI!rn
a.~
..~o
P3ulo,Loyola,
2000),
l.>E
mtrabalho
de1998,
Franciscode
Oliveira
denominou
essem
esmo
espaçode
"anrivalor",O
strinta
anosdourados
forampródigos
emsua
criação-
cos
anossub~üentes
emsua
destruição,:.
Tanto
umcom
ooutro
caso-
formas
den:lação
apitai-trab
alho
alternativas3
conrrataçãom
nnal,ou
~oom
canciraassinada-,com
o~
dizno
Brasil,e
tO)'Q
tismo-,
enquadram'~
noque
Marx
chamou
de-intensificação
daa:ploração~,
uma
mo
·dalidade
deaum
entodo
valorexcedente
náopago
extraídoda
forçade
trabalhoque
nliopassadin:tam
cntenem
peloaum
entOtradicionalda
produtividade(m
aisvalia
rdativa)nem
peloaum
entoda
jornadade
trabalho(m
ais-valiaabsoluta),
zi-locom
ose
fosseum
negócio,mas
oresultado
éa
inversodo
queocorre
quandoessa
racionalidadeé
aplicadaao
setorprivado.E
mvez
doacúm
ulode
recursose
dareprodução
ampliadado
"capitalpúblico",te
mos
dilapidaçãodos
recursosdo
Estado,encolhim
entode
seutam
anho,atrofiam
enrodo
espaçoeconôm
icopúblico
13.Em
uma
palavra:espoliafÍÚJ.Isso
nãoquer
dizer,noentanto,
como
jáse
[Ornou
lugar-comum
,que
oE
stadohojesejafraco.A
ocontrário,ele
temde
serextremam
enteforte,
nolim
iteviolento,
paraconduzir
os"negócios
deE
stado"da
forma
maisadequada
possívelpara
preservarecontem
plargrupos
deinteresse
específicos.Na
seção"A
eraneoliberaldo
Brasil",voltarem
osa
essaquestão,diretam
enterelacionada
àconstituição
deum
"escadade
emergência
econômico,"A
ntesdisso,porém,é
precisoexplicarcomo
astransform
açõesoperadas
nosecarprodutivo
estãodiretam
enteliga
dasà
dominação
financeirado
processode
acumulação.
Em
primeiro
lugar,medidas
como
acerceirizaçâo,
ocontrato
portem
poparciale
otrabalho
comautônom
osbuscam
nãosó
aredução
dosporos
dajornada
detrabalho,
como
arepartição,
coma
forçade
trabalho,dorisco
capitalista.A
lémdisso,a
difusãodo
toyotismo
como
forma
deorganizaro
próprioprocesso
produtivoé
umexpediente
queacaba
porse
impor
àantiga
fórmula
taylorista,porque,
muito
mais
racionalmente
doque
esta,aproveitao
valordeuso
daforça
detraba
lhoem
suatotalidade
(habilidadesfísicas
em
entais)e,m
elhorainda,
consegueissoeconom
izandoP
OS
toS
intermediários
degerência,já
quefaz
ostrabalhadoresse
vigiaremuns
aosoutros,
reduzindo-lhesa
disposição
deagircom
oclasse".
Evidentem
ente,aocorrência
detodas essas
transformaçõesfoifaci
litadapelo
abandonodo
plenoem
pregocom
om
etaprim
eirada
política
econômica,já
queníveisde
atividadeinferiores
aesse
fragilizamostrabalhadores,obrigando-os
aaceitarqualquer
coisa,desdeque
pre~
v .'»
I•Ii-
IIl-
lO
oprO
jClO
nc;olibct;l!p
ua
asoeit:dade
brasileira•
125
4.OB
rasilnã
novadivisão
internacionaldo
trabalho
dosnas
coraçõesdos
grandesg
rup
os
nom
ercadobu.rsáriI.Chesnais~
indicaque,em
1982,seregrupos
detin
ham
58
,3%
dessem
ercado;em
1987o
percentualera
de7
0%
,p
orém
ossere
grandesgrupos
seredu
zirama
quarto,dadas
asfusões
ocorridasentre
anortc-am~ricanaIT
Te
afrancesa
Alcarcl
cen
trea
narre-americana
GT
Ec
aalem
ãS
iemens,
alémda
incorporaçãoda
holandesaPhilips
pelagigante
narre-ameri_
canaA
T&
T.
Não
édem
aisn
otar
qu
etu
do
issoaC
Onteceu
noexíguo
prazode
cincoanos,
Tam
bémno
setorde
serviçosa
concentraçãoé
expressiva:dezesseis
empresas, sendo
cinconorre-am
ericanasecinco
alemãs,detinham
54
%
dom
ercado
mu
nd
ialde
ressegurosem
1986;dezesseis
empresas,
sendodez
norce-am
ericanas,d
etinh
am61
%do
mercado
mu
nd
ia!de
publicidadeem
1989:aindaem
1989,seisem
pre,ças,rodasnorre-ame~ricanas,
detin
ham
62
%do
mercado
mundial
deconsultoria
cgestão
estratégica~9.
Com
pletamos.
com
isso,o
diagnósticoe
odesenho
dessanO
Va
faseda
históriacapiralista
,alémd
eterm
osm
ostradoqualé
arelação
de
sua
emergência
com
ofortalecim
entodo
discursoneoliberal,
bemco
mo
coma
aplicaçãoprárica
dasm
edidasp
or
eleprescritas.
Faltaria
apenasrelaciona~
esseq
uad
rocom
osu
rgim
ento
dacham
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ovaecono
mia",
Mas
esseelem
entoesrã
diretam
ente
ligadoa
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ue
farem
osa
seguirsobre
opapel
quecabe
àseconom
iasperiféricas,
com
oa
brasileira,d
entro
dessanova
ordem,
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osan
reriorm
ente
que,im
pu
lsion
ado
po
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ma
espéciede
_,"perm
anente
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ecrise",
om
ov
imen
tode
centralizaçãoatin
giu
~im
ensidadeinédita
nahistória
capitalista,co
ma
constituiçãode
gran
".des
massas
decapital
qu
ed
om
inam
váriosdos
setoresindustriais
ede
serviços.O
bservamos
rambém
que,nos
Estados
Unidos,
oavanço
doprocesso
dedesregulam
enraçãoindustrial
facilitou·om
ov
imen
tode
-quisiçõcse
fusões,o
queresulrou
emrçestrururaçâo
dasem
presas,
1i emiss ões
eab
and
on
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acordosco
mos
sindicatos.Por
trásdesses
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ovimentos
estáum
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noestado
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últimos
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de
centralizaçãodo
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justamente
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dif
Idd
deen
gen
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osprocessos
e.
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maior
IIC
Ua
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capital,um
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muitos
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reprouçao
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jun
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maiores.
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.
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exemplo.
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J•m
1994,C
hesnaisdetectava,
p.
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ae
,,
muradores
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ase
m10
hardware
(incluindorrucroco
p•.
53
%da
produçãorarn
responsaveisp
or
deporre),
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prin,ci-!I,
Com
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períododos
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,gédias
anuaissuperiores
a5
líl.Pais
paísesindusrrializados
(G7)
cresciaa
rax~s~969.1979
3.6%;
1979-1990,J
ds
paraa
faseposterior.
,I
o•
,
lemos
osseguintesresu
tao
%A
esmo
tempo,
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3%;
1990-1995.2.5%
:1995-~OOO.
1.9.
o~dia
anualde
7,7%no
Japão,60
1973cresciam
aum
ataxa
mU
','cem
.que
entre19
e.
)8%
nosE
stadosrnuos,
cres5.6%
nosonze:
principaispaíseseur~Pcu::I-de
0.5%.
0,6%e
1.10/0.respecliva
entre1990
e2000.
aum
ataxa
médl:lb anl "
,Estado»
Unidos
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BO
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menre,ver
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janeiro,R
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93"I(São
Paulo,Xam
ã,1
9%
).p.9;,
"Fl':lnçois
Chesnais,A
mundialização
oraplta
')
artesda
concorrênciainrercapitalisra,
transformação
quefoi
seconsti-
tuindoao
longodos
anos1970
e1980.
.3D
Co
mo
mostram
algunsautores,
comdestaque
para~hesna~s
,oprocesso
deaquisições
efusões
quese
intensificoua
p~rtIr~a
c:lsede
dosdos
anos1970
foiacom
panhadoda
transnacionalizaçãodos
m~
..
grandesgrupos
decapital,
movim
entoque
imp~ica
nãosó
mUlt~
mais
liberdadepara
suasdecisões,
como
oesrabelecim
ento,em
varias~as
instânciasdo
processode
produçãoe
realizaçãodo
v:l?r
ecom
v~na~
dosgraus
deprofundidade,
deterceirizações,
fra~c~lsLng,parcenas
eacordos
decooperação
entreestruturas
ernpresanarsno
planom
un
diaL
Segundo
Chesnais,essa
rransforrnaçâofoí
detal
ordem.que
pr?vocou
enorme
discussãoentre
osespecialistas
emorganização
industrialsobre
anatureza
dessesm
ovimentos:
Nos
últimos
vinteanos,
assistiu-sea
um
aextensão
considerávelda
gama
dem
eiosque
permitem
àgrande
empresa
reduzirseu
recursoà
in.te?ração
di[J
Essa
evoluçãosuscitou
muitas
discussõesem
economia
indus-Ireta
....crial,
No
casodos
acordosde
cooperaçãotecnológica,
po
rexem
plo,as
novasform
asde
relaçõesen
trecom
panhiastêm
sidocaracterizadas,
po
r
certosautores,
como
sendosituadas
"emalgum
lugarentre
osm
ercadose
ashierarquias"
c,por
outros,com
oacarretando
um"rcquestiona~ento
profundodo
principiode
internalização".Analogam
ente,asm
odalidades
recentesde
acordosde
terccirizaçâosão
apresentadasp
or
algunsco
mo
"um
novotipo
depatronato"
c,p
or
ou
tros,
com
oform
asde
"quase-
•p
tical""
mregraçao
verI..-aa
•
Essas
diferentesm
odalidadesde
exrernalizaçãoda
produçãoe
de
reproduçãodo
capitalperm
itemaos
grandesgrup~smund~ais
a~on
solidaçãode
seupoder
econômico
ede
suaca~actda~e.
~lJgopohsta,
numm
omento
emque
seexige
docapital
am
aiorfle~lb".lda.de
possível.A
enorme
gama
deprocedim
entosde
queeles
hojedispõem
para
organizare
reforçaresse
poderim
plica,na
maior
p~rtedos
caso,s,.0
estabelecimento
derelações
assimétricas
peranteo
universode
caplt:ISque
operamno
planeta.A
sexi~ências
deu~a
,:tapada
~cum:,laçao
dominada
pelosim
perativos[(pICO
Sda
valorlzaça~~~ance~ra
vao~m
purrandoos
grandesgrupos
decapital
nãosó
adividir
orISC
Ocaplta~
,\OIbidem
."
Ibidem,
P:104.
oprojeto
neolibcraipara
asociedade
brasileira•
I27
listacom
ostrabalhadores
(trabalhadores"autônom
os",contratação
po
rprojetos
erc.)e
comos
consumidores
(customização),
mas
tam
bémcom
op
equ
eno
capital.Sãobastante
conhecidasa
esserespeito
ashistórias
degrupos
como
aN
ike,que
detêmo
comrole
deu
menorm
enúm
erode
pequenosprodutores
domésticos
espalhadospor
tod
oo
planeta,particularm
entenos
paísesperiféricos,
ede
outros,com
oa
Benenon,
quepura
esim
plesmente
administram
uma
marca,
po
rtrás
daquaJ
seencontram
milhares
deunidades
produtivasigualm
entees
paJhadaspelo
globo.
AcransnacionaJização
docapital,
aofazer
qu
eos
grandesgrupos
econômicos
considerem"o
mu
nd
otodo
com
oespaço
relevantepara
suasdecisões
deprodução
einvesrirnenro'v-,
aparececom
oo
ou
tro
ladoda
moeda
dam
undializaçãofinanceira
econstitui
umdos
traçosm
aism
arcantesda
configuraçãodo
capitalprodutivo
nestaeeapa
dahistória
capitalista.São
substantivase
poucoalvissareiras
asconse
qüênciasdessa
reconfiguraçãopara
aform
ade
inserçãodos
paísespe
riféricosno
sistema-m
undocapiralisrs-',
Entre
osanos
1950e
1970,o
queas
empresas
multinacionais
preten
diam
,porque
precisavamdisso
(buscavamnovos
mercados),
eraa
internaJizaçãode
duplicatasde
suasplantas
industriaisna
periferiado
capitalismo. Já
nosanos
1990,o
quem
arcaa
estratégiados
gruposcransnacionais
éa
buscaperm
anentede
selivrar
dosinvestim
entosde
longaduração,
ganhando
flexibilidadepara
explorarO
portunidadeslucrativas.
Issofaz
queas
grandescorporaçõ~,
nu
mm
ovimento
desenfreado,operem
deslocalizações
desuas
atividades,inclusive
desua
capacidadeprodutiva,
paraqualquer
lugardo
planeta,sem
preq
ue
issofor
visto.como
um
apossibilidade
deredução
deCU
Stos.Co
misso,
muitas
vezesas
atividades
transferidassão
aquelasm
aissim
plese
rotineiras,com
oas
operações
dem
ontagem,
enquantoas
etapasm
aiscom
plexasdo
processoprodutivo
(concepçãodo
produro,definição
dodesign,
pesquisae
tecnologia,mnrketing)
terminam
,na
maio
rparte
doscasos,
nãosendo
exrernalizadas,
J~M
areioP
ochmann,
~Globalj1.aç.ãoe
emprego",
emR
.A
bramovay,
G.
Arbix
eM
.Z
ilbovícius(orgs.),RnZÕ~1
~ficr6~sdo
dn
nJllo
!lIimm
to(São
Paulo,E
dusp/Edi
toraU
nesp,2001),p,
251.JJ
Seguirem
os,nessa
questão,a
analisede
Pochm
ann(ibidem
).
ILl:l
•nrasu
Urillu
'?o
projetoneoliberal
paraa
sociedadebrasileira
'129
dustrialm
undialnos
anos1980
eatu
almen
tesua
participaçãoter
chegadoà
casados
3,1%
36.
Orelatório
daC
onferênciadas
Nações
Unidas
sobreo
Com
ércioe
o.Desenvolvim
ento(U
nctad)de
2003classifica
ospaíses
emdesenvo].
vlme~toe~
quatrogrupos":
osde
industrializaçãom
adura,com
oC
?rélae
Talw
an.que
apresentamdecréscim
ono
crescimenro
industrial
p~rquej,á
~eri~ati~gido
umgrau
elevadode
industrialização;os
dem
dtlStrJafrza.çtlord!Jtda,
como
Ch
ina
eIndia,
quetêm
logrado
e1~~adas~as
de.mvesnm
enredom
ésticom
ediantepolfricas
industriais
ede
m~enClvoàs
exportações;os
deindtlStrialização
de.enclaoe,com
.o.o~baco,
quea
despeitode
teremconseguido
aum
entar
sua~artlcl~açao
naexportação
dem
anufaturadostêm
tidodesem
penhom
suficlenreem
termos
deinvestim
ento,valoragregado
eprodutivida
det~tal;
eos
paísesem
viasdedesindustrializaçãocujo
r6cuia
ép
orsisó
suficienrep~ra
entenderdo
quese
trata,N
esteúltim
ogrupo
encontra~-se
vãriospaíses
daA
mérica
Latina,
entreeles
aA
rgentinae
o
~rasJ1:E
ssaseconom.i~caracterizam
-sep
or
quedaou
estagnaçãodos
mvestl.memo~e
participaçãoda
produçãom
,anufatureirano
PIS
emdedíO
lo:Segundo
Belluzzo
J8, as
décadasde
1980e
1990presenciaram
noB
rasJlumpro~esso.de
desindustrializaçãorelativa,
como
rompi
rnenrodos
nexosIntenndusrriais
dasprincipais
cadeiasde
produçãoe
coma
reduçãosubsram
ivado
setorde
bensde
capital,m
ovimento
~se
.que.em
termos
macroeconôm
icose
decom
abilidadenacional,
slgmfica
uma
reduçãodo
valoragregado
internosobre
ovalor
bru
toda
produção.•
, ~im,
emtem
posde
predominância
dacham
ada"nova
econom
ia-.ac~leração
dadifusão
dastecnologias
deinfor~ação
ede
comuOlcaça~e
retomada
docrescim
entoda
produtividadedo
trabalho
-,o
Brasilengatou
am
archaa
ré.Na
explicaçãodesse
movim
entop
erv: rso
há,de
umlado,
umfatO
restrutural,m
as,de
OU
tro,um
fatorpolírico.
Fra~ciscode
Oliveira"
dáC
Onta
deexplicar
oprim
eiro.Para
ele,o
paradigma
molecular-digital,
qu
ecaracteriza
essanova
eco-
;;M~rcio
Pochm
ann.~Globalizaçãoe
emprego".
cir.,p,
261.
A!;m
formações
estãoem
Luiz
Gonzaga
Bclluzao.~Indústria;
sinalam
arelo"C
arraC
lpito/,n,
37I.
2005.p.
38-9.'
Ibidem.
p.40.
CriT
icaà
razãodU
a/isll1/0ornitorrinco
(SãoPaulo.
Boirem
po,2003).
HM
esmo
essasubm
issãoroda
nãogarante
queo
paísreccplO
rdeixe
deser
vítima.
emcurto
espaçode
tempo,
deu
ma
nova"deslocalização",
.'1N
ãoc!'dem
aislem
brarque
asregiões
periféricasacabam
po
ratrair
igualmente
aquelasatividades
querequerem
dem
odoextensivo
ouso
dem
atérias-primas
cenergia
eque
são,portanto,
nãosó
insalubres,com
opoluidoras
doam
biente.
Éevidente
quea
industrializaçãoperiférica
queocorre
nessesm
oldes
nãopode
tercom
oresultado
uma
maior
homogeneização
doespa
çoeconôm
icom
un
dial-
especialmente
emterm
osde
geraçãode
renda,com
otendia
aacontecer
naetapa
anterior-,
vistoque
aarratividade
dessesespaços
paraas
grandescorporações
estám
uitom
aisnos
baixoscustos
doque
naspotencialidades
dosm
ercadoslocais.
Do
ladodos
candidatosa
recebedoresdesses
"investimentos",
háum
acorrida
frenérica
afim
deoferecer
condiçõeso
mais
satisfatóriaspossível
paraatraí-los.
Issoim
plicanão
apenasforte
subsídioestatal
diretoou
indireto,
como
principalmente
asupressão
dedireitos
trabalhistas,com
adesregulam
enraçãoe
aflexibilização
dosm
ercadosde
trabalho".Por
isso,umdos
resultadosm
aisperversos
dessanova
divisãointer
nacionaldo
trabalhoé
aintensificação
daspossibilidades
deextração
dem
aisvalor
po
rm
eioda
criaçãode
mais-valia
absoluta.N
um
paíscom
oo
Brasil,
ondetais
práticasnunca
foramde
fatodeixadas
delado,
acom
binaçãodesses
elementos
tendea
transformar
opaís,
dopontO
devista
daprodução
industrial,num
grandechão
defábrica
nosm
oldesdaqueles
doinício
daindustrialização
nocentro
dosiste
ma,
ouseja.
comprecaríssim
ascondições
detrabalho,
jornadassem
fime
uma
massa
detrabalho
vivosem
am
enorqualificação,
nom
elhor
estiloraylorista",
Mas,
mesm
ocom
todasessas
"vantagens"para
ocapital
transnacional,
quetem
como
conseqüênciaa
reduçãoperm
anenteda
qualidade
dospostos
detrabalho
geradospela
indústria,o
Brasil
vemexperim
entando,desde
oinício
dosanos
1980,um
claroretrocesso
noperfil
desuas
atividadese
naform
ade
suainserção
naprodução
mundial.
Não
setrata
apenasde,
nosetor
industrial,o
paísproduzir
cadavez
mais
bensconsiderados
quasecom
rnodities(alta
escalade
produção.baixo
preçou
nitário
,sim
plificaçãotecnológica
eroti
nizaçãodas
tarefas).Trata-se
deum
aredução
acentuadada
imporrân
ciado
setorindustrial
brasileiro.com
oindica
ofato
deo
emprego
industrialnacional
terchegado
arepresentar
4,2
%do
emprego
in-
-,
'.
nornia'",alémde
trazerunidas
ciênciae
tecnologiae
estartranca~o
naspatentes,
nãosendo,
portanto,unive~saliz.á~el,é
descartãveleefemer~,
exigindoum
esforçoperm
anentede
investimento
que~tá~empre
aCI
ma
dasforças
internasde
acumulação
dospaíses"penférlcos:
Nesse
contexto,o
qu
eresta
aesses
paísesa
título
dedesenvolvim
entotecnológico"
sãoapenas
osbens
deconsum
o,o
des~rtável
qu
eeles
podem(e
devem)
copiar, OB
rasil,por
exemp!o,.é
hojeum
.~osg~~
desprodutores
decelulares,
mas
suaatuação
hmna:se
àsa[lvldad~
l,arotinizadas
defabricação
em
onragem,
estandom
uitolonge
dasanvi
dadesde
pesquisae
tecnologiaresponsáveis
pelaevolução
assombrosa
deconteúdo
tecnológico..
Mas, com
oadiantam
os,na
históriada
regressãoexperim
entadapelo
paisno
último
quartode
séculonão
háa~en~
esseelemen~o,
qu
et:~
quever
coma
evoluçãoestrutural
docapnahs.m
o.Ou~ras
areasperifé
ricas,co
mo
mostra
orelatório
daU
ncrad,vem
sesaindo
melh~r,na
empreitada
deengatar
suaseconom
iasà.econ?m
iaglobal
epropIC
iar,ao
mesm
otem
po,a
geraçãointerna
dem
vesnrnentoeempreg~
.N
ospaíses
dosdois
primeiros
gruposhouve
e,háum
apreoc_upaçao
emestabelecer
políticasindustriais
ede
incentivoà.s
cxportaçoes,q
ue
fom
entemo
investimento
noco
nteú
do
tecnológicodas
manufaturas
eem
suaam
pliação,perm
itindoa
apropriaçãodo
aumento
dasvendas
externaspelo
circuitointerno
derenda".
Paraq~e
se:o
:np
lete,por
tanto,a
explicaçãodo
retrocessobrasileiro
, épreclso
.ad~clOnarà
questão
dastransform
açõesm
aioresp
or
qu
epassa
ocapitalism
oum
fatorsociopolírico
interno,jáque,
como
observouM
arx,a
articulaçãodas
formas
econômicas
incluia
políticaco
mo
seuelem
entoestruturante.
.0A
basem
aterialdacham
ada"novaeconom
ia"(FrançoisC
hesnais,emK
'Nova
Eco
nomia':
uma
conjunturaespecifica
dapotência
hegemônica
noco.ntexl~
.da
diI-
•d
capital"Reoist«
daSocírdnrk
Brasileirarir
Econom
iaPolitica,
mun
laltaÇ
'loo
~.
•..
.n.9.dez.2001.
fazum
aavaliação
doconteúdo
ideológicodo
[ermo)
é.at:rC
C1I'3
I-
.dusrrial
queeclodiu
nosanos
J970e
ém
arcadapela
d.fusaoem
~o
uç:loIn
••
_b
escalaindustrialda
informática
edas
recnologiasavançadasdecomu~IClçao
:e:m
Com
opelo
aprofundamento
ea
diversificaçãode
usoda
pesquisabiogen
ética.A"
I-
ind..srrialcom
ecouna
Inglaterra.nasegunda
metade
dosécu-
primeira
revouçao
J~
~~
••
•
loX
VIII.e
tevecom
oseuselem
entoscaracrerüriccs
otearrnccam
co,amá~uma
ac
'á'
Ad
começo
doséculo
XX
lideradavapor
e:otransporte:
rerroviTIO.
seguna.
no..
'pelosE
stadosUnidos.foim
arcadapelasindústrias~UlomobIHsn~
ede
eletrodom
ésticos,pela
indúsrriaquím
ica.pelaenergia
c1é~rJC~.pelo
perroleoc:pelo
aço..1
Luiz
Gonzaga
Belluzzo,"Indústria:sinal
amarelo,
cn.,p.39.
oprojero
nc:oJiberaJpara
asociedade
brasileira•
131
.tpreciso
inicialmente
lembrar,
então,<Jue
anecessidade
den
ãodeixar
passarobonde
dahistória
foioargum
entom
a'isforte
dosarau
(Os
doneoJiberaJism
opara,
noB
rasildo
inIciode
)99
0,
advogaras
medidas
liberaIizanresq
ue
noslevariam
aoadm
irávelm
un
do
novoda
g/obaJização.T
aldiscurso,
qu
epara
osolhos
mais
críticos'sem
prepa
receutão-som
enteu
ma
desculpapara
justificara
submissão
incondicional
dopaís
ainteresses
aele
alheios,foi
aarm
autilizada
paraconvencer
uma
populaçãorecém
-saídada
ditad
ura
-e
como
movi
men
tode
massas
aindase
estabelecendoe
seinstitucionalizando
_de
qu
eo
neoliberalismo
seriao
únicocam
inhopara
tiraro
paísda
crise
emq
ue
ingressaranos
anos1980
(esta,co
mo
sabemos,
foiproduzida
pelaelevação
dastaxas
dejuros
norre-americanas
epela
estagnaçãod
o
crescimento
eacirram
entoda
inflaçãoq
ue
seseguiu).
Nesse
processo,o
papeldas
elitesfoi
deextrem
aim
portância.A
ind
aque
nãoestives
semdisso
exatamente
conscientes,a
possibilidadede
internacionalizarde
vezseu
padrãode
vida,e
coma
possibilidade,q
ue
ficariaao
alcanceda
mão,
dedesterrirorializar
Suariqueza,
fezas
elitesbrasileiras,
qu
e
padecemde
crônicosentim
entode
inferioridade,abraçarem
dem
od
oincondicional
odiscurso
neoUberal
eo
defenderemco
munhas
eden
tes,aindaque,
contraditoriamente,
acabassemp
or
utilizaros
elemen
tosda
receitaneoliberal,
com
oas
privatizaçõese
anecessidade
desuperávir
nasC
ontaspúblicas,
parahierarquizar
e"pessoaliza-"
asrela
çõesde
mercado
.
Abraçado
oprojeto
neoliberal,vendeu-se
aidéia
deq
ue
oB
rasilpegaria
obonde
dahistória
pelavia
docom
ércioexterior,
Aesse
respeito
,ficou
célebreum
artigode
Gustavo
Franco
-"InserrJo
externae
desenvolvimento
econômico",
quecirculou
informalm
enteem
1996_
emq
ue
oex-presidente
do
Bacen,
entãoseu
diretorda
áreaexterna,
demonstrava,
po
rm
eiode
umm
odelo,de
qu
em
aneiraas
medidas
modernizam
es,comdestaque
paraa
aberturaeconôm
ica,produziriamu
mch
oq
ue
deprodutividade
naeconom
iado
país,-permiririam
aco
n
quistade
umlugar
aosol
nocom
ércioglobalizado
e,ainda
po
rcim
a,distribuiriam
renda.M
aso
Brasil
entrouno
bo
nd
eda
históriap
or
ou
traporta
etransform
ou-seem
plataforma
devalorização
financeirainternacional,
bemem
linhacom
oespírito
renrisme
financistados
diasq
ue
correm,
Esse
seupapel,
jun
tamen
tecom
suafunção
depro
duzirbens
debaixo
valoragregado
c,de
preferência,com
autilização
dem
ais-valiaabsoluta
(afinalde
CO
ntas,
OCU
Stoirrisório
dam
ão-de-
.:
,~
132•
Brasil
DT
tivay
obraé
nossaverdadeira
"vantagemcornparariva'T
),completa
acaracre
rizaçâoda
participaçãodo
Brasil
nadivisão
internacionaldo
trabalhodo
capitalismo
contemporâneo.
Aapresentação
emm
aisdetalhes
desse
último
papelserá
feitana
seçãoa
seguir,pois
vaificando
visívelna
própriahistória
daera
neoliberalem
nossopaís.
5.Aera
neoliberalno
Brasil:
servidãofinanceira
eestad
od
eem
ergênciaeconôm
ico
Odiscurso
neoliberalno
Brasil
começou
ase
afirmar
ea
fincarraízes
naseleições
presidenciaisde
1989.A
indaatolado
nu
mpro~
blernainflacionário
qu
eparecia
insolúvel.m
asao
mesm
otem
po
esperançadocom
asconquistas
expressadasna
novaC
onstituiçãoela
boradaum
anoam
es,o
paísse
dividiuentre
odiscurso
"liberal-social"de
Collore
odiscurso
populare
democrático
deL
ulae
doP
artidodos
Trabalhadores.
Ecoando
oarrazoado
dadesestatização
daeconom
ia,que
nascerano
governoF
igueiredop
orconta
daspendengas
docapital
nacionalrelacionadas
aosarranjos
doli
Plano
Nacional
deD
esenvolvim
enro(lI
PN
D),
advogandoa
necessidadeda
transparênciae
daausteridade
nosgastos
públicose
embrulhando
tudoisso
naprega
çãom
oralistada
"caçaaos
marajás",
Collor
venceas
eleiçõese
dita,para
opróxim
operíodo,
aagenda
detransform
açõesque
elepouco
concrcrizaria,Passados
ostum
ulruadosanos
desseprim
eirogoverno
civildireta
mente
eleito-
seqüestrode
ativos,aproxim
açãoda
hipcrinflação,im
peacbment
dopresidente
-,o
entãom
inistroda
FazendaFernand.o
Henrique
Cardoso,
embalado
nosucesso
doP
lanoR
eal,venceas
eleições
de1994
(também
contraL
ula)e
assume
ogoverno
federalno
iníciode
1995co
mo
declaradoprojeto
de"m
odernizar"o
país,m
aisparticularm
entesuas
instituições.E
sseprincípio
básicode
seuprojeto
tomou
aform
aconcreta
deum
ousadoe
ambicioso
planod
epriva
tizaçõese
deum
aabertura
substancialda
economia.
Mas,
com
essasrealizações, u
ma
sériede
outrasprovidências
foramtom
adaspara
transform
aro
Brasil
nu
ma
economia
financeiramente
emergente,
aco
me
çardaprópria
estabilizaçãom
onetária,obtidano
anoanterior.V
ejamos
issom
aisde
perto.O
Brasil
dofim
dosanos
1980não
estavabem
preparado-
neminstitucional
nemconcretam
ente-
paradesem
penharo
papelde
econom
iafinanceiram
enteem
ergente.E
mprim
eirolugar,
asaltas
taxas
oprojeto
ncoliberalpara
asociedade
hrasilcira•
133
deinflação
quepersistiam
po
raqui
produziamabruptas
alteraçõesno
nívelgeraJ~e
preçose
emsua
variação.N
essascondições,
complicava-se
sobremaneira
ocálculo
financeiroque
comanda
aarbitragem
Com
moe-
d~se
aespeculação
visandoa
ganhosem
moeda
forte(a
taxade
cârn-bio
realea
taxarealde
jurossofrem
con
tínu
asoscilações).
Além
disso,C
omo
.caráterfor.tem
entecentralizado
eregulado
dapoltrica
cambial
~eenrao,
avalonzação
financeiraporventura
alcançadanão
tinhaa
liberdadenecessária
parapôr-se
asalvo,em
casode
turbulência.
OU
troproblem
a,tam
bémprovocado
pelapersistência
dofenôm
eno
daalta
i~flação,era
adificuldade
decontrolar
osgastos
doE
stado.T
endoem
Vista
ocaráter
renristadesse
tipode
acumulação
_e
consi
derand~que
uma
desuas
basesmais
importantes
éa
dívidapública
_,a
con~usaonos
ga~tospúblicos
produzidapela
altainflação
proble~a~lzava
aexrraçao
derenda
realquedeve
valorizaresse
"capitalfictí~
CIO
,como
odenom
inaM
arx!'.
Otam
anhoe
ograu
deintervenção
doE
stadona
economia
consritu~a
umproblem
aextra,problem
aque
avultaraco
mos
deveresadicio
narsque
aC
onstituiçãode
1988lhe
tinhacriado.
Um
Estado
comtant~
d:m~ndase
tanrastarefas
constitucionalmente
imposras
nãopodia
pno~lzarnem
garantirganhos
reaisàs
aplicaçõesfinanceiras.
.O
ambiente
noqual
osnegócios
aconteciamtam
bémnão
ajudava,V
1Stoque,
emcaso
de.c~lap50em
presarial,a
legislaçãoentão
vigentep
un
ha
àfrente
dosdireItos
doscredores
financeirosos
direitosdos
e~pr~gadose
o~direitos
doE
stado.Para
oscredores
doE
stado,a
snuaçaonão
eram
uito
diferente,pois
nãohavia
nen
hu
mdispositivo
capaz~e
exercerum
controlem
aisrigoroso
dosgovernantes,
afim
degarantir
queos
comprom
issosfinanceiros
fossemhon;ados.
Naqu~stão
previden~iária.estavam
aisum
sérioobstáculo
paraque
~pais
seIntegrasse
deim
ediatoà
mundialização
financeira.N
ossoSistem
a~revidcnciárj~
er~m
arcadopelo
regime
derepartição
simples,
caractenzadopela
~ol~danedadeintergeracionals:pela
posiçãodo
Estado
como
seuprincipal
aror,E
ssesistem
anão
combinava
comos
nov~st~mpos
-não
sóp
or
com
ad
opeso
dessasdespesas
noorçam
ento
público,como
pelaprivação,sofrida
pelosetor
privado,de
umm
ercado
substantivoe
promissor,
atéentão
praticamente
monopolizado
peloE
stado.
~~V
idecapftulo
XX
IVdo
Livro
Ide
Ocapita],
oprojeto
neolibcralparaa~cicdade
br3.'lileita•
135
a?~eserva.ção.
daestabilidade
mo
netária
entãoconquistada
serviude
ãlibip~raJU
Stificar.daa.bcrrura
comercialdesordenada
àsprivatizações
finanCIadas
co~d~n~e~ro
público,
dainaceitável
sobrevalorizaçãoda
moeda
à~de~açaom
editada
taxareal
dejuros,
cassim
po
rdiance.
É
em~unçao
dl~soq
ues~
po
de
dizerque.
ap
artirdo
Plano
Real.
háum
s~ntlmentodifuso
deem
ergênciaeconôm
ica".Trata-se
deu
ma
espéCIe
deesrado
~eo:ceção
econ
ôm
icoq
ue
vaisend
opaulatinam
entede
cretadoe
queJustifica
qu
alqu
erbarbaridade
emn
om
eda
necessidadede
salvaro
país.V
oltaremos
aesse
tema
naanálise
dom
amem
oatual.
Étam
bémno
CO
ntextodas
mudanças
institucionaisnecessárias
para~olocar~
~rasi1com~
emergente
mercado
financeiroq
ue
sedeve
analisar
aedição,em
mala
de2
00
0.da
LeiC
om
plem
entar
nl1101
(Lei
deResponsa~íJjdade
Fiscal-
LR
F).
Essalei
colocaacim
ade
quaisquer
Outros
osm
teresses?~S
credoresdo
Estado
eos
docapital
emg
era
lbem
com
otoda
asene
debenefícios
legaisd
eque
desfrutam_
_dei
dd
'id
•nao
erxano
UVIas
qu
anto
àseriedade
dasboas
intençõesdo
governo
~eF
HC
par~com
.~I~.L
as!b
ut
no!least,
FH
Ccom
eçoua
reforma
doSIstem
aprcvldenclano,
qu
eL
ulaterminarja~~.
Além
de
concluira
reforma
previdenciária,o
governoL
ulacom
pleto.u
~utrarefonna
iniciadano
governoF
HC
.Se
nareform
aprevi
den
clán3
cou
be
aL
ulaestender
aostrabalhadores
dosetor
públicoas
mesm
as~teraçõesqu~
F.HC
impusera
aostrabalhadores
doseto
rpri
v~do,retIrando-lhes
direitosantes
existentes,co
ma
novaL
eideF
alên
eras,ap~ovadaem
f;vereirode
20
05
,L
ulap
rod
uz
paraos
credoresdo
setorprivado
om
esmo
aumento
dedireitos
quea
LR
Fde
FH
Cproduzi-
rapara
oscredores
dosetor
público.V
endidoC
Om
op
ane
da"
d.
-"
.m
oerO
l-zaçao
•o
?OV
OdISpositivo
legaldám
aiorprioridade
àsdívidas
financei,ra:.garan~ldas
~orbens
móveis
ou
imóveis,
colocando-asà
frentedas
dIVIdastnb.utánas
edas
dEvidas
trabalhistasde
valorSU
perioraR
$39
mil.
Além
dISSO,
Lula
colocaainda
emsua
agendau
ma
sériede
OU
tras
mu~anças,co~oaau~onomja
doB
ancoC
entral,oau
men
toe
aprorro
gaçaoda
Desvm
culaçaode
Recursos
daU
nião(D
RU
)e
acontinuidade
doprocesso
de
aberturafinanceira
da
economia.A
autonomia
doB
anco
Cen
tralgarante
qu
ea
políticarnonerãria
seráco
nd
uzid
ad
em
od
oq
ue
sempre
ho
nre
op
agam
ento
doserviço
dadívida
eprem
ie,co
mjuros
..•<
d Param
aioresdetalhes
sobretodas
essasm
udançasvide
osegundo
cquinto
arrigoscsracoletânea.
'JPara
maioresdetalhes
sobrea
forma
eo
conteúdodessasalreraçôcsvide
osegundo
artigodesta
coletânea.
Co
meçan
do
nogoverno
Collor.
atravessandoo
deItam
are
asduas
gestõesde
FH
Ce
chegandoa
Lula,
quasetodas
astransform
açõesne
cessáriaspara
enfrentaressesobstáculosforam
feitas,emco
nju
nto
com
asprivatizações
ea
aberturacom
ercial.C
om
ojá
mencionam
os.adifu
sãocada
vezm
aiordo
discursoneoliberal
pro
du
ziu,desde
ogoverno
Collor,
osargum
entosnecessários
paraprom
over,n
um
paísrecém
dem
ocratizado.co
mu
mativo
movim
entosociale
aindacom
emoran
doas
"con
quistas"
de
1988,esse
tipo
dem
udança.D
esdea
eleiçãod
eC
ollor.passou
aser
vozcorrente
ainescapãvel
necessidadede
reduziro
taman
ho
doE
stado,privatizar
empresas
estatais,controlar
gastospú
blicos.abrir
aeconom
iaetc.
Os
ganhosprom
etidosiam
dolugar
aosol
nom
ercadoglobal
aodesenvolvim
entosustentado.
dam
anu
ten
çãoda
estabilidadem
onetáriaà
distribuiçãode
renda.da
evoluçãotecnológica
àm
odernizaçãodo
país.C
ollornão
tevetem
popara
pô
r
emm
archaesse
projeto-
anão
ser,mu
itotim
idamente,
oprocesso
deprivacização
-,m
asa
referidapregação
gan
ho
uforça
inegávele
passoua
com
and
artodos
osdiscursos.
t.no
governoItam
arque
têmlugar
asprim
eirasm
udançasde
pesoa
fimde
prepararo
paíspara
suainserção
nocircuito
internacionalde
valorizaçãofinanceira.
Logo
noinicio
deseu
governo,no
fimde
1992,a
diretoriada
áreaexterna
doB
ancoC
entral.sem
ouvir,co
mo
eraexigência
nocaso,
oP
arlamento
,encarregou-se.p
or
meio
dem
ud
ança
qu
eprom
oveunas
chamadas
contasC
CS
.das
providênciaspara
abriro
mercado
brasileirode
capitais,
retirandoencraves
qu
eim
pediama
livresaída
derecursos
dopaís".T
amb
émem
seugoverno
foram"re
solvidas"asquestões
pendentesdesde
am
oratóriadecretada
pelopres~
denteS
arneyem
1987.E
ssaresolução
passoun
ãoapenas
pelasecu
n
tizaçãoda
dívidaexterna,co
mo
pelaabertura
do
mercado
brasileirode
títulosprivados
epúblicos.
Ainda
nogoverno
Itamar
surgeo
Plano
Real.
Anunciado
com
o
planode
estabilizaçãonecessário
parad
om
ar°renitente
processoin
flacionãrio,oP
lanoR
ealfoiem
verdadem
uito
mais
doque
isso.Além
deresolvera
questãoinflacionária
queim
pediaa
aberturaform
aldaeco
nomia
dese
transformarem
aberturareal,o
planoabriu
espaçopara
um
asérie
deoutras
mudanças
qu
eteriam
lugarno
governode
FH
C.já
qu
e
:-:.4-.~
",,-'-.-'::";.'..
'6E
mm
eadosde
2000.um
altoexecutivo
dapoderosa
corpôraç3oespanhola
lberdrola~nnou
que:nãoentendia
querazão
podia
tero
Brasil
paravender
empresas
estatats
be:m~uutur:tdas
elucrativas.
Consid
êrandoque
oper~onagem
emquestão
f!um
execunvoe
deveentender
doque:fala,
seupronunciam
entofunciona
com
ocom?ro~ação
dequ~
agestão
doE
stado"com
ose
fosseum
negécio",sendo
contraditória
po
rdefinição.
produz.co
mo
jáobservam
os,o
resultadoC
Ontrário
aoobservado
n~s
negociesusuais,a
saber-
adilapidação
doE
stado(c:do
pais).V
ide:_ares~eJto
Leda
Paulani,
-Brasil
Drlivny.
:I.políticaeconôm
icado
governoL
ula.
RnllStade
Econom
iaP
olttic«,São
Paulo,
v.23.n
.4,out./dez.
20
03
.
oprojeto
ncolíberalpara
asociedade
brasileira>
137
.~im,~ma
perguntafi~
noar:
de
qu
ema~eira
tud
oisso
pô
de
serfeiroiJá
adiantamos
opapel
rrnportanteque
odiscurso
neoliberalcum
priu,
com
suasprom
essasde
desenvolvimento
sustentadoe
rnodernizaçâo,
paraconvencer
um
paísrecém
-democratizado
echeio
deplanos
de
soberaniae
desenvolvimento
aen
trarn
um
aera
deausteridade
paraco
m~s
gastosstricto
unsusociais,
e,aom
esmo
tempo,
deconcessão
deprêm
iosà
aplicaçãofinanceira
ede
entregado
patrimônio
nacional",Já
an~te~ip:mos(a~bém
qu
eu
msen
timen
todifuso
de"em
ergênciaeconom
ica,n
o~ntldo
deexceção,vem
acompanhando
aem
ergênciado
paíscom
o_promIssor
mercado
financeiro.M
asé
nogoverno
Lula
qu
ea
decreraçãodesse
estadode
emergência
converte-seem
necessidade.D
esdeo
início,para
justificarofaro
deestar
adotandou
ma
política
econômica
mais
ortodoxae
conservadoraq
ue
ade
seuantecessor.o
governoL
ulautilizou
oarg
um
ento
(falacioso)"de
queessas
medidas
eramnecessárias
pararetirara
econ
om
iabrasileira
dabeira
doabism
oem
quese
encontrava.E
mabril
de2
00
3,
rodosos
indicadoresm
aisobservados
pelos"m
ercados"já
haviamrevertido:
osindicadores
depreço
jáhaviam
sereduzido
subsrantivarnentee,
emalguns
casos,já
estavamse
torn
and
onegativos;o
risco-paíscaíra
muito;
ataxa
decâm
bio
jáengatara
atrajetória
dequeda;
eo
C-B
on
dvia
crescernovam
ente
seupreço.
Mas,
um
avez
superadoo
mo
men
toinicial,
assurpreen
dentesm
edidasprim
eiramente
adotadasse
perpetuaram,
emvez
deserem
alteradas.•0~ovcrno
~eved
efazer
am
ágicade
mostrar
qu
eo
estadode
emergencla
qu
eg
uIO
Useus
primeiros
passosera
ocontrário
desi.
mes~o,
.quêtinha
vindopara
ficar,e
com
eleo
regime
deerner
gênciaenrao
Implantado.
Efoi
bem-sucedido
nisso.C
onsideradasas
expectativas.da
épo~
~obreo
novogoverno,
apolítica'p
or
eleim
plem
entadaseria
de
diflcilsustentação
sema
decretaçãobranca,
po
rémfirm
e,desse
estadode
exceção.
•~U
nctadapud
Luiz
Gonzaga
Bdluzzo.
-,ndústria:sin:!1
amardo~.d
t.,P
:40.
136•
HrasllU
rJlv
",
reaissubstantivos,
05
detentoresde
papéispúblicos.°
aum
ento
dere
cursosorçam
entáriosdesvinculados
elevaos
grausde
1iberdad~do
governo
emsua
utilização,oq
ue
evidentemente
facilitao
cum
pn
men
todos
objetivosrelacionados
aossuperávits
primários
elibera
ogove~no
dosesrorvoscriados
pelaC
on
stituição
de1988.Se
issop
ud
erser
fenosem
anecessidade
de,periodicam
ente,buscara
autorizaçãodo
Congresso,
rantom
elhor.F
inalmente
acontinuidade
doprocesso
deabertura,além
deabrir
aosnão-residentes
novasoportunidades
deinvestim
entose
conceder-lhesnovos
benefíciosfiscais,
avançanas
chamadas
outward
transactions,reduzindoa
coberturacam
bialàs
exportaçõese
barateando
efacilitando
aindam
aisas
remessas
derecursos
aoexterior.
Oque
ogoverno
deF
HC
esperoue
ode
Lula
conci~uaa:~perar
com
rodasessas
reformas
éu
mlugar
dedestaque
emm
eioaos
emer
gentes",co
mdireito
ainvestm
entgrade,
um
aespécie
deme.dal~a
deh
on
raao
mérito
que"os
mercados"
(leia-se,o
capitalfinanceiro
internacional)
conferemaos
paísesconsiderados
osm
aisseguros
dop
on
tode
vistadessasaplicações.A
tendência,portanto,éq
ue
afinanceirização
da
economia
brasileirase
internacionalizecada
Ve'L
mais.
Co
mo
ficaclaro,
ainserção
externado
Brasil
nãose
deu
pelavia
do
comércio
exterior,co
mo
sealardeou
qu
and
ohouve
anecessidade
dedefesa
dasm
edidastom
adas.D
essep
on
tode
vista,aliás,
nãosaím
osdo
lug~r:-e
chegamos
apiorar.
Nossa
panicipaçãono
bolototal
docom~r~lO
m
ternacionalm
undialnão
saiudos
0,7%.
Mas
perdemos
poslçoesno
rankingm
undialde
competitividadc
(cafmo~.oit?
P?sições)
e~iora
mos
tamb
émn
um
tipode
c1assificaçáoque
eIO
dlcatlvada
quahdadedo
qu
eexportam
osem
valoragregado:
desde1
99
0,
a.participaçãod~
Brasil
noranking
dovalor
agregadom
anufatureirocaiu
de2,?%
para2,7%
.Sópara
seter
um
aidéia
do
qu
eisso
significa,a
ArgenC
lOa,
com
tud
oo
quepassou,
manteve
sua
participaçãoem
0,9%45.
Com
pare-seessa
performance
com
ofato
deas
despesasco~
pagamento
derend~s
defatores
derivadosde
investimenros
emcarteira
dabalança
deservi
çosbrasileira
tercrescido
25vezes
nosúltim
osquinze
anos(passou
de
US
$432,5
milhões
em1990
paraU
S$
11
,2bilhões
em200.4).
Essetip
ode
despesa,que
incluilucros
edividendos
deações
~Juros
detítulos
derenda
fixa,é
típicada
internacionalizaçãofinancelt a
naqual
vem
seinserindo
oB
rasilco
mtanta
disposição.
1II'...í!~,
.l,l'><
"II'f
,"<
\j"
...'.
Maso
estadode
exceçãoé
justamente
ooPO
Stodo
estadode
direito.Sob
seusauspícios,um
aespéciede
vale-tudotom
ao
lugardo_espa~
om
arcadopor
regras,norm
ase
direitos.Trata-se
dasuspe~sao
da~ormalidade,
dasuspensão
da"racionalidade".Sãop~rasme~~dasd~
forçajustificadas
peloestado
deem
ergên:ia:pelanecessidadede
salvar.
dde
(nessecasoem
quea
emergencla
setornou
norma,rrara-se
asacie
ado
i"
Ide
salvarasociedade
doeterno
perigoda
inflaçãoe
olnaceltav~
p~-
dda
perdade
credibilidade).Aarm
açãodo
estadode
emergencla
:o~ômicoque
presenciamos
foi,assim,condição
de~o~ibilidadep~raque
nossarelação
comocent~o
~assassed~A
de.pendencl~tecn~lóglca
típicada
acumulação
industriala
subserviênciafinanceira
típicado
capitalismo
rentisra.N
ocaso
daetapa
anterior,já.n
~s
estertor~do
modo
fordistade
regulação,seu
mam
emo
finalexigIUno
BArasI!um
estadode
exceçãojurídico.
No
casoda
etapacom
emporanea,
dedom
inânciafinanceira,a
normalidade
jurídicaexigeo
estadode
emer
gênciaeconôm
ico.N
essecontexto,
aascensão
aogoverno
feder~lde
umpartido
historicamente
decsque~d~
ehis~oricamente
adversário~o
estadode
emergência.que
seespecializara
Justam"ente
emdenun.C
1arsuas
arbitrariedades,geroua
expectativade
uma
voltaànorma~lda.
de".Tendo
ogoverno
adotadoo
caminho
inversoao
esperado,solhe
restouagarrar-sede
vezaoestado
deem
ergência,decretandosua
com
pletae
totalnorm
alidade.
6.O
sim
passesdo
projetoneoliberal
noB
rasil:à
guisade
conclusão
Com
ovim
os,ainserção
denosso
paísno
mundo
globalizadopela
viade
suatransform
açãonum
mercado
financeiroem
ergentetem
nosreservado
umpapelm
elancólicona
divisãointernacionaldo
t,rabal~o,
alémdos
efeitosdeletériosque
temproduzido
paraaeconomla.naclO~
nalepara
suacapacidadede
produzirum~
sociedadem
enosfraclO~ada
ebarbarizada,A
continuidadedesse
pro
jete
sóafundará
oB~ll
nom
esmo
atoleiro,metendo-o
cadavez
mais
naarm
adilhaque
oIm
pedede
crescerede
praticarsoberanamente
políticasquerevertam
osecular
quadrode
desigualdadede
rendae
dedescalabro
patrimonial
quetem
marcado
nossahistória.
Ogoverno
Lula
nãocontribuiu
paracriar
uma
alternativae
inverter
essarota
desastrosa.A
ocontrário,
frustrou-se,m
aisum
avez,o
processode
refundaçâoda
sociedadebrasileira,cujo
início(ao
menos)
oprojeto
neoliberalpara
asociedaáe:
brasileira•
139
delese
esperava,depois
dadevascação
produzidapelosgovernos
rnilitares,
Antes
dessafrustração
vierama
empolgação
comas
diretas,a
primeira
eleiçãopara
presidente,oPlano
Cruzado
,aC
onstituintee
oPlano
Real.
Em
todasessas
oportunidadesprevaleceu
aidéia
deque
seriaresgatado
oprocesso
deconstrução
danação,interrom
pidopoli
ricamenteem
1964e
economicam
enteum
adécadadepois.N
essem
eiotem
po.ocapitalism
ose
transformou,
assimcom
ose
alteroua
relaçãodo
centrocom
aperiferia.O
alcancedo
estatutode
naçãodesenvolvi
daficou
mais
distante-
ctão
maisdistante
quantom
aisprofunda
foise
configurandoa
submissão
daselitesdos
paísesperiféricosaos
irnpe
racivosda
acumulação
financeirae
aosacenos
enganososdo
discursoneoliberal.
No
casodo
Brasil,
essasubm
issãofoicom
pleta;tão
completa
quem
esmo
umgoverno
pilotadopor
umpartido
operárionascido
debai
xopara
cima,da
árdualuta
dostrabalhadores,foi
incapazde
escapardela.Trata~se
deum
impasse
históricopara
ninguémbotar
defeito.Para
sairdessasituação
épreciso.m
aisdo
quenunca,
forçapolítica
edisposição
deenfrentar
interessessecularm
enteccnsrirurdos
eque
foram
devidamente
vitaminados
nessesúltim
osquinze
anosde
escancarado
edepois
envergonhadoneolíberalism
o.M
ascal
forçanão
viráapenas
deum
aelite
governanteesclarecida.
Semm
obilizaçãosocial
queem
purrena
direçãonecessária,
nossodestino
seráa
manutenção
dessem
odelo-
e,quantom
aiso
paispersistir
nele,tantom
aisdifícilserá
retomaro
projerpde
fazerdoB
rasilum
lugarcondizenceCOmsuas
condiçõesc
porencialidades,uma
naçãogenerosa
esoberana.
Quando
escreveua
Critica
IIrazão
dl/alista,m
aisde
trêsdécadas
atrás,Franciscode
Oliveiravaticinou
nofinal:"N
enhumdeterm
inismo
ideológicopode
aventurar-sea
preverofuturo,
mas
parecem
uitoevi
denteque
esteestá
marcado
pelossignosoposros
doapl1rtheid
ouda
revolUÇ
iosocial"411.
Com
onão
sobreveioa
revoluçãosocial,instalou
Se,como
elepreviu,o
apartbeidsocial
quepresenciam
os.Paraparodiãlo,
hoje,tem
osde
escrever:nenhum
determinism
oideológico
podeaVentUtar~se
aprevero
futuro,m
asparece
muito
evidenteque,
Senão
enfrentarmos
oapartbeid
social,afundaremos
nabarbárie
quejá
nosassom
brac
pereceremos
como
nação.
~,C
rltiraà
razãodualiJta/O
ornitorrinco,cir.,
p.119.
-)
o~IAIS
PO
LfT
ICO
DO
ST
E.\lA
SE
( :O,\'Ô
MIC
OS
àguisa
deposfácio
J
Tendo
vencidoas eleições
presidenciaisde
2006, Lula
assumiu
CO
m
odiscurso
daretom
adado
crescimento
(aprim
eiragesrão
teriaservido
para"arrum
ara
casa","fazer
odever",
abrindo-seassim
espaço, nase
gundagestão,para
en&entara
questãodo
crescimento
econômico) . D
esse
modo,
logono
fimde
janeirode
2007,lançou-se
oProgram
ade
Acele
raçãodo
Crescim
ento(PA
C), que
seriaa
peçade
resistênciadessa
"nova"
pOSlU
ra(com
oa
políticahiperonodoxa
naviasido
naprim
eiragestão).
Foiam
blguaa
reaçãoda
chamada
opiniãopública
aessa
primeira
investidano
problema, C
omcríricas
sucedendo-seà
direitae
àesquer
da.Por
trásdessa
ambigüidade,
determinada
visãosobre
anatureza
do
processodedesenvolvim
ento(esobre
ocrescim
entodo
produro, aoqual
normalm
enteele
estáassociado).
Desde
oinÍcio
dosanos
1990, emconsonância
COm
astransform
a
çõesque
ocorriamno
planom
undial,tanto
material
quantoideofogi~
camenre,
aquestão
dodesenvolvim
entoeconôm
ico(oi ganhando
foros
detem
aestritam
entetécnico.
Estabilidade
macroeconôm
ica(leia-se
monetária
Zm
ais"am
bientefavorável"
aosnegócios
(leia-seredução
dorisco
dosinvestim
entose
aplicaçõesfinanceiras)
eestaria
garantido
ocrescim
emo
substantivoc
sustentado.
IT
extod3borado
apartir de
artigoescrito
emconjunro
Com
Rodrigo
AlvesT
eixeira
epublicado
nocaderno
Dil/hdro
daFolha
tÚS.P
aulo.em
10/2/2007.
!R
ess.1Ite-se°carãter contraditório
da ~estabiljdade~apregoada, já
quea
estabilida
de: monetária
obtidaem
1994gerou
vãriosPO
ntosde
insrabilidadeem
outras
:frc:as, como
nobalanço
depag:Jm
enrose
noaspecto
fiscal daeconom
iabrasileira.
142•
lirasllUtlivery
om
aispolfrico
dostem
aseconôrnlces
•143
mentos.para
esti~ularo
crescimento
provocouinsatisfação
nosseto
resren[J~tas.
ous:Ja,naquela
parcelada
sociedadequevive
derendas,
emparticular
daIm
ensatransferência
quese
processapelo
Estado
oqualrecolhe
impostos
oriundosda
rendagerada
pelasociedaderoda
ecom
opagam
ento~o
servi~oda
dívidapública,os
repassaa
poucos.'
":descomunallO
fluênclaque
hojedetêm
osinteresses
rentisrasestá
relactonadaà
atualfaseexperim
entadapelo
capitalismo
_a
deum
movi
mento
~eacum
ulaçãoque
seprocessa
soba
dominância
davalorização
finance~rae
quetorna
atraentesasperiferiasdo
sistema
nãom
aiscomo
alternatlv~spara
aexpansão
industrial,m
ascom
oplataform
asde
ganhos
renrísras",O
modelo
macroeconôm
icoseguido
peloB
rasilde
L~laespelha
essadom
inância.Éisso
oque
estánaraizda
servidãofinan
ceirado
Estado,
traduzidana
hiperorrodoxiada
políticam
onetária.C
,omo
secom~inou
comum
exacerbamenro
dociclo
deliquidez
ecresctrnenro
experimentado
pelaeconom
iam
undial,olançam
entodo
!:AC
acabo~por
teralgum
efeitona
raxade
crescimento
(afinalfoidem
andadireta
naveia
daeconom
ia",como
afirmou.de
modo
nãotão
preciso,am
inistraD
ilma
Roussefpor
ocasiãodo
lançamento
do
,Para
quenão
sediga
quese
trataaqui
dem
eraretórica
oposicionistaelou
deum
alese
quecarece
decom
provaçãoem
pírica.os
jornaisnoriciaram
fartamente
queos
ganhosem
moeda
forlepor
com
ada
possede
tfrulosda
dívidapública
dB
·1'á
-~
orasu,
queJ
sa~extr~mameme
elevadospara
osresidentes,são
aindam
aiores(o
dobro)p~ra.osnao'reslden~es,
De.fevereiro
de2006
aoutubro
de2007,
aposse
detítulos
publicasrendeu
aosJnves~ldor~
domésticos
umganho
de4
2%
sobreo
valorapli
cado.ao
passoq
ue
osnao-resldentes
auferiramum
ganhode
89%no
mesm
o~erfodo.
O~ue
explicaisso
éem
parteo
processode
valorizaçãoda.m
oedadornés
nca,produzido,po~sua
~ez,nu
mm
ovimento
aura-referencial.pelo
próprio
com
.portarnenro
de.ssesmvestldor~,e
emparte
aisenção
doim
postode
rendasobre
osganh~s
p~ovenlenresdesses
anvospara
investidoresestrangeiros,
No
queconcerne
ao:n
melro
dosfaw
resresponsáveis
po
resseganho
extrapoder-se-ia
alegarque
ogO
\erno~em
.poucoo
quefazer,dada
adinâm
icados
mercados
mundiais
co
sistem
ade
cambIo,flutuam
eq
ue
estáem
vigor;
mas
atese
ê~frágil,
uma
vezque
ogover~o
{emfelt,o
tudoque
estáa
seualcance
parajustam
entem
anter
essaposição
deem
issorde
at!vosallam
entedem
andadosno
mercado
internacional.M
asse
háum
ades:ulpa
.aindaque
comestãvel,para
aexistência
doprim
eirofator.
éeviden
t~q
ue
naohá
nenhum
apara
aexistênçia
dosegundo.a
nãoser
adeliberada
inren~ao
de~azer
opaís
desempenhar,
naconfiguração
armada
pelano
vadivisão
mT
ernaclon.a1~o
trabalho.~papel
queo
jogopatrocinado
pelocentro
dosistem
a.em
consonanC
I:tco~a:elites
d0r.nés:icasda
periferia.
nosim
põe,qual
sejao
deplataform
ade
valon
zaçaofinanceIra
mtcrnacional.
JA
referidaconferência
foipublicadaposteriorm
enteno
cadernoM
ais!daFolha
deS.Paulo
ena
R~viJtnMEconom
iaP
olitim.
Apesar
dasuPO
Stae
tãoalardeada
reduçãoda
vulnerabilidadeexterna
dopaís.
oB
rasilparece
cadavez
mais
distantede
ob
tero
sonhadopassaporte
financeirointernacional
(oinvestm
entgrade).T
endoquase
alcançadoa
honrariaem
2007.
om
ercadovê
agoracom
pessimism
oa
possibilidadede
obtê-laem
2008.dado
odéficitde
rransaçõescorrentesprevisto
paraesse
ano,emfunção
davalorização
doreal.
Ou
trosinal
deque
aredução
davulnerabilidade
nãoé
efeTivaé
que,
nos
mom
entosde
turbulêncianos
mercados
internacionais.com
oos
queforam
expC'
rimenrados
em2007,
provocadosquase
todoseles
pelosdesacertos
daeconom
ianorte-am
ericana,ocorre
umm
ovimento
assimétrico
segundoo
quala
moeda
dosE
stadosU
nidosdesvaloriza-se
aindam
aism
un
do
afora.m
asvaloriza-se
apenascontra
oreal.
Essa
assimetria
éprovocada,
emre
outrosfatores.
pelapolítica
mo
netdriadesm
esurada.pelos
imensos
volumes
decapital
decu
rtoprazo
queo
paistem
atraídoe
pelatotal
aberturafinanceira.
Interessantenotar
queessa
visãorecnicista
deslanchoua
partirdo
governode
FernandoH
enrique
Cardoso,justam
enteum
dosm
aiorescríticos,nas
décadasde1%
0e
1970,daconcepção
quetinha
aC
epaldo
processode
desenvolvimento,para
eleexcessivam
ente"econorni
cisra".Ainda
em1995,já
Presidenteda
República,FH
Cpronunciou
uma
conferênciaem
Washington
como
título"D
esenvolvimento:o
mais
polfticodos
temas
econ ômicos'",
indicandoque,
aom
enosem
teoria,não
sealterarasua
opiniãosobre
Oassunto.N
aprática,
porém,
foijustam
entesua
gestãoque
consagroua
inversãona
formade
encararaquestão.
Poisfoi
essam
esma
visãoque
predominou
noprim
eirogoverno
Lula.O
lançamento
doPA
C,longede
demonstrar
uma
supostavirada
dasegunda
gestão,demonstrou,ao
contrário,aperm
anênciadessacon
cepçãoestreita.
Em
poucaspalavras,
ogoverno
garantea
"estabilidadem
acroeconômica",com
aautonomiado
BancoC
entral,atacaalgunsgargalos
deinfra-estrutura
eenergia,incentiva
osetorprivado
ainvestir
e...conta
coma
sorteparaque
asituação
externanãoprejudiqueos
planos',M
asaortodoxia
também
nãose
viucontem
pladano
PAC
.Paraos
analistasortodoxos,asm
edidasdeveriamter
sidocom
plementadas
porapeno
fiscal,reforma
previdenciáriaereform
atributária
(desonerandoa
produção). Asagências
declassificação
derisco
protestaram:a
Moodys
descartouelevara
classificaçãodo
Brasil
emrazão
dadivulgação
doPA
C,
ea
MerrylL
inchdeclarou
queo
PAC
traz"incerteza
fiscal".E
ssetipode
reaçãodeixaclaro
ocaráterem
inentemente
políticodo
desenvolvimento.
Asinalização
deque
ogoverno
iriarealizarinvesti-
....
,I
(,I•l•
:~
I:j\,.I"
I.""l'.i'i
I,
.
IIi
_.-.._,/
.....~(»m
asnão
alterouem
nadaesse
entraveestrutural.
Seulan-
progra••·..•
.'
çamentO
56explicita
oquão
políticoé
oconflno
entregerar
rendae
capturarrenda,
particularmente
nu
mm
odeloem
quea
capturatem
prim.uia
sobrea
geração.~
Ao
contráriodo
queim
aginamos
ideólogosdo
governo',
mesm
oconsiderando
oPA
Cem
con
jun
toco
mas
políticassociais.
meia
dúziad
eintenções.
comatuações
dispersasdo
Estado
emáreas
.específicas.não
seconfunde
comum
planointegrado
dedesenvolV
imentO
.A
ocontrário,
reveladele
um
aconcepçáo
rasae
recnicista.E
nq
uan
toestas
linhassão
escritas,ao
apagardas
luzesde
20
07
,o
governovê
rec~sad?no
Congresso
seuprojeto
dem
anter
aexistência
daC
PM
F,e
oprim
eiro
itemque
élem
bradopelas
autoridadesco
mo~ndidato
aprom
overo
ajusteda
despesaà
receitad
imin
uíd
ade
qu
edisporá
ogoverno
em2008
éjustam
enteo
PAC
.M
esmo
queisso
nãovenha
aacontecer:
alem
brançarevela
oquão
frágile
distanteé
oPA
Cde
umverdadeiro
planode
desenvolvimento
parao
Brasil,
Um
pianodigno
d~nom
epassaria
pelarecuperação
dacapacidade
d.opaís
defazer
políricaeco
nômica.
oque
implicaria
avontade
políticade
alteraro
modelo
sobcuja
batutanos
encontramos.
..
.'
Essa
vontadeevidentem
entenão
existe.pO
ISa
dominância
finan-ceira
jáse
insu
lou
naarticulação
entreclasses
egrupos
sociaisnacio
naise
estrangeiros.Assim
.por
exemplo.
remos.
deum
lado.?s
ag:nt~do
mercado
financeirodom
éstico.cujo
poderreflete-se
nainfluência
queexercem
naescolha
dadiretoria
doB
ancoC
entral(que
geralmente
provémde
seusquadros)
e,de
ou
trolado.
osage~tes
dom:rca~o
financeiro
internacional.co
mo
mostraram
asreaçoes
dasagencIas
derating
como
Mo
od
ys
eM
errylL
inchao
lançamento
doPA
C.
Além
da
Aafirm
açáoda
ministra
foide
queo
PAC
significava"d
inh
eiropúblico
di~etona
veiada
economia",
oq
ue
con
stitui
um
aaprcciaçáo
incorretado
fenam
eno
macroeconôm
icopar.lo
qualela
estavaquerendo
cham
ara
atenção.Co
mnCv:1
deatividade
inferiorao
plenoem
prego,a
injeçãode
dinheiro,desde
quef~nc'one:
cferivamenre
como
poderde:com
praacrescido,tem
sempre
om
esmo
efell~(~u.
rnentara
taxade
crescimento
daeconom
ia).quer
provenhaele
dosetor
publi~oou
dosetor
privado.O
quea
ministra
quisdizer
comsua
expressãopouco
precl~a~
quea
injeçãode
dinheiropúblico
patrocinadapelo
PAC
rem100%
degarantia
defuncionar
como
demanda
efetivaadicional.
~V
ide,por
exemplo,Juarez
Guim
arães,~Anova
economia
políticado
governoL
ula,
TtOri4
~D
tba
u.n
.72
.juL
lago.2
00
7.
Om
aispolítico
dosternas
econômicos
•145
práticae
dadefesa
incontesresda
políticaortodoxa
noplano
monetá
rio.a
do
min
ância
financeirarevela-se
também
nodia-a-dia
daecono
mia.
Nessa
con
jun
tura.
tamb
émos
grandesgrupos
industriaisse
financeirizam.
com
oau
men
toda
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dosganhos
financeirosem
relaçãoaos
ganhosoperacionais,
osistem
abancário
temau
men
todos
ganhosco
moperações
especulativasde
tesourariaem
relaçãoaos
ganhosco
mo
fornecimento
decrédito.
eaté
mesm
ocerras
categoriasd
etrabalhadores,
cotistasde
fundosde
pensão.entram
naciranda
financeira.
poisparte
importante
deseu
estoquede
riquezavê
seucres
cimento
atreladoao
recebimento
derendas
financeiras.O
PAC
nãotraz
nen
hu
ma
med
ida
qu
eseja
capazde
min
orar
aforça
desseem
pecilhoestrutural
aodesenvolvim
entoeconôm
ico.E
sseentrave
estáengastado
naatual
configuraçãodo
poder.aqualencontra
nu
mgoverno
tímido
perame
ovigor
dadom
inânciafinanceira
um
aliadode
extrema
importância.
Am
anutençãode
umm
odeloeconô
mico
emq
ue
opaís,
mesm
onos
períodosde
calmaria,
com
oo
atual•cresce
menos
qu
eos
demais",enquanto
areversão
estásem
preà
espreitase
osvem
os,mu
dam
.é
aexpressão
claradessa
timidez
edessa
subserviência
ainteresses
alheiosaos
daim
ensam
aioriada
população.A
despeitoda
retóricado
crescimento.
dam
argemde
man
ob
raq
ue
teriasido
conquistadapelo
Estado
(como
"prêmio"
pelob
om
com
po
rtamen
tonos
qu
atroanos
anteriores)e
da"nova
economia
política"q
ue
estariaem
andamento
nasegunda
gestão,ogoverno
Lula
continua.no
fundamental,
~desem
penharo
mesm
opapel
qu
eam
es:pratica
um
apolítica
monetária
hiperconservadora,defende
reformas
liberais,patrocina
um
aabertura
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em
antém
sempre
pronto,para
usoim
ediato.odiscurso
daem
ergência?(afinal
nu
nca
sesabe
seu
ma
casanorte-am
ericananão
desabarásobre
nossacabeça).
BC
om
oa
imprensa
secansou
denoticiar.
mesm
oestando
ocontinente
latino-ame
riamo,
pelom
enosdesde
2002,em
plenosurro
decrescim
ento,o
Brasil
estevesem
pre.en
tre2
00
3e
2006,no
grupode
paísesde
menor
crescimento.
•N
estefestejado
anode
2007.por
exemplo.
qu
and
oda
intensificaçãodo
movi
men
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asbolsas
devalores
mu
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Fazenda,
Gu
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o"desenvolvim
enrisra",apressou-sea
dizerq
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oB
rasilestava
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eque
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possívelsairileso
dasturbulências,
Intencionalmente.ou
não,deuforça
aum
argumento
qu
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Paulo,Boitem
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Marcos.B
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S.Paulo,17
mar.2003,
p.86.(E
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Barros.)
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governoL
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previdenciária.SãqPaulo
emPerJpeetiVIl,São
Paulo.v.18,n.3.2004.
MA
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Ocapital;
críticada
economia
política.Trad.
Regis
Barbosa
eFláV
IOR
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Paulo.AbrilC
ultural,1983.LivrosIa
111.(Coleção
Os
Econom
istas.)(E
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oOcapital.São
Paulo,AbrilC
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Fisca],B
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araFederal,2000.
OI.lV
ElR
A,Francisco
de.O
sdireitos
doantiualor.
Petrópolis,V
ozes.1998.
(Coleção
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squerda.)
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oitempo,
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