p p p projeto politico pedagógico

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Integração entre o Pedagógico e o Administrativo:

um desafio a superar

Profª. Drª. Leda Lísia Franciosi Portal

llfp@pucrs.br

Encontro Estadual de Educação - AEC/RS:

Gestão Escolar e o Projeto Político Pedagógico

Objetivo:

- Analisar as causas que dificultam a relação entre o Setor Administrativo e o Pedagógico e a busca de prospectivas em vista de um processo institucional integrado e participativo.

- Resistência, insegurança, pouco envolvimento na participação de uma proposta nova.

- Inexperiência de gestão democrática, incentivando ao isolamento, fragmentação.

- Excesso de atividade ao lado de exigência em trabalho em equipe e ambiente favorável.

Fragilidades/Dificuldades que as Fragilidades/Dificuldades que as Instituições alegam:Instituições alegam:

- Clima competitivo, interesses diversos, “boicotes”,objetivando comprometer competências.

- Desconhecimento considerável sobre o P.P.P., como construí-lo e a forma como poderia “ajudar” no sistema autoritário e necessidades da Instituição.

- Demanda tempo de amadurecimento (situações curiosas, aspectos que estão dando certo, alertas de necessidades de retomar discussões).

- Concepções de Projeto (apesar das discussões teóricas, reflexões - posições diversificadas desconsiderando trajetória e tradição que a instituição possui - traços importantes de sua Identidade).

- Na concepção, na implantação e na implementação das propostas político -pedagógicas, preocupação de como assegurar que as mesmas, definidas em nível mais global ou em instâncias intermediárias sejam realmente refletidas, incorporadas e viabilizadas pela residência na realização das políticas. Entre o pensar as propostas num processo de construção coletiva e sua concretude no cotidiano há um fosso considerável.

- Amadurecimento das idéias e estratégias necessárias à construção do Projeto precisa acontecer dentro de um grupo (gama de fatores de entrave: rotatividade, necessidade de recomposição das equipes de direção e coordenação pedagógica, comprometimentos pessoais, uso inadequado de poder).

- Temas predominantes nas discussões: abordagem conceitual e operacional do P.P.P., avaliação, qualidade de ensino, democratização do saber, currículo, interdisciplinaridade, gestão democrática (contradição entre o dito e o feito, pouca experiência democrática/necessidade de compatibilizar e equacionar problemas ligados simultaneamente ao ambiente micro e o macro, representado pela Política Educacional proposta).

- Aspectos gerais de formação técnico - pedagógica dos profissionais que dirigem e ou atuam na Instituição (aspectos cristalizados, desatualização, pouca formação pedagógica).

- Pesquisa do Cotidiano (observações, registros, coleta de informações sem viesá-las, análises, sistematização das informações).

- Incoerência entre o discurso veiculado e a prática realizada ( singularidades da Instituição, reducionismo do P.P.P. a roteiro rígido).

- Espaços onde os discursos e as tomadas de decisão têm assumido “pesos” diferenciados. E forte a cultura do ouvir e concordar e não a cultura do promover rupturas rumo à decisão e à intervenção no pensar e fazer.

- Segmentos envolvidos nas discussões em diferentes instâncias (dificuldades consideráveis em articular um discurso de reflexão coletiva com uma prática da mesma natureza - mesmo consciente das dificuldades naturais do trabalho pedagógico, aspectos burocráticos, escassez de tempo, corporativismos, intermediação de interesses).

- Dificuldade de deflagrar ações em seu cotidiano, visando corrigir as disfunções detectadas após as discussões com todos os segmentos. A superação requer análise detalhada e criteriosa das formas de minimização/resolução dos problemas para avançar na consolidação de uma prática pedagógica engajada com a contemporaneidade.

- A enorme complexidade que se tornou uma das características predominantes da

sociedade industrial atual

-Restrita compreensão das instituições escolares como organização humana/sistema

vivo

- Reducionista compreensão de ser humano

Possíveis Causas

torna-se cada vez mais evidente que tanto sob o aspecto

tecnologiaorganização

constituem

• força maior de destruição do ambiente planetário

• principal ameaça à sobrevivência da humanidade

Complexidade

Capitalismo Global

Em sua forma atual

É manifestadamente insustentável

Econômico

Ecológico

Social

Espiritual

Por Outro Lado há em Relação às Maravilhas da Tecnologia Industrial e Eletrônica

•profunda admiração

•reconhecimento da necessidade de

mudança

MACULADA

•sensação de inquietude / mal

estar

•incapacidade para lidar com a mudança, gerando ambiente organizacional

irreconhecível

incapacidade para lidar com a mudança

Dualidade das Organizações Humanas

Comunidades de Pessoas

Interagem para:

• Construir relacionamentos

• Ajudar-se mutuamente

• Tornar significativas suas atividades cotidianas num

processo pessoal

Instituições Sociais

Criadas com objetivos específicos:

• Ganhar dinheiro

• Administrar distribuição do poder político

• Socializar conhecimento

Paradoxo

Instituições Sociais

• Parecem mais poderosas do que nunca (fora)

• Negócios dominam a política

• Lucros e valores das ações alcançam altos patamares

Comunidades de pessoas

• Vivem sob enorme tensões

• Trabalham muito mais

• Tempo restrito para relacionamentos

Paradoxo

Instituições Sociais

Comunidades de Pessoas

• Pouca satisfação com a vida

• Insegurança face às incertezas, imprevisibilidades

• Empurrados pelas forças globais do mercado

• Perda de controle (gerando inquietude e mal-estar)

Para construir uma sociedade sustentável

implica repensar desde a base de boa parte de nossas tecnologias e instituições sociais

transpor o abismo que se abriu entre os projetos humanos e os projetos

ecologicamente sustentáveis da natureza

É essencial que gestores compreendam a interação necessária entre

estruturas formais explícitas

redes informais auto-geradoras

• descrevem conjunto de regras / regulamentos

políticas formais / estratégias /

procedimentos que definem as relações entre

pessoas e tarefas, determinando distribuição

de poder;

• redes de comunicação fluidas

e oscilantes, propiciadoras de participação em empreendimento

comum;

• aparecem em organogramas,

estatutos, manuais e orçamento

• otimizam processos de produção / vendas

• dão estabilidade à instituição

• facilitam permuta de

informações

• são geradoras de conhecimento

tácito

• propiciam prática comum / limites

flexíveis de significado

Formais Informais

materializam-se nas pessoas que se dedicam à prática comum,

proporcionando novidade, criatividade,

flexibilidade, que capacita mudança e evolução

representam a vida e a criatividade da organização

Redes Informais

Se a vida de uma instituição reside em suas comunidades informais de prática, o grande desafio

gerencial/administrativo

• gerenciar a estrutura formal de modo que reconheça, apoie e fortaleça suas redes informais

de relacionamento

• propiciar espaço social para florescimento das estruturas informais

• deixar que as estruturas formais cuidem do trabalho de rotina e recorrer às estruturas informais

para tudo o que transcende, liberando energia e criatividade

• entender as instituições como sistema vivo

• tornar o processo de mudança significativo para as pessoas desde o início

• assegurar a participação, proporcionando ambiente no qual a criatividade possa aflorar

• chamar as pessoas para o processo de repensar, reprojetar e reestruturar a instituição/liberdade de

recriar-se

• ofertar impulsos significativos e princípios orientadores em vez de instruções rígidas e

determinadas

• criar uma cultura de aprendizado que encoraje o questionamento constante e

recompense a inovação

• criar um clima de confiança e apoio frente à sensação de instabilidade, insegurança e mal-

estar

• usar o próprio poder, que o cargo lhe confere, para possibilitar que o poder dos

colaboradores aflore

• responder com flexibilidade as perturbações externas/ do ambiente ( novas pessoas, novas

idéias, novos conhecimentos, novas tecnologias)

• criar rede ativa de comunicação/ múltiplos anéis de realimentação, visando a melhoria de

qualidade das comunidades internas

• aumentar a dignidade e a humanidade dentro da instituição

• integrar os desafios da sustentabilidade ecológica no planejamento estratégico

institucional

“ À medida em que as pessoas se dedicam a um empreendimento conjunto,

acabam desenvolvendo uma prática comum de fazer as coisas e relacionar-se entre si, permitindo tornar-se elo que liga as pessoas envolvidas no atingimento de

seus objetivos comuns”.

Comunidades de Prática

Comunidade de prática caracteriza-se por três traços fundamentais: um

compromisso mútuo assumido entre os membros( dinâmica de uma rede auto-

geradora); um empreendimento comum (objetivos significativos) e, com tempo,

um repertório comum de rotinas, conhecimentos, regras.

dinâmica de cultura

contexto comum de

significados

corpo de conhecimentos

regras de conduta

criação de identidade entre os membros da rede social

baseada

sensação de fazer parte de um grupo / forte noção de comunidade

Nas organizações humanas as soluções emergentes criam-se dentro do contexto de uma determinada cultura institucional.

Nova ordem não é inventada por nenhum indivíduo em particular, surge

espontaneamente em decorrência da criatividade coletiva da instituição.

As organizações humanas sempre contém estruturas projetadas e

estruturas emergentes.

Instituição/Organização Humana como Sistema Vivo

• Criam-se / recriam-se continuamente

(conhecimento é natural / partilha experiência satisfatória)

• São redes não-lineares complexas

• São redes sociais vivas que geram a si mesmas produzindo um contexto comum de significados, um corpo de conhecimentos, regras de conduta,

um limite e uma identidade coletiva para seus membros

Saúde de uma Organização

Ainda é vista por:

• lucros - valor das ações – fatia de mercado - outros parâmetros econômicos

que fazem pressão para garantir retorno dos investimentos o mais rápido possível, sejam

quais forem as conseqüências

• na vida das organizações e das comunidades dentro dela

• integridade / bem-estar dos integrantes

• meio natural e social / sustentabilidade ecológica

Quanto mais compreendermos a

natureza da vida e tomarmos

consciência de o quanto uma

organização pode ser realmente viva,

tanto maior é a nossa dor no perceber a

natureza mortífera do nosso atual

sistema econômico.

Características de Empresa “longeva”

• forte noção de comunidade e identidade

coletiva

•construída / conjunto de valores comuns

• abertura para o meio externo

• comunidade amparando esforços

para atingir os próprios objetivos e otimizando pessoas

• adaptação a novas circunstâncias

instituição econômica

Instituição aprendiz

(Wilber 2000)

Projeto Político Pedagógico e a Construção da

Comunidade Educativa

Projeto Político Pedagógico

- O que é?- Para que serve?- Qual o ponto de partida?- Quais as pressuposições e exigências?- Marco referencial?- Eixos orientadores?- Processo de construção: concepção e execução.

(...) a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da instituição é a construção do projeto Político Pedagógico assentado na concepção de sociedade, educação e instituição que vise à emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se constituir como processo, o projeto reforça o trabalho integrado e organizado da equipe institucional, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da instituição para que atinja o seu objetivo político pedagógico.

(Veiga 1996, p.157)

. . é um documento que não se reduz à dimensão pedagógica, nem muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de cada professor em sua sala de aula;

. é um produto específico que reflete a realidade da instituição, situada em um contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado;

Projeto Político Pedagógico

O que é?

. é um instrumento clarificador da ação educativa da instituição em sua totalidade;

. é tarefa da instituição;

. é a própria organização do seu trabalho pedagógico;

. é processo nunca concluído que se constrói e se orienta com intencionalidade explícita (prática pedagógica). Busca rumo, direção, unidade e coerência das ações;

. é permanente processo de discussão, reflexão das práticas, das preocupações (individuais e coletivas) dos obstáculos aos propósitos da instituição, da educação e de seus pressupostos de atuação;

. é a marca, a identidade da instituição;

. é a vida concretizada em sua dinâmica; . é instrumento que mostra o que vai ser feito, quando, de que modo, por quem, para quem;

. é a expressão operativa da intencionalidade da educação desejada pelos sujeitos da ação que estabelecem planos, compromissos, auto-implicados nos propósitos que definem e projetam;

. é a ousadia da instituição em assumir sua auto-gestão;

. é a conquista da autonomia que se atinge quando se entende o significado de sua proposta, no sentido de sua provisoridade;

. deve ser entendido como um situar-se num horizonte de possibilidades na caminhada, no cotidiano, imprimindo direção. Direção que se fará ao se entender e propor uma organização que se fundamente no compromisso compartilhado. Direção à substância do Projeto.

Projeto Político Pedagógico

Politicamente comprometido, reestrutura a instituição em articulações coerentes, imprimindo-lhe uma unidade interna que se expressa:

nas formas de orientar o processo metodológico de condução do ensino

nas relações amplas e complexas do cotidiano responsáveis pelas aprendizagens mais significativas, uma vez que consolidam valores e desenvolvem culturas

Projeto Político Pedagógico exige:

- profunda reflexão sobre as finalidades da instituição;

- explicitação do seu papel;

- clara definição dos caminhos, das formas operacionais e das ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo;

- aglutinação das crenças, convicções;

- compromisso político e pedagógico coletivo;

- concepção a partir das diferenças, existentes entre seus atores: (professores, equipe técnico-administrativa, direção, coordenadores, residentes, profissionais de diferentes áreas e representantes da comunidade local).

Processo de Construção do Projeto Pedagógico

Devemos levar em conta dois momentos interligados e permeados pela avaliação:

o da concepção e o da execução.

- ser um processo participativo de decisões;

- preocupar-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e contradições;

Quanto à concepção

Um projeto de qualidade deve apresentar as seguintes características:

- explicitar princípios baseados na autonomia da - explicitar princípios baseados na autonomia da instituição, na solidariedade entre seus agentes instituição, na solidariedade entre seus agentes educativos, no estímulo à participação de todos educativos, no estímulo à participação de todos no projeto comum coletivo;no projeto comum coletivo;

- conter opções explícitas na direção da superação de problemas, no decorrer do trabalho educativo, voltado para uma realidade específica;

- explicitar o compromisso com a formação do cidadão.

- Nasce da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e de situações nas quais tais problemas aparecem;

- é exeqüível e prevê as condições necessárias ao seu desenvolvimento e avaliação;

Quanto à execução

- implica ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da instituição;

- é construído continuamente, incorporando processo e produto numa interação possível

Projeto Político Pedagógico não visa simplesmente a um “rearranjo formal da

instituição, mas a uma qualidade em todo o processo vivido”

Não basta só mobilizar há que se propiciar situações para aprender a pensar e a realizar o

fazer pedagógico coerente.

Construção do Projeto Político Pedagógico requer:

Um assumir pela instituição, necessitando longo processo de reflexão - ação (teoria – prática), orientado por duas dimensões básicas: Política e Pedagógica

- diz respeito aos propósitos que motivam e mobilizam o grupo para a promoção das mudanças;

- intencionalidade que articula a ação educativa a um projeto histórico definido (fins e objetivos).

Dimensão Política

Dimensão Pedagógica

- refere-se ao nível das mudanças curriculares, metodológicas e administrativas que processualmente deverão ocorrer na instituição - - paradigma epistêmico - conceitual

redução dos índices de reprovação, demissões, evasão, nível de aprendizagem, satisfação pessoal, envolvimento da comunidade, melhoria do padrão de qualidade.

elementos que definem padrões e critérios de avaliação do projeto.

A Unidade Dialética dessas duas dimensões deverá expressar-se nas

conseqüências político – pedagógicas:

Eixos Orientadores do Projeto Político Pedagógico

. Filosófico e Sociológico

. Epistemológico

.Didático - Metodológico

Filosófico e Sociológico

Compromisso com a formação do cidadão participativo para um tipo de sociedade. Definido o tipo de sociedade que queremos construir, discutir qual a concepção de educação correspondente.

Indagações

- Qual é o contexto filosófico, sociopolítico, econômico e cultural em que a instituição está inserida?

- Que concepção de homem se tem?

- Que profissional formar?

- Que valores devem ser defendidos na sua formação?

-O que entendemos por cidadania? Que é de fato cidadão?

- Em que medida a instituição contribui para a cidadania?

- A formação da cidadania tem sido o fio condutor do trabalho pedagógico da instituição?

- Até que ponto a instituição se preocupa em colocar o sujeito aluno como centro do processo educativo?

- Como a instituição deve responder às aspirações dos alunos, pais, professores?

- Qual é o papel da instituição diante de outros espaços formadores?

Epistemológico

Conhecimento e realidade são construídos e transformados coletivamente. O processo de construção do conhecimento deve pautar-se sobretudo na socialização e democratização do saber. Conhecimento dinâmico, significativo, adequado ao interesse e faixa etária do aluno.

Garantia da relação de unicidade entre teoria e prática, conhecimento geral e específico, conteúdo e forma, técnico e político.

Indagações

- Qual é o nosso papel neste momento, uma vez que há uma compreensão, entre nós, professores e especialistas, de que a produção do conhecimento é condição “sine qua non” para a formação do educando?

- O que é construir conhecimento no campo da educação básica?

- Como construir um conhecimento - Como construir um conhecimento interdisciplinar, transdisciplinar e globalizador, interdisciplinar, transdisciplinar e globalizador, que consiga de fato, trabalhar o específico e que consiga de fato, trabalhar o específico e avançar para a compreensão das relações avançar para a compreensão das relações sociais?sociais?

- Como construir a prática pedagógica de forma que o conhecimento seja trabalhado como processo e, desta forma, contribuir para a autonomia do aluno do ponto de vista intelectual, social e político favorecendo a cidadania?

- Como a relação entre ensino e pesquisa pode favorecer esta construção?

- Que fontes de informações podem ser utilizadas?

- Como definir o que é essencial e o que é complementar na organização do conhecimento curricular?

- O aluno deve participar da organização dos programas da instituição?

- De que forma partir do conhecimento trazido pelo estudante, para relacioná-lo com o novo conhecimento?

- Como propiciar a aquisição de conhecimentos e habilidades intelectuais aliada às atitudes de cooperação, co-responsabilidade, iniciativa, de organização, de decisão?

- Como viabilizar a compreensão das relações sociais que dado trabalho gera com relações sociais mais amplas por meio de conteúdos curriculares históricos, críticos, criativos, não tomados em si, mas à luz do trabalho em questão?

- Qual a concepção de conhecimento de currículo, de ensino, de aprendizagem, de metodologia e de avaliação?

O Projeto Político Pedagógico , construído pela própria comunidade escolar, é o definidor de critpério para a organização curricula e a seleção de conteúdos.

Didático - Metodológico

A sistematização do processo ensino – aprendizagem precisa favorecer o aluno na elaboração crítica dos conteúdos, por meio de métodos e técnicas de ensino e pesquisa que valorizem as relações solidárias e democráticas.

- pesquisa de campo, oficinas pedagógicas, trabalhos em grupo, debate, discussão, estudo dirigido, estudo de texto, demonstração em laboratórios, entrevista, observação das práticas escolares, visitas, estágios, cursos, pautados em um trabalho interdisciplinar/transdisciplinar.

Sugestões metodológicas:

Existem vários caminhos para sua Existem vários caminhos para sua construção, entretanto enfatiza-se os construção, entretanto enfatiza-se os movimentos do processo, sinalizados por movimentos do processo, sinalizados por três marcos distintos:três marcos distintos:

Situacional – Conceitual – Operacional

seguidos de

Diagnóstico - Programação

Construção do Projeto Político Pedagógico

Realidade Global Existente: problemas – desafios – esperanças

- É o situar-se no mundo: como o vemos, compreendemos e sentimos.

- É compreender-se como parte do mundo.

- É como o grupo percebe a realidade global.

- Análise da realidade em que a instituição está inserida / sinais de vida e morte.

Marco Situacional

- - Descreve a realidade em que desenvolvemos nossa ação. É o desvelamento da realidade sócio política, econômica, educacional e dos conflitos e contradições postos pela prática pedagógica. É aprender seu movimento interno de tal forma que se possa configurá-la, fortalecida pela reflexão teórica-prática. Implica levantar questões:

- - Como compreendemos a sociedade atual? Tendências, valores (pontos positivos e negativos).

- Qual é a realidade de nossa instituição em termos legais, históricos, pedagógicos,financeiros, administrativos, recursos humanos, físico e materiais?

- Quais são os dados demográficos da região que se situa a instituição?

- Qual é a população alvo da instituição?

- Quais as suas características em termo de nível sócio-econômico, cultural e educacional?

- Qual o papel da educação/instituição nesta realidade? (Posicionamento Político )

- Qual a relação entre a instituição e o mundo do trabalho?

- - Quais as principais questões apresentadas pela prática pedagógica?

- O que é prioritário para a instituição?

- Quais alternativas de superação das dificuldades detectadas?

Refere-se à concepção/visão de sociedade, homem, educação, instituição, currículo, ensino, aprendizagem, metodologia – orientação paradigmática.

Diante da realidade retratada, que referencial teórico, que concepções se fazem necessárias para a transformação da realidade? (direção para qual nos movemos)

Marco Conceitual/ Doutrinal

- Que tipo de alunos queremos formar? Que atitude deles esperamos?

- Para qual sociedade? Com que valores?

- Qual a razão se ser da instituição? Que qualidade queremos? Que papel desejamos?

- Que visão de homem, deve fundamentar as ações?

- Que experiência queremos que o nosso aluno vivencie no dia-dia da nossa instituição? Que sentido tem a esperança?

- Quais as decisões básicas referentes ao que, para que e a como ensinar, articulados ao para quem?

Neste momento conceitual devem ser levados em consideração os eixos norteadores do projeto, anteriormente discutidos.

Realidade Desejada:

- Expressa a utopia da instituição – opções sobre Projeto Educativo – Dimensão Administrativa, Financeira e Pedagógica (específico de cada instituição e determinada pelos princípios que a orientam).

(firma o ideal da prática- condições de trabalho: envolvimento/participação)

Marco Operacional

- Orienta-nos quanto ao como realizar a nossa ação. É o momento de nos posicionarmos com relação à atividades a serem assumidas para transformar a realidade da instituição. Implica tomada de decisão de como vamos atingir nossas finalidades, nossos objetivos e nossas metas.

- Na operacionalização se verifica se as decisões foram acertadas ou erradas e o que é preciso revisar ou reformular.

Indagações:

- Quais as decisões necessárias para a operacionalização?

- Como redimensionar a organização do trabalho pedagógico?

- Qual o tipo de gestão?

- Quais as ações prioritárias?

- São exeqüíveis?

- Qual o papel específico de cada membro da comunidade institucional?

- Que recursos a instituição dispõe para realizar o seu projeto?

- Quais os critérios gerais para elaboração do calendário institucional, horários letivos e não letivos (incluindo os de capacitação)?

- Quais as necessidades de formação inicial e continuada dos diferentes profissionais que trabalham na instituição?

- Quais os critérios para a organização e utilização dos espaços educativos (internos e externos à própria instituição)?

- Como será feita a organização de turmas por professores, em função da especificidade das situações e diversificadas, inerentes à própria estrutura curricular dos cursos desenvolvidos pela instituição?

- O que significa ser sujeito co - responsável pela aprendizagem?

- Que alianças podem ser feitas?

-O que é qualidade de ensino?

- Que igualdade social é possível?

- Como cresce a solidariedade?

- Como construir um sistema de avaliação mais justo?

- Quais os critérios operacionais para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente, do currículo, dos projetos não curriculares e do próprio projeto político-pedagógico da instituição?

-Qual a relação entre o pedagógico e o administrativo no processo de gestão?

-O que significa construir projeto político pedagógico como prática social coletiva?

- Qual o papel das instâncias colegiadas da instituição, tais como: Conselho da Instituição, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, Associação de Pais e Mestres, Clubes diversos e etc.

- Como se efetiva o acompanhamento de egressos?

Juízo da Realidade em relação à utopia:

Inventário – avaliação – identificação de necessidades e prioridades.

Transformações Propostas.

Diagnóstico

Programação

SIGNIFICADO

FORMA

MATÉRIA

PROCESSO

“O tipo de esperança sobre o qual penso freqüentemente, ... compreendo-a acima de tudo

como um estado da mente, não um estado do mundo. Ou nós temos a esperança dentro de nós ou não temos; ela é uma dimensão da alma, e não

depende essencialmente de uma determinada observação do mundo ou de uma avaliação da

situação ... (A esperança) não é a convicção de que as coisas vão dar certo, mas a certeza de que as

coisas têm sentido, como quer que venham a terminar.”

(HAVEL, Václav in Capra 2002, p. 272)

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