os artefatos têm política? · controlar a reação de fissão nuclear em cadeia •a estrutura é...
Post on 07-Dec-2018
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Dados básicos
• É a energia liberada a partir de uma reação nuclear para gerar calor e, a partir dele, eletricidade.
• Essa reação (fissão) ocorre num reator nuclear e seu combustível principal é o Urânio-235.
• A energia nuclear representa 5,7% da energia primária global e produz 13% da eletricidade (nos EUA, 20%).
• Há 437 reatores nucleares em operação, em 31 países. • Além disso, há cerca de 160 navios movidos por
propulsão nuclear (dotados de reator a bordo). • 1ª bomba atômica: Los Alamos EUA), 1945 • 1º reator: 1956: Calden Hall (Cumbria, Inglaterra)
O que é o átomo?
• Por muito tempo imaginou-se que fosse a menor porção da matéria (hoje se conhecem diversas partículas sub-atômicas)
• É formado por um núcleo ao redor do qual orbitam partículas menores (elétrons)
• O núcleo é formado por prótons e nêutrons.
• A energia que mantém prótons e nêutrons juntos no núcleo atômico é a energia nuclear.
Como se libera a energia nuclear?
• A solução encontrada: fissão (de um átomo pesado = muitos prótons e nêutrons) em dois átomos menores, lançando contra ele um nêutron. Essa divisão libera energia em forma de calor.
• No caso do U-235, ao se fazer isso, liberam-se 2 a 3 nêutrons, que são lançados contra outros átomos de U-235, gerando uma reação em cadeia.
O enriquecimento do urânio
• O U-235 tem em seu núcleo 92 prótons e 143 neutrons. Além dele, existe o U-238, com uma proporção 92/146, e bem + difícil de dividir.
• O U-235 é raro. Em cada 1.000 átomos de U, apenas 7 são U-235 (0,7%) e 993 são U-238.
• Mas, nos reatores + comuns, é necessária uma concentração de 3,2% de U-235.
• Por isso, se retiram prótons do U-238 para aumentar a concentração de U-235.
• Cuidado: se essa concentração chegar a 90%, a reação se torna incontrolável (bomba atômica).
O reator nuclear
• A reação gera-se alta intensidade de calor (600° C). Para diminuir a temperatura e evitar o derretimento do reator utiliza-se água. Assim se produz vapor, que, subindo em alta velocidade, faz girar uma turbina...
• Os elementos resultantes da fissão são radiativos e, por isso, devem ficar dentro do reator.
• A reação ocorre dentro das varetas de combustível, a 1ª barreira a separá-la do exterior.
Barreiras sucessivas
• Na estrutura onde estão as varetas também existem tubos guias por onde passa a barra de controle. Formada geralmente por cádmio, essa estrutura absorve nêutrons, com o objetivo de controlar a reação de fissão nuclear em cadeia
• A estrutura é colocada num vaso de ação “de pressão”), que pode ter, p.ex. 33 cm de espessura (Angra-I) ou 23,5 cm (Angra 2).
• Esse recipiente (Vaso de pressão do reator) contém a água de refrigeração do reator.
Ainda as barreiras
• Vaso de pressão é montado sobre estrutura de concreto de 5m de espessura na base,
• A redor dele há uma carcaça de 3,8cm de espessura: a contenção. Obj: evitar o vazamento de gases e vapores da reação.
• Um último envoltório, de 1m de concreto (Angra), é o próprio edifício da reação.
Acidentes nucleares
• Em quase todos os casos, os vazamentos foram contidos dentro do reator, sem liberar radiação para o meio-ambiente.
• Three Mile Island (EUA, 1979), derretimento parcial do reator, com liberação de gases radiativos para o meio ambiente.
• Tchernobyl (URSS, 1986): explosão do reator, com 31 mortos (na hora), nuvem radiativa...
• Fukushima (Japão, 2010): explosão de 3 dos 6 reatores da usina, em meio a um terremoto e tsunami que mataram mais de 15 mil pessoas
Participação da energia nuclear na geração de eletricidade (por país)
• França – 79
• Lituânia – 70
• Bélgica – 56
• Eslováquia – 56
• Ucrânia – 49
• Coréia do Sul – 45
• Suécia – 45
• Bulgária - 44
...
• Armênia – 43 • Eslovênia – 42 • Hungria – 37 • Finlândia – 33 • Suíça – 32 • Alemanha – 31 • República Tcheca – 31 • Japão – 29 • Espanha – 20 • Reino Unido – 20 • EUA – 20 • Rússia – 16 • Canadá - 15
Vantagens
• Produção é igual à térmica (relativa/ barata)
• Combustível(urânio) disponível em gde qntidd
• Não emite fumaça nem CO2
• Imensa energia obtida a partir de pequena quantidade de combustível
• Pequeno volume de resíduo
• Confiável: fornecimento regular de energia
Desvantagens
• Resíduos muito perigosos que levam milhares de anos para perderem a radiotividade
• Enormes gastos com a segurança
• Quando ocorre uma catástrofe, o impacto é maior que qualquer outro tipo de acidente
As resevas de urânio (%)
• Austrália – 24,6
• Cazaquistão – 14,4
• Canadá – 13,9
• África do Sul – 9,2
• Namíbia – 7,1
• Brasil – 5,9
• Rússia – 4,1
• EUA – 3,6
O “renascimento nuclear”
• Entre 2000 e 2010, 39 novas usinas nucleares entraram em operação – a maioria na Ásia.
• Três quartos das 61 usinas atualmente em construção se situam em quatro países: China, Índia, Coréia do Sul e Rússia.
• China planeja quadruplicar sua energia nuclear até 2020, atingindo o mesmo número de usinas que os EUA.
Energia nuclear no Brasil
• 3% da energia elétrica no país
• 1955: Comissão Nacional de Energia Nuclear
• 1957: primeiro reator para pesquisas
• 1972: Início da construção de Angra 1
• 1975: Rompimento da cooperação nuclear com EUA e assinatura de acordo c/Alemanha
• 1985: Angra 1 entra em operação comercial
• 2001: Início da operação de Angra 2
• 2018: Previsão para inauguração de Angra 3.
Porém:
• Exemplo do antropólogo Munford Lewis:
• Viadutos em Long Island (Nova York) construídos entre as décadas de 1920 e 1970.
• Eles são estranhamente baixos: 2,6 metros.
• Ônibus (3,5 m) não podem passar.
• Isso ocorre especialmente no trajeto para Jones Beach, um grande parque (e praia).
• Qual o motivo?
Intenções racistas e elitistas
• Robert Moses (planejador urbano) queria evitar o acesso de pessoas pobres e negros.
• Acesso só de carro.
• Moses ainda impediu extensão da ferrovia de Long Island até a Jones Beach...
• Política geral de favorecer o automóvel.
Arquitetura/urbanismo tem ideologia?
• Arquitetura e planejamento urbano: áreas especialmente sensíveis a fins políticos
• Paris: largas avenidas construídas pelo Barão Hausmann após as rebeliões populares/1848.
• Prédios de concreto nas universidades/EUA.
• Os bancos do início do século XX...
• O caso da Cidade Universitária em SP
• E as rampas do Kassab?
Segundo o autor...
• O caso de Long Island mostra claramente que, entre as motivações humanas por trás das inovações tecnológicas, se inclui o desejo de dominar os outros, ou de excluir setores da sociedade do acesso a algum lugar.
• Isso pode ocorrer até mesmo ao custo de algum ocasional sacrifício na redução de custos.
Caso da empresa Cyrus McCormick
• Metalúrgica em Chicago, década de 1880.
• Contexto: intensos conflitos trabalhistas.
• Decisão: introduzir novas máquinas a ar comprimido, ainda não testadas, a alto custo.
• Modernização do equipamento?
• Objetivo real: afastar os trabalhadores mais experientes, que organizaram o sindicato.
• Na prática: máquinas abandonadas após 3 anos.
Tudo é conspiração?
• Nem sempre:
• Os aparatos que resultavam na exclusão de deficientes físicos: negligência
• Mas a discussão vai além do “intencional” e do “não intencional”:
• Em certas instâncias o desenvolvimento técnico já está direcionado para produzir resultados que envolvem interesses sociais.
Ao vencedor, os tomates...
• Colheitadeira desenvolvida na Universidade da Califórnia a partir dos anos 1940
• Colhe tomates em uma única passagem por fileira, cortando as plantas a partir do solo
• Tomates acomodados automatica/: gôndolas plásticas com capacidade até 25 toneladas
• Variedades de tomates mais duros, resistentes
• Antes: trabalhadores separavam os tomates
Resultado da nova colheitadeira
• Número de produtores caiu de 4 mil para 600 entre o início dos anos 60 e 1973
• Motivo: ao preço de US$ 50 mil, máquinas só eram compatíveis com produção concentrada
• Ao final dos 70s, mecanização tinha eliminado 32 mil empregos na indústria do tomate
• Aumento na produtividade beneficiou os grandes plantadores, às custas dos demais
Impossível falar em conspiração
• Trata-se de “um processo social em curso no qual o conhecimento científico,
a inovação tecnológica
e o lucro corporativo se reforçam mutuamente
em padrões padrões entreçalados, que carregam o inequívoco selo do poder econômico e político.”
Padrões sutilmente enraizados
• A colheitadeira é a corporificação de uma ordem que beneficia alguns e pune outros.
• Nesse contexto...
• Quem se coloca contra é logo classificado como:
• “anti-tecnologia” ou “anti-progresso”...
Dois tipos de escolha...
• ...que podem alterar a distribuição relativa de poder, autoridade ou prestígio:
• Primeiro tipo: desenvolver e adotar a coisa...
... Ou não?
Exemplos: agrotóxicos, construção de estradas, energia nuclear, represas, armas high tech
Razões para adotar ou não valem tanto quanto a decisão em si (para que servirá Belo Monte?)
Um segundo tipo de escolhas:
• Depois que a decisão principal já foi tomada, é a hora dos “detalhes”:
• A rota em que será construída a linha elétrica
• O sistema de televisão digital: japonês, europeu ou brasileiro?
• A tecnologia da represa em “linha d’água”...
(No caso dos tomates,acréscimo de mecanismo de classificação eletrônica.)
Por trás de tudo isso...
• ...se observa o fato de que projetos tecnológicos aparentemente inócuos, em sistemas de trânsito, irrigação etc, mascaram escolhas sociais de profunda significação.
• As coisas que nós chamamos de tecnologia são formas de construir a ordem no mundo.
• Influenciam a maneira como as pessoas vão trabalhar, se comunicar, viajar, consumir....
O + importante é a escolha inicial
• Decisões estruturantes: uma vez que os compromissos iniciais são assumidos, as escolhas tendem a se tornar fortemente fixadas no equipamento material, no investimento econômico e no hábito social.
• A flexibilidade inicial desaparece na prática.
• Inovações tecnológicas: similares às leis que estabelecem uma estrutura de ordem pública. Efeitos das escolhas podem durar gerações.
E quando a escolha envolve o sistema de organização da vida social?
• (Ou seja: até aqui, tratamos de tecnologias usadas em arranjos específicos...)
• Lewis Munford (1960s): Desde a pré-história, dois tipos de tecnologia convivem:
• Autoritária: “centrada em sistemas, imensamente poderosa, mas inerentemente instável”
• Democrática: “centrada no ser humano, relativamente fraca, mas flexível e durável”
Em debate, o autoritarismo
• Engels: defesa da autoridade forte como condição necessária à indústria moderna.
• O processo industrial da fiação: divisão clara de tarefas, “timing” fixado pela chefia, rígida disciplina. Trabalhadores têm de aceitar os horários regulares, subordinar suas vontades individuais aos responsáveis pela operação.
• O risco: de que a produção venha a parar.
O caso da energia nuclear
• Opção exige estrutura centralizada, com alto grau de controle.
• Reciclagem do plutônio: leva ao aprofundamento do poder autoritário dos que comandam o sistema: medidas “extraordinárias”...
• Imperativos técnicos se sobrepõem a qualquer consideração moral ou política.
Nuclear x energias alternativas...
• “Uma confiança segura no poder nuclear como principal forma de energia só será possível num estado autoritário.”
• “Fontes solares dispersas são mais compatíveis com a igualdade social, a liberdade e o pluralismo cultural do que as tecnologias centralizadas.” (David Hayes)
Sempre alguém vai mandar?
• Para Engels, esse tipo de organização do trabalho ocorre independentemente do modo de produção: capitalista ou socialista.
• Precedente: em Platão, o exemplo do navio em alto mar. Alguém acha que ele pode ser dirigido democraticamente?
• Marx: visão divergente. A crescente mecanização tornará obsoleta a divisão hierárquica do trabalho, necessária nos primeiros estágios da manufatura moderna.
A visão tecnocrática
• Desenvolvimento técnico exige/determina um modo particular de operar os sistemas de produção, transporte e comunicação:
• Organizações grandes, centralizadas e hierárquicas, administradas por gerentes altamentes especializados (Alfred Chandler)
• Exemplo das ferrovias.
• A tradicional pequena firma familiar não pode dar conta de organizar algo tão complexo.
Uma verdade absoluta?
• O autor sugere que “existem outros arranjos concebíveis de poder e autoridade”. P.ex., casos em que o trabalhador auto-gerido se mostre capaz de administrar, em um esquema descentralizado, fábricas, refinarias, sistemas de comunicação e estradas de ferro...
• ...tão bem ou melhor que as organizações verticais defendidas por Chandler.
Em suma...
• Será que Platão estava mesmo certo ao dizer que um navio no mar precisa ser dirigido por uma “mão forte” e que isto só poderia ser obtido por um único capitão e uma tripulação obediente?
• Será que os sistemas de produção em grande escala exigem controle gerencial centralizado e hierárquico?
• Não existe mesmo alternativa?
Em jogo, aqui, outro dilema moral
• Argumentos morais são utilizados pelos dois lados envolvidos no debate:
• De um lado: o argumento moral da necessidade prática
• Do outro: a noção de que é bom para o marinheiro participar do comando do navio, ou de que os trabalhadores têm o direito de se envolver nas decisões de uma fábrica.
Problema vai além da tecnologia
• No discurso político dominante, os argumentos morais de outros tipos que não os de necessidade prática aparecem cada vez mais como obsoletos, “idealistas”,irrelevantes.
• Qualquer alegação feita em nome de outros valores (justiça, igualdade) é neutralizada com argumentos “práticos”: “só assim a coisa pode funcionar”...
Muita coisa em jogo...
• Assim, naturaliza-se a velha frase:
“A democracia termina nos portões da fábrica”,
Como se isso fosse um fato normal da vida, sem nada a ver com as práticas da liberdade política.
Mas será que as políticas internas aos sistemas tecnológicos e a política como um todo podem ser facilmente separadas?
“Impaciência” com a democracia
• Pesquisa com gerentes nos EUA:
• “Se a democracia não funciona para a firma, que é a principal instituição de toda a sociedade (perguntam os executivos americanos) será que ela pode funcionar bem para a sociedade? E quando o governo tenta interferir nas decisões tomadas pela firma?”
A visão do autor
• Em qualquer circunstância é preciso levar em conta o contexto em que as decisões tecnológicas são tomadas.
• Um navio em alto mar é diferente do mesmo navio no porto...
• Fundamental: um olhar mais crítico sobre as decisões justificadas em nome de necessidades impostas por inovações tecnológicas. (Mais fáceis de aceitar...)
BOLIVIA: gás natural
• Maior exportador sul-americano de gás
• 2ª maior reserva: 27 trilhões de pés cúbicos
• Gasbol: maior projeto de integração energética do Brasil
• Fornecedor de 50% do gás natural consumido no Brasil
• 2006: “nacionalização do gás”: maior conflito da atual Política Externa Brasileiro
Contexto histórico
• Síndrome de Potosi: prata
• Séculos 19 e 20: a era dos “barões do estanho”: famílias Patiño, Hothschild e Aramayo controlavam a principal riqueza
• Petróleo: 1ª nacionalização (1937): Standard Oil of New Jersey (Exxon); criação da YPFB: Yacimientos Petroliferos Fiscales de Bolivia
• 1952: Revolução Boliviana: nacionalização do estanho
Continuando....
• 1955: desnacionalização do petróleo
• 1969: 2ª nacionalização do petróleo: Gulf
• 1985: choque neoliberal: privatizações; demissões em massa, fim da era do estanho
• A opção pelo gás natural como principal produto de exportação (p/ a Argentina)
Liberalização dos hidrocarbonetos
Um triângulo com três vértices:
1.Nova legislação: concessões, cobrança mínima de royalties (a partir de 12%)
2. Privatização da YPFB: entram Repsol, British Gas, BP, Petrobrás... (1997)
3. Construção do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol)
O Gasbol
• Extensão: 3.150 km(Rio Grande a Campinas)
• Capacidade: 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia
• Inaugurado em 1999
• Origem do gás: megacampos bolivianos de San Fernando e Sábalo (Petrobrás)
Crise do neoliberalismo
• Desindustrialização,ausência de investimentos produtivos, endividamento externo
• Deterioração social, desemprego em massa
• Ressurge o movimento social: cocaleros, indígenas...
• 2000/Cochabamba: “Guerra da Água”
• 2002: Projeto de exportação de gás para os EUA através do Chile
Nacionalismo do gás
• 2002: Evo Morales: 20,4% dos votos
• Eleito: Gonzalo Sánchez de Lozada: 22%
• Início de 2003: “Fevereiro Negro”: rebelião contra acordo com o FMI (impuestazo)
• Ganha corpo a campanha pela nacionalização do gás (também pela Constituinte)
• Manifestações, bloqueios de estradas
Guerra do Gás (outubro-2003)
• Tropas disparam contra manifestantes para romper bloqueio a uma rodovia: 26 mortos
• Rebelião popular
• 17 de outubro: renúncia de Goni
• Total de mortes: 67
• Assume o vice, Carlos Mesa
E a crise continua
• Mesa governo em “fogo cruzado”
• Situação econômica se deteriora
• 2004: referendo sobre o gás: mais de 90% a favor da nacionalização, votação dividida quanto à exportação através do Chile
• 2005: impasse provoca a segunda Guerra do Gás: renúncia de Mesa em 6 de junho
• Morales eleito com 53,7% dos votos
O Decreto de Nacionalização:2006
• Reversão da privatização da YPFB (Estado retoma o controle das empresas)
• Troca das concessões pelo regime de partilha
• Mudança das regras para a divisão da renda do gás (ao final o Estado arrecada entre 50% e 75%)
• Refinarias da Petrobrás retornam ao Estado
• Aumento espetacular da receita
• : de 5% a 21% do PIB (que cresce a 5% anuais)
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