os acidentes

Post on 07-Jul-2015

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Os Acidentes

Sim, parece estranho e muitas pessoas seespantam quando interpretamos osacidentes do mesmo modo que sãointerprestadas as outras doenças, pois sãoprovocados pelo meio externo. Argumentoque nos mostra como nosso raciocínio enossas teorias são falhos e ainda como nossopensamento e teoria correspondem aosnossos desejos.

Vivemos sempre buscando colocar a culpa noplano exterior, ou seja, é desagradáveltermos que assumir a responsabilidade pelanossa existência e por tudo o que sentimos deum modo geral.

“Nós provocamos nossos acidentes, damesma maneira como “buscamos” nossasdoenças”.

Freud já sugeriu há tempos atrás que acidentescomo colapsos linguísticos, esquecimentos, perdade objetos dentre outros deslizes são resultados deintenções inconscientes. Desde então, os estudos epesquisas em psicossomática nos mostram queexistem pessoas “com predisposição paraacidentes”. Assim, é possível dizer de uma estruturaespecífica de personalidade que tende a elaborarconflitos na forma de acidentes.

O psicólogo alemão K. Marbe em 1926 descreveu que umapessoa que sofreu um acidente tem mais probabilidade desofrer outros novos acidentes do que as pessoas quenunca foram vítimas deles.

A pesquisa com motoristas de caminhão de carga deAlexander publicada em 1950 apontou que os motoristasque tinham maiores índices de acidentes foram mudadosde emprego, mas continuaram a sofrer acidentes nosnovos empregos. O que deixa evidente que existempessoas com predisposição para acidentes e que estas osmantêm, independentemente de sua vida diária. Ele aindaexplica que na maioria dos acidentes há um elementointencional, mesmo que ninguém o perceba.

O termo “acidente de trânsito” é muitogeneralizado, é mais fácil e possível fazer umainterpretação de algo específico, ou seja, ouvircom cuidado o modo como as pessoasdescrevem o que aconteceu. Dessa forma, pedirao paciente que lhe conte várias vezes o queocorreu até algo lhe despertar a atenção, nos fazperceber que nestas ocasiões nossurpreendemos com o inconsciente das pessoaspara lidarem com a linguagem e como nossosfiltros são eficiente para disfarçar nossosproblemas.

Um homem está com tanta pressa que não pode mais brecar(freiar) e, assim, bate no veículo à sua frente. Esse impacto ésentido, e na maioria das vezes os motoristas não trombamapenas os carros, mas agridem o outro com palavras.

Acertou quem disse que foi o indivíduo quenão pôde brecar a tempo!

Nesse instante ele revela que está muitoacelerado em um determinado setor de suavida, (profissional), colocando em risco osetor e as pessoas que estão envolvidas.

As pessoas que se envolvem em acidentes devem estar atentas, diminuir a correria, estabilizar o ritmo.

“Só que eu não vi”: então a pessoa não está vendo algo muito importante na própria vida;

A tentativa de ultrapassagem que acaba em acidente: é preciso reexaminar suas manobras de ultrapassagem que está usando na vida;

Adormecer na direção do carro: precisa despertar para o que está acontecendo em sua vida;

Acidente noturno: observar o que anda acontecendo no lado sombrio da alma;

Cortar a frente de alguém, desrespeitar a sinalização, ultrapassar barreiras: não conseguem enxergar direito, ignoram os sinais de trânsito, erram o caminho, batem nos obstáculos da pista.

Faz parte da vida, reconhecer a hora certa demudar, caso isso não ocorra e os indivíduos tentemseguir indevidamente o curso que haviamestabelecido, os impulsos ainda existirão em seuinconsciente, a mudança sempre provoca medo.

Casos de queimaduras: fogo = perigo → significa que nãoestamos avaliando muito bem algum perigo, ou não oestamos vendo.

Um simbolismo semelhante é encontrado em quase todosos ferimentos domésticos, pois atinge primeiro a pele,limite exterior. Podemos falar então, de ferimentospsíquicos, ou que alguém se sentiu ferido por umaobservação.

Os tombos, tropeços também são interpretados comfacilidade, pois se resulta em uma concussão cerebral, osistema intelectual do indivíduo é abalado e questionado.

As fraturas são a consequência direta decausas mecânicas externas. Ela leva a umperíodo de repouso forçado, ou seja, todaruptura de ossos nos obriga a umainterrupção de nossas atividades motorasnormais e nos obriga a descansar.Provavelmente desse descanso forçado surgeuma nova atitude ou orientação de vida. Afratura esclarece a necessidade de dar fim aalgum processo que ignoramos.

Nossos ossos representam o princípio da firmezae por hora a rigidez. Porém se este últimodominar o osso este se torna sujeito a fratura, ouseja, sendo incapaz de executar qualquerfunção. A mesma coisa ocorre com as normas,se elas são rígidas demais elas não funcionam.

A fratura pode mostrar que a pessoa, no âmbitopsíquico, se aferrou em demasia a uma normasem se dar conta do fato. Tornando-se inflexível,rígida e prepotente.

Referência:

DAHLKE, Rüdiger; DETHLEFSEN, Thorwald. A doença como caminho: uma visão nova da cura como ponto de mutação em que um mal se deixa transformar em bem. São Paulo:Cultrix, 1999.

Aluna: Tássia Oliveira. PUC Minas, Arcos.

Prof: Maria Geralda (Ada).

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