orquestras que vão do afro ao erudito invadem o tvv

Post on 18-Mar-2016

217 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

Matéria de apresentação do XVII Festival de Música Instrumental, de sexta a domingoCaderno 2+, Jornal A Tarde, 13 de dezembro de 2011

TRANSCRIPT

SALVADOR TERÇA-FEIRA 13/12/20114 SALVADOR TERÇA-FEIRA 13/12/2011 52 2ROCK Whole Lotta Led Zeppelin, de JonBream, traz farto material sobre a banda

Magia e poderdo Led Zeppelinem volume comhistória ilustradaEDUARDO BASTOS

Depois da substanciosa biogra-fia não oficial do Led Zeppelin,escrita pelo jornalista Mick Wall,outro volume tão pesado quan-to o som da banda inglesa de-sembarca nas lojas brasileiraspara recontar sua trajetória.

Trata-se da história ilustradaWhole Lotta Led Zeppelin (Edi-tora Agir), organizada pelo tam-bém jornalista Jon Bream, umlivrão de 288 páginas que, alémde textos e depoimentos, é re-cheado do começo ao fim defotos coloridas e em p&b dabanda e de souvenirs ligados aela, como cartazes e ingressosde shows, camisetas, discos ecapas de revistas.

O volume já seduz de carapelo farto material que reúne,não só fotográfico, mas de tex-to, uma vez que Jon Bream nãose limita a narrar de próprio pu-nho a história do Zeppelin. Aosseus textos ele acrescenta ou-tros de velhos e novos jorna-listas e críticos, depoimentos deestrelas do rock, matérias fa-mosas publicadas em veículoscomo Rolling Stone, Creem eBillboard e trechos de outros li-vros sobre a banda, como ossensacionalistas The Hammer ofthe Gods, de Stephen Davis, eStairway to Heaven: Led Zep-pelinUncensored,deRichardCo-le, ex-gerente de turnê da ban-

reunião, no concerto do final de2007 na arena O2, em Londres,com Jason Bonham, filho deJohn, na bateria.

Se como organizador JonBream brilha pela qualidade domaterial, por outro lado dei-xa-se levar pela folclorizaçãocostumeira ao afirmar, porexemplo, que Jimmy Page eraapreciador de magia negra. Aeste respeito, Mick Wall, autorde Led Zeppelin – Quando osGigantes Caminhavam sobre aTerra, foi muito mais honesto,pesquisando sobre a vida e osistema mágico do ocultistaAleister Crowley, de quem Pageé seguidor, e deixando qualquerjulgamento em aberto.

Mas no próprio livro deBream há pistas sobre o assun-to, como esta fala de Plant sobrePage: “Ele tinha algum prazerpor as pessoas terem a impres-são errada a seu respeito”. Ounesta frase de Burroughs: “Jim-my disse que Crowley foi amal-diçoado e tachado de mago ne-gro, enquanto a magia não énem branca nem negra, nemboa nem ruim”.

No mais, há outras falas co-letadas que lançam um poucomais de luz sobre a própria si-tuação de cada integrante nogrupo. Assim, temos, por exem-plo, um Plant autocrítico em re-lação ao seu desempenho noprimeiro disco: “Eu estava mui-to intimidado naquela época”.

John Paul Jones, por sua vez,assume sua preferência pelaobscuridade: “Não gostaria deficar sob os holofotes, tocandocomo Jimmy”.

E, se ainda havia dúvidas so-bre quem dava as cartas ali, con-fira só esta frase de Plant: “O LedZeppelin, de fato, era o Jimmy.Meu papel era, sobretudo, darrelevo a ele”. No último álbum,noentanto,Pagepareciaalheio,deixando a direção com Jones ePlant. Mas ele garante que jápensava no futuro da banda:“Bonzo [John Bonham] e eu játínhamos começado a discutirplanos para a produção de umálbum de rock mais pesado de-pois daquilo. Sentimos, ambos,que In Through The Out Door eraum pouco suave demais”.

Reprodução

Robert Plantdando relevoaos voos doguitarristaJimmy Page

WHOLE LOTTA LED ZEPPELIN / JON BREAM

Editora Agir / 288 p. / R$ 59,90/ www.approach.com.br

VERENA PARANHOS

Música instrumental em todosos sentidos: erudita, clássica, ro-ck, contemporânea, jazz, per-cussiva. É esta a mistura pro-posta pelo XVII Festival de Mú-sica Instrumental da Bahia, queacontece de sexta a domingo, às19 horas, no Vila Velha.

“Desde o início a gente teve aideia de colocar todo esse cal-deirão junto. Misturar a orques-tra sinfônica, o jazz, o afro”, con-ta o idealizador e curador doevento, maestro Zeca Freitas,quefazquestãodemantercomoprerrogativa a amplitude mu-sical e a reunião de nomes dacena local e nacional.

“Este ano temos três grandesorquestras bem distintas: a AfroSinfônica, influenciada pelo rit-mo africano, a de Todos-os-San-tos, mais jazzística, e a Sanbone,quemisturaopagodeeamúsicaerudita”, completa FernandoMarinho, ator e pianista, tam-bém curador do festival.

Além das sinfônicas, que jun-tas somam cerca de 90 músicos,esta edição também conta coma participação do multi-instru-mentista Arismar do EspíritoSanto, um dos grandes nomesda música do País. “O momentoda música instrumental brasilei-ra é muito bom, com eventos dequalidade e um público a fim deouvir o som de vários estilos”,avalia o músico de 37 anos decarreira, que já tocou, entre tan-tos outros, com Hermeto Pas-coal, César Camargo Mariano ePaulo Moura, nomes que já pas-saram pelo festival. Na apresen-tação, Arismar, acompanhadode Vinícius Dorin e Cleber Al-meida, toca samba, baião, xote,balada: “A explosão da músicabrasileira é infinita”, diz.

O Grupo Garagem, que foilançado pelo evento, participadestaediçãoeseráhomenagea-do: “A gente não poderia estar

Ricardo Prado / Divulgação

A Orquestra AfroSinfônica, com omaestro UbiratanMarques

“O momentoda músicainstrumentalbrasileira é muitobom, com eventosde qualidade ”

ARISMAR DO ESPÍRITO SANTO, músico

JAZZ Afro Sinfônica, de Todos-os-Santos e Sanbone estão entre as atrações do XVII Festival de Música Instrumental, de sexta a domingo

Orquestras que vão do afro ao erudito invadem o TVVTRÊS DIAS DE MÚSICAINSTRUMENTAL

SEXTA Gabi Guedes,Sanbone Pagode Orquestrae o Grupo Garagem (IvanHuol, Ivan Bastos eRowney Scott)

SÁBADO Triat’uan (EduFagundes, Luciano Chavese Antonio Annunciação),Orquestra Afro Sinfônicacom o maestro UbiratanMarques e o Duo KikoContinentino &Paulo Russo

DOMINGO Adson Sodré &Speed Plain, Orquestra deTodos-os-Santos com omaestro Zeca Freitas eArismar do Espírito Santoe Banda

TEATRO VILA VELHA / R$ 2 E R$ 1

Cedida pela Ass. do Fest. de Música Instrumental

fora dessa festa de 30 anos”,comenta Zeca Freitas. Outraspersonalidades da música ins-trumental baiana também se-rão homenageadas: LetieresLeite, Antonio Annunciação, Ri-cardo Castro e o violinista Sa-lomão Rabinovitz, ex-diretor daOrquestra Sinfônica da Bahia,que faleceu em setembro.

FormaçãoO Festival de Músical Instrumen-

tal da Bahia teve nove ediçõesconsecutivas de 1980 a 1988 esó foi retomado em 2001.“Aquela era uma outra época, aprodução era amadora. Hoje aestrutura é outra”, conta Zeca,para quem a música instrumen-tal sempre teve um público ca-tivo, apesar de pequeno.

OmaestroUbiratanMarques,criador da Orquestra Afro Sin-fônica, acredita que o evento foide grande importância para a

formação dos músicos queatuam na cena soteropolitana.“A gente era a plateia desse fes-tival. Naquele tempo, nós nãotínhamos essa abertura, inter-net, tanta informação. Foram asprimeiras vezes que eu vi grupostocando ao vivo”, diz.

Hugo San, maestro da San-bone, vê o festival como “umcatalisador, que motiva os gru-pos a produzir, trabalhar e de-senvolver conceitos”.

Para relembrar os momentosgloriosos das edições anterio-res, o festival traz uma expo-sição audiovisual, com curado-ria de Fernando Marinho e dafotógrafa Sora Maia. Fotogra-fias, material promocional e au-diovisual revivem momentosdos antigos encontros musicaisrealizados no Castro Alves, Fortede São Diogo e Solar do Unhão,além de Cachoeira e Jequié, naedição de 2010.

da, que se limitam a narrar osfamosos e muitas vezes lendá-rios excessos praticados por Jim-my Page (guitarra), RobertPlant (voz), John Paul Jones(baixo e teclados) e John Bo-nham (bateria) nas turnês.

Esta parte picante inclui aindafalas de famosas groupies quepassaram pelos braços de Jim-my Page, como Pamela Des Bar-

res. Há depoimentos de rocks-tars comoAceFrehley(Kiss),RayDavies (Kinks), Chad Smith (RedHot Chili Peppers), Tom Morello(Rage Against the Machine), Ch-ris Robinson (Black Crowes), IanHunter (Mott the Hoople) e atéda cantora country Dolly Parton– sem falar no cineasta e jor-nalista Cameron Crowe e no es-critor Nick Hornby.

Outras estrelas do rock con-tribuíram com textos próprios,como Joe Perry (Aerosmith), Pe-terFrampton–quevêPagemaiscomo um arranjador, um or-questrador – e o baterista DonBrewer, do Grand Funk, alémdas fãs de carterinha Ann e Nan-cy Wilson, do grupo Heart.

Outrapreciosidadequeolivroreproduz é a famosa entrevista

do escritor beatnik William Bur-roughs com Page, em 1975, pa-ra a revista Crawdaddy!.

Ordem cronológicaA narrativa de Whole Lotta LedZeppelin vai desde a formaçãodo grupo, das cinzas do Yard-birds, em 1968, passa pela dis-solução, com a morte de JohnBonham, em 1980, até a última

CURTAS

Risadaria 2012encerra inscrição

Já estão abertas as inscriçõespara o 2º Campeonato Brasi-leiro de Stand-Up Comedy como Risadaria 2012. O campeo-natoterácincoetapas: inscriçãoonline, pré-seleção, classifica-tórias regionais, votação popu-lareagrandefinal,entreosdias22 e 25 de março, no Pavilhãoda Bienal, em São Paulo. Asinscrições são gratuitas e oscandidatos podem concorrercom até três vídeos (duraçãomáxima de cinco minutos cadaum) em www.risada-ria.com.br/campeonato. Até16 de janeiro de 2012.

CURTAS

Os Descendentes e OArtista são favoritos

O Artista, um filme em preto ebranco sobre Hollywood, o dra-ma Os Descendentes, o atorBrad Pitt e os diretores MartinScorsese e Terrence Malick fo-ram premiados no domingo pe-loscríticosegruposdaindústriacinematográfica dos EstadosUnidos, que homenagearam osmelhores filmes do ano. Elesanunciaram suas escolhas paraos melhores filmes e desem-penhos de 2011, iniciando umasemanaimportante,emquese-rão anunciadas as indicaçõespara o Globo de Ouro e o ScreenActors Guilds.

Concurso premiaroteiro para curtas

Visando ampliar a qualidade fi-nal dos curtas-metragens, o ICurtateleimage abre inscriçõesdia 15. O prêmio contempladois roteiros, um de ficção e umde documentário de até 20 mi-nutos. Os vencedores serãoanunciados em 30 de abril de2012 e receberão como prêmioo financiamento de finalizaçãode imagem e som. A Fuji Filmesfornecerá todo o internegativopara o transfer de imagem dosfilmes premiados. Inscriçõesaté de março de 2012 nowww.teleimage.com.br/cur-tateleimage.

Motumbá agita navirada com Carla Visi

Motumbá, Carla Visi e a BandaÁgua Viva vão animar o Réveil-londoCepe–Salvador,queterácomo tema este ano Nossa Gen-te, Nossa História. Os convitesjá estão à venda, de terça adomingo,das8h30às17horas.Para sócios, as mesas custamentre R$ 490 (4 lugares) e 890(8 lugares), camarote R$ 300 epista R$ 100. Para os não-só-cios, a mesa vai de R$ 690 a R$1.100 e pista R$ 150. Sóciosaposentados têm tarifas espe-ciais. Para mais informações:(71) 3374-8550/ 3374/8552 /3374-8556 / 3374-8574.

Ricardo Prado / Divulgação

Motumbá leva sua energia paraa festa da virada no Clube Cepe

Forte São Diogoprepara Réveillon

Já estão sendo vendidos os in-gressos para o Réveillon no For-te de São Diogo, no Porto daBarra. Há 13 anos, Rosa Julinae Vinícius Almeida organizam oevento e preparam grandesatrações, a partir das 22 horas.Estrategicamente localizado,quem optar pela festa no forteteráumavistaprivilegiadae,dequebra, poderá assistir à quei-ma de fogos do Farol da Barra.Ingressos podem ser adquiri-dos nos balcões da Ticket Mix.Informações: (71) 9140-2665,8815-1705. Visite reveillondo-fortesaodiogo.com.br.

TELEVISÃO

Com ou sem sotaque, portuguesesmarcam presença nas novelasGABRIELA SIMIONATOFolhapress, São Paulo

Ricardo Pereira, Marina Mota,Maria Vieira e Paulo Rocha es-tão em alta. A presença de tan-tos atores portugueses nas no-velas é um reflexo da qualidadedas produções nacionais e dosucesso dos personagens imi-grantes, sempre engraçados.

Em Aquele Beijo, de MiguelFalabella, Vicente (Ricardo Pe-reira) vive um triângulo amo-roso com Lucena (Grazi Massa-fera) e Cláudia (Giovanna An-tonelli) e é filho da divertidaAmália (Marina Mota), que tra-balha em parceria com Brittes(Maria Vieira) no restauranteSonho D'Aveiro.

Onúcleoportuguêsdanovelase diz contente com o convite deFalabella, que cria situações inu-sitadasparacadaum.“OconvitesurgiudopróprioMiguel.Elemeprocurou quando eu estava ter-minando um projeto em Por-tugal, e aceitei. Está sendo in-crível”, diz Marina.

Para Ricardo Pereira, a tele-dramaturgia portuguesa e abrasileira são semelhantes emqualidade, mas não em quan-tidade: “O número de pessoasque assistem é muito diferente.O fenômeno novela é algo bas-tante cultural, está enraizado navida do brasileiro. Naturalmen-te, faz com que elas tenham umgrande impacto na sociedade.Além disso, o dinheiro que égerado por ela faz com que asproduções tenham um maior in-vestimento”.

Já em Fina Estampa, Guaracy

(Paulo Rocha) está ganhando ocoração dos telespectadores.Agora,onúcleoestrangeiroseráreforçado com a presença de Al-bertinho (André Garolli), que in-terpreta o primo de Guaracy.

JeitinhoO sotaque português pode serum empecilho na hora de con-seguir outros papéis. Para Ri-cardo Pereira, o Vicente deAquele Beijo, perder o jeitinhoportuguês de falar abriu as por-tas para que ele pudesse inter-pretar novos papéis, fugindo doestereótipo de imigrante em to-das as novelas.

O processo nem sempre é fá-cil. No caso dele, que está noBrasil há cerca de sete anos, otratamento com uma fonoau-dióloga foi o que o ajudou adeixar o sotaque de lado. “Issoexige dedicação, persistência evontade de se desprender doseu sotaque e da sua lín-gua-mãe. Assim, posso repre-sentarpersonagens,mostrandoas emoções dele”, opina.

Para RicardoPereira, novelaportuguesa ebrasileira sãosemelhantesem qualidade

Calendário Pirelli 2012Modelo lituana Edita Vilkeviciute é uma das 12 belas, incluindo a brasileira Isabeli Fontana, clicadaspor Mario Sorrenti para o 39º Calendário Pirelli 2012, que escolheu como cenário a ilha da Córsega

Mario Sorrenti / Divulgação

Objetos da mansão de Michael irão a leilão

Objetos que estavam na man-são onde Michael Jackson mor-reu serão leiloados no sábado.Cerca de 500 lotes, formadosprincipalmente por pinturas,móveis e ornamentos, foramretirados do imóvel alugado

por Jackson no bairro de Bel Air,em Beverly Hills, onde ele sepreparava para uma tempora-da de shows que faria em Lon-dres. Poucos desses objetostêm alguma relação pessoalcom o cantor e sua família.

JOLIVALDO FREITAS LANÇALIVRO NESTA QUINTA

O escritor e jornalistaJolivaldo Freitas lança o livroHistórias da Bahia – JeitoBaiano, quinta-feira, às 18horas, no Pestana Conventodo Carmo. Aborda com finohumor personagens e fatos.

/'07!#0*14 034!4,46(5!,0*14

0,'--' 4 -!+' $$$20+0/)'%62,462./ ' ,45,4//0

0 ,45&!+'- 30/0 '-+' -"4$2

top related