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Oficina de FilosofiaO Estado de Direitos

Professor Adilson

Estado de Direitos.

Desde a Antiguidade, vários filósofose pensadores se desdobram nasformas de organização do poderpolítico.

Tirania

• Tirania é uma forma autoritária de governo em que não costuma existir democracia. São características da tirania: abuso de poder, opressão do povo, crueldade, dominação através de violência e ameaça a quem se opõe ao governo.

Charles de Montesquieu (1689 – 1755)

• Escreveu a obra “O Espírito das Leis”.

• Neste livro, o referido pensador francêsaborda um meio de reformulação dasinstituições políticas através da chamada“teoria dos três poderes”.

• Poder Executivo

• Poder Legislativo e

• Poder Judiciário.

Forma de governo: a república democrática

• A república, por sua vez, é a forma de governo que se opõe à monarquia, pois permite a possibilidade de participação do povo no governo. A palavra “república” origina-se do latim res publica, que significa “coisa pública”, ou tudo aquilo que se refere à comunidade dos cidadãos, no caso, os romanos. Nesse sentido, referia-se ao próprio Estado Romano. Hoje, entretanto, o termo é utilizado para fazer referência ao Estado Moderno. Fundamentada no ideal de democracia, a concepção moderna de república remonta ao século XVIII, quando teóricos iluministas, pensadores e lideranças políticas disseminaram as primeiras ideias contra a monarquia absolutista.

• a supremacia da vontade popular sobre a do monarca, que tornou a necessidade de participação do povo no governo um imperativo –daí a importância dada à democracia como forma ideal de governo;

• a preservação da liberdade sem qualquer interferência do Estado, entendida como o poder de fazer tudo o que não violasse a liberdade do próximo e, principalmente, o direito de cada um dispor da própria pessoa e de seus bens, limitando o poder absoluto do Estado sobre a vida e a propriedade;

• a igualdade de direitos, princípio que buscava pôr fim aos privilégios baseados em critérios econômicos e de nascimento, que levavam à discriminação entre classes e estamentos sociais, conferindo direitos de cidadania a todos igualmente.

Forma de governo em que todo poder emana do povo. Pode ser de três tipos:

. direta: a totalidade dos cidadãos governa por meio de assembleias populares (Estado ateniense);

indireta ou representativa: o povo elege seus representantes para o exercício das funções legislativas, executivas e, em alguns países, judiciárias;

semidireta ou mista: sistema em que os problemas considerados de suma importância nacional são decididos pelo próprio povo por processos típicos de democracia direta, enquanto os assuntos legislativos cabem aos representantes eleitos.

• plebiscito: trata-se de uma consulta prévia feita ao povo a respeito de uma decisão do governo que influencia amplamente a vida dos cidadãos. Um exemplo importante de plebiscito foi a escolha da forma de governo, em 1993, quando a população optou pela continuidade do presidencialismo;

• referendo: consiste em uma consulta realizada após a efetivação de uma medida do governo, em que o povo se manifesta favoravelmente ou não sobre um determinado assunto. Um exemplo foi o referendo sobre a comercialização de armas de fogo e munições, realizado em 2005;

• iniciativa popular: é o direito de apresentar à Câmara dos Deputados um projeto de lei por iniciativa dos próprios cidadãos, desde que seja subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído em pelo menos cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Foi por iniciativa popular que a Lei de Crimes Hediondos foi criada.

o poder executivo

• Centrado nas figuras do presidente da República, do governador do Estado e do prefeito, o Executivo é na realidade uma estrutura de governo muito mais ampla, que envolve um conjunto de outros órgãos e entidades que atuam no assessoramento imediato desses cargos, ou são classificados como órgãos consultivos ou integrantes.

• o Poder Executivo exerce • a função administrativa, atuando direta ou • indiretamente na execução de programas ou • na prestação de serviços públicos. Na esfera federal, ele é exercido pelo presidente

da • República, auxiliado por seus ministros de • Estado. Em sua função de vigiar e controlar • os demais Poderes, o Executivo tem o papel • de nomear os ministros do Supremo Tribunal • Federal (STF) e dos demais tribunais superiores, além de participar da elaboração

das • leis, por meio da sanção ou do veto aos projetos, e, também, da escolha dos

ministros do • Tribunal de Contas da União (TCU). O presidente exerce, ainda, o controle supremo

das • Forças Armadas.

• O Poder Executivo estadual é parte indissociável da República Federativa do Brasil e é exercido pelo governador, eleito para um mandato de quatro anos. O governador tem como auxiliares diretos o vice-governador e os secretários estaduais. No Distrito Federal também há governador e vice, mas os secretários são distritais. O Poder Executivo estadual tem por princípios e objetivos o respeito à unidade da Federação, à Constituição Federal e à Estadual, à inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais, entre outros. Por isso, o Estado exerce em seu território toda a competência que não lhe seja vetada pela Constituição Federal. A organização político administrativa compreende os municípios, regidos por leis orgânicas próprias

• O Poder Executivo municipal tem como chefe o prefeito, que é escolhido entre maiores de 21 anos para exercer um mandato de quatro anos. O chefe do Executivo municipal tem como auxiliares diretos o vice-prefeito e os secretários municipais. O prefeito tem atribuições políticas e administrativas que se consolidam em atos de governo e se expressam no planejamento das atividades, obras e serviços municipais. Cabem ao prefeito, ainda, a apresentação, a sanção, a promulgação e o veto de proposições e projetos de lei. Anualmente, o Executivo municipal elabora a proposta orçamentária, que é submetida à Câmara dos Vereadores.

Sistemas partidários

Voto e sistemas eleitorais

• O voto é o exercício do direito de sufrágio, palavra originada do latim que significa o direito político de todo cidadão de eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder. O exercício do sufrágio para a escolha dos representantes dos Poderes Executivo e Legislativo é realizado por meio do voto.

• Em uma democracia, sistema adotado pelo

• Brasil, o sufrágio consiste, portanto, na possibilidade de os cidadãos, entendidos como

• o conjunto dos eleitores, manifestarem a sua

• vontade para a formação do governo. O sufrágio, como participação do povo na formação

• do governo, pode ser:

• universal: quando todo o povo tem direito à participação no processo de organização do poder;

• restrito: quando algum fator discriminatório restringe a participação política de determinados grupos (como o das mulheres e o dos analfabetos), seja diretamente, seja por meio de representantes;

• igual: além de o eleitor exercer o sufrágio por meio do voto, seu voto tem a mesma importância que todos os demais;

• desigual: o eleitor pode votar mais de uma vez ou o voto de uns vale mais que o de outros.

maioria relativa

• Por exemplo, digamos que o candidato A 35% dos votos, o candidato B, 24%, e o candidato C, 21%.

• Embora não tenha obtido mais da metade dos votos, em comparação aos demais, o candidato A recebeu a maior parte dos votos Válidos nesse caso, de acordo com a Constituição, é necessária a realização de um segundo turno.

O sistema majoritário

• é aquele em que o candidato precisa obter a maioria (absoluta ou relativa) dos votos. No Brasil, a escolha dos chefes do Poder Executivo é feita pelo sistema majoritário por maioria absoluta, isto é, só se considera eleito aquele que obtém mais da metade dos votos válidos que compõem o colégio eleitoral. Quando o candidato obtém apenas a maioria relativa, que é inferior à soma dos votos obtidos por todos os demais partidos, realiza-se uma segunda votação, concorrendo apenas os dois candidatos mais votados na primeira.

sistema proporcional

• utilizado para a eleição dos deputados federais, deputados estaduais e vereadores.

• No sistema proporcional, cada partido elege • o número de representantes de acordo com a • sua “força eleitoral”. Em outras palavras, o • número de lugares ou “cadeiras” a ser

preenchido no Poder Legislativo por um partido • vai depender do número de votos obtidos • pela legenda ou pelos candidatos daquele • partido.

sistema eleitoral distrital

• Nesse sistema, o colégio eleitoral b é dividido em distritos e o eleitor vota somente no candidato do seu respectivo distrito não utilizado no Brasil

condições de elegibilidade

• Segundo a Constituição Federal de 1988, são condições de elegibilidade que deverão ser preenchidas pelo cidadão que deseje concorrer a cargo eletivo:

• Nacionalidade: o candidato precisa ser brasileiro. Para os cargos de presidente e vice-presidente da República, o candidato precisa ter nascido no Brasil. O mesmo vale para os candidatos que disputarem os cargos de presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado Federal. Para os demais cargos, basta a nacionalidade brasileira, podendo o candidato ser estrangeiro naturalizado.

• direitos políticos: o candidato precisa ter pleno exercício dos seus direitos políticos. No Brasil, a perda dos direitos políticos ocorre nos seguintes casos:

• a) cancelamento da naturalização por meio de sentença judicial;

• b) incapacidade civil absoluta (menores de 16 anos, pessoas enfermas ou que sofrem de doenças mentais, ou qualquer condição temporária que as impeça de exprimir sua vontade);

• c) condenação criminal por meio de sentença judicial;

• d) recusa em cumprir obrigação imposta por lei;

• e) improbidade administrativa (crimes que causam prejuízo à administração pública, como desvio de dinheiro, corrupção etc.).

• f) Alistamento eleitoral: o candidato deve, obrigatoriamente, estar inscrito como eleitor em colégio eleitoral, ou seja, possuir título de eleitor.

• Não podem se candidatar os cidadãos que não possuem título de eleitor ou não podem obtê-lo (estrangeiros, encarcerados, incapacitados etc.).

• domicílio eleitoral: o domicílio eleitoral corresponde ao local onde o eleitor vota. Geralmente, é o local onde ele está inscrito e que consta no seu título de eleitor. No sistema eleitoral brasileiro, exige-se a comprovação de que o candidato esteja inscrito naquela circunscrição ou local pelo menos um ano antes da eleição, ou seja: prova de moradia, vínculo patrimonial, cultural ou social com a localidade em que deseja concorrer.

• Filiação partidária: o Direito Eleitoral brasileiro não permite a candidatura avulsa. Portanto, as candidaturas só podem ocorrer por meio dos partidos políticos. O indivíduo escolhido em convenção partidária como candidato deverá comprovar a sua condição de filiado ao partido político por pelo menos um ano, sem interrupção, antes de concorrer às eleições. Além disso, não pode ser filiado a mais de um partido ao mesmo tempo.

idade mínima: dependendo do cargo em disputa, é preciso ter atingido a idade mínima prevista pela

lei para exercê-lo:

• Alfabetização: no Brasil, os analfabetos têm o direito de votar, mas não podem se candidatar para concorrer a cargos eletivos. A pessoa alfabetizada é aquela que sabe ler e escrever. Não há exigência de grau de escolaridade, certificação ou diploma, mas o candidato deve ter condições de compreender um texto, ler notícias de jornal, ter capacidade de redação etc. No momento do registro, entretanto, é preciso que o candidato comprove que sabe ler e escrever, por meio de uma declaração de próprio punho ou documentos escolares, certificados ou diplomas.

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