o talento do juquinha este jornal publica os retratos de...

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A li no III RIO DE JANEIRO. «tCARTA-FEIRA. 18 DE DEZEMBRO DE 1U07 Num. 115

M(W^

/•31ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS US A8SICNANTES

O TALENTO DO JUQUINHA Cm susto e ama carreir!t~m).í\ ^

Foi, ha trez dias, mais ou menos. —Mais uma idéia! bradou Juquinha.Juquinha, entre a lição de portuguez e a de e, como um rato que entra para um burac.o, metteu-se

Geographia, encontrou no quarto da roupa servi dentro do sacco, correndo os cordões para fechai o.da um sacco vermelho. <

\T- '

&0& S^**^~~~ r*$&£i96^fii&$t&^ft&1^^

Lá dentro o grande travesso resolveu pregar um susto ao Giby.Sahiu aos pulinhos, tal qual aquelle homem do cinematographo, e poz-se a perseguir o pobre moleque.

Giby corria como um louco pela chácara.(Continua)

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO, •&*&-&. do Ouvidor, 13J3-RIO DE JANEIRO(E^a-lblioação dJQ MALHO) ( \úmero viilao SOO réis, atrasado SOO rét»>

VIAGEM AO CENTRO DA TERRAContinuação XIV

O Tioo-Tioo

I Aberto o rochedo pela explosão, abriu- a ... trouxeram cordas e, com ellas, Daniel 3 Mas Daniel tinha coragem a valer;se deante dos dois viajantes um precipício começou a descer. Era uma empreza arris- foi descendo e, por tanto tempo, que o seutremendo. Então,Daniel e Antônio... cada... receio...

4 ..,. era vér a corda acabar sem terchegado a um ponto onde pudesse descan- rege de granjt0

5 Por fim encontrou uma saliência na pa-sar

6 Deteve-se alli, Iargcu a corda, mas nissoviu surgir uma serpente colossal.

7 Deu um puloe iacahindono abysmo; fe* 8 ••• mas a cobra perseguiu o e Daniel 9 ••• deixou-se cahir. Teve, porem, a fe-lizxuente agarrou se ainda:.. para escapar da fera... li cidade de encontrar a corda presa em outra

saliência...

hIKMÍlÉ__/iB

IjL t^^^^^^^^^/ \ ^^^^T|^V_H

10 Ahi, vendo que ia perder os sentidos,amarrou-se pela cintura para descansar.

11 Passados alguns momentos viu que 12 Amarrou a corda e, áluz da lanterna,alli havia na rocha um caminho... «ntrou por esse caminho mysterioso.

(Continua)

• ¦*..'¦

L O Tico-Tico

Aempreza d'0 Malho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal illustrado para crianças, no qualcol'aboram escriptores e desenhistas de nomeada.

Condições da assignatura :Interior: 1 arinò 118000, G mezes 63000.Exterior : 1 anno 20S000, 0 mezes 123000.

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado 500 réis.As assignaturas começam em qualquer mez, termi*

nando em Junho ou Dezembro de cada anno.Não se aceeitam assignaturas por monos de 9

mezes.Toda a correspondência,pedidos de assignaturas só

devem ser dirigidos ao escriptorio e redacção d'0 Malho,rua do Ouvidor n. 132, Rio de Janeiro.

Pedimos aos nossos asslgnantos.onjas assignaturas terminarem on»31 do corrente, mandar reformai-asjiara que não haja interrupção naremessa.

—f»-—:h>—«¦*—«*•—««*—a»—í»—«>—«¥—*m—«*—

A BOLSA DE ALI-HASSANUm joven árabe chamado Ali-Hassan vinha de Mecca

e se dirigia para a cidade de Ispahan,montado num burro,trazendo comsigo toda a sua pequena fortuna em umaholsa. ' "

No caminho, perto de uma ponte, viu um mendigocego e affastou-se da estrada para lhe dar uma 'esmola.E deu-lhe uma moeda de ouro.

— Oh ! exclamou o mendigo, conhecendo à moedapelo peso. Deve ser muito rico para me dar tanto !

—Não; não sou rico — respondeu Ali-Hassan —lenhopor toda fortuna cem moedas, em uma bolsa. '

—Cem moedas!—suspirou o mendigo—o meu sonhoideial era sentir em minha mão, no menos por algunsinstantes, uma quantia assim. Meu senhor, deixe-me,ao menos, pegar na bolsa.

Ali, sem desconfiança, collocou a sua bolsa na mãoquo omendi-golhu esten-dia. Mal, po-rém, elle fezisso, o cegofechou a mãoe oceultou abolsa no seumanto.

— Então,que ó isso IDê-me a boi-sa 1

O mendigovoltou o ros-to e poz-se acantar, comosinãotivesseouvido.

Ali.aborre-rido, agar-rou-ipor umbraço, mas ovelho men-digo poz-se agritar assim:

—Soecorro!Açudam umpobre cegoque não pó-<le ser defen-dido. Pren-«Iam o ladrãoque querroubar as mi-n li a s eco-nomias 1

O uvindoestas pala-vras, logo sejuntou umaporção depovo. O ve-1 h o repeliaque aquelle homem queria tirar-lho á força o seu di-nheiro. Pensaram todos aue isso era verdade e, indigna-

dos, deram uma sova em Ali-Hassan, que p: ranão mor-rer debaixo de pancadas teve de fugir.

' No' niíuo d'essa confusão,'o cego retirou-se, rindo.Quando Iodos se afastaram,Ali voltou á ponte, mas nãoencontrou o seu burro.

Ficou muito Iristç e disso:—Quiz fazer bem a um homem que parecia infeliz

e por isso fui privado de tudo quanto tinha. E' issojusto ?

Nesse instante ouviu um Iropel e viu o seu burro,que, tendo sido levado para muito longe, voltava aprocurai-o.

Isso deu-lhe mais coragem, mas a situação con-

Ali-Iiassan, sem desconfiança, collocou abolsa na máo do velho.

Ali-Flassan agarrou a bolsa no ar.tinuava muito má. Estava sem dinheiro algum.

Nisto passou um mcrcador.que propôz a Ali comprar-lhe o burro.

O árabe estimava muito o valente animal; mas,como eslava sem recursos,e nem siquer o podia sustentar,acecitou o negocio.

Depois foi jantar e sahiu a visitar a cidade. Viu portodos os lados muitos mendigos cegos, mas só depoisde andar duas horas,conseguiu encontrar o malvado queo roubara, encostado a uma porta pedindo esmolas.

Ali sentou-se em um marco de pedra, á pequena dis-tancia, e ficou observando. Ao anoitecer o mendigo re-colheu os vinténs que tinha na mão e retirou-se.

Ali-Hassan seguiu-o. O velho encaminhou-se parafora da cidade e penetrou em uma estalagem, que eratoda habitada por cegos, mendigos e cada qual no seuquarto.

Ali subiu a escada alráz do velho e, quando esteabriu a porta do quarto em que morava, o árabe, quehavia tirado as botas para não fazer rumor, entrou atrázd'elle.

O mendigo fechou-se por dentro e, imaginando-se só-sinho, sentou-se na cama, tirou do bolso a bolsa de Alie começou a brincar com cila, rindo alegremente.

Palpou-a com riso abafado,depois, radiante de alegria,começou a fazel-a saltar na mão. Atirava-a a uma cortaaltura e aparava a com agilidade. Mas só fez isso duasvezes,porque da terceira vez Ali-Hassan apanhou a bolsano ar.

O velho ficou admirado e assustado. Procurou abolsa no collo, em cima da cama e no chão, para verifi-car si ella havia cabido e, não a encontrando em partealguma,começou a gritar:Soecorro ! Açudam !

Outro mendigo cego, que morava no quarto aolado, veiu logo, perguntando :

Que foi que aconteceu?Não sei — disse o velho — Eu estava sósinho aqui

no quarto; de repente a minha bolsa desappareceu. Atéparece feiliçaria.

Qual! — disse o outro — Isto foi a'gum gatuno.Onde estava a bolsa 1

O Tico-Tico

--. Aqui, eu eslava brincando -com ella.Pois ahi está—o outro redarguiu—Por isso é quete roubaram. Bem faço eu que escondo o meu dinheiro

debaixo de uma taboa do chão.Mal Ali-Hassan ouviu estas palavras, sahiu ; entrou

no quarto do primeiro mendigo,viu uma taboa mal justa,crgueu-a e, encontrando uma bolsa de ouro, metteu-a nobolso.

D'ahi a pouco o segundo mendigo veiu e, verificandoque fora roubado, começou também a gritar.

Isso fez acudir um terceiro mendigo cego, que, sa-Lendo do occorrido, disse :

Pois a mim é que não podem roubar, porque euguardo o meu dinheiro dentro do travesseiro.

Ali correu logo ao quarto delle e tirou uma terceirabolsa, fugindo para a rua onde ficou á espera.

Os cegos sahiram todos a gritar, chamando pela po-licia.

Vieram dez soldados com um Agha, (que é como sechamam os delegados na Turquia).

Antes que os cegos lhe faltassem Ali dirigiu-se a elle,contou-lhe toda a verdade e quiz entregar-lhe as trezbolsas.

Podes guardal-as — disse o Agha.Mas só uma me pertence — disse o árabe.Não faz mal. Eu te faço presente das outras duas

em recompensa do seiviço que prestaste á policia, des-cobrindo essa quadrilha de ladrões. —respondeu o Agha.

Depois chamou os cegos e disse-lhes :Com effeito ha aqui ladrões ; mas eu já os prendi

todos.Vingança, Sr. Aghal Vingança! — bradaram os

cegos.—- Querem vingar-se por si mesmos? perguntou o

Agha.Queremos ! — responderam os elles.Pois então vou entregar-lhes os ladrões para quelhes dêm uma sova.

Ouvindo isto,cada cego tratou logo de se armar comum bom cacete, perguntando :

Onde estão os ladrões ? Onde estão os ladrões?O Agha dividiu-os em dois grupos, alinhou um de

cada lado da rua e depois gritou:

— Os ladrões estão deante de vocês. Dêm-lhes dorijo.

Os dois grupos avançaram um para o outro emoeram-se á pancada. Durante dez minutos foi umapancadaria infindável.

O bom Ali-Hassan riu-se tanto, que deu por bem ro-compensado o desgosto por que passara.-«»—m—«*—m—m—«*•- -«»--

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WtdlmmSÊmkúm'! ¦ * v Ofv$ss_, 1 v^W^^^\íA^*^1^_i\\\\' I-

^__^Bi_Mi 111 m

DECLARAÇÃO IMPORTANTEDevemos aos nossos leitores, sempre tão amáveis,

uma explicação por não terem sido publicados ultima-mente os supplementos de retratos.

Isso tem duas causas — em primeiro logar, o aco-cumulo de serviço pela organisação do nosso ALMA-NACH, que será publicado no dia 20 do corrente, e demodo a causar satisfação a todos;—cm segundo logar—o êxito crescente d'0 'li:o-Tico e o grande augmento dasua tiragem não nos tem permitlído fazer a impressãodos supplementos com as machinas de que dispomos.Por isso, grande parte dos retratos que temos recebido,será publicada no ALMANACH. Mas, como isto não bas'acornmunicamos aos nossos leitores que encommemlá-mos uma nova machina para recomeçar EM JANEIRO,COM TODA REGULARIDADE, a publicação de retratos,augmentando para isso o numero de paginas d'0 7'-co-Tico em todas as edições.

Assim, pois, não desanimem os que estão á espera,e os demais podem continuar a remessa, porque a nossapromessa é mantida.

Esto jornal publica os retratos cie todosos seus amiguinhos.

ALUMNOS GRADUADOSC r.osso amável leitor Dante de Andréa, communi-

ca-nos que no dia 18 de Novembro p. p. realisaram-se osexames na íi- escola publica masculina do 4- dístricto,dirigida pelo professor Alfredo Antônio Costa, com o se-guinte resultado :

Os alumnos que estavam no curso médio epassaram para o curso complementar foram : dis-

tineção, Dante de Andréa, Ovidio Freitas, CelsoBaptista e Themistocles Vidal ; plenamente. Ar-

:<Ktj5 mando Ferreira Velloso, Humberto Valle, Mizaelde Assumpção, Daniel Rodrigues e Jacys Cubeiro ;simplesmente, Hildebrando Plaisant.

Os alumnos que estavam na 2- classe e pas-saram para o curso médio foram : distineção,Adolpho Busse, Mario Rohan, Antônio Marques oOsvaldo Costa ; plenamente, Luiz Meireüis, Anle-nor das Chugas Guimarães, Oscar de Souza c Ar-mando Couto.

Os alumnos que estavam na 1 • classe adenn-tada e passaram para a 2- foram: distineção, Ro-dolpho Durães, Vicenle Nolufo e Vanderlino Cubei-ro, Jsaac Cibulars ; plenamente, Amadeu de An-dréa, Mario Reis, Bernardo Gualano, Arthur Fer-reira e Eraclio Cubeiro Maurício Cibulars; simples-mente, Abilio da Silva, Alberto do Nascimento eAbelardo D. Martins.-*»—m~-m~-m—-m-—* »—t»—t»—*»—m—

GAIOLA D>«0 TICO-TICO»Manuel Miguelote Vianna — Ernesto Sanzone,

Orlando Costa, José Santos Rocha, Orlando Rodri-gues da Cunha, Floriano Peixoto Medrado, RubensRodrigues Branco, Lulú Medrado, Mathias A. J. —Recebemos os trabalhos.

Amélia Imbnani — Si é para o «Almanach» nãochega mais a tempo.

Maria Clara da Gama (Bicasi — Tenha pacion-cia, são tantos os retratos recebidos, que não pode-mos responder assim, de momento. Vamos vcriii-cói e responderemos no próximo numero.

Irene Antonia Marinho — Muchissimas gracias.Dá gusto ver Ia gracia que tiene usled para escribiren castellano. Su larjeta está encantadora de ver-dad. Como olvidar una lectora tan generosa ?

João Achilino de Figueiredo (Maceió)—Eslá ma-gnilico o seu conto.

Maria da Cruz Oliveira — Estávamos á esperado seu endereço, para enviar a traducção. Agoracnviamola para a rua S. Francisco Xavier n. 177 A.

Recebeu ?

5 O 'Tico-Tico

a__j

______? _____)*

0 "SR. X" E A SUA PAGINAA LOTERIA

Numero de jogadores: de 4 a 12.Corta-se um certo numero de

cartões (uns 30 ou 40) formandocada um d'elles um quadrado decinco centímetros de lado.

Havendo bonecos representandosoldados, coronéis e generaes,colla-se um d'elles em cada cartão;sinào, basta escrever com bôa let-tra o nome dos militares, uma vezo grande marechal, duas vezes osgeneraes, qualro vezes o coronel,

etc. Por baixo do nome põe-se o numero que esse cartãorepresenta.

Por exemplo: O grande marechal é a sorte grande eganha tudo. Õ general ganha 12 pontos, o coronel 10, osoldado um; um official de castigo perde cinco, um sol-dado no calabouço perde seis, um soldado na faxinaperde dois, ele.

Quando os cartões estão promptos põe-se todos numsacco ou num cabáz, que se passa de mão em mào, paracada jogador puxar para um cartão.

Antes de começar cada jogador entra com um certonumero de tentos, o que fôrma o prêmio, e, á medida quetira um numero do sacco, retirado prêmio o numero detentos no cartão. Si o cartão indicar perda, paga essaquantia, que se junta ao prêmio.

O jogador que tirar do sacco o grande marechal ganhaa sorte grande e fica com o prêmio inteiro. Torna-se en-tâo a pagar novas entradas e o jogo recomeça.

LIÇÕES DE CARICATURA_.•— Dezenhem em primeiro logar um triângulo. De-

pois cortem-n'0 com um traço reclo, dêem mais cincotraços,pintem tudo de preto e ahi têm um Totó, primo doJagunço sentando; muito satisfeito...

A A l#5?^ M;

2-—Uma linha recta. Sob essa linha, traçam-se Ou-trás duas cruzadas. Faz-se, a cabeça sombrôa-se de pre-to, e ahi vae a galilinha procurando milho.

CURA PELA ELECTRICIDADEO DR. ÁLVARO ALVIM avisa ao publico

que, ao contrario do que se tem propalado, ospreços do tratamento do seu gabinete são equi-valentes aos dos gabinetes estrangeiros, pois re-guiam vinte mil réis por sessão de vinte minutosde assistência e tratamento especialista,e sàc gia-tuitas as consultas e receitas aos doentes emtratamento. Para certos tratamentos especiaes,combinação prévia. Installações especiaes para acura dos tumores malignos, da tuberculose, doarthritismo, do lúpus e das moléstias uterinas.

Pratica de 14 annos : sendo o gabinete oprimeiro d'esta parte da America. Rua GonçalvesDias n. 48, 1- andar. (Por cima da Casa Seixas.)

Olhai para o futuro de vossos filhosDai lhes Morrliuiina (principio acti vo

_„_. _ do óleo de ligado de bacalháo), doCOELHO BARBOSA & C. ---rüaTqXSa8?4?

ecoirtí os tomareis fortes e livres demuitaamolegtlau na Juventude.

ALMANACH 0 0 TICO-TICOO MELHOR PRESENTE DE FESTAS

FALTA SO' UMA SEMANAUM LINDO LIVRO CORES DESLUMBRANTES I

No dia 20 do corrente será posto á vendaO Almanach d'<0 Tico-Tico

com grandes melhoramentos. O corpo d'essa publicação,editada a capricho, para alegria da infância brazileira,constará de

loo paginas d© texto,com cerca de

mil gravuras,32 paginas a quatro cores

e 32 paginas a trez cores.O Almanach d/O Tico-Tico será enca-

dernado, com ,capa a cinco cores e publicará:Contos,

Romances para crianças.Lições de cou9as___.explicações scienlifkas com illus

trações e tornando fáceis todos os conhecimentos—Informações sobre o que interessa á infância —

Versos,Problemas.

Historias em «clichês»,Historias de bichos,

Lendas,Quadros do céo—exposição graphica do movimento

dos astros—e muitas outras cousas.Mas a nota principal do Almanach para19o8 é a publicação de uma peça fantástica, para ser

representada em umTheatro d© Sombrinhas.

E o próprio Almanachd'0 Tico - Tico ensinacomo se pôde fazer um

JL THEATRO DE SOMBRINHAS,i^^W em casa, sem precisar comprarK1» cousa alguma. Apezar de todas

essas novidades,O Almanach

g> d'0 Tico-Tico^^OS 33r custará, este

^JK. 38000.anno, apenas

ALMANACH D'"0 MALHO"Já se acha no prelo essa—- importante publicação, que, ha

quatro annos, tem tido a melhor acceitaçào em todoo paiz.

De accordo com o nosso programma,de corresponderá inexcediyel galanteria com que o publico nosdistingue,melhorando constantemente as nossas publicações, intro-duzimos no

Almanach d'0 Malho, d© 1908vários melhoramentos, que, esperamos, terão a appro-vaçào dos nossos leitores.

O Almanach d'0 JVTalho para 19o8será um elegante volume de cerca de 600paginas, detexto e 20 paginas a cores, capa colorida e dourada, con-tendo 2.000 gravuras.

O ALMANACH PUBLICARÁ:Uma revista de todos os acontecimentos do anno, Contose novellas, informações úteis, Calendários diversos,Curiosidades scientificas, Versos, Charadas, Anecdotas,Provérbios, Quadras populares, 500 —'ratos, Lições doAthletismo, Arte popular, Resenha t : .1, etc, etc.

PREÇO -3g000o almanach D'o malho sácá publicado no mez deJaneiro.—Pedimos aos Srs. agentes no interior que nos en-..em pedidos dos dois Almanachs com a maior urgência,pfirn de evitar faltas.

O Tico-Tico eA SURPREZA DO LADRÃO

Joào Comilào estava com muita von-lade de ter uma boa galllinha para a ceia,mas domo os seus princípios lhe prohi-biarn deitar a mão aos bens alheios, lem-brou-se de comprar um sacco de milho e,

„ ¦ —. «. - - ¦ _¦__¦-- ji m^^m^sssm

fewt;7tó^

iespalhando o milho pelo caminho, consc-guiu logo que a gallinha o seguisse deperlo. -¦-- ,

Infelizmente,João Comilão não reparouna raposa que estava á espreita e que sealiron a çrallinha.

__&j|jS«g-' *' -¦ ü^ô^p-)- \.Qu.ii.uo João Comilão so voltou paravôr si a gallinha o seguia, encontrou-se

defronto da raposa, que lambia os beiçosde contente. Então, João Comilão compre-hendeu, com profundo horror, que ficariasem ceia nessa noite.

OS PRÊMIOSD'«0 TICO-TICO»

O Tico-Tico pagou durantea ullima semana os seguintesprêmios:

A Cyro Del Porto, mo-rador á rua General Ca-mara n. 2í, concurso n. 185,15$; a Duval Caldas,residen-t,3 á rua Sophia n. 6, concurson. 200, 10$; a Floriano AlvesBarreto, morador á rua daAmerica n. 56, concurson. 184, 10$; á Carmen Adelai-do Monte de Almeida, mora-dora á rua Silveira Martinsn. 3, concurso n. 202, 15S0OO.

Prêmios pagos por valespostaes:.

Isnard Bolívar Jardim,Dia-mantina, Minas, concurson.187, 15$ e Paula P. Carva-lho,Avenida 14 de Julho n.íO.Pctropohs, concurso n. 187,15SO0O.

Total 80$000.

O ESTRATAGEMA DO GMJMETS

RECEBEMOSE AGRADECEMOS

Convite e programma dasfestas realisadas pelo Colle-gio S. Coração de Jesus poroceasiâo do encerramento dassuas aulas, que teve logar á 8do corrente.O n. 1 d'«A Flor», inter-essante jornal manuscriploque se publica nesta capital,dirigido pelo intelligente me-nino Agenor A. Angelin.

Amável convite da As-sociação Promotora da In-strucção para a sua festa dedistribuição de prêmios e dediplomas aos aluirmos dasescolas Senador Corrêa e San-ta Isabel,instituições mantidaspor essa Associação.O n. 1 d'«0 Paulista»,órgão official da AssociaçãoA. Paulista, habilmente di-rigido e redigido pelos Srs.Durval Borba e Bruno Pie-roni.

ANNIVERSARIOSCompleta hoje trez annos

o interessantee travesso Man-duca, que apezar da sua pou-ca edade já é um grande ad-mirador d'«0 Tico-Tico» e do«Chiquinho»,. seu particularamigo. Por elles e por nós,ardentes votos de felicidadesao futuro leitor.

— Completou 10 annos deedade, no dia 13 do corrente,nossa mimosa leitora Floria-nita Miranda.

Em Porto Velho, Victoria,Eslado do Espirito Santo,nasceu, a 28 de Novembrofindo, mais uma... futura lei-tora d'«0 Tico-Tico». ,

A' mimosa bambina — queserá baptisada com o nomede Lais— e aos seus estremo-sos pais, o Sr. Ilclvidio Lopesde Figueiredo e" D.'Aurora:Prado de Figueiredo, ende-reçamos d'aqui os mais am-pios augurios de felicidade.

%# ^mm

1) Um pobre grumet , que escapara ámorte no alto mar, graças a uma boia desalvação, chegou a uma ilha desconhecidat- viu-se defronte de um enorme jacaré.

2) Pernas,para que vos quero ? O gru-mete tratou de fugir, e trepou para cimade uma arvore. O jacaré foi atraz d'elle.mas o rapaz teve uma idéia luminosa.

3) Enfiou a boia de salvação pelo fo-cinho do jacaré, que,por mais esforços quefizesse, não conseguiu desembaraçar-sed'essa espécie de açaimo.

gg 1|_

4) O grumete montou no jacaré assimtornado inoffensivo. Os - indígenas súr-prehendidos, julgaram-se na presença deum ente superior e cahiram de joelhos de-ante do nosso heróe.

O Tioò-Tioo PARA CONCURSO N. 207¦i yc-

'

VALEPARA CONCURSO JT. 2<o

r_i

A MULHER ?E «KASIM» AGUARDAVA, CHEIA DE CUIDADOS,A VOLTA DE SEU MARIDO.

HISTORIAS CELEBRES >;Ali-Babá e os Quarenta I.adrõe& —historia das mil e uma noites (Continuação) (Desenhos de Dudú)

¦^.seguida resolveu deixar por algum tempoesta região, e partiu a bom correr comos companheiros. Durante esse tempo amulher de Kasim aguardava, cheia decuidados, a volta de seu marido. Mas,quando ao cahir da noite, o homem nãoappareceu, ella correu á casa do cunha-do ; soluçando e derramando muitas la-¦grimas, confessou que Kasim havia par-tido para a caverna, e que devia ter ca-hido victima de alguma desgraça, vistoque não voltara ainda. Tratou Ali-Babá de tranquillisal-a: — »Até meia-noite não ha motivos para sustos. Kà-sim, com medo de trahir o segredo, teráesperado a escuridão para encetar avolta. Deita-te e espera.» — A mulherachou razoável esta observação, e foi-se embora mais socegada. Mas, quandochegou a meia-noite sem trazer-Ihe omarido, • voltou á casa de Ali-Babá, etanto chorou, tanto fez, que este se poza caminho com os seus tres burrinhos em busca do irmão. Pela estrada ne-

nhum indicio encontrou, nem de" Kastm, nem das mulas; mas deante daentrada da gruta viu manchas de saugue, e principiou a suspeitar da sortedo irmão Atou seus tres burros a ura páu, e exclamou:

— «Sesamol Sésamo 1 abre-te !» - E quando a porta cedeu ao mando, AliBvbá viu logo o corpo esquartejado. — «Desgraçado ! — exclamou, com-movido; assim a tua cubiça te custou a vida !»-E grossas lagrimas lhe cor-reram pelas faces. Dominando, porém, a sua agitação, dependurou o corpo ecollocou o nas cestas de um dos burros; aQ3 dois outros deu boa carga deouro, cobriu tudo com ^m~ramos seccos e gritou:

«Sésamo l Sésamo]fecha-teI... E, em se-guida, escondeu-se comos seus animaes nasbrenhas, até que a' escuridão lhe permitiuvoltar ál cidade semdespertar a curiosida-de. Tocou'os dois bur-ros com os sequins pa-ra o seu pateo, orde-nando á mulher que osdescarregasse, e de-pois conduziu o corpode Kasim á porta daviu va, onde lhe deu en-trada Morgana, escra-va de espirito vivo eperspicaz, na qual Ali-Babá depositava todconfiança.

—«Lá era baixo,n'aquelIeburro,-disseelle á Morgana — tra-ga o cadáver de teusenhor; e taes são ascircumstàncias, que émister seja enterradosem que se-possa sus-peitar que Kasim mor-

O chefe perdeu-se em conjecturas sobre osmeios erspiegados por Kasim para penetrar nacaverna. Qutviera para roubar não havia duvida;os saccos e o\ thesouros apartados o demonstra-vam irrefutavémente. Não podendo dar, porém,com a chave à, enygraa, quiz vingar-se e ame-drontar qualque. novo visitante; mandou esquar-tejar o corpo de Xasim, e pendurou dois quartosde cada lado da en«ada) no interior da gruta. Em

LÁ EM BAIXO ENAQUELLE BURRO, DISSE ELLE Á «MORGANA»,TRAGO O CORPO DE TEU SENHOR.

DEANTE DA ENTRADA DA GRUTA VIU MANCHASDE SANGUE

reu violentamente. Depende d'isto atranquillidade de tua senhora e a minhaprópria. Por emqaanto só te peço a mais completa discreçã o.

(Continua)

s OS TRES GATOS GULOSOS O Tico-Tico

BH^iii^R

i O Antoninho, caixeiro de um açougue ia levar uma porção de lingüiças a um freguez e, pelo caminho, dis-trahiu-se a lêr O Tico- Tico.

Hy_ft__r s _i^\ ¦' —Tí~^ I —T _W_ f /SifeLv7^ ]Ãr^> a ^"i^jt_V —____.£r '—yv-* f—-—J

__¦_ _¦——-——_^-—-_—\. -I -^\ii f ____J—BH—i __fll—Br.____jt^_^______IoTl <" ysr -^r %frTi^^7"^^^^_L_!yy™>^'^^^P^H__jk^1_jM4 ^^f_l|r

2 E tanto se distrahiu, com a Historia de Ali-Babá e com as Aventuras do Chiquinho we nao viu tres gatosnas janellas. O primeiro gato pegou na ponta das lingüiças...

3 . ,i. outro gato segurou as lingüiças pelo meio, o terceiro segurou a outr ponta e pularam, todos treV paradentro de casa. Ahi Antoninho sentindo que o caixote estava mais leve...

4 foi espiar e viu o caixote vasio. „. Voltou-se e deu cor15 lingüiças penduradas nas janellas como festõesde rosas em dias de grande gala.

O Tico-Tico OS PALHAÇOS E O TOTÓ

O Palhaço e Tony iam jantar sem convidar o pobre Totó, que, por signal, estava com muita fome. De repenteTony se lembrou de que não havia vinho na mesa. Resolveram ir buscalo.

— Mas—'disse o palhaço—si o cachorro ficar aqui sósinho, come tudo.

—Nao ha duvida —disseò Tony — Eu passo acorrentepor aqui... assim elle já não pôde chegar a mesa.

Passaram a corrente e foram-se embora.

Apenas os viu sahir, Totó, subiu a uma escadinha queestava alli perto e d'alli, armando salto...

.. .pulou por cima do cabide e foi cahir mesmo emcima da mesa... >.¦

.onde comeu tudo mais que depressa.

Quando o palhaço e o Tony voltaram, viram o Totó, muito quietinho, no seu logar e a mesa. vasia.

IO O THEATRO Dfc UmRTONOPOLIS o tíoo-tíooPagina de armar

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Explicação:-Para reproduzir sobre a mesa um elegante theatro com espectadores nos cama-rotes, musica na orchestra, e artistas no palco representando varias scenas, basta recortar com cuidadoasfiguras acima, tomando nota das lettras indicadoras.

Depois collam se todas as figuras em papel cartão. . ,A figura i é o theatro; dobram-se os lados e a parte de baixo pelas linhas de tracinnos, como

mostra a figura 2, e collam se de modo a formar a sala de espectaculos, como indica o modelo.Feito isso, dá-se um corte sobre a linha de pontos que ha acima do palco.Por essa abertura é que se collocam no palco as diversas scenas de que se compõe o espe-

ctaculo: Um palhaço, uma equilibrista, um hércules e um malabarista. Ha também um panno de boccapara abaixar quando terminar a funcçâo.

11 O Tico-Ticc

_RO.VE_i-._NrGE MARAVILHOSOHesunio dos capítulos já publicados. — (A Ranha

Opulenta, soberana de um remo da Ásia, disse a uma fada que de-sejava ler uma filha bonita, iiitclligente e graciosa ; mas esqueceu-sode pedir que el!a fosso bôa; nessa mesma época, uma pobre pesÇ«-f^ora, fallando também com uma fada, desejou um filho, mas começoujm_i* dizer, que desejava que o rapaz fosse valente e bom. As fadastueram a von.ade da Kain ha e da pescadora. Esta foi ser ama daPrii.ecza; e seu filho, o pequeno «Sem Malícia», quan 'o cresceu,ficou, sendo .{agem do palácio. Quando a Princeza completou 16An nos tornou-se tão má que a Rainha das Fadas, paia eastigat-a,atirou-a ao mar, transformando-a en» uma horrenda meiuza. Asfadas «Lu mia na* e »Gra.nir_ctta» foram implorar o seu perdão, masa fada «Severa» declarou que a Princeza só voltaria a ser o qu .era antes si o pagem conseguisse matar o monstro da cidado Praia,conquistar o Diamante Verde e vencer o Rei dos Anões.)

XIV

Ficando só, o pagem tratou de ver o quo havia es-cripto nas chapas de nacar. Puxou pela primeira e leu oseguinte :' ..O dragão será vencido pelo homem, bastante forte,ci.rnjcso c pertinaz, que conseguir dar volta ao lago quomede sete léguas, correndo sem parar, sem se desviarum só minuto da linha recta, seja qual fôr o obstáculoque so lhe apresente.

Mas o imprudente que quizer tentar a aventura devoroflcclir muito, porquanto bastará que se segure 11 um3.-alho para facilitar a carreira, ou que se detenha porum momento que seja, para perder o resultado de todosos esforços rcalisados até então. Si elle parar um mo-menlo.ou se se amparar a qualquer objecto, ficará prisio-neiro do nionstio e será por elle devorado.

Assim ordena o Destinou.— Sete léguas, a correr e sem parar! —murmurouSem-Malicia — Que horror! Emíim; como não ha outroremédio, vou tentar.

XV

Apenas o pagem pronunciou estas palavras, a águado lago começou a se mover o o monstro reapparcceu,ainda mais furioso do qne da primeira vez.

Mas, em logar de se dirigir para a cidade Prata,voltou-se paia o lado da montanha. Tomou pé em terrao parou, gigantesco, terrível, sacudindo a cauda e eriçan-<lo o topete. Na sua larga bocea entreaberta viam-se qua-tro fileiras de dentes enormes.

Olhou para todos os lados, depois soltou um gritoestridente, como o apito de uma locomotiva.Os habilantes da cidade Prata e a sua rainha, saben-

do que um rapaz bastante corajoso, se dispunha a lutarcom o Dragão, estavam todos nas janellas, para admiraro combate.

Sem se deixar intimidar, embora o seu coração ba-tesse violentamente,o pagem deu alguns passos em direc-çao ao monstro, que o fitava, certo já de que em pouco odevoraria.

Mas,de repente, o pagem,abaixando-se,apanhouumapedra do tamanho de uma laranja e atirou-a sobre o Dra-ijãojozcrido uma pontaria tão certeira que foi feril-o mes-mo na cabeça e vasou-lhe um olho.

Um jacto de sangue inundou as escamas do monstro,qie, soltando um novo grito, abriu as immensas azas eveiu pairar no espaço, mesmo por cima do valente SemMa lida.

Os soldados a procura de «Sem Malícia»

O pagem, ligeiro como um veado, sahiu a correr e,antes que o Dragão voltasse a sida surpreza,já elle ests.vacem metros mais adiante.

O animal, furioso, e lodo coberto de sangue, hesitei1,um instante, depois deixou-se cahir no lago, mergulhou,

reappareceu uma le-gua mais adeante, o,abrindo vôo, de novoveia se collocar nomeio do caminho poronde o pagem tinhaque passar.

Sem Malícia, p o-rém, não se ame-drontrou: continuou acorrer. O DrogàoAre-mondo de raiva e dedores, sacudia a crinaensangüentada c agi-tava-se escarvando ochão. Da cidade os ha -bitantes gritavam aSem-Malicia que pa-rasse, que não fosseassim ao encontro doum monstro tão terri-vel. Mas o pagemnem siquer os ouvia.

Estava já' quasi achegar sobre o tnons-tro. Deslumbradocem o fuigor das cs-camas do animal,Sem Malícia conten-tou-se com desemb: •inhar a espada,e pro-seguiu na carreira.

Quando faltavamapenas dez passospara elle chegar so-bre o Dragão, estosoltou um longo ge-mide e cahiu estendi-do no chão. Teria oferimento na cabeçacausado a sua morte?Os habitantes da ei-dade gritavam — Vi-ctoria ! — o Dragão

parecia, com efTeitn, morto ; mas Sem Malícia rcflecliuque aquillo poderia ser uma trahição para fazel-o rararsem haver terminado a volta do lago.

E,sem hesitar,pulandopor cima do corpo do monstro,proseguio na carreira.

Tinha elle pensado muito bem,porque epenas fez isso,o monstro ergueu-se,com um urro formidável... mas jáe pagem ia longe e corria mais que o vento, saltandoobstáculos, pulando vallos e precipícios, passando porentre espinhos, deixando-se cahir por ladeiras, galgandocolunas e montes.Não havia cousa alguma que o fizesseparar. Parecia que elle cada vez mais se tornava furte

e ligeiro.Ao contrario, o Dragão ora saltava,

ferozmente, perseguindo o pagem, orase arrastava como que sem forças. Osangue continuava a correr do feri-mento e isso enfraquecia-o visivelmen-te. Anciosos, arquejantes. os hubi-tantos da cidade Prata contemplavamaquella luta titanif.

Já Sem Maliaa tinha vencido maisda metade do percurso, porém á pro-porção que se approximava do fim,maisas dificuldades augmentavam. De re-pente, o pagem viu que o caminho setransformava em uma ladeira muito in-greme que se erguia áaltura prodigiosa,

rvxí-íy Ao lado havia outro caminho plano,calmo e macio, mas fazia um rodeio.Sem Malícia percebeu a armadilha e nãocahiu nella.

Precipitou-se pela ladeira sem tomar

«Sem Malícia» aahiu a correr.

OTico-Tico

fôlego. Havia.de um lado e de outro, galhos com os quaespoderia elle, agarrando-se, facilitar a subida ; mas, pararesistir à tentação de se segurar a elles, Sem Malícia en-fiouãs mãos no cinto e continuou a correr.

Entretanto,em meio da ladeira, uma fadiga singular«ipoderbu.se de todo o seu corpo; as pernas pesavam-lhecomo si fossem de chumbo. E, ao mesmo tempo, umasede ardente começou a tortural-o. Ao lado do caminhocorria um riacho claro e fresco com ruido crystalino.

Sem Malícia pensava que bastaria curvar-se um pou-co para matar a sede que o devorava; mas,pai a isso,serianecessário parar,e si elle parasse,a princezaitfaraiut/iosa,estaria perdida para sempre. — (Continua.)

VERSOSSalvei... 11 de Outubro, Ao Tico-Tico formosoA data mais festival, Desejo mil felicidades,Por isso estou esperando Ao Juquinha e Chiquinho,O Almanach para o Natal. Enviu-lhes muitas saudações^

Ao valente Tico-Tico,Enviu-lhe mais este versinho,Para que elle nao fiqueCommigo zangadinno.

(Laura Passos, Cataguazes.)

AO «TICÔ-TICO»Salve ! salve oh ! Tico-TicoAmigo da creançada,Que o festejam nesse diaCom a alma alvoraçada.

Salve ! salve oh! Tico-TicoCatita do meu amorVos sois como um jasmineiroTodo coberto de flor.

Salve ! salve oh 1 Tico-TicoCheguei um pouco atrazadaNâo será esse o motivoQue ficarei desprezada,

Idalina Queiroz DIniz.

ti mMmf

—Sempre a engra-xar as botas, hein?

— Ah! hoje, en-tâo, com mais razãoque nunca! Imagineque tenho de sahirpara comprar brin-quedos para asnossascrianças, e objectospara presentes...—Sim í 1 E aondevais ?

—Isso nem se per-gunta: vou A' In-dustria Nacional, Ca-

?. - ~, ."«•—-, .- V\ \ rioca46.../«tí'/tl.r.\.,\y-;.' -Muito bem! E

nào teesqueças de trazer lambem colchas, lençóes, sa-boneles, collarinbos, saias brancas, um mundo de roupasde baixo e de casa, que só nessa casa se pôde comprar,graças aos preços nunca vistos.

BORO BORACICA — cura o cancro.CAVALLEIRO PASSEIANTE

Hoje é de cavallinho, sópara moer ! Sabem por que ?Pensam, íalvez, que lírei a sorte

í~~ t C\ grande, que fui nomeado impe-l "H rador* da China, ou venci os

concursos d'«0 Tico-Tico»?...Nada d'isso ! Estou satisfeito eprosa, quero figurar de janota,.porque me vi livre de todas asmoléstias de pejle : darthros,eezemás, espinhas, cravos, sar-das.aspereza da lixa, culis esca-mosa e mil outros tormentos. E

fiquei bom de tudo isso com o Sabão Aristolino,de Oli-veira Junior, preparado liquido que é a maior preciosi-dade de um bom toücador, alé mesmo para a barba.

Vende-se ¦ em todas as perfumarias, armarinhos,barbearias, pharmacias e drogarias do Brazil.

. — -—— HZr**Z ~—'

t^N. Ali

(211O BALÃO DESASTRADO

Chiquinho : —Esconde, aqui, Jagunço 1 Escondo, para o balão nào te pegar 1O Povo : — Ahi, Chiquinho ' Agarra o Jagunço e corramos todos para o Cinematographo

porque, no dia dc Natal, vamos ter grande surpreza e brinquedos em penca IRio Branco, mesmo

13 O Tico-TicoVEJAM SO ISTO I

—Decididamente o mundo mar-cha! Vejam só a perfeição a quechegamos com esta deliciosa no-ticia !

Os nossos amigos e leitores quefizerem compras ou encommendasnas casas commerciaes que an-nunciam n'0 Molho, O Tico-Tico oLeitura para Todos, serão melhorservidos e gozarão dc um abali-

mento razoável, desde que declarem que tazem as com-

Íras ou encommendas—por causa de annuncios quo

eram n'0 Malho, rfO Tico-Tico oü na Leitura.Que delicia I

' __ti(f_l)fe___ P '! u __f ____53___ik ^ I.¦¦•— — £BgojH_______l__S^£^a -V. <^*£G :-____i__c^^__,____l "G j

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OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 198

Vejamos como gyraram as cousas por aqui. Muilobem. Reunido todo o escovado pessoal decifrador, trata-mos de aguçar a vista e sem mais demora (para nãoesfriar) demos começo ao rigoroso julgamento quo de-oidiria a quem deveriam tocar as palmas da victoria.Pois bem; linda a tarefa, verificámos que se haviamtornado dignos da nossa escolha os trabalhos enviadospelos trez seguintes concurrentes e que obtiveram col-locação na ordem que se segue : s

Primeiro premio—15JJ000:ZELIA DE CASTRO

de 10 annos, moradora á rua Visconde de Itaborahy, Ni-ctheroy.'-. Segundo premio—15JJ000 : .

JOAQUIM JOSÉ DE ARAÚJO MACHADOde 11 annos, residente á rua da Estrella n. 30.

Terceiro premio—15g000:NOEMIA FERNANDES DA COSTA

de 7 annos, moradora á rua Tavares Bastos n.35,Oittete.Podem os vencedores vir a esta redacçao receber os

referidos prêmios.Publicaremos depois as soluções premiadas.

RECEBEMOS AS SEGUINTES SOLUÇÕES :Mizael d'Assumpção, Dora Campista, Margarida da

Costa Miragaya, Adolpho Busse, Dante de Andréa, Frán-cisco Nico, Demetrio Vieira de Carvalho, Maria Magdale-na Maia Mattoso, Lucinda Maia de Faria Mattoso, Ma-nuel W. de Yparraguirre, Aristoleles Goés,Oscar de Sou-za, Américo Bandeira de Moraes, Cláudio B. Savagt,Humberto Lamano, Jorge Alberto da Costa Pereira, An-tonio Siqueira de Abreu, Euridyce de Sá, Mafalda Ennade Andréa, Angenor das Chagas Guimarães, LaviniaMartins, Ary Moreno Peixoto, Viclorina Serrào, Abilioda Silva, Armando Ferreira Velioso, Orlando de Moura,José Louzada, Sebastião Gonçalves dos Reis, José Bap-tista, Jacy Freitas, Nair Maria Alves, Nitinha MullerSalles, Plinio de Oliveira Adams, Juvenal Alves Pinto,Osmar Barbosa Porto, Raul de Azevedo Marques, Ceies-lino Cavalheiro, Simplicio S. da Porciuncula Ferreira,José Ferreira Dias Júnior, Valentim Alves Ferreira, Vi-valdo Saraiva Vaz,Hamilton Thompson,João Achelino doFigueiredo, José Antonio Machado, Antero de Campos,Maria Luiza de Oliveira, Mario da Silva P., Djanira daCosta e Silva, Benito Rodrigues Lima, Anastácio Xime-rrs, Zelia de Castro, Joaquim José de Araújo Machado,Noemia Fernandes da Costa, Ary Corrêa de Sá, LeonorMoreira Gomes.

MENÇÃO HONROSAComquanto náo tivessem alcançado collocação no

julgamento, tornaram-se, comtudo, dignos d'esta mençãoespecial,pelos interessantes trabalhos que nos enviaram,os seguintes concurrentes :

Benito Rodrigues Lima, Djanira da Costa e Silva,Ary Corrêa de Sá, Leonor Moreira Gomes, Haydée Le-fèvre, Anastácio Ximenes, Mario da Silva P. c MariaLuiza de Oliveira.

RESULTADO DO CONCURSO N. 204RESPOSTAS CERTAS :

1* — Anno.2* — Serafim.3* — Legume.¦ 4» — Ardente.5* — Fachina.6« - Pêra.Este correu também com grande animação, tendo a

rapaziada concurrente na sua grande maioria, descido aescadinha das seis perguntas de Anno a Pêra, sem tro-pecos nem escorregões. Foi um pé lá e outro cá. Osorteio foi outro estrondoso suecesso, tendo a sorte sepronunciado favorável aos trez seguintes maganões, quealcançaram esta ordem de collocação :

1° premio — 10$000:FERNANDO ALMEIDA DA SILVA

de 11 annos, morador á rua Gonçalves n. 44, Catumby.2- premio — lOgOOO:

SYLVIO CORRÊA DIASde 11 annos, residente á rua Barão de Itapetininga n. 46,S. Paulo.

3- premio — lOgOOO:MARIO PARANHOS

de 9 annos, moradora Praia de Gragoatá n. 47, S. Do-mingos, Nictheroy.

Podem os meninos vir ao nosso escriptorio receberos prêmios acima.

CONCURSO N. 206Attendendo á circumstancia de ter sido muito limi-

tado o prazo determinado para a remessa de soluçõesdo concurso n. 206 resolvemos augmentar esse prazoafim de facilitar a concurrencia dos nossos" leitores dosEstados, que, nesse caso, poderão nos remetter soluçõesaté o dia 8 de Janeiro. Assim,fica-lhe estabelecido o prazopouco mais ou menos de um mez, conforme é de praxe.

BOROBORflClCflroupa. Deposito geral: Drogaria Pacheco, Andradas 59,lombo, em Santos. Vende-se em todas as pharmacias do Brazil e na casa LouisHèrmanny.

Adoptada no Exercito Nacional. Pomada milagrosapara a cura radical de empigens, sarna, eczemas, dar-thros, assaduras nas crianças, ozagre, frieiras, herpes,escoriações e todas as moléstias da pelle. As rachaduras do bico do seio, que tanto atormentam as jovensmais, curam-se com esta santa pomada, que nao suja a

Rio de Janeiro, e nas drogaria Baruel & C, S. Paulo, e Co-

O Tico-Tico 14

MOLHO El^ECTRiOÍEsse maravilhoso molho reúne em si todas as quali-

dades necessárias para dar um paladar delicioso e convi-dativo ás sopas, assados, guizados, refogados, peixes,caças, churrascos, bifes, carnes brancas, feijoadas, moco-íós, bacalhoadas, camarões, lagostas, macarrões, etc,satisfazendo ao naladar do mais exigente epicurisla. A'O rei dos temperos venda nas casas: Teixeira Borges & C, Coelho Kean & C,

Ouvidor 6i, Confeitaria Colombo, Monteiro Júnior & C, H. Marti & C, Rosário 62, e cm todas as casas de Ia ordem.Preço, vidro 2g500, dúzia 24$000.

CONCURSO 207

WÊÊÊ^ 1

Recortem os sete triângulos que estão nesta figurae colloquem-n'os em torno da silhueta negra, de modo afazer appaiecer a figura de um pescador sentado sobreuma pedra.Os prêmios destinados ao sorteio são dois de15$ cada um. As soluções, com o vale.nosdevem serre-mellidas até o dia 8 de Janeiro.

CONCURSO N. 208(PARA A MENINADA D'ESTA CAPITAL E DOS ESTADOS PRO-

X1MOS)

Perguntas :Ia— Tenho o formato dc um ovo,

E nelle me encontrarois;Duas vezes entro em povoMas no ar, não mo vereis.

(Enviada pela menina Laurita de Sá Corroa Rabello.)

2a—Que é,que é ?Quanto mais setira mais se tem.

(Enviada pelomenino FlorianoPeixoto Medrado.)

3a—Qual é o in-strumcntoque.pre-cedido de uma syl-labn, alimenta .

(Enviada pelamenina DéboraPeixoto.)

4a—Qual é a pa-lavra formada deduas outras emque a primeira te-íuos em casa, a se-gtinda é um ani-•inal e ambas for-niam ainda onomode um animal '.'

(Enviada pelamenina EdelviraMoraes.)

5a—Que é,quo é ?Elle faz cahir c ellacác ?

(Enviada pelamenina Diva dosSantos.)

0a—Qual é a pa-lavra composta dcduas palavras daqual a primeiracomemos, a segun-da não vemos eambas nos diver-tem?

(Enviada pelomenino Lulu Mc-arado.)

Ahi lém vocês asua arvore de Na-tal.

Cada perguntarepresenta um se-gredinho. Agora épreciso quo vocês

os descubram todos para poder ter direito aos trez pre-mios, um dc 15$ e dois do 10$ cada um, que serão sortea-dos entre os que acertarem.

As soluções, com o respectivo vale, nos devem serenviadas até o dia 25 do corrente.-.&—«»—«*—>«>—•«>--<«*.—«.—<m-~a»—«*—a»-

COXJPOHSRecebemos os seguintes destinados aos diversos es-

labelecimentos de caridade d'esta capital, dos meninos :Felippe Viviani, 3.015; Carminda Saldanha, 250; VictorHugo Luiz da Silva, 500.

B0RO BORACICA — Cura assaduras nas crianças.

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE —Não ha mais tosse ! Por pertinaz que seja, desappa-reco sempre com o uso do peitoral de angico pelo-TENSE — «Attesto que meu irmão Aristidcs, achando-secom uma forte tosse, c depois de fazer uso dc vários medi-

camentos, só conseguiu ficar radicalmente curado com o uso do peitoral de angico pelotense c isso faço uni-camente por ser verdade o com o fim de tornar conhecidas as vantagens d'este maravilhoso peitoral. Eu tenho cgual-monte, feito uso do peitoral de angico pelotense c sempre com o melhor resultado. Pelotas, 2 do Julho de 1880.— Israel Xavier». Depósitos: Pelotas, Eduardo C. Sequeira; Rio, Drogaria Pacheco ; S. Paulo, Baruel & C. ; Santos,Drogaria Colombo.

O Ticò-Xioo A PONTE IMPROVISADAHistoria de bichos 15

i Uma vez, Simão, Bernardo e Tatão, tres macacos muito espertos, iam atravessar um rio quando viram dentrod'agua um jacaré enorme, que parecia disposto a devoral-os.

2 Então, Simão teve uma idéia. Mandou buscar pelos dois companheiros uma taboa velha que elle vira poucoadeante, pediu ao elephante que o auxiliasse...

3 ...e, d'esse modo, arranjaram uma espécie de trampolim, com o qual Simão, Bernardo e Tatão puderam fácil-mente saltar por cima do rio sem que o jacaré os alcançasse.

4 E para maior castigo, o elephante, vendo o jacaré, de bocca aberta, fez uma pirueta, que atirou a taboamesmo nas guelas do bicho feroz.

O jacaré, sem querer, enguliu a táboa, e por isso apanhou uma indigestão tão forte que morreu.

TYP. L1TH. DE L. MA.LAFAU.JUNIOR — ASSEMP.LK.V T-)

íe AS DESVENTURAS DO CHIQUINHO O Tiao-TiooAinda «sen» Ambrosia

:m .',«(_.'

I

i Como, de certo, se lembram, ainda no outro dia Chiquinho apanhou a Chiquinho tinha posto pregos em todas as cadeiras. Masuma sova real por causa de seu Ambrosio, A primeira vez que sen Am-. mamai, pensando que era só naquella, começou a disfarçarbrosio veiu de novo visitar amai de Chiquinho, elle escondeu-se na sala e, e disse :quando seu Ambrosio, foi sentar-se... deu um pulo. —Seu Ambrosio, vamos para outra sala.

3 Seu Ambrosio foi; mas ahi também Chiquinho havia preparado tudo 4 Mamai, já muito desconfiada, tratou logo de levar seue, d'esta vez, o visitante cacete espetou-se deveras. Nao poude conter Ambrosio para o sofá, sem reparar que... mas no próximouma exclamação. numero contaremos o que mais aconteceu.

(Continua)

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