o papel do ensino a distância nas instituições de ensino superior do futuro

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O Papel do Ensino

a Distância nas Instituições de

Ensino Superior do Futuro

Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia - 16/12/2016 Encontro de Instituições e Unidades de eLearning do Ensino Superior

As Instituições de Ensino Superior

adoptaram há muito o ensino a distância

Começaram a fazê-lo no dia em que colocaram online os

seus conteúdos

É por isso que há hoje nas Instituições de

Ensino Superior dois modelos pedagógicos

sobrepostos:

o dos professorese o dos alunos

seguem um modelo clássico

de ensino presencial

seguem um modelo híbridode b-learning só vão às aulas onde podem ter papel ativo

PROFESSORES ALUNOS

A inércia do sistema mantém

este conflito entre modelos

•  ineficácia•  ineficiência

•  custos

Resultado:

Peda

gogi

a dos

sécs

. XIV

a XX

O mundo conectado,

instrumentado e analítico em que

vivemos

permite criar modelos

pedagógicos novos e poderosos

Os MOOCs foram uma primeira

experiência

no sentido da distância

absoluta

desafiaram a escala

ensaiaram pedagogias

(e falharam*)

deixaram pistas sobre o muito

que há por fazer* para já

Nos contextos pedagógicos presenciais do século XX:

os desafios pedagógicos e

organizacionais eram relativamente

simples

Nos contextos do século XXI:  com públicos heterogéneos 

envolvendo atividades diversas: presenciais, virtuais e mistas

interativos e não interativos tecnologicamente

enriquecidos, ou não 

controlados pelos docentes, ou não

condicionados, ou não, pelas realidades

sociais em jogo 

colocam desafios pedagógicos e organizacionais fascinantes, quase todos ainda em aberto

O papel da Educação a Distância nas instituições

de Ensino Superior do futuro

é conciliar tecnologia com pedagogia para tornar

possível esta reinvenção

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

Várias instituições têm vindo a estudar as

competências mais em falta neste século XXI

Uma dessas instituições é World Economic Forum

World Economic Forum, 2016

O QUE OS SISTEMAS EDUCATIVOS ENSINAM

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

Outros estudos e relatórios apontam

competências adicionais

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

A autonomia é a competência mais

crítica para a sobrevivência no

século XXI

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

Ao nível da EaD, a autonomia é:

•  condição chave para que a aprendizagem seja possível

•  critério último de sucesso da aprendizagem

1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

Impõe a transição de:

•  uma pedagogia da explicação e da passividade

•  uma pedagogia da autonomia e da iniciativa

para

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

A universidade continua a seguir o modelo pedagógico medieval

Na Idade Média, o professor lia e explicava os autores clássicos

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

Hoje, o professor projeta e explica os autores contemporâneos

MODELOS PEDAGÓGICOS

A produção de materiais é feita artesanalmente pelo professor

A ‘apresentação’ dos materiais é feita artesanalmente pelo professor

3. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

A avaliação dos alunos é feita artesanalmente pelo professor,

sem meios técnicos e científicos de apoio

MODELOS PEDAGÓGICOS

Até os vídeos são cabeças falantes dirigidas a audiências passivas

3. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

A EXPERIÊNCIA DOS MOOCS

3. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

Uma experiência de grandes meios ao serviço da concepção dos cursos

Economias da reputação

Exploração em SPOCs: •  materiais de elevada qualidade

•  poderosos sistemas de auto-classificação

A EXPERIÊNCIA DOS MOOCS

3. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

Investigação de novas abordagens pedagógicas (presenciais e a distância):

•  pedagogias emergentes •  formas dinâmicas de avaliação

A EXPERIÊNCIA DOS MOOCS

•  escalabilidade das pedagogias •  escalabilidade das avaliações

•  análise dos dados da aprendizagem •  potencial da inteligência coletiva

3. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL

•  novos públicos*

•  novos modelos de negócio

NOVOS MODELOS ORGANIZACIONAIS

•  novas estratégias e lideranças •  novas imagens de marca

•  novas infraestruturas de informação •  novos conceitos de qualidade

•  novas decomposições** de cursos •  novas formas de credenciação***

* empresas, formação ao longo da vida, etc. ** unbundling ** badges, etc.

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

Existem numerosos referenciais

inspiradores

Os destas imagens são

produzidos anualmente pela Open University

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

PEDAGOGIAS COMPETÊNCIASPRODUZIDAS

Ensino híbrido (blended learning)

autonomia empoderamento

cursos invertidos (flipped courses)

aprendizagem baseada em projetos (project-based learning)

autonomia, empoderamento, criatividade, persistência, resistência à frustração

cultura do fazer (maker culture)

autonomia, empoderamento, criatividade, sentido de risco, persistência, resistência à frustração, paixão

pedagogias competências

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

PEDAGOGIAS COMPETÊNCIASPRODUZIDAS

pensamento de designer (design thinking)

sensibilidade cultural, literacia cívica, empatia, criatividade, sentido de risco, confrontação da incerteza

exploração do insucesso (productive failure)

trabalho em equipa, autonomia (colectiva), empoderamento, resistência à frustração, confrontação da incerteza

aprendizagem em redes sociais (learning through social media)

competências sociais, autonomia, comunicação, colaboração

apender ensinando (teachback) empatia, pensamento crítico

pedagogias competências

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

A investigação das pedagogias emergentes

não deveria focar-se apenas no potencial instrumental

das tecnologias em EaD

Deveria, sim, abraçar a natureza cultural, social e transformacional

da aprendizagem online

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

Cada docente envolvido em EaD deveria, pelo menos em parte da sua carreira, conjugar a sua investigação

disciplinar com investigação pedagógica ou didática em EaD

A investigação e a produção de materiais e ferramentas deveriam ser

multi-institucionais, para poderem assumir uma dimensão crítica

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

O desafio real não é só para a ‘formação em EAD’

mas para os novos modelos organizacionais e pedagógicos

Tratando-se de temas que ninguém domina

a formação deveria seguir modelos de comunidade

de prática e de teachback

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Deveria seguir uma abordagem multi-institucional

em comunidade dinâmica (e dinamizada)

onde cada membro é convidado a aprofundar um tema

e a explicá-lo e debatê-lo com os outros

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

Considerando as 5 categorias de qualidade na Educação Superior

propostas por Harvey & Green (1993):

•  qualidade como excepção •  qualidade como perfeição

•  qualidade como adequação aos fins •  qualidade como custo-benefício •  qualidade como transformação

6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

a centralidade da AUTONOMIA, como condição e fim da EaD,

sugere a adopção dos critérios da

qualidade como transformação

a mais elogiada, mas a menos praticada, das abordagens para

a avaliação da qualidade da Educação Superior

6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

Também a complexidade dos desafios organizacionais

a enfrentar

recomenda a adopção de uma

abordagem da qualidade como

transformação

3. AS PEDAGOGIAS EMERGENTES

5. FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2. O FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL 1. COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

4. INVESTIGAÇÃO E PRODUÇÃO

7. CONCLUSÕES 6. QUALIDADE E ACREDITAÇÃO

7. CONCLUSÕES

O papel da Educação a Distância nas instituições de

Ensino Superior do futuro éconciliar tecnologia com pedagogia para

transportar a Educação Superior para o século XXI

O Papel do Ensino a Distância nas Instituições de

Ensino Superior do Futuro

Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia - 16/12/2016 Encontro de Instituições e Unidades de eLearning do Ensino Superior

FIM Slides em: www.slideshare.net/adfigueiredoPT

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