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“O Movimento Internacional pela Cultura da “Não Contenção” da Pessoa Idosa

EIXO 3: Cultura da “nao contencao” do idoso dependente: questoes eticas e tecnicas do

processo de trabalho do enfermeiro

Profa Dra Rosimere SantanaEEAAC-UFF

Questões Éticas

RESOLUÇÃO COFEN Nº 427/2012

ONormatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de

contenção mecânica de pacientes

ConsiderandoS…O CONSIDERANDO o art. 5º, inciso III, da

Constituição Federal de 1988, segundo o

qual “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”;

ConsideradoS… O CONSIDERANDO a Lei nº 7.498, de 25

de junho de 1986, em seu art. 11, inciso I, alínea “m”, que dispõe ser privativo do Enfermeiro “cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica, e capacidade de tomar decisões imediatas”;

ConsideradoS… O CONSIDERANDO o art. 11, inciso II, alínea “f”,

da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, segundo o qual é atribuição do Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, “prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de Enfermagem”;

ConsideradoS… O CONSIDERANDO os artigos 12 e

seguintes da Seção I – Das Relações com a Pessoa, Família e Coletividade, do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução Cofen nº 311, de 8 de fevereiro de 2007;

DIREITOS- Código de Ética 311/2007

Art. 10 – Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.Art. 11 – Ter acesso às informações, relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional.

RESPONSABILIDADES E DEVERES- Código de Ética 311/2007

Art. 12 – Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.Art. 13 – Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.Art. 14 – Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.Art. 15 – Prestar assistência de enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.

ConsideradoS… O CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº

358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a sistematização da assistência de Enfermagem e a implementação do processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem;

Histórico por

domínios

NANDACIPE

ESTABELECER PRIORIDADES

NOC

NIC

NOC

ELEMENTOS DAELEMENTOS DA SAE e PE SAE e PEExame fisico

Metodos e

Técnicas

SAEPessoasMateriais Instrumentos

PE

RESOLVE:

O Art. 1º Os profissionais da Enfermagem, excetuando-se as situações de urgência e emergência, somente poderão empregar a contenção mecânica do paciente sob supervisão direta do enfermeiro e, preferencialmente, em

conformidade com protocolos estabelecidos pelas instituições de saúde, públicas ou privadas, a que estejam vinculados.

O Art. 2º A contenção mecânica de paciente será empregada quando for o único meio disponível para prevenir dano imediato ou iminente ao paciente ou aos demais.

O Parágrafo único. Em nenhum caso, a contenção mecânica de paciente será prolongada além do período estritamente necessário para o fim previsto no caput deste artigo.

O Art. 3º É vedado aos profissionais da Enfermagem o emprego de contenção mecânica de pacientes com o propósito de disciplina, punição e coerção, ou por conveniência da instituição ou da equipe de saúde.

O Art. 4º Todo paciente em contenção mecânica deve ser monitorado atentamente pela equipe de Enfermagem, para prevenir a ocorrência de eventos adversos ou para identificá-los precocemente.

O § 1º Quando em contenção mecânica, há necessidade de monitoramento clínico do nível de consciência, de dados vitais e de condições de pele e circulação nos locais e membros contidos do paciente, verificados com regularidade nunca superior a 1 (uma) hora.

O § 2º Maior rigor no monitoramento deve ser observado em pacientes sob sedação, sonolentos ou com algum

problema clínico, e em idosos, crianças e adolescentes.

O Art. 5º Todos os casos de contenção mecânica de pacientes, as razões para o emprego e sua duração, a ocorrência de eventos adversos, assim como os detalhes relativos ao monitoramento clínico, devem ser registrados no prontuário do paciente.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

I Encontro sobre a Cultura de “Não Contenção” da Pessoa Idosa Dependente

Tema Central

A Experiência da Cidade de Trieste - Itália

9 de Outubro de 2014 - 9 às 17 hs

Hospedagem GerontologicaAssistida

VillaVecchia

Hospedagem GerontologicaAssistida

VillaVecchia

VillaVecchia

Fabio CimadorCoordenador de enfermagem

Palestrante Convidado - Trieste - ITALIA

SURVEY O Objetivo: Caracterizar o perfil dos

participantes do evento “Pela cultura da não contenção” e sua experiência com a prática da contenção.

O Método: Estudo de abordagem quantitativa, do tipo Survey, através de instrumento informatizado contendo 20 questões sobre a prática da contenção, enviados a 71 participantes, com devolutiva de 32 instrumentos (45%), que foram analisados por estatística descritiva simples.

Resultados: O a maioria dos respondentes foi do sexo

feminino(24); com idade entre 50 a 59 anos(12) e 20 a 29 anos(9);

O 27 procedentes do Rio de Janeiro; maioria profissionais liberais(9) e estudantes de pós-graduação(7);

O 30 pertencentes a área da saúde; a maioria com mais de 20 anos de experiência(15), mas também do direito (2).

ResultadosO 30 respondentes situações de contenção física; com

frequência superior a 5(14); em sua maioria pacientes idosos(24) mas também: psiquiátricos(8), criança(4) adulto(4).

O Contenção mecânica observada por 28 participantes; 14 declararam mais de 5 vezes; e em sua maioria idosos (22), psiquiátricos(8), criança(3) adulto(2).

O Farmacológica presenciada por 26; por mais de 5 vezes(12); maioria de idosos(14); psiquiátricos(6), criança(3) adulto(2).

O Ambiental foi citada por 21 participantes, 9 com frequência superior a 5 vezes(10); e em pacientes idosos(10), psiquiátricos(9), criança(5) adulto(2).

ResultadosO Os locais frequentemente citados como

observados episódios de contenção

tiveram: hospital geral(29),

ambiente doméstico(14), instituição de longa permanência para idosos(14), hospital psiquiátrico(11), residência terapêutica, pronto socorro e ambulatório uma vez cada.

Hamers J. P.H., Gulpers Math J.M., Strik Willem, Use of physical restraints with cognitively impaired nursing home residents, Journal of Advanced Nursing, 2004, 45(3), 246–251

ResultadosO Sobre o relato de alguma experiência de

consequências não desejadas foram citadas: escoriações(9); agitação e agressividade(9); queda(3); traumatismo crânio cefálico(2); úlcera por pressão(1).

Karlsson S, Bucht G, Eriksson S, Sandman PO., Factors relating to the use of physical restraints in geriatric care settings, Journal American Geriatric Society, 2001 Dec;49(12):17228.De Vries OJ, Ligthart GJ, Nikolaus T; European Academy of Medicine of Ageing Course III. Differences in period prevalence of the use of physical restraints in elderly inpatients of European hospitals and nursing homes. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2004 Sep;59(9):M91920

Resultados

O E, por ultimo sobre o motivo da contenção,

declararam: agressividade e agitação(23); evitar a retirada de dispositivos [gastrostomia, sonda nasoenteral](20); prevenir quedas(19); falta de pessoal ou de recursos humanos capacitados(10).

Irving Kate, Inappropriate restraint practices in Australian teaching hospitals, Australian Journal of Advanced Nursing; Jun Aug 2004; 21, 4;

ConclusõesO Este evento despertou o interesse de

profissionais de saúde mais experientes, e que já haviam presenciado a prática de contenção de diversas modalidades nos espaços assistenciais de saúde e em domicílios.

O A observação foi mais frequente em indivíduos idosos e em pacientes com transtorno mental, sendo motivada por razões clínicas e por deficiências de infraestrutura, referenciado por consequências danosas ao paciente.

O  

Riscos da Conteção O AgitacaoO Asfixia / Estrangulamento O Comprometimento circulatorio O Lesoes por fricção/Skins tearsO Ulceras de pressao O Incontinencia O Declinio cognitivo O Risco de infeccao O Depressao

Medidas de Intervenção O Comunicação terapêutica -

Dialogo lento, frases simples e curtas, nao discutir;

O Botao de chamada acessivel

O Cama na posicao mais baixa

O Exit Alarms O Mobilizacao precoce e idas

ao WC O Nutrição e hidratação

adequadas

O Avaliar perdas sensoriaisO Minimizar mudancas na

equipe; O Ambiente calmo e

silencioso; O Explicar procedimentos; O Encorajar envolvimento

dos familiares O Terapia musical, animais,

complementares

- Cuidado -

Convite!!!- REDE DE PESQUISA SOBRE AS

PRÁTICAS DE CONTENÇÃO DO IDOSO DEPENDENTE NO BRASIL

- II ENCONTRO SOBRE A CULTURA DE “NÃO CONTENÇÃO” DA PESSOA IDOSA DEPENDENTE

Contato: nepeg.uff@gmail.com

rosifesa@gmail.com

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