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NÃO AO ESTUPRO E AO ABUSO SEXUAL...!
Pautas Bíblicas Pastorais para enfrentar este flagelo nas Igrejas (2 Samuel 13:1-22)
Por
ISMAEL QUINTERO RPJAS
Professor em Divindade e
Estudante de Doutorado em Ministério
Curso de Ministério Pastoral para estudantes de Licenciatura e Mestrado
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE MIAMI
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Bogotá – Colômbia, julho de 2005
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
LIÇÃO 01: REALIDADE DA VIOLÊNCIA SEXUAL
1.1 DESCRIÇÃO DA VIOLAÇÃO E O ABUSO
1.2 REALIDADE DA VIOLÊNCIA E O ABUSO
1.3 RELATOS DE VIDA SOBRE VIOLAÇÃO E ABUSO
LIÇÃO 02: IMPACTO SOCIAL DA VIOLÊNCIA SEXUAL
2.1 DÍGITOS SOBRE VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL
2.2 PADRÕES QUE FACILITAM A VIOLÊNCIA E O ABUSO
2.3 MITOS E VERDADES SOBRE A VIOLÊNCIA E O ABUSO
LIÇÃO 03: EFEITOS DA VIOLÊNCIA SEXUAL
3.1 EFEITOS FÍSICOS
3.2 EFEITOS SEXUAIS
3.3 EFEITOS PSICOLÓGICOS
LIÇÃO 04: REALIDADE BÍBLICA DA VIOLÊNCIA SEXUAL
4.1 TAMAR: UMA PRINCESA NA CASA REAL
4.2 TAMAR: UMA IRMÃ VIOLADA NA CASA DE AMNON
4.3 TAMAR: UMA MULHER DESCONSOLADA NA CASA DE ABSALÃO
LIÇÃO 05: RESPOSTA BÍBLICA À VIOLÊNCIA SEXUAL
5.1 A DENÚNCIA DE TAMAR NÃO É OUVIDA
5.2 SILÊNCIO E CUMPLICIDADE DA FAMÍLIA
5.3 DESCONSOLOS DE TAMAR E DESAFIOS BÍBLICOS
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LIÇÃO 06: PERSPECTIVAS ECLESIAIS ANTE A VIOLÊNCIA SEXUAL
6.1 REJEIÇÃO E INDIFERNÇA
6.2 ACEITAÇÃO E DISSIMULAÇÃO CONDICIONADAS
6.3 ACOMPANHAMENTO E DENÚNCIA
LIÇÃO 07: RESPONSABILIDADE ECLESIAL ANTE A VIOLÊNCIA
7.1 CONFISSÃO E PROMESSA
7.2 TOMAR CONSCIÊNCIA E FALAR DO TEMA
7.3 CAPACITAÇÃO E SERVIÇO
LIÇÃO 08: RESPOSTA ECLESIAL ANTE A VIOLÊNCIA SEXUAL
8.1 DESAFIOS INSTITUCIONAIS
8.2 CUIDADO PASTORAL
8.3 COMPROMISSO FRATERNAL
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
MANUAL DO ESTUDANTE E FACILITADOR
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INTRODUÇÃO
Os seres humanos foram criados por Deus para viver em comunidade. Sem embargo, pelo pecado, as relações que se estabelecem estão cheias de interesse egoístas, benefícios pessoais e desumanos. Este não é o plano de Deus. Seu propósito de vida esta mediatizado por relações justas, iguais e harmoniosas entre suas criaturas.
Por tanto, a configuração da sociedade atual, através dos tempos, tem estado cheia de violência, poder e força para sobreviver. É assim que desde o capítulo quatro de Gênesis, registra – se o primeiro ato de violência entre a família e a sociedade. Dali em diante, como conseqüência do pecado, as relações pessoais e sociais estão cheias de sangue, dor, abuso e profundas assimetrias.
Tal condição humana se reflete no interior de todas as instituições existentes e os diferentes grupos sociais. Podemos dizer que é inerente a razão de ser de todo individuo. Em conseqüência, desde que se nasce até a morte, reagimos de forma violenta, agressiva e sofremos s conseqüências em nosso caminhar.
Por mais esforços realizados, não podemos eliminar os padrões que promovem e perpetuam ditas relações. Sem embargo, é possível tomar consciência deles, articula-los e assumir uma posição cristã em nossa ocupação e ministério pastoral.
De maneira específica, pretendemos abordar neste trabalho de tese, as condições de violência relacionadas com o abuso sexual e os fatores desencadeantes. A idéia é nos sensibilizar a esta realidade, tomar consciência de suas nefastas conseqüências na vida da família, a igreja e a sociedade. Além do mais, propor algumas linhas de ação para afrontar desde as comunidades cristãs a presente problemática.
Apresentamos de maneira detalhada e clara, as implicações bíblicas pastorais para o ministério com pessoas vítimas, em relação com a violência e o abuso sexual. Nosso interesse é que os crentes decidam acompanhar as pessoas que sofrem este flagelo e glorifiquem ao Senhor mediante o serviço dos mais necessitados.
Compreender e aceitar a realidade deste tipo de violência se fará possível a luz do texto sagrado da violência incestuosa de Tamar. Mediante um estudo detalhado do sucesso, pretendemos identificar os fatos e apresentar um desafio ao leitor. Pais, pastores, líderes homens e mulheres em geral, tem se interpelado pela narração, a não ficar em silêncio. Mas sim respaldar, acompanhar e pastorear as vítimas de tais abusos.
Este trabalho não teria sido possível sem a utilização de importantes recursos bibliográficos de diferentes fontes. Também da informação proporcionada por pessoas abusadas, trabalhadores sociais e profissionais no tema. Agradecemos a quem se envolveu com este projeto de pastoral de acompanhamento, para fazer deste documento em uma realidade.
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O presente curso busca motivar outras pesquisas, propostas pastorais, pedagógicas e sociais que respondam as expectativas de pessoas abusadas ou em risco de ser mais uma. Confiamos que ao praticar nas igrejas, as recomendações dadas nele, se satisfaçam as necessidades e anelos em nosso fazer pastoral. Além do mais, ser voz dos que tem sido silenciado pela sociedade, a igreja ou a família. Com esta contribuição demonstramos nosso compromisso decidido a favor das pessoas que sofrem.
Para o desenvolvimento deste curso, usei o método: do círculo hermenêutico, o qual está presente em cada uma das contribuições das oito lições. Para cada tema do curso, planejam – se oficinas reflexivas e analíticas, onde busca o leitor a aprofundar-se ao respeito e localizar – se na realidade da problemática para buscar respostas coerentes, bíblicas e conseqüentes com a convicção de filhos de Deus.
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LIÇÃO 01
REALIDADE DA VIOLÊNCIA SEXUAL
Aproximarmos o tema da violência sexual em nosso contexto é um tanto difícil. Em razão, de que não é complicado admitir este flagelo no interior da sociedade. Não obstante, quem conhece o evangelho, sabe a condição pecaminosa do ser humano, o que o faz inevitavelmente cair em condições de destruição, miséria e depravação. Neste sentido, estamos rodeados permanentemente de injustiça, violência, mau trato e morte.
Nós estamos abordando um tema delicado, perigoso e causador de grandes atrocidades em muitas pessoas. É pertinente, considerar cada parte da problemática com honestidade, mente aberta, e disposta a compreender as vítimas e vitimados, com o fim de assumir a atitude correta como irmãos, companheiros e familiares. Anelamos ver resultados que nos permita avançar na busca de pistas para reverter às formas de violência familiar.
A primeira instituição com a que iniciamos este trabalho é a família. Considerada por muitos a base da sociedade. Composta por esposo, esposa e filhos, em seu sentido tradicional ou diferente, com a qual contamos. O importante é reconhecer que nenhum ser humano nasce e vive só. De uma ou de outra forma, precisa viver em grupos sociais. A este núcleo inicial e fundamental, no qual se desenvolve e socializa chamamos família.
O transcendental, é que esta instancia social se tem desdenhado, ao ponto, de cometer grandes atrocidades. Se sobre entende, que foi instituída para a unidade, proteção, segurança Não obstante, na atualidade, encontramos lares divididos, com interesses egoístas, e competência, indiferença e descuido para seus membros. Muitos não são lares, se não lugares para estabelecer perpetuar antivalores, os quais se reproduzem. É dizer, não cumprem a dinâmica para a qual foram estabelecidos.
Embora as famílias tenham violência. A Bíblia dá exemplos a respeito. Entre eles temos: o ódio entre Caim e Abel, o qual conduz ao primeiro assassinato. Os desacordos entre Abraão e Sara, por Agar, o qual gerou a expulsão da escrava com seu filho. A inveja dos irmãos de José, até abandona – lo e vende – lo a uns estrangeiros. A doença de Amnón por sua irmã, e o conselho cúmplice e perverso de seu primo para violar a Tamar. As reiteradas violências sofridas pela concubina do Levita. A proposta de Ló aos sodomitas, de suas filhas, para salvar a vida a seus hóspedes. (Violência, p. 63)
Neste sentido, e forma de ser família, se desenvolve a violência. Devemos entender que na maioria de lares se vive e convivem em condições de abuso, mau trato e destruição. Unido a isto, muitas instituições e mesmo o Estado legitimam e reproduzem ditas condições de vida. Por tanto, as gerações crescem e multiplicam os modelos educativos ensinados por seus progenitores. Afirmamos que a violência mais forte vive se no seio das famílias. Pais, mães e filhos perpetuam estruturas destrutivas. Pelas razoes anteriores, é pertinente considerar este fenômeno antinatural.
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A casa e a família, em particular, são o espaço não só físico, mas social e emocional primário de todo o ser humano. Por tanto, deveria, ao menos na teoria, oferecer as condições para a máxima realização e desenvolvimento das pessoas. Não obstante, a realidade nos demonstra o contrário. Porque a maior parte das situações de violência acontece na “intimidade da família e da casa”. Mulheres, meninas e meninos não encontram segurança dentro nem fora da casa, porque são igualmente violentados na rua, colégios, universidades, lugares de trabalho, e instituições religiosas (Urquilla, 2003, p.30).
O estudo do estupro e o abuso sexual de homens, mulheres, meninos e meninas, é sempre uma experiência desagradável, mas crucial para agentes pastorais, entidades cristãs e comunidade em geral. Em círculos religiosos recentemente tem se enfocado este tema e suas implicações, para a igreja, a família e a vítima (Bartel, p. 275). Não obstante, o tema, tem sido mais discutido por acadêmicos e profissionais como psicólogos, professores e médicos. O tema tem cobrado grande importância de todos pelo índice de vítimas. Ante o crescente número de casos, igrejas e pastores não devem fugir ao problema.
Pretendemos, neste trabalho, abordar o dito tema, com uma mente aberta. Reconhecer sua realidade e os danos causados. Além do mais, formular recomendações que contribuam para reverter seu avanço, da mesma fora desenvolver a consciência na igreja, como entidade cristã, para que promova sua luta e denúncia. Desta maneira, contribuiremos para que menos meninos, meninas e mulheres sejam vitimas de tais atrocidades.
As origens do estupro e o abuso estão na condição pecaminosa e depravada do ser humano. Unido a isto há fatores desencadeantes, os quais originam atos dementes. Alguns deles são: a irresponsabilidade e descuido dos pais, no cuidado e proteção de seus filhos. A falta de orientação sexual adequada para formar a seus filhos, o qual os leva ser surdos para tal tema. Também, expectativas irreais, ingenuidade, e outras prioridades, o que leva seus filhos a serem vítimas de abuso (Ibid).
Sem embargo, o estupro sexual prove de outros indivíduos. Adultos da família, tais como avós, tios, tias, e/ou irmãos maiores que a vítima. Além do mais, amigos da família e pessoal que cuida das crianças como: babás, professores, pastores, sacerdotes, porteiros, condutores, vizinhos, entre outros. (Ibíd).
Muitos dos casos reportados são resultados do uso excessivo de álcool, drogas e substâncias alucinógenas por parte do agressor. Acima, indica que as vítimas estão abaixo às circunstâncias de vulnerabilidade, o qual o faz preza fácil para o agressor (Ibid).
Em nosso meio, pode – se atribuir ao uso prejudicial e público da pornografia. À desorientação, causada pelos meios de comunicação. Interesse por experiências íntimas pervertidas, as quais lhes incitam a cometer crimes sexuais, e deformar o uso da sexualidade, segundo Deus a desenhou. Muitos abusadores dizem imitar “o comportamento sexual que tem visto na pornografia. Quase sempre encontra – se em posse de quem abusa sexualmente de menores, revistas, filmes ou fotografias pornográficas”. (Ibíd).
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1.1 DESCRIÇÃO DO ESTUPRO E O ABUSO
Encontramos-nos com uma preocupação constante, a nível familiar, eclesial e social relacionada com o abuso sexual. Anciãos, mulheres, meninos e meninas são as vítimas potenciais que mais enfrentam tais situações. Estes coletivos sociais identificam – se por condições de insegurança, vulnerabilidade e falta de garantias para seu bem estar integral.
Podemos definir a violência sexual como as ações nas que obrigam uma pessoa a manter contatos sexuais físicos mediante a força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Igualmente, considera – se violência sexual, o fato de que a pessoa agressora obrigue a pessoa agredida a realizar algum destes atos a terceiras pessoas (Urquilla, 2003, p. 32).
Algumas de suas manifestações e formas são o perseguir ou abuso sexual, estupro, mutilação de genitais, abuso manipulação e exploração sexual que inclui corrupção, prostituição, pornografia e trate as pessoas com fim de comércio sexual. (Ibíd).
Segundo o Código Penal de nosso país, constituem delitos contra a liberdade sexual, o estupro, agressão sexual considerada como contatos sexuais não consentidos; e o estupro, quando um menor de idade é abusado sexualmente, mediante engano, valendo – se da superioridade originada por qualquer relação (Código Penal, Art. 160)
A violência e o abuso podem ser de caráter físico, sexual e emocional. Considera – se abuso físico os danos causados no corpo de uma pessoa como resultado de golpes, patadas, sacudidas, pauladas, asfixias, queimaduras, ou alguma outra maneira de mau trato. Tal dano é considerado como abuso sem importar se a pessoa encarregada do cuidado da vítima teve ou não intenção de machucá-lo. (Capta, 2004, p.12).
Também abrange o que se faz com o propósito de provocar machucados, lesão física, ou morte. Inclui maus tratos que vão desde a negligência até o assassinato. Existe negligência quando os adultos deixam de dar aos menores as coisas que estes necessitam para sobreviver e crescer. A causa desta atitude pode ser depressão, alcoolismo, dependência química ou irresponsabilidade deliberada por parte dos pais ou tutores. O qual obriga ao agredido a ocupar – se de si mesmo e/ou de seus irmãos. A negligência pode produzir uma atmosfera de desesperança a qual gera outros abusos (Bartel, p. 275)
O abuso o emocional é um padrão de conduta que impede o desenvolvimento emocional da criança e/ou sua auto – estima. Inclui críticas constantes, ameaças, ou afastamento; como também não dar amor, apoio ou orientação. Tal forma de abuso é difícil de comprovar e por tanto, os serviços de proteção as vítimas não podem intervir sem ter evidência dos danos (Capta 2004, p.15). Além do mais, está presente em outras formas de mau trato sutil ou por força.
A forma mais comum de afetar as emoções é através do abuso verbal e a instabilidade familiar. A agressão através de palavras e atitudes não deixa cicatrizes físicas, mas sim profundas seqüelas nas emoções. Abusa – se emocionalmente de uma pessoa quando é
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importunada com apreciações negativas de sua pessoa. Através da indiferença como método de castigo. A instabilidade familiar a ausência dos pais, ou pais diferentes ao ser transferido de uma família a outra (Bartel, sfe, p.275)
O abuso sexual é aquele que inclui atividades por parte dos pais ou pessoas que cuidam do agredido, tais como acariciar seus órgãos genitais, “penetração incesto, abuso, sodomia, exibicionismo e exploração comercial através da prostituição ou da produção de materiais pornográficos” (Capta 2004, p.40)
Implica exploração de uma pessoa menor de idade para a gratificação sexual de um adulto ou de uma pessoa significativamente maior. Entre o agressor e o agredido, existe desigualdade de poder na idade, tamanho, e/ou natureza da relação emocional. O contato físico inclui a boca, os seios, os órgãos genitais e/ou o ânus (Bartel, sfe, p.275). Esta forma de agressão cresce constantemente em todas as partes.
Tal abuso inclui uma variedade de condutas. Estes compreendem algumas vezes comportamentos não violentos e carentes de contato físico, como o exibicionismo e atos de violação. Geralmente, o abuso sexual a menores de idade, não vem acompanhado de abuso físico e de violência. Pelo contrário, o agressor utiliza de sua posição de amizade e/ou autoridade para aproveitar da confiança ou dependência da vítima (Ibid., p.276)
O abuso sexual é violência física e emocional. Consiste na “penetração do pênis, os dedos ou qualquer objeto na vagina, no ânus ou na boca contra a vontade da vítima, que é ameaçada para manter a violência em segredo. Às vezes usam – se aramas. É um fato gravíssimo e inadmissível que abate a quem exerce” (Cecym, 1997, p.18)
Para efeitos de trabalho nos centramos, no abuso sexual, o qual inclui as três formas de mau trato. Ocorre quando “obriga – se uma pessoa a ter qualquer tipo de contato sexual contra sua vontade, quando o faz participar em atividades sexuais com as quais não estão de acordo e não levam em conta seus desejos, opiniões nem sentimentos” (Ibíd).
A violência em nível sexual machuca fisicamente e emocionalmente a pessoa. Apresenta – se como abuso sexual, estupro ou incesto. “O abuso sexual é a perseguição insistente de alguém contra a sua vontade e que freqüentemente está em desvantagem. O agressor busca submete-lo a seus desejos sexuais” (Ibid). Consiste em tocar e acariciar o corpo de outra pessoa contra sua vontade, assim como a exibição e exigência de satisfazer ao agressor. Pode ser repetitiva e durar muito tempo sem que o agressor, por seu poder, seja descoberto (Ibíd).
1.2 REALIDADE DO ESTUPRO E O ABUSO
Falar de estupro e abuso sexual em nosso contexto é compreender a realidade dos fatos e as repercussões desta classe de crime. Por esta razão, devemos reconhecer a quantidade de pessoas que vivem em nossa casa, igreja ou comunidade, as quais têm sido vítimas de violência sexual. O mais triste e contraditório, é que os agressores, geralmente, são as pessoas nas quais as vítimas mais confiavam.
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Com freqüência o abuso sexual, ocorre na família, pelas mãos do pai, da mãe, o padrasto, a madrasta, um irmão ou parente próximo. Alguns casos se dão fora da casa, por um amigo, companheiro, vizinho, professor, religioso, ou desconhecido (Urquilla, 2003, p.35). O certo, é que em sua maioria, é cometido por pessoas achegadas.
O menino ou a menina quem conhecem e apreciam ao que abusa se sentem capturados entre o afeto e a lealdade para com essa pessoa e a sensação de que as atividades sexuais são más. Se a vítima tenta romper com as relações, o abusador ameaça com violência ou negar seu afeto. Quando o abuso ocorre na família, a vítima pode temer a ira, ciúme a vergonha ou desintegração de sua família se descobrir o segredo (Ibíd)
Por razões de autoridade, força e superioridade dos adultos e homens em especial, o abuso sexual de menores é mais freqüente do que pensamos. Esta violência é inadmissível, ocorre com freqüência na casa, escola, trabalho e rua (Cecym, 1997, p.12).
A quantidade de denúncias e casos conhecidos de violência intra familiar, tem feito que se formem organismos para defesa das vítimas e a denúncia da problemática. Algumas delas se referem à violência sexual como: a série de “atos que englobam desde condutas aparentemente “insignificantes” como pode ser um manuseio, até diversas práticas sexuais, impostas e não consentidas “(Ibíd).
Segundas ditas organizações sociais incluem: relação coital ou não. E uma ampla gama de atos humilhantes e danos, como penetração com objetos, práticas sádicas, etc (Ibíd). Podemos afirmar que a violência sexual é um fato mais real e mais freqüente do que se crê e difunde, e envolve mais pessoas do que as estatísticas registram.
Devido à realidade inegável deste crime, os países têm aprovado leis para proteger, mediante, as vítimas deste flagelo. Por tanto, governos, instituições e organizações, são responsáveis para prover suas próprias definições do abuso e violência sexual. A maioria deles reconhece quatro tipos de maltrato: negligência, abuso físico, sexual e emocional. Mesmo que qualquer das formas de maltrato pode ocorrer separadamente, às vezes se dão juntas (Capta; 2004 p. 42)
Sobre formas de violência contra os mais vulneráveis, definem – se os efeitos e razões da negligência, como a não provisão, aos que estão a cargo, das necessidades básicas para seu bem estar. Pode ser: física, não proporcionar comida, proteção e supervisão adequada. Médica; não proporcionar tratamento para sua saúde física e mental. Educacional; não atenção a necessidades emocionais ou psicológicas, permitir que a criança use álcool ou drogas (Ibíd).
A seguinte definição institucional indica a realidade social da violência sexual. “O emprego, uso, persuasão, estímulo, tentação, ou coerção de qualquer criança para que intervenha, ou assista a outra pessoa para participar em qualquer conduta ou simulação que seja explicitamente sexual; ou abuso, e em casos de incesto, violação estatutária, moléstias, prostituição ou outras formas de exploração sexual ou incesto com crianças” (Ibíd)
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Além disso, define o incesto como contato sexual entre familiares e parentes, seja civil ou consangüíneo. Esta relação pode ocorrer com ou sem o consentimento de uma das partes. Os atos sexuais com freqüência apresentam – se com abuso, violência física ou estupro. Devemos falar com os filhos para evitar que sejam “presas fáceis” dela (Ibíd).
1.3 RELATOS DE VIDA SOBRE ESTUPRO E ABUSO SEXUAL
Permito – me transcrever abaixo alguns testemunhos de pessoas vítimas de abuso sexual. Elas mencionam o acontecido, as conseqüências e a atitude assumida diante do fato. É de perceber, o valor e coragem de ditas pessoas para expor a situação vergonhosa e trágica, com o fim de ajudar e orientar a quem passa por situações similares; e prevenir para que outras pessoas não passem pelas mesmas agressões.
Fui violentada com a ponta da faca a menos de uma quadra de minha casa, quando tinha só 16 anos. O assaltante desconhecido sumiu na noite, deixando – me ferida depois de haver me ameaçado para que não falasse nada para ninguém. Por 27 anos não contei isso, exceto para meu esposo muitos anos depois. Fiquei grávida e dei a luz a uma menina depois do estupro, ela era preciosa, e a única coisa boa. (Ziboldky, 1990, p.10)
Sobre este trágico insucesso a agredida apresenta suas reflexões. Depois de muitos anos, relembra o momento e os resultados do mesmo, uma bonita filha. Além disso, dá um conselho as mulheres que como ela, são vítimas de estupro, com a gravidez. A respeito reconhece a providencia divina premiando – a com uma filha. Seu depoimento continua:
Hoje em dia Robin tem 33 anos e está muito feliz de estar viva. Agora eu estou trabalhando para ajudar a outras vítimas, levando – lhes a verdade e o poder de cura que só Jesus dá. Deus conheceu a Robin quando era formada em meu ventre e conhece a todos os demais que tem sido concebido através da violência, do estupro e o incesto (...). Também tenho uma filha concebida de meu casamento e ninguém não sabia, pode dizer – me qual de minhas filhas foi concebida no ato do estupro. O aborto é a segunda violência, mas traumática mesmo porque é um pecado e o estupro mais tarde ou mais cedo temos que dar conta de nossos pecados (Ibíd)
Apresentamos um segundo testemunho de abuso. Nele a afetada logo ao ficar grávida, faz esforço para abortar seu bebê de 22 semanas.
Quando tinha 19 anos fui violentada com a ponta de uma pistola, senti – me suja, usada e tirada toda a minha dignidade. Menos de um por cento das mulheres que são violentadas saem grávidas, mas eu fui uma delas. Primeiro tentava me iludir, mas meu corpo começou a sofrer mudanças e me dei conta de que já não podia ocultar por mais tempo; estava grávida. Pensei tinha que ter um modo de sair disto... pois tinha o risco de perder meu emprego e carreira, me preocupava ao pensar que daria a luz ao filho de um homem que me violentou. Quando minha irmã sugeriu o aborto soou com a solução perfeita. O aborto era ilegal... (Bakker, 1990, p. 15)
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Jackie depois do estupro nos conta as constantes situações depressivas que teve. Além disso, seu interesse pessoal e a pressão da família e externa para que abortasse o bebê. Seu conflito era mais agudo, segundo nos fala, em seu depoimento. Continua seu relato, comentando a confusão de sentimentos devido ao aborto provocado.
Senti um vazio que ninguém podia preencher, os efeitos do aborto continuaram muito depois nas recordações do estupro. Pelos próximos três anos experimentei horríveis depressões e pesadelos. Pelo contrário de tudo que haviam me falado, era muito difícil lidar com as lembranças do aborto que com da violação. O estupro foi um crime terrível contra mim, uma vítima inocente. O aborto foi a morte de meu filho inocente e eu participei voluntariamente. Tratei de convencer – me de que tinhas uma boa razão para abortar depois de ter sido violentada, mas a dor não me deixava pensar assim (Ibíd)
Enfrentar a incredulidade dos próprios pais sobre um caso de violência sexual é de grande maneira trágica e desesperante. Não obstante, a vida continua. A vítima de tal situação nos conta os caminhos que tomou ante a violência e sua denúncia.
Meu aborto provocado aos 17 anos não deveu – se diretamente ao abuso que sofri aos doze anos, mas foi a explosão de uma bomba emocional de tempo que havia sido ativada 5 anos antes. Eu fui arrebatada de minha própria cama e violentada a duas quadras de minha casa por um estranho. Depois de duas horas terríveis ele me deixou em meu lar e retornei para minha cama. No outro dia eu estava tão calada e retraída que ao contar para meus pais o que havia acontecido não acreditaram Tinham medo em submeter a um exame médico, pois o estupro não foi para televisão e o violentador nunca foi preso. Tanto que não pude convencer a meus próprios pais de que estava dizendo a verdade, pensei que ninguém acreditaria em mim tão pouco não mencionei nem sequer ao pastor de minha igreja... (Ibíd)
Cinco anos depois do estupro, a moça que relatou ficou grávida. Ante a recomendação de aborto, procedeu a pratica- lo. Sem embargo, o pesadelo gerado pelo aborto, segundo comenta, durou 17 anos. A respeito comenta:
Sentia-me culpada, a dor afligia – me e mesmo que os médicos haviam recomendado o aborto por meus ataques de epilepsia, todavia me sentia culpada por haver matado meu bebê, por que minha imoralidade havia trazido esta tragédia. Pensei muitas vezes em suicidar - me, mas temia a morte por medo do castigo de Deus... pude encontrar o perdão de Jesus... o Senhor lentamente foi liberando – me de mais de 20 anos de tensão devido o estupro e o aborto (Ibid).
O seguinte testemunho de estupro é perpetrado por um irmão maior e por seu amigo. Mary comenta como foi vítima em reiteradas ocasiões, por estes dois agressores varões de sua própria família.
Antes de completar os 13 anos foi sexualmente abusada por meu irmão mais velho e por um amigo da família que era universitário. Após de três ou quatro meses de haver
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começado o abuso a minha regra não veio... falei com minha professora de religião para que me ajudasse e quando disse que quiçá estava grávida (aos 12 anos), nem sequer pestanejou. Deu-me um abraço e disse - me que fosse a uma clinica de Paternidade Planificada onde um dos meus irmãos maiores me levou e não sei se falou aos meus pais. Nunca me perguntaram quem era o pai nem por que eu estava sexualmente ativa nessa idade... ninguém me perguntou quem era meu companheiro sexual, ninguém expressou preocupação nem assombro, nem sequer se interessou no motivo pelo qual uma menina de 12 anos poderia necessitar de um teste de gravidez.. (Ibíd)
A menina de nosso relato comenta seu assombro pelo silêncio cúmplice da família, as instituições governamentais e as pessoas em geral ante a gravidez de uma menina de apenas 12 anos. Comenta que isto aumentou os efeitos da agressão:
A atitude que teve a Paternidade Planificada para o sexo é um grave fator, que impede que se descubra o abuso sexual das jovens. Se alguém tivesse mostrado a mínima preocupação já que eu tinha dito a verdade e pedido ajuda. Todos ao meu redor aceitavam como normal que uma menina de 12 anos pudesse e devesse ser sexualmente ativa. O pedido de aborto é mais fácil para que o incesto continue e o abuso sexual das crianças. O aborto para as vitimas de incesto parece compassivo, mas na prática é simplesmente outra arma violenta e outro engano nas mãos dos que comete o abuso sexual (Ibíd).
Os testemunhos anteriores de pessoas vítimas de violência sexual em evidência realidades inegável sobre o tema. Além do mais, denunciam sua luta emocional, o silêncio cúmplice dos maiores, chama – se família, governo ou sociedade. Também, identificam a ajuda divina para sair avante ante situações tão traumáticas como estas. Mesmo que as mulheres têm apresentado evidência, é inegável o grande número de homens, em sua maioria menores de idade, os quais são vítimas deste delito moral. Esperamos com estes relatos de vida, sensibilizar – nos para a dita realidade e suas implicações.
Desta forma, podemos advertir sobre a realidade do abuso e a violência sexual em nosso contexto. Mediante os testemunhos, descrições e definições esperam que tenha identificado a realidade deste flagelo e os leitores se sensibilizem sobre esta realidade. Neste sentido, é possível tomas as correções necessárias para frear seu crescimento e denunciar aos agressores. Também, para acompanhar a quem são ou estarão sendo vítimas deste pesadelo.
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É estupro, monstro tenebroso,
Uma busca de revanche Da porção que arrastam consigo
Os tempos preenchidos pela violência.
Aparecimento do medo,Por tua segurança, defendes o poder,
O poder não seguro nem merecidoMas o qual é vital manter.
Ameaças e distorções a argila sensívelDa alma infantil com gritos, golpes e
bombas.Desvaloriza, ri e mutila a mulher
Porque sente, chora e tem razões diferentes.
Sanhoso contra a integridade do varão tentas,
Ao exigir mais de suas forças,Justo a ele, a quem fizeste crer
Que em suas mãos reside todo o poder.
Tenho visto usar a mulher contra a mulher,
Cegando os olhos para que não veja os jogos,
Os jogos, que você joga disfarçada ingenuidade
E tenho visto destruir os sonhos dos filhos
É uma fervente lava derramada sobre inocentes,
Sobre tantos povos fatigado de fome,Sedentos de autodeterminação e justiçaE a quem tu procuras aniquilar o espírito
Senti o estupro, oprimir minha própria carne,
Não só abaixo do poder político e secular,Senão revestido do sacro santo ordem
eclesialE tanto, que até guerras santas
embandeiras
E se acaso dignidade e liberdade não se dobram,
Com a tortura a carne e a psique sofremCobrindo – te com um traje especial
E abaixo aparência bem feitora e civil.14
Ah!.. e violas com o pobre macho pobre,Com o macho que nada tem de homem
Ao possuir a mulher pela forçaSuperando assim a brutalidade das
bestas.
Um dos temas vedados para a sociedade por muitos anos tem sido relacionado com a
violência sexual e o abuso. Desde a entrada do pecado na humanidade, se tem visto casos
de super dominação, violência e vileza sexual. Não obstante, na atualidade, os meios de
comunicação oferecem alguma informação especializada sobre o tema, ao mostrar esta
realidade existente, mas um pouco oculta. Sem embargo, a Igreja evangélica, em muitos
contextos, tem desconhecido a gravidade do tema e não tem assumido a responsabilidade
de ensinar instruir e denunciar as injustiças sexuais cometidas em sua maioria às crianças.
Depois de conhecer a dinâmica do pacto de Deus para com seus filhos, e ver como as
crianças sempre têm estado presentes no pacto eterno de graça, me vejo na obrigação moral
e espiritual de dar a conhecer o presente estudo para tomar consciência sobre o tema e
desafiar a quem corresponda, a tomar parte ativa em defender aos menos favorecidos
quanto a sua integridade sexual. Em tal sentido, convido aos leitores e estudantes a levar a
sério este tema, com o propósito de ajudar as vitimas ou vitimados de abuso sexual.
Quiçás ao abordar esta temática, você leva em conta que falaremos de sua própria
realidade. É possível, que muitos dos estudantes, homens ou mulheres, e mesmo que
servos de Deus, tem sido ou são vítimas de algum tipo de abuso sexual, ou são abusadores.
Por conseguinte, a responsabilidade é maior. Este estudo busca em primeiro lugar ser de
ajuda a sua situação, ou seja, facilitar espaços de reflexões, compreensão do acontecido e
restaurar quem está sofrendo deste flagelo. Meu convite é para que se coloque a frente do
tema, considerando você com relação a estes aspectos. Em segundo lugar, que tenha o
valor, sinceridade e decisão, para ver esta temática como uma realidade atual, que pode
haver machucado, ou está fazendo, e/ou pode afetar a outros. A dinâmica do curso é a
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reflexão. Mediante oficinas, questionários, perguntas e testemunhos conheceremos dita
realidade. Nossa finalidade é sensibilizarmos com o tema apresentar respostas as vítimas e
cumprir nosso chamado pastoral de misericórdia e amor.
16
Na presente oficina, devo refletir sobre a terrível realidade da violência e o abuso sexual. Cada pergunta devo responder claramente. O interesse é sensibilizar, inquietar e motivar quem é agente pastoral, na ajuda e acompanhamento de quem foi, tem sido ou pode ser vítima deste flagelo. Além do mais, oferecer espaços de reflexão, meditação, e trocar experiências que dinamizem o fazer pastoral. Depois de consignar as inquietudes, preparo – me para dividi –las em grupo. Serei honesto, conciso e preciso nas respostas. Não vou deixar dúvidas nem serei ambíguo.
1.1 Descrevemos a violência sexual.
1. O que se entende por violência sexual?
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2. Quem são as pessoas mais vulneráveis a violência sexual?
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3. Quais são outros grupos sociais vulneráveis? Por quê?
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4. Quais são as classes de violência sexual que são conhecidas?
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5. Que características têm cada uma destas formas de violência?
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6. Que características apresentam um ato de estupro?
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7. Que diz o Código Civil sobre estas condutas sexuais?
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8. Por que o mau trato e o abandono são considerados atos de violência?
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9. Em que sentido, as palavras são atos de violência?
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10. Em que sentido, a pornografia e o exibicionismo são condutas abusivas?
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11. Por que consideramos a exploração como um ato de violência?
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12. Que podemos dizer de atos não violentos, que são abusivos?
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13. O que implica a violência sexual a uma pessoa?
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14. Que conseqüências produzem o estupro e o abuso na vítima?
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15. Como podemos prevenir a violência sexual?
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16. Que relação há entre a violência sexual e o abuso?
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17. Como podemos identificar um possível caso de abuso sexual?
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18. Quem é potencial abusador sexual?
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19. Como podemos identificar um possível abusador sexual?
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20. Qual deve ser nossa responsabilidade ante os abusadores e abusados?
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1.2 Conhecemos a realidade da violência sexual
1. Elabore um rastreamento para saber quantas pessoas têm sido vítimas de abuso
sexual
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2. Considere quem foi o agressor?
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3. Que relação geralmente, há entre a vítima e o abusador?
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4. Quantas das realidades do abuso sexual sucederam no seio das famílias?
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5. Por que uma pessoa é mais vulnerável ante um conhecido, para defender-se?
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6. Que mecanismos usam o abusador para manipular a vítima?
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7. Quais são as razões pelas quais uma pessoa maior violenta uma menor?
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8. Quais lugares são mais empregados para atos de violência? Por quê?
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9. Por que muitas pessoas não denunciam o abuso sexual?
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10. Conhece instituições encarregadas de ajudar as vítimas e abusadores?
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11. Mencione as organizações que você conhece e que trabalho desempenha?
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12. Visite uma das ditas instituições e indague sobre o perfil dos denunciantes
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13. Quais são os grupos sociais afetadas que mais adéqüem a denunciar?
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14. Por que razões o fazem?
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15. Que ajuda apresenta a vítima?
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16. Como acompanham e ajudam a pessoa restaurada?
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17. Que serviço presta aos abusadores? Por quê?
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18. Na legislação nacional, que diz sobre estes crimes? Como os definem?
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19. O que faz a nação para proteger a integridade sexual de sua população?
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20. O que você diz sobre ditas definições e seus procedimentos?
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1.3 Relatamos fatos de violência sexual
1. Busque uma pessoa que foi vítima de abuso e descreva seu relato
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2. Mencione brevemente o acontecido, sem mencionar nomes
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3. Enumere as conseqüências vividas pelas vítimas
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4. Comente acerca da atitude assumida pela vítima ante o estupro
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5. Que acompanhamento recebeu a vítima ante o estupro?
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6. Fale acerca do valor da vítima para se refazer do fato
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7. Comente a coragem de seu entrevistado/a para falar sobre o acontecido
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8. Perceba atitudes de frustração, raiva ou indagação na pessoa?
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9. Comente acerca da atitude da pessoa para relatar o acontecido
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10. Como se sente a pessoa depois deste crime narrado?
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11. Tem testemunho de culpa, impotência ou amargura?
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12. Fez a denúncia oportunamente? Por quê?
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13. Como se refere quando fala do abusador/ara?
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14. O que pensa de Deus, sobre este acontecimento?
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15. Tem tomado o compromisso de ajudar a possíveis vítimas de abuso?
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16. Que conceito elaborou de si mesma, depois da violência?
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17. Tem sido ou é vítima da depressão? Como a descreve?
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18. Que caminhos equivocados tomaram depois da violência?
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19. Enfrentou a incredulidade de sua família? Como isso lhe afetou?
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20. Foi objeto de revictimização? Comente a respeito
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LIÇÃO 02
IMPACTO SOCIAL DA VIOLÊNCIA SEXUAL
Com bastante amplitude descrevemos passo a passo, a realidade da violência sexual e o
abuso no âmbito familiar, institucional e social. Ante esta realidade tão evidente, nos
assombramos, indignamos e mesmo assim nos sentimos impotentes para reagir. Sem
embargo, ao sensibilizar – nos sobre o tema e suas devastadoras conseqüências, poderemos
tomar consciência a respeito e assumir responsavelmente uma atitude cristã e fraternal.
Continuando, é pertinente considerar alguns dos efeitos sociais que se desencadeiam pelo
abuso. Entre eles, temos as cifras contundentes sobre este delito. Também, nos
corresponde, com honestidade e franqueza, considerar os padrões sociais, políticos e
familiares que legitimam e perpetuam esta terrível situação.
Em última instância, nesta divisão, nos aprofundaremos a alguns mitos generalizados sobre
o estupro. Frente a cada um deles, apresentaremos a realidade legal, real e estatística do
caso. Com a finalidade de desmascarar as considerações equivocadas e enfrentarmos
unidos, com coragem e realismo, a favor dos mais fracos e vulneráveis.
2.1 CIFRAS SOBRE ESTUPRO E ABUSO SEXUAL
Ao falar das cifras de estupro e abuso em nossos países, enfrentarmos algumas
dificuldades. Uma delas, é que os dados existentes não são muitos. Não obstante, os casos
relatados nos dão um indicador da grave situação. Faz se necessária informação mais
detalhada em cada país e determinar fatores de risco, impacto físico e psicológico sobre as
25
vítimas, custos econômicos diretos e efeitos sobre a família e comunidade. Continuando,
apresentamos alguns dados fornecidos por fontes especializadas.
Considera-se que em todos os países a violência sexual é um problema sério. Além do
mais, estima – se que 80% dos casos de violência, relatadas, são contadas por menores de
idade. Na maioria dos casos os responsáveis são familiares ou conhecidos (Reardon, 1998,
p.30).
Ultimamente, são mais casos relatados sobre abuso sexual de mulheres e menores. Não
obstante, muitas das vítimas têm medo de dizer a alguém o que aconteceu. Pesa a
dificuldade e lentidão dos processos legais e governamentais para verificar os fatos, nossa
responsabilidade é mostrar para todos estes nefastos realidade, a qual apresenta – se em
todos os círculos sociais, ainda que nas Igrejas (Ibíd).
Todas as cifras sobre mau trato e abuso são preocupantes, apesar de que possam ser
maiores. Segundo as Estações Políticas das diferentes localidades de Bogotá, de janeiro a
agosto de 2004 foram apresentados 159 casos de abuso com menores de 14 anos e 216
casos com menores. As localidades mais afetadas são Suba 117 casos, Kennedy, 112;
Cidade Bolívar, 90; e Bosa, 81 (El Tiempo, 2004, p.15).
No ano de 2003, em Bogotá, apresentaram – se 232 casos de acesso carnal abusivo com
menores de 14 anos e 458 denúncias por atos sexuais com menores de 14 anos. Neste
sentido, a cidade teve o ano passado um maior índice, a respeito a outros departamentos
como Santader com 92 casos, Huila com 35 e Tolima com 29, enquanto que Sucre só teve
2 casos (Ibíd).
Durante o ano de 2002, registrou-se a gravidez de 445 meninas entre os 10 e os 14 anos;
em 2003, a cifra reduziu - se para 311 (Ibíd). Os dados anteriores foram apresentados a
opinião pública a raiz do recente caso de gravidez de uma menina de 8 anos, em Bogotá, e
o subseqüente escândalo nacional. Não obstante, devemos recordar que segundo os
técnicos só são relatados 10% das violências e abuso sexual; ou seja, as cifras são maiores.
26
É importante saber que 925 dos abusos sexuais infantis são realizados por pessoas
conhecidas das vítimas (familiares, amigos, vizinhos). E de cada 1caso 4 casos o pai está
envolvido (Martínez, 1998, p.12).
Segundo uma técnica socióloga Colombiana, cerca de 80% dos delitos sexuais conhecidos
pelas autoridades, são contra crianças. O grupo mais afetado está entre os 5 e os 14 anos de
idade, seguido daquele que vai de 0 a 4 anos. Estima – se que 85% dos agressores são
adultos conhecidos pelas vítimas, os quais têm relações “afetivas” com os agredidos. Em
razão, de que a hierarquia da idade ou o parentesco lhe permite vantagens para intimidá-
los, manipula –los e converte- los de vítimas em cúmplices (Londoño, 1998, p.28)
Com relação à violência contra a mulher, o problema não é melhor. Segundo relato do
Banco Internacional do Desenvolvimento: No Chile, Colômbia, Peru, Equador, Honduras,
Nicarágua, México e Argentina, entre 45 e 70% das mulheres são vítimas de algum tipo de
violência doméstica e sexual por seus parceiros. Muitas delas sofrem lesões físicas graves,
incluso a morte. O abuso é físico, psicológico e sexual (Ibíd)
Este é um panorama triste da realidade feminina nos países latinos. Falamos sós de casos
denunciados ante a polícia, entidades estatais ou governamentais. O qual indica que pelo
menos 3 de cada 10 lares há violência grave. Os técnicos dizem que os padrões de
violência se prolongam nas pessoas agredidas e nos agressores por muitos anos, e se
reproduzem nas novas gerações. (Ibíd)
Apresentamos outros dados para ter em conta a relação com a mulher, a qual constitui a
metade da população mundial. Uma importante porcentagem sofre diariamente diversas
formas de violência. Mesmo que a cifras não são renovadas anualmente, a situação cada
vez aumenta. O presente relatório precisa que 120 milhões de mulheres no planeta sofrem
mutilações sexuais. A elas somam, a cada ano, 2 milhões a mais. Um número similar de
adolescentes são prostituídas no mundo. A situação é mais grave na Ásia e África (BID,
2000). Mais de 80% de refugiados são mulheres, meninos e meninas. As quais estão
expostas a ataques de delinqüentes, membros das forças de segurança e outros refugiados
(Ibíd).
27
Segundo dados da OMS, entre 85 e 114 milhoes de mulheres e meninas no mundo tem
sofrido distintas formas de mutilação genital. A maioria vive em 26 países africanos,
algumas na Ásia e um número crescente nas comunidades imigrantes no Canadá, Estados
Unidos e Europa. Além do mais, cada dia morre 12 mulheres, devido à disputa por
demandas sobre o dote dos parentes do futuro marido (1996)
A Organização Mundial da Saúde (OMS): uma mulher é violentada a cada cinco minuto
nos Estados Unidos, país cuja população é de 300 milhões de habitantes. O dramático
recorde a respeito, quem ostenta é a África, com uma violência contra a mulher a cada 83
segundos. Nos Estados Unidos, de 3 a 4 milhões de mulheres são espancadas por seus
parceiros e 1 de cada cinco mulheres adultas, é violentada (Ibíd).
O que dizer do Paquistão, país de 150 milhões de habitantes, abaixo da lei da “sharia” as
paquistanesas violentadas só podem provar sua acusação se quatro mulçumanos relatam o
fato. Quando há homens valentes para faze –lo, são convictos por adultério (Ibíd)
Segundo dados da UNICEF, milhões de mulheres no mundo vivem abaixo de ameaças
diárias de abusos físicos e psíquicos. Só 44 dos 193 países integrantes da ONU possuem
uma legislação contra a violência doméstica. A investigação indica que 60 milhões de
mulheres são consideradas “desaparecidas” pela violência relacionada com discriminação
sexual. É dizer, que entre o café da manhã e a sobremesa muitas são vítimas de seus
parceiros (1997).
Estas cifras assustadoras devem nos sensibilizar a buscar caminhos para reverter à
situação, da qual os mais vulneráveis são crianças, mulheres e anciãos. A unidade 3 do
estudo nos proporciona linhas de ações específicas, para levarmos em conta, para reverter à
situação.
2.2 PADRÕES QUE FACILITAM O ESTUPRO E O ABUSO
São variados os fatores que incidem no desenvolvimento do estupro e o do abuso de
menores, entre temos, o patriarcalismo, androcentrismo, o poder, a força, o silêncio, o
medo a denúncia, entre outros.
28
Os meninos apresentam o seguinte fenômeno, conhecer e apreciar ao agressor e ser
violado, pelo mesmo. Sentem - se apegados entre o afeto e a lealdade para com essa pessoa
e a sensação do mal de atividades sexuais. “Os agressores só apóiam-se na cumplicidade
dos adultos e no temor das vítimas para denunciar, assim como em falsas crenças sobre a
sexualidade infantil, como as meninas que provocam a agressão porque se insinuam ou
porque tem fantasias sexuais e são mentirosas” (Londoño, 1998, p.32).
Regularmente, as pessoas que sofrem violência sexual não contam o que acontece. Quiçás,
por não sentir-se ameaçada ou culpados pelo que acontece. Quando a violência é cometida
por um familiar, a vítima fecha-se mais em si mesma, devido a que sua lealdade a união
familiar lhe impede contar algo, pois teme as conseqüências (Cecym, 1997, p.13).
Nos menores, anciãos e pessoas com alguma incapacidade o assunto é mais grave. Porque
quando atrevem a denunciar o ato o acusam de fantasiosos, mentirosos e de querer difamar
o agressor. Além do mais, estas vítimas vivem ameaçadas e em um constante estado de
terror. É freqüente que escutem expressões como: “se contar eu te mato” “vão achar que
está louco ou louca” “sua mãe vai morrer” “ninguém vai acreditar em você” (Ibíd).
Mediante argumentos como os anteriores, lhe intimidam, coagem e silenciam.
Outra situação que se apresenta, é o descuido e confiança dos pais ao confiar a seus filhos a
terceiros, ou deixa-lo sair livremente para férias, descanso ou diversões. Considera- se que
a época do verão e férias são mais propicias para o avanço dos delitos sexuais contra
menores, já que estes saem ao cuidado de vizinhos e familiares, porque seus pais não
podem cuidá-los todo o tempo (Reardon, 1998, p. 40)
“Os estudos estatísticos revelam que as colônias populares localizadas na periferia da
cidade são as mais propensas a registrar abusos sexuais, já que se encontram assentamentos
humanos mais densos” (Ibid). Além do mais, devido às condições sócias econômicas
obrigam aos pais, a trabalhar para fora durante o dia e deixar a seus filhos aos cuidados de
outras pessoas ou de si mesmos. Unindo o baixo nível acadêmico e cultural de ditas
famílias, para orienta –los, protege –los e velar por seu bem estar integral.
29
Todas as atitudes e condutas agressivas respondem a pensamentos, crenças, mitos e
estereótipos baseados no gênero. Neste sentido, aplica – se a definição das Nações Unidas
sobre a Eliminação da Violência contra a mulher. Ali se determina que a violência contra
ela seja todo ato baseado na posse ao sexo feminino que pode ter como resultado um
prejuízo ou sofrimento a sua saúde física, sexual ou psicológica. Ainda que, se trate de
ameaças, coerção ou privação arbitrária da liberdade pública ou privada (Urquilla, 2003, p.
52). Por conseguinte, a concepção que se tenha de gênero, determina o que se faz.
Esta análise é possível, se cruzarmos outras variáveis como o status de subordinação no
qual vivem as mulheres em muitas sociedades. Ali, as funções de gênero historicamente
assinaladas, relegam e perpetuam as relações de discriminação e poder sobre elas (Ibíd).
Não obstante, uma especialista em violência doméstica, diz que nestas circunstâncias, o
parceiro fica violento, em razão de que “os dois apresentam quadros de baixa auto-estima,
desvalorização e dependência”. Segundo Gómez, “a mulher agredida depende para tudo
das decisões de seu marido e o homem necessita ter tudo controlado” (Ibíd).
Em muitos casos, a mulher não faz a denúncia porque não sabe que é vítima de um delito e
está amparada pela lei. “A situação das mulheres que tem ficado grávida pelo estupro é
similar a dos menos inválidos. A reação de outros a sua condição é freqüentemente muito
mais difícil de suportar a condição em si” (Mehan, 1990, p.24)
Outra das razões que impulsiona a muitos a esta prática berrante, é a adição sexual da qual
são vítimas. É dizer, por sua falta de domínio próprio sobre sua sexualidade, chegam e
transpassam o limite do proibido socialmente. Porque tem material pornográfico, fantasiam
e logo, buscam levar a cabo sua fantasia sexual (Ibíd). Estas razões nos permitem entender
um pouco, as razões pelas quais uma pessoa agride a outra.
Um primeiro nível é a fantasia, masturbação e pornografia. Segundo nossa cultura sexual,
isto é normal, bem aceito, e fácil de estar neste nível. Outro é a pornografia, ao vivo,
fetiche e aventura amorosa. Inclui a excitação sexual por telefone ou internet e inclusive
toques sexuais que acontece “acidentalmente ou de propósito”. Levam a pessoa a mais
formas pervertidas incluindo o masoquismo, sadismo, escravidão, orgias,
30
homossexualismo, ou zoofilia. O terceiro nível é o criminal, delito para menores, prostituas
voyerismo e exibicionismo, e cruza linha criminal (Ibíd).
Este nível contempla conseqüências legais severas; como abuso a menores, incesto e
violência. Legalmente a vítima deve ir à prisão ao ser declarado culpado. O pagamento na
prisão, não é seu único castigo, senão a desordem emocional culpa e dor pelo resto da vida.
Ali os agressores podem entrar em um ciclo de adição geracional interminável.
Corresponde-nos ajudar-lhes a buscar tratamento para sua restauração (Ibíd),
Um padrão de conduta que facilita o abuso tem a ver com o agressor Sua desordem sexual,
desorientação moral e exposição à pornografia fazem ser um perigo a quem o rodeia em
especial aos menores de idade e mulheres vulneráveis. Recordemos que o uso e consumo
de pornografia, tem um fundo duplo. Primeiro, a busca desordenada de satisfação sexual.
Segundo, a mesma exposição volta cada vez mais frouxo a quem utiliza, levando – lhes
finalmente a violência.
Existem outras várias razões para chegar a tal ponto, em alguns casos, o desconhecimento
de seu próprio ser. Reconhecemos nossa inclinação pecaminosa ou nosso impulso sexual
incontrolável, podemos tomar medidas para não chegar a converter – nos em abusadores.
Como não expor – nos a tentação. Além do mais, ao reconhecer que pelo pecado, a pessoa
é vítima de impulsos sexuais egoístas, corruptos e destrutivos, não devemos deixar a
nossos filhos ou a pessoas vulneráveis expostas. Pelo contrário, devemos protegê-las.
São vários os fatores definidos socialmente, como padrões de comportamentos que
facilitam, perpetuam e são causadores de violência e abuso sexual. Pelo qual é necessário,
identifica –los, compreende – los, reverte-los e estar alerta ante sua manifestação, porque
nos avisam dos perigos que convém. Sem mencionar a condição pecaminosa e depravada
do homem sem Cristo; a qual é a verdadeira razão de semelhantes atrocidades.
2.3 MITOS E VERDADES SOBRE O ESTUPRO E O ABUSO
Continuando enumeramos alguns dos mitos mais comuns com relação a esta problemática
os quais tem sido coletado desde vários anos. É dizer, o que a maioria acredita saber sobre
31
a violência e o abuso. Não obstante, essa verdade social. Opõe-se a realidade. Por tanto,
frente a cada sofisma apresentando esta verdade, com dados, cifras e razões, alguns já
explicados neste estudo.
Os seguintes mitos têm servido para justificar a realidade da violência familiar nos
diferentes contextos sócios culturais (Adaptado de Eirene)
Mito: Afeta a muito poucas pessoas
Verdade: É um crime pouco relatado. Entre 20 e 50% das mulheres são agredidas.
Mito: Só ocorre nos níveis sócios econômicos mais baixos.
Verdade: Os Estudos mostram que acontecem com mulheres de toda a idade, cultura e
classe social.
Mito: Só homem de pouca educação e baixo recurso agride a suas mulheres.
Verdade: Acontece em todo nível sócios econômicos; há violentadores policiais, doutores
e juízes.
Mito: É natural que as pessoas casadas brigam... não pode ser mau.
Verdade: Podemos resolver conflitos sem violência, 85% dos presos cresceu em lares
assim
Mito: Uma bofetada não dói.
Verdade: Esta forma habitual de comportamento é perigosa, não é um incidente isolado.
Mito: O casamento é privado, o que acontece nele é assunto de quem o compõe.
Verdade: A violência é um crime social. Viver sem ela é um direito humano básico.
Mito: Há mulheres que gostam de ser mal tratadas
Verdade: Nenhum ser humano normal, busca ser mal tratado, nem pela pessoa amada.
Mito: Se as mulheres não são mal tratadas deixam a seus maridos.
32
Verdade: As mulheres não deixam a seu parceiro por culpa, vergonha, dependência,
impotência
Mito: Algumas mulheres provocam a violência com comportamento chato.
Verdade: Ninguém merece ou provoca uma surra. Não há justificação para a violência.
Mito: Os abusadores não podem controlar sua conduta violenta.
Verdade: Os abusadores se controlam fora do lar, mas são violentos com sua esposa.
Mito: O álcool causa violência doméstica
Verdade: A causa é que o homem acredita ter poder sobre a mulher. Alguns perdem o
controle ao beber, mas podem escolher não ser violentos. O álcool não é desculpa ora a
violência.
Mito: Os abusadores são doentes mentais
Verdade: Os abusadores podem ter vidas “normais”, mas são incapazes de controlar seus
impulsos agressivos. Não são sempre violentos. Às vezes são encantadores.
Continuando, alguns mitos e verdades sobre a violência sexual, o qual tem contribuído a
perpetuar e aceita-la nos grupos sociais (Adaptado de Batres).
Mito: Os abusadores são pessoas estranhas para as vítimas
Verdade: Entre 60 e 80% das violências, ocorrem entre conhecidos, segundo estatísticas.
Mito: Os abusadores são insatisfeitos sexualmente e levados por um impulso repentino.
Verdade: 80% da violência são planejadas com antecedência. Os abusadores sabem que é
mais vulnerável, por ter menos possibilidade de contar o fato.
Mito: A violência ocorre em ruas, parque ou lugares vazios.
Verdade: De 33% a 50% da violência são na casa da vítima. 33% em outros lugares
Mito: A violência é geralmente cometida por um homem de cor a mulheres brancas.
33
Verdade: 93% da violência são de pessoas da mesma raça. A idéia que os negros
violentam mais é racista. Diz: eles são mais animais, amorais, sexuais e abusam mais.
Mito: As mulheres provocam a violência, devido à maneira que se veste ou comporta-se.
Verdade: 4% da violência são pelo caminhar ou vestir da vítima. Deseja – se a mulher
sexy e atrativa, mas se consideram prostitutas e provocativas, as que são violentadas.
Mito: A violência é impossível sem consentimento e ajuda da vítima.
Verdade: Uma esposa cede a violência por medo, fraqueza, ou pelo ataque surpresa.
Mito: As mulheres não podem ser violentadas por seus esposos.
Verdade: Um esposo tem o direito legal de ter relações sexuais com sua esposa, cada vez
que deseja. Atos sexuais não consentidos é violência, sem importar quem seja.
Mito: As vítimas desfrutam da violência. Este é um mito trágico e destrutivo.
Verdade: O dito antes prove de que a violência é igual ao sexo. Nenhuma pessoa desfruta
a humilhação da violência. Tal idéia é humilhante, brutal e absurda.
Mito: Só pessoa atrativa é violenta ou abusada sexualmente.
Verdade: Mulheres de 90 anos, crianças de 4 anos, homens vulneráveis dentro e fora da
prisão, são violentados. Isto não é sexo, é um ato violento que utiliza o sexo como arma.
Os mitos da violência são perpetuados pelos sistemas sociais de justiça penal e legal.
Oficiais de polícia, advogados, juízes e jurados aceitam unicamente as violências que são
congruentes ao estereotipo geral de abuso. Por tanto, quando uma pessoa é violentada,
pergunta se sua experiência se ajusta aos mitos homologados, para que acreditem. Sem
embargo, os mitos evoluem diariamente. E a violência não é assunto de mulheres, senão da
sociedade e comunidade. Corresponde-nos a todos educar – nos para enfrenta – la.
34
Depois de analisar detalhadamente aspectos relacionados com a violência sexual e suas
implicações e formas de produzi – la nos corresponde falar sobre o impacto que estes
comportamentos geram na sociedade. Não é gratuita cada uma destas situações. Ante elas,
todos, nos sentimos sensibilizados e comprometidos a tomar partido para reverte-la. Neste
sentido, é pertinente, analisar aspectos relacionados com a implicação no contexto social
de dita realidade. Não é suficiente com a indignação, devemos ir mais além e tomar uma
postura de anúncio e denúncia da problemática, não sem antes conhecer as devastadoras
conseqüências na pessoa, família e sociedade.
Por tanto, é necessário conhecer as estatísticas governamentais sobre violência sexual
entendendo que nunca estas estatísticas se ajustam a realidade, ou seja, sempre o problema
supera amplamente, os números, segundo se tem analisado. Por tanto, ao ver as dimensões
reais ou aproximadas de pessoas vítimas sexuais ou em risco de se-lo, nos corresponde
conhecer que padrões políticos, culturais, religiosos ou familiares incidem em acrescentar e
perpetuar esta verdade. Como pessoas maiores, responsáveis, conscientes desta condição,
podem afirmar que há alguns mitos ou modelos de vida que facilitam o abuso, os quais são
usados, socialmente para despistar a investigação ou o verdadeiro centro ou foco de onde
se origina esta condição.
A dinâmica desta lição é mediante a presente oficina, refletir, animar e impulsionar aos
leitores e estudantes a tomar consciência das dimensões tão amplas e trágicas do abuso
sexual. Neste sentido, devemos tomar uma atitude dinâmica, ativa e reflexiva que nos
permita sair do silêncio para denunciar, em busca de opções de resposta que facilitem
transformar esta condição e estar ao lado dos mais fracos e vulneráveis.
35
2.1 Cifras sobre violência e abuso sexual
1. Qual a sua opinião sobre os dados conhecidos sobre violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. O que gostaria de encontrar nas estatísticas sobre violência sexual por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
3. O problema da violência sexual é um caso sério em seu país? Por quê?
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_________________________________________________________________________
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4. Quem é os abusadores potenciais e por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
5. Quem você considera como os maiores abusadores?
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
6. Por que você acha que se converteu em abusador?
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
7. Por que você acha que as pessoas têm medo de relatar o acontecido?
_________________________________________________________________________
36
Na presente oficina, devo refletir sobre o impacto social da violência e o abuso sexual. Respondo cada pergunta com clareza. A oficina busca sensibilizar aos leitores das implicações sociais da violência sexual e o abuso. Por tanto, motiva aos estudantes a interiorizar adequadamente esta situação social. É pertinente identificar cifras das pessoas vítimas e os padrões de conduta e desenvolvimento que afiançam este flagelo. Além do mais, identificar e responder aos múltiplos mitos sociais sobre esta problemática, o qual nos ofereçam pistas da solução do problema.
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
8. Como podemos ajudar as pessoas a denunciar estes fatos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
9. Podemos falar de atos de violência nas igrejas? Como e onde devemos apresentar o
assunto?
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
10. Descreva um caso que conhece de violência sexual na igreja
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
11. O que você opina das campanhas distritais em defesa dos mais vulneráveis?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
12. Que análise pode fazer com relação às cifras apresentadas na lição?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
13. O que você opina sobre a violência contra as crianças?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
14. Por que as crianças são mais vulneráveis?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
15. O que devemos fazer para protege –los e preveni –los?
_________________________________________________________________________
37
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
16. Qual a sua opinião sobre a violência contra a mulher?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
17. Em que radica sua vulnerabilidade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
18. O que devemos fazer para protege –las e preveni –las?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
19. Você esta de acordo que um abusado se converta em um abusador? Por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
20. Você concorda com os procedimentos para os abusadores?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
2.2 Padrões que facilitam a violência e o abuso
1. Quais são os fatores internos que incidem na violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. Por que você acha que estes fatores são determinantes?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
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3. Quais são os fatores externos que incidem na violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
4. Por que estes fatores são determinantes?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
5. O que você fala sobre o patriarcalismo como fator decisivo na conduta sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
6. O que você fala sobre o androcentrismo como fator decisivo na conduta sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
7. Qual a sua opinião sobre o poder como fator decisivo na conduta sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
8. Qual a sua opinião da força física como fator decisivo na conduta sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
9. Qual a sua opinião da superioridade física ou intelectual como fator de conduta violenta?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
10. Qual a sua opinião do medo de denunciar como fator de promoção à violência?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
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11. Qual a sua opinião sobre o silêncio como atitude facilitadora da violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
12. Qual a sua opinião sobre a manipulação “carinhosa” e “terna” como fator da violência?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
13. Qual a sua opinião sobre a culpa, como fator para facilitar a violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
14. Qual a sua opinião sobre argumentos intimidatórios para silenciar a vítima?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
15. Tem a ver com a auto-estima nos quadros de violência? Como?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
16. Tem a ver com o sentido de valor de uma pessoa em sua conduta sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
17. Que cuidados e precauções devem ter um pai com seus filhos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
18. Que restrições devem colocar os pais a seus filhos para protegê-los?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
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19. Qual a sua opinião sobre a formação sexual que o Ministério da Educação oferece?
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
20. Quem são os responsáveis de educar sexualmente e por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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2.3 Mitos e Verdades sobre a violência e o abuso
Comente suas impressões sobre cada um dos seguintes mitos sobre a sexualidade.
1. “A violência sexual afeta a muito poucas pessoas”
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. “A violência sexual só ocorre nos níveis sócio econômicos mais baixos”
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_________________________________________________________________________
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3. “Só homens de pouca educação e baixos recursos agridem seus mulheres”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________
4. “É natural que as pessoas casadas briguem... não podem ser mau”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________________________
5. “Uma bofetada não dói”
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_____________________________________________________________
6. “O casamento é privado, o que acontece nele é assunto de quem o compõe”
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
7. “Há mulheres que gostam de ser mal tratadas”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
8. “Se as mulheres não forem mal tratadas por seus esposos largam do mesmo”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
__________________________________________________________
9. “Algumas mulheres provocam a violência com comportamentos chatos”
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_________________________________________________________________________
__________________________________________________________
10. “Os agressores não podem controlar sua conduta violenta”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
11. “O álcool causa violência doméstica”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________
12. “Os agressores são doentes mentais”
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_________________________________________________________________________
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13. “Os violentadores são pessoas estranhas para as vítimas”
_________________________________________________________________________
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__________________________________________________________
14. “Os violentadores são insatisfeitos sexualmente e levados por um impulso
repentino”
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_________________________________________________________________________
________________________________________________________
15. “A violência ocorre em ruelas, parque ou lugares vazios”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
__________________________________________________________
16. “A violência é geralmente cometida por um homem de cor contra mulheres
brancas”
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
17. “As mulheres provocam a violência, devido à maneira de vestir ou comportar-se”
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_________________________________________________________________________
______________________________________________________________
18. “A violência é impossível sem o consentimento e ajuda da vítima”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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19. “As mulheres não podem ser violentadas por seus esposos”
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________
20. “As vítimas desfrutam da violência. Este é um mito trágico e destrutivo”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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21. “Só pessoas atrativas são violentadas ou abusadas sexualmente”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________________________________________________
43
LIÇÃO 03
EFEITOS DA VIOLÊNCIA SEXUAL
Uma das experiências mais traumáticas, dolorosas e inumanas são o estupro e o abuso
sexual. Por tanto, quem tem padecido, sofrem suas terríveis conseqüências. Neste sentido,
o abuso, é só sexual, sem embargo, os danos causados são de índole física, emocional e
sexual; os quais perduram, em alguma das vítimas, toda a vida.
Não devemos subestimar os sinais para a detenção de casos de abuso e tomar medidas de
ajuda e reparo. Algumas das características são evidentes na vida do agredido, enquanto
outras são difíceis de detectar. É necessário, por parte da igreja, família e comunidade,
identificar os sintomas gerados por este delito, para poder denunciar e acompanhar a quem
padece. Nesta secção de trabalho, pretendemos apresentar os efeitos subseqüentes a uma
violência sexual, nos níveis físicos, sexual e psicológico.
3.1 EFEITOS FÍSICOS
Pense que a violência é cometida no corpo da pessoa, é ali onde se vê menos os sintomas
do crime. Isso não significa que não haja repercussões de caráter físico no agredido.
Corresponde-nos mencionar que nem todo ato de violência sexual, é de índole genital.
Mencionaremos alguns aspectos externos para conhecer situações de violência e abuso
sexual. Além, dos efeitos causados na pessoa, por esta prática degradante.
A nível governamental, e de saúde, se tem considerado a violência contra a mulher como
um grave problema de saúde pública. O Banco Interamericano de Desenvolvimento
afirmou que “na América Latina e o Caribe uma mulher corre mais perigo de sofrer
agressão, estupro e morte em seu próprio domicilio que na rua” (Ibíd)
44
Para os especialistas, a violência, contra um ser humano; seja mulher, homem, menino ou
menina, acontece dentro de um círculo familiar. Uma doutora disse: “após a agressão uma
lua de mel se segue onde o homem se arrepende, pede perdão e jura não repetir sua
conduta” (Vain, 1999 p.12)
A violência física expressa –se e exterioriza –se por: empurrões, bofetada, ataques com
objetos ou armas, puxão de cabelo, arranhões, pancadas, bofetadas, beliscões, patadas,
estrangulamento, atirar as coisas, etc. Sem embargo, existe várias formas de agressão
verbal, restrição da liberdade e condutas de diminuição da auto-estima. Essas atitudes
demonstram que a pessoa esta passando por violência física. Além do mais, se seu esposo,
companheiro, pais, familiares, parente, vizinhos ou chefes, o obrigam a ter relações
sexuais, mal tratam e pretendem que se relacione com outras pessoas ou em posições não
desejadas.
Enumeramos algumas características que evidenciam o mau trato e a violência física.
Contusões no corpo e explicações difíceis de acreditar na sua origem. A pessoa recusa tirar
a roupa que não é necessária em épocas de calor. O agredido permanece desarrumado, sem
tomar banho, com cheiro de urina, má higiene oral, ou infectado com piolhos. Estas são
possíveis sinais de anúncio de um único ou repetitivo abuso sexual. Estas, são possíveis
evidências, devemos reagir a favor da vítima (Bartel, 1990, p.276)
3.2 EFEITOS SEXUAIS
A violência sexual é geradora de terríveis danos a nível sexual, de seu comportamento e
concepção da sexualidade. Correspondem – nos identificar as conseqüências para entender
as vítimas, buscar soluções, acompanhar as pessoas e apresentas as respectivas denúncias.
Descrevo algumas das evidências desta forma de violência, Comentários inadequados,
gestos, brincadeiras sarcásticas, exigências ameaçadoras, agressões sexuais, zombar do
corpo, caricias não desejadas e atividades forçadas. Nosso corpo é um presente de Deus,
devemos cuida –lo, respeita – lo e dedica-lo para sua glória. Não permitamos que ninguém
45
se meta com ele para toca –lo, acaricia –lo, ou realizar atividades indesejadas ou amorais
pela forca, medo, autoridade, ou suposto afeto (Martinez, 1998, p.32)
A violência sexual causa danos devastadores, coloca em risco a vida das vítimas em seus
direitos fundamentais. Neste caso, não é provido condições de bem estar dignas e justas
para meninos e meninas. Por ser perpetrada, na maioria das vezes, em sua própria casa por
familiares, não se denuncia. Ali tem cumplicidades e indiferença.
Não obstante, é um direito de a pessoa violentada denunciar o fato e o agressor. Além do
mais, deve dar a oportunidade de ser ajudado por pessoas qualificadas e de confiança.
Algumas delas podem ser familiares, amigos, professores, profissionais e pastores.
Indicam violência sexual de menores de idade; a iniciação ou coação para que se dediquem
a atividades sexuais ilegais, sua exploração, na prostituição ou em outras práticas sexuais
ilegais; a exploração em espetáculos ou materiais pornográficos (Ibíd).
As mulheres que ficam grávidas como resultado de uma violência sexual procuram abortar.
Sem embargo, “a violência da mãe não justifica moralmente o aborto. É um principio ético
elemental de que um mal não se corrige nem se compensa com outro que o supere. Não
penalizar o aborto é (...) um mau maior” (Goytisolo, 1998, p.53).
Devemos entender que a violência é um crime difícil de estabelecer. Por conseguinte
permitir o aborto nestes casos é também um crime. O qual geraria muitos abortos
provocados em mulheres que não tem sofrido violência.
Afirmamos que o aborto não é a solução para a problemática, nem da vítima nem da
sociedade. Mesmo assim a vítima pode continuar a ser explorada. Por outro lado, o
abusador pode estar interessado em obter “um aborto rápido, secreto e barato para ocultar
seu crime, o que permitirá continuar com a relação incestuosa” (Ibíd).
O doutor Uddo diz que “o aborto é a violência e o incesto, é o que morfina é para dor: uma
resposta que só alivia temporariamente um problema que freqüentemente é muito sério. Os
benefícios imediatos só escondem as feridas mais profundas”. Continua dizendo: que “um
46
médico nunca trataria a seu paciente só com morfina a menos de que fosse um caso
alucinado. O tratar da gravidez por violência ou incesto com o aborto é um modo de dizer a
estas mulheres que são casos alucinados” quando não o são (Ibíd).
Sabemos que a violência sexual é uma situação muito dolorosa. Afortunadamente de
poucas violações resulta em gravidez. Mesmo assim, não é possível a destruição de um
novo se (Gónzalez). É uma decisão muito arbitrária, delitiva, ao mandar “matar a um ser
inocente sem juízo prévio, sem direito a defesa, sem delito algum que o justifique, sem que
exista a pena de morte em nossa legislação” (Ibíd)
A violência sexual é um abuso horrível com efeitos traumáticos para suas vítimas (Lazzari,
1990). Cada experiência de agressão sexual é singular e só quem a sofre, dá conta de sua
verdadeira dimensão. Tal agressão não é um fato individual explicável pela patologia, o
desvio ou a marginalidade de certos indivíduos em particular, mas que esta enraizada nas
relações de dominação e dominada (Ibíd).
Esta violência ocorre em qualquer idade, classe social, hora, lugar. Mesmo quando toda a
situação de violência sexual tem um contexto comum, existe variedade de contextos e
circunstâncias nas que se apresentam (Cecym, 1997, p. 10). A maioria dos casos não é
denunciada devido a relações de poder potenciadas pelo patriarcado (Urquilla, 2003, p.5).
Meninos e meninas vítimas de abuso sexual são privados de sua infância, seus sonhos, seu
sorriso e traídos por quem encontra – se em posição de autoridade ou confiança. Algumas
das mulheres agredidas se vêem obrigadas a carregar uma gravidez imposta, fazendo – lhe
frente à violência, ao trauma, a zombaria e a muitos vexames mais (Ibíd).
Estas são algumas das características ou indícios das vítimas de violência. Vêem-se
solitários, tristes, distraídos, deprimidos, ansiosos, autodestrutivos, com baixa auto-estima
e até com idéias ou condutas suicidas. Em ocasiões podem reproduzir a violência, se
prostituem, são mais vulneráveis ao abandono escolar, a problemas de aprendizagem, a
infecções de transmissão de sexual, drogas e gravidez antes da hora (Ibíd).
47
A violência sexual contra os menores é uma expressão dramática de que os vínculos
familiares e sociais requerem uma profunda revisão. Com freqüência, fundamentam – se
no autoritarismo, subvalorização e negação de seus direitos fundamentais. A violência
adota múltiplas formas: desde golpes até abuso sexual, violência, incesto, distribuição de
alimentos e cuidados com a saúde (Londoño, 1998, p. 45)
3.3 EFEITOS PSICOLÓGICOS
A violência emocional se dá mediante ameaças, insultos, zombaria, gritos, apelidos
desqualificadores, humilhações, interrogações, subtração de dinheiro, destruição de objetos
importantes, autoritarismo ou outro comportamento que mantenha a vítima em permanente
tensão. Abuso verbal, ou minimizando – a, controlando –a, perturbando-a, ou anulando –a.
Inclui a destruição de propriedades e mau trato abaixo a máscara de disciplina.
As pessoas violentadas podem desenvolver alguns dos seguintes sintomas. Seu estado de
ânimo muda drasticamente, de feliz, a triste sem razão aparente. Às vezes se apegam a uma
figura de autoridade, outras, se isolam e choram em posição fetal. Preocupação excessiva
por ser aprovados por outras pessoas. Fiéis os seus amigos, até impedir – lhes que
estabeleçam outras amizades. São muito defensivos em especial, quando se trata de sua
família. Brigam facilmente com seus pais, irmãos ou crianças. Com freqüência falam com
eles mesmos e se jogam em mundo de fantasias. Dividem sonhos fantásticos com monstros
ou situações perigosas. As conclusões de seus sonhos são desagradáveis ou não tem
resultados (Bartel, 1990, p.276).
Além disso; se vangloriam de suas capacidades. Manifestam medos, violência, ou malícia.
Seus desenhos refletem tristeza, e são coloridos com tons escuros. São demasiado críticos
de si mesmos. Vivem com sentido de culpa, e assumem os fracassos da família. Ameaçam
com suicidar-se. É o objeto do ódio ou ressentimento de um dos pais. Seus pais foram
também abusados. Sua família muda com freqüência de residência e terminam suas
amizades. Sua família evita a atenção médica, em qualquer caso (Ibíd).
Também apresentam pouco interesse por aspectos sexuais. Pesadelos e problemas com o
dormir. Comportamento sedutor. Medo a expor seus genitais por considera – los maus.
48
Inconstância na escola. Delinqüência e problemas de conduta. Uma pessoa cheia de
segredos. Agressivo e comportamento suicida.
Quando ocorre abuso sexual, a vítima pode desenvolver uma variedade de sentimentos,
pensamentos e idéias angustiantes. Porque ninguém esta preparado psicologicamente para
fazer frente ao estimulo sexual repetitivo. Mesmo crianças de 2 ou 3 anos que
desconhecem o incorreto da atividade sexual, desenvolvem problemas como resultado de
sua inabilidade para faze –lo frente sobre a estimulação (Ibíd)
O menos que é vítima de abuso sexual prolongado desenvolve a perda da auto-estima,
sensação de inutilidade, e perspectiva anormal da sexualidade. Fica retraído, perde
confiança. Alguns têm dificuldade para estabelecer relações com outras pessoas a menos
que tenham uma base sexual. Outros convertem - se em abusadores, dedicam – se a
prostituição, ou tem problemas sérios quando adultos (Ibíd).
Os abusadores fazem que o menor tema revele as ações agressivas. Se sente – se seguro,
decide falar. Os pais devem manter – se calmos, ante a confissão, escutar e levar ao médico
e/ou psiquiatra. Eles podem ajudar a família, em especial a vítima, a recuperar a sua auto-
estima, sobre levar seus sentimentos de culpa, e superação do trauma. Assim, reduz – se o
risco de problema quando adulto (Ibíd). Os especialistas definem a pessoa violentada como
paralisada; antipática, sobressair mal.
São muitos os efeitos desencadeantes da violência sexual nas vítimas. Logo considerar as
relações, razões e conseqüências do abuso na família, no seguinte capítulo a analisar
biblicamente a problemática. Tentamos encontrar linhas de procedimentos, entendimento e
ação, na Bíblia, ante as situações tão tristes como estas, as quais sirvam para orientar – nos,
ensinar – nos e formar – nos.
Logo examinando os efeitos físicos, emocionais e sexuais que afetam a pessoa violentada.
Podemos concluir que estas situações afetam terrivelmente quem é vítima deste atropelo. A
partir desta lição podemos articular um discurso de compressão dos efeitos da violência e
abuso sexual nas pessoas. Além do mais, é pertinente, estabelecer pautas de trabalho e
serviço a favor das vítimas.
49
Existem muitas experiências dolorosas em uma pessoa. Perder um ser querido, uma
enfermidade incurável, um seqüestro, uma prisão, entre outras. Sem embargo, uma das
experiências más traumáticas, dolorosas e inumanas são a violência e o abuso sexual. Só
quem tem sofrido na carne os próprios rigores deste crime podem entender as dimensões
tão profundas e as seqüelas perduráveis da violência sexual.
Uma das razões pela qual é tão traumática a violência é por se tratar de um crime que
atenta contra o mais intimo, privado e pessoal dos seres humanos; a sexualidade. Todas as
demais situações dolorosas encontram – se no âmbito do pessoal e público, não obstante, o
abuso sexual, está no íntimo e privado. Neste sentido, ninguém pode brincar com a
sexualidade de outra pessoa. Quem se atreve faze-lo, são objeto da ira divina, a repressão
das autoridades e a tortura da consciência e pensamentos na vítima.
Por esta razão, procuraremos nesta lição se aprofundar em três aspectos onde se
apresentam os devastadores efeitos da violência e o abuso. Além do mais, vale apena dizer,
que muitas pessoas consideram a violência sexual, como a penetração ou acesso carnal.
Sem embargo, o conceito de violência sexual, vai muito além, deste limite. Qualquer
exibição, manipulação, manuseio ou intimidação que coloque em risco a segurança e
valorização pessoal e sexual de uma pessoa, pode – se tipificar como um ato de abuso e
violência sexual se é de forma aparentemente “terna” “sedutora” e “carinhosa”.
Ao desenvolver a oficina da lição. Você deve esforçar – se por entender a profundidade os
danos que são causados a vítimas deste crime. Neste sentido, poderemos convencer – nos
das terríveis seqüelas e tomar uma postura de ajuda, serviço, prevenção e denúncia a
respeito. Procuraremos conhecer as áreas afetadas pelo abuso sexual. Ao desenvolver a
oficina, nos colocaremos os sapatos de milhões de vítimas, que nos rodeiam, quiçás nós
50
mesmos, temos sido vítimas. A idéia é conhecer a problemática e encontrar respostas
tendes a solucionar capacitar e prevenir as possíveis vítimas.
3.1 Efeitos físicos da violência e o abuso sexual
1. Você conhece pessoas vítimas de abuso sexual? Fale a respeito
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
2. É possível identificar fisicamente os efeitos de uma violência sexual? Comente
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
3. Significa que não se apresentam danos a nível físico?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__
4. Quais são alguns danos físicos ocasionados nas vítimas pela violência sexual?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
5. Todo ato de violência sexual é genital? Comente
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___________________________________________________________________
__________________________________________________________
6. Em que sentido, podemos dizer que o abuso sexual é um problema se saúde
pública?
51
Considerar os efeitos da violência e o abuso sexual é nos colocar no lugar de milhões de meninos e meninas, homens e mulheres que diariamente são abusados em nossa sociedade. Quiçás, alguns deles estão sendo vítimas deste flagelo no interior das famílias e igrejas. Por tal motivo, ao responder as perguntas devo fazê-lo de forma reflexiva, considerando os devastadores danos e efeitos causados nas vitimas. Não devo ignorar tais danos, senão enfrenta-lo audazmente.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
7. Quais são os lugares onde é mais freqüente a violência sexual?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
8. Explique por que esses lugares são mais utilizados?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
9. Que traumas físicos podem sofrer uma vítima de violência?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
10. São os arranhões, murros, golpes efeitos físicos da violência? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
11. Como um empurrão pode ser um ato de violência sexual e que danos causam?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
12. Como uma sacudida pode ser um ato de violência sexual e que danos podem
causar?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
13. Como uma bofetada é um ato de violência sexual e que danos podem causar?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________
52
14. Como um ataque com um objeto ou armas, é um ato violento e que danos causam?
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
15. Como um puxão de cabelo é um ato violento e que danos causam?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
16. Como um coice ou soco é um ato de violência sexual e que danos causam?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
17. Como a tirar as coisas e o estrangulamento é um ato de violência e que danos
causam?
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___________________________________________________________________
__________________________________________________________
18. De que forma a violência sexual e o abuso afetam fisicamente a uma pessoa?
___________________________________________________________________
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__________________________________________________________
19. Podemos dizer que a violência sexual afeta o aspecto físico de uma pessoa?
___________________________________________________________________
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__________________________________________________________
20. O medo de expor o corpo são efeitos físicos do abuso? Por que
___________________________________________________________________
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__________________________________________________________
3.2 Efeitos sexuais da violência e o abuso
1. Quais são os danos causados sexualmente em uma pessoa pela violência?
_________________________________________________________________________
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53
2. Como o comportamento sexual de uma pessoa é afetado depois que ela foi violentada?
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3. Como a conduta sexual de uma pessoa que é abusadora é afetada?
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________________________________________________________________
4. De que maneira os comentários inadequados afetam sexualmente uma pessoa?
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5. De que maneira as piadas sarcásticas afetam sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
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________________________________________________________________
6. De que maneira as exigências ameaçadoras afetam sexualmente uma pessoas?
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_________________________________________________________________________
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7. De que maneira as agressões sexuais afetam sexualmente uma pessoa?
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8. De que maneira as zombarias contra o corpo afetam sexualmente uma pessoa?
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9. De que maneira as caricias não desejadas afetam sexualmente uma pessoa?
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10. De que maneira as atividades sexuais forçadas afetam uma pessoa?
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11. De que maneira a força física afeta sexualmente uma pessoa?
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_________________________________________________________________________
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12. Como o uso da intimidação afeta sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
13. Como a autoridade imposta afeta sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
14. Como o falso afeto afeta sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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15. Como as atividades imorais afetam sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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16. Como o silêncio cúmplice afeta sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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17. Como a não denúncia do fato afeta sexualmente uma pessoa?
_________________________________________________________________________
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18. Como o não prover de condições dignas afeta sexualmente uma pessoa?
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19. Como a indiferença e a cumplicidade afeta sexualmente uma pessoa?
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20. Que característica uma pessoa violentada apresenta? Como reverter tal situação?
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3.3 Efeitos psicológicos da violência sexual e o abuso
1. Você considera que existem efeitos psicológicos da violência sexual? Enumere – os
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2. Como as ameaças, insultos e gritos causam danos psicológicos?
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3. Como as piadas são causadoras de danos psicológicos a uma pessoa?
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4. Como colocar apelidos desqualificadores causa danos psicológicos a uma pessoa?
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5. Como as humilhações e o autoritarismo causam dano psicológico?
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6. Podem as interrogações ser causadoras de danos psicológicos? Explique
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7. De danos psicológicos são causados em uma pessoa quando são destruídos seus objetos
importantes?
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8. Como a permanente tensão causa dano psicológico a uma pessoa?
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9. Como o abuso verbal minimiza perturba ou anula psicologicamente uma pessoa?
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10. Pode a disciplina converter – se em abuso e danar psicologicamente? Explique
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11. Como o estado de ânimo de uma pessoa violentada muda drasticamente?
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12. Que atitudes e comportamentos anunciam um possível caso de abuso sexual?
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13. É possível que a necessidade de aprovação indique um possível caso de violência?
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14. Como os medos, violência e malícia, indicam uma possível violência sexual?
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15. É possível que os intentos de suicídio e sentido de culpa indiquem possíveis abuso?
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16. De que maneira, o menosprezo a atenção médica pode indicar um possível abuso?
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17. Como o pouco interesse por aspectos sexuais, indica situações de violência sexual ou
abuso?
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18. De que maneira a delinqüência e agressividade indicam violência sexual e abusos?
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19. A baixa auto-estima e uma perspectiva anormal da sexualidade indicam abuso?
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20. Você acha que as pessoas que trabalham com prostituição sofrem violência sexual?
Explique
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58
Meu coração está dolorido dentro de mimE terrores de morte caíram sobre mim,Temor e tremor vieram sobre mimE o horror me cobriu.Assim eu disse: Oh1 quem me dera asas como da pomba! Então eu voaria e descansaria.Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto.
Pois não era um inimigo que me afrontava,Então eu o teria suportado,Nem era o que me odiava que se engrandecia contra mim,Porque dele me teria escondido;Mas era tu, homem meu igual, Meu guia e meu íntimo amigo!;Consultávamos juntos suavemente, E andávamos em companhia na casa de Deus.
Tal homem pôs as suas mãos naqueles;Que têm paz com ele;Quebrou a sua aliança.
Salmo 55: 4-7, 12 -14, 20
59
LIÇÃO 04
REALIDADE BÍBLICA DA VIOLÊNCIA SEXUAL
1. Aconteceu depois disto quem tendo Absalão, filho de Davi, uma irmã formosa, cujo
nome era Tamar, Amnom, filho de Davi, amou –a.2. E angustiou – se Amnom, até adoecer,
por Tamar, sua irmã, porque era virgem, e parecia aos olhos de Amnom dificultoso fazer-
lhe coisa alguma. 3. Tinha, porém, Amnom um amigo, cujo nome era Jonadabe, filho de
Siméia, irmão de Davi, e era Jonadabe homem mui sagaz. 4. O qual lhe disse: Por que tu
de dia em dia tanto emagreces, sendo filho do rei? Não mo farás saber a mim? Então lhe
disse Amnom: Amo a Tamar, irmã de Absalão, meu irmão. 5. E Jonadabe lhe disse: Deita
– te na tua cama, e finge-te doente; e, quando teu pai te vier visitar, dize – lhe: Peço – te
que minha irmã Tamar venha, e me dê de comer pão, e prepare a comida diante dos meus
olhos, para que eu a veja e como da sua mão. 6. Deitou – se, pois, Amnom, e fingiu – se de
doente, e, vindo o rei visita – lo, disse Amnom, ao rei: Peço – te que minha irmã Tamar
venha, e prepare dois bolos diante dos meus olhos, para que eu coma de sua mão. 7.
Mandou então Davi à casa, a Tamar, dizendo: Vai à casa de Amnom, teu, irmão, e faze-
lhe alguma comida. 8. E foi Tamar à casa de Amnom, seu irmão (ele, porém estava
deitado), e tomou massa, e a amassou, e fez bolos diante dos seus olhos, e cozeu os bolos.
9. E tomou a frigideira, e os tirou diante dele; porém ele recusou comer. E disse Amnom:
Fazei retirar a todos da minha presença. E todos se retiraram dele. 10 Então disse Amnom
a Tamar: Traze a comida ao quarto, e comerei da tua mão. E tomou Tamar os bolos que
fizera, e levou – os a Amnom, seu irmão, no quarto. 11. E chegando – lhos, para que
comesse, pegou dela, e disse – lhe: Vem, deita-te comigo, minha irmã. 12. Porém ela lhe
disse: Não, meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em Israel; não faças tal
loucura. 13. Porque, aonde iria eu com a minha vergonha? E tu serias como um dos
loucos de Israel. Agora, pois, peço – te que fales ao rei, porque não me negará a ti. 14.
Porém ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes, sendo mais forte do que ela, a
forçou, e se deitou com ela. 15. Depois Amnom sentiu grande aversão por ela, pois maior
era o ódio que sentiu por ela do que amor com que a amara. E disse-lhe Amnom: Levanta
– te, e vai – te. 16. Então ela lhe disse: Não há razão de me despedires assim; maior seria
60
este mal do que outro que já me tens feito. Porém não lhe quis dar ouvidos. 17. E chamou
a seu moço que o servia, e disse: Ponha fora a esta, e fecha a porta após ela. 18. E trazia-
a uma roupa de muitas cores (porque assim se vestiam as filhas virgens dos reis); e seu
servo a pôs para fora e fechou a porta após ela. 19. Então Tamar tomou cinza sobre a
cabeça, e a roupa de muitas cores que trazia rasgou; e pôs as mãos sobre a cabeça, e foi
andando e clamando. 20. E Absalão, seu irmão, lhe disse: Esteve Amnom, teu irmão,
contigo? Ora, pois, minha irmã, cala-te; é teu irmão. Não se angustie o teu coração por
isto. Assim ficou Tamar, e esteve solitária em casa de Absalão seu irmão.
21. E, ouvindo o rei Davi todas estas coisas, muito se lhe acendeu a ira. 22. Porém
Absalão não falou como Amnom, nem mal nem bem; porque Absalão odiava a Amnom,
por ter forçado a Tamar sua irmã.
Depois de aproximar - se e conhecer a realidade da problemática de violência e abuso
sexual em nosso povo, é pertinente conhecer o que diz a Bíblia a respeito. Neste sentido,
alguns ficaram assombrados de ver a quantidade de referências tão reais, cruas e anticristã
que se apresenta. O qual nos indica que a partir do pecado de Adão e Eva, todos somos
pecadores. Adão, como representante da humanidade, sua desobediência passou para todos
os viventes, com suas nefastas conseqüências. Por tanto, todo pecado nasce da
concupiscência pervertida, infectada e distorcida pelo pecado. A Bíblia diz: “Não há um
justo, nem um sequer...” (Rm. 3:10)
Não devemos nos surpreender que a Bíblia narre cenas tão detalhadas e opostas à lei moral.
Simplesmente, não as avaliza. O que se coloca de manifesto, é nossa terrível condição e
depravação pecaminosa. Ao entender isto, pela graça de Deus, entenderá que fora Dele não
temos escapatória. Só por Sua graça irresistível e a justificação pela fé, acha consolo, vida
e salvação o homem pecador.
Família, Igreja e sociedade, estão com a praga do pecado. O Salmo 55, narra a dor do autor
por conseqüências da transgressão. Não sabemos quem era sua família, mas muitas
mulheres e homens sabem o que ele sentia. A traição de um ser querido, a ação destruição
de um pacto, sem poder esconder – se ou defender –se de quem traiu. A situação muitas
pessoas não é distinta, mesmo em lares cristão.
61
Igual ao que o salmista, “andava em amizade na casa de Deus” a dor é particularmente
amarga. Para elas, a santidade da família, é uma piada ou uma blasfêmia, e o termo “pai”
pode conotar significados que lhe dificulta apreciar a paternidade, amizade ou ensino de
Deus (Eirene, 1995, p.15)
Propomos-nos estudar uma narração que apresenta uma radiografia cruel das
conseqüências da desobediência. Nela, nos revela, de maneira contundente, as baixas
condições que chegam, pelo pecado. Por ser o homem um ser depravado em suas infâmias,
não pode fazer nada mais que não seja pecar e sempre pecar. O qual o faz escravo, inimigo
de Deus e morto espiritualmente. Mas graças sejam dadas ao Senhor que nos redimiu por
uma graça e nos imputou sua justiça, para serem chamados Seus Filhos.
Além do mais, a passagem de II Samuel, nos manifesta uma situação de dor, miséria,
abuso e cumplicidade, no seio da família de um ungido do Senhor. É de notar a
honestidade, transparência e detalhe, com o qual Deus permite que se apresentem estas
realidades, sem temor a ser estimado como injusto. Seu interesse é develar a condição do
pecador, para que nos centremos em sua glória, amor e justiça, sem apoiar – nos em nossa
própria prudência.
Tentaremos revisar cada detalhe, idéia, frase e acontecimento do drama, que convenha um
detestável crime, o qual, não será deixado de lado, no trono justo e santo de nosso Deus. É
nosso interesse, que a luz do evangelho, encontre pistas para entender mais a baixeza do
homem pecador e por ende, exaltemos ao único e sábio Deus. Consideraremos este drama,
centrando – se na vítima da armadilha, Tamar. A localização em 3 etapas, com três casas
diferentes e condições distintas, segundo o texto bíblico.
4.1 TAMAR: UMA PRINCESA NA CASA REAL
Pretendemos apresentar esta história como um drama de três cenas. Em cada uma delas, os
protagonistas são homens e a vítima é uma mulher; Tamar. A primeira delas é narrada
desde a casa real. Ali Tamar, é uma jovem princesa, com todas as comodidades, cuidados e
privilégios que lhe dá para a realeza.
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Não obstante, nesta situação, esta sendo objeto de uma dolorosa armadilha, planejada e
executada por sua própria família. Semelhante situação destruirá sua vida e a deixara
desolada, triste e quase morta, sendo uma donzela, adolescente e bonita.
4.1.1 Contesto no que se trama o crime
Os livros históricos de Samuel são uma unidade organizada em torno à vida do profeta
Samuel e dos primeiros reis de Israel; Saul e Davi. O personagem principal é Davi, o
grande rei. Poderoso, com grandes exércitos, fisicamente bonito e de caráter apaixonado.
Em meio da narração, dos livros de Samuel observamos, ao Deus de Israel, fiel a seu povo
e atuando a seu favor. Vemos como se entrelaçam narrações que não são precedentes
históricos, onde há fatos protagonizados por mulheres. As quais estão segundo parece, em
torno à vida dos grandes personagens varões da época, que lideram a sociedade judia,
caracterizada por ser praticada e militar (Gufronar, 1993, p. 40).
Em Samuel temos a monarquia militar instituída. Há histórias de muitas mulheres,
contadas com seus corpos, suas entranhas. O patriarcalismo imperante, onde domina e tem
o poder o pai varão, permite a mulher atuar somente a níveis marginais e a partir dos
varões e por ordem hierárquica. Encontramos histórias de mulheres comuns e da realeza.
Nesta última categoria esta Tamar, uma princesa, cuja história é marginal, e de vítima, por
parte dos varões, que exerce o poder (Ibíd)
Os capítulos 11 e 12 de II Samuel nos dão um relato do caso amoroso de Davi com Bate-
Seba, que a leva planejar e a executar o assassinato de seu esposo Urias. A morte do filho
do adultério, como sinal de reprovação divina, a advertência de Natã e ao final destes
capítulos prévios Davi tem a Bate- Seba por esposa e volta triunfante, com muitas
conquistas militares a seu favor. Como uma mancha na vida de Davi foi a relação que teve
com Bate - Seba, esposa de Urias. Este pecado, junto com os problemas implícitos na
poligamia, marcou o princípio de sua caída (Bosch, 1963, p.120)
O rei Davi, monarca de Israel, estava quiçás, no ápice de seu poder político militar
centralizado, e em Jerusalém, capital do império Davídico. Com o caso de Bate – Seba,
Davi tem colocado o futuro real em uma situação de risco. Podemos dizer que se
63
desestabilizou seu reinado e trouxe conflitos a sua família. Não obstante, Deus enviou a
Natã, “como uma dádiva necessária e útil de Deus para o rei Davi. Este profeta serviu
como interlocutor de Deus para Davi, e demonstrou ser um amigo valente e conselheiro.
Sempre estava disposto a dizer a verdade, mesmo sabendo que isso originaria uma grande
dor” (Batchelor, 1999, p.89).
Ao confrontar Davi com o pecado múltiplo de cobiça, roubo, adultério e assassinato em
sua aventura com Bate – Seba, Natã pode ajudar a Davi a ver suas próprias más ações ao
mostrar que ele não havia tolerado essas ações e nenhuma outra. “O arrependimento de
Davi permitiu que Natã o consolasse com a realidade do perdão de Deus, e ao mesmo
tempo lhe recordou as dolorosas conseqüências que o pecado traria” (Ibíd).
O enfoque de Natã nos ajuda a julgar nossas ações. Quando freqüentemente tomamos
decisões que condenaríamos outros. É de grande benefício que nos perguntemos como
Deus e os demais olham nossas ações. Desafortunadamente, temos uma grande
capacidade para mentir para nós mesmos. Não obstante, Deus proporciona dois salva
vidas contra a auto decepção: sua Palavra, e os verdadeiros amigos. Em cada caso, temos
uma visão que vai mais além de nós mesmos. Você tem na mão a Palavra de Deus.
Permita que fale de você mesmo, mesmo que a verdade seja dolorosa. Se não tem um
amigo como Natã, peça um a Deus, e peça – lhe também que use você como um Natã
adequado para outra pessoa (Ibíd).
Vemos a partir deste sucesso, o desenlace das conseqüências pelo pecado de Davi. Os
filhos varões seguem o modelo de seu pai. Em vez de uma vida reta e ordenada, mostram
desordens de personalidade e comportamento. Estas inter relações descritas e o descontrole
familiar, transcendem a esfera pública e política, e causam sofrimento a Israel.
Davi alcançou importantes conquistas, na primeira parte de seu reinado; as quais se
deveram não somente a escassez geral de grandes líderes políticos nessa época, mas
também a seu próprio gênio militar. Seus triunfos militares trouxeram enriquecimento de
Israel e renome ao Rei. Sem embargo, seus pecados morais, junto às conseqüências
desencadeantes do mesmo, ocasionaram o princípio de seu declínio (Bosch, 1963, p.90)
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Sua decadência começa a ser narrada com a história da violência incestuosa a Tamar. O
estudo literário parece indicar que este episódio, é uma ponte entre os capítulos anteriores,
que precedem as atitudes de morte protagonizadas por Absalão. Desta maneira, podemos
ver a história de Tamar como um fato secundário, similar a situação de milhões de
mulheres, homens, meninos e meninas em iguais condições (Gufroant, 1993, p.40).
Os personagens do drama estudado pertencem à família do Rei Davi. Ele é o monarca que
recebeu a promessa eterna de Deus, para guiar Israel como rei. Com relação a Saul, Davi
“aumentou o número de mulheres e concubinas, que podem ser sinal de riqueza e prestígio.
Os filhos destas mulheres vivem em casa própria com criadagem pessoal, as filhas não
casadas vivem reclusas em uma parte separada da casa. As relações familiares se
realizaram em ocasiões especiais, quiçás em festas” (Schokel, 1973, p. 210)
Amnón é o filho, mais velho, de Ajinoam de Yezreel (2 Samuel 3:2). Fato que se deu
dentro das famílias judias, um lugar de privilégio, e garantia do trono real, por ser o
príncipe herdeiro e primogênito Absalão é o filho varão terceiro, filho de Maaca (2 Samuel
3:3). Nesta história, na se fala do segundo, quiçás havia morrido. Por tanto, Absalão, é o
segundo herdeiro ao trono. Tamar tem a mesma mãe de Absalão; Amnón nasceu de outra
união de Davi. Mesmo que o direito sucessório não está, todavia estabelecido, a história se
refere como se o maior devera ser o futuro rei (Brueggemann, 1990, p.374)
Normalmente, se o filho tinha a preferência dos pais, só ia despertar ciúmes nos demais
irmãos. Segundo parece, a luz do relato, Absalão, tinha duplo motivo para ele. A formosa
Tamar, irmã por parte de pai e mãe, não era candidata ao trono pelo fato de ser mulher.
Sem embargo, era uma mulher visível e conhecida por pertencer à família real e por ser
uma bonita princesa. Era virgem, o qual lhe permitia vestir – se atrativa como as demais
donzelas judias. Como filha do rei usava roupa de variados cores. É definida na narração,
por sua relação com os varões da família. Irmã de Absalão, irmã de Amnón, filha de Davi
(Gufronat, 1993, p.92)
A violência sexual de Tamar é perpetrada por seu irmão por parte de pai, Amnón. Nela se
vê envolvido involuntariamente o rei Davi, pai dos dois. A vingança de Absalão faz parte
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do contexto de sucessos narrados nos capítulos anteriores e posteriores, com grandes
implicações sócias políticas para a família real. (Ibíd).
Este acontecimento, depois da morte do filho do adultério, é conseqüência da
desobediência deliberada de Davi. É um castigo por seu pecado. Deus lhe havia dito por
meio do profeta Natã que a espada não se apartaria de sua casa. Que também suas mulheres
seriam publicamente de outro. Este relato mostra a realização da palavra de Deus. Além do
mais, revela como exemplo do pai transcende nefastamente, neste caso, na família e suas
relações. Consideraremos no estudo, como o exemplo dos pais é fundamental na vida dos
filhos. Os quais iniciam, perpetuam ou reproduzem estruturas de pecado e de castigo
aprendidas por meio do exemplo paterno.
4.1.2 Antecedentes e circunstâncias da violência sexual
A triste história começa com uma frase transicional “Aconteceu depois disto...” (Vs.1).
Refere – se ao assassinato de Urias, e o fato de que Davi toma a Bate – Seba como sua
mulher. Narra – se a morte do primeiro filho de Davi com ela. Logo vem o nascimento de
Salomão e a vitória sobre os amonitas. Estas circunstâncias são variadas e importantes. A
fórmula indica o começo de um novo relato. (Brueggeman, 1990, p. 373).
O novo relato ocupa dois capítulos e forma um conjunto muito bem construído em torno da
família real. Assiste – se em primeiro lugar a cena da violência que Amnón, o filho maior
comete, com sua meia irmã Tamar. A história conta – se de maneira excepcional. A cena
“é uma das mais íntimas que podem ser relatadas, e o ato de Amnón um dos mais odiosos
que se podem perpetrar. O relato é detalhado e preciso, mas não se eterniza; esta escrita
sem sair pela tangente, mas também sem ênfase e sem refinamento, sem a menor falta de
um bom gosto” (Ibíd)
Seguindo a frase transicional, uma composição em cadeia introduz os caracteres, ao redor
de uma descrição de circunstâncias. Com estas estruturas, o modelo circular de poder
reflete tudo. Desde o começo mencionam – se 3 filhos de Davi. Absalão é o primogênito, e
quem inicia a ação. É um príncipe cheio de poder e prestígio e um homem de exorbitante
luxúria. Entre estes dois homens se levanta uma mulher, que relata cada um deles, e que
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tem sua própria identidade (Gufronat, 1993, p.12). Acredita – se que para essa época, Davi
tinha 53 anos de idade, Amnón 22, Absalão 20, Tamar 15 e Salomão 2 (Compubiblia).
Tamar é uma jovem muito sábia e bela. É uma princesa, a quem pertence à sabedoria, a
coragem, mas também o sofrimento sem limites é um exemplo de mulher, digna de levar
em conta. Irmã de Absalão e objeto do desejo de Amnón. Este relato de terror centra – se
na cruel realidade de seu irmão quem trama e executa sua violência sexual, levando – a
desolação. Na casa real, Tamar é uma princesa, virgem, bonita (Gufronat, 1993, p.94)
O narrador coloca a Absalão a atuar na última parte do círculo. “...enamorou – se dela
(Vs.1). A informação, escandaliza o centro do episódio, com um dado que pressagia um
problema. “E estava Amnón angustiado até adoecer por Tamar sua irmã” (Vs.2). Tamar
recebe aqui a designação: “sua irmã”. Isto nos permite dizer, que qualquer pessoa homem
ou mulher é um possível agressor sexual.
As filhas solteiras eram separadas rigorosamente da companhia dos varões. Não se
permitia que elas vissem estranhos, nem mesmo os parentes, sem a presença de
testemunhas. É claro que Amnón havia visto a Tamar. Porque despertou – se nele uma
paixão violenta por ela. Isto era proibido na lei (Lv. 18:11), mas com o exemplo de Abraão
(Gn. 20:12) e a prática comum nos países vizinhos, de que os príncipes se casassem com
suas meias irmãs, Amnón não considerava imprópria a relação. Mas ele não tinha maneira
de fazer o assunto a chegar a ela, e executando em sua mente a dor do contra tempo se
produz uma mudança visível em sua aparência e saúde (Fausset, 1958, p. 255). Além do
mais, qualquer agressor, pode ser tão aparentemente normal como Amnón, mas dominado
pela luxúria. A dor, paixão e sofrimento de Amnón, aumenta – se “...pois por ser ela
virgem, lhe parecia Amnón que seria difícil fazer – lhe coisa alguma” (Vs. 2). Por seu
estado de virgindade, sente – se incapaz nas atuais circunstâncias de fazer algum dano a
Tamar. Ela é inacessível aos homens, incluindo a seu irmão. “... estava Amnón angustiado
doente por Tamar...” (Vs.2). A “enfermidade” de Amnón por causa de sua irmã estava
consumindo (Gufronat, 1993, p.98). Isto nos permite dizer, que os agressores sexuais, são
pessoas que não podem controlar o desejo por possuir a outra pessoa, e se valem da
“doença” e a “angústia desesperante” para alcança - lo.
67
A conduta de Amnón não é somente uma infâmia, senão um erro, uma estupidez, que
compromete fatalmente seu provir. Amnón tem herdado, sem dúvida, alguns traços do
caráter de seu pai. Não sabe dominar seus instintos. Está apaixonado por Tamar, e
subjugado pela paixão, está “oprimido” “atormentado” até o ponto de estar enfermo. A
jovem lhe fascina, mas é inacessível. (Brueggeman, 1990, p.373). As pessoas abusadoras
vêem como normal o desejo que sentem e buscam legitima-lo.
Sem a intervenção de um primo, a quem se qualifica de muito avisado, as coisas haviam
ficado ali, ou melhor, havia ajeitado como deviam e como era possível. Ou seja, cheio de
toda classe de “habilidades” astúcia, experiências e conhecimento. O qual o sugere uma
infame estratégia. Sua execução relata – se minuciosamente (Ibíd). Amnón é estimulado
por seu “assessor” a cometer o pecado sexual. Quiçá somos mais vulneráveis aos conselhos
dos parentes porque estamos mais perto deles. Devemos assegurar que o conselho não saía
dos padrões de Deus, mesmo quando provenha de familiares (Barton, 2000, p.220).
“E Amnón tinha um amigo que se chamava Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi...”
(Vs.3) Ante a perspectiva e plano de Jonadabe, amigo da família real, completa – se o
círculo da composição. “... e Jonadabe era homem muito astuto” (Vs. 3). “Por conselho e
maquinação deste intrigante primo fizeram um plano para obter com ela uma entrevista
sem restrições e mostrar – lhe seu amor” (Fausset, 1958, p.255). Com esta descrição de
astúcia e maldade, encerra – se a parte introdutória. Geralmente, como neste caso, os
agressores não atuam só. O fazem com a cumplicidade de outros.
É interessante analisar porque um primo de Amnón é capaz de ver que algo está passando
com ele, seu próprio pai não sabe. Também, ver o consentimento de Amnón a ponto de
adoecer por não ter o que quer, e sua atitude de aprovar e executar um plano maligno, para
satisfazer seus desejos. Não é por acaso seu caráter formado por seu pai? Davi não ousou
levantar a mão sobre Saul, mostrando um caráter duro, não está ensinando a seus filhos?
Tudo parece indicar que isto é o que podíamos chamar “crônica de uma morte anunciada”
claro está, o pecado de Davi lhe faz merecedor do castigo divino.
4.1.3 Relações que promovem a violência sexual
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Ao decorrer do discurso narrativo, a história movimenta – se uma conversa entre Jonadabe
e Amnón. Esta parte começa com uma pergunta e conclui com umas instruções. A astúcia
de seu amigo envolve seu conselho e provoca uma explicação de Amnón. “O qual lhe
disse: Por que tu de dia em dia tanto emagreces, sendo filho do rei? Não mo farás saber a
mim? Então lhe disse Amnom: Amo a Tamar, irmã de Absalão, meu irmão. E Jonadabe lhe
disse: Deita – te na tua cama, e finge – te doente, e, quando teu pai vier visitar, dize – lhe:
Peço – te que minha irmã Tamar venha, e me dê de comer pão, e prepare a comida diante
dos meus olhos, para que eu a veja e coma da sua mão. (Vs. 4-5).
A formosa Tamar, uja formosura, não era só física, virgem e bondosa, era uma deliciosa
fruta proibida para Amnón, acostumado, como seguramente estava, por ser o príncipe
herdeiro, a ter quanto quisesse e desejasse. A impossibilidade de possui – la o adoecia, lhe
tirava o apetite. Acontece então a conjuntura sugerida pelo primo, Jonadabe. Amnón não
estava só, tinha a cumplicidade de outro varão, para vencer a inalcançável, impossível,
inocente e mais fraca fisicamente; Tamar (Gufronat, 1993, p.118)
“Nos países orientais onde prevalece a poligamia, as meninas estão aos cuidados e
proteção especiais de seus irmãos uterinos, que são os guardiões de seus interesses e sua
honra, o mesmo que os pais delas (Gn. 34:6- 26)” (Fausset, 1958, p. 255). Jonadabe
aconselha recorrer ao rei, para praticar o crime.
Jonadabe aconselha apelar a seu status real. “E este lhe disse: filho do rei...” (Vs. 4).
Absalão e Tamar são os objetos do discurso. “E Amnón lhe respondeu: Eu amo a Tamar a
irmã de Absalão meu irmão” (Vs. 4). Jonadabe e Amnón tramam contra eles. “E Jonadabe
lhe disse: Deita - te em tua cama, e finge que esta doente...” (Vs.5). Entretanto ele finge
estar realmente doente, Jonadabe aproveita a ocasião para legitimar o ato, e aconselha uma
visita do rei/ “... e quando seu pai vier visitar...” (Vs. 5).
Em meio dos detalhes cuidadosos, emerge o plano. Amnón vai aproveitar a vinda de seu
pai para solicitar a visita de sua irmã. “... Rogo – te que venha minha irmã Tamar...” (Vs.
5). Ela virá, mas não somente para cuidar de ti, mas para dar – lhe alimento, mas também
como ama da casa. “... para que me dê de comer...” (Vs. 5). A frase: “... e prepare diante
de mim uma comida...” (Vs. 5), recalca a possibilidade de fazer-lhe algum dano. Não
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obstante, enquanto se reverte à ordem as conseqüências vêm em sua própria seqüência. “...
para que ao vê-la eu coma de sua mão” (Vs. 5). Este segundo episodio, traz
enfaticamente, a mensagem do primeiro: apanhar Tamar.
A trama para a violência sexual de Tamar é premeditada e planejada com antecedência, o
que deixa aberto um mito sobre a violência sexual, que é o agressor não conhece sua
vítima. Encontramos também, que a formosa Tamar estava preparada como todas as
mulheres dessa época e a nossa para executar os trabalhos domésticos. Por isso estava tão
pronta para ir ver a seu irmão “doente” inocente da trama contra você. Desconhecia que
seria vítima da armadilha para ela. (Gufronat, 1993, 119).
É notável, o atraso calculado dos sucessos, na presente narração. O conselho de Jonadabe
se detém a metade, a execução repete os passos de dito conselho e segue adiante. Nesse
momento se atrasa o desenlace detendo – se em detalhes culinários (Schokel, 1973, p.
210). Podemos dizer que a maioria de violências são planejadas e estudadas com detalhes,
e quase sempre são executados por pessoas próximas da vítima.
Continuando, apresentamos alguns aspectos relacionados com a relação prévia do crime de
Davi e seus filhos. Da descrição do primeiro episódio, e o conselho do segundo, a história
move – se. No terceiro episódio, o modelo circular orienta – se de modo que as progressões
começam e terminam na casa de Amnón (Gufronat, 1993, p.120).
“Deitou – se, pois, Amnón, e fingiu que estava enfermo...” (Vs. 6). “Os orientais são muito
adeptos a fingir que estão doentes, sempre que tem algum objeto para alcançar” (Fausset,
p. 225, 1958). “... e veio o rei visita-lo...” (Vs. 6). Ante essa “enfermidade” grave, recebe a
visita que esperava, para legalizar o crime. Amnón usa as palavras apropriadas que
Jonadabe lhe sugeriu astutamente. “Eu te rogo que venha minha irmã Tamar, e faça
diante de mim comida, para que eu coma de sua mão...” (Vs. 6).
Amnón falou de Tamar como “minha irmã”. Aqui aparece um verbo especial para fazer
pão. Sugere em hebreu um jogo com a palavra coração e o ponto da ocasião. Toda esta
forma de expressão pretende despistar a seu pais artificialmente. O pedido parecia tão
natural. “... e faça diante de mim pães, para que eu coma de sua mão” (Vs. 6). Os
agressores são espertos em despistar de suas intenções que os dominam.
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“A cena culinária aumenta o clima sensual, sobre tudo se considerarmos que a farinha
(tradução hipotética) é o coração em hebreu. Cozinha-lo quer dizer “corazonar”. Verbo que
em Ct. 4:9 significa “enamorar” (Schokel, 1973, p. 210). Observa-se que a princesa
aprendeu a cozinhar a fazer bolos, que sabe amassar e manejar a panela. “Os bolos se
designam com uma palavra que provem do termo “coração” são uns “corações” umas
bolachas em forma de coração (Brueggeman, 1990, p.374).
Podemos dizer que esses bolos eram uma espécie de pão delicado, o qual as mulheres
orientais tinham especial deleite em prepara- lo. Como o apetite delicado de um enfermo
necessita ser mimado; o rei autorizou. “E Davi enviou a Tamar a sua casa...” (Vs. 7)
(Fausset, 1958, p. 255). É interasse que Davi, depois de todas estas pistas concretas, não
desconfia o que seu próprio filho está tramando contra Tamar.
“Ao repetir Amnón às palavras sugeridas por seu primo, mudas e concretas, fazendo mais
insinuante sua petição; Davi não capta o duplo sentidos das palavras” (Schokel, 1973,
p.211). Pois dá ordem a princesa: “... Vai agora à casa de Amnón teu irmão, e fazer o de
comer...” (Vs. 7). Tamar adulada pelo convite, não perdeu tempo para fazer o ser viço na
casa de seu irmão doente. “e foi Tamar a casa de seu irmão Amnón, o qual estava
deitado; e tomou a farinha e amassou, e fez o pão diante e cozinhou” (Vs. 8). Tamar ao
preparar o tão desejado pão, ela era o desejo de Amnón.
A solicitação de Aamnón vem a ser a ordem do rei. Imediatamente Davi enviou uma
mensagem à casa de Tamar. Mesmo com a visita do rei a Amnón, é a Tamar que ele manda
a mensagem. Não se fala de uma linguagem familiar de pai e filha, como usa no diálogo do
filho e do rei. Dois mandatos são evidentes no texto que promovem o desastre. “... Vai... e
faz...” (Vs. 7). Primeiro, vai à casa de Amnón seu irmão; e segundo, prepare alimentos. O
imperativo vai e faz, destroem o “impossível” de Amnón para fazer algo a sua irmã.
(Gufronat, 1993, p. 121).
Isto nos permite dizer, que em muitos dos casos de violência sexual, os agressores contam
com o aval dos tutores da vítima. Embora usem de engano, astúcia e armadilha, o mesmo
rei deu a ordem a Tamar de ir a sua casa. Devemos alertar – nos como Igreja e famílias em
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geral ou não sermos tão ingênuos. A não confiar em homens e mulheres, mas somente em
Deus. A ter o beneficio da suspeita e a dúvida de quem cuida e atende nossos filhos.
Lembrem-se até nos palácios reais sucedem atrocidades. Os filhos do rei, pastores,
sacerdotes, professores, ou outros profissionais, são levados por pecados sexuais. De igual
maneira, todos podemos ser vítimas, por nosso pecado. Por isto, Paulo adverte a Timóteo,
e bom que todos os crentes, fujam das paixões da mocidade. “Fugi das paixões da
mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor e paz, com os que de coração limpo invocam ao
Senhor” (2 Tm. 2:22). No livro de Tiago, o escritor faz uma pergunta retórica “De onde
vem às guerras e pelejas entre vós? Porventura não vem disso, a saber, dos vossos deleites
que nos vossos membros guerreiam?” (Tiago 4:1). Claro, Deus mesmo decidiu que fosse
assim, pelo pecado. “... Deus os entregou a paixões vergonhosas...” (Rm. 1; 26)
As circunstâncias prévias ao crime avançam fielmente como se tem planejado. Vão de
Jonadabe a Amnón, de Amnón a Davi e de Davi a Tamar. A história se desenvolve com
uma velocidade crescente e com variadas nuanças. Do conselho a solicitação e do mandato
a obediência. “e foi Tamar a casa de seu irmão Amnóm...” (Vs. 8). Seis verbos em
seqüências de 3 detalham sua atividade, e enfocam os olhos de Amnón. A princesa tem
sido vítima do rei e tem que enfrentar as conseqüências. Desta forma, a história move-se a
seu centro, a consumação do crime (Ibíd).
4.2 TAMAR: UMA IRMÃ VIOLADA NA CASA DE AMNÓN
Aqui nos localizaremos no centro do relato que estamos estudando. Há um mandato e uma
resposta, seguida por uma conversação entre Tamar e Amnón. A conversação colapsa no
mandato e a resposta dela. A violência mesma constitui o centro do fato. Tamar cai na
armadilha e é violada. Vejamos.
Mandato de Amnón aos escravos e sua resposta: ‘... E disse Amnón: Tire todos daqui. E
todos saíram dali “(Vs.9)
Mandato de Amnón e sua resposta: Então Amnón disse a Tamar: Traz a comida a alcova,
para que eu coma de sua mão. E tomando Tamar os pães que havia preparado, os levou a
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seu irmão Amnón a alcova. E quando ela colocou-se diante dele para que comesse,
agarrou-a e lhe disse... ”(Vs. 10-11)
Conversação entre Amnón e Tamar. “... Vem, minha irmã, deite – se comigo. Ela então
lhe respondeu: Não meu irmão, não me faças violências, porque não se deve fazer assim
em Israel. Não faças tal vileza. Porque onde eu irei com minha desonra? E você ou será
estimado como um dos perversos em Israel. Rogo –te pois, agora, que fales ao rei, que ele
não me negará a ti. Mas ele não a quis ouvir...” (Vs. 11-14)
Violação (Consumação do Ato) “... antes, sendo mais forte do que ela, a forçou, e se
deitou com ela. Depois Amnom sentiu grande aversão por ela, pois maior era o ódio que
sentiu por ela do que o amor com que a amara”. (Vs. 14-15)
Mandato de Amnon a Tamar e sua resposta. “... E disse – lhe Amnom: Levante – te, e vai-
te. Então ela lhe disse: Não há razão de me despedires assim, maior seria este mal do que
o outro que já me tens feito. Porém não lhe quis dar ouvidos. (Vs. 15-16)
Mandato de Amnom ao escravo e sua resposta. “E chamou a seu moço que o servia, e
disse: Ponha fora a esta, e fecha a porta após ela. E trazia-a uma roupa de muitas cores
(porque assim se vestiam as filhas virgens dos reis); e seu servo a pôs para fora, e fechou
a porta após ela. (Vs. 17 – 18)
Consideremos cada um dos episódios anteriores de forma separada e detalhada. “... Tire
fora daqui a todos...” (Vs. 9), é a ordem de Amnom. O mandato é obedecido. “... e todos
saíram dali “(Vs. 9) Ainda que todos aparentemente saiam dali, é preciso que estejamos ali
para ver a consumação d fato e recordar ao leitor suas conseqüências, O poder de Amnon
excede a todos os limites.
Só com Tamar, dirige - se a princesa para pedir – lhe que traga os alimentos ao quarto para
que ele possa comer de sua mão. “então Amnon disse a Tamar. Traga a comida a alcova,
para que eu coma de sua mão..” (Vs. 10). Os movimentos de Tamar no quarto da casa
reforçam a intimação planejada. A princesa que obedece ao rei e está submetida a suas
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ordens, é a irmã que recebe as instruções de Amnon e está a ponto de cair na armadilha que
ele planejou (Gufronat, 1993, p.122).
“E tomando Tamar os pães que havia preparado, levaram – os a seu irmão Amnón a
alcova.” (Vs. 10) Três verbos principais que indicam ordens a Tamar são emitidos por
Amnon: “toma..., traz..., da-me...” (Vs. 10). Ela sem malícia cumpre as ordens de seu
irmão. “... E tomando Tamar os pães... os levou a seu irmão Amnon a alcova” (Vs. 10)
Sem embargo, ele não queria comer. “... agarrou-a...” (Vs. 11). Agarrou – a; esta é um
convite para viola –la. Além do mais, dirige-se a ela. “e lhe diz” Vem... ”(Vs. 11). Nesta
ocasião, fala como: “minha irmã” (Vs. 11). E faz o convite a fatal proposta. “... Vem...
deite-te comigo “(Vs. 11). Por meio de uma série de ordens, todas elas obedecidas, Amnon
manipula a ocasião da comida para cumprir sua luxúria. Esta vez o mandato real encontra
objeções por parte de sua “irmã”.
4. 2. 1 Violência Sexual dentro da família
A violência sexual contra Tamar é perpetrada por seu próprio irmão; Amnon, em sua
própria casa – palácio familiar, insinuada pelo primo de ambos; Jonadabe. Amnon, que no
princípio do relato parecia motivado pelo amor, estava finalmente impulsionado por seu
instinto somente de posse. Tal comportamento é uma fria e clara expressão brutal de
machismo, poder, luxúria e pecado. Tal parece que toda pessoa, homem ou mulher, por sua
condição pecaminosa esta exposto a cometer semelhantes atos.
No presente ato da violência sexual, não há raciocínio. Ou seja, não se considera a visão
futura das conseqüências, por parte de Amnon. Para ele, seguramente, esta classe de atos
normal. Além do mais, o legitima a sociedade patriarcal de sua época, igualmente ao poder
político, militar e paternal de Davi. Aqui se percebe só o instinto de macho, o qual se sente
satisfeito quando obtém o que se propõe neste caso fazer mal a quem não tem palavra, nem
poder. E mais, se para ele há que colocar a funcionar a astúcia, se não própria, a de sua
cúmplice “assessor”. O plano dos primos funciona a perfeitamente caindo Tamar na
armadilha que fizeram (Gufronat, 1993, p.123).
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Tamar, como muitas mulheres e homens, meninos e meninas, anciãs e anciãos, irmãs e
irmãos, amigos e amigas, são violados no seio de suas famílias e em suas próprias casas.
Constituindo – se a violência, o incesto e o abuso em um fantasma de todos os tempos e do
qual devemos tomar consciência. Ou seja, buscar formas de evitar e tratar a quem tem sido
e são vítimas destes delitos. Os quais são perturbadores, destruidores em que padece ou
estão expostos a padecê-los. Além do mais, são abomináveis aos olhos de Deus, por ser a
expressão de pecado, miséria e concupiscência animais (Ibíd).
Podemos ressaltar o atropelo, trauma, humilhação, degradação e destruição emocional da
violência sexual. Seja perpetrada por algum familiar, conhecido ou não. Ditas
conseqüências, repercutem, em muitos dos casos, nos desenvolvimento pessoal, formação
e realização profissional e física das vítimas (Ibíd). Não obstante, a vítima também é um
“doente” como Amnon que precisa ser entendido, julgado e curado.
“Mas ele... podendo mais que ela, a forçou, e deitou – se com ela” (Vs. 14). E Tamar foi
violada de forma premeditada e planejada. Além do mais foi enganada por seu próprio
irmão. Amnon, como a maioria das pessoas que abusam, acreditou seguramente, que o fato
ocorrido em poucos minutos, seria guardado por Tamar para sempre. Desta forma, não
haveria conseqüências para ele. Se não se calasse ela seria a mais prejudicada. Ele não
perderia o trono, pó r esses minutos, onde o que mais importava era saciar sua sede de
luxúria. Não obstante, Tamar faz sua denúncia, sem ser escutada. Neste sentido, muitas das
pessoas que são vítimas deste flagelo, preferem se calar, quiçás, para não continuar sendo
explorada, vítima e ridicularizada (Ibíd).
Hoje conhecemos inúmeras Tamares. As quais andam por ruas e tem sido ou são o objeto
das atrocidades de quem se apodera delas e as fazem seus instrumentos, para sua satisfação
puramente pessoal. Há milhões de casos de meninas e meninos que são violados no seio de
suas famílias e ficam calados agonizando em segredo por medo de ameaças. Ou são
calados por familiares ou outros pessoas mais velhas, para não escandalizar ou desintegrar
a suas famílias (Ibíd).
De igual maneira, há inúmeros “Amnos” e “Jonadabe”. Os quais adoecem por possuir a
sua vítima e fazem tudo para alcançar. Alguns destes estão em nossa própria casa, em
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nossa Igreja, bairro, empresa, colégio. São nossos familiares ou líderes religiosos.
Devemos cuidar – nos e denunciar seus abusos.
4.2.2 Sabedoria de Tamar Vs irracionalidade de Amnon
Tamar, confiante e solícita, serve a seu irmão, que acredita estar realmente enfermo. Ele é
seu irmão mais velho. O pai rei esta preocupado pela saúde do herdeiro do trono. E é esta
situação que facilita o privilegio dela ser bendita, ao servir de enfermeira.
Quando abrupta fria e de surpresa, Amnon a deseja, Tamar procura fazer com que ele caia
em sua razão, mostrando – lhe que não fosse tão tolo, pois haveria uma série de
conseqüências para ambos. Além do mais, isso não era necessário. Não tinha motivo de
atuar de forma tão degradante com sua categoria e condição de princesa. Tamar se mostra
valente e sábia. Ela clama com voz clara, para levar seu irmão à sensatez. “ela então
respondeu: Não irmão meu, não me violente... Não faças tal vileza” (Vs. 12) (Faussetm
1958, p. 255).
Tamar apela aos costumes judeus não a lei divina, nem a seus sentimentos. “... porque não
se deve fazer assim em Israel. Não faças tal vileza.” (VS, 12). Em suas palavras se
formula a reprovação do fato, sem referência religiosa. É algo que não se faz em Israel. “A
resposta tem certa regularidade rítmica, com algo de sentença moral; duas frases destacam
porque várias palavras começam com o som alef” (Schokel, 1973, p.212). “As súplicas e
argumentos de Tamar eram tão sensíveis e fortes, que, se não Amnon não tivesse incitado
sua paixão sensual da qual havia chegado a ser escravo, podia ter desistido de seu
propósito infame” (Fausset, 1958, p.225.)
Cuidadosamente ela pesa as conseqüências, e formula uma pergunta retórica: “Porque
aonde iria eu com minha desonra?...” (Vs. 13). O cumprimento do desejo de Amnon
significa um desastre para os dois. Tamar busca uma alternativa; recorrer a mais alta
autoridade de seu povo. “... Rogo-te, pois, agora, que fales ao rei, que ele não me negará a
ti” (Vs. 13). Com a expressão “o rei” se distancia em sua relação pai e filha. As palavras de
Tamar são honestas e pontuais. Sua família conhece as virtudes das mulheres que possui.
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Ao pedir: “... que falas ao rei, que ele não me negará a ti” (Vs. 13). É provável, que ela
solicitaria isto como seu último recurso. Ela diria qualquer coisa, que agradasse a Amnon,
com a finalidade de escapar de suas mãos por um momento. Bastaria pedir a Davi (Ibíd).
Esta é uma forma válida de proteger – se por si mesma.
Mesmo que Jonadabe conselheiro de Amnon buscou a ajuda de Davi, agora esse conselho
era diferente. Outra vez Jonadabe esta contra Tamar; ele néscio, ela sábia. A sabedoria se
opõe a insensatez. A clareza de suas palavras, não somente para Amnon, se não também
para Jonadabe, é vão. Nessa história, igual a outras histórias da atualidade, a vitória
pertence, não aos mais fracos e sábios, mas aos mais fortes e insensatos. Isso é o que
observamos neste caso (Gufronat, 1993, p. 124).
As palavras de Tamar soam em ouvidos surdos. “Mas ele não quis ouvir...” (Vs. 14).
Apaixonado, Amnon decidiu ver -la e toca –la, fazendo uso de sua força bruta. “... sendo
mais forte que ela, a forçou...” (Vs. 14). Faz com ela o que é de sua vontade. Decide
silencia – la e abusar sexualmente dela, isso é o que com crueldade se apresenta na
narração. “... e deitou – se com ela” (Vs. 14).
“O sentimento de Amnon aumentou pelo fato de haver considerado o casamento, como faz
observar a desventurada jovem, só mais tarde se considera a estas ações como incestuosas
e proibidas. Fora de si, brutal, bestial, Amnon não é mais que u m ser abjeto e detestável”
(Brueggeman, 1990, p.375).
Mas Amnon, a desejava já a tempo e, quiçás, não estava acostumado a esperar pelo o que
queria, nem que algo fosse negado. Além do mais, que importância tinha o questionamento
que sua irmã fazia sobre sua atitude? E a força a violenta sexualmente, física e
emocionalmente, Ao romper seu hímem, algo importante para os homens, a destroem
moral e socialmente. A desonra, como mulher e como princesa (Gufronat, 1993, p. 125).
O relato mostra que este fato foi para Amnon algo tão frio e calculado, muito
possivelmente como o seria isto em sua vida. Quiçás, tão comum, como matar a seus
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inimigos de guerra nas muitas conquistas militares de seu pai. Nas quais, depois de vencer,
se oprima as vítimas derrotadas. A violência sexual de Tamar foi coisa de um momento,
mas as conseqüências se prolongam por anos (Ibíd), não só para ele, mas também para ele.
A violência sexual é o centro do fato, rapidamente, mesmo com ênfase, à narrativa
descreve – se com terror. Ele foi mais forte que ela. Com profundo sentido, o historiador
interpreta a violência do ato. “Apaixonou – se dela Amnon filho de Davi.... Eu amo a
Tamar a irmã de Absalon minha irmã” (Vs. 14). Mostra – se que tudo o que sentia Amnon
era luxúria, não amor. “Logo a aborreceu Amnon com tão grande aborrecimento, que o
ódio com que o aborreceu foi maior que o amor com que havia amado –a...” (Vs. 15)`
O amor e a luxúria são muito diferentes. Depois de que Amnom violou a sua meia irmã,
“seu amor” virou ódio. Ele dizia estar apaixonado, realmente estava sujeito a luxúria. O
amor é paciente, a luxúria requer uma satisfação sexualmente imediata. O amor é
benigno, a luxúria é cruel. O amor não busca o sujo, a luxúria si. Você pode ler acerca
das características do verdadeiro amor em 1 Coríntios 13. A luxúria pode parecer amor
no começo, mas quando se expressa fisicamente produz amargura e ódio para com outra
pessoa. Se você não pode esperar, o que sente não é verdadeiro amor (Barton, 2000, p.
220).
Ao final da conversa entre Amnon e Tamar, emerge um mandato e uma resposta. Mediante
eles, indica – se o dano irreparável causado. Além do mais, expressa – se o claro contraste
entre o desejo expresso antes e posterior. “... Vem minha irmã, deita – se comigo... E disse
- lhe Amnon: Levante - te e vai – te” (Vs. 11 e 15). O não de Tamar é contundente. “Então
ela lhe disse: Não razão de me despedires assim..” (Vs. 16). Expulsar – me daqui é pior do
que você fez. “... maior seria este mal do que o outro que já me tens feito...” (Vs. 16).
Tamar entende que a expulsão é pior que a violência sexual.
Ele a condena e a sentença a uma vida de solidão e desolação. Pela segunda vez registra –
se sua negação em escuta – la. “Mas ele não quis escuta – la” (Vs. 16). As palavras desta
sábia mulher são relegadas pelo insensato Amnon, a um segundo plano. Ela não fala mais,
quiçás, não porque não tinha nada a dizer, mas sim porque em uma sociedade assimétrica
os mais fracos e pequenos, não tem a palavra, mesmo que tenha razão (Gufronat, 1993, p.
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126). Quase sempre os agressores se aproveitam de sua força física bruta para dobrar a
vítima.
A paixão que não conhece o respeito da pessoa, que não escuta a voz do outro, não se
pode chamar de absoluto esse amor. Sem embargo, é comum servir – se desta palavra, em
um caso assim, e nosso narrador o faz, mas para anotar em uma fórmula lapidaria a volta
dramática e sórdida, sem dúvida demasiado comum em um caso semelhante, tão terrível e
inumano como abaixo e pícaro, que segue a um ato passional sem amor digno deste
homem (Brueggeman, 1990, p. 375).
4.2.3 Problemas emocionais e físicos
Imediatamente depois de satisfeito o desejo sexual, e obter o que adoecia Amnon, odeiam a
sua vítima com mais força da que havia amado. “Depois Amnon sentiu grande aversão por
ela, pois maior era o ódio que sentiu por ela do que o amor com que a amara....” (Vs. 15).
Não é inusitado que as pessoas agitadas por paixões violentas e irregulares passem de um
extremo a outro. Do amor enfermo ao aborrecimento odioso (Fausset, 1958, p. 255).
No caso de Amnon, a repentina reação pode – se explicar com facilidade. “A atrocidade de
sua conduta, com todos os sentimentos de vergonha, remorso, temor ao escândalo e
castigo, agora apresentou – se a sua mente, fazendo que a presença de Tamar resultara
intoleravelmente dolorosa” (Ibíd), e questionaste.
Por tanto, ordena que se retire de sua presença, não quer vê-la mais. “... E disse Amno:
Levante – te, e vai-te” (Vs. 15). Ela repreende, tentando pela segunda vez, faze – lo
raciocinar para que assuma as conseqüências de seu pecado. “Não há razão de me
despedires assim; maior seria este mal do que outro que já me tens feito...” (Vs. 16).
Tamar mostra – se uma vez mais coerente, conseqüente, sensível, articulada. Quer que ele
assuma sua responsabilidade por tal injustiça. Quiçás, em honra sua e de sua família
(Gufronat, 1993, p.125)
Amnon, não que ouvi-la. “... Mas ele não quis ouvi-la” (Vs. 16) Agora a odeia. Como ela
não cai embora docemente, a expulsa com violência, como tudo que faz. Utiliza seu
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ajudante treinado por ele, e fecha a porta atrás dela. “Ponha fora a esta, e fecha a porta
após ela. (Vs. 17). Desta forma, segundo ele, coloca um ponto final no assunto.
“A porta da rua nas casas no oriente estão sempre trancadas com trancas de madeira. Nas
grandes casas, onde um porteiro está do lado de fora, dispensa – se desta precaução. A
circunstância, pois, de que um príncipe desse uma ordem tão fora do comum demonstra
veemente perturbação de sua mente” (Fausset, 1958, p. 255).
De modo análogo, abominável, é o que segue, fica dilacerado, repudiado, indignado; teria
que tomar partido do irmão, do que tem medo (Brueggeman, 1990, p.375). Tamar foi
violentada sexualmente e logo expulsa como lixo. “... tire esta fora daqui...” (Vs. 17).
Dupla violência, a física, soma com a psicológica e social. Desta forma, é vítima
novamente de seu próprio irmão. O que antes dizia “minha irmã” agora refere – se a ela
como “esta”. Quiçás, por isso a disse a Amnon, “... maior mal é este do que o outro que já
me tens feito...” (Vs. 16). “Repetindo 4 vezes a raiz “aborrecer” e duas vezes a raiz “amar”
o narrador sublinhe a mudança súbita e a intensidade do aborrecimento. É um acerto
psicológico. A ordem final de Amnon é a mais breve que pronunciou em toda a passagem
“(Schokel, 1973, p. 212). No ódio de Amnon, há um fator psicológico importante por seu
realismo. Já que existem evidências daquelas pessoas que forçam e humilham a outras. Tal
é o caso das violadoras e sádicas. As quais estão lutando contra os que percebem suas
maiores fraquezas. Por tanto, a derrota de sua vítima, lhe recorda a própria fraqueza e
culpa. Em conseqüência, a fúria que lhe provoca, lhe faz odia – la (Gufronat, 1993, p. 126)
O impacto psicológico da violência sexual pode ser profundo desde os primeiros
momentos do ataque e prolongar – se, às vezes, durante anos. A reação da vítima é ter uma
sensação de solidão, impotência e total atordoamento. Esta dramática situação é superada
lentamente. Em alguns dos casos ficam seqüelas insuperáveis pelos anos. Também podem
gerar terríveis transtornos mentais, emocionais e sexuais (Ibíd).
Creio que Tamar, como as muitas vítimas da violência sexual na atualidade, entre mulheres
e homens, teve que enfrentar os efeitos psicológicos negativos que traz como
conseqüências deste ato. Unido ao abuso sexual, a expulsão, por parte do agressor. Desta
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forma, fica desonrada, desolada e silenciada (Ibíd). Um ato bárbaro como este, causa
grandes distúrbios e anomalias em toda a família, segundo se relata.
4.3 TAMAR: UMA MULHER DESCONSOLADA NA CASA DE ABSALON
Concluído o estupro, o drama move – se para as conseqüências: Uma reunião entre
Absalon e Tamar, um relatório a Davi; e a descrição de alguns caracteres e circunstâncias
do estupro. Desta maneira, os 3 episódios correspondem – se, mesmo com notáveis
diferenças com os episódios antes do crime. As partes anteriores deste capítulo vão
paralelas em conteúdo e em ordem as imediatas depois do crime. O outro episódio, volta
ao verso que abre a história, completando assim, o círculo da composição (Ibíd).
Tamar pegou a cinza, e passou sobre sua cabeça, e rasgou as roupas coloridas... Colocou
suas mãos sobre a cabeça, e foi gritando. Ou seja, soluçando. Os costumes orientais, não
veriam o quão tão grave foi o que ela sofreu, sim, Tamar realmente rasgou suas roupas.
Mas, como não menciona seu véu, é provável que Amnon a colocasse para fora sem ele. E
que ela levantou sua mão com o propósito de esconder seu rosto. Por estes sinais, em
especial, a ruptura de sua roupa distintiva; Absalon suspeitou do acontecido. Recomenda –
lhe calar – se e não publicar sua desonra e a de sua família. Ele não fez caso dele ante
Amnon (Fausset, 1958, p. 256).
A cinza é um símbolo comumente utilizado para indicar luto ou dor (2S. 13:19; Est, 4:3; Is.
58:5; Jer. 6:26; Dn. 9:3). Também significa objetos ou idéias sem valor ou envelhecidos
(Sa. 102:9; Is. 44:20) (Compubiblia). O termo também é símbolo representativo da vaidade
(Is. 44:20), a imundícia (Jó 30:19), a desgraça (Sal. 102:9), a vergonha (2 Samuel 13:19), a
humilhação ante Deus (Gn. 18: 27; Jó 42:6) e o arrependimento (Dn. 9:3; Mt. 11:21)
(Ibíd). Ou seja, o quadro presente em Tamar é evidente o seu irmão Absalon, pressente
uma grande tragédia de dor incalculável.
81
É interessante, que reconheçamos a tremenda incidência que a violência sexual, e em geral
todo tipo de violência que apresenta – se na Bíblia. Podemos afirmar que ao entrar o
pecado no gênero humano, há violência e abusos de todo o tipo. Neste sentido, todo
homem e mulher, é uma pessoa violenta, e abusadora igualmente suscetível de ser abusado
e violentado. Desta forma, é pertinente que vejamos alguns casos específicos de
desenvolvimento e comentário sobre a violência desde a Bíblia.
Conhecer o panorama Bíblico a esse respeito nos permitirá aprofundar sobre as respostas e
esta problemática. Além do mais nos localiza em contexto da realidade humana
pecaminosa, separa de Deus e abusiva. Por tanto, nesta lição conhecemos a as dimensões
profundas de dano e destruição que se causa a uma pessoa, família e sociedade por este
crime. Igualmente colocamos em evidência padrões de conduta e comportamentos que
promovem ou facilitam o desenvolvimento e continuidade de crimes tão atroz como estes.
Em conseqüências na oficina, devemos refletir honesta e sinceramente, acerca das
implicações e explicações que a Bíblia nos apresenta a respeito. Além do mais, podemos
encontrar respostas inspiradas pelo Espírito Santo, a dita situação traumática e pecaminosa.
Pretende – se que cada pessoa aproxima – se desta oficina com uma mente aberta, livre de
prejuízos. Com um desejo e interesse profundo de conhecer a condição miserável da
humanidade para buscar agradar ao Senhor, segundo diz a Escritura.
Confrontamos-nos diretamente com esta realidade hostil e prejudicial, temos que ser
guiados pela Palavra de Deus, para ser consolados, animados e radiografados de sua misera
condição. Neste sentido, somos convocados pela escritura, a viver para Deus, submete –
mos a sua vontade perfeita. Só quem é cheio da graça salvadora, vivem livres da culpa,
miséria e desolação do pecado, abuso e violência. Oramos para que o Deus da vida e
esperança, Jesus; ilumine aos leitores e derrame sua graça em suas vidas.
82
A Palavra de Deus evidencia a pecaminosidade humana, ao narrar atos tão cruéis, descarados e censuráveis como as violências. Devo analisar o episódio da violência sexual perpetrada a Tamar, com olhos reflexivos, críticos e considerando a depravação do ser humano. Nesta narração real e com rosto humano, devo identificar o verdadeiro caráter humano, padrões para executar seu pecado e colocar – me no lugar do mais fraco e silenciado, como Tamar princesa, irmã, vítima.
4.1 Tamar: uma princesa na casa real
1. Descreva as comodidades e vantagens que tinha Tamar na casa real __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Descreva brevemente como é a família real de Tamar __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Descreva o papel da mulher no contexto do rei Davi __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. De que forma, a história de Tamar é marginal e não protagonica? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Que resultados políticos, militares e familiares trouxeram a Davi, o caso com Bate Seba?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Como se manifesta a graça divina a Davi, depois do adultério? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. Como a violência sexual a Tamar, é uma conseqüência do pecado de Davi? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. Analise Davi como gênio militar, mas fracassado moralmente __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
83
9. Qual a sua opinião sobre a honestidade com a qual a Bíblia descreve o crime? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Descreva brevemente quem é o Davi o rei __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. Descreva brevemente quem é Amnon __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. Descreva brevemente Absalon __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13. Fale acerca de Tamar a princesa __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14. Fale acerca da paixão de Amnon por sua irmã Tamar __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
15. Fale acerca da aparente normalidade de Amnon, o agressor __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
16. Fale acerca da “enfermidade” e “angústia desesperada” de Amnon __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17. Fale acerca da cumplicidade de outros para executar a violência sexual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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18. Davi, como pai não identificou a intenção de Amnon? Responda __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
19. Qual a sua opinião sobre o planejamento antecipado do abuso sexual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. Por que Davi não usou de astúcia e dúvida com relação ao pedido de seu filho?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4.2 Tamar: uma irmã violada na casa de Amnon
1. Descreva as características de Tamar como irmã antes da violência sexual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Descreva as características de Amnon como irmão antes da violência sexual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Escreva algumas razões pelas quais Tamar é violada por seu irmão __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Como podemos perceber claramente o engano de Amnon a Tamar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Por que Tamar responde a seu irmão que não a violente? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Por que Tamar apela ao seu povo Israel, a respeito? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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7. O que significa vileza para uma pessoa violada? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. A que se refere Tamar com: Aonde iria eu com minha desonra? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9. Por que Tamar compara Amnon como um perverso ao tentar viola-la? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Por que você acha que Amnon não quis ouvi-la? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. Que conseqüências trazem para a vítima o não escutar do abusador? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. Por que os violadores atuam por força? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13. Como se sentirá uma pessoa que é violentada pela força? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14. Como descrever a atitude de Amnon ante a negativa de Tamar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
15. Como descrever a atitude de Amnon logo depois da violência sexual? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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16. Como podemos qualificar os sentimentos de um abusador como Amnon? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17. O que quer dizer Amnon que colocou Tamar para fora? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. Por que os violadores fecham à porta a vítima, como a Tamar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
19. Avalie a linguagem de Amnon para sua irmã antes e depois da violência sexual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. Avalie as conseqüências de Amnon que desencadearam depois da violência sexual_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4.3 Tamar: uma mulher desconsolada na casa de Absalon?
1. O que significa para Tamar pegar a cinza e espalhar em sua cabeça? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Que implicações têm a roupa rasgada de Tamar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Por que Absalon aconselha Tamar a calar – se? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Que opinião lhe merece o silêncio cúmplice dos varões na história? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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5. Como reagiu a mãe de Tamar ante o fato? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. É o silêncio um consolo real para Tamar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. Davi é interado do acontecido? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. Como atuam os varões da família para proteger e defender a sua irmã? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9. Qual a sua opinião sobre a denúncia de Tamar que não foi ouvida? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Como é vitimada Tamar depois do fato? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. Como é vitimada Tamar depois da violência sexual? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. Como é tratado Amnon depois de semelhante crime? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13 A atitude de Absalon é paternal ou fraternal? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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14. De que forma, Davi e seus filhos estão pecando contra Deus? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
15. Descreva a sabedoria de Tamar __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
16. Descreva a irracionalidade de Amnon ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17. Quais são as características da vida de Tamar, depois de ser violada? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. Comente acerca da desolação que fica Tamar __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
19. Por que a história de Tamar fica sem concluir? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. Mencione os danos causados a Tamar, Davi e Israel, por este ato luxúria __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
89
LIÇÃO 05
RESPOSTA BÍBLICA A VIOLÊNCIA SEXUAL
5.1 A DENÚNCIA DE TAMAR NÃO É OUVIDA
Tamar não teme ocultar o que aconteceu. Segundo o costume de seu povo, rasga suas
roupas de princesa virgem e se cobre de cinzas. Sai correndo, dando fortes gritos. O
domínio destes tesouros de cores variados era sinal de distinção. Eram levadas
exclusivamente pelas jovens de condição real. Os vestidos, que segundo a narração foram
rasgados, são muito comuns no oriente (Fausset, 1958, p.256). “A aparição de Tamar com
vestido de virgem é patética, o e gesto comum de rasgar o vestido assume aqui
profundidade simbólica” (Schokel, p.212)
Poderia haver ocultado o fato? Possivelmente que sim. Os textos parecem indicar que a
realeza podia fazer as coisas que não eram permitidas para o povo. Ou quiçás,
simplesmente as passavam por alto, pois seriam imunes por ser poderosos, não sabemos
com exatidão. Sem embargo, é evidente que nada passa despercebida ou imune aos olhos
de Deus (Gufronat, 1993, p.127)
Tamar decide fazer um grande escândalo, mesmo sendo princesa. Sabias das
conseqüências. Já as havia mencionado ao querer convencer a Amnon em sua estupidez.
Quiçás pensava que o culpado de sua tragédia não ficaria imune (Ibíd). Não só havia
roubado sua virgindade, uma terrível maldição em Israel, mas havia rejeitado como esposa
(Compubiblia).
Na legislação antiga não está proibida o casamento entre parentes; a legislação de Lv. 18 e
Dt. 27:22, proíbe o casamento entre irmãos de pai e mãe. Desta forma, o casamento de
Amnon e Tamar estaria permitido na legislação antiga. Segundo Dt. 22:28-29, o homem
que viola uma donzela tem que pagar uma compensação ao pai e casar-se com ela. Tinha
seu irmão Absalon e seu pai para defender – se (Schokel, 1973, p.210).
Ela decide não ficar calada ante semelhante atropelo. Por sua ação, todos se interam da
situação, em sua família e a na corte. Ou seja, o brutal fato doméstico, em meio desta
família tão conflitante, transcende publicamente e alcança conseqüências políticas.
90
Antes do crime, uma conversa entre Jonadabe e Amnon centra a atenção em Tamar, que
culmina com seu pedido a Davi, a figura de autoridade. Depois do crime uma reunião entre
Tamar e Absalon centra sobre Amnon o sentido da conversa. A reunião consiste na
narração de descrições de Tamar.
“E Absalão, seu irmão, lhe disse: Esteve Amnon, teu irmão contigo? Ora, pois, minha
irmã, cala-te; é teu irmão. Não se angustie o teu coração por isto. Assim ficou Tamar, e
esteve em casa de Absalão seu irmão.”(Vs. 20) O narrador apresenta Tamar como um
quadro de desolação. “Então Tamar tomou cinza e espalhou sobre sua cabeça, e rasgou a
roupa de cores de que estava vestida e colocou sua mão sobre sua cabeça, e saiu
gritando” (Vs. 19).
A ação pela qual ela tentou restaurar a vida de seu irmão enfermo chegou a ser um
movimento para sua própria morte. Suas lágrimas foram substituídas por sua voz de
sabedoria. Em 5 seqüências descreve – se sua partida. A expressão “ela se foi” forma um
círculo em suas ações e o imperativo “ir” move cada uma delas (Gufronat, 1993, p.128)
Davi envia Tamar a casa de Amnon. “Vai agora a casa de Amnon seu irmão”(Vs. 7).
Tamar foi à casa de Amnon. “E foi Tamar a casa de seu irmão Amnon”(Vs. 8). Tamar não
sabe aonde ir “Porque aonde eu iria com minha desonra?” (Vs. 13) Tamar foi à casa de
Amnon “Levante e vai – te e ela foi... (Vs. 15- 16). Tamar foi chorando sua desolação.
“Então Tamar... Foi se gritando” (Vs. 19)
Absalon fala de imediato. Suas palavras formam o centro do episódio. Aparece nele o
princípio do relato, logo aparece de novo, agora até o final. O escritor o introduz como
irmão de Tamar. “E lhe disse seu irmão Absalon... (Vs. 20).
Pelos sinais antes descritos, especialmente a ruptura de sua roupa distinta, Absalon
imediatamente suspeitou o que havia acontecido. “Tem estado contigo teu irmão Amnon?
"(Vs. 20). Recomenda para ela que se cale e não fale de sua desonra a sua família. “Pois
cala agora, irmã minha; cala – te; é teu irmão. Não se angustie o teu coração por isto.
Assim ficou Tamar, e esteve solitária em casa de Absalon seu irmão. (Vs. 20). Ele não fez
caso dele ante Amnon (Fausset, 1958, p. 256).
5.2 SILÊNCIO E CUMPLICIDADE DA FAMÍLIA
91
Ao saber o acontecido, o rei se indignou. “E logo que o rei Davi ouviu tudo isso, se
enraiveceu muito” (Vs. 21). Quando o rei ouviu acerca da violência de sua filha Tamar
ficou muito furioso. A fúria de Davi significa uma completa simpatia por Amnon e um
total desacordo por Tamar. Está Davi furioso pelo que Amnon fez, ou esta assim, pelo o
que passou Amnon? Perguntamos-nos; por que Davi não se preocupou pelo que aconteceu
com Tamar? Quantos se preocupam hoje os pais por este tipo de ações? (Ibíd).
O pai destas personalidades, pelo sucedido com Tamar, só se enfureceu muito. Davi, que
sempre tinha palavras e ações adequadas para obter ou solucionar problemas, esta vez, não
diz, nem fez nada. Não defende nem apóia a Tamar. Tão pouco castiga a Amnon. Tinha a
autoridade frente à Amnon, logo de seu caso com Bete Seba e Urias? Ironicamente, Davi
se vê envolvido neste drama, sem sabe - lo, de igual forma que Urias portou sua própria
sentença de morte. Seu mal parecer pior que o de Amnon (Ibíd).
Seu silêncio e passividade, sem embargo, lhe fazem cúmplice e protetor de Amnon, em
relação à Tamar. Amnon era o filho mais velho, herdeiro do trono. Ela, simplesmente, uma
filha, que agora estava oculta. Quanto menos se falasse do assunto, seria mais fácil esquece
– lo, tanto na família como em Israel.
O interessante, é que depois de sua raiva não fez mais nada. Não lhe aplica a Amnon os
preceitos da lei tal qual deverás. O incesto era castigado com a morte (Lv. 20:17). A
Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, acrescentou: “E não incomodou o
espírito de Amnon, seu filho, porque o amava devido ser o seu primogênito”. Aí estava a
razão de sua não ação (Hayford, 2000). O amor a Amnon faz com que a raiva do rei se
apazigúe. Uma versão em inglês, sobre o versículo 21, diz assim; “…he was very angry. But
Amnon was his oldest son and also his favorite, and David would not do anything to make Amnón
unhappy” (The American Bible Society, 1997). E traduz: “…ele estava muito enfadado. Mas Amnon
era seu filho mais velho e também seu favorito. E Davi não tinha nada que fazer Amnon infeliz”.
Segundo estas traduções, parecem indicar que Davi, tinha uma preferência desmedida por
seu filho Amnon. Uma razão, é por ser seu primogênito e outra possível razão, é sua
candidatura ao trono. Ou seja, o amor do rei é tão enviesado como o de seu filho Amnon.
Assim, como Amnon, diz amar a sua irmã e a sua enfermidade era luxúria, igualmente,
Davi não protege a sua filha mulher por um favoritismo sem fundamento. O crime
cometido, era tão grave que o responsável tinha que ser castigado, não importava quem
92
fosse até o filho do rei. Não obstante, o encarregado de fazer justiça não estava disposto a
fazer nada que lhe cause dor ou infelicidade a seu filho favorito, apesar dele, não fazer
nada por sua filha.
Ante o crime cometido, Davi fica em silêncio. Entretanto, Absalon seu irmão, intera – se
imediatamente e lhe diz que não faça escândalo. “Pois cala agora, irmã minha...” (Vs. 20).
Promete protege – la escondendo – a em sua casa. O violador foi seu irmão. “... teu irmão
é...” (Vs. 20). Tudo ficaria em família. Tamar não tem porque se angustiar, segundo
Absalon. “... não se angustie teu coração por isso...” (Vs. 20). Não há razão para ele “... E
ficou Tamar desconsolada na casa de Absalon seu irmão” (Vs. 20). Que bom consolo o de
seu irmão, calar – se!, Mas, parece melhor do que de Davi.
Absalon ante tal injustiça fica igual a Davi, calado. Mas todo o tempo esteve
“alimentando” a chama de sua ira e esperando seu tempo para vingar as injustiças a sua
irmã. “Mas Abslon não falou com Amnon nem bem nem mal; mesmo que Absalon
aborrecia a Amnon, porque havia forçado a Tamar sua irmã” (Vs. 22). Também, para
ficar ao herdeiro da coroa, talvez, para favorecer seus propósitos ambiciosos.
Absalon esperou dois anos para vingar – se, matando seu irmão Amnon. Sem embargo, a
violência sexual e a desolação têm a última palavra na história de Tamar. Em toda essa
descrição, sobre Davi e seus filhos, vemos como os varões são cúmplices com esta
violência. Além do mais, respondem ao fato, ficando em silêncio e calando a vítima. Isto
indica um maior problema familiar e coletivo (Gufronat, 1993, p. 128)
Posteriormente, Absalon vinga sua irmã, matando a Amnon. “...Amnon foi morto... por
mandado de Absalon isto foi determinado desde o dia em Amnon forçou a Tamar sua
irmã” (Vs.32).Nada diz o texto se isso mitigou o desconsolo de Tamar. Mas Absalon
matou seu irmão para vingar a Tamar, ou utilizou isso com pretexto para ter acesso direto
ao trono? Não lhe faltavam motivos para odiar Amnon, nem astúcia, nem ânsias de poder
para chegar ao trono.
Da mesma maneira, encontramos na maioria, dos casos na atualidade, ode há abusos, maus
tratos e violência sexual, como os maiores, fortes e poderosos mostram silêncio e
resistência para cooperar em qualquer tipo de denúncia ou investigação, e instruem
inclusive a própria vítima a calar. Desta maneira, as pessoas chamadas a proteger a quem
sofrem estas atrocidades, constituem – se em vitimizadores uma e outra vez (Ibíd).93
5.3 DESCONSOLO DE TAMAR VS DESAFIOS BÍBLICOS
O último verso da história nos leva, novamente, ao primeiro. Assim completa – se o círculo
do sucesso. “... Absalon... aborrecia a Amnón, porque havia forçado a Tamar...” (Vs. 22).
Enquanto o nome de Davi tinha desaparecido, aparecem as 3 personalidades centrais. Já
não paralelos ao encontro dos irmãos como sujeitos e objeto.
A posição de Tamar mudou. Amnón já não é desejo de Amnon estar ao lado dos irmãos.
Ela aparece fora da estrutura dessas relações. Como no início do verso da história, é
chamada a irmã de Absalon. “... Tamar sua irmã” (Vs. 22).
Oculta Tamar na casa de Absalon, fechada a porta atrás dela por Amnon, e mudo e passivo
Davi, o caso parecia concluído. Concluído sim, aparentemente, para esses poderosos
varões que governavam a Israel, mas não para Tamar. Os quais enfrentavam da mesma
forma Amnon, vidas cheias de luxúria, pecado e violência (Compubiblia).
Davi por sua simples raiva, e seu silêncio cúmplice, demonstra a sua falta de autoridade
familiar e moral para solucionar os problemas de sua própria família. Além do mais, para
defender aos mais fracos, neste caso sua própria filha. Sua inatividade em consolar a
agredida e castigar ao agressor é patética. Não o fez, quiçás, para não ter problemas com
seu filho primogênito e porque ele foi culpado de um pecado similar quando cometeu
adultério com Bate Seba. Considerando que Davi era um rei, e um líder militar
insuperável, carecia de habilidade e sensibilidade como esposo e como pai (Ibíd).
Absalon como seu protetor natural, a recebe em sua casa. “Pois os filhos de polígamos
viviam separados, como se constituíssem famílias diferentes” (Fausset, 1958, p. 256). A
verdade é que não podemos apropriar – nos da violência e a forma como ele se vinga, sim
podemos apropriar – nos da compaixão por sua irmã desolada, ao permiti – lhe refugiar –se
em sua casa. “E ficou Tamar desconsolada na casa de Abasalon seu irmão” (Vs. 20)
Com razão ela ficou desolada, desconsolada e só. A última coisa que sabemos de Tamar é
ficou desconsolada. Nem seu irmão Absalon, nem seu pai, mostram preocupação ou
compreensão pelos sentimentos dela. Ali ficou Tamar, oculta e desconsolada. Ficou como
quiçás, muitas pessoas vítimas de violência sexual ficam. Optam pelo silêncio e a solidão
como caminho para não seguir sendo vítimas dos poderosos, fortes e maiores que lhes
atemorizam, exploram e violentam por serem mais fracos (Gufronat, 1993, p. 128).
94
É interessante perguntar – nos por que não foi castigado legalmente este crime sendo que a
violência sexual estava estritamente proibida por Deus? (Lev. 22:28-29). Por que afastar a
Tamar foi um crime maior? Ao expulsar, Amnon deu a entender como se Tamar lhe tivesse
feito uma proposta indecorosa, e não havia testemunhos a seu favor porque Amnon tinha
colocado todos os seus serventes para fora. Podemos notar, além do mais, que a infâmia
cometida contra ela destruiu qualquer possibilidade de casamento para ela, devido a ser
não mais virgem, não podia ser dada em casamento (Compubiblia).
Não obstante, Absalon tratou de consolar a Tamar e de persuadi – la para que não
converter – se esse incidente em um escândalo público. Considerando que, de forma
secreta, planejou sua vingança contra Amnon, a qual se realizou dois anos mais tarde
(13:23-33). Disse –lhe que o crime havia sido só um assunto familiar. Sem embargo, as
normas de Deus para a conduta moral não se suspendam quando se trata de assuntos
familiares (Ibíd).
Por tudo o descrito pode – se concluir que esta narração esta cheia de violência sexual e
sangue, como a maioria dos programas de recreação e entretenimento atual. É além do
mais, violenta como a própria vida. Desta forma, podemos tomar a violência sexual,
ocorrida com Tamar para analisar quão perto ela esta do cotidiano (Gufronat, 1993, p.128).
Poderíamos ainda falar de outros aspectos desta passagem, onde se dá a expressão mais
brutal da violência sexual contra mulheres, homens, meninos, meninas. Diariamente,
muitas pessoas são vítimas de violência sexual, de diversas maneiras. Cabe perguntar – nos
se Tamar não tinha irmãs. Se resposta fosse sim, haveria ela encontrado compreensão,
consolo e solidariedade em uma irmã ou em sua mãe? (Ibíd).
O texto nada nos diz a respeito, porque a tragédia de Tamar em si, não é o centro, nem o
mais importante para o regime político e militar do momento. O centro das narrações dos
livros de Samuel são os personagens da monarquia de Israel. Não obstante, Tamar, como
mulher, é a vítima principal nesta história, por sua desonra e desolação. Vemos desta
forma, que quando o homem e a mulher se distanciam do Deus de Israel, seus próprios
caminhos os conduzem ao sofrimento, opressão e destruição.
Com o descontrole da vida privada e pessoal de Davi, destrói – se sua família e acarreta
sobre si o sofrimento, em especial aos mais fracos e pequenos de seu governo patriarcal e
militar centralizado. Vãos são os intentos de Tamar, por fazer raciocinar sabiamente aos 95
poderosos e fortes de sua família. Ela simplesmente, não é escutada. Seus gritos em
ouvidos surdos, não soam. Sua denúncia é oculta e encoberta por que controlam e ostentam
o poder. Por tanto, ante uma denúncia sem eco, fica desconsolada e sem esperanças (Ibíd).
Semelhantes coisas sucedam hoje. Muitas denúncias, trágicas como esta, não são ouvidas
na família, na sociedade e ainda na Igreja. Não obstante, devemos seguir denunciando de
forma visível e a gritos situações de violência, destruição, abuso e desumanizadas. Ou seja,
estruturas de pecado, as quais desagradam a Deus e perturbam a sociedade.
Recordemos que nossa única e verdadeira esperança é Jesus Cristo. Ele nos consola,
respalda e defende. Somos chamados a apresentar o evangelho de vida e segurança a toda
pessoa. Em especial, a quem sofre e são vítimas de desolação, solidão, violência e abuso.
Não permitamos que as estruturas do pecado se legitimem ante o silêncio dos cristãos.
Cheios do poder de Deus, apresentamos sua resposta aos enfermos, oprimidos e pobres,
para sua salvação e vida abundante.
No próximo capítulo, nos permitimos revisar as políticas e práticas pastorais, eclesiais e
fraternais, para contribuir em situações como estas. O desafio ante nossos olhos é não
silenciar, senão denunciar. Nem indiferença, se não acompanhamento. Nem medo se não
valor. Nem cumplicidade se não desmascaramento. A denúncia busca no agressor o
arrependimento e o perdão no abusado. Convido – os a conhecer a postura bíblica e cristã
da Igreja ante o estupro e o abuso sexual.
96
Se alguma vez considerarmos os aspectos Bíblicos relacionados com a violência e o abuso
sexual, devemos identificar as pautas e respostas que a Bíblia nos apresenta para entender,
compreender e reverter esta situação tão complicada. Por conseguinte, identificamos nesta
lição, algumas linhas de desafio, denúncia e valorização da violência sexual e o mau trato
abusivo, desde a perspectiva divina. É colocado o verdadeiro caráter pecaminoso e
depravado de homens e mulheres, o qual os leva cativos a realizar atos tão berrantes,
descarados e abomináveis como o estupro.
É pertinente, que não fiquemos só narrando os fatos conhecidos na atualidade. Devemos ir
mais além, e identificar padrões condutas antecedentes e circunstâncias de tais fatos, para
encontrar caminhos de saída e respostas a problemáticas.
Neste sentido, a presente oficina, nos permitirá refletir, analisar e encontrar respostas para
o manejo destas situações, que sem dúvida se repetem em nosso cotidiano. Também é
possível, articular as dinâmicas bíblicas e respostas que nos apresentam o evangelho de
Cristo, como resposta a semelhante problemática. É bom reconhecer, que estas respostas
não apontam só as vítimas, também aos abusadores sua família, igreja e sociedade em
geral. Ou seja, o evangelho de boas novas, é para todas as pessoas. A quem Senhor
chamara, desfrutam da vida abundante e da benção de gozar de sua terna cobertura e
amante companhia.
Nesta secção analisaremos as denúncias, procedimentos e ações tendentes a responder a
vítima desconsolada. Também analisaremos como as medidas assumidas não responderam
a vítima, mas o contrário perpetua a violência sexual e facilitam o abuso novamente. Por
tanto, desmascararemos as medidas tomadas e poderemos em evidência seu fracasso e
dano. Além do mais, mostraremos como só em Jesus há resposta verdadeira e eficaz para
qualquer situação incluída a violência sexual.
97
Depois de analisar em detalhe aspectos relacionados com a violência incestuosa a Tamar a princesa real, nos deteremos a identificar respostas bíblicas ao crime da violência sexual. Por conseguinte, é pertinente que ajude quem está sofrendo tal abuso, para conhecer sua dor. Além do mais, desde o evangelho, devemos formular respostas e linhas de trabalho para o ministério com estas pessoas vítimas.
5.1 A denúncia de Tamar não é ouvida
1. Por que Tamar não teme denunciar o fato?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Por que muitas pessoas preferem não denunciar o fato?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. O que significa a cinza para a cultura judia?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. O que denuncia Tamar ao rasgar suas atrativas roupas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. O que transmite Tamar ao sair correndo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Como nos conta Tamar seu sentimentos ao dar fortes gritos?
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7. Poderia ter ocultado o fato?
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8. Por que não fez isso?
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9. Se Tamar não denuncia, passaria o fato despercebido?
_________________________________________________________________________
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10. Qual a sua opinião, ao ver uma princesa, fazendo semelhante escândalo?
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11. Apresentam – se casos de abuso e violência nas famílias reais?
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_________________________________________________________________________
12. A denúncia pública de Tamar anuncia o castigo para Israel e o reino?
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_________________________________________________________________________
13, Que conseqüências sofrem Tamar pela violência e o abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Que conseqüências sofrem a família real pelo ato de abuso a Tamar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Que conseqüências sofrem toda a nação pela violência a Tamar?
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_________________________________________________________________________
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16. O casamento entre Amnon e Tamar estava permitido?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Que defesa recebeu Tamar ante semelhante denuncia?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Opine sobre o impacto social e público deste fato doméstico e segredo
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_________________________________________________________________________
19. Confirma – se que tudo sai a luz pública?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Qual a sua opinião sobre as palavras de sabedoria de Tamar mudadas pelas lágrimas?
_________________________________________________________________________
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5.2 Silêncio e cumplicidade da família
1. Por que Absalon suspeita do acontecido?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Por que consideramos que Absalon silencia a Tamar?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Absalon está preocupado com Tamar, por si mesmo ou por sua família?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. As palavras: “não se angustie teu coração por isto” é um consolo a Tamar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Absalon avalia realmente o dano causado a Tamar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Absalon realmente entendia a angústia de Tamar?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Por que Absalon não defende a Tamar ante Amnon?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Como o rei reage ante a notícia?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. O que significa estar indignado e enraivecido?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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10. Enraiveceu – se o rei pela violência a Tamar ou pelo escândalo público?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Davi está furioso pelo o que Amnon fez, ou esta assim, pelo o que passou a Amnon?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Por que Davi não se preocupou com o que aconteceu com Tamar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Quanto se preocupa hoje os pais por este tipo de ações?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Davi tinha autoridade frente à Amnon, devido o seu caso com Bate Seba e Urias?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
15. Qual a sua opinião sobre o silêncio e passividade de Davi?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
16. Davi acha melhor não falar sobre o assunto para esquece – lo mais facilmente?
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17. O Davi faz para expressar sua raiva?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Davi aplica os preceitos legais vigentes em Israel com Amnon?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. O amor cúmplice de Davi, e maior que legislar justamente a favor de Israel?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. O consolo de seu irmão ao silencia – la é melhor que o deu seu pai Davi?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5.3 Desconsolo de Tamar Vs Desafios bíblicos
1. O silêncio da família não indica uma maior culpa, familiar e coletiva?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. A vingança de Absalon matando a Amnon consola Tamar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Absalon matou a Amnon para vingar a Tamar, ou a utilizou, como pretexto para o
trono?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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4. A ambição de Absalon ao trono, não é um motivo maior para matar seu irmão?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. De que maneira, as pessoas chamadas a proteger, constitui – se em abusadores?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Que atitudes de caráter manifestam Davi por suas simples raiva, e silêncio cúmplice?
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_________________________________________________________________________
7. Qual a sua opinião da inatividade para consolar a agredida e castigar ao agressor?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
8. Estabeleça uma relação entre Davi como réu militar, esposo e pai.
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Por que não foi consolada Tamar refugiando - se ao lado de seu irmão?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. Que tipo de consolo Tamar necessita?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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11. Por que não foi castigado legalmente este crime se estava proibido por Deus?
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_________________________________________________________________________
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12. Por que afastar Tamar foi um crime maior?
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_________________________________________________________________________
13. Tamar encontrou compreensão, consolo e solidariedade em uma irmã ou mãe?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Se não há consolo nem esperança para Tamar em sua família, há outra resposta?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
15. Opine como esta narração real planta um desafio para a Igreja atual
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_________________________________________________________________________
16. Como podemos consolar com o evangelho de vida em circunstâncias similares?
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_________________________________________________________________________
17. Que responsabilidade se planta ao cristianismo ante as estruturas patéticas de pecado?
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Comente sobre estas atitudes silenciar – denunciar; cumplicidade – desmascarar
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Fale sobre estas atitudes corretas: indiferença – acompanhamento; medo – valor
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Há esperança no arrependimento e perdão para o agressor?
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_________________________________________________________________________
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106
Por que te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas chagas
Assim diz o Senhor: Eis que farei voltar do cativeiro as
Tendas de Jacó, e apiedar – me – ele das suas moradas, e
A cidade será reedificada sobre seu montão, e o palácio permanecerá
Como habitualmente
E sairá deles o louvor e a voz de júbilo; e multiplicá – Luz,
e não serão diminuídos, e glorificá –los – ei, e não serão
apoucados.
E seus filhos serão como na antiguidade, e a sua
Congregação será confirmada diante de mim,
e castigarei todos os seus opressores.
E os seus nobres serão deles; e o seu governador sairá do
meio deles, e o farei aproximar, e ele se chegará a mim, pois,
quem de si mesmo se empenharia para chegar – se a mim? Diz o Senhor
E ser – me – eis por povo, e eu vos serei por Deus.
Eis que tirarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei
abundância de paz e de verdade.
E removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel, e os
edificarei como ao principio.
E os purificarei toda a sua maldade com que pecaram contra mim,
e perdoarei todas as suas maldades, com que pecaram e transgrediram contra mim,
E este lugar me servirá de nome, de gozo, de louvor, e de glória, entre
todas as nações da terra, que ouvirem todo o bem que lhe faço,
e espantar – se – ao e perturbar – se – ao por causa de todo o bem,
e por causa de toda a paz que eu lhe dou
Assim diz o Senhor: Neste lugar de que vós dizeis que está desolado,
e sem homem, sem ao animal nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém,
107
que estão assoladas, sem homem, sem morador, sem animal, ainda se ouvirá.
A voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo e a voz da esposa, e a voz dizem:
Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é o Senhor, porque a sua benignidade
dura para sempre; dos que trazem ofertas de ação de graças à casa do Senhor, pois farei
voltar os cativos da terra como ao principio, diz o Senhor.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homem nem animal,
e em todas as suas cidades, haverá uma morada de pastores, que façam repousar
aos seus rebanhos.
Jeremias 30: 11 – 22; 33: 6- 12
108
LIÇÃO 06
PERSPECTIVA ECLESIAIS ANTE O ABUSO SEXUAL
O estudo do abuso sexual é sempre uma experiência desagradável, mas crucial para o que
fazer da Igreja na atualidade. Alguns círculos cristãos recém têm enfocado o tema com
suas implicações para os líderes pastorais. Hoje, ante a quantidade de casos reportados, a
Igreja não pode seguir fugindo ao problema. Pelo contrário, pastores e líderes eclesiais em
geral, em especial, quem trabalha com crianças dentro e fora da Igreja, necessitam
reconhecer as situações onde ocorrem possíveis abusos e estar preparados para responder
adequadamente (Bartel, 1990, p.275).
Como cristãos não podemos continuar enfocando o problema de violência sexual, só fora
das paredes da Igreja. A incidência de casos se incrementa diariamente, o qual inclui a
família cristã e a Igreja. Por isto, para o obreiro cristão é muito importante ter
conhecimento da problemática e aprender o que diz a Bíblia a respeito. Além do mais,
articular com precisão algumas orientações específicas para aconselhar e apoiar nestes
casos. Corresponde – nos entender, que o pastor, é com freqüência, pela posição que tem
ante as crianças, o único adulto responsável em que confiam (Ibíd).
É responsabilidade de todo cristão contribuir na prevenção e alívio do abuso sexual.
Recordemos que todo ato de injustiça é um pecado, repreendido a Deus, em especial,
quando se trata de pessoas vulneráveis. Sua Palavra mostra a compaixão que os crentes
devem ter para com os mais indefesos (Jó 31:16-23; Mt. 9:36; Heb. 13:3)
Muitas pessoas especialmente menores, que vivem em um contexto permanente de
agressão tomam muito apreço aos cristãos. O pastor, professor da escola dominical, ou
vizinho cristão, podem ser os únicos a quem a criança pode recorrer para buscar ajuda.
Pelo que é urgente, como igreja, estar preparados para oferecer um apoio efetivo.
109
Devemos entender que Deus deseja restaurar a muitas pessoas vítimas de abuso, suas
famílias e os ofensores. Os cristãos podem e devem ser parte do processo de restauração,
sobre tudo se a criança agredida ou sua família é parte da família de Deus. Os seguintes
conselhos podem ajudar ao obreiro cristão a manejar os casos onde se suspeita de abuso de
menores (Ibíd, p. 277)
A suspeita de que um menor está sendo vítima de abusos sexuais, é exatamente isso: uma
suspeita. Não devemos apressar – nos a julgar, nem considerar – nos especialistas em
detectar tais casos. Algumas características dos casos podem apresentar – se devido a
circunstâncias temporais na visa da criança e não tem nada que ver com este tipo de abuso
sexual. A menos que a pessoa encontre – se em perigo físico iminente, de sua segurança
pessoal, é preferível manter o suposto abuso na lista de “casos suspeitos” (Ibíd).
Quem serve como agentes pastorais devem entender que esta classe de situações são
assuntos confidenciais. O menor número de pessoas possíveis deve estar informado e/ ou
participar no tratamento de qualquer caso específico. Perder a confiança da vítima por
revelar inecessariamente seu caso pode causar um dano irreparável.
Não devemos atuar só. Se uma pessoa nos confia uma dor muito profunda, devemos pedir
permissão para compartilha – lo com um líder cristão responsável, como o pastor ou um
conselheiro profissional. Recordemos que, qualquer ação iniciada através de um ministério
cristão terá implicações diretas sobre a igreja local. O pastor deve estar informado da
situação. Não é conveniente atuar até não ter um panorama claro (Ibíd).
A tendência natural de alguns pais de menores vítimas de abuso sexual é querer manter o
segredo dentro da família, e depender exclusivamente deles mesmos para soluciona – lo.
Devido a diferenças na criança a respeito da sexualidade, muitas pessoas se sentem
incomodadas ao falar do abuso sexual do qual tem sido vítimas seu filho. Sem embargo, é
aconselhável buscar o conselho daqueles a quem Deus tem chamado para serem
professores e profissionais para ajudar – nos (Ibíd).
Como pastores e crentes devemos ser amigos das crianças que estão a nosso cuidado e
escuta-los com atenção. Além do mais, corresponde – nos evitar soluções ligeiras a seus
problemas e fazer comentários que neguem os fatos. A experiência demonstra que poucas
vezes as crianças mentem sobre o abuso sexual. Freqüentemente estão abaixo de ameaça,
vingança se falarem. Quiçás não se arriscam a contar a história duas vezes (Ibíd).110
Não nos corresponde defender ao agressor fazendo comentários como: “esse é seu avô; não
digas coisas assim dele”. Em lugar disso devemos dizer: “o que ele fez, não esteve bem”.
Ao escutar seu relato tratemos de ser o mais informal possível. Sem mostrar choque,
repugnância, raiva, medo ou qualquer emoção extrema. A vítima poderá pensar que estas
emoções vão dirigidas a ele e se sentirá como resultado, distanciado (Ibíd).
Quem apóia as vítimas da agressão sexual, devem reafirmar –lhes, dizendo – lhes que não
é sua culpa o que aconteceu. Pelo contrário, é bom reportar o abuso. Não é tarefa pastoral
confronta – los ou acusa – los. Isto só serve para piorar a situação e aumentar a dor. A meta
principal é ajudá-las a entender que o problema é do agressor. Por tanto, requer – se
paciência, disciplina e disposição pastoral sincero.
Se você está em uma situação em que não há obrigação legal, nem se dispõe de assistência
nem de ajuda profissional, deve ter o seguinte: Faça quanto pode para prevenir que essa
pessoa siga sendo agredida. Fazer – lhe saber que ela tem direito a estar segura. Manter a
calma e mostrar – lhe amor sincero e desejo de ajuda – la. Responder em termos que a
pessoa agredida possa entender. Trate de clarear o mais suave e carinhosamente possível, a
informação importante que lhe pareça confusa (Ibíd, p. 278)
Escute de maneira reflexiva e repita com suas próprias palavras o que você acabou de
ouvir. Por exemplo: “parece que essa era uma situação muito perigosa para você”. Ou
“Queres dizer que quiçás tua mãe não vai entender?” (Ibíd). Deixe-o expressar sua tristeza
e dor emocional. Chorar, falar e questionar são parte do processo de sanidade.
Recorde que a sanidade nunca será completa sem o perdão. Este é a chave que abre a
prisão da escuridão na mente. O verdadeiro perdão, aceito por Deus e dado por ele, em seu
coração e nem sempre de forma direta, aqueles que têm o ferido e tem abusado dele, pode
romper o ciclo de depressão e desesperação. Não perdoar afetará sua personalidade,
relação com os demais, e com Deus. É importante, entender que perdoar não significa
assumir responsabilidade alguma de mudar o comportamento de outros (Ibíd).
O obreiro cristão desejará contribuir para solução deste problema ensinado de vez em
quando sobre a possibilidade de que as crianças que esteja cuidado possam ser abusadas.
Não deve ser um tema freqüente, mas tão pouco deve ser subestimado. Há vários relatos
bíblicos a respeito. Os quais nos proporcionam verdades elementares para ensinarmos a
depender de Deus e colocar em prática junto com as coisas que aprendemos para nos 111
defender. Os menores devem entender que nem sempre podem escapar do dano e do abuso
(e que quando esse for o caso, não é culpa deles), mas às vezes podem escapar (Ibíd).
Os seguintes aspectos devem ter o ensinar às crianças a defender – se de situações
abusivas. Explicar – lhes as diferenças entre surpresas e segredos e entre subornos e
presentes. Falar – lhes do contato físico bom e mal. Explicar lhes que toda pessoa tem um
direito básico a privacidade de seu corpo. Afaste das consultas médicas, em que pai, mãe,
assistente ou enfermeira não acompanha o médico, nenhuma pessoa tem direito de expor
ou tocar partes privadas de seu corpo. Enfatize a importância de permanecer com outras
pessoas por razão de segurança pessoal.
Pastores, professores e familiares em geral, devem fomentar técnicas para ajudar as
crianças a reagir e padrões de comportamento para escapar de situações onde podem ser
agredidos. As crianças têm a capacidade de pensar quando estão assustados e
incomodados. Isto impõe a necessidade de ensinar-lhes a dizer “não” com firmeza e tratar
de isolar – se. Além do mais pedir ajuda a outros e orar a Deus, diante de condições
ameaçadoras e contar sempre o acontecido a alguém que tem confiança (Ibíd).
A igreja, com seus pastores e líderes, tem de saber que o abuso sexual é uma tragédia pelo
pecado humano, mas pode ser prevenido. Você pode orar por todos os membros, sem
importar o transitório do contato que se tenha. As orações formam a base de uma atitude
sincera para eles de irmandade e apoio pastoral. O papel ministerial que desempenha na
igreja, na solução deste problema depende de sua obediência a Deus e a disposição que tem
de ajudar com sinceridade aos que sofrem (Ibíd, p. 279).
Quem é encarregado do ministério na igreja, deve ter conhecimento amplo da origem e
tipos de abuso. Ao ser consciente dos sinais que apresentam os prováveis casos de abuso
de menores ajuda a programar ações corretivas necessárias no momento adequado. O
evangelho, nos linhas recorrentes aos crentes para proteger – nos, prevenir e ter uma
atitude correta ante o sofrimento e a dor (Ibíd).
Não se constitua parte do problema. A maioria das pessoas sem esperança quer fazer que
outros se sintam como eles, para justificar sua condição e ver – se acompanhados em seu
problema. Devemos enfatizar a graça de Deus e seu poder para vencer os problemas e
viver em gozo e vitória, segundo, Ele nos tem chamado em Cristo (Ibíd).
112
Segundo Mateus 18: 6, devemos – nos perguntar: Confiamos que Deus sarará as pessoas
agredidas e guiará ao verdadeiro arrependimento e salvação aos agressores? Considere que
pode ser chamada por Deus a restauração de pessoas em sofrimento devido ao abuso
sexual. Se assim for, peça oração, e não vacile em incorporar – se a este ministério.
Deve conhecer as seguintes ameaças mais comuns empregadas pelos agressores: “Direi a
teus pais que você me pediu”. “Matarei seus pais, companheiros, irmãos”. “Foi sua culpa”.
“Sabia que tu você queria isso”. “Tenho fotos e contarei a todos”. “Matarei-te, e farei de
novo”. “Isto é o que faz as pessoas para mostrar seu amor”. “Isto é somente nosso jogo
secreto”. “Ninguém mais deve saber disto”. “Contei “a seus pais e eles não se importaram”
(Ibíd). Com este prefacio nos preparamos para abordar as possíveis perspectivas ante essa
realidade.
Conheces alguém que foi abusado sexualmente quando criança? Que atitude tomou a
família, sociedade e igreja ante esses casos? Ouviu a frase “uma criança abusada converte
– se em adulto abusador? Qual a sua opinião sobre esta frase? Quanto de verdade tem?
Quanto de fatalismo?
É certo que uma grande porcentagem de crianças mal tratadas e abusadas chega a ser
adultos abusadores e agressores. Mas não são predestinados a se –lo. Alguns deles
convertem – se em pessoas motivadas e normais, ou optam por não ter filhos. Não
obstante, a violência é aprendida e pode ser controlada. Novas lições sobre relações
saudáveis e efetivas podem ser interiorizadas. Por tanto, é possível conhecer maneiras
funcionais para a resolução de conflitos, e desta forma, evitar a violência (Eirene, 1992, p.
76).
Continuemos a considerar algumas das atitudes que podem assumir e já assumiu a igreja
ante esta realidade. À medida que avançamos será possível identificar a postura adequada a
tomar ante a violência e o abuso na igreja. Ou seja, partimos da atitude não cristã e nos
aproximamos no subponto 3 a mais ideal para o crente.
6.1 AFASTAMENTO E INDIFERENÇA
Uma das atitudes mais freqüentes na Igreja cristã, ante temas como estes, é a indiferença, o
silêncio e o afastamento. Para ela, este tipo de problemáticas, não afeta no mínimo a
113
instituição, nem é de sua incumbência. Além do mais, tenta com sua atitude, revelar que
esta não é uma necessidade sentida dela; portanto não importa.
Não obstante, todos os casos de violência sexual registrados na Bíblia, se desenvolveram
em um contexto eclesial. Ou seja, dentro do povo de Deus. Na família de Jacó, Davi e
outros grandes personagens da história sagrada. Pelo que foi dito anteriormente, é possível
afirmar com segurança que não podemos ser indiferentes ante uma verdade presente em
nossas comunidades eclesiais. Por trabalhar com homens e mulheres pecadores, estamos
convocados a assumir a responsabilidade que o evangelho nos indica a favor de quem
padece e necessita de um cuidado e acompanhamento especial.
A igreja, em sua maioria, é igual a Davi, no contexto estudado, reage com silêncio,
cumplicidade e indiferença ante a problemática da violência e o abuso sexual. De igual
forma, como ao rei, corresponde – lhe assumir as conseqüências de sua atitude antibiblica,
irresponsável e não compassiva de quem está a nosso cuidado.
Recordemos que a igreja existe para a glória de Deus. Também para edificação mútua e
recíproca de todos os seus membros. Em conseqüência, dizer que em seu interior não se
dão estes casos, é fechar os olhos para a verdade revelada na Bíblia. Implica abandonar aos
que sofrem, com uma atitude diferente. Jesus Cristo nos deu exemplo de tomar partido a
favor dos despidos, os que sofrem e as vítimas do pecado e a opressão.
Não reconhecer que se cometem injustiças nos lares cristãos é negar o evangelho. As
famílias que tem sido regenerada estão em processo de crescimento nos valores do reino.
Por tanto, estão expostas, diariamente, a produzir e recebe comportamentos que negam a
verdade da escritura. A igreja deve recordar que não foi chamada para ficar calada. Quem
se reconciliou esta chamada a anunciar as boas novas e a denunciar as injustiças, o pecado
e os insultos contra a glória de Deus e a dignidade pessoal.
Os pastores, líderes cristãos e igreja em geral, devem pedir perdão ao Senhor por sua
atitude passiva, insensível e adormecida, diante da dor humana. Tal apatia indica uma
compreensão equivocada da tarefa da igreja e a responsabilidade do crente como sal e luz
do mundo. O sal serve e é funcional enquanto preserva e a luz quanto ilumina. Não será
que estamos ficando insípidos? A sensibilidade diante a dor, não é uma fortaleza da igreja.
Pelo contrário, é a radiografia nefasta do desconhecimento prático das verdades da fé.
114
6.2 ACEITAÇÃO E DISFARCE CONDICIONADO
A igreja de maneira especial esta chamada, a levar a sério esta situação dento dela mesma,
por tanto, da sociedade e família através dos tempos. Outra das atitudes possíveis a tomar é
a de Absalon. O qual conheceu o problema, recebeu a vítima e a silenciou. Esperava – se
uma postura de denúncia. Também, de apoio decidido a sua irmã. Não obstante, ficou em
silêncio cúmplice; alimentando seu ódio contra Amnon.
Como temos dito, a igreja pode passar de uma postura indiferente a uma de aceitação
dissimulada do caso. Esta atitude não é tão cruel. Sem embargo, reflete falta de decisão,
compromisso e solidariedade a favor dos que tem padecido o abuso, e por tanto, dos
abusadores. Ante a aceitação dissimulada e covarde, quem tem sofrido na própria carne os
horrores da violência sexual, devem ter em conta as seguintes recomendações práticas, as
quais podem servir para que os cristãos tomem uma atitude correta.
Não deixar as coisas correrem. Não pensar que não se pode mudar. Se você é uma vítima
do abuso sexual, pode com esforço e disciplina, superar uma a uma das conseqüências de
tal insucesso traumático. Também, se é agressor, é possível mudar. Deixar estas condutas
pecaminosas e destrutivas das outras pessoas e de si mesmo, para encaminhar – se a
direção adequada. Todos podem mudar. Leva tempo e esforço, mas é possível.
Fazer um inventário de seus lados fortes e seus lados fracos. Quando uma pessoa é abusada
ou é um agressor é mais consciente de seus “lados maus” mais do que dos bons.
Recordemos que como pecadores todos estão extraviados e somos por natureza caída e má.
Não há um justo nem um sequer. Não obstante, Deus nos tem dotado de qualidades, as
quais deveram identificar e fortalecer. Não se castigue a si mesmo. Seja justo e reconheça
suas virtudes e potencialize – a, em prol de seu crescimento pessoal.
Responda... não simplesmente reaja. Se você aprendeu em sua infância ou adolescência
que a violência e a ira lhe davam vantagem, reconheça que esta altura da vida é
contraproducente. Ou seja, deve aprender a responder com delicadeza, simplicidade,
humildade e amor. Recorde que todo cristão tem sido capacitado para amar e equipado
com as ferramentas necessárias para enfrentar qualquer situação que lhe apresente. Quando
você responde acertadamente, os demais tendem a escutar e cooperar.
115
Faça – se visível. A pessoa que tem sido abusadas, e muitos abusadores tem aprendido a
sobreviver por esconder – se, fugir, desconectar – se de seus sentimentos ou refugiar – se
em mundo de fantasias. Tais estratégias de sobrevivência já não são necessárias, ainda
mais, são altamente prejudiciais para estabelecer relações significativas. Desfaça delas e
comece a levar em conta pequenos riscos de aproximação com as pessoas.
Reconheça suas próprias possibilidades. Temos dito que muitas das vítimas de abuso e
violência estão em desvantagem de poder e fortaleza ante seus agressores. Sem embargo,
agora você está com mais força e valor para impedir qualquer tipo de abuso. Como pessoa
adulta tem mais recursos. Deve aprender a usa – los de maneira correta, não multiplicando
os padrões violentos e agressivos que recebeu em sua infância. Além do mais, como filho
de Deus, conta com um autentico modelo de pai e irmão; Jesus Cristo. Imete – o e viverá
feliz.
Diga “adeus” ao anseio de que seus pais o compreendam e lhe peça perdão. Quando uma
pessoa é vitima da violência e abuso sexual, bem seja porque o recebe ou porque o executa,
é porque lhe fez falta um ambiente familiar e social que lhe proveu segurança e
consistência. Todo ser humano necessita espaços de aprovação, respeito e proteção para
um desenvolvimento ótimo e adequado. Sem embargo, não é hora de esperar de seus pais
ou demais familiares que lhe causaram danos, o reconhecimento de suas faltas.
É melhor reconhecer a nova visão cristã da vida. Recorde que ao estarem em Cristo, todas
as coisas são novas. “De modo que se alguém esta em Cristo, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor. 5:17) Apóie – se e dependa
unicamente Dele. Com sua ajuda e direção é possível sair do problema.
Busque ajuda. Na atualidade há muitas instituições e profissionais que oferecem apoio e
informação em casos similares de violência e abuso sexual. Não se limite a ficar calado. Se
você esta sofrendo os rigores da violência e o abuso, em qualquer de suas formas, busquem
quem lhe ajude. As igrejas são centros de apoio que devem estar capacitado para orientar
de maneira efetiva e correta quem vem pedir ajuda. Sempre encontrará uma mão amiga
para apóia – la.
6.3 ACOMPANHAMENTO E DENÚNCIA
116
O documento canadense “colocando fim a violência na família” anima as igrejas a criar
comunidades de amor e de apoio para proteger a seus membros. A respeito diz: “A
contribuição maior que se pode fazer as igrejas para colocar fim a violência e ao abuso
sexual nas famílias é criar uma comunidade de amor e apoio onde se respeite a dignidade
de toda pessoa, onde podem reunir – se para contar suas histórias e onde podem ser
curados de qualquer ferida experimentada em suas relações mais íntimas” (Ibíd, p.74).
Continua dizendo: “Dita comunidade é o modelo para as relações de mutualidade e
respeito. Nossa sexualidade pode ser vista como um aspecto a ser celebrado. Não deve ser
jamais entendido em termos de poder e controle” (Ibíd). Confessemos que o povo cristão
não tem oferecido uma informação clara, bíblica e transparente sobre a sexualidade. Pelo
contrário, muitas igrejas recusam falar destes temas, porque não os consideram de sua
responsabilidade, ou porque quiçá, não estão preparados para aborda – los.
Sobre o tema dos diferentes grupos sociais na igreja, diz; “As crianças são apreciados e
podem falar em dita comunidade. Não se vê mais forçado a guardar segredos que
envenenem suas vidas. São escutados, protegidos e animados a crescer para serem
autenticamente eles mesmos” (Ibíd). Ou seja, pessoas de todas as idades, condições
contextos e realidades, têm de encontrar nas comunidades cristãs apoio integral para sua
vida e uma autêntica família mediada pelo amor, a justiça em suas relações, o perdão e
enquadrada pelos valores do reino dos céus.
Sobre os anciãos, o documento diz: “As pessoas de idade dividem as riquezas da
comunidade – materialmente, intelectualmente, espiritualmente. O presente de sua maior
experiência é dado com liberdade e aceito com gratidão. A velhice é entendida como um
período de crescimento, como é toda qualquer outra etapa da vida” (Ibíd). Quem tem tido o
privilégio de chegar à velhice, devem ser tidos com alta estima pela igreja. Não constitui
um estorvo se não uma bênção espiritual e pedagógica para os mais jovens.
Além disso, continua dizendo: “Ao enfrentar o desafio de colocar fim a violência nas
famílias, ao escutar – nos mutuamente, ao acreditar no que esta dizendo, o que está claro
mesmo que não o diga, e ao responder adequadamente dentro do contexto de uma
comunidade fiel, começa nossa cura pessoal e coletiva” (Ibíd). Acreditamos que o
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo nos convoca com urgência a estabelecer laços de
amor e genuíno em prol dos irmãos na f/e, Construírem a comunidade é dar testemunho
117
público de obediência, amor e respeito à autoridade. Por conseguinte, é indicador de ser
seguidor do Senhor da Vida.
Está o corpo cristão unido em amor e vivenciando os valores do evangelho? Cumpre a
igreja seu rol como serva de Jesus, cuidando e amando aos mais fracos e vulneráveis?
Caracteriza – se o povo de Deus pela unidade, respeito, perdão e compaixão recíproca? A
resposta é sim ou não. Não obstante, quem tem se reconciliado com Deus, desfrutam sua
graça salvadora e estão capacitados para perdoar. Quando isto acontece, a igreja, como
corpo, cresce em cura e santidade na ordem qualitativa e quantitativa, segundo é seu
propósito eterno. Que Deus nos dê graça para crescer!
118
Nas lições precedentes, temos estudado detalhadamente aspectos relacionados com a
violência sexual e o abuso sexual. Consideramos os padrões políticos, culturais e
biológicos que facilitam e perpetuam este flagelo. Além do mais, consideremos a realidade
de dita problemática, desde a Bíblia. Nela, consideramos padrões familiares, políticos e
humanos que contribuem para o aumento e silêncio desta realidade. Nesta lição e as
seguintes, aprofundaremos em dinâmicas de trabalho pastoral, bíblico e familiar de
conscientização e identificação de linhas de trabalho com vítimas e abusadores.
Por conseguinte, se requer uma mente aberta, disposta a mudança, e com ampla capacidade
de reflexão para aprofundar em aspectos que dinamizem propostas de trabalho desde o
evangelho, com estas pessoas. Além do mais, necessitamos estar sujeitos a Palavra de Deus
e guiados por seu Espírito Santo, para reconhecer as estruturas de pode e denunciar as
relações que promovem este pecado. Neste sentido, todo cristão, firmado na palavra de
vida, será por meio destas oficinas, chamados a refletir em sua mente e coração sobre esta
realidade pervertida para identificar pistas de serviço, acompanhamento e pastoral com
pessoas que são vítimas ou estão em risco de ser. Da mesma forma com os abusadores e/ou
possíveis violentadores para prevenir, adverti e desmascara – los a vileza que se comete
contra a Lei divina, a dignidade pessoal e a sociedade em geral.
Convido aos agentes pastorais, líderes, estudantes, crentes em geral, homens, mulheres
crianças, vítimas a realizar esta oficina com a simplicidade de filhos de Deus e a segurança
de respostas eficazes e seguras desde o evangelho para esta dolorosa realidade. As
conclusões que você chegar será um desafio para fazê-lo pastoral e eclesial a favor dos que
sofrem e choram, para apresentar consolo, amor, ânimo restaurador, vida e ordem. O qual
se recebe por livre e soberana graça em Cristo, sem nenhum merecimento pessoal. Além 119
do mais, permitirá como comunidades cristãs, exercer o amor genuíno e cristão que se
demanda a todo crente em Cristo, para a glória de Deus.
6.1 Afastamento e indiferença
1. Por que o tema do abuso sexual é crucial e desagradável para a Igreja?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Por que consideramos que a Igreja não pode seguir fugindo do tema?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Como podemos assegurar que esta problemática afeta a Igreja em seu interior?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Por que podemos afirmar que o distanciamento ao tema é um ao de injustiça?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Mencione algumas das razões pelas quais a Igreja deve articular este tema
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Mencione alguns aspectos, ou conselhos para os líderes cristãos a respeito
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
120
Esta oficina me permitirá conhecer mais acerca da realidade intra familiar e social da violência e o abuso sexual. Conheceremos como no interior da Igreja, apresentam – se estas dramáticas cenas de dor e repúdio. Identificaremos linhas de serviço pastoral, familiar e missionária a favor de homens e mulheres que tem sido, são ou podem ser vítimas ou abusadores de semelhante flagelo. Com uma mente aberta e reflexiva me disponho a realizar esta oficina.
7. Mencione alguns conselhos para dar as crianças para defender – se
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Qual são a responsabilidade espiritual e moral do crente diante de casos de abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. A indiferença e distanciamento da Igreja a estes temas refletem desinteresse a respeito?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. A indiferença e distanciamento da Igreja a esta realidade indica egoísmo e desamor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Qual a sua opinião ao saber que a Bíblia apresenta a realidade do abuso no povo de
Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Se há violência no seio das famílias cristãs, podemos ser indiferentes?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. O trabalho pastoral nos convoca a estar ao lado do fraco, necessitado e machucado?
_________________________________________________________________________
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121
14. Se a igreja atua com indiferença e silêncio, como se realiza o ministério de amor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Por que a Igreja reage igual a Davi, com silêncio cúmplice?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
16. Que conseqüências devem assumir a Igreja por sua atitude antibiblica e irresponsável?
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_________________________________________________________________________
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17. O silêncio indiferente da Igreja glorifica a Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Negar a realidade do abuso nos cristãos é negar a verdade do evangelho?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. A indiferença testifica da luz e sal da Igreja no mundo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Será que nos não estamos ficando insípidos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6.2 Aceitação e dissimulo condicionado
122
1. Descreva a atitude de Absalon ante o insucesso
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Manifeste de que sentidos a Igreja tem tomado a atitude de Absalon
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Por que em alguns casos a Igreja, aceita a dor e não denuncia suas causas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. A atitude de Absalon é consoladora ou cúmplice do abusador?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Considere que a Igreja tem passado da indiferença a aceitação dissimulada
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. A aceitação dissimulada, não é a mais cruel e prejudicial do que o silêncio?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. A aceitação dissimulada não reflete a falta de decisão, compromisso e solidariedade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Mencione algumas recomendações ante a cumplicidade dissimulada
_________________________________________________________________________123
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Comente acerca da responsabilidade de não deixar nada de lado.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. É possível superar as conseqüências da violência com esforço e disciplina?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. É possível que um abusador possa mudar? Comente
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. É possível abandonar as condutas pecaminosas e destrutivas para honrar a Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Comente acerca do desafio de responder; não simplesmente reagir
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Como aprender a responder com delicadeza, simplicidade, humildade e amor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Comente sobre a capacidade do crente em Cristo de amar sacrificialmente
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________124
16. Comente acerca da recomendação, diante do abuso sexual de fazer - se visível.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Por que não é adequado para vítimas nem abusadores esconder – se e fugir do
problema?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Que riscos podem sofrer uma vítima ou abusador de dar – se as pessoas e não
fantasiar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Comente acerca do adeus ao anelo de ser compreendido e perdoado pelo agressor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Comente acerca da nova visão cristã para reconciliar – se com Cristo e restaurar –lhe.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6.3 Acompanhamento e denúncia
1. Comente acerca dos desafios projetados a Igreja, pelo documento Canadense
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. A Igreja entende que deve ser modelo de relações de mutualidade e respeito?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. A Igreja ensina que a sexualidade deve ser vista como um aspecto a ser celebrado?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Manifesta – se na Igreja a sexualidade em termos de poder e controle?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. É necessário para um agressor ou uma pessoa agredida buscar ajuda profissional?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. A Igreja deve ser um centro de apoio e orientação efetiva a respeito? Comente
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Quais pecados devem a Igreja confessar ante esta realidade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Que aspectos devem caracterizar na Igreja o trato com as crianças?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Que aspectos devem caracterizar na Igreja o trato com as mulheres?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________126
10. Que aspectos devem sobressair na Igreja no trato dos velhos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Que aspectos devem primar na Igreja no trato com os jovens?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Que aspectos devem identificar o trato da Igreja aos fracos e abusados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Quais são os valores do reino que devem refletir em nossas relações diárias?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Quais são os desafios de Jesus ante situações de injustiça e dor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Está o corpo de crentes unido em amor e vivenciando os valores do evangelho?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. A Igreja cumpre seu rol de serva de Cristo ao cuidar e amar aos fracos e vulneráveis?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. A Igreja caracteriza – se por sua unidade, respeito, perdão e compaixão recíproca?
_________________________________________________________________________
127
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. O não acompanhamento, não é uma atitude de abandono e dureza de coração?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. A Igreja deve anunciar o evangelho e denunciar as injustiças e insultos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Devem os pastores e igreja, pedir perdão por sua passividade e insensibilidade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
128
LIÇÃO 07
RESPONSABILIDADE ECLESIAL ANTE A VIOLÊNCIA
SEXUAL
A Igreja tem uma grande responsabilidade ante as situações de violência e abuso.
Recordemos que qualquer pessoa vulnerável é uma vítima potencial. Também, toda pessoa
em posição de poder e superioridade é um abusador em potencial. Obviamente, crianças e
quiçás, as mulheres são os que menos tem poder, e os menos capazes de defender – se. Por
tanto, são particularmente vulneráveis a violência sexual.
A Bíblia e a igreja, da mesma forma os documentos de caráter bíblico sobre o casamento e
o sexo afirmam que a relação sexual deve ser uma experiência mutuamente enriquecedora.
Não pode ser que uma pessoa explore a outra. O incesto é uma maldade em ambos os
sentidos. Porque não há igualdade entre as pessoas e um delas esta sendo claramente
utilizada para o prazer sexual da outra. Nas palavras da Igreja Luterana dos Estados
Unidos, em 1970, diz: “a exploração sexual em qualquer situação, seja, pessoal ou
comercialmente, dentro ou fora do casamento contraído legalmente, é pecaminosa porque
destrói o bom presente de Deus a integridade da pessoa”. (Ibíd).
Por tanto, ante esta cruel realidade, como igreja em geral e como pessoas em particular,
temos responsabilidades divididas as quais não devemos evitar. Continuando, abordamos
algumas delas. O crente que deseja ser obediente ao Senhor e honra - lo em tudo deve
meditar sobre seu fazer pastoral e fraternal a favor dos que sofrem.
7.1 CONFISSÃO E PROMESSA
É importante que a Igreja entenda as grandes atrocidades cometidas contra pessoas dentro
da própria Igreja. Seu silêncio, não é a forma de responder evangelicamente diante do
pecado e a destruição de pessoas pela violência e o abuso sexual. Por tanto, devemos
129
reconhecer a presença desta condição pecaminosa do homem e manifestar dor,
sensibilidade, delicadeza e confidência em seu tratamento.
Além do mais, requer – se a nível comunitário, confessar o desamparo as vítimas e o
descuido em tratar estes temas. As igrejas Anglicanas, Luterana, Presbiteriana, Unida e
Católica do Canadá, expressaram – se em público, em uma liturgia, sobre a violência na
família.
“Admitimos que exista violência dentro de nossas próprias famílias e comunidades;
Confessamos que nossa igreja com freqüência tem deixado de servir as vítimas de dita
violência, contribuindo assim em silenciar as vítimas e deixar aos responsáveis sem
desafio;
Prometemos ser agentes de mudança em nossas comunidades para que cesse a violência;
Sentimos-nos desafiados a realizar muitas mudanças. Mudar nós mesmos e mudar o estilo
e o conteúdo de nossos ministérios, de nossas liturgias e de nossos programas, a luz de
nosso compromisso de COLOCAR FIM A VIOLÊNCIA” (Ibíd; p. 61).
Neste sentido, deveríamos pensar um pouco. Tem dito a alguém algo similar por parte de
sua igreja? Deveria sua igreja dizer algo a respeito? Consideremos que toda comunidade
cristã deve estar fazendo seu ministério bíblico e de misericórdia, com especial atenção aos
fracos, marginalizados e vítimas do pecado. Uma visão ministerial assim, nos coloca o
exemplo de Jesus e a igreja primitiva em prol dos necessitados.
Devemos confessar nossa participação como cristãos e membros da igreja: ao ignorá-la, ao
guardar silêncio, ao apoiar, ou simplesmente não desafiar atitudes do domínio masculino
ou o comportamento machista da sociedade. Ao colocar “a unidade” e a “santidade” da
família por cima da segurança das pessoas. Ao colocar ênfase na salvação individual com
um sentido exagerado do “mais além” sem exigir ao mesmo tempo a justiça nas relações
(Ibíd.; p. 69).
A declaração de confissão e compromisso das igrejas, antes mencionados, deve ser um
exemplo a seguir. Como povo cristão, estamos chamados a confessar nossos pecados a
Deus, mas em alguns casos a comunidade eclesial. Necessita – se de valor e simplicidade,
igual ao um desejo profundo de obediência ao evangelho, para tomar posturas como estas.
130
Além do mais, não é só confessar e pedir perdão. São necessárias ações concretas de
pastoreio e acompanhamento as vítimas reais e potenciais e de apoio e confrontação aos
possíveis abusadores. Recordemos que entre eles, estão todos os homens e mulheres
maiores. Todo ser humano, incluindo a pastores e líderes eclesiais, por sua condição
depravada e suja, é potenciais abusadores e destruidores de seus semelhantes. Por isso, os
mandamentos foram dados para proteger – nos das atrocidades de tal condição.
Prometer mudança, não só se deve ficar em uma boa intenção sem fundamento algum.
Requer – se ações concretas de trabalho, serviço, pastoral e acompanhamento as pessoas
que Deus em sua misericórdia tem colocado a nosso cuidado e responsabilidade.
7.2 TOMAR CONSCIÊNCIA E FALAR DO TEMA
Entre as coisas que pode fazer uma igreja deter o avanço da violência e remediar, pode a
tomada de consciência e refletir sobre o tema. Não nos corresponde ficarmos calados,
quietos e inativos ante a realidade alarmante do pecado, seu alcance e seriedade. O que
podemos fazer? Qual é a nossa função eclesial?
Uma das funções e ministérios a respeito é falar sobre este mal. A igreja tem guardado
silêncio por muito tempo. Muitos pastores podem – se assombrar, ao fazer uma referência
rápida ao assunto e conhecer casos não conhecidos até então. As igrejas necessitam falar
dele, para que as vítimas se animem a buscar ajuda. Além do mais, para respaldar – lhes
com o exemplo de Cristo na pregação do evangelho, o qual lhes restaura e trata com suas
necessidades angustiantes e silenciadas, causadoras de opressão e depressão.
A Igreja deve formar alianças para proteger as vítimas e trabalhar com os potenciais
abusadores. Algumas destas alianças podem ser com agências comunitárias da cidade. Isto
ajudará a compreender o que está acontecendo na comunidade e a trabalhar para prover
refúgios e outros serviços. Além do mais, para criar uma consciência pública e unir
esforços para prevenir, apoiar e compreender as estruturas e padrões de violência.
O evangelho de Cristo, autenticamente apresentado, nos permite tomar consciência da
condição pecaminosa da humanidade. Com esta compreensão, é possível entender que
ditas realidades, são resultados do pecado, o mau exemplo dos pais, a falta de
compromisso da igreja e a negligência da sociedade e o estado. Sem embargo, quem tem
131
sido redimido, são encaminhados passo a passo, pela senda da vida, a esperança e a justiça.
Isto indica relações de justiça, igualdade e de promoção entre irmãos.
7.3 CAPACITAÇÃO E SERVIÇO
A igreja deve assegurar – se que todo trabalhador ou servo pastoral esteja adequadamente
capacitado para enfrentar estas situações. Isto fará com que reconheça e responda ao
problema. A capacitação deve ser a nível bíblico e moral. Também com relação às
necessidades de atenção e acompanhamento em casos específicos que lhe apresentam.
Também inclui: como escutar atentamente a vítima e acreditar no que ela está falando.
Avaliar o perigo imediato e, de ser necessário, ajudar a pessoa a encontrar refúgio. Além
do mais, como referir a vítima a qualquer serviço comunitário existente que possa ser de
ajuda. Este apoio deverá ser oferecido também à pessoa violenta, mesmo quando seja em
um momento posterior. Se não existem estes serviços, deve solicitá-los a comunidade ou
ao governo que os programem.
Os trabalhadores pastorais devem reconhecer os limites de sua experiência e não intervir
diretamente em uma situação violenta. Essa é tarefa da polícia. Os cristãos devem animar a
polícia a levar a sério. Nosso país tem legislação específica a respeito. Sem embargo, a
nível pessoal e eclesial são chamados a cumprir a parte correspondente.
Tem-se reconhecido que em muitas partes do mundo pode passar muito tempo antes de ter
recurso para este tipo de serviço. Mas deve também reconhecer - se que a violência é uma
grande mal injustificada. O momento agora é de trabalhar por mais e melhores serviços. A
igreja deve ir à vanguarda na defesa de seus membros e em promover e propor alternativas
governamentais em prol dos necessitados.
Desta forma, homens e mulheres de Deus, são chamados de maneira especial e firme a
proteger a seus membros de todas as estruturas de pecado que lhes possam invadir e das
expressões de violência que lhes oprimem. Sem capacitação, não é possível ser efetivos e
eficientes em nosso serviço. Por tanto, nos corresponde como agentes pastorais, assumir
uma perspectiva adequada e cristã, em defesa e apoio dos pequenos. Acreditamos que a
respeito disso, o presente documento é de especial importância.
132
Ante as atitudes equivocadas a respeito da problemática de violência e abuso sexual, nos
perguntamos qual é então a atitude correta. Como podemos exercer uma atitude coerente
com o evangelho, ante situações de dor e injustiça, como as descritas neste estudo. Desta
forma, esta oficina nos orientará na atitude correta como igreja, para responder a dor,
miséria e violência cometida, com os mais fracos e vulneráveis.
Desde a Escritura analisaremos nossa responsabilidade e definiremos algumas pautas
precisas e aplicáveis a nosso fazer pastoral na extensão do reino de Deus, para sua glória e
a favor de quem sofre e são vítimas. Todo crente, tem a responsabilidade espiritual e moral
de responder com especial ternura para consolar, reivindicar e acompanhar as vítimas ou
abusadores. Também com caráter firme e vigoroso para denunciar as estruturas de poder
pecaminoso que tem prejudicado e seguem prejudicando a integridade de pessoas nos
distintos aspectos, incluindo o sexual.
A sexualidade é um presente bonito e bom dado por Deus ao ser humano, para ser expresso
em amor, entrega abaixo as Escrituras para tal desfrute. Não obstante, o pecado, tem
distorcido seu uso e se tem abusado amplamente até cometer atos tão depravantes e
abomináveis como as violências e o abuso sexual. Corresponde – nos como crentes
identificar a luz da Bíblia qual é a expressão da sexualidade para a glória de Deus e o
respeito à outra pessoa. Além do mais, quais são as proibições para seu desenvolvimento e
quais as recomendações para seu desfrute.
A igreja de Cristo deve ensinar instruir e desafiar os seus crentes sobre uma vida íntegra,
santa e casta diante de Deus. Além do mais, deve marcar a diferença que Cristo coloca de
133Por meio desta oficina, é possível identificar a verdadeira e inadiável responsabilidade da Igreja de Cristo ante a dor, o sofrimento e a injustiça; em especial, em situações de violência sexual e abuso. Nesta oficina, será possível aprofundar nas verdades do evangelho que promovem e desafiam a Igreja em geral e ao crente em particular a articular as dimensões e valores do reino. Além do mais, serei chamado a obedecer, respeitar e amar a quem são o tem sido vítimas do sofrimento.
relevo por sua obra de redenção, Neste sentido, convoco aos que tenham acesso a esta
oficina a realizá-la com respeito, humildade e sensibilidade cristã, para responder as
demandas da extensão do reino em justiça, santidade e amor genuíno.
7.1 Confissão e promessa
1. Fale acerca da responsabilidade eclesial ante situações de violência e
abuso.____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Explique porque toda pessoa vulnerável é uma vítima potencial?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Explique porque toda pessoa com poder e superioridade é um agressor potencial?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Quais são os coletivos sócias que menos poder tem e por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Explique por que os que têm menos poder são mais vulneráveis ao abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Que ensino a Bíblia traz a respeito da sexualidade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
134
7. O que ensina a Igreja sobre o caráter do casamento cristão?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. A Bíblia facilita a exploração e a violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Por que o incesto é um pecado frente a Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. O que a Igreja deve fazer como comunidade ante a realidade da violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Que aspectos do caráter têm de identificar a Igreja de Cristo, ante o sofrimento?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Nossos cultos expressam o amor, respeito e denúncia a favor dos mais fracos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Deve a Igreja confessar seu silêncio e indiferença? Como e por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. A Igreja deve confessar sua falta de serviço e apoio a quem sofre?
_________________________________________________________________________135
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. A Igreja deve prometer ser agente de mudança para que cesse a violência?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. A Igreja deve propor, com a ajuda de Deus, a realizar algumas mudanças?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Quais são algumas mudanças que se devem acontecer no interior das Igrejas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Sua igreja tem confessado o pecado da indiferença e silêncio ante a dor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Sua igreja deveria dizer algo a respeito? O que?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. A Igreja deve confessar sua participação na extensão da violência?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7.2 Tomar consciência e falar do assunto
1. A tomada de consciência é um princípio para deter o avanço do abuso?
_________________________________________________________________________
136
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. É a reflexão sobre a violência, um ponto de partida para ajudar as vítimas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. O que a Igreja deve fazer para ajudar a quem sofreu abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Qual é a função eclesial principal neste sentido?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. A Igreja contemporânea fala abertamente de temas de violência e abuso sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Em sua Igreja o pastor tem falado claramente sobre o tema abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Comente sobre essa experiência
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Em sua igreja falam sobre casos de violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________137
9. Sua Igreja tem considerado as razões, causas e conseqüências da violência?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. Deve – se começar a falar nos grupos da Igreja sobre o abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Tem escutado pregações enfocadas a denunciar o abuso e a violência sexual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Conhece em sua igreja programas encarregados de acompanhar a vítimas de abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Tem a Igreja um ministério de restauração, consolação e apoio emocional?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. A igreja tem alianças para proteger a vítimas e orientar a possíveis abusadores?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. A igreja tem interesse de criar consciência pública para prevenir o abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. Como o evangelho de Cristo, nos permite tomar consciência deste pecado?
_________________________________________________________________________138
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Como o evangelho nos permite entender a realidade do abuso e seus resultados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Que relações devem primar na Igreja para ajudar eficazmente aos fracos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. A Igreja exige ao mesmo tempo a justiça nas relações?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. A igreja tem o valor, simplicidade e o desejo profundo de obediência ao evangelho?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7.3 Capacitação e serviço
1. A Igreja cristã tem pastores e líderes adequadamente capacitados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Que tipo de capacitação espiritual deve ter o pastor para servir a quem sofre?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Que tipo de capacitação secular deve ter o pastor para servir a quem sofre?
_________________________________________________________________________
139
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Que vantagens trazem a uma igreja um pastor e líder adequadamente capacitados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Em que áreas, detectam mais falta de capacitação, para servir as vítimas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Você considera que os pastores e líderes são capacitados para escutar com atenção?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Os líderes eclesiais têm boa compreensão para pastorear aos que sofrem?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. A Igreja esta capacitada para avaliar os perigos e denuncia-los?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. A Igreja esta capacitada para buscar soluções efetivas às necessidades?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. A Igreja tem a capacidade de buscar ajuda quando não estão em seu alcance?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________140
11. Quais são algumas das limitações a este respeito da Igreja?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. A igreja tem a capacidade de reconhecer suas limitações?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. O pastor e os crentes conhecem a legislação oficial a respeito?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. A igreja cristã é uma entidade protetora dos mais fracos e vulneráveis?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. A Igreja coloca “a unidade” e a “santidade” da família por cima das pessoas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. A igreja coloca ênfase na salvação com muito sentido do “mais além”?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. É suficiente a confissão, ou requer ações de pastoreio e acompanhamento?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. É suficiente prometer mudança, ou requer compromisso de trabalho e serviço?
_________________________________________________________________________141
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Apresente sua conclusão e desafio eclesial sobre o tema
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Apresente os desafios e responsabilidades pessoais sobre a temática desenvolvida
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
142
DIREITOS DAS PESSOAS VIOLENTADAS
Informação: Toda pessoa tem direito a informação clara, exata e cientifica acerca do abuso sexual, sem nenhum tipo de restrição e os tratamentos a seguir em tais casos.Tratamento: Toda pessoa vítima de violência sexual tem direito a assistência e tratamento, ministrado ambos sem nenhuma restrição e garantido sua qualidade de vida.Atitude: Nenhuma pessoa abusada deve ser submetida ao silenciamento, isolamento, desolação, quarentena, ou qualquer tipo de discriminação, o qual é pecado indigno.Restrição: Ninguém tem direito a restringir a liberdade aos direitos pessoais, por haver sido violado, sem distinção de raça, nacionalidade, religião, sexo ou condição.Participação: Toda pessoa que foi abusada tem direito a participação em todos os aspectos da vida social, o contrário, é considerado discriminatório e ilegal. Denúncia: Toda pessoa tem direito a denúncia, a ser escutada e aceita. Sua condição não deve ser considerada suspeita ou provocada. A igreja esta chamada a proteger.Privacidade: Ninguém poderá fazer referência à agressão sexual de alguém, sem o consentimento da pessoa. A privacidade de sua situação deverá ser garantida.Estudo: O caso de ninguém será usado para estudos, estatísticas, controle ou analise, sem autorização
143
expressa da vítima. Em todo caso, deve ser informado por um profissional competente.Comunicação: Toda pessoa que foi violentada sexualmente, tem direito a comunicar o sucedido, só às pessoas que ele deseja faze - lo. A Igreja deve apóia – la sempre.Continuando: Toda pessoa violentada tem direito a continuação de sua vida civil, sexual, profissional e afetiva. Nenhuma ação deve restringir seus direitos pessoais, em nenhum sentido.
Ismael Quintero Rojas
LIÇÃO 08
RESPOSTA ECLESIAL ANTE A VIOLÊNCIA SEXUAL
É indispensável compreender que qualquer tipo de abuso sexual é desastroso na vida das
vítimas. O crucial não é tanto o ocorrido, senão o impacto posterior na vida delas. A Dra.
Eliana Gil, Ph. D, psicoterapeuta equatoriana, afirma que quem sofreu abuso sexual,
geralmente. Desenvolve uma série de dificuldades (Eirene, 1992, p. 75). Entre elas:
Para confiar nas pessoas “ninguém vai acreditar em mim. se me calo ninguém fica com
raiva”. Para contar o ocorrido a outras pessoas e buscar ajuda: “não devo contar a ninguém
para não destruir minha família”. Para proteger-se: “nada me dói... vai passar”. Com sua
auto-estima: “não tenho nada que oferecer... sou mal//... ninguém pode me querer”. Em
alcançar metas na vida: “devo ser o melhor... para ser aceito... mas não posso”. Para
relacionar – se com as pessoas, “ninguém se interessa por mim... estou melhor só”. Para
144
estabelecer relações de intimidade. “se alguém me ama, me pega... ou faz sexo
comigo”(Ibíd.; p. 76).
Antes estas dificuldades e suas conseqüências, apresentamos abaixo os desafios e
compromissos a assumir pela igreja como instituição, pelos pastores como líderes dela e
pela comunidade em geral, como nossa família da fé.
8.1 DESAFIOS INSTITUCIONAIS
Jesus afirmou as relações familiares ao citar Moisés em Marcos 7:9-10, mas as colocaram
perspectivas como segunda no reino de Deus (Veja Lc. 14:26; Mt. 8:21-22; 10:35-36).
Jesus, que disse desde a cruz a Maria e a João que forma mãe e filho, anteriormente havia
dito a Maria que a vontade de Deus vem antes que a família (Mc. 3:32-35). Dito de outra
maneira, a vontade de Deus opera – se nas famílias, segundo seus propósitos.
Mesmo que não fez referência a vontade física nelas, fustigou aos fariseus por descuidar de
forma deliberada a seus pais, claramente é uma forma de abuso (Mc. 7:11-13).
Em 1985, um documento da Igreja Luterana dos Estados Unidos assinalou, com relação à
violência intrafamiliar e a atitude a tomar ante ditas situações: “o que se precisa é que a
comunidade e a igreja respeitem mais aos indivíduos e um pouco menos a família e ao
casamento, como abstrações a ser preservadas a todo custo”. (Ibíd., p. 64)
Consideramos que parte do desafio institucional ante esta realidade é proteger as pessoas
como membros de uma comunidade e criaturas criadas por Deus. Se isto é feito
adequadamente se estará protegendo a família e o casamento. Não obstante, o interesse do
verdadeiro filho de Deus centra – se mais nas pessoas e suas situações que nas instituições.
Ainda assim, se atende efetivamente as pessoas, estaremos salva guardando as instituições
biblicamente estabelecidas para sua própria glória.
8.2 CUIDADO PASTORAL
O compromisso ante esta realidade dos pastores, é determinante. Inclui revisar a vida,
liturgia e os programas da igreja. Implica falar sobre o tema nos sermões. Desafiar a
congregação a orar por estas necessidades. Convidar as pessoas que trabalham com as
vítimas a falar na igreja. Formar grupos de estudo em torno do tema. Animar as pessoas da
igreja a servir de voluntários em apoio a esta problemática.
145
Este tema também deve ser incluído como parte dos conteúdos das classes de preparação
para o casamento, de batismo, discipulado, grupos juvenis, e em qualquer outro programa
que tenha na igreja. Devem – se fomentar grupos de trabalho ante a comunidade e o
governo, a mudança de leis, educação e serviços sociais quando se deseja.
Estas são algumas recomendações a levar em conta pelos pastores, ante os casos de
violência física e sexual. Admitir o fato de que mulheres e crianças mal tratadas existem
em sua igreja. Nega – lo não tem sentido nem ajuda aos que sofrem. Reconhecer que o mal
trato e o abuso é um atentado contra a santidade da vida. Você deve informar – se a
respeito, pregar sobre ele e ser compassivo com vítimas e agressores.
Deve examinar suas atitudes para a mulher, as crianças e os velhos. Seus pontos de vista a
respeito aos roles de homens e mulheres na relação marital e familiar. Também, sua
teologia a respeito do casamento e o divórcio. Trabalhar em conjunto com profissionais
treinados quando aconselha mulheres, homens e crianças mal tratadas, e famílias onde haja
existido abuso físico, sexual ou psicológico.
É urgente, ler outra vez a Bíblia com os olhos abertos para dor provocada pela violência
familiar, e o coração disposto a escutar a voz de Deus, com relação a quem são vítimas de
dita situação na igreja e a comunidade (Ibíd., p.70).
Por razão, de nosso chamado e ministério, corresponde – nos as razões conseqüências e
tratamento bíblico pastoral em semelhantes circunstâncias. As quais são um problema,
causador de dor e angústia. Sem embargo, se constituem em um desafio, oportunidade e
privilégio para que sirvamos a pessoas nestas circunstâncias específicas. Se você, tem
pessoas em sua igreja, que tem sofrido ou estão padecendo os rigores da violência e o
abuso, deve dar graças a Deus. Além do mais, preparar – se adequadamente, cumprir seu
ministério e ver a graça do Senhor restaurar vidas e famílias para sua glória.
O casal Jesus Camargo e Carmem Pérez, profissionais mexicanos que trabalham com
famílias vítimas da violência, advertem que é comum no trabalho pastoral com pessoas que
tem sido objeto de abuso sexual, apelar a seu cristianismo para pedir – lhes que perdoem a
seus pais ou agressores de forma imediata. “Este perdão prematuro só alcança a pessoas
com maiores sentimentos de culpa e dificulta sua sanidade”(Ibíd., p.77).
146
Quem ajudam a nível pastoral, com pessoas que tem sido abusadas sexualmente, devem
avaliar se a confrontação com os pais ou os parentes que abusaram é indispensável
Pais e parentes abusadores, que tem lutado durante toda sua vida por negar o abuso, podem
acusar o abusado de “louco”, “perturbado” ou “enfermo”. Sem embargo, quando é possível
colocar sobre os abusadores a responsabilidade pelo desastre de ontem, e não sobre a
vítima, facilita – se que se assuma a responsabilidade pelo agora. Só então, sem restar – lhe
importância ao dano que foi objeto, a pessoa pode perdoar (Ibíd.)
8.3 COMPROMISSO FRATERNAL
Temos falado da “santidade da família” e dos planos do Senhor para ela. Também, temos
apresentado com clareza e sem máscaras, situações adversas e reais que afetam a
estabilidade pessoal, familiar e social. Ante esta realidade nos devemos perguntar.
Quais são os sinais da verdadeira santidade na vida de uma família cristã? Que coisas
destroem esta harmonia e relação familiar? O que significa a santidade e intimidade de
uma família se tudo o que acontece no meio dela é privado? Justifica – se em algum
momento a violência em uma família? Qual a sua opinião: devemos respeitar mais as
pessoas e um pouco menos a família e o casamento. Você está de acordo com a idéia
anterior? Você considera que poderiam combinar os dois objetivos sem fazer injustiça e
nenhum?
Recordemos que em muitos países, incluindo o nosso, a violência identifica – se
fortemente com a masculinidade. Além do mais, nas igrejas ensina – se que o homem é o
chefe do lar, os quais muitos varões não sabem entender. Ou seja, se equivocam em sua
interpretação e supõe que sua opinião não deve ser questionada e que deve ser imposta
sobre os demais membros da família.
Ao parecer, a causa principal da violência doméstica em todas suas manifestações é que os
homens pensam que tem o direito de tratar aos membros de sua família desta maneira, Em
outras palavras, o assunto é de poder. Quem tem o poder? Que classe de poder? De que
formas devem ser utilizadas o poder?
A respeito devemos considerar o ministério de Jesus. Qual foi sua atitude ante o poder?
Como Ele o utilizou? Como Ele espera que utilizemos o nosso? Vejamos Mateus 10:38-39,
como exemplo. Recorrer à violência de qualquer tipo pareceria ser um reconhecimento 147
inconsciente da inabilidade de poder afrontar as coisas, ou quiçás cheias temporalmente,
necessidades de segurança e controle. A pergunta é que podemos fazer como irmãos
maiores na igreja, para apoiar as famílias a uma vida saudável e que suas crianças cresçam
respeitando a Deus, a si mesmo e aos demais?
Acreditamos que temos uma grande responsabilidade como homens e mulheres de Deus
em nossas igrejas em prol desta inegável situação. As seguintes são algumas das tarefas
que nos correspondem. Orar, colocar nossa vida a serviço de Deus. Reconhecer o pecado
que nos rodeia. Pregação consciente de total incapacidade de viver para glória de Deus por
nossa conta. Dependência absoluta do Senhor. Nossa responsabilidade fraternal é cuidar,
proteger e denunciar o que se opõe aos planos de Deus.
Para terminar este estudo, é pertinente, acercar – nos a realidade, da Igreja e sua
responsabilidade, ante a problemática do abuso e violência sexual. Por conseguinte,
apresento as pistas de trabalho pastoral para responder efetiva e eficazmente a este flagelo.
Convido a todos os que tenham acesso a este documento a responder a estas perguntas de
maneira honesta, sensível e coerente. Em cada caso devo responder com minha visão geral
do reino de Deus, além do mais, com uma postura Cristo cêntrica e bíblica cêntrica,
igualmente procurando sempre a glória de Deus. Também é pertinente ter presente, na
realização de cada uma das oficinas do curso, que tudo está abaixo ao controle de um Deus
soberano, nada sucede por causalidade, se somos agentes de mudança, é algo determinado
desde antes da fundação do mundo.
O fato da soberania divina, não elimina a responsabilidade humana do crente em procurar
o que é justo, bom e reto, segundo o caráter de nosso pai celestial. Cada conclusão,
148
compromisso, resposta e desafio a que somos convocados neste curso, há de redundar na
extensão do reino e a afirmação dos valores do mesmo. Por conseguinte, temos como
marco de referência a revelação de Deus em Cristo e sua obra de reconciliação, redenção e
justificação. Além do mais, os passos de aporte têm de estar marcados dentro de uma visão
escatológica eminentemente cristã e doutrinalmente centrada na mensagem de salvação em
Cristo Jesus.
Responder com estas premissas em mente permitirá a todo cristão, ser fortalecido em sua
fé, afiançar – se na doutrina e ser animado a fazer tudo para a glória de Deus. Além do
mais, não responder com uma visão antropocêntrica, senão teocêntrica e pastoral. Por
conseguinte, desde o evangelho, encontraremos respostas válidas e consistentes a nossa
responsabilidade para atender esta situação. Todo cristão bíblico, esta chamado a render
suas motivações, aspirações e propósitos a vontade boa, perfeita e agradável de Deus,
8.1 Desafios Institucionais
1. Quais são os desafios institucionais para a Igreja ante o abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Como opera a vontade de Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Por que Deus não se relaciona individualmente?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
149
Continuamos nesta oficina, com o tema da lição anterior, buscando pistas de trabalho para responder o fazer pastoral e eclesial, a favor de quem sofre e estão em situações de angústia, sofrimento e dor. Por conseguinte, deve colocar – me frente à oficina com uma atitude reflexiva, amável e sincera com Deus, contigo mesmo e com os demais. Recordo fazer tudo para glorificar o nome de Deus, ser honesto e claro em minhas respostas e apreciações.
4. Se Deus não se relaciona sozinho como Ele faz?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Por que Deus se relaciona dessa maneira?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Apresente alguns exemplos bíblicos que sustentam a forma como o Senhor se relaciona
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Comente sobre os privilégios e desafios da forma como Deus se relaciona
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Mencione algumas das formas de abuso narradas na Bíblia
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Faça menção das conseqüências de ditos abusos e maus tratos
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. Que desafios são plantados a Igreja antes estes acontecimentos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Como a igreja responde efetivamente a vontade divina para os que sofrem?
_________________________________________________________________________150
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. A igreja tem refletido sobe as responsabilidades do crente ante tal dor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Que desafios se planejam a igreja a favor das famílias?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Como ser eficaz no serviço a favor dos que sofrem?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Como fazer a vontade de Deus em nosso fazer diário?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. Como pastorear as vítimas do sofrimento e a dor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Que implicações se apresentam ao fazer a vontade de Deus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Como glorificar ao Senhor em tudo o que fazemos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
151
19. Como pregar a sujeição a vontade de Deus na igreja?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Como servir as pessoas, sem centrar - nos nelas, mas no nome do Senhor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8.2 Cuidado Pastoral
1. Que desafios pastorais são encontradas frente às situações de violência e abuso?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Quais são alguns aspectos do cuidado pastoral a que somos convocados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Têm os pastores maior responsabilidade ante o abuso que os membros?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Que aspectos do cuidado pastoral estão relacionados com a liturgia?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Que programas devem ser reestruturados para responder a estes desafios?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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6. Qual é a atitude correta dos pastores ante a dor e o sofrimento?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Quais espaços devem propiciar o pastor para acompanhar a quem sofre?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. É conveniente, estabelecer umas mesas de trabalhos sobre esta problemática?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Você acha que deve capacitar a congregação sobre esta realidade?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. Em que favorece, incluir este tema na capacitação pré matrimonial?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
11. Até onde vai a responsabilidade pastoral a favor dos abusadores?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Como o abuso e o mal trato atenta contra a santidade de Deus na vida?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. Que características deve apresentar um pastor comprometido com obras de
misericórdia? 153
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Qual é a atitude bíblica para a mulher, a qual se deve pregar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
15. Qual é a atitude bíblica que se deve ensinar para as crianças?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. Qual é a atitude correta que se deve ensinar para os anciãos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. Qual é a teologia bíblica sobre o casamento?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Qual é a base da teologia bíblica sobre o divórcio?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Qual deve ser a atitude do pastor ante os conflitos matrimonias e familiares?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Como deve dar – se um aconselhamento a pessoas vítimas ou abusos?
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8.3 Compromisso Fraternal
1. O que quer dizer a expressão: “santidade da família”?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Quais são os planos de Deus para as famílias?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Que situações perturbam a estabilidade e a harmonia na família?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4. Quais são os sinais da verdadeira santidade na vida de uma família cristã?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. O que significa santidade e intimidade da família que acontece no privado?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Em algum momento se justifica a violência em uma família?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Qual a sua opinião sobre: “deve – se respeitar mais as pessoas e menos a família e
casamento”
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Você acha que poderia combinar os dois objetivos sem fazer injustiça a nenhum?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Identifica – se violência com masculinidade em nosso contexto?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. O que significa ser o cabeça do lar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. Que erros de interpretação e aplicação se dão na liderança do homem?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. Quais são os princípios da ordem e governo de Deus nas famílias?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13. A Bíblia aprova outra forma de ordem familiar que não seja a bíblica?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Quais são os perigos de aprovar e estabelecer outro princípio de governo familiar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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15. Quem tem a liderança familiar no lar, segundo a Bíblia?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
16. Que classe de liderança e governo, tem sido delegada ao homem no lar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17. De que forma deve ser utilizada essa liderança?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
18. Qual foi a atitude ante a liderança e o poder que nos ensinou Jesus?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
19. Como utilizou Jesus à liderança e o poder e quais foram os resultados?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
20. Como Jesus espera que os homens utilizem o poder que tem sido delegado a eles?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
157
CONCLUSÃO
Chegamos ao final deste trabalho no qual tem plantado o desafio de pastorear a quem tem
sido vítimas ou são abusadores de violência e abuso sexual em nossas igrejas. Esta
investigação a realizamos e apresentamos em três grandes momentos, utilizando o método
de investigação Latino americano, que correspondem ao ver, ao julgar e ao atuar. Ou seja,
uma análise crítica social da realidade objeto de estudo, uma interpretação bíblica de um
caso de estupro, no contexto da história sagrada e umas propostas para o ministério
pastoral as quais se traduzem em compromisso a contextualizar – se em ações pedagógicas
pastorais com pessoas em sofrimento.
De acordo, com os desafios plantados para a pesquisa; na primeira parte estudamos a
realidade sócio familiar de pessoas abusadas ou em risco de se –lo. Mediante uma
aproximação a estes sujeitos sociais, conceitualizamos acerca de que é, como se realiza, e
as conseqüências posteriores a agressão. Consideramos de maneira detalhada os mitos
colocados pela sociedade sobre o abuso e os confrontamos com a verdade.
158
Em um segundo momento, analisamos o texto bíblico de 2 Samuel 13: 1- 22, relacionado
com a violência sexual incestuosa a Tamar, filha do rei Davi. A partir deste relato,
ressaltamos as relações que facilitaram o fato, as conseqüências para a vítima e a realidade
de cumplicidade dos maiores e poderosos ao não defende-la. Concluímos apresentados
alguns desafios pastorais para o trabalho com pessoas em situações de dor.
Como parte última desta monografia, abordamos o fazer pastoral no interior da igreja.
Fizemos ênfase na resposta, responsabilidade e compromisso que as comunidades que tem
que fazer ante a problemática do abuso e a violência sexual. Confessamos a indolência,
passividade e descuido com a qual a igreja tem respondido a realidade de dor e injustiça
como estas. Apresentamos um desafio, pedagógico pastoral para abordar nosso fazer
cristão, a respeito.
Dentro de toda a análise contemplamos algumas dimensões constitutivas de uma pastoral
de amor, reconciliação e restauração de seus membros. Algumas delas são as confissões, a
promessa, a denúncia, o acompanhamento, a capacitação e o serviço. O tópico anterior nos
deu base para concretizar ações e práticas cristãs a serem aplicadas a nível institucional,
familiar e fraternal, no exercício pastoral nas igrejas.
Somos conscientes que este trabalho e proposta de pastoral não esta terminada. Por tanto,
deve enriquecer – se e dinamizar – se em espaços específicos, abaixo a ação e direção de
com a inspiração e companhia do Espírito Santo. Sentimos-nos cheios de esperança e
segurança que este documento será um suporte valioso para os agentes pastorais e igrejas
em geral, no desafio de trabalho com que é ou tem sido vítima de violência e abuso sexual.
Por tal razão, concluímos afirmado nosso sonho, ao acreditar que podem ser realizados.
Acreditamos que a igreja esta chamada por Cristo, no evangelho, a estabelecer relações de
justiça social, igualdade e sujeição recíproca entre seus membros, para a glória de Deus.
Onde as pessoas que geram violência e quem a sofre sejam acolhidas, amadas, restauradas
e perdoadas. Desta forma, como crentes, contribuiremos para a paz e a bem aventurança,
igualmente chegaremos à vida em harmonia, amor e paz.
159
BIBLIOGRAFIA
Bíblia
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Dicionários e livros de consulta
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Batchelor, Mary, ¡Abramos la Biblia! Miami, FL: Sociedades Bíblicas Unidas, 1999. Libro de consuslta para conocer aspectos relacionados con el estudio de las Escrituras.
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Fausset, Jamienson. Comentario exegético y explicativo de la Biblia. Brown, EE. UU.: Casa Bautista de Publicaciones, Tomo I. 1958. 720 Páginas. Comenta en detalle aspectos relacionados con los temas Bíblicos y sus respectivas aclaraciones históricas.
Hayford, Jack. General Editor, Biblia Plenitud. Nashville, TN: Editorial Caribe, 2000. Biblia electrónica de ayuda para el conocimiento y claridad de temas bíblicos.
Nelson, Wilton. Nuevo Diccionario Ilustrado de Biblia. Nashville: Editorial Caribe, 2000. disccionario electrónico de estudio de temas y conceptos de la Biblia.
Vila, S., y Escuain, S. Nuevo diccionario bíblico ilustrado. Barcelona, España: Editorial CLIE, 1985. 786 Páginas. Identifica conceptos, términos, vocablos con claridad y precisión.
Livros
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Bluthaedt, M. Ética I. Introducción a la ética cristiana. Viña del Mar, Chile: FLET, Sfe. 121 Páginas. Se formulan bases, principios y derroteros sobre la ética cristiana.
Bridges, J. El Gozo de Temer a Dios. Paladín, Rep. Dominicana: Editorial Eternidad, 2000. 288 Páginas. El autor habla sobre las implicaciones del gozo al servir y honrar a Dios.
Bridges, J. Confiando en Dios aunque la vida duela. Bogotá: Centros de Literatura cristiana, 1988. 228 Páginas. Somos desafiados a confiar en Jesucristo en toda situación.
Camargo, Sonia. Detención en casos de maltrato a la niñez. Santa fé de Bogotá: Save the Children, 1994. 180 Páginas. Sistematización de experiencias de niños violentados.
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Hegeman, Cornelius. Cómo escribir un curso de MINTS. Miami, EE. UU.: MINTS, 2005.
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Owen, J. La Mortificación del Pecado. Publicaciones Faro de Gracia. Gram, NC, 2001. 77 Páginas. Habla sobre la necesidad y desafío de mortificar el pecado en la vida del creyente.
Owen, J. La Tentación. Publicaciones Faro de Gracia. Gram, NC, 1999. 63 Páginas. Presenta la naturaleza humana, como susceptible a la tentación, como afrontarla y vencerla.
Padilla, René y Otros. Iglesia, Ética y Poder. Buenos Aires: Ediciones Kairos, 1998. 87 Páginas. Relaciona las varibles íglesia, ética y poder con sus interrelaciones derivadas.
Palmer, E. Doctrinas Claves. Barcelona: El Estandarte de la Verdad, 1976. 188 Páginas. Presenta las cinco puntos del calvinismo, con su fundamentación bíblico teológica.
Palomares, F. Reflexiones en la ética cristiana. Barcelona: Editorial Clie, 1992. 124 Páginas. El autor toma diferentes temas y plantea algunas reflexiones éticas al respecto.
Pink, A. Los atributos de Dios. 2 Reimpresión (Traducido por Manuel Martín), Barcelona: El Estandarte de la Verdad, 1997. 132 Páginas. Comenta sobre los atributos de Dios.
Sheehan, R. Responsables Ante un Dios Soberano. España: Editorial Peregrino, 1998. 80 Páginas. Presenta un equilibrio entre la responsabilidad humana y la soberanía de Dios.
Schokel, Luís A. Samuel: los libros sagrados. Huesca, Madrid: Ediciones Cristianas, 1973. 620 Páginas. Detalla histórica y exegéticamente los acontecimientos del libro de Samuel
Stob, E. Reflexiones Éticas: Ensayos sobre temas morales. Gran Rapids: T.E.L.L, 1982. 260 Páginas. Con temas contemporáneos el autor reflexiona sobre su viabilidad ética.
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Trull, J., y Carter, J. Ética ministerial, sea un buen ministro en un mundo que no es tan bueno. Bogotá: CBP, 1989. 288 Páginas. Nos desafía a obedecer el evangelio a pesar de.
Wiersbe, W. ¿Practica la iglesia lo que predica? Miami: Editorial Vida, 1988. 96 Páginas. El autor reflexiona sobre el divorcio generalizado entre el mensaje y la vida de la iglesia.
Documentos e/ou Conferências
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Batres, Comp. Curso sobre agresión contra mujeres y niños. Aportes contemporáneos. Tomo II. San José; Costa Rica, 1990. 120 Páginas. Narraciones sobre mujeres y niños violentados física, emocional y sexualmente.
Capta. ¿Qué es el Abuso y Negligencia de Menores? Centro Nacional sobre el Maltrato de Menores, 2004. 1110 Páginas. Un Documento sobre la descripción de las formas de abuso y las incidencias de este crímen en las personas y la sociedad.
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Confesión de fe de Westminster. 118 Páginas. Presenta las doctrinas claves y aspectos de la vida cristiana de manera sistemática y coherente con todo el Consejo de Dios.
164
Eirene. La violencia doméstica y el abuso sexual en Biblia, Iglesia, Sexualidad y Familia. Quito: Eirene, 1995. 186 Páginas. Un curso para formar consejeros cristianos en familia, con enfasis en situaciones de violencia y abuso sexual.
Gómez, María. Violencia doméstica del Programa de Salud Mental del Hospital Pirovano. México: PSM, 2004. 170 Páginas. Historia de vida sobre la violación sexual y su tratamiento médico.
Goytisolo, Vallet. En defensa de la vida. Madrid: Real Academia de Jurisprudencia, 1999. 144 Páginas. Narra como defender la vida en relación a la violencia sexual.
Gufronat, Fanny. Seminario Violencia contra la mujer. San José, Costa Rica: Programa de Capacitación Fundación Ser y Crecer, Septiembre 10-14. 1993. 120 Páginas. Documento de experiencias con víctimas de abuso sexual y formas de tratar con ellas.
Lazzari, Ángela. Liga de Amas de Casa de la Argentina, en carta dirigida a los Diputados de la Comisión de Legislación Penal. 29 de junio de 1990. 88 Páginas. Una denuncia política a los legisladores para legislar a favor de quienes sufren la violencia sexual.
Londoño, Argelia. Los muros del silencio. Socióloga y consultora del UNFPA en Colombia, Sfe. 134 Páginas. Comenta las razones por las que víctimas, familia, sociedad y Estados permanecen en silencio ante la violencia y sus consecuencias.
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Quintero, I., y Arenas, M. Principios y valores. Mirándome al espejo. Bogotá: MCI, 2003. 96 Páginas. Cartilla didáctica sobre los principios y valores a la luz de la vida en Cristo.
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Ramos, Manuela. American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (AACAP), 2004. 64 Páginas. Analisis de consecuencias psicologicas de las víctimas y victimarios de abuso.
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Uddo, Basile. Human Life Review. El Dr. Uddo es Profesor Asociado de la Escuela de Leyes de la Universidad de Loyola, 1998. 45 Páginas. Leyes y códigos que facilitan el abuso y la responsabilidad de los gobiernos ante esta realidad.
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Zibolsky, Kay. Conferencia "Life After Assault League". Lindbergh, Appleton, Wisconsin EE. UU. 1990. 25 Páginas. Memorias de la conferencia sobre la violencia sexual.
166
GUIA DO ESTUDANTE E DO FACILITADOR
Bem vindo ao curso sobre violência e abuso sexual. Durante o estudo analisaremos as
ferramentas e princípios bíblicos para enfrentar este flagelo nas igrejas. Também
conhecermos as implicações bíblicas e pastorais de acompanhar as vítimas e abusadores de
violência sexual e abuso sexual.
MATERIAIS PARA O CURSO:
O presente Módulo, por Pr. Ismael Quintero. Fundação IBRC 2005. Valor US$ 12
Dispõe das seguintes versões bíblicas: RVR 1960, NVI. Dios habla hoy.
Um caderno de trabalho onde escrever as tarefas.
Um grupo de estudo onde participar.
Estar inscrito em um dos programas teológicos da Instituição
Cumprir com todos os requisitos acadêmicos
RESPONSABILIDADE DO ESTTUDANTE
Assistir às 8 horas de conferências que dão início a matéria e às 8 horas de aulas
presenciais, em grupo de estudo.
Ler as 8 lições do módulo, com suas respectivas oficinas, questionários e tarefas.
Para cada lição o aluno deve desenvolver em seu caderno de tarefas, as oficinas
respectivas e mostra – lãs ao facilitador.
Preparar e expor um tema de uma das lições em seu grupo de estudo, durante 10
minutos. O tema deve centrar – se em princípios pastorais para o trabalho com
pessoas vítimas de abuso sexual.
Preparar e apresentar um trabalho escrito, com todas as normas para a apresentação
de trabalhos de MINTS, sobre pastoral com pessoas agredidas. Deve ter como base
para dita tarefa, a leitura do módulo e os conteúdos da conferência sobre o tema.
Licenciatura: 5 páginas. Mestrado 8 páginas.
Apresentar um exame final escrito dos conteúdos do curso.167
Os estudantes de Mestrado deveram apresentar um relatório de leitura do outro
livro relacionado com o tema, para entrega –lo na quarta aula, junto com trabalho
escrito.
AVALIAÇÃO DA MATÉRIA
Assistir as 8 horas de conferência e as 8 horas das aulas presenciais (10%). Se não
puder assistir à conferência, deve compra - la em formato de DVD ou MP3.
Ler e desenvolver as 8 lições do livro com suas oficinas (20%). Todos os
questionários e quadros devem ser desenvolvidos.
Apresentação das tarefas semanais e leituras assinaladas (20%). Cada semana o
facilitador deverá revisar o cumprimento do desenvolvimento das tarefas.
Preparação e exposição do tema de uma lição durante 10 minutos (10%). O
facilitador solicitará através de sorteio, cada estudante, para expor o tema da lição.
Análise escrita sobre princípios pastorais para o ministério com pessoas vítimas de
violência e abuso sexual (20%). Cada estudante, no começo, do curso, deve definir
o tema a desenvolver em seu trabalho de final de curso.
Relatório de leituras sobre o livro adicional (mestrado) (10%). Os estudantes de
Mestrado apresentaram um relatório de leitura de outro livro, e será parte do
exame.
Apresentar um exame final escrito dos conteúdos do curso (20%). Na quarta aula,
entregara – se ao estudante um exame escrito para desenvolve –lo em 25 minutos.
ESTUTUTA DO CURSO
AULA 1
Lições 1 e 2 do livro: Não a violência e o abuso sexual
Desenvolvimento de tarefas, questionários e oficinas respectivas
Preparar perguntas de discussão sobre a temática das respectivas lições
Exposição do 25% dos estudantes do grupo.
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AULA 2:
Lições 3 e 4 do livro: Não a violência e o abuso sexual
Desenvolvimento de tarefas, questionários e oficinas respectivas.
Preparar perguntas de discussão sobre a temática das lições respectivas.
Exposições dos 25% dos estudantes do grupo
AULA 3:
Lições 5 e 6 do livro: Não a violência e o abuso sexual
Desenvolvimento de tarefas, questionários e oficinas respectivas.
Preparar perguntas de discussão sobe a temática das lições respectivas
Exposições dos 25% dos estudantes do grupo.
AULA 4
Lições 7 e 8 do livro: Não a violência e o abuso sexual
Desenvolvimento das tarefas, questionários e oficinas respectivas.
Preparar perguntas de discussão sobre a temática das lições respectivas.
Exposições dos 25 dos estudantes do grupo.
Apresentação do exame final e entrega de trabalhos finais do curso.
ESTRUTURA DA AULA
Oração inicial e boa vindas (3 minutos)
Chamada dos alunos (2 minutos)
Introdução ao tema da aula (20 minutos)
Esclarecer dúvidas dos estudantes a respeito às leituras e oficinas (25minutos)
Revisão de oficinas, questionários e avanço dos trabalhos escritos (20 minutos)
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Apresentação de resumos da semana e exposição (30 minutos)
Designações para a próxima aula (10 minutos)
Oração e despedida (10 minutos). Dedicar um bom tempo para orar uns pelos
outros.
NÃO ESQUEÇA:
Na quarta aula você deve entregar seu trabalho final
Os estudantes de mestrado devem entregar o relatório de leitura de outro livro lido
Estar no dia devido às pensões
Durante 25 minutos apresentar o exame final escrito
Os estudantes que estudam a distância deverão enviar todas as tarefas ao facilitador
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