neurofibromatoses : das sombras para a esperança · das sombras para a esperança prof. dr. luiz...

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Neurofibromatoses : das sombras para a esperança

Prof. Dr. Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues

Coimbra, Portugal

Setembro 2014

Agradecimentos

• Professora Silvia Portugal

• Doutorando Rogério Lima Barbosa

• Associação Mineira de Apoio às Pessoas com Neurofibromatoses (AMANF)

• Associação Maria Vitória de Doenças Raras (AMAVI)

• Sociedade Brasileira de Pesquisa em Neurofibromatoses (SBPNF)

Mas quem sou eu?

Brasileiro de Jesuânia (MG), 65 anos,

Casado com Thalma

Pai de Ana, Maria Helena e Luíza,

Avô de Alice, Francisco, Rosa, Pedro e Antônio

Médico (Clínica Médica)

Professor Titular da UFMG (aposentado)

Cientista (Bolsista do CNPq)

Membro da Academia Mineira de Medicina

Cartunista

1978 - Um novo bebê em casa

Mas é um bebê que não tinha força para mamar e chorava.

Que sentia fome e não dormia e chorava.

Que ficou desnutrida, demorou a falar e a andar.

Que nasceu com manchas cor de café com leite pelo corpo.

Então, veio um diagnóstico:

Neurofibromatose

Neurofibromatose??

O que a maioria dos médicos sabia sobre neurofibromatose em 1981?

A Neurofibromatose , ou Doença de Von Recklinghausen, seria uma doença rara, que produziria tumores benignos e para qual não haveria tratamento.

O que poderia acontecer?

Tumores centrais

Deformidades

Surdez

Cegueira

Retardo mental

Cifoescoliose

Doença do Homem Elefante

O olhar antigo

Dos profissionais da saúde:

A Neurofibromatose seria uma doença rara, benigna e para qual não haveria tratamento.

Do Estado/Sociedade:

A prioridade deveria ser dada às doenças mais comuns

Ideias históricas

A doença de von Recklinghausen

Cura = tratamento

Tratamento = medicamento ou cirurgia definitiva

Doença crônica = impotência médica

20 anos de psicanálise

20 anos longe da medicina Mestrado Doutorado Professor Titular Fisiologia do Exercício Termorregulação Fadiga Controle do peso corporal

20 anos construindo amigos no Laboratório de Fisiologia do Exercício da UFMG

1990

Mauro Geller - Centro Nacional de NF

1994

I Simpósio Internacional em NF (RJ)

2002

Criada a AMANF

Uma das reuniões mensais da AMANF

2005 – 2014

800 famílias acolhidas Cerca de 3000 atendimentos ambulatoriais Mais de 300 orientações pela internet 3 doutorados 5 mestrados 10 bolsas de iniciação científica 4 projetos FAPEMIG 1 projeto CNPq

CTF Conference 2008 – com Alvin Crawford e Vincent Riccardi

II Simpósio Internacional em Neurofibromatoses – Dr Nilton Alves de Rezende, Dr David Viskochil (USA), Dr Luiz Oswaldo C Rodrigues, Dra Eny Goloni-Bertollo (SJR Preto), Dr Vicent Riccardi (USA), Dr Bruce Korf (USA) e Dra Erka CP Bertelli (SJRP).

Sociedade Brasileira de Pesquisa em Neurofibromatoses

Neurofibromatoses:

são doenças de origem genética: mutações novas no espermatozóide, no óvulo ou no

embrião, ou mutações antigas que se transmitem a partir do portador de forma autossômica dominante com penetrância

completa:

Tipo 1

Tipo 2

Schwannomatose

Ideias atuais

Neurofibromatoses:

Não têm cura, mas têm tratamentos.

O conhecimento científico aumenta a sobrevida.

O domínio pessoal sobre a própria saúde melhora a qualidade de vida.

Ideias atuais

O olhar antigo

A Neurofibromatose é uma doença rara, benigna e para qual não há tratamento.

O novo olhar

As Neurofibromatoses, compartilham as mesmas dificuldades das demais doenças raras, são mais comuns do que se pensa e causam grande impacto sobre a expectativa e qualidade de vida dos pacientes, mas podem ser beneficiadas pelos tratamentos multidisciplinares.

O papel do Estado

Garantia do direito à saúde para todos

Criação de Centros de Referência em doenças raras

Primeiro passo: o diagnóstico

O que as Neurofibromatoses têm em comum com as doenças raras?

D esconhecimento científico

O missão institucional

R epresentação social inexistente.

www.amanf.org.br

Brasil, Estados Unidos e Alemanha

“A árvore” óleo sobre tela pintado por Maria Helena, 2007.

Obrigado pela atenção.

Sociedade Brasileira de Pesquisa em Neurofibromatoses (Arquivos de Neuropsiquiatria, abril de 2014)

Características NF1 NF2 Schwannomatose Cromossomo e local do gene

17 (lócus q11.2) 22 (lócus q12.2) INI 1 e outros?

Mecanismo de ação da proteína

neurofibromina

Critérios diagnósticos para NF1

Características NF1 NF2 Schwannomatose Início típico das manifestações

Infância Adolescência e início da

vida adulta Vida adulta > 30 anos

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Manifestações típicas

Manchas café-com-leite, efélides, neurofibromas

Perda auditiva ou distúrbios do equilíbrio

Dor persistente

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Manifestações oculares

Nódulos de Lisch Catarata subcapsular

posterior juvenil Nenhuma

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Desenvolvimento Macrocrania, baixa estatura,

déficits de aprendizagem Normal Normal

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Tumores mais comuns

Neurofibromas, glioma óptico, plexiformes

Schwannomas vestibulares bilaterais, meningiomas,

ependimomas

Schwannomas, exceto vestibulares

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Risco de câncer Aumentado Habitual ?

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Acometimento ósseo Displasia Normal Normal

Características NF1 NF2 Schwannomatose

Hereditariedade Autossômica dominante

com penetrância completa Autossômica dominante

com penetrância completa Variável

A

B

C

D

7

9

1

1

3 1 5

12 11 5 4 2

16 13 11

13

1

2

3

4

5

6

7

8

9

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11

12

13

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29

30

Cutaneous Spinal

NEUROFIBROMAS

Subcutaneous Plexiform

Surveil – Annual revision - Clinical managements

Persistent pain

New neurological deficit

Hardened texture and/or

Fast growth

Cosmetics

MRI and/or PET-CT (**) Conservative

surgery

Sugestive of

malignancy

No malignant

features (*)

Biopsy

MPNST

Radical

surgery

Radiotherapy

Stable

Gliomas 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

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30

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34

35

36

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38

39

40

41

EYE EXAM:

Visual acuity

Visual field, color vision testing,

assessment of pupils, eyelids, ocular

motility, irises and fundi

PATIENT WITH NF1

Asymptomatic:

0-12 annually

12-18 every 2 years

>18 every 2 years?

Magnetic

Resonance

Imaging

Symptomatic:

low visual acuity

proptosis, squint, precocious

puberty, orbital plexiform

neurofibroma

Abnormal

Optic Pathway Gliomas

(5-25% of NF1 patients)

Normal

(75-

95%)

Assessment of progression: Ophthalmological (visual acuity) and

MRI: 3 –> 6 –> 12/12 months

Stable

(48-65%)

Progressive:

(35-52%)

Decreasing visual

acuity + tumor growth

Chemotherapy

Surgery

(selected cases)

Radiotherapy

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

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29

30

Evaluate progression of

the symptoms Brainstem

compression

or risk

BILATERAL VESTIBULAR SCHWANNOMAS

Evaluate tumor

growth

Follow-up

Tumor volume

> 1.5 cm3

Hearing

lost

First surgery

Second surgery

Stable

Tumor volume

< 1.5 cm3

Progressive

hearing loss

Growth >1 mm/year

Intact hearing

ABI

or CI

lost

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