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MUNICIPALIZAÇÃO DO LICENCIMENTO AMBIENTAL MUNICIPAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Karla Casagrande LorenciniBacharel em Ciências Biológicas (UFES). Mestranda Profissional em Tecnologia Ambiental (FAACZ). AnalistaAmbiental da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Viana/ES.

Renato Ribeiro SimanEngenheiro Químico (UFRRJ). Doutor em Hidráulica e Saneamento do Departamento de Hidráulica eSaneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP). ProfessorTitular e Coordenador do Mestrado Profissional em Tecnologia Ambiental da Faculdade de Aracruz (FAACZ).

I CONGRESSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

CONCEITO

Licenciamento ambiental (CONAMA 237/97):

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambientalcompetente licencia a localização, instalação, ampliação e aoperação de empreendimentos e atividades utilizadoras derecursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmentepoluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causardegradação ambiental, considerando as disposições legais eregulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Constituição Federal do Brasil (1988) reconhece os entes federativos: União, Estados, Municípios e o Distrito Federal.

A previsão do licenciamento surgiu com a edição da Lei 6.938/81, que em seu art. 10 estabelece :

A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos eatividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva oupotencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, decausar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgãoestadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente –SISNAMA.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Organização do SISNAMA

Figura 1: Estrutura de participação dos entes federativos no SISNAMA.

Resolução CONAMA 237/97 - Dispõe os procedimentos e critériosutilizados para o licenciamento ambiental municipal.

Art.6 - Compete ao órgão ambiental municipal o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local, ou aquelas que lhe forem delegadas.

Município é a instância mais adequada para resolver problemas ambientais

Slogan ambientalista “Pensar globalmente, agir localmente”

1.2 Legislação

1.3 Estrutura do Licenciamento Ambiental no Brasil

Órgão Média de Licenças Emitidas (Ano)

IBAMA 350 licenças

OEMAs 100.000 licenças

MUNICÍPIOS QUE LICENCIAM 500 licenças (221 no Rio Grande do Sul)

Fonte: Langone, 2009.

Municípios estruturados e organizados a licenciarem

Redução de 45% dos processos licenciados pelos órgãos estaduais.

Tabela 1: Estrutura do licenciamento ambiental no Brasil.

Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (IEMA) Criado em 2002 pela Lei Complementar 248/02.

1.4 Licenciamento Ambiental no Estado do EspíritoSanto

Gráfico 1: Licenças emitidas pelo IEMA/ES desde 2003 até julho de 2009.

Decreto Estadual 1777-R/07 Sistema de Licenciamento e Controle dasAtividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente (SILCAP):

Definições;Validade das Licenças;Audiências Públicas;Procedimentos Administrativos;Enquadramento Ambiental;Dentre outros.

Resolução CONSEMA nº 001, de 15/02/07 dispões sobre critérios para o exercício da competência do Licenciamento Ambiental Municipal.

1.5 Legislação Estadual

1.6 Requisitos estruturais indispensáveis àexecução do licenciamento ambiental

Resolução nº 001, de 15 de fevereiro de 2007

Figura 2: Sistema Municipal de Meio Ambiente.

1.7 Municipalização do Licenciamento Ambiental

Vantagens da descentralização no processo de licenciamento ambiental:

• Maior participação da comunidade local no processo de gestão ambiental; • O empreendedor tem mais facilidade de acesso para obtenção de licenças;• Evita sobreposição de competências;• Otimiza o uso dos recursos públicos;• Aumenta eficácia do Controle e Monitoramento Ambiental;• Simplifica e agiliza o processo de Licenciamento Ambiental;

Desvantagens da descentralização no processo de licenciamento ambiental:

• custo inicial para tornar o município apto e montagem da estrutura;• vinculação com a prefeitura;• pressão política;• custos de campanha de esclarecimento; • desgaste político com a intensificação da fiscalização.

2. OBJETIVOS

Orientar gestores e profissionais da área quanto:Estruturação das secretarias municipais meio ambiente;Municipalização do licenciamento ambiental;Importância desta ferramenta para o município.

Mostrar como o órgão estadual está sobrecarregado pela demora dosmunicípios em assumirem o licenciamento a nível local.

3. METODOLOGIA

Revisão bibliográfica e análises junto ao Instituto Estadual deMeio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo.

4. RESULTADOS

Compõem o Estado do Espírito Santo, 78 (setenta e oito) municípios.

Tabela 2: Caracterização dos níveis de estrutura dos municípios capixabas.Níveis Características dos Níveis Nº de municípios

1 Com estrutura legal, técnica e operacional, aptos a realizarem o licenciamento.

09

2 Com alguma estrutura montada, mas deficiente em alguns requisitos.

15

3 Sem estrutura para atender às atribuições mínimas. 54

FONTE: Adaptado IEMA, 2008.

Figura 3: Classificação dos Municípios do Espírito Santo de acordo com o nível de organização referente ao Licenciamento Ambiental.

MunicípiosConselho de Meio

AmbienteCódigo de Meio

Ambiente PDM/LDU FundoAlegre Não atuante Sim Sim SimBaixo Guandu Em formação Sim Sim Em criaçãoBarra de São Francisco Desativado Em revisão Em conclusão NãoBrejetuba Não atuante Sim Sim Não atuanteCastelo Não atuante Sim Sim NãoConceição da Barra Não Não Sim NãoJaguaré Sim Sim Sim NãoLinhares Não Sim Sim NãoNova Venécia Não Não Sim NãoPresidente Kennedy Não atuante Em criação Em conclusão Em criaçãoSão Mateus Sim Sim Sim NãoVargem Alta Não atuante Sim Sim Não atuanteVenda Nova Imigrante Sim Sim Sim NãoViana Sim Sim Sim Em criaçãoVila Velha Sim Sim Sim Sim

Tabela 3: Estrutura existentes nos municípios classificados como Nível 2.

FONTE: Adaptado IEMA, 2008.

4. RESULTADOS

A grande demanda de processos nos órgão estaduais diminui a abrangência dafiscalização;

O Licenciamento Ambiental no âmbito municipal aumenta a arrecadaçãomunicipal por meio do Fundo de Meio Ambiente;

Maiores investimentos no município em áreas relacionadas a preservação erecuperação do meio ambiente.

5. CONSIDERAÇÕES

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:Senado, 2003.

CHIESA, M.A.S. (2008). Gestão ambiental: Entraves e Perspectivas para a Municipalizaçãono Estado do Espírito Santo. Trabalho apresentado ao II Congresso Consad de Gestão Pública– Painel 40: Gestão dos municípios II.

ESPÍRITO SANTO (Estado). Constituição (1989). Constituição do Estado do Espírito Santo.Vitória: Assembléia Legislativa, 1989.

INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS (ES).[Relatório técnico]. Vitória, 2008.

LANGONE, C. 2009. SISNAMA: Gestão compartilhada e descentralizada. O Papel doMunicípio na Gestão Ambiental. Apresentação do Seminário Sobre Gestão AmbientalMunicipal – Vitória/ES. 2009

CONSEMA, Resolução nº 001, de 15 de fevereiro de 2007. Critérios para o exercício dacompetência do Licenciamento Ambiental Municipal.

OBRIGADA!

karlacasagrande@hotmail.com(27) 3255-1225

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