mudanças climáticas: o efeito la niña sobre a área de ... · os oceanos são os principais...

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Mudanças Climáticas: O efeito La Niña sobre a área de influencia da Palma

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Novembro de 2016

ANTONIO SOUSA – MSC. EM METEOROLOGIA DIRETOR DE METEOROLOGIA E HIDROLOGIA DA SEMAS-PA;

KLEBER ATHAYDE – METEOROLOGISTA INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMET

Grande dimensão territorial

1,24 milhão de km²

14% do território nacional

2º maior estado brasileiro

PARÁ

Sistemas MeteorológicosZCITZCASVCANLinhas de InstabilidadeAglomerados ConvectivosConvecção Local

Fatores Fisiográficos RegionaisVegetaçãoCidades (Interferência Humana)Localização (Lat, Lon, Altitude)

Decadal: Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) e Oscilação Multidecadal do Atlantico (OMA)Interanual: Ciclo de ENOS (EL Niño e La Niña)Intrasazonal: Oscilação de Madden-Julian e o Gradiente Interhemisférico de aTSM no Atlântico

2º Distrito de Meteorologia

Precipitação:principais mecanismos

Oscilação do Atlântico Norte (OMA)

Oscilação Decadal do Pacífico (ODP)

CORRELAÇÃO DADOS DE PRECIPITAÇÃO E ÍNDICE DE ODP (PERÍODO BASE: 1950-1999)

El Niño: Aquecimento Pac. Equatorial

Oscilação Sul: Variação de pressão atmosférica entreTahiti (Polinésia Francesa) e Darwin (Austrália)

Darwin Tahiti

La Niña: Resfriamento Pac. Equatorial

Mapas de anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM)

O Fenômeno ENSO: EL NIÑO – Oscilação Sul

Fonte: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC/Inpe (http://enos.cptec.inpe.br)

El Niño La Niña

2º Distrito de Meteorologia

Gradiente Interhemisférico de aTSM no Atlântico

Teremos atuação de um La Niña no período 2016 – 2017 ?

Desvios de TSM (oC) na região dos Niños: evolução recente

As últimas informações de TSM semanais são:

Niño 4 -0.3ºCNiño 3.4 -0.4ºCNiño 3 -0.3ºCNiño 1+2 -0.1ºC

Previsão Probabilística de consenso atualizada em novembro de 2016. Fonte: CPC/IRI

2º Distrito de Meteorologia

CPC/IRI Perspectivas da probabilidade de ENSO

Fonte: CPC/IRI

2º Distrito de Meteorologia

Panorama dos modelos de TSM na região do Niño 3.4

http://www.inmet.gov.br/portal/

Produtos INMET para monitoramento Agrometeorológico e Climatológico

706 estações meteorológicas do INMET

290 estações convencionais (balões azuis) e

416 estações automáticas (balões vermelhos), bem como mais

696 pontos de grade (balões verdes), estações virtuais do

O prognóstico climático sazonal de precipitação

É usualmente expresso pelas probabilidades de que a chuva acumulada dos próximos três meses, em uma determinada região, se situe “abaixo da faixa normal”, “na faixa normal”, ou “acima da faixa normal”.

http://www.inmet.gov.br/webcdp/climatologia/previsao_estocastica/pdf/Tutorial_Faixa_Normal_Ver3.pdf

> Clima > Climatologia>

Distribuições de probabilidade climatológicas da precipitação acumulada para períodos móveis de três meses.

O período de referência para essa climatologia é de 1981-2010, e as séries históricas foram reconstituídas por procedimentos de interpolação.

São mostradas as distribuições empíricas e distribuições Gama ajustadas por procedimentos estatísticos. Há gráficos da Função Densidade de Probabilidade (FDP) e da Função Distribuição Acumulada Complementar (FDAC), que corresponde à probabilidade de a chuva no trimestre exceder um dado valor de interesse, x.

Além de fornecer os parâmetros básicos da distribuição de probabilidade ajustada, as figuras informam, também, os valores correspondentes aos quantis (percentis) de 5%, 15%, 33%, 67%, 85% e 95%.

previsões sazonais

INMET produz, mensalmente, previsões sazonais de Precipitação Total e Temperatura Média para todo o Brasil.

> Clima > Climatologia>

Utilizam os modelos:Holt-Winters e ARIMA (HOLT, 1957;WINTERS, 1960; BOX e JENKINS, 1976) – que levam em conta exclusivamente as informações contidas nas séries temporais

Análise de Correlação Canônica, através do aplicativo (Climate Predictability Tool), desenvolvido pelo IRI (Internacional Research Institute on Climte and Society, da Universidade de Columbia, EUA)

As previsões de precipitação

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ionicframework.sisdragoprodutor253119

SISDAGRO

Balanço Hídrico,

Índice de Vegetação

e Conforto Térmico

Bovino

SISDAGRO

Mapas do Balanço Hídrico: Diário

Por período

ARMAZENAMENTO

DÉFICIT HÍDRICO

EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL

INDICE DE VEGETAÇÃO POR DIFERENÇA NORMALIZADA

A razão simples da diferença normalizada entre o comprimento de onda onde a vegetação possui alta reflectância da radiação solar (IVP) e um comprimento de onda onde ela possui baixa reflectância (V).

Nos permite fazer análises, em diversas escalas, sobre a cobertura vegetal de determinada região.

Essa equação gera um índice que varia de -1 a 1. Quanto maior o valor do índice maior a presença de vegetação.

NDVI

O INMET recebe diariamente dados dos satélites de órbita polar AQUA e TERRA :

Pemitem cálculo do NDVI com resolução espacial de 250 metros

Dá para ver que existe uma faixa longitudinal, ao longo de 52W, em que há desvios positivos. Porém, para leste e oeste dessa faixa, no Pará, os desvios são negativos. É possível que a tendência nos próximos 10 a 15 anos seja de reduzir a precipitação nessa faixa de 52W.

1 - Desvios de precipitação média anual de 2000-2015 menos a normal do INMET (1961 a 1990).

2º Distrito de Meteorologia

-58 -56 -54 -52 -50 -48 -46

Longitude

Desvio de Precipitação anual (mm) de 2000 a 2015 Referência - Normal climatológica de 1961 a 1990

-10

-8

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-2

0

2

Lat

itu

de Altamira

Belém

Belterra

Breves

Cametá

C. do Araguaia

Itaituba

Marabá

Monte AlegreObidosPorto de Moz

Tracuateua

Tucurui

-400

-300

-200

-100

0

100

200

300

400

-58 -56 -54 -52 -50 -48 -46

Longitude

Desvio de Precipitação do período chuvoso (mm) de 2000 a 2015 Referência _ Normal climatológica de 1961 a 1990

-10

-8

-6

-4

-2

0

2L

atit

ud

e Altamira

Belém

Belterra

Breves

Cametá

C. do Araguaia

Itaituba

Marabá

Monte AlegreObidosPorto de Moz

Tracuateua

Tucurui

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-300

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-100

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0

50

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350

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500

550

-58 -56 -54 -52 -50 -48 -46

Longitude

Desvio de Precipitação do período seco (mm) de 2000 a 2015 Referência - Normal climatológica de 1961 a 1990

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

La

titu

de Altamira

Belém

Belterra

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Cametá

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Itaituba

Marabá

Monte AlegreObidosPorto de Moz

Tracuateua

Tucurui

-160

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-100

-70

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110

140

170

200

230

260

-58 -56 -54 -52 -50 -48 -46

Longitude

Desvio de Precipitação do período seco (mm) de 2000 a 2015 Referência - Normal climatológica de 1961 a 1990

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

Lat

itu

de Altamira

Belém

Belterra

Breves

Cametá

C. do Araguaia

Itaituba

Marabá

Monte AlegreObidosPorto de Moz

Tracuateua

Tucurui

-160

-130

-100

-70

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140

170

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-58 -56 -54 -52 -50 -48 -46

Longitude

Desvio de Precipitação anual (mm) de 2000 a 2015 Referência - Normal climatológica de 1961 a 1990

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Longitude

Desvio de Precipitação do período chuvoso (mm) de 2000 a 2015 Referência _ Normal climatológica de 1961 a 1990

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550

O que vai acontecer nos próximos meses?

2º Distrito de Meteorologia

Climatologia de Precipitação para DEZ – JAN - FEV

Climatologia de Precipitação para MAR – ABR – MAI

MODELO DE PREVISÃO CLIMÁTICA DO INMET_DEZ-JAN-FEV 2016/2017

Considerações Finais

A seca ou inundação são fenômenos naturais que sempre ocorreram e continuarão a acorrer, mas de tempos em tempos, são alimentados pela variabilidade natural do clima.

Os oceanos são os principais reguladores do clima e no Pará o El Niño representa um cenário desfavorável e o La Niña favorável as chuvas, em média.

As tempestades severas têm ocorrido com mais frequência, possivelmente, devido o topo da atmosfera estar mais frio.

Verifica-se grande variabilidade das chuvas impactando na distribuição espacial e temporal, com ocorrência de chuvas localizadas em todo o Estado, porém no paralelo de 5º Sul, de leste e oeste esta bem definido um déficit pluviométrico.

A produção de resultados gerados por modelos globais de previsão do tempo ainda é um desafio a ser superado no futuro, principalmente para a Amazônia.

É provável que ocorra um La Niña fraco (2016-2017) que persistirá nos primeiros meses de 2017, entretanto, as chuvas do período chuvoso também sofrerão influências das condições oceânicas no Atlântico Tropical.

OBRIGADO!

Kleber Renato da Paixão Athaydekleber.athayde@inmet.gov.br

Antonio José da Silva Sousaantonio.sousa@semas.pa.gov.br

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