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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE
E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IbamaDiretoria de Licenciamento Ambiental Coordenadoria de Energia Elétrica, Dutos e Nuclear
PARECER nº 022 /2011/COEND/CGENE/DILIC/Ibama
Dos técnicos: Elísio Márcio de Oliveira – Analista Ambiental
Rafael Freire de Macedo – Analista Ambiental
Rodrigo Rodrigues – Analista Ambiental
Wiliam Gomes Nunes – Analista Ambiental
Assunto: Análise de Atendimento das Condicionantes da LI n° 591/2009 de Angra 3.
Proc. n° 02022.002206/99 – 28 Eletronuclear Angra dos Reis – RJ
Objetivo: Análise parcial de atendimento das Condicionantes de Angra 3.
I. INTRODUÇÃO
A Unidade 3 da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), mais
conhecida como Angra 3, obteve a Licença de Instalação (LI) n° 591/09 em 05/03/2009, com
validade de 6 anos. Em 30/11/2009 por meio de solicitação da presidência do Ibama, a licença
foi retificada para inclusão da Condicionante 2.30 da LP 279/2008, retirada durante a avaliação
de cumprimento das Condicionantes da Licença Prévia (LP) para emissão da LI, por pedido do
Conselho Consultivo do Mosaico Bocaina. Com isso, incluiu-se na LI n° 591/2009 a
Condicionante 2.46 “Implantar a Estrada Parque da Bocaina (Trecho Parati – Cunha)”.
Com o objetivo de acompanhar o cumprimento destas Condicionantes foram
realizadas duas vistorias ao canteiro de obras da Unidade 3. A primeira foi realizada em
junho/julho de 2010, e a segunda foi realizada em fevereiro de 2011. Neste contexto ainda foram
realizadas quatro reuniões técnicas com a Eletronuclear para discutir e orientar o cumprimento
das Condicionantes da LI n° 591/09. Duas destas reuniões foram realizadas durante as vistorias,
e as outras duas foram realizadas no Ibama Sede (09/02/11 e 30/03/11), conforme relatórios de
vistoria e atas das reuniões.
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A seguir consta uma análise preliminar, até o momento, do cumprimento das
Condicionantes Gerais e 46 Condicionantes Específicas da Licença de Instalação de Angra 3, a
qual considerou os documentos encaminhados pela Eletronuclear, os Relatórios das vistorias
realizadas, os Pareceres n° 80 e 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, que avaliaram
algumas Condicionantes da LI n° 591/09, bem como as ATAs e Memórias de Reunião das
reuniões anteriormente citadas.
Considerando que algumas Condicionantes da LP n° 279/08 necessitam de
acompanhamento, as mesmas serão avaliadas a fim de serem equacionadas.
II. ANÁLISE TÉCNICA DO ATENDIMENTO ÀS CONDICIONANTES da LI n° 591/09
A análise em questão tem por objetivo avaliar, até o momento, o que foi realizado
em relação ao atendimento às Condicionantes Ambientais relativas à Angra 3, bem como definir
os encaminhamentos necessários ao atendimento das Condicionantes ainda não equacionadas.
Neste contexto, a fim de padronizar a avaliação do status das Condicionantes em
análise, as seguintes definições foram utilizadas:
• Condicionante Atendida - A Condicionante para ser considerada atendida deverá ter
suas ações já implementadas e aprovadas pelo Ibama, além destas ações não
apresentarem necessidade de continuidade, como por exemplo, os Programas de
Monitoramento Ambiental, com relatórios a serem apresentados periodicamente.
• Condicionante em Atendimento - A Condicionante para ser considerada em
atendimento deverá ter suas ações em andamento e pendentes para serem aprovadas, ou
aquelas atendidas e com ações/atividades em processo.
• Condicionante não Atendida - A Condicionante para ser considerada não atendida
deverá ter pendencias de termos para sua consecução, estar fora do prazo estipulado, ou
as ações realizadas não serem compatíveis com o estabelecido pela Condicionante e
portanto com a efetividade de suas ações.
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1. CONDIÇÕES GERAIS:
1.1. Esta Licença deverá ser publicada em conformidade com a Resolução nº 6/86 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, sendo que cópias das publicações deverão ser
encaminhadas ao Ibama.
Em 16/03/2009, por meio do Of. SM.G – 109/09, o empreendedor atende a
Condição Geral 1.1 da LI n° 591/2009, ao enviar cópias do comprovante de publicação da
referida Licença.
Em 21/12/2009, por meio do Of. SM.G – 109/09, o empreendedor atende a
Condição Geral 1.1 da Retificação da LI n° 591/2009, ao enviar cópias do comprovante de
publicação da referida Licença.
Condicionante atendida.
1.2. Qualquer alteração nas especificações do projeto deverá ser precedida de anuência do Ibama
e da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
Não foi apresentado ao Ibama, até o momento, nenhum pedido de alteração de
projeto. Contudo, foi constatado em vistoria a alteração do projeto do canal para lançamento
emergencial de águas do sistema terciário das usinas, sentido Costão da Praia Brava. Foi
informado que tal alteração se deu devido riscos de instabilidade da encosta adjacente. Cabe
ressaltar que estas mudanças não estavam previstas durante o licenciamento pelo Ibama, e que
portanto, no contexto do relatório de vistoria foi solicitado o envio de documentação técnica
relativa as modificações realizadas pela Eletronuclear. Como esta documentação ainda não foi
encaminhada, entende-se que esta Condicionantes está pendente.
Condicionante não Atendida.
Estes documentos deverão ser encaminhados em 30 dias.
1.3. O Ibama, mediante decisão motivada, poderá modificar as condicionantes e as medidas de
controle e adequação, suspender ou cancelar esta licença, caso ocorra:
• violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;
• omissão ou falsa descrição de informações relevantes, que subsidiaram a expedição da
licença;
• graves riscos ambientais e de saúde.
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Em 30/11/2009 foi incluída a Condicionante 2.30 da LP 279/2008 na LI
591/2009. Tal Condicionante, cuja redação é “Implantar a Estrada Parque da Bocaina (Trecho
Parati-Cunha)”, passou a ser identificada como Condicionante 2.46 da LI 591/2009.
1.4. O Ibama e a CNEN deverão ser comunicados, imediatamente, em caso de ocorrência de
qualquer acidente que cause impacto ambiental ou qualquer evento não usual que possa causar
danos potenciais para o meio ambiente.
Não foi apresentado ao Ibama, até o momento, qualquer comunicado de acidente
que cause impacto ambiental ou qualquer evento não usual que possa causar danos potenciais
para o meio ambiente.
1.5. A Licença de Operação deverá ser requerida, pelo empreendedor, num prazo mínimo de 120
(cento e vinte) dias.
O IBAMA necessitará de um prazo de 120 dias para a emissão da LO se for
pertinente com a análise técnica.
1.6. Perante o Ibama, a Eletronuclear é a única responsável pela implementação dos planos,
programas e medidas mitigadoras.
Os termos desta Condicionante serão considerados na análise das documentações
fornecidas pela Eletronuclear.
2. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS:
2.1. Implementar e dar continuidade a todos os Programas Ambientais definidos no processo de
licenciamento, apresentando relatórios anuais.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, o atendimento
desta condicionante deverá ser feito no decorrer da implementação do empreendimento e o
envio, com a respectiva análise e considerações pelo Ibama, dos relatórios anuais dos Programas
Ambientais de Angra 3. Portanto, a avaliação necessária à conclusão de atendimento ou não da
mesma, se dará ao final da vigência da LI, com a análise da efetividade da implementação dos
Programas Ambientais ao longo deste período.
Informamos que os Relatórios dos Programas Ambientais de Angra 3, relativo ao
ano de 2010, ainda não foram apresentados. Conforme informado em reunião com a
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Eletronuclear, em fevereiro de 2011, e por meio do Ofício SM.G-151/11, de 13/04/2011, os
Programas Ambientais seriam enviados no final de abril, junto ao PBA de Angra 2, o que não foi
efetivado. Contudo na reunião do dia 09/02/2011, o Sr. Giovanni relatou que os trabalhos
terceirizados de monitoramento de fauna e flora marinha eventualmente podem ser atrasados
pela dificuldade de renovação contratual.
Entende-se ser necessário fixar um período do ano para a apresentação dos
Relatórios dos Programas Ambientais, e que este período esteja em função do tempo necessário à
confecção de todos os Relatórios exigidos, objetivando que o conjunto seja entregue no mesmo
momento. Outro ponto relevante é que a entrega, destes documentos, seja acompanhada de uma
apresentação dos principais resultados pela Eletronuclear, a ser feita na Sede do Ibama, quando
do encaminhamento dos Relatórios do PBA. Sugere-se fixar o mês de abril para a referida
apresentação, para os anos subsequentes.
Condicionante em atendimento.
A Eletronuclear deverá informar quando serão encaminhados os documentos referentes a
2010 e agendar data para sua apresentação no Ibama.
2.2. Apresentar em 120 (cento e vinte dias) cópia do convênio com a Fundação de Ensino e
Engenharia de Santa Catarina – FEESC para elaboração dos estudos para melhoria da
trafegabilidade, segurança e monitoramento rodoviário da BR 101 entre Angra dos Reis e Paraty.
Esta Condicionante está atrelada a um prazo, o qual não foi cumprido. A ETN, por
meio do Ofício SM.G-328/09, de 21/07/2009, solicitou prorrogação do prazo para atendimento da
Condicionante 2.2 da LI 591/2009. A resposta foi dada em 21 junho de 2010, por meio do Ofício nº
153 /2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, na qual foi estipulado um prazo de 60 dias para
atendimento à esta Condicionante.
Em reunião ocorrida em 29/06/2010, a fim de discutir o cumprimento das
Condicionantes da LI, a ETN esclareceu que não houve respaldo jurídico para fazer o convênio com
a FEESC. Informou ainda que foram pesquisadas outras universidades, principalmente no Estado
do Rio de Janeiro, e que nenhuma preencheu os requisitos necessários. Uma alternativa seria fazer o
convênio com o DNIT, tendo a FEESC como executora. Segundo informado, na época, o DNIT só
havia retornado a minuta na semana passada e a ETN apontou a dificuldade de realizar este
convênio de imediato, devido às restrições da Lei Eleitoral. Nesta reunião a ETN informou que iria
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solicitar ao Ibama, via Ofício, uma definição da abrangência do trecho considerado na
Condicionante, dado que a formulação do Convênio depende da definição desta variável.
Por meio do Ofício SM.G – 428/10, a ETN solicitou um posicionamento do Ibama
em relação a definição do trecho de estudo a ser abordado pelo convênio relativo ao atendimento à
Condicionante 2.2 da LI 591/09. Na carta a ETN não comenta sobre o prazo estipulado no Ofício nº
153 /2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama.
Por meio da Nota Técnica nº 014/2011/COEND/CGENE/DILIC, de 18 de fevereiro
de 2011, foram avaliados os seguintes documentos relativos a tal condicionante: ATA de Reunião
entre a Eletronuclear e o Ibama, realizada em 29/06/10; Memoria de Reunião entre a Eletronuclear e
o Ibama (09/02/11-Brasília); Ofício SM.G - 422/10 de 20/08/10; Ofício SM.G – 428/10, de
25/08/10; e, o Parecer Técnico nº 90/2010, 010/2009 e 025/2008/COEND/CGENE/ DILIC/Ibama.
A Nota Técnica 014 visou avaliar a documentação existente relativa a esta condicionante, bem
como orientar a ETN em seu cumprimento.
As orientações solicitadas e necessárias ao cumprimento desta Condicionante
constam no Ofício 108/2011/CGENE/DILIC-Ibama, encaminhado à ETN em 22 de fevereiro de
2011, estipulando prazo de 120 dias para apresentar o Convênio devidamente assinado.
Importante ressaltar que a efetividade desta Condicionante depende da
apresentação do Estudo em questão e sua implementação pelo órgão competente. Tal afirmação
está atrelada ao fato da BR 101 (Rio-Santos) ser apresentada como a única rota de fuga terrestre
em caso de acidente envolvendo a Central Nuclear, conforme explicitado pelo Plano de
Emergência da CNAAA.
Quanto a isso, esclarece-se que tramita na Coordenação de Transportes, desde
novembro de 2010, procedimento administrativo para o licenciamento ambiental da ampliação
de capacidade e duplicação da BR-101/RJ/SP - Trevo de Acesso à Itacuruçá/RJ - Entr. BR-
383(Ubatuba)/SP, em cuja área de influência está inserida a CNAAA. Esse processo encontra-se
em fase de elaboração de EIA/RIMA.
Portanto, o Estudo elaborado no contexto desta Condicionante, assim que
entregue à COEND, deverá ser encaminhado à Coordenação de Transportes - COTRA, a fim de
subsidiar os trabalhos neste processo de licenciamento, incorporando àquela licença os cuidados
necessários referentes às obras da rodovia no trecho relativo à “Rota de Fuga” das Usinas
Nucleares.
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Ressalve-se ainda que não sendo atendido o estipulado pelo Ofício nº
108/2011/CGENE/DILIC-Ibama, que a Eletronuclear seja autuada conforme as penalidades
previstas na legislação ambiental.
Condicionante não Atendida.
2.3. Definir antes do início das obras os locais da destinação dos resíduos e rejeitos sólidos e
líquidos perigosos da obra, deverão ser apresentada às respectivas licenças ambientais de tais
empresas.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, e vistoria
realizada em fevereiro de 2011, esta condicionante foi considerada atendida. Contudo tal
condição depende da manutenção da regularidade das empresas prestadoras de serviços à ETN.
Condicionante atendida.
2.4. Definir antes do início das obras os locais das áreas de empréstimo e bota-fora externos ao
empreendimento e suas respectivas licenças ambientais. Apresentar previsões de volumes a
serem transportados.
Até a presente data, não foi necessário a instalação de área de empréstimo ou bota
fora externos ao empreendimento.
No Parecer n° 090/2010/COEND/CGENE/DILIC/Ibama, considerou-se
procedente a apresentação das licenças das empresas responsáveis pelo fornecimento de areia e
brita, bem como sua vinculação ao atendimento à esta Condicionante. Neste contexto, reafirma-
se a necessidade de encaminhamento destas Licenças ao Ibama, contudo, a vinculação desta
exigência ao atendimento da Condicionante em questão foi reconsiderada.
Portanto, considera-se a referida Condicionante atendida, desde que não haja a
necessidade de áreas de empréstimos e bota foras externos à CNAAA para construção de Angra
3, conforme informado. Caso seja necessário o uso de tais áreas, é necessário a apresentação das
respectivas Licenças Ambientais, previamente à instalação dos bota foras ou áreas de
empréstimo.
Condicionante Atendida.
Apresentar as licenças das empresas responsáveis pelo fornecimento de areia e brita à
obra.
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2.5. Enviar em 180 (cento e oitenta) dias o cronograma da execução da atualização do sistema de
monitoração de carga relativo as cortinas atirantadas do acesso à CNAAA.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, esta
condicionante foi atendida.
Condicionante Atendida.
2.6. Atualizar o Relatório "BP-6505-900001” de 23/11/90 - Verificação das Condições de
Estabilidade do Molhe de Proteção das Estruturas de Tomada D'Água de Angra 2 e 3 - UZS,
executando novas modelagens e incorporar cópias das CTFs, ARTs e CREAs bem como a
assinatura dos responsáveis.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, o Ibama solicitou
esclarecimentos sobre o andamento do trabalho. A ETN se comprometeu a enviar cópia do
contrato assinado com a empresa Aquamodelo, incluindo o cronograma.
Em 03/09/10, por meio do Of. SM.G-442/10, foi encaminhado o extrato do
contrato firmado com a Empresa Aquamodelo Consultoria e Engenharia Ltda, bem como os
CTFs, ARTs, CREAs e assinatura dos responsáveis pelo trabalho técnico.
Tendo em vista que o contrato em questão visa apenas comprovar que os estudos
estão sendo realizados, e que de fato a atualização do Relatório "BP-6505-900001” de 23/11/90 -
Verificação das Condições de Estabilidade do Molhe de Proteção das Estruturas de Tomada
D'Água de Angra 2 e 3 – UZS ainda não foi apresentada, considera-se o atendimento desta
Condicionante pendente.
Condicionante não Atendida.
2.7. Apresentar a autorização para utilização de explosivos expedida pelo Ministério do Exército,
antes da execução do desmonte da rocha.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, em 02/07/09,
foi enviado pelo Of. SM.G-301/09, a Autorização n° 09/2009, concedida pelo Ministério da
Defesa à Andrade Gutierrez, portanto esta Condicionante foi atendida.
Condicionante atendida.
2.8. Implementar as ações técnicas para encosta junto da central de concreto apresentando o
cronograma do projeto, contratação e execução da berma (ou outra solução técnica aplicável).
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Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, em 16/10/09,
por meio do Of. SM.G-451/09, foi enviado o “Cronograma do Serviço para Estabilização da
Encosta - Berma – junto à central de concreto”. No dia 29/06/2010, em reunião com a
Eletronuclear, a ETN informou que as ações pertinentes foram realizadas. Após vistoriar a área,
observou-se que a implementação das ações técnicas para encosta junto da central de concreto de
fato foram feitas, e, portanto, considera-se esta Condicionante atendida.
Condicionante Atendida.
2.9. Deverá ser alterada a metodologia de verificação de estabilidade dos molhes quanto à
periodicidade da inspeção visual para freqüência anual.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, esta
condicionante foi atendida.
Condicionante Atendida.
2.10. Apresentar estudo hidrogeológico mostrando da superfície potenciómetrica, direção de
fluxo e poços de monitoramento em número suficiente e representativo para a área.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a ETN informou que o
trabalho encontra-se em fase de licitação e que a sua execução deverá ser iniciada no segundo
semestre de 2010, e até então não concluído.
Condicionante não Atendida.
2.11. Construir os poços de monitoramento conforme NBR 15.495 – 1 de 18/06/2007 na área a
ser ocupada pelo empreendimento Angra 3.
Por meio do Of. SM.G – 408/09, a ETN encaminhou a Proposta para
“Monitoramento de Águas Subterrâneas na Unidade 3 da Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto (CNAAA) – Angra 3”. Conforme informado, este documento já havia sido encaminhado
ao Ibama em atendimento à Condicionante 2.9 da LP n° 279/2008. O reenvio deste documento,
conforme explicitado, se deu em função da planta de localização dos pontos de sondagem e
poços de monitoramento a serem construídos na área do empreendimento, para que os mesmos
sejam avaliados e aprovados pelo Ibama, a fim de dar início aos trabalhos.
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No processo de licenciamento, consta uma manifestação técnica da consultora
“Angela Andrade Almeida” que aprova a realização dos trabalhos conforme documentação
referente ao “Estudo Hidrogeológico da Água Subterrânea da Unidade 3 da CNAAA”.
Por meio da Carta SM.G – 417/09, de 21/09/09, a ETN informa à DILIC que
“conforme discutido em nosso “conference call” com os técnicos do Ibama no dia 4 de setembro
corrente e demais entendimentos posteriores pertinentes, estamos dando início à execução dos
serviços necessários ao atendimento das condicionantes em tela...”.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, “a ETN informou que o
trabalho encontra-se em fase de licitação e que a sua execução deverá ser iniciada no segundo
semestre de 2010. Quanto à ausência de pontos no local específico de Angra 3, esclareceu que ali
não seria possível, pois é tudo rocha sã...”.
Por meio do Of. SM.G-413/10, de 18/08/10, a ETN encaminhou a Proposta da
Fundação BIORIO para o “Monitoramento de Águas Subterrâneas na Unidade 3 da Central
Almirante Álvaro Alberto CNAAA/Angra 3”, de 13/11/2008; e a Especificação DS/36511/29218
- “Orientações Básicas para Execução dos Serviços de Monitoramento de Águas Subterrâneas
Angra 3”, de 19/11/2009.
Na Especificação DS/36511/29218 foi informado que as sondagens à percussão e
rotativas deverão ser executadas de acordo com o preconizado no Manual de Sondagens –
ABGE, 4° Edição – 1999; e nas Normas Brasileiras ABNT NBR 6484-2000 e 15492-2007. Foi
informado ainda que os poços de monitoramento deverão ser instalados de acordo com ABNT
NBR 15495-1 de 2007; que o desenvolvimento dos poços de monitoramento serão realizados
conforme ABNT NBR 15495-2; que os ensaios de permeabilidade deverão ser realizados de
acordo com as normas ABNT NBR 13292, ABNT NBR 14545 e o Boletim 4 – Ensaios de
Permeabilidade em solos – ABGE, 3° Edição – 1996, ou seja, todas as etapas serão regidas pelo
aparato normativo pertinente à execução dos trabalhos solicitados no âmbito da Condicionante
2.11 da LI n° 591/09.
Com relação à Proposta da Fundação BIORIO para o “Monitoramento de Águas
Subterrâneas na Unidade 3 da Central Almirante Álvaro Alberto CNAAA/Angra 3 de
13/11/2008”, observou-se que a mesma já havia sido enviada (Of. SM.G – 408/09), e analisada
pela manifestação técnica da consultora “Angela Andrade Almeida”, a qual aprovou a
localização dos poços de monitoramento conforme sugerido nesta proposta.
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Tendo em vista que estes poços estão em construção, e que a localização de poços
na área do empreendimento (entenda-se o prédio do reator e das turbinas e demais instalações)
não é possível, conforme informado e aceito pelo Ibama na época, julga-se que esta
Condicionante está em atendimento, e será considerada atendida após termino dos trabalhos e
início do monitoramento das águas subterrâneas.
Condicionante não Atendida.
2.12. Apresentar mapa com divisão em bacia e sub-bacias e classificar os corpos hídricos
superficiais conforme Resolução CONAMA 357/2005.
Conforme o Parecer n° 90/2010/COEND/CGENE/DILIC – Ibama, a primeira
parte da Condicionante foi atendida - apresentar mapa com divisão em bacia e sub-bacias -. Com
relação a segunda parte - classificar os corpos hídricos superficiais conforme Resolução
CONAMA 357/2005, foi definido os corpos hídricos a serem classificados pela Eletronuclear
conforme solicitado pelo Of. SM.G – 356/10 de 22/07/2010, e, portanto, a Condicionante
encontra-se em atendimento.
Condicionante não Atendida.
2.13. Monitorar as áreas classificadas como de maior risco de eventos de escorregamentos de
massa em taludes ou encostas e as que apresentarem feições de movimentação devem sofrer
intervenção para sanar estes problemas.
Por meio do Of. SM.G – 357/09, de 18/08/09, foi enviado o RT
BP/G/6560/080005, de 15/04/08, relativo à Monitoração da Encosta situada à Jusante da BR-
101, próximo ao deslizamento do Km 520,1.
Em 03/11/09, por meio do Of. SM.G – 472/09, foram enviados para atendimento
desta Condicionante os seguintes documentos:
• BP/G/6560/090005 – Monitoração da Encosta Situada a Jusante da BR – 101 Próximo ao
Deslizamento do Km 520,1;
• BP/G/6560/090006 - Monitoração da Encosta Junto da Central de Concreto;
• BP/G/6560/090007 - Monitoração da Encosta Noroeste;
• BP/G/6560/090008 - Monitoração da Encosta do Km 520,3 da BR – 101;
• BP/G/6560/090009 - Monitoração das Cortinas Atiradas do Acesso à CNAAA;
• BP/G/6560/090010 - Monitoração das Cortinas Atiradas do Km 520 da BR – 101.
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Em 17/03/10, por meio do Of. SM.G – 107/10, foram enviados para atendimento
desta Condicionante os seguintes documentos:
• BP/G/6560/100001 – Monitoração da Encosta Situada a Jusante da BR – 101 Próximo ao
Deslizamento do Km 520,1, de 23/02/2010;
• BP/G/6560/100002 - Monitoração da Encosta Junto da Central de Concreto, de
23/02/2010;
• BP/G/6560/100003 - Monitoração da Encosta Noroeste, de 23/02/2010;
• BP/G/6560/100004 - Monitoração da Encosta do Km 520,3 da BR – 101, de 23/02/2010;
• BP/G/6560/100005 - Monitoração das Cortinas Atiradas do Acesso à CNAAA, de
11/02/2010;
• BP/G/6560/100006 - Monitoração das Cortinas Atiradas do Km 520 da BR – 101, de
23/02/2010.
No dia 30/06/2010, em vistoria, o Ibama verificou as ações relativas às encostas
adjacentes à CNAAA, e conforme consta no relatório de vistoria “observou-se que os programas de
monitoramento de encostas são realizados com periodicidade regular, sendo obtidos dados de
declividade, em poços de monitoramento, com clinômetros instalados nas encostas adjacentes ao
empreendimento. O Engenheiro responsável pelo programa de monitoramento, afirmou que quando
são detectados riscos de deslizamentos nestas encostas a Eletronuclear assume a iniciativa em
construir as contenções adequadas. Após apresentar dados que comprovam a diminuição da
movimentação da encosta Noroeste, de 1,3 m/ano para 1,3 cm/ano, o Engenheiro responsável
afirmou ainda que os programas de monitoramento são efetivamente realizados e demostram
estabilização das áreas monitoradas. Durante a vistoria não foi constatado indícios de
movimentação de massas nas encostas e os tirantes não apresentavam deslocamentos
significativos.”
Nesta vistoria, foi acordado que os relatórios de monitoramento deverão ser
entregues com frequência anual, e não mais semestral, dada a constatação, pela avaliação do
histórico dos dados apresentados, de que houve estabilização dos taludes e encostas do entorno do
sítio da CNAAA.
A avaliação do atendimento a esta condicionante só poderá ser concluída ao final da
Licença de Instalação n° 591/09, uma vez que se trata de um programa de monitoramento contínuo
da estabilidade das encostas. Contudo, entende-se que esta Condicionante faz parte do Programa de
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Monitoramento Ambiental da CNAAA, e portanto, está no contexto da Condicionante 2.1 desta LI,
e desta forma, também está em atendimento.
Condicionante em atendimento.
2.14. Apresentar mapa de risco de escorregamento de taludes e encostas no entorno do CNAAA
e na rodovia BR 101 entre dois trevos e outras rodovias que podem ser utilizados como rota de
fuga em caso de emergência.
O atendimento a esta condicionante está atrelado ao estudo a ser apresentado em
função da Condicionante 2.2 da LI, desta forma, a avaliação de seu atendimento se dará pela
apresentação do mapa de risco de escorregamento de taludes e encostas elaborado no contexto
do estudo em questão.
Condicionante não Atendida.
2.15. Apresentar outorga para uso da água.
Em 02/07/09, foi enviado pelo Of. SM.G-301/09, a Portaria SERLA n° 552, de 17
de janeiro de 2007 que outorga à Eletronuclear o “ Direito de Uso sobre os Recursos Hídricos do
Rios do Frade e Sacher “ concedida pela FSERL, da Secretaria do Estado de Meio Ambiente-RJ,
em atendimento à Condicionante 2.15 da LI.
Condicionante Atendida.
2.16. Apresentar a Revisão do Estudo de Análise de Riscos em documento consolidado
atendendo as recomendações do Parecer Técnico – EAR-Revisão 3.
No processo de Licenciamento Ambiental de Angra 3, o Ibama avaliou o tópico
Análise de Riscos do empreendimento por meio do consultor externo Dr. Francisco Corrêa. Após
três Pareceres deste consultor, restaram cinco “pendências” a serem equacionadas pela
Eletronuclear.
Em 03/04/09, por meio do Of. n° 206/09/COEND/CGENE/DILIC/Ibama, foi
encaminhado à Eletrobrás Termonuclear S.A. o “Parecer Técnico sobre o Estudo de Análise de
Risco – Revisão 3”, informando que as pendencias apontadas neste parecer foram incorporadas na
LI n° 591/2009 de 05/03/2009, por meio da Condicionante 2.16: “Apresentar a Revisão do Estudo
de Análise de Riscos em documento consolidado atendendo as recomendações do Parecer Técnico
– EAR-Revisão 3.”.
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Contudo, por entender que compete à CNEN a análise de Riscos Nucleares deste
empreendimento, bem como de outras Instalações Nucleares existentes no País. o Ibama
encaminhou, em 15 de setembro de 2009, o Ofício n° 948/2009 - DILIC/Ibama à CNEN,
solicitando a verificação, por essa Instituição, da pertinência das observações técnicas expressas
pelo Dr. Francisco Corrêa, bem como das respostas dadas pela Eletronuclear.
Em 22/09/10, por meio da carta SM.G-473/10, a ETN encaminhou à DILIC
solicitação para que o Ibama reavalie a pertinência da condicionante 2.16 - “apresentar a revisão do
Estudo de Análise de Riscos em documento consolidado atendendo as recomendações do Parecer
Técnico – EAR- Rev. 3.”, argumentando que, considerando a metodologia de licenciamento
internacional e nacional relativos a riscos nucleares, é do entendimento da Eletronuclear,
injustificável a realização de uma Análise de Consequências específica para Angra 3 (APS nível 3),
conforme solicitado na Condicionante 2.16 da LI, e portanto, pelo Parecer Técnico – EAR- Rev. 3.
O Ibama ainda não se manisfestou sobre a argumentação da Eletronuclear, e tendo
em vista a importância do tema, foi solicitado à CNEN uma reunião para tratar do assunto, a fim
de estabelecer um posicionamento em relação a esta Condicionante à Eletronuclear.
Condicionante não Atendida.
2.17. Apresentar em 120 (cento e vinte) dias antes da solicitação da Licença de Operação, o PGR
e o PAE.
A fim de adiantar a análise destes importantes documentos, por meio do Ofício n°
388/11 de 26 de abril de 2011, o Ibama solicitou, antecipadamente, o encaminhamento do PGR e
do PAE.
Condicionante em atendimento.
2.18. Apresentar em 120 (cento e vinte) dias projeto de implantação do programa de
monitoramento atmosférico em todo sitio da CNAAA, indicando as fontes emissoras,
posicionamento da estação (qualidade do ar) a jusante da direção preferencial dos ventos,
freqüência de amostragem para os parâmetro O3, NOx, SO2, material particulado (total e
inalável).
Em 24/07/09, por meio do Of. SM.G – 328/09, a Eletronuclear solicita a
prorrogação de prazo e justifica que os atrasos em relação ao atendimento à Condicionantes 2.18
se deu por não ter, ainda, encontrado empresa qualificada para executar os serviços em questão.
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Por meio do Of. n° 153/2010 COEND/CGENE/DILIC, de 21/06/10, o Ibama
responde a solicitação de prazo pela ETN ( Of. SM.G – 328/09), bem como solicita informações
sobre andamento das medidas necessárias ao atendimento da Condicionante 2.18 da LI n°
591/09 em 60 dias.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a ETN esclareceu que não foi
possível cumprir o prazo inicial do Ibama devido a uma série de dificuldades para encontrar
empresas interessadas e capacitadas para executar o projeto, mas que atualmente a ETN já dispõe
de 3 propostas, que se encontram em fase de análise. Esclareceu ainda que optou por uma
unidade de monitoramento automatizada e que as medições serão realizadas em ponto a ser
determinado no Plano de Amostragem, durante 3 meses no inverno e 3 meses no verão, para que
se tenha resultados representativos da sazonalidade. Entretanto, a ETN entende que devido ao
baixo nível das suas emissões (resultam apenas da operação das Caldeiras Auxiliares e dos testes
de operação dos Geradores Diesel de Emergência), esta medição não seria realmente necessária,
pois a Resolução CONAMA 03/90 aplica-se principalmente às usinas térmicas convencionais.
Contudo, está dando andamento ao processo de contratação.
Em 19/08/10, por meio do Of. SM.G – 418/10, a Eletronuclear reitera o que foi
posto na reunião do dia 29/06/2010 e que estava no final da elaboração do Edital de
Concorrência para a Prestação de Serviços de monitoramento da Qualidade do Ar e Modelagem
da Dispersão Atmosférica no Sítio da CNAAA, bem como o Termo de Referência, que seriam
oportunamente encaminhados para o Ibama, o que ainda não ocorreu.
Importante observar que os documentos citados anteriormente são prévios ao
documento necessário ao atendimento à Condicionante em análise.
Condicionante não Atendida.
2.19. Apresentar em 180 (cento e oitenta) dias cronograma técnico-financeiro e de execução
conforme estrutura analítica de Projeto RMBN – Depósito para Rejeitos de Médio e Baixo Nível
de Radiação das Centrais Nucleares e Aplicações Nucleares, homologado pela CNEN.
Em 24/03/09, por meio do Of. P-118/09, foi encaminhado para conhecimento do
Ibama, cópia da carta P-117/09 enviada à CNEN, visando o atendimento da Condicionante 2.19
da LI n° 591/2009.
Em 08/09/09, por meio do Of. n° 431/09 – CNEN/PR, foi enviado o “Projeto
RBMN – Repositório de Média e Baixa Atividade”.
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Em 18/09/09, por meio do Of. SM.G – 408/09, foi esclarecido que o cronograma
solicitado faz parte do Relatório “Projeto RBMN - Repositório de Média e Baixa Atividades”.
Neste sentido, observa-se que o documento foi encaminhado de acordo com o
prazo estipulado na Condicionante.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, o Ibama questionou sobre o
andamento do projeto e a ETN esclareceu que, como este é conduzido pela CNEN, não houve
tempo hábil para atualizar as informações e que o Ibama seria informado por carta, num prazo de
20 dias.
Em 28/07/2010, por meio do Ofício SM.G-371/10, foi esclarecido que maiores
informações sobre o andamento do Projeto serão repassados ao Ibama após respostas às
solicitações de informações da ETN à CNEN.
Por meio do Of. SM.G-408/10, de 16/08/10, a ETN encaminhou o Ofício CNEN-
DPD-07/2010, o qual contém um resumo sobre a situação e as atividades realizadas nos projetos
de construção do RBMN e do DICOMBUS.
Considerando que o cronograma técnico-financeiro e de execução conforme
estrutura analítica de Projeto RMBN – Depósito para Rejeitos de Médio e Baixo Nível de
Radiação das Centrais Nucleares e Aplicações Nucleares, homologado pela CNEN, foi
encaminhado no prazo estipulado pela Condicionante 2.19, considera-se a Condicionante
atendida.
Contudo, é importante frisar que conforme consta no EIA e no Parecer 025/2008
a “Unidade 3 não utilizará o CGR, estando planejado que a disposição de seus rejeitos de média
e baixa radioatividade se dará no Depósito Definitivo de Rejeitos Radioativos, sem local ainda
definido, cuja entrada em operação está prevista para ocorrer juntamente com Unidade 3”. A não
existência do RMBN compromete a guarda destes rejeitos, e portanto, a pode comprometer a
viabilidade da Unidade 3 da CNAAA.
Neste contexto a análise dos documentos encaminhados, Nota Técnica 025/2011/
COEND/CGENE/DILIC, reuniu informações relevantes sobre o projeto para à Coordenação de
Área, à Coordenação Geral e à Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama, que deliberaram
pela realização de reunião com a CNEN para tratar do assunto. A solicitação da reunião está em
processo de tramite no IBAMA.
Condicionante Atendida.
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2.20. Apresentar em 180 (cento e oitenta) dias cronograma técnico-financeiro e de execução
conforme estrutura analítica de Projeto RAN - Depósito Rejeitos de Longo Prazo dos
combustíveis usados, homologado pela CNEN.
Em 24/03/09, por meio do Of. P-118/09, foi encaminhado cópia da carta P-117/09
enviada à CNEN, visando o atendimento da Condicionante 2.19 da LI n° 591/2009;
Em 08/09/09, por meio do Of. n° 431/09 – CNEN/PR, foi enviado o Projeto
DICOMBUS – “Depósito Intermediário de Longo Prazo para Elementos Combustíveis”; e o
“Projeto DICOMBUS – Termo de Abertura do Projeto”;
Em 18/09/09, por meio do Of. SM.G – 408/09, foi esclarecido que o cronograma
solicitado faz parte do Relatório “DICOMBUS – Depósito Intermediário de Longo Prazo para
Elementos Combustíveis”;
Neste sentido, observa-se que o documento foi encaminhado de acordo com o
prazo estipulado na Condicionante.
Em 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, o Ibama questionou sobre o
andamento do projeto e a ETN esclareceu que, como este é conduzido pela CNEN, não houve
tempo hábil para atualizar as informações o que será informado por carta, num prazo de 20 dias.
Em 28/07/2010, por meio do Ofício SM.G-371/10, foi informado que maiores
informações sobre o andamento do Projeto serão repassados ao Ibama após respostas às
solicitações de informações da ETN à CNEN.
Por meio do Of. SM.G-408/10, de 16/08/10, a ETN encaminhou o Ofício CNEN-
DPD-07/2010, o qual contém um resumo sobre a situação e as atividades realizadas nos projetos
de construção do RBMN e do DICOMBUS.
Considerando que o cronograma técnico-financeiro e de execução conforme
estrutura analítica de Projeto RAN - Depósito Rejeitos de Longo Prazo dos combustíveis usados,
homologado pela CNEN, foi encaminhado no prazo estipulado pela Condicionante 2.19,
considera-se a Condicionante atendida.
Contudo, é importante observar que diferentemente do estipulado pela
Condicionante 2.18 da LP n° 279/08, o depósito proposto pela CNEN não é o final. Tal decisão
se baseou em decisão no âmbito da Política Brasileira em postegar a reciclagem dos Elementos
Combustíveis Irradiados – ECIs.
Neste contexto, para avaliação dos documentos enviados, foi elaborada a Nota
Técnica 025/2011, a fim de informar a Coordenação de Área, a Coordenação Geral e a Diretoria
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de Licenciamento Ambiental do Ibama sobre o andamento dos projetos do RBMN e do
DICOMBUS. A seguir consta alguns dos pontos relvantes tratados neste documento:
• Tendo em vista a decisão Política Brasileira em postegar a reciclagem dos Elementos
Combustíveis Irradiados - ECIs, a CNEN decidiu que estes combustíveis, oriundos dos
reatores das usinas nucleares brasileiras, fossem armazenados por longo prazo em
depósitos intermediários, até que seja considerado conveniente, política e
economicamente, a reciclagem de tais ECIs. Desta forma, para continuação do processo
de atendimento a Condicionante, é necessário reconsiderar o estipulado pela
Condicionante 2.18 da LP n° 279/08 no que tange a exigência de Construção de um
Depósito Final de Material Radioativo de Alta Atividade.
• O Projeto DICOMBUS (Depósito Intermediário de Longo Prazo para Elementos
Combustíveis), que substituiu o Projeto RAN, referenciado na Condicionante em questão,
visa atender esta demanda. Atualmente os ECIs estão armazenados nas piscinas dos
reatores. Contudo, antes de serem enviados para o referido Depósito, os ECIs deverão ser
transferidos para um Depósito Inicial de Combustíveis Irradiados – DICI (atualmente
denominado de Unidade de Armazenamento Complementar de Combustível Irradiado da
CNAAA - UFC) a ser construído no sítio da Central Nuclear de Angra, ao passo que o
DICOMBUS será locado fora deste sítio.
• Importante frisar que a construção e a responsabilidade pelo DICI será da ETN
(Eletronuclear), e que a responsabilidade pelo DICOMBUS está a cargo da CNEN.
Considerando a necessidade de transporte dos ECI das piscinas do reator para o DICI, e
deste para o DICOMBUS, e que estas operações são de responsabilidade da ETN, ficou
definido que a seleção do recipiente de transporte está a cargo da ETN, devendo contudo,
ser aprovado pelos órgãos reguladores.
• Foi informado que para Angra 1 e 2, as piscinas dos reatores estão com 52% e 30% de
sua capacidade ocupadas (na época de elaboração do documento), com tempo para
esgotar suas capacidades de 12 e 10 anos, respectivamente.
• No relatório foi evidenciado que é responsabilidade exclusiva da ELETRONUCLEAR a
elaboração e construção do DICI e da Planta Piloto para demonstrar a viabilidade
operacional a frio do sistema de armazenagem e deslocamento de ECI.
• Com relação ao cronograma físico do Projeto DICOMBUS, foram apresentadas e
definidas as quatro fases, dentre as quais temos: Definição e Projetos Conceituais;
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Construção de Protótipos e Seleção Preliminar de Local; Construção da Instalação do
DICOMBUS; e Licenciamento e Operação do DICOMBUS. Foi proposto “o prazo de
dezembro de 2013 para construção e qualificação dos protótipos em escala
(armazenagem), bem como para especificação da instalação civil de armazenagem no
sítio do Depósito Intermediário de Longo Prazo (projeto conceitual)”. No que tange o
licenciamento ambiental, foi informado que o mesmo está previsto para 2017.
Considerando o exposto, e relevando o fato de que a capacidade máxima das
Piscinas de Armazenamento de Combustível Irradiado de Angra 1 e 2 será atingida por volta de
2018, tecnicamente podemos considerar que o DICOMBUS não atende, a curto prazo, as
necessidades de armazenamento de ECIs da CNAAA, considerando o cronograma apresentado.
Há uma solução técnica para o armazenamento de ECIs para as Usinas da
CNAAA, a construção e operação do UFC, que tem estimativa de operar por toda vida útil das
Usinas Nucleares de Angra dos Reis (cerca de 60 anos). Se esta solução for implementada,
viabiliza a operação do complexo.
Relevando que cabe à CNEN a responsabilidade de projetar, construir e instalar o
RAN, atualmente DICOMBUS, entendemos que não cabe ao Ibama cobrar à Eletronuclear
aquilo que não é de sua responsabilidade, objeto das considerações desta Condicionante.
2.21. Apresentar até a fase de operação levantamento de varredura “screening” de carbono-14
natural e artificial nas áreas de influência direta e indireta da CNAAA.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a mesma ponderou que esta
Condicionante foi gerada em função de uma tese de doutorado apresentada na Universidade de
Brasília, que envolveu uma análise de amostras realizadas no exterior (Suécia), não havendo
condições de realizar o screening no Brasil, por falta de equipamentos apropriados. Conforme
acordado, a ETN irá formalizar uma solicitação de posicionamento pela CNEN, que nunca fez
exigências a esse respeito, e complementou informando que a Agência Internacional de Energia
Atômica também não indica a necessidade desse tipo de estudo em reatores do tipo PWR, como
os da CNAAA, mas apenas para os do tipo BWR. O Ibama solicitou que a ETN reenvie o
relatório referente à Condicionante 2.28 da LP, acompanhado da sua justificativa quanto à não
necessidade do estudo, de modo que o Ibama possa reavaliar a pertinência da Condicionante.
Em 03/08/2010 , por meio do Ofício SM.G-378/10, em anexo, foi reencaminhado
o Relatório DMAS.O-029/08 - “Análise de Carbono 14- em Amostras Ambientais”. Neste Ofício
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ainda são apresentados os argumentos técnicos da Eletronuclear sobre a pertinência da varredura
de C-14 para o sítio da CNAAA.
Dentre os argumentos, é apresentado um trecho das conclusões da Tese de
Doutorado da Dra. Cíntia Melazo Dias, intitulada “Emissão de C-14 pelas Unidades 1 e 2 da
Central nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) e seu Efeito Local nos Níveis Ambientais”
UnB, outubro de 2006. O estudo foi realizado até uma distância de 5 km das usinas, em que “os
resultados de amostragens de ar atmosférico até 3 km das usinas mostraram valor para C-14
maior do que os reportados na literatura, considerando usinas do tipo PWR. Enquanto as
médias normalmente encontradas estão na faixa de 1 a 3 mBq/m³, a média máxima medida neste
estudo foi de 12 mBq/m³. É importante ressaltar que a contribuição deste valor à dose de
radiação na população local não é significativa sob o ponto de vista radiológico. Os cálculos
indicam uma dose efetiva de 0,07 microSv/ano, o que representa 0,7% da dose provocada pelo
C-14 natural, que é de 10 microSv/ano. Além disso, o valor de dose para grupos críticos por
instalação nuclear, fixado por norma da CNEN, é de 0,3 mSv/ano, portanto 0,6mSv/ano,
considerando as duas usinas, ou seja, a dose admitida é mil vezes maior do que aquela
provocada pelo adicional de C-14 antropogênico medido na região”.
Neste contexto foi encaminhado o Artigo “Distribuição de Carbono-14 no
Ambiente Terrestre perto de usinas nucleares Francesas”. Este Artigo foi publicado em 2006 por
pesquisadores do Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear de Cadarache, França, cujas
conclusões indicam que “o aumento relativo de C-14 em torno dos sítios é da ordem de poucos
Bequeréis por quilograma de carbono, dando uma dose aumentada da ordem de 1% em relação
à dose de fundo (background) de C-14, ou seja, cerca de 10 microSv/ano”.
Tendo em vista estas informações, e ao fato do Programa de Monitoramento
Ambiental Radiológico Operacional (PMARO) estar operacionalizado desde 1980, e neste
contexto não ter sido até o momento exigido a realização de tal estudo pela CNEN, órgão
competente, no que se refere o monitoramento dos aspectos radiológicos e nucleares, a
Eletronuclear reitera a solicitação de que o Ibama reavalie a pertinência desta Condicionante.
A Condicionante 2.21 da LI n° 591/09 foi discutida no 09/02/2011, em reunião
realizada no Ibama Sede com a Eletronuclear. Nesta reunião o Superintendente de Meio
Ambiente da ETN argumentou que “este monitoramento não se aplica e que a Eletronuclear já
tem um vasto programa de monitoramento ambiental e radiológico na região, que comprova o
não incremento significativo a atividade radiológica no entorno da CNAAA, reiterando a
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solicitação de retirada da condicionante.”. Nesta mesma reunião o Ibama “expôs que existe
históricos monitoramentos de C-14 na cadeia trófica e que essa é ferramenta da radioecologia.
Ainda, solicitou que um documento consolidado, sobre o programa de monitoramento
radiológico, seja elaborado e enviado ao Ibama de forma a subsidiar a análise da influência da
CNAAA sobre o entorno.” O Coordenador da COEND, informou “que há preocupação
psicológica do aceite da sociedade sobre a remoção da condicionante, uma vez que a discussão
técnica deverá ser aprofundada”.
Desta forma, conclui-se que até o momento não foi apresentado o Estudo
solicitado, dado que a Eletronuclear entende não ser pertinente a elaboração do mesmo, e,
portanto, depende de um posicionamento do Ibama em relação ao assunto.
Conforme acordado na reunião do dia 29/06/2010, a Eletronuclear ficou de
formalizar uma solicitação de posicionamento pela CNEN sobre o assunto.
Condicionante em Atendimento.
A ETN deverá apresentar uma resposta da solicitação à CNEN.
2.22. Os efluentes líquidos produzidos durante a instalação e operação de Angra 3 devem ser
tratados e somente lançados ao meio ambiente com parâmetros que não alterem a qualidade das
águas superficiais e/ou marinha.
A análise dos dois primeiros Relatórios Semestrais de Efluentes Líquidos do
Canteiro de Angra 3 consta no Parecer Técnico 016/2001/COEND/CGENE/DILIC-Ibama, o
qual foi encaminhado à Eletronuclear pelo Ofício n° 223/2011/CGENE/DILIC/Ibama, para que a
mesma atenda suas recomendações.
Considerando as análise destes documentos, bem como os relatórios de vistoria de
junho/julho de 2010 e fevereiro de 2011, considera-se que os efluentes líquidos produzidos
durante a instalação de Angra 3 estão sendo devidamente tratados e gerenciados, uma vez que,
quando lançados no corpo receptor, os parâmetros de controle estão dentro dos limites
estipulados pela legislação pertinente. Portanto, julga-se que a condicionante até o momento se
encontra atendida. Contudo a avaliação definitiva se dará ao final das obras, uma vez que o
atendimento à condicionante está atrelado à manutenção destas condições.
Conforme posto no Parecer Técnico 016/2001/ COEND/CGENE/DILIC-Ibama, o
acompanhamento destas condições se dará por meio de vistorias e análises dos relatórios de
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monitoramento subsequentes. Estes relatórios deverão ser enviados junto aos PBA, conforme já
solicitado no Relatório de Vistoria de 29/06 a 02/07/2010 (página 07/15), e no Parecer 016/11.
Condicionante em atendimento.
2.23. Apresentar, no âmbito do PBA, Programa de Tratamento de Efluentes Líquidos
Convencionais propondo malha amostral, freqüência de amostragem e parâmetros a serem
analisados.
Em 07/10/10, a Eletronuclear encaminhou a carta SM.G – 504/10, na qual solicita
à DILIC um pronunciamento formal sobre o atendimento da condicionante 2.23 da LI n°
591/2009. Em 06/01/11, por meio da carta SM.G-006/11, a Eletronuclear reitera a solicitação à
DILIC sobre o atendimento da condicionante 2.23 da LI n° 591/2009, bem como encaminha
cópia do Relatório Semestral de Efluentes Líquidos, gerado no 1°. Semestre de 2010, o qual
havia sido solicitado na reunião do dia dia 29/06/2010.
Conforme consta na ATA da reunião com a Eletronuclear, realizada no dia
29/06/2010, os técnicos do Ibama haviam conduzido um entendimento de que esta
Condicionante referia-se à fase de operação de Angra 3. Contudo, após uma análise mais
detalhada, considerando-se o Parecer 010/2009 que subsidiou a emissão da Licença de Instalação
de Angra 3, concluiu-se que a mesma é relativa a fase de Instalação da Unidade 3. Desta forma, a
solicitação da malha amostral, freqüência de amostragem e parâmetros a serem analisados feita
nesta Condicionante refere-se ao lançamento de Efluentes Líquidos Convencionais da ETE do
canteiro de obras, atualmente em funcionamento.
Neste sentido, no Parecer Técnico n° 016/2011/COEND/CGENE/DILIC-Ibama,
que analisou os dois primeiros Relatórios Semestrais de Efluentes Líquidos do Canteiro de
Angra 3, foi solicitado a apresentação de uma proposta de malha amostral, com freqüência de
amostragem, e os parâmetros a serem analisados no monitoramento do corpo receptor dos
efluentes do canteiro de obras de Angra 3.
Portanto, considera-se que esta condicionante não foi atendida, o que ocorrerá
após a apresentação, e aceite pelo Ibama da proposta de malha amostral a ser encaminhada.
Desta forma, a Eletronuclear deverá apresentar esta proposta num prazo de 90 dias.
Condicionante não Atendida.
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2.24. Apresentar pelo LMA- Laboratório de Monitoração Ambiental para todas as fases,
cronograma de execução, implantação e encaminhamento das certificações por ensaio,
metodologia e parâmetro acreditados pela ISO 17.025.
Em 19/08/09, por meio do Of. SM.G – 361/09, foi enviado a “Autorização de
Serviços n° GCC.A/AS-0824/2008” referente à Prestação de Serviços de Consultoria para
estabelecimento e implantação do Sistema de Gestão da Qualidade.
Em 25/08/09, por meio do Of. SM.G – 370/09, foi enviado a “Proposta da
empresa HGB Consultoria e Gestão Ltda” em complementação à Autorização de Serviços n°
GCC.A/AS-0824/2008 encaminhada pelo Of. SM.G – 361/09.
Conforme o documento “Autorização de Serviços n° GCC.A/AS-0824/2008”,
são apresentados as etapas para a elaboração do Manual da Qualidade para o LMA, a saber:
Avaliação (Diagnóstico); Treinamento para Qualidade, Assessoria Técnica para Elaboração/
Adequação dos Documentos da Qualidade; Implantação dos Documentos e Registros; Auditoria
Interna; e Assessoria Técnica para a Melhoria do Sistema de Gestão.
No Ofício SM.G – 370/09, foi enviado a “Proposta da empresa HGB Consultoria
e Gestão Ltda” em complementação à Autorização de Serviços n° GCC.A/AS-0824/2008, na
qual é apresentado o cronograma físico para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade
do LMA. Neste cronograma prevê-se um prazo de 12 meses para execução dos trabalhos pela
HGB Consultoria e Gestão Ltda.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, esta esclareceu que a
certificação do LMA se trata de processo longo, que está em andamento e que deverá ser
concluído em fevereiro de 2011. Complementando, informou que naquele momento estava sendo
realizado um curso de Auditoria Interna, de acordo com a norma ISO 17.025. Uma vez
concluído este processo, a ETN irá solicitar autorização ao INMETRO para contratar um
Acreditador para validar o processo.
Nesta mesma reunião, o Ibama se posicionou informando que isto não seria
suficiente para assegurar que as análises têm validade analítica. A ETN esclareceu que o LMA
participa de programas de intercomparação com o IRD/CNEN e a Rede Metrológica, o que
permite a validação dos métodos utilizados. O Ibama solicitou então que a ETN apresente os
resultados dessas intercomparações, o que ainda não foi realizado.
Durante vistoria realizada em julho de 2010, foram vistoriados os diversos
laboratórios de caracterização de fauna e flora e de monitoramento radiológico e ambiental -
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LMA. Constatou-se que as técnicas utilizadas, bem como as infra-estruturas laboratoriais são
compatíveis com os propósitos do programa. Diversos relatórios de validação de métodos e de
participação em programas interlaboratoriais foram brevemente analisados, o que configura a
gestão da manutenção da qualidade técnico-analítica do laboratório.
Desta forma, a ETN deverá apresentar os programas de intercomparação do LMA
com o IRD/CNEN e a Rede Metrológica, bem como finalizar a implantação e encaminhar as
certificações por ensaio, metodologia e parâmetro acreditados pela ISO 17.025 ao Ibama para
atendimento à Condicionante em tela.
Condicionante em Atendimento.
A ETN deverá apresentar o cronograma para atendimento desta condicionante e os
programas de intercomparação do LMA com o IRD/CNEN e a Rede Metrológica, bem
como finalizar a implantação e encaminhar as certificações por ensaio, metodologia e
parâmetro acreditados pela ISO 17.025 ao Ibama para atendimento à Condicionante em
tela.
2.25. Reapresentar em 90 (noventa) dias o Programa de Monitoração e Controle da Qualidade
das Águas - PMCQA, incluindo as considerações do Parecer Técnico no. 010/2009 –
COEND/CGENE/DILIC/Ibama.
Por meio do Ofício SM.G-279/09, de 16/06/09, a ETN encaminhou o Relatório
Técnico SM.G – 007/2009, relativo ao Programa de Monitoração e Controle da Qualidade
das Águas (PMCQA), visando atender a Condicionante 2.25 da LI n° 591/09. E pelo Ofício
SM.G-351/10, de 20/07/10, a ETN encaminhou a revisão atualizada do procedimento integrante
do Manual de Operação da Usina (MOU), intitulado “Programa de Monitoração e Controle
da Qualidade das Águas – PA-AG 06, revisão 02” visando atender a Condicionante em
questão.
O PMCQA apresentado no PBA, está constituído por quatro componentes:
Monitoração da Qualidade da Água para fins Potáveis; Monitoração da Qualidade das Águas
Salinas; Monitoração da Qualidade das Águas dos Efluentes das Estações de Tratamento de
Esgoto da CNAAA; e Monitoração da Qualidade das Águas do Dreno da Cortina Atirantada no
Sítio da Usina.
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A seguir consta uma análise de cada Componente, considerando para tanto o
solicitado no Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama e as cartas SM.G-
279/09 e SM.G-351/10 da ETN.
• Monitoração da Qualidade da Água para fins Potáveis
Conforme o Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama, o
componente de Monitoração da Qualidade da Água para fins Potáveis não necessitava de
adequações. Contudo, os demais componentes não estavam adequados, pois não foram
suficientemente detalhados.
• Monitoração da Qualidade das Águas Salinas
Em relação ao componente Monitoração da Qualidade das Águas Salinas, o
Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama diz ser necessário a apresentação
de uma proposta de “malha amostral definindo a posição dos pontos de coleta. Esta malha deve
ser mais abrangente do que a atualmente utilizada nos monitoramentos da ELETRONUCLEAR,
com o estabelecimento de pontos controle fora da área de abrangência modelada para a pluma de
contaminantes e fora das enseadas de Itaorna e Piraquara de Fora.” outra observação é que “a
malha deve abranger os pontos atualmente monitorados, o que permitirá a comparação com
resultados passados, sugerindo-se, para a enseada Piraquara de Fora, a adoção de um desenho
amostral em forma radial, como o executado no EIA.”
Conforme informado no Ofício SM.G-279/09, “o Relatório Técnico SM.G –
007/2009 aborda tecnicamente a não necessidade da escolha de uma malha amostral para a
monitoração das águas salinas na área de influência da CNAAA, assim como a definição dos
parâmetros, uma vez que os mesmos já se encontram definidos, conforme as normas de controle
ambiental estadual e federal”.
Após avaliação do conteúdo do Relatório Técnico SM.G – 007/2009, bem como
do Programa de Monitoração e Controle da Qualidade das Águas (PMCQA), observou-se que os
parâmetros analisados no Programa de Monitoramento estão adequados ao fim de avaliação da
qualidade das águas marinhas, uma vez que estão diretamente relacionados com as
características qualitativas dos efluentes da CNAAA.
Outra observação importante, é que o controle dos efluentes oriundos da operação
de Angra 1 e 2 cumpre o PROGRAMA DE AUTOCONTROLE DE EFLUENTES LÍQUIDOS –
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PROCON ÁGUA do INEA. Contudo, é importante reforçar o posicionamento posto na
reunião de 29/06/10, de que a ETE do canteiro de obras de Angra 3 também deverá aderir
ao PROCON ÁGUA, o que está relacionado à Condicionante 2.22.
Com relação à malha amostral nos monitoramentos da ELETRONUCLEAR, no
Relatório Técnico SM.G – 007/2009 foi apenas informado que “os relatórios do Programa são
encaminhados ao Ibama em periodicidade semestral, desde 2001, e não temos registros, na
Eletronuclear, sobre a necessidade de eventual modificação por parte do Ibama da malha
amostral ou dos parâmetros ora monitorados ao longo dos anos de monitoramento para as
águas salinas.”
O PMCQA deverá ser reavaliado para todo o Complexo da CNAAA, afim de
adequá-lo tanto à fase de instalação de Angra 3, quanto operação de Angra 1 e 2. Neste sentido,
deverá ser programada uma vistoria técnica, para tratar unicamente desta questão.
• Monitoração da Qualidade das Águas dos Efluentes das Estações de Tratamento de
Esgoto da CNAAA
Conforme o Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama, em
relação a este componente “deve ser apresentado, em planta, a localização dos pontos de
amostragem. Devem ser amostrados, no mínimo, um ponto na saída da estação de tratamento,
um ponto no poço de selagem e um ponto no local de lançamento da enseada de Piraquara de
Fora. Os parâmetros de análise propostos no programa são insuficientes. Este componente deve
ter como objetivo estimar a composição do efluente, atendendo ao solicitado na condicionante
2.23, bem como verificar se este vem atendendo aos padrões de lançamento definidos pelas
legislações Federal e Estadual.”
Em resposta, no Relatório Técnico SM.G – 007/2009 é informado que a
consideração da necessidade de amostragem, no poço de selagem principal (UQJ) e em
Piraquara de Fora dos efluentes oriundos das estações de tratamento de esgotos, exposta no
Parecer 010/2009, não procede. Tal afirmação foi fundamentada no fato de que os efluentes de
Angra 1 e 2 não são lançados na estrutura UQJ, e consequentemente no Saco de Piraquara de
Fora. Portanto o referido monitoramento restringe-se a Itaorna.
Neste contexto, corrobora-se com o entendimento exposto pela Eletronuclear.
Contudo será necessário a apresentação, em mapa, dos pontos de monitoramento ambiental
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relativos aos efluentes gerados na obra de Angra 3, bem como dos pontos de lançamento e
mistura destes efluentes com o corpo receptor.
• Monitoração da Qualidade das Águas do Dreno da Cortina Atirantada no Sítio da
Usina
Conforme o Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama, em
relação a este componente, “deverá ser apresentado, em planta, a localização dos pontos de
amostragem. Os relatórios do Programa de Monitoração e Controle da Qualidade das Águas
devem ser encaminhados ao Ibama, constando os laudos dos laboratórios responsáveis pelas
análises.”
Em resposta, no Relatório Técnico SM.G – 007/2009 é informado que será
providenciada a planta de localização de coleta do dreno da cortina atirada, assim como, o
envio dos laudos das análises realizadas pelo laboratório responsável, o que ainda não foi
realizado.
Tendo em vista o exposto, entende-se que a Condicionante como um todo está em
atendimento, e para tanto, os encaminhamentos feitos devem ser atendidos pela ETN. Solicita-se
ainda que a que a ETN apresente um cronograma para atendimento das orientações postas.
Condicionante em atendimento.
A ETN deverá proceder a adequação da ETE do canteiro de obras de Angra 3 ao
PROCON ÁGUA; apresentar, em mapa, os pontos de monitoramento ambiental relativos
aos efluentes gerados na obra de Angra 3, bem como dos pontos de lançamento e mistura
destes efluentes com o corpo receptor; e apresentar a planta de localização de coleta do
dreno da cortina atirada, assim como, o envio dos laudos das análises realizadas pelo
laboratório responsável.
2.26. Apresentar em 120 (cento e vinte) dias estudos ecotoxicológicos do sedimento na enseada
de Piraquara de Fora (de acordo com os protocolos da Cetesb) para no mínimo, 2 (dois)
organismos de água salgada visando conhecer os mecanismos de biodisponibilização.
Em 15/04/09, por meio do Of. SM.G – 154/09, foi enviado ao Ibama a
Autorização de Serviços A.S. n° GCC.A/AS – 796/2008 em atendimento à Condicionante em
questão.
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No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a ETN informou que houve
alguns atrasos, mas o estudo já foi realizado, estando o relatório da Bioconsult praticamente
concluído, e será enviado ao Ibama em formato impresso e meio digital.
Em 13/07/10, por meio do Of. SM.G-2.26, a ETN encaminhou o Relatório“
Monitoramento Ambiental da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto – CNAAA”, com data
de maio de 2010, para atendimento à Condicionante 2.26 e 2.27 da LI n° 591/2009. Importante
observar que o documento foi encaminhado fora do prazo estipulado pela Condicionante.
A análise do Relatório “Monitoramento Ambiental da Central Nuclear Almirante
Álvaro Alberto – CNAAA” se deu pelo Parecer Técnico n° 080/2010/COEND/CGENE
/DILIC/Ibama, o qual foi encaminhado à Eletronuclear pelo Ofício n° 278/10, em 05/10/10, para
o cumprimento das recomendações e solicitações de esclarecimentos postas pelo mesmo.
Desta forma, a ETN deverá apresentar um cronograma para atendimento das
recomendações do Parecer Técnico n° 080/2010/COEND/CGENE /DILIC/Ibama. E caso não
seja atendido no prazo proposto, e aceito pelo Ibama, a ETN deverá ser autuada conforme as
penalidades previstas na legislação ambiental.
Condicionante em atendimento.
A ETN deverá apresentar cronograma para atendimento das recomendações do Parecer
Técnico n° 080/2010/COEND/CGENE /DILIC/Ibama.
2.27. Apresentar, no âmbito do PBA, Programa de Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos
das enseadas de Itaorna e Piraquara de Fora, propondo malha amostral, freqüência de
amostragem e parâmetros a serem analisados.
No item dois do Parecer Técnico n° 080/2010/COEND/CGENE /DILIC/Ibama,
foi analisado o Programa de Monitoramento de Sedimentos do Saco de Piraquara de Fora e Ponta
Grande (Itaorna). Conforme já mencionado, este parecer foi encaminhado, via Ofício n° 278/10,
à Eletronuclear para atender as recomendações e solicitações de esclarecimentos. Desta forma,
entende-se que esta Condicionante ainda está em atendimento.
Condicionante em atendimento.
2.28. Implementar o Programa de Medida de Cloro Residual no Saco Piraquara de Fora,
conforme as considerações do Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND /CGENE /DILIC/ Ibama;
e 2.29. Implementar o Programa de Medida de Temperatura no Saco Piraquara de Fora e
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Itaorna, conforme as considerações do Parecer Técnico no. 010/2009 COEND /CGENE /DILIC/
Ibama.
Em 05/06/09, por meio do Of. SM.G-262/09, foi encaminhado ao Ibama, uma
solicitação de que a Condicionante 2.28 e 2.29 da LI. 591/2009 sejam aplicadas apenas após o
início dos testes de potência, ou seja, após a emissão da Licença de Operação de Angra 3.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a ETN esclareceu que
medições foram realizadas nos novos pontos (malha ampliada), as quais serviram como base
para o diagnóstico oceanográfico e a modelagem do impacto de Angra 3. O Ibama entende que a
coleta de amostras na região ampliada deve ser iniciada no mínimo um ano antes da operação de
Angra 3 para poder determinar o “background”, levando em consideração a sazonalidade. A
ETN concorda com este procedimento e irá elaborar um relatório, que será enviado ao Ibama. O
Ibama solicitou que fosse enviado o diagnóstico oceanográfico realizado pela UERJ na área da
CNAAA, em formato impresso e meio digital.
Em 15/07/10, por meio do Ofício SM.G-435/10, o Ibama recebeu o relatório
“Monitoramento Oceanográfico da Enseada de Piraquara de Fora”, conforme solicitado na
reunião do dia 29/06/10.
Conforme observado a metodologia apresentada para medição da concentração de
cloro residual no Programa de Monitoramento de Cloro Residual no Saco Piraquara de Fora e
Itaorna consiste em comparação visual dos frascos, um com água do mar “tratada” e outro sem
“tratamento”, com as cores desenvolvidas nos frascos com aquelas constantes no kit de análise,
fabricado pela Merck.
Em reunião no dia 25 de fevereiro de 2011, o Ibama solicitou que a metodologia
de determinação da concentração de cloro residual seja redefinida por existirem metodologias
com maior acuracidade para se quantificar este parâmetro no monitoramento ambiental.
Considerando os entendimentos técnicos realizados, a implementação do
Programa de Medida de Cloro Residual no Saco Piraquara de Fora, e Programa de Medida de
Temperatura no Saco Piraquara de Fora e Itaorna, conforme as considerações do Parecer Técnico
no. 010/2009 – COEND /CGENE /DILIC/ Ibama, será iniciado um ano antes da operação de
Angra 3.
Quanto a metodologia de determinação da concentração de cloro residual no
Programa de Monitoramento de Cloro Residual no Saco Piraquara de Fora e Itaorna, a
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recomendação é que a mesma seja alterada, apresentando-se ao Ibama, por meio de documento
oficial, qual será a nova metodologia a ser empregada.
Condicionante em atendimento.
A ETN deverá propor nova metodologia de monitoramento de cloro residual no
Programa de Monitoramento de Cloro Residual no Saco Piraquara de Fora e Itaorna.
2.30. Realizar a instalação de três fundeio oceanográfico, com instrumentos capazes de medir de
forma contínua, por no mínimo três meses, direção e intensidades das correntes, nível da água e
concentração de sólidos suspensos. Sugere-se que estes fundeios sejam posicionados a leste da
Ponta Grossa, no centro do Saco Piraquara de Fora e entre a Laje Caroço do Piraquara e a Laje
do Fundo.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, a ETN esclareceu que
gostaria de ter contestado esta Condicionante no passado, mas isso não foi possível. A ETN
entende que para ser representativo, o estudo deveria ser realizado em duas estações do ano
(verão e inverno), ressaltando que os equipamentos necessários são caríssimos e deveriam ser
instalados em locais permanentemente vigiados. A ETN iniciou entendimentos com o chefe de
ESEC Tamoios visando encontrar uma proposta que permita a realização desta Condicionante
pela ETN. O Ibama solicitou que a ETN encaminhe uma justificativa técnica propondo a melhor
forma de gerar as informações requeridas.
Por meio do Ofício SM.G – 476/10, de 23/09/10, a ETN informou que iniciou
entendimentos com o chefe da ESEC Tamoios e, com base nestes, irá elaborar e encaminhar ao
Ibama uma justificativa técnica propondo a melhor forma de gerar as informações requeridas.
Condicionante não Atendida.
2.31. Apresentar o programa de implantação e manutenção de corredores ecológicos, conforme
solicitado na Condicionante 2.32 da LP;
No dia 13/09/2010, por meio do Of. SM.G-451/10 e no dia 07/10/2010 por meio
do ofício Of. SM.G-507/10, a ETN encaminhou informações sobre o atendimento à
Condicionante em questão.
Em reunião do dia 09/02/2011, a Eletronuclear se mostra reticente quanto à aplicação
de recursos em áreas de terceiros para a criação de corredores ecológicos, muito em função de
ser empresa pública. A Eletronuclear afirma que ações da Eletronuclear na ESEC Tamoios
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garantem a integridade de corredores ecológicos marinhos. O Ibama afirma que é necessário
apresentar uma área, principalmente no Parque da Serra da Bocaina, para avaliação de ações de
recuperação de áreas visando criar novos corredores. A Eletronuclear irá interagir com os
representantes do Parque para identificação de áreas.
Conforme o Of. SM.G-451/10, a “Eletrobrás Eletronuclear, esclareceu que,
conforme diretrizes do Tribunal de Contas da União - TCU, não pode aplicar os seus recursos
em áreas privadas, e/ou fora de sua propriedade, sendo assim, tornou-se praticamente
impossível implementar as medidas necessárias para viabilizar os corredores ecológicos objeto
da Condicionante em tela.
Outrossim, com o objetivo de melhorar a qualidade ambiental em áreas de sua
propriedade, a Eletrobrás Eletronuclear está realizando uma série de ações tais como: a
conservação das áreas a montante da rodovia BR-101, incluindo a trilha do Porã, a
recuperação de áreas degradadas envolvendo a revegetação na Restinga de Mambucaba e no
Bosque Cecremef/Eletrobras Eletronuclear. Adicionalmente foi implantada em Mambucaba
uma Central de Compostagem e está prevista a criação de um Horto para produção de mudas
de espécies da Mata Atlântica. Estas medidas visam a conservação e a recuperação das áreas já
citadas, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de ações de Educação Ambiental.”
Tendo em vista o informado, e algumas irregularidades observadas na Central de
Compostagem, e na área de mangue na foz do rio Mombucaba próximo à restinga de
Mambucaba, durante vistoria de julho de 2010, considera-se imprescindível que as atividades
acima descritas estejam em acordo com a legislação ambiental existente, respeitando-se áreas de
preservação permanente – APP, nas margens dos rios; e que as áreas utilizadas em APP sejam
recompostas imediatamente.
Essas e outras inconformidades foram comunicadas à CGFIS/DIPRO/Ibama
através do Memo Nº 200/2010 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama, de 21 de julho de 2010,
protocolado junto a DIPRO com o número 02001.013745/2010-34 logo após a vistoria realizada
em 2010.
Importante frisar que no relatório de vistoria realizada entre 07 e 10 de junho de
2004, informa que “em visita a área de Restinga e Manguezal remanescentes entre a Vila
Residencial de Manbucaba e a área concedida pela Eletronuclear (através de contrato de
permissão de uso) ao hotel do Bosque, que localiza-se na ZPE 5 km... construção de quiosques
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pelo Hotel do Bosque descaracterizou parcialmente a área de mangue, sobretudo com
introdução de espécies exóticas e limpeza de barrancos para construção de atracadouros.”.
Desta forma, fica evidente que essa irregularidade ambiental persiste pelo menos desde 2004.
Desse modo solicita-se que a Eletronuclear envie cópia do referido contrato para
avaliação.
As ações acima citadas pela Eletrobrás Eletronuclear, conforme entendimento do
Ibama, possuem caráter de medidas compensatórias, não cabendo como parte da Compensação
Ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000. Desta forma, essa condicionante não tem a
haver com Compensação Ambiental, e portanto, o empreendedor deve fazer uma proposição de
áreas para serem implantados os corredores ecológicos, em atendimento a essa condicionante.
Com relação as áreas da Central de Compostagem na APP do rio Mambucaba, e
do mangue na foz do rio Mombucaba, entende-se que as mesmas devem ser recompostas,
removendo-se o muro que barra a maré, com a restituição da vegetação nativa, e realocação da
Central de Compostagem para uma área ambientalmente adequada. No que se refere ao quiosque
sobre a restinga, entende-se que o mesmo também deverá ser removido, pois se trata de Área de
Preservação Permanente.
Desta forma, a ETN deverá apresentar um cronograma para atendimento desta
Condicionante. E caso não seja atendido no prazo proposto, e aceito pelo Ibama, a mesma deverá
ser autuada conforme as penalidades previstas na legislação ambiental.
Condicionante não Atendida.
2.32. Apresentar, no âmbito do documento “Análise dos Programas de Monitoração Ambiental
da CNAAA” (Condicionante 2.39 da LP), as considerações e análises solicitadas para os grupos
de fitoplâncton, zooplâncton, zoobenthos de costão e fitobenthos, conforme Parecer Técnico no.
010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama; e
2.33. Apresentar no prazo de 90 (noventa) dias no âmbito do documento “Análise dos Programas
de Monitoração Ambiental da CNAAA” (Condicionante 2.39 da LP), a análise da correlação
entre o cloro residual e todos os grupos de organismos monitorados, conforme Parecer Técnico
no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama.
Em 24/07/09, por meio do Of. SM.G – 328/09, a Eletronuclear solicitou a
prorrogação de prazos e justifica os atrasos em relação ao atendimento à Condicionante em
questão, alem de informar que solicitou a empresa de Consultoria MRS Estudos Ambientais, que
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procedesse à devida modificação do mesmo, contemplando as considerações do Parecer 010/09,
e que uma vez concluída esta revisão, o documento seria enviado ao Ibama.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear em Angra dos Reis/RJ, a
ETN se comprometeu cobrar o relatório da empresa MRS e apresentá-lo ao Ibama para as
considerações referentes à integração estatística dos dados.
Em 29/09/2010, através do oficio SM.G-476/10, a Eletronuclear comunica que
solicitou à empresa “MRS Estudos Ambientais Ltda.” que fosse realizada a revisão do relatório
“Analise dos Programas de Monitoração Ambiental da CNAAA” (condicionante 2.39 da LP), em
consonância com as exigências feitas no Parecer técnico PT n°10/2009 do Ibama. Que as
análises solicitadas encontram-se em fase de consolidação pela MRS e será encaminhada ao
Ibama assim que a respectiva complementação tenha sido concluída.
Em reunião realizada em Brasília no dia 09 de janeiro de 2011, entre
representantes da Eletronuclear e do Ibama, a ETN reafirma que está cobrando o relatório da
empresa MRS.
Importante observar que na Condicionante 1.6 da Licença de Instalação de Angra
3, diz que “perante o Ibama, a Eletronuclear é a única responsável pela implementação dos
planos, programas e medidas mitigadoras.”.
Outro ponto relevante é que a Condicionante 2.33 está atrasada em relação ao
prazo estipulado. Neste sentido foram efetivadas as cobranças à Eletronuclear sobre o
atendimento desta Condicionante pelo Ofício n° 153/10/COENDCGENE/Ibama, de 21/06/10, e
nas reuniões realizadas a fim de discutir o cumprimento das Condicionantes da LI de Angra 3.
Condicionantes não Atendidas.
2.34. Reapresentar no prazo de 90 (noventa) dias o Programa de Monitoração da Fauna e Flora
Marinha – PMFFM, incluindo as considerações e modificações de amostragem conforme
Parecer Técnico no. 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama.
Em 24/07/09, por meio do Of. SM.G – 328/09, a Eletronuclear informou que o
Programa de Monitoração da Fauna e Flora Marinha na Fase de Operação – PA-AG 07, foi
modificado contemplando as observações do Parecer Técnico n° 010/09, e devidamente
aprovado pela Comissão de Revisão da Operação das Usinas – CROU, sendo encaminhado em
anexo a este Ofício.
Após análise do documento, considera-se a Condicionante devidamente atendida.
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Condicionante atendida.
2.35. Apresentar no prazo de 120 (cento e vinte) dias o programa de monitoramento de tartarugas
marinhas na área de influência da CNAAA conforme Termo de Referência elaborado pelo
ICMBio, após sua aprovação pelo mesmo Instituto.
Em 27/05/09, por meio do Of. SM.G-242/09, foi enviado a Proposta de
monitoramento de tartarugas em cumprimento à Condicionante 2.34 da LP 279/08.
Em reunião do dia 29/06/2010, a ETN esclareceu que não foi possível cumprir o
prazo estabelecido na Condicionante, pois enfrentou uma série de dificuldades de caráter jurídico
para viabilizar a contratação deste trabalho (monitoramento das tartarugas).
Em 04 de Janeiro de 2011 a ETN Encaminhou o ofício SM.G – 001/11 reportando
que o programa conforme o Termo de Referência do ICMBio, havia sido enviado para
apreciação junto ao ICMBio, e que a mesma ainda não havia se manifesto a respeito da
aprovação do Programa de Monitoramento das Tartarugas Marinhas.
Portanto, sugere-se a Eletronuclear encaminhar Ofício ao ICMBio, com cópia ao
Ibama, solicitando um posicionamento em relação a aprovação deste programa, tendo em vista
que se trata de uma Condicionante de sua Licença Ambiental, cujo prazo de atendimento já está
expirado.
Condicionante não Atendida.
2.36. O Programa de Saúde Pública deverá, incorporar os elementos e conclusões deste estudo
em suas atividades programadas nos termos da proposição da condicionante 2.37 da LP
incorporando-o no Programa de Educação Ambiental.
A Condicionante 2.37 da LP definiu “Apresentar dentro do Programa de Saúde
Pública, os resultados detalhados dos estudos técnicos desenvolvidos pela FIOCRUZ sobre os
possíveis efeitos da radiação, em longo prazo, sobre a população no entorno do
empreendimento. Considerar também as teses relacionadas a esse tema. A equipe técnica da
FIOCRUZ deve ser consultada sobre a necessidade de dar continuidade a esses estudos”.
O Parecer Técnico n° 010/2009 – COEND/CGENE/DILIC/Ibama (que analisou o
atendimento das condicionantes da LP para emissão da LI), considerou para a análise o
Relatório Final do “Estudo Comparativo da Mortalidade por Câncer dos Municípios de Angra
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dos Reis e Cabo Frio no Período de 2001 a 2006” realizado pela equipe da FIOCRUZ, do
Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (entidade contratada para
realizar o estudo), apresentado em atendimento à condicionante. O estudo, com o objetivo de
“Estimar o risco de adoecer e morrer por doenças potencialmente relacionadas a exposição à
radiação ionizante no município de Angra dos Reis no período de 2001 a 2005”, tomou como
referência um outro estudo1, realizado em 2004, que buscou comparar a mortalidade de Angra
dos Reis com a de Cabo Frio município com característica sócio-econômica e demográfica
semelhante (município espelho), mas distante da influência direta da Central Nuclear. O presente
Estudo, buscando atualizar o estudo realizado por Schubert, utilizou fontes de dados do Sistema
Nacional de Informações em Saúde, quais sejam: o Sistema de Informações sobre Mortalidade –
SIM; o Sistema de Informações de Nascidos Vivos – SISNAC; e, o Sistema de Informações de
Internações Hospitalares – SIH, além do Censo Demográfico do IBGE e suas projeções
populacionais para o período de 2001 a 2005. O estudo tomando o Número de Óbitos
observados, por Grupos de Causas Selecionados, com incidência por 100.000 habitantes,
caracteriza o Risco Relativo (RR) por Faixa Etária e por Sexo, apresentando as faixas de
incidência dos grupos de expostos em relação a um grupo de controle de não expostos
entrecruzando dados de Angra dos Reis com Cabo Frio e com o Estado do RJ. Apresentam os
mesmos aspectos entrecruzando agora dados da área de influência (Angra dos Reis, Paraty e Rio
Claro) com Cabo Frio e com o Estado do RJ. Assim concluem que os resultados corroboram a
não existência do perfil de mortalidade no Município de Angra dos Reis e na área de influência
das Usinas Nucleares, afirmando que “não existe maior risco relativo para óbito por neoplasias e
más-formações congênitas na população de Angra dos Reis, Parati e Rio Claro...”.
O Relatório Final apresentou elemento conclusivo quanto ao objetivo do estudo,
mas apresenta, também, recomendação de ampliação do período de observação dos óbitos para
2006 e 2007, logo a consulta a que se refere a condicionante 2.37 estava respondida, e o estudo
foi ampliado até 2007.
O Parecer 010/2009 considerou a Condicionante atendida com recomendação
de que “O Programa de Saúde Pública deverá, então, incorporar os elementos e conclusões
1 SCHUBERT, A. S. 1984: Estudo Comparativo da Mortalidade por Câncer dos Municípios de Angra dos Reis e Cabo Frio, nos Períodos de 1979 a 1984 e de 1985 a 2000. Tese de Pós-Graduação em Biologia, Área de Concentração: Biociências Nucleares apresentada à UERJ - Centro Biomédico, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Departamento de Biofísica e Biometria.
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deste estudo em suas atividades programadas nos termos da proposição da condicionante 2.37”
e sugeriu que “o Programa de Educação Ambiental releve este estudo em suas formulações”.
Em decorrência da recomendação posta no parágrafo anterior foi formalizada a Condicionante
2.36 da LI Nº 591/2009.
Neste mesmo Parecer, na análise do PBA referente à Saúde Pública, foi sugerido
que a ELETRONUCLEAR releve a possibilidade de incorporar às ações do Programa a
perspectiva pedagógica do Programa de Educação Ambiental, particularmente junto aos
Programas de Saúde Familiar – PSF através dos Agentes Comunitários de Saúde, em suas visitas
domiciliares, possibilitando dar maior capilaridade ao processo educativo de prevenção à saúde e
de dialogo sobre as questões nucleares junto às famílias visitadas.
Em decorrência ao atendimento da Condicionante 2.37 da LP resultou a
implantação do Centro de Informação sobre Radioepidemia – CIRA junto à Fundação
Eletronuclear de Assistência Médica (Convênio Nº ARS.P-002/2009), desdobrando e dando
conseqüência aos resultados do estudo da FIOCRUZ.
O PEA deverá olhar com mais atenção a possibilidade da formação do Agente
Comunitário de Saúde (ACS), sua capacidade multiplicadora em função de sua significativa
inserção junto às famílias dos Municípios de Paraty, Angra dos Reis e Rio Claro. Deverá, ainda,
formular estratégias pedagógicas que faça interagir os técnicos de controle e monitoramento da
CNAAA com os profissionais dos PSF, com os ACS e com as famílias desse contexto, conforme
proposição do documento de Orientação Pedagógica para Formulação do PEA.
Condicionante em atendimento.
2.37. Apresentar em 30 (trinta) dias as diretrizes, conteúdos e duração dos referidos cursos
referentes a condicionante 2.44 da LP.
A condicionante 2.44 da LP solicitou: “Apresentar as diretrizes dos cursos que a
ELETRONUCLEAR realizará, voltados ao uso e ocupação desordenada do solo e suas
conseqüências, bem como o apoio ao Programa de Contenção de Ocupação Urbana Irregular e
ao Plano Diretor da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis”.
Como esta condicionante está no escopo do PEA, conforme acordo do Ibama com
a Eletronuclear, a sua operacionalização ocorrerá quando da implementação do programa.
Atendendo à proposição da Condicionante 2.37 da LI a Eletronuclear protocolou junto à
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DILIC/Ibama, em 19-08-2009, sob o nº 10.706 (pág. 3670 Vol. XIX do Processo), documento
SM.G-361/09, encaminhando cópia do Relatório Sintético – Produto 1, referente à Construção
do Programa de Educação Ambiental e, no Anexo 1, apresenta a proposta do Programa de
Capacitação em Planejamento e Gestão Ambiental onde estão previstos as diretrizes para
realização de 4 (quatro) cursos com duração de 18 hs/aula:
• Curso 1 – Município e Desenvolvimento do Território;
• Curso 2 – Município e Política Urbana: Estatuto da Cidade, Plano Diretor e Instrumentos
de Indução do Desenvolvimento Urbano e Acesso à Terra Urbanizada;
• Curso 3 – Município e Proteção do Meio Ambiente: desafios para aplicação da legislação
ambiental;
• Curso 4 – Regularização Urbanística e Fundiária de Assentamentos Informais de Baixa
Renda.
Como o PEA está em processo de construção, a Condicionante está pendente de
sua implementação e, portanto, o cronograma de realização destes cursos deverá ser apresentado
para que o Ibama possa acompanhar sua execução.
Condicionante em atendimento.
2.38. Encaminhar exemplares dos KITs e das Cartilhas no âmbito do programa de educação
ambiental e comunicação social e inserção regional para conhecimento do Ibama.
Foi protocolado em 30-07-2010 documento da Eletronuclear SM.G-373/10
encaminhando diversas peças publicitárias desenvolvidas em 2009 e 2010 relativas a:
• Relatório do Projeto Editora Horizonte – 17/12/2009 cujo objetivo foi levar informações
sobre o tema “Energia Nuclear” para as comunidades residentes na área de influência da
CNAAA;
• Relatório do projeto “Calendário 2010” distribuído à população residente na área de
influência da CNAAA com informações sobre o Plano de Emergência e para outros
segmentos, tendo como tema a Mata Atlântica e as Unidades de Conservação no entorno
da CNAAA;
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• Relatório do projeto “Planta Sustentável”, encarte em jornais e peças publicitárias da
Semana Eletronuclear de Meio Ambiente – SEMA 2010.
Como estratégia de documentação dos diversos processos a Eletronuclear deverá
continuar encaminhando ao Ibama esses exemplares.
Condicionante em atendimento.
2.39. Apresentar em 120 (cento e vinte) dias resposta às formulações da Condicionante 2.49 da
LP.
A Condicionante 2.49 - “Apresentar as diretrizes dos convênios existentes e os
previstos para a área de Segurança Pública, que deverão ser direcionados à ocupação cultural e
ao lazer para a população jovem; à capacitação profissional para jovens e adultos; à melhoria das
condições de iluminação pública dos aglomerados urbanos situados em torno do
empreendimento; bem como ao fomento de associações comunitárias de Proteção Social”.
Esta Condicionante foi objeto de considerações da vistoria realizada de 28-06-
2010 a 02-07-2010, quando em 29-06 foram encaminhadas as deliberações conforme consta em
ATA ( Vol. XXII, pág 4076).
NO PRIMEIRO MOMENTO ENCAMINHOU.
- Sobre Segurança Pública, a ETN esclareceu:
os projetos foram apresentados, porém a celebração dos convênios não foi efetivada, pois
as entidades policiais não apresentaram documentação comprovando a propriedade das
áreas a serem edificadas. Em conseqüência, atendendo solicitação da PMAR, a verba
relativa a 2010 foi toda alocada na área de saúde para aparelhamento do Hospital da
Japuíba, porém outra verba será alocada para 2011. O Ibama indagou qual a relação entre a
PMAR e as entidades policiais (PF, PRF, PCE e PME) que impossibilitou a apresentação
das diretrizes dos convênios; Solicitou, ainda, que a ETN encaminhe os projetos recebidos
e as diretrizes dos convênios com as respectivas justificativas, devendo também ser
enviadas correspondências aos órgãos de segurança reiterando a solicitação da
documentação necessária;
- Sobre Ocupação cultural e lazer, a ETN informou:
devido a alguns problemas com a instituição, não foi efetivado o convênio com a ONG
“Cultura em Movimento” porém, em sua substituição, já aprovado pela Diretoria
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Executiva da Eletronuclear, foi celebrado convênio com o Instituto Silo Cultural (projeto
com 5 tipos de atividades) e com a “Província Carmelitana”. A ETN vai elaborar as
justificativas pertinentes e encaminhar ao Ibama em conjunto com os convênios assinados
ou as respectivas minutas. Caso não haja tempo hábil para a assinatura dos mesmos em
função das restrições da Lei eleitoral, serão encaminhadas as minutas dos convênios e os
ofícios das entidades informando o seu “de acordo” com os termos da minuta do convênio;
- Sobre a Capacitação Profissional para jovens e adultos, a ETN informou:
foi aprovado pela Diretoria Executiva da Eletronuclear a celebração de convênio com a
Prefeitura de Angra dos Reis, tendo como executor o IBAP (relativo às atividades previstas
na Condicionante 2.402 da LP), bem como o convênio com o IED-BIG, para a manutenção
do Projeto POMAR (relativo à Condicionante 2.583 da LP). Ambos os convênios
assinados, ou as respectivas minutas, caso não haja prazo hábil para sua assinatura em
função das restrições da Lei Eleitoral, serão encaminhados ao Ibama;
- Sobre a Melhoria da iluminação pública, a ETN esclareceu:
não recebeu qualquer solicitação das Prefeituras locais nesse sentido. Outrossim, por ser
esta uma atribuição da prefeitura e da concessionária Ampla, que é uma empresa privada, a
ETN não pode repassar recursos à mesma, solicitando a retirada deste item do grupo de
condicionantes. O Ibama solicitou que a ETN apresente justificativa de forma que possa
reavaliar este item da condicionante;
- Sobre Fomento às associações comunitárias, a ETN deverá:
encaminhar ao Ibama evidências (cartas, atas de reuniões) das atividades desenvolvidas.
Em 01-09-2010 a Eletronuclear protocolou junto ao Ibama o documento SM.G-438/10
(pág. 4289 Vol XXIV do Processo), encaminhando documentações referentes à
Condicionante 2.39 da LI, objeto de considerações da vistoria de 29/06/2010. Anexou os
seguintes documentos comprobatórios:
– Anexo 1 :
2 Apresentar as diretrizes dos cursos, palestras e seminários, visando a capacitação profissional e empresarial junto à sociedade, bem como esclarecer sobre as reais possibilidades de emprego, decorrentes da construção do empreendimento, voltadas para os trabalhadores e à população local e regional.
3 Dar continuidade ao Projeto IED-BIG, envolvendo os maricultores no Programa de Educação Ambiental.
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Referente a Angra dos Reis. Documento 1 - Termo de Compromisso e respectivo
Aditamento, firmado em 05/10/2009; Documento 2 - Ofício nº 1759/2009/GP, de
18/11/2009.
Referente a Paraty. Documento 1 - Termo de Compromisso firmado em 19/02/2010;
Documento 2 - Ofício SEDUMA nº 025/2010, de 18/03/2010; Documento 3, Carta ARS.P-
025/10, de 08/04/2010.
Referente a Rio Claro. Documento 1 - Termo de Compromisso firmado em 18/02/2010;
Documento 2 - Ofício nº 121/2010, de 02/03/2010.
– Anexo 2:
Comunidade da Guariba, Carta datada de 09/03/2009; Eletronuclear, Carta ARS.P-
151/2009, de 18/03/2009; Registro Fotográfico em CD, referente à Posse da Diretoria da
Associação de Moradores e Amigos da Guariba, em 04/08/2010; Associação das Vilas
Operária e Consag, Ofício 001/10, de 04/06/2010; Eletronuclear/ Carta ARP.S-084/2010,
de 30/06/2010; e, Eletronuclear/ Roteiro para Criação de Associações de Moradores –
Estatuto.
NO SEGUNDO MOMENTO DE FORMULAÇÃO.
- Sobre Segurança Pública, a ETN encaminhou.
Referente a Angra dos Reis – A Prefeitura apresentou projeto para reforma das instalações
e aquisição de equipamentos para Polícia Militar. Entretanto, para que seja celebrado o
respectivo Convênio, deverá ser primeiramente sanada a pendência legal existente em
relação ao terreno onde foi construído o prédio da PMERJ; Como há uma pendência legal
relativa ao prédio, a ETN deverá negocioar para mudar a alternativa, de forma a sanar a
pendência da condicionante.
Não atendida.
- Sobre Ocupação cultural e lazer para jovens (… e adultos?), a ETN releva,
que embora não sejam objeto de Convênios específicos no âmbito da LP e da LI de Angra
3, é importante ressaltar que a Eletronuclear promove, patrocina e/ou apóia a realização de
diversas atividades culturais e esportivas voltadas ao público da região de influência da
CNAAA e pontuam diversas atividades realizadas em 2009/2010.
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No âmbito específico da Condicionante 2.39 foram estabelecidos os seguintes convênios
em 2010:
Angra dos Reis – assinado Convênio ARS.P-CV-002/10 com a “Província Carmelita de
Santo Elias”, para a realização da segunda etapa de reforma do Convento Nossa Senhora
do Carmo, monumento histórico tombado pelo IPHAN. Dentre outros, este Convênio visa
a realização de serviços tais como raspagem de pisos e madeiras, calçamento e iluminação
externa, restauração do mobiliário e construção de plataforma elevatória para cadeirantes.
Rio Claro – assinado com a prefeitura o Convênio ARS.P-CV-005/10, reforma da Casa da
Cultura de Rio Claro e manutenção do acervo documental cultural e cartório de São João
Marcos.
Paraty – assinado o Convênio ARS.P-CV-006/10, com o Instituto Silo Cultural, para
implementar um conjunto de ações culturais no município, com o objetivo de desenvolver
a cultura entre jovens e adultos e estabelecer o Espaço Cultural Eletrobrás eletronuclear de
Paraty.
Não atendida.
Para Angra dos Reis e Rio Claro, os convênios instrumentalizam espaços onde
possivelmente se possa realizar “ocupação cultural e de lazer para jovens e adultos”.
Em Paraty o convenio afetivamente diz respeito à proposição da condicionante.
Nestes termos recomenda-se sejam desenvolvidas ações/atividades como a proposta
de Paraty, para Angra dos Reis e Rio Claro.
- Sobre a Capacitação Profissional para jovens e adultos, a ETN informa que foi
publicado no DOU nº 123, de 30/06/2010 – seção 3, pág. 292, o Ato de celebração do
Convênio ARS.P-CV-003/10, a ser firmado entre a Eletrobrás Eletronuclear e a Prefeitura
Municipal de Angra dos Reis – PMAR, com objetivo de desenvolver e implantar um
projeto de capacitação técnica básica de mão-de-obra na área de influência da CNAAA, e
cujo executor é o Instituto Brasileiro de Administração Pública e Apoio Universitário do
Rio de Janeiro – IBAP/RJ. Caberá ao IBAP/RJ selecionar e capacitar mão de obra para os
seguintes cursos: carpinteiro, armador, pedreiro, vibradorista e montador de cimbramento;
Celebrado Convênio ARS.P-CV-007/10, referente à manutenção do Projeto POMAR,
visando dar continuidade às ações que vêm sendo promovidas no sentido de desenvolver
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aqüicultura sustentável, proporcionando inclusão social e contribuindo para o incremento
de renda e da oferta de emprego para os maricultores da Angra dos reis e Paraty. O
treinamento e a capacitação dos pescadores artesanais para serem maricultores são
realizadas rotineiramente e as parcerias com esses trabalhadores são estimuladas visando
garantir a comercialização da sua produção;
Está sendo formatado convênio da Eletronuclear com o CEFET, que prevê a aquisição de
equipamentos para aparelhar laboratórios, livros para Biblioteca referente ao Curso
Técnico de Mecânica, sendo previstas duas turmas para 2011.
Em atendimento.
Encaminhar ao Ibama o convênio ARS.P-CV-003/10 com a PMAR e o convênio a ser
firmado com o CEFET, bem como as propostas de capacitação previstas, com os
respectivos cronogramas, bem como o convênio ARS.P-CV-007/10 referente à
manutenção do projeto POMAR.
- Sobre a Melhoria da iluminação pública,
a ETN informou em reunião de vistoria realizada em 29/06/2010 que a Eletronuclear não
recebeu qualquer solicitação das Prefeituras locais nesse sentido, ressaltando-se que as
necessidades de iluminação pública devem fazer parte do Plano Diretor do município.
Adicionalmente, este é um serviço prestado pela concessionária local de distribuição de
energia (Ampla), que é uma empresa privada, motivo pelo qual a Eltronuclear está
legalmente impedida de repassar recursos à mesma. Pelo exposto, solicita ao Ibama
reavaliar a pertinência no âmbito da Condicionante.
Não atendida.
O Ibama recomenda à Eletronuclear que formalize às prefeituras documento através
do qual se proponha a auxiliar a implementação do “Programa luz Para Todos”, com
cópia para o Ibama, como alternativa ao atendimento deste item da condicionante. A
Eletronuclear deverá encaminhar ao Ibama as respostas das Prefeituras ao referido
documento.
- Sobre Fomento às associações comunitárias,
a ETN informou que foi elaborada uma cartilha para orientar a criação de Associação de
Moradores e vem incentivando estas ações por intermédio de sua Assessoria de
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Responsabilidade Socioambiental (ARS.P), conforme documentado nas correspondências
e no registro fotográfico ora encaminhado. A ETN informa que já foram criadas duas
associações orientados nos termos da referida Cartilha.
Em atendimento.
O Ibama solicita seja encaminhado os estatutos e o registro do ato de criação das
associações acima referidas.
Condicionante (2.39) não Atendida.
2.40. Encaminhar o cronograma de realização das oficinas, com suas programações de
atividades, para que o Ibama possa participar e acompanhar o processo de formulação do
Programa de Educação Ambiental.
A Eletronuclear protocolou, em 19-08-2009, sob o nº 10.706 (pág. 3670 Vol. XIX
do Processo), documento SM.G-361/09, encaminhando cópia do Relatório Sintético – Produto 1,
referente à Construção do Programa de Educação Ambiental, com Atas do Seminário de
Apresentação do Projeto realizado em 03-06-09 e das Oficinas realizadas nos dias 06/06
(representantes da Sociedade Civil – Associações de Moradores e Produtores Rurais,
Comunidades Tradicionais e Colônias de Pescadores), 08/06 (Representantes do poder Público –
INEA, Secretarias do Meio Ambiente e Planejamento, Ucs Federais, Estaduais e Municipais),
09/06 (Representantes das ONGs e Sociedade civil) e 10/06/09 pela manhã (Trabalhadores da
CNAAA e Representantes de Classe) e pela tarde (representantes da Secretaria de Educação
Estadual, Municipais e de Escolas Estaduais e Municipais e de universidades).
Encaminhou, ainda, agenda de realização das oficinas de validação, dos trabalhos
realizados anteriormente, previstas para 16/09, 17/09 e 18/09/09, realizadas respectivamente em
Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro.
Como se pode observar pela datas, as oficinas começaram no início de junho/09 e
somente em meados de agosto/09 a Eletronuclear informou ao Ibama.
Em vistoria realizada no período de 28-06 a 02-07-2010, conforme ATA de
reunião do dia 29-06 (documento SM.G-346/10, pág. 4072 Volume XXII do Processo), referente
à Condicionante 2.40 da LI Nº 591/2009 (decorrente da Condicionante 2.60 da LP 279/2008) o
Ibama assinalou que já havia esgotado o prazo de 8 meses previsto no contrato com o IBAM
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para a elaboração do PEA. A ETN esclareceu que no final do processo de construção do
Programa surgiram dificuldades para sua validação, em relação às instâncias de controle social
pois, da forma desejada pelos representantes das comunidades, haveria uma descaracterização do
mesmo. O Ibama considerou que essa dificuldade refere-se à operacionalização do programa e
solicitou que a ETN encaminhe para avaliação do Ibama o texto base do PEA, que deverá ser
formatado pelo IBAM (Produto 3) com as formulações disponíveis. O Ibama sugeriu que mais
adiante fosse organizado um seminário conjunto Ibama-ETN-Comunidade (atores sociais que
participaram das oficinas) para discutir a questão do controle social do Programa. O Ibama
comprometeu-se em ajudar o grupo ETN/IBAM na mediação da negociação com os grupos
sociais locais quando da realização do seminário.
Consideramos que a realização deste seminário, discutido e formalizado em
reunião realizada em 30-03-2011, previsto para ser realizado na semana do meio ambiente da
Eletronuclear, deverá suprir falhas referentes à não participação do Ibama nas oficinas, assim
como, fazer os ajustes necessários à reestruturação do PEA e sua implementação.
O atendimento desta condicionante está pendente da realização do Seminário e da
implementação do PEA, nos termos das deliberações da reunião de 30-03-2011.
Condicionante em Atendimento.
2.41. Encaminhar em 180 (cento e oitenta) dias os termos dos convênios a serem celebrados com
o Município de Rio Claro, referente ao Hospital Nossa Senhora da Piedade e com a Santa Casa
de Misericórdia, de Angra dos Reis.
Em 01-09-2010, a Eletronuclear protocolou documento SM.G-440/10
encaminhando cópias dos Convênios abaixo listados:
• Convênio ARS.P-CV-004/10, firmado entre a Eletronuclear e o Município de Rio Claro,
visando a aquisição de ambulância, do tipo UTI móvel, para atender às emergências do
Hospital Público Municipal de Rio Claro, em conformidade com o ítem 25 do Termo de
Compromisso celebrado entre a Eletronuclear e o Município de Rio Claro, que
considerou prioritária a aquisição da ambulância, dentre o rol de projetos alencados,
conforme indicado no Ofício n° 121/2010, de 02/03/2010;
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• Minuta do Convênio ARS.P-CV-008/10, proposto entre a Eletronuclear e o Município
de Angra dos Reis, tendo como executora a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia,
visando a ampliação, reforma e reaparelhamento do Hospital e maternidade Codrato de
Vilhena. O respectivo ATO de celebração foi publicado no DOU nº 124, Seção 3, de
01/07/2010 e o Convênio encontra-se em fase de assinatura na Prefeitura de Angra dos
Reis;
• Convênio ARS.P-CV-001/10, firmado entre a Eletronuclear e o Município de Angra dos
Reis, visando a execução de obras e aparelhamento do Hospital de Japuíba.
Condicionante não Atendida.
2.42. Deverá ser incorporada às ações do Programa de Saúde Pública a perspectiva pedagógica
do Programa de Educação Ambiental, particularmente junto aos Programas de Saúde Familiar –
PSF através dos Agentes Comunitários de Saúde, em suas visitas domiciliares, possibilitando dar
maior capilaridade ao processo educativo de prevenção à saúde e de dialogo sobre as questões
nucleares junto às famílias visitadas.
O Programa de Saúde Pública (do PBA) é efetuado através de Convênios
firmados entre a Eletrobrás Eletronuclear e as Prefeituras de Angra dos Reis, de Paraty e de Rio
Claro além da Fundação Eletronuclear de Assistência Médica – FEAM. A Eletronuclear transfere
a cada unidade do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que operam em cada um dos
três municípios, R$ 10.000,00 por mês/por unidade. Colocam que o atendimento a esta
condicionante será efetivado por meio de um Programa de Capacitação específico, voltado aos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Angra dos Reis, Rio Claro e Paraty. Hoje, todos os 3
(três) municípios desenvolvem o Programa de Saúde familiar (PSF) na região. Na região no
entorno da CNAAA, há 6 equipes no Perequê (incluindo a Vila Histórica de Mambucaba), 4 no
Frade e 2 no Bracuhy. Além disso, há um Núcleo de Apoio à Saúde familiar (NASF) que
funciona no Perequê. Em Paraty, há cobertura de PSF em Tarituba, que atinge todas as regiões
próximas à CNAAA, exceto as Vilas da Eletronuclear, e Rio Claro tem cobertura de 100% com
PSF. Cada equipe é responsável pela assistência à saúde de aproximadamente 800 famílias e
cada uma conta com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e em torno de 6 agentes
comunitários de saúde. Como pode-se observar, esta estrutura permite um largo campo de
possibilidades para se trabalhar as questões dos riscos ambientais e tecnológicos junto,
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principalmente às famílias de menor poder aquisitivo. A Eletronuclear se propõe a capacitar os
ACS através da FEAM e será fundamental que o PEA, junto ao Programa de Saúde e de
Comunicação Social, assuma a perspectiva de um trabalho consistente junto a esses grupos,
fazendo inserir na prática dos ACS a questão da percepção dos riscos a serem trabalhadas junto
as famílias desses três municípios.
Condicionante em atendimento.
O Ibama recomenda à Eletronuclear, retomar os termos do documento de “Orientação
Pedagógica” nas formulações do PEA, nos termos das considerações da reunião de 30-03-
20011, em particular ao que se refere ao diálogo dos peritos de monitoramento e controle
da CNAAA e Depósitos, com os ACS e destes com as famílias dos PSF.
2.43. A compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 é devida, e os valores
serão estabelecidos em ato regulatório próprio, devendo ser firmado termo de compromisso 30
dias após a publicação do referido ato.
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, o Ibama recomendou que a
ETN enviasse um ofício para a DILIC/Ibama solicitando orientação quanto ao procedimento a
ser adotado.
Em 22/09/10, por meio do Of. SM.G – 468/10, a ETN solicitou posicionamento
do Ibama em relação à Compensação Ambiental.
Em resposta ao Of. SMG – 468/10, a equipe que está conduzindo esse processo
entende que como o EIA de Angra 3 é de 2005, portanto anterior à resolução CONAMA nº371,
de 2006, que estabelece, em seu Art. 10º, que “o empreendedor,..., deverá apresentar no EIA-
RIMA sugestões de unidades de conservação a serem beneficiadas ou criadas”, a ESEC
Tamoios e o PARNA da Bocaina deverão ser parte das unidades de conservação a serem
contemplados na aplicação dos recursos de Compensação Ambiental.
Referente ao pedido das ações de implementação da Estrada Parque da Bocaina,
objeto da condicionante nº 2.46 da LI, serem consideradas como parte integrante do processo da
Compensação Ambiental, entendemos não haver conformidade para tal, uma vez que as ações
previstas no âmbito da Compensação Ambiental não contemplam tais atividades.
Segundo o parecer jurídico n° 027/2009 – PFE/Ibama/GABIN a “proposta
metodológica de que trata o Decreto n° 6.848/2009 não pode ser aplicada a casos anteriores a sua
publicação que já tenham sido estabelecidos os valores da compensação ambiental, pois não pode
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a norma ferir os atos jurídicos consumados anteriormente a sua entrada em vigor”, assim
“sugere-se que a metodologia somente seja aplicada aos casos cujo cálculo da compensação
ambiental ainda não tenha sido ultimado quando da publicação da norma, não podendo se obstar
a concessão de eventuais licenças e suas renovações em razão das providencias adotadas para
efetivação desse cálculo”; ...”a competência do Ibama com relação a compensação ambiental de
ser entendida de forma restrita ao que dispõe o art. 36 da Lei do SNUC, limitando-se ao fato de
ser órgão licenciador, mas não mais órgão gestor de UCs. Com isso, cabe ao Ibama apenas fixar,
com base no EIA/RIMA, e utilizando a metodologia constante do Decreto n° 6.848/2009, o valor
da compensação ambiental, e indicar, também com fundamento em tal Estudo, as possíveis UCs
impactadas pelo empreendimento,...”
Em reunião ocorrida em 09/02/2011 o Ibama informou que o decreto n°. 6848-
2009 orienta a forma de cálculo e execução da compensação ambiental, e que o empreendedor
deverá apresentar relatório contendo o descritivo de cálculo do Valor de Referência (VR) e do
Grau de Impacto (GI) do empreendimento, para cálculo do valor a ser cobrado a título de
Compensação Ambiental, bem como sugestão de unidades de conservação a serem
contempladas, para posterior manifestação desse Ibama.
Tal orientação foi repassado a Eletronuclear na reunião realizada no Ibama Sede,
no mês de Fevereiro de 2011 e reiterada por meio do Ofício 264/2011, de 27 de abril de 2011.
Condicionante em atendimento.
2.44. Deverá ser requisitada autorização para transporte e carregamento dos elementos
combustíveis no reator.
Será avaliado em momento oportuno.
2.45. Fica autorizado o comissionamento de todos os equipamentos e sistemas operacionais
incluindo os testes de potência do reator.
Será avaliado em momento oportuno.
2.46. Implantar a Estrada Parque da Bocaina (Trecho Parati-Cunha).
No dia 29/06/2010, em reunião com a Eletronuclear, o Ibama apresentou o
entendimento que considera que se trata de recursos além da compensação ambiental prevista na
Lei do SNUC. A ETN informou que recebeu minuta de convênio da SEOBRAS/RJ. O
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representante do NLA-RJ do Ibama informou que têm ocorrido reuniões com os órgãos do
governo do Estado do RJ. O Ibama informou que o ICMBio tem que estar envolvido no
convênio, pois qualquer intervenção na área do Parque Nacional da Serra da Bocaina tem que ter
a anuência do ICMBio e, ainda, que a licença para construção da estrada fora da área do Parque é
dada pelo Ibama, mas dentro do Parque é requerida a autorização do ICMBio. A ETN ressaltou
que entende ser da competência do DER-RJ providenciar o licenciamento ambiental da estrada.
O processo de licenciamento desta rodovia está sendo conduzido na Coordenação
de Transportes (COTRA) da DILIC. Técnicos desta Coordenação questionaram sob o uso da
Paraty-Cunha como rota de fuga em caso de emergência envolvendo a CNAAA. A fim de
esclarecer tal questão, foi elaborada a Nota Técnica n° 031/11 por técnicos das duas
Coordenações, chegando-se a seguinte conclusão: após avaliação no EIA de Angra 3 – Estudo de
Análise de Gerenciamento de Riscos e Plano de Emergência – e no processo de licenciamento
ambiental desta Rodovia pela COTRA, em nenhum momento a Estrada Parque Paraty-Cunha é
mencionada como rota de evacuação em caso de emergência envolvendo a CNAAA.
Dessa forma, percebe-se que, em ambos os processos de licenciamento em curso
na DILIC, não foi estudada a possibilidade da Estrada Paraty-Cunha servir como rota para
evacuação populacional em casos de emergência envolvendo a CNAAA. Portanto, não existem
vínculos entre o projeto de pavimentação da estrada e o Plano de Emergência Local da Central
Nuclear de Angra dos Reis. Além disso, a própria feição da rodovia RJ-165, implantada em
condições que não permite tráfego intenso (dadas suas características de sinuosidade e rampas
acentuadas – em de 9,7 km de extensão vencem-se cerca de 1500 metros de altitude, além de
restrições técnico-ambientais que não permitem o alargamento de seu leito), permite-nos
concluir que a estrada não apresenta condições para exercer essa função.
Desta forma, entende-se que a Condicionante 2.46 da LI n° 591/09 não se trata de
uma rota de fuga atrelada ao Plano de Emergência Externo da CNAAA.
Conforme informado pelo Ofício SM.G-151/11, de 13/04/2011, está sendo
aguardado a assinatura do Convênio com a SEOBRAS-RJ.
Condicionante não Atendida.
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III. CONDICIONANTES DA LP
Após avaliação de algumas pendencias da Licença Prévia, observou-se que oito
Condicionantes ainda não foram devidamente equacionadas, dentre elas temos: 2.10, 2.31, 2.40,
2.50, 2.52, 2.54, 2.57 e 2.60. Portanto, entende-se que estas Condicionantes ainda necessitam ser
acompanhadas para serem finalizadas.
Condicionante 2.10
Conforme análise da Condicionante 2.10 da LP n° 279/08 pelo Parecer n° 010/09,
esta Condicionante foi considerada parcialmente atendida, uma vez que “a solicitação efetuada
na condicionante foi de apresentar um mapa com detalhes na AID – 5 Km, pois o anexado no
EIA é uma ampliação da AID – 15 Km perdendo detalhes dos compartimentos geomorfológicos,
o que não foi realizado. Desta forma, entende-se ser necessário a apresentação do mapa
detalhado das feições geomorfológicas na AID–5 km, conforme solicitado pela Condicionante
2.10 da LP n° 279/08”. Conforme documento encaminhado pelo Ofício SM.G-151/11, a
Eletronuclear informa que as imagens deverão ser entregues em maio de 2011.
Condicionante 2.31
A Condicionante 2.31 da LP n° 279/08 diz que “A ELETRONUCLEAR deverá
assumir os custos de manutenção e custeio da ESEC Tamoios e do Parque Nacional da Bocaina”.
Na análise desta Condicionante pelo Parecer Técnico no. 010/2009 a mesma foi considerada
atendida.
Apesar das considerações do Parecer Técnico 010/2009, que analisou as
solicitações do Ofício n° 11/2008 do Conselho Consultivo do Mosaico Bocaina, a Condicionante
2.31 da LP não foi alterada, dado que não houve retificação da LP n° 279/08.
Assim, o termo manutenção, como àquele proposto na Condicionante, se refere às
medidas necessárias para conservação e funcionamento das Unidades, entendemos que a
continuidade das ações de manutenção das Unidades contempladas nesta Condicionante devem
permanecer e serem acompanhadas ao longo da existência do empreendimento, o que tem
respaldo no inciso I do Art. 8° da Resolução CONAMA n° 237/19974.
Entendemos ainda que esta Condicionante não se refere à Compensação
4 Licença Prévia (LP) – concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;
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Ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985 de 2000, uma vez que a Condicionante da 2.43
da LI trata especificamente da Compensação Ambiental prevista na Lei do SNUC.
Condicionantes 2.40, 2.50 e 2.52
As Condicionantes 2.40, 2.50 e 2.52, da LP n° 279/08 foram consideradas
atendidas. Contudo, ainda se encontram em execução, portanto, deverão ser acompanhadas.
Condicionante 2.54
Com relação a Condicionante 2.54 da LP n° 279/08, devido problemas jurídicos
para execução da Condicionante por parte das Prefeituras de Paraty e Angra dos Reis, foi
solicitado pela Prefeitura de Paraty a alteração da redação da Condicionante 2.54, a fim de
permitir que as Concessionárias de Saneamento Municipais pudessem executar os trabalhos
relativos à Condicionante em questão. Neste sentido, após avaliação do pleito, foi encaminhado à
Eletronuclear o Ofício n° 157/GP-Ibama, de 14/03/2011, que autorizou que a Eletronuclear
realize os Convênios para atendimento dos compromissos estabelecidos pela Condicionante 2.54
diretamente com as Concessionárias de Saneamento Municipais.
Condicionante 2.57
Na análise da Condicionante 2.57 da LP n° 279/08 pelo Parecer 010/2009 foi
estabelecido que a Eletronuclear atenda as recomendações da FUNAI. Os documentos relativos
à esta Condicionante foram analisados no contexto da Nota Técnica n° 026/2011, a qual, pelo
histórico, neste contexto, a DILIC delibeou pela realização de uma reunião entre o Ibama, a
Eletronuclear e a FUNAI para superar as dificuldades até então postas para o atendimento desta
condicionante. Por meio do Ofício SM.G – 151/11 a ETN informou que o estudo relativo à
Condicionante 2.57 está em fase de contratação para posterior definição dos projetos a serem
implementados.
Condicionante 2.60
A Condicionante 2.60 da LP nº 279/08, assim como as outras condicionantes
agregadas, conforme considerações da Nota Técnica n° 026/2011, estão pendentes até então e o
acordado na reunião de 30-03-2011 deverá se realizar sob pena de considerarmos as
condicionantes não atendidas.
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IV. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Considerando o exposto na análise técnica de atendimento das Condicionantes,
observa-se que várias Condicionantes ainda não foram atendidas ou estão em processo de
atendimento, seja pelo descumprimento de prazos estabelecidos, seja pela não apresentação de
estudos e documentos relevantes, seja pela dificuldade da ETN em agir na solução de pendências
administrativas. Estas considerações são, ainda, corroboradas pela carta SM.G - 151/2010 da
ETN, que relata a situação de não atendimento de várias das condicionantes.
Desta forma, sugerimos que a ETN seja notificada a apresentar, num prazo de 30
dias, cronograma e plano de ação, com justificativas técnicas, para o atendimento das
Condicionantes que ainda não foram finalizadas, com o objetivo de sanar as pendências no
âmbito do licenciamento ambiental da Usina Nuclear de Angra 3.
À consideração superior,
_________________________Elísio Márcio de Oliveira
Analista Ambiental COEND/DILIC
_______________________Rafael Freire de Macedo
Analista Ambiental COEND/DILIC
_________________________Rodrigo Rodrigues
Analista Ambiental COEND/DILIC
_______________________Wiliam Gomes Nunes
Analista Ambiental COEND/DILIC
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