metodologia de laboratório
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Conforme figura a seguir, sero descritos os ti&os de materiais coletados e um
bre#e resumo das características que foram consideradas nas análises laboratoriais;
Material -er3mico
<o estudo da cer.mica do &eríodo 9istórico no =rasil nos de&aramos com #ários
&roblemas de ordem cronológica, de origem, de terminologia, de conceitua'o e das
diferentes formas de &rodu'o% Al*m da cer.mica #inda de outros &aíses da Euro&a,
aquela &roduzida a&ós a descoberta do =rasil &ode ser identificada como
>neobrasileira4?, >regional?, >&ote de barro?, >&o&ular? e >cabloca?%
@ego (547, &% 5B) reflete sobre o estudo da cer.mica encontrada em sítios
9istóricos, mostrando o caráter ainda inci&iente desses estudos, e as discusses sobre as
quais seriam os termos a&ro&riados, a defini'o de conceitos e delimita'o es&a'o-
tem&oral da &rodu'o e uso da cer.mica &ós-contato;
+entre os &rimeiros trabal9os desen#ol#idos, destacam-se as &esquisas que
foram realizadas &or Odemar +ias 3r% (4B7) que a definiu como >umaimita'o e0ecutada &elo caboclo 8 , &artindo de um modelo, mais e#oluído,colonial?, e a conceituou como >cer.mica cabocla?% Dais tarde, no mesmoano, redefiniu-a como >cer.mica neobrasileira?, com este termo o autor fazreferência a gru&os neo-brasileiros (com 9ífen)% O termo neo-brasileiro foidesen#ol#ido atra#*s de &esquisas etnográficas realizadas no início do s*culo, &elo #ia1ante, etnólogo e indigenista Curt <imuenda1u (46B)% Eledesen#ol#eu o conceito <eo-brasileiros (ou neo-brazilians), que foi a&licado
&ara designar o gru&o de quaisquer &essoas que no eram (ou no so)indígenas% $ara o &esquisador os índios eram os brasileiros de fato%
Esse autor discute tamb*m as #aria'es regionais, demonstrando que >as
características destas cerâmicas de tradição neobrasileira só poderiam ser diversas,
assim como o grupo de pessoas que foi reconhecido como detentor daquela tecnologia,
1 "ma tradi'o cultural caracterizada &ela cer.mica confeccionada &or gru&os familiares, neobrasileirosou caboclos, &ara usa domestico, com t*cnicas indígenas e de outras &rocedências, onde so diagnosticasas decora'es; corrugada, esco#ada, incisa, a&licada, digitada, roletada, bem como asas, alas, bases &lanas
e em &edestal, cac9imbos angulares, discos &erfurados de cer.mica e &ederneiras% (C!DFG et al,4HB;478)%
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os neo-brasileiros, ou melhor, todos aqueles que não eram são! índios, assim, estes
primeiros trabalhos conseguiram mesmo que de forma ampla e superficial!, atingir
seu ob"etivo# a classificação do material arqueológico em categorias específicas com
associação direta a grupos%?% Essa situa'o foi alterada a&enas durante os anos no#enta
quando na Arqueologia !istórica brasileira 9ou#e >um salto &aradigmático?, onde os
estudos esta#am #oltados :s no#as &reocu&a'es sobre os >significados? dos artefatos
(@EIO 547)%
Como a&onta @ego (547, &% 5B) em seu estudo sobre as $anelas de
$ernambuco J do s*culo ao ;
A&esar da #ariedade temática dos estudos atra#*s das $anelas de %arro, estes no
configuram uma lin9a recorrente de &esquisas% Estes escassos estudos foraminicialmente desen#ol#idos no &eríodo que 2Kmansi (5) definiu como>forma'o da arqueologia 9istórica no =rasil?, entre 4B e 4M, e esta#am
&reocu&ados com a classifica'o e a tentati#a de atribui'o daquelas >cer.micas deorigem du#idosa? a algum gru&o *tnico es&ecífico%
2egundo Amaral (545), essa designa'o &ara os #estígios arqueológicos
cer.micos encontrados em sítios 9istóricos #em sendo >vulgarmente designados em
alguns trabalhos como &neo-brasileiros', definição esta que desconsidera a
comple(idade da sociedade que os produziu)?%
A análise do material cer.mico buscou em &rimeiro lugar caracterizar de forma
geral os elementos t*cnicos que &ermitissem, no caso da cer.mica &r*-9istórica,
reconstituir um &erfil t*cnico dos gru&os ceramistasN e, no caso da cer.mica 9istórica, a
identificar os diferentes ti&os de &rodu'o, a origem e, quando &ossí#el a sua
cronologia% $rocurou-se, &ortanto, identificar a t*cnica de confec'o utilizada &ara a
&rodu'o dos ob1etos, sendo analisados os seguintes atributos; o ti&o de &asta (&lástica,areia fina, areia grossa, areia bolo de argila), a t*cnica de manufatura (modelagem,
acordelamento, moldagem e torneamento), o ti&o de queima (com&leta ou incom&leta),
o tratamento de su&erfície interna e e0terna (alisado, inciso, esco#ado, &olido, digitado,
corrugado, ungulado, im&resso, brunido, roletado, &intado), a morfologia (borda, base,
bo1o, asa, al'a, orel9a ou tam&a), a es&essura, e a forma dos ob1etos%
Estamos em uma fase de re#iso da terminologia e conceitos, e considerando
que nos conte0tos de sítios 9istóricos ou &r*-9istóricos * &ossí#el se encontrar cer.mica
de di#ersas origens e di#ersos &eríodos cronológicos, desde o início da coloniza'o
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euro&*ia, nessa &esquisa, al*m da cer.mica indígena, foi definida como cer.mica
9istórica, os seguintes ti&os; cer.mica 9istórica #ermel9a, cer.mica 9istórica bege,
cer.mica 9istórica le#e (de te0tura fina), cer.mica #itrificada e cer.mica &o&ular%
$ara essa classifica'o foram considerados os as&ectos que en#ol#em a
&rodu'o, a mat*ria-&rima, neste caso, o ti&o de argila (que irá influenciar na cor da
cer.mica), assim como o ti&o de &asta (a te0tura)% A cer.mica 9istórica seria, &ortanto,
aquela &roduzida a &artir da coloniza'o euro&*ia, que &oderá, conforme Caldarelli
(5) mesclar t*cnicas euro&*ias, :s #ezes com t*cnicas indígenas, confeccionada com
a t*cnica do torno ou de rolamento e geralmente com a utiliza'o de forno, introduzida
&elos euro&eus%
A cer3mica ind4gena * aquela &roduzida artesanalmente e sem o uso de torno
&elas &o&ula'es &r*-9istóricas que ocu&aram o território brasileiro, antes e durante o
&rocesso de coloniza'o% Esse ti&o de cer.mica a&resenta características di#ersas de
acordo com as tradi'es, mas geralmente a&resenta bai0o grau de sinteriza'o da queima%
A cer3mica *istórica 5ermel*a e a cer3mica *istórica bege a&resentam um com
anti&lástico de granulometria grossa (su&erior 4 mm), &asta de te0tura grossa, t*cnica de
manufatura torneada ou acordelada, es&essura de &arede das #asil9as mais grossa, sendo
a diferen'a estabelecida entre elas &ela cor da cer.mica; a #ermel9a que &oderia ter sido
&roduzida com um ti&o de argila de origem cristalina, com uma alta concentra'o de
ó0ido de ferro e a cer.mica bege (ou branca) que seria &roduzida com argilas de origem
sedimentar, coletada em #ales de rios ou em lagoas%
A cer3mica 5itri6icada a&resenta uma im&ermeabiliza'o geralmente a&licada
na &arte interna dos reci&ientes, em tonalidades que #aria#am do amarelo-mostarda ao
#erde, marrom e #ermel9o% O &rocesso de #itrifica'o da cer.mica * con9ecido como
&*alt-glazed'% Esse ti&o de cer.mica era utilizado, sobretudo na &re&ara'o e
armazenamento de alimentos (LDA, 4M; 54M)%A cer3mica le5e a&resenta manufaturada com t*cnica mais elaborada, indicando
um ní#el mais ele#ado de &adroniza'o na confec'o dos #asil9ames, &odendo ser
torneada, moldada ou at* mesmo acordelada% Caracteriza-se &ela &resen'a de &asta com
anti&lástico de granulometria bastante fina (at* 4 mm), com queima com&leta, colora'o
bege claro, com es&essura normalmente delgada% $ara sua &rodu'o de#eria 9a#er,
&ortanto, um maior controle na sele'o da mat*ria-&rima, na utiliza'o da t*cnica de
confec'o e no &rocesso de queima, indicando a &ossibilidade manufaturada
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es&ecializada, em maior escala e, tal#ez, de comercializa'o destes artefatos
(CAL+A@ELL, 56)%
3á a cer3mica popular abarca todo o ti&o que a&resenta uma boa resistência
mec.nica, al'ada atra#*s de fornos ou de uma boa queima ao ar li#re% $ode a&resentar
t*cnicas de tratamento de su&erfície e de manufaturas di#ersas% "m crit*rio utilizado
tamb*m nesta classifica'o foi o seu isolamento, ou se1a, a ausência de outros #estígios
do &eríodo 9istórico associados a esse ti&o de cer.mica, tais como faian'a, lou'a, #idro,
metais,
Material de !ouça
E0istem diferentes categorias de cer.mica que se diferem &ela &asta, com&ondo
dois grandes gru&os; &rodutos &orosos absor#entes (lou'a de barro, terracota, maiólica,
lou'a refratária, faian'a, lou'a de &ó de &edra ou granito) e &rodutos no &orosos, no
absor#entes (lou'a #itrificada, gr*s e &orcelana) ($LEII, 48M, a&ud, POCC!EPPO,
54, &%54)%
<os sítios e ocorrências do $ro1eto de @esgate e Donitoramento foram
identificados de acordo com as características das &astas, esmaltes, forma e decora'o,
fragmentos das seguintes categorias; faian'a fina, faian'a &ortuguesa, &orcelana, lou'a
recente e gr*s% O material foi analisado com a finalidade de fornecer indica'es
referentes ao &eríodo de fabrica'o das &e'as, de modo a se obter cronologias mais
a&uradas que &udesse estabelecer inferências sobre o consumo das &essoas que #i#eram
na área, tentando com&reender o &eríodo de &o#oamento e as mudan'as ocorridas nos
&adres da tral9a dom*stica adquirida (2FDA<2Q, 4H)%
aiança 6ina
+e acordo com Pocc9etto (54, &%54), a faian'a fina * uma categoria entre a
faian'a e a &orcelana% A faian'a fina foi resultante de uma lou'a com &asta &ermeá#el,
o&aca, com te0tura granular e quebra irregular que &ara se tornar im&ermeá#el foiesmaltada% A autora afirma que esta faian'a foi : classe de lou'a dom*stica mais
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utilizada no =rasil em 4M, im&ortada da nglaterra &rinci&almente a&ós a abertura dos
&ortos em 4MM%
Entre as t*cnicas decorati#as das faian'as finas com su&erfície no modificada,
identificaram-se nos fragmentos;
•$intadas : mo li#re%
• +ipped realizada a &artir da a&lica'o de uma camada fina de argila colorida na
forma de fai0as e listras, delimitando um rele#o%
• Carimbada * uma t*cnica que consiste na a&lica'o de carimbo, sendo comum o
moti#o de flores e figuras geom*tricas, com &rodu'o em 4M78 e início do
s*culo %
•
ransfer $inting im&resso &or transferência, com &rodu'o que #ai de 4HM6 a4MH%
• *patter * uma decora'o resultante de um sal&icado a &artir de &ancadas le#es
do &incel, &roduzida na nglaterra no s*culo , &rinci&almente &ara
e0&orta'o, e a&ós 4M8 &elos E"A%
• *ponge que utiliza#a uma es&on1a &ara &intar a &e'a, com &rodu'o inglesa e
norte americana, no &eríodo entre 4MB e 468%
• lo. %lue * uma t*cnica obtida a &artir da coloca'o dos reci&ientes, contendocloretos #oláteis, no forno durante a queima &ara a&lica'o do esmalte
&ro#ocando um borro, com &rodu'o de 4M68 at* início do s*culo %
Entre os &adres decorati#os obser#ados esto;
• $easant *t/le que se caracteriza &ela &resen'a de moti#os florais com largas
&inceladas, em®ado entre 4M4 e 4MB%• *prig *t/le com &equenos elementos florais e finas &inceladas, &roduzida entre
4M7 e 4MB%
• %anded.are com fai0as &aralelas, es&essuras distintas e desen9o em carretil9a,
&roduzida entre 4H e início do s*culo %
• Mocha.are com moti#os dentríticos e a&arência de alga, ambos associados a
fai0as e frisos, &roduzida do come'o da /ltima d*cada do s*culo R%
• ai0as e frisos, com &rodu'o do final do s*culo R ao início do %
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3á entre faian'as &intadas : mo com su&erfície modificada se #erificaram;
• O &adro decorati#o *hell 0dged que a&resenta lin9as em s*rie situadas ao longo
da borda e &er&endiculares a ela, em cores como o azul, o #erde, o #ermel9o e o
rosa, &roduzida entre 4HH8 at* início do s*culo %
• A decora'o &lástica &roduzida &or &resso de molde, utilizada no s*culo %
aiança Portuguesa
Os e0em&lares de faian'a &ortuguesa, analisados no LEA (Laboratório de
Estudos Arqueológicos), a&resentaram decora'o sim&les com fai0as azuis,
característica da &rodu'o &ara #enda no mercado interno e destinada &ara uso cotidiano
em $ortugal%
@essalta Caldarelli (5, &%44) que a faian'a &ortuguesa c9egou ao =rasil na
segunda metade do s*culo R e início do % E conclui que este ti&o de lou'a *
recon9ecido &elo fácil des&rendimento do esmalte e #idrado facilmente &erce&tí#el%
Porcelana
Conforme Ganettini (4MB, &%456), a &orcelana * uma in#en'o c9inesa e &ode
ser di#idia em duas categorias; dura e mole% A &rimeira foi descoberta na C9ina, durante
o &eríodo Pang (B4M a B a%C%)% <a Euro&a, o &rimeiro e0em&lar foi &roduzido na
Aleman9a (no s*culo R)% <o =rasil, este ti&o foi feito &or 3oo Danso $ereira em
4H6% O restante da &rodu'o nacional * recente, do s*culo , sendo uma &asta
com&osta de argila branca (caulim), quartzo, felds&ato, cozida a alta tem&eratura% A
&orcelana mole (ou tenra) a&resenta maior quantidade e felds&ato que a dura% Pem uma
&asta de colora'o le#emente amarelada, sendo uma in#en'o italiana do s*culo R,
&osteriormente &roduzida em outros &aíses euro&eus, &rinci&almente na ran'a%
<o =rasil, a &orcelana dura c9inesa se fez &resente desde os &rimeiros s*culos,
trazida &elas naus euro&eias, decaindo logo a&ós a e0tin'o das Com&an9ias de
Com*rcio do s*culo % A influência francesa sobre a elite brasileira oitocentista
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resultou no com*rcio de di#ersos &rodutos de &orcelana dura e mole% 3á no s*culo ,
c9ega a &orcelana euro&eia de outros &aíses, como a alem e a t9eco-eslo#aca% 2oma-se
a essa a &rodu'o nacional (GA<EPP<, 4MB, &% 457)%
As &orcelanas do $ro1eto de @esgate no a&resentaram as t*cnicas decorati#as
que indicassem o &eríodo de &rodu'o, e0ceto quando ocasionalmente está im&resso na
&e'a a marca eSou data do fabricante%
r7s
O gr*s, de &asta mais dura e mais o&aca que a &orcelana, foi originado na C9ina,
sendo &roduzido na Euro&a &ela Aleman9a no s*culo R, mas foi largamente fabricado
&ela ran'a, !olanda, Estados "nidos e nglaterra (CAL+A@ELL, 5, &%455)%
m&ortado da nglaterra e !olanda, o gr*s utilizado no =rasil está associado a
garrafas, garrafes e boti1as (enquanto contentores de líquidos), alimentos em conser#a
e tinteiros (=@ACA<PE 4M4, a&ud 2O"GA, 546, &%77)%
Os ob1etos em gr*s cer.mico a&resentam te0tura forte, densa, im&ermeá#el, de
gro fino, cozidos a altas tem&eraturas e a&resentam #itrifica'o total ($LEII, a&ud,
GA<EPP<, 4MB, &%454)%
Os fragmentos de bo1o, base e gargalo de gr*s oriundos do $ro1eto de @esgate
Arqueológico, foram identificados como dois ti&os; o *tone.are %ristol 1laze 1inger
%eer %ottle que foi &roduzido entre 4M68-4, &ela nglaterra e Estados "nidos (&ossui
uma su&erfície coberta com esmalte muito bril9ante com dois tons, um esbranqui'ado e
outro mostarda) e o *tone.are 2henish %ro.n, &roduzido entre 48-4H &ela
nglaterra, que a&resenta a colora'o marrom%
+estaca-se que dois fragmentos a&resentaram as marcas de fabrica'o, gerando a &ossibilidade de identifica'o do &aís de origem; na ocorrência 55, com inscri'o
incom&leta >Amster?, e no 2ítio 2ocorro, com a inscri'o >terdan?, ambos originários
da regio de Amsterd, na !olanda%
• Material &4treo
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O #idro se caracteriza como uma subst.ncia inorg.nica, 9omogênea e amorfa,
obtida atra#*s do resfriamento de uma massa em fuso% T com&osto &or sílica (2i O5),
comumente sob a forma de areia, e álcalis, como o &otássio (Q5O), magn*sio (DgO),
alumina (Al5O6), cálcio (CaO) e sódio (<a52O7)% A cor natural do #idro #aria de
acordo com as im&urezas contidas na areia, #ariando do #erde ao .mbar% As cores
artificiais so obtidas atra#*s da adi'o de corantes como selênio, cobre, cobalto, ferro,
manganês, estan9o, ouro e magn*sio (CAL+A@ELL, 5, &%4H5)%
<o =rasil, a &rimeira oficina de #idro remonta ao &eríodo das in#ases
9olandesas, entre 4B57 e 4B68, em $ernambuco% abrica#am-se #idros &ara 1anelas,
co&os e frascos% A fábrica fec9ara a&ós a e0&ulso dos 9olandeses em 4B87%
O #idro só #oltou a ocu&ar es&a'o no ma&a econUmico do &aís a &artir e 4M4,
quando o &ortuguês rancisco gnácio da 2iqueira <obre recebeu a carta r*gia com a
autoriza'o &ara im&lantar uma ind/stria de #idro no =rasil% A @eal ábrica de Ridros
come'ou a o&erar em 4M45, no estado da =a9ia, com &rodu'o de #idros lisos, de cristal
branco, frascos, garrafes e garrafas% Poda#ia, em decorrência das grandes dificuldades
financeiras, fec9ou em 4M58%
Em 4M6 * fundada no @io de 3aneiro a fábrica <acional de Ridros 2o @oque,
com 76 o&erários italianos e brasileiros, trabal9ando com fornos cadin9os (onde a
mistura * aquecida e fundida a tem&eraturas &ró0imas a 4%6 VC, sendo o material
retirado do forno &or meio de tubos aquecidos, e modelado #ia so&ro eSou manuseio
&elo arteso) e &rocesso inteiramente manual%
Em 4MHM, rancisco AntUnio Esberard funda a ábrica de Ridros e Cristais do
=rasil em 2o Cristó#o (@3)% A &artir de fornos e máquinas a #a&or e el*trica, fabrica#a
#idros &ara lam&ies, 1anelas, co&os e artigos de mesa e im&orta#a suas máquinas da
Euro&a &ara fabricar garrafas e frascos% A fábrica de Ridro Esberard este#e ati#a at*
47%Outra fábrica destacada foi a ratelli Rita, da =a9ia, fundada em 45, que
&roduziu garrafas &ara sodas, refrigerantes e cristais de qualidade%
At* o s*culo , a &rodu'o de #idro era essencialmente artesanal, utilizando os
&rocessos de so&ro e de &rensagem, sendo as &e'as &roduzidas uma a uma% oi a &artir
do início daquele s*culo que a ind/stria do #idro se desen#ol#eu com a introdu'o de
fornos contínuos e equi&ados com máquinas semi ou totalmente automáticas &ara
&rodu'es em massa%
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Moeda
+e acordo com Caldarelli (5, &%46), toda moeda * um ti&o de documento
9istórico im&ortante, &ois * um elemento cronológico de e#entos 9istóricos, &ortanto de
e0tremo #alor &ara a Arqueologia% As &oucas moedas coletadas no a&resentaram gra#e
desgaste, fato que &ossibilitou a obser#a'o das datas nos re#ersos (face o&osta : face
&rinci&al a moeda)% Podas foram &roduzidas em níquel com data'es do s*culo , so
elas; 4B (um cruzeiro), 4BH (#inte centa#os), 4HH (cinquenta centa#os), 4H (um
cruzeiro), 4MB (cinco cruzados) e de 4MM (dez cruzados), 4MM (um cruzado)%
• Material -onstruti5o
Outra classe de material identificado * o construti#o relacionado :s tel9as, os
ti1olos e os ladril9os% <este caso foram identificados alguns fragmentos de tel9a e de
ti1olos manufaturados artesanalmente e do ti&o colonial%
O &rocesso de &rodu'o de tel9as e ti1olos fornece os sinais, marcas e tra'os que
&ermite &erceber se foram fabricados a &artir de t*cnicas coloniais ou no% A e0em&lo
disso, nas tel9as se &ode obser#ar a &resen'a de elementos intrusi#os que so resultantes
diretos da falta de 9omogeneidade na mistura da massa, ran9uras no lado cUnca#o das
tel9as que &odem indicar a retirada do guarla&e (molde que se utiliza &ara dar forma
semicUnica afunilada), a marca do fabricante feita com as mos ou carimbo, todos estes
so elementos im&ortantes &ara o diagnóstico de tel9a colonial% <os ti1olos, assim como
nas tel9as, &ode ser obser#ado o alisamento na face su&erior, marca do fabricante e a
marca os dedos do oleiro na face inferior (CO2PA, 58, &% 7)%
A maior &arte dos fragmentos (se1am &ro0imais, mesiais e distais) de tel9as e
e0em&lares de ti1olos foi oriunda dos sítios 9istóricos +ona 2in9á e gre1a Rel9a%
2egundo informa'es locais, a área do 2ítio +ona 2in9á era uma fazenda, no municí&io
de garassu, que &ertencia a Ienerosa, dona de engen9o no sul do =rasil, que utiliza#aas instala'es como casa de #eraneio no s*culo % 2endo um dos n/cleos a antiga
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Re6er8ncias 9ibliográ6icas
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Creoulas, 2algueiro-$E% Re5ista do Museu de Arqueologia e Etnologia: 2o $aulo,
2u&lemento 5, &% 46-448, 4H%
ADA@AL, +aniella Dagri% !oiça de 9arro do Agreste% "m estudo etnoarqueológico
de cer.mica 9istórica &ernambucana% 545% +isserta'o (Destrado em Arqueologia) J
Duseu e Arqueologia e Etnoarqueologia, "ni#ersidade de 2o $aulo, 2o $aulo, 545%
AF@E2 +A 2LRA, A% C% D%N AF@E2 +A 2LRA, A% L% D% -er3mica popular @io
@eal - tradi'o t*cnica e arte em argila% Cer.mica B (547) &% 67-7%
CAL+A@ELL, 2olange =ezerra% Arqueologia do &ale do Para4ba Paulista % 2o
$aulo, 5% +is&oní#el em;
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CO2PA, Carlos Alberto 2antos% Materiais construti5os o 14tio da Primeira -atedral
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materiais do sítio da antiga gre1a a 2*, 2al#ador, =a9ia% @ecife, 58% +is&oní#el em;
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