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MELHORAMENTO DE BOVINOS
DE LEITE
Profa. Dra. Sandra Aidar de Queiroz
Departamento de Zootecnia
FCAV - UNESP
O BOM MOMENTO DO LEITE
MERCADO INTERNACIONAL
US$ 3.000/ton Leite Pó ~ R$ 0,70/litro
PRODUÇÃO NACIONAL CRESCENTE
+ 24% (2001-2010) = + 4,8% aa (+5x Média Mundial)
PREÇOS MAIS ESTÁVEIS
Tendência de Elevação (+ 38% nos últimos 10 anos)
MERCADO ASBIA EM CRESCIMENTO
+ 15% (2001-2010) = + 377 mil doses
O BOM MOMENTO DO LEITE
Fonte: ALVIM & MARTINS (2008)
O BOM MOMENTO DO LEITE
Fonte: ALVIM & MARTINS (2008)
Exportação 2010: 455 milhões de litros
Importação 2010: 818 milhões de litros
O BOM MOMENTO DO LEITE
Fonte: ALVIM & MARTINS (2008)
O BOM MOMENTO DO LEITE
Fonte: ALVIM & MARTINS (2008)
O BOM MOMENTO DO LEITE
SITUAÇÃO ATUAL DO MERCADO (2011) Leite sob inspeção: + 9,8% em 2009 (comparado a 2008)
6,6% nos últimos 10 anos 19,6 bilhões de litros
Aumento de 7% na renda da população brasileira: aumento
da demanda em 800 milhões de litros de leite em 2008
Demanda internacional crescente: + 3% Ásia (10% China)
Margem de lucro do produtor deve cair: preços crescentes de
concentrado, sal mineral (fosfato bicálcico) e fertilizantes
O BOM MOMENTO DO LEITE
Preços do leite - 2010-2012
2011 JAN 0,7397 0,7211 0,6815 0,7676 0,7553 0,6373 0,7514 0,7294
2011 FEV 0,7518 0,7285 0,6954 0,7761 0,7513 0,6312 0,7543 0,7371
2011 MAR 0,7749 0,7604 0,7142 0,7963 0,7495 0,6516 0,7599 0,7585
2011 ABR 0,8099 0,8002 0,7583 0,8253 0,7727 0,6973 0,8105 0,7956
2011 MAI 0,8458 0,8379 0,8113 0,8680 0,8510 0,7174 0,8456 0,8399
2011 JUN 0,8802 0,8646 0,8243 0,8996 0,8710 0,7291 0,8483 0,8645
2011 JUL 0,8880 0,8712 0,7924 0,9247 0,8630 0,7337 0,8223 0,8650
2011 AGO 0,8955 0,8827 0,7929 0,9244 0,8554 0,7492 0,8599 0,8698
2011 SET 0,9240 0,9065 0,8201 0,9395 0,8770 0,7615 0,8747 0,8912
2011 OUT 0,9326 0,8962 0,8225 0,9397 0,8692 0,7482 0,8812 0,8888
2011 NOV 0,8769 0,8606 0,7665 0,9208 0,8594 0,7431 0,8354 0,8542
2011 DEZ 0,8565 0,8400 0,8037 0,8969 0,8430 0,7566 0,8435 0,8458
2012 JAN 0,8396 0,8220 0,8083 0,8733 0,8385 0,7408 0,8269 0,8316
2012 FEV 0,8480 0,8388 0,8286 0,8681 0,8355 0,7353 0,8338 0,8408
2012 MAR 0,8880 0,8640 0,8427 0,8742 0,8304 0,7624 0,8206 0,8581
2012 ABR 0,9122 0,8828 0,8502 0,8874 0,8338 0,7760 0,8218 0,8676
2012 MAI 0,9169 0,8916 0,8519 0,8956 0,8347 0,8475 0,8191 0,8742
2012 JUN 0,8723 0,8679 0,8333 0,8738 0,8247 0,8573 0,8028 0,8561
2012 JUL 0,8570 0,8606 0,8190 0,8702 0,8331 0,8627 0,7917 0,8478
GO MG RS SP PR BA SC BR
Fonte: CEPEA-USP (2012)
O BOM MOMENTO DO LEITE
Litros de leite necessários para comprar insumos e serviços utilizados na pecuária de leite.
Fonte: Boletim Panorama do Leite EMBRAPA (junho 2011)
Insumos / Serviços
Preço do Leite*
Abril/11
R$0,80
Maio/11
R$0,84
Junho/11
R$0,86
Vaca em lactação (+12 litros) 3440 3185 3638
Diarista 44 43 42
Ração para vaca em lactação (saco 50kg) 52 48 45
Farelo de algodão (saco 50kg) 50 46 45
Sal comum (saco 25 kg) 14 14 13
Neguvon 44 36 33
Tintura de iodo a 10% (litro) 31 36 32
Remédio mastite (mastilac) 5,0 5,9 5,5
Vacina Aftosa (dose) 1,8 1,9 1,8
Uréia pecuária 53 51 53
Sulfato de amônia (saco 50 kg) 54 52 53
Detergente alcalino (limpeza ordenhadeira) 33 36 32
Óleo diesel (litro) 2,5 2,4 2,3
Bovinocultura de Leite
Principais estados produtores no Brasil: -MG, RS, PR, GO, SC e SP Características atuais:
•Propriedades pequenas •Alimentação baseada em forragens •Animais cruzados •Sistemas de cotas •Monta natural •Produção de leite C
Pecuária leiteira em São Paulo
Unidade Territorial Produção 1990-1992
Produção 2008-2010
Variação Variação (%)
Brasil 15.115.871 29.128.767 14.012.896 92,70
Minas Gerais 4.370.891 7.992.153 3.621.262 82,85
São Paulo 1.987.824 1.592.827 -394.996 -19,87
Paraná 1.225.836 3.254.337 2.028.501 165,48
Santa Catarina 673.111 2.241.595 1.568.484 233,02
Rio Grande do Sul 1.513.469 3.449.529 1.936.060 127,92
Goiás 1.171.537 3.023.485 1.851.948 158,08
Produção de leite, variação da produção em mil litros e em percentuais,
entre os triênios 1990-1992 e 2008-2010, para o Brasil, e os seis maiores
estados produtores.
Fonte: Aleixo (2012)
Pecuária leiteira em São Paulo
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
1974
1978
1982
1986
1990
1994
1998
2002
2006
2010
Período
Pro
dutiv
idad
e (li
tros
/vac
a or
denh
ada/
ano)
Brasil
M inas Gerais
São Paulo
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Goiás
Fonte: Aleixo (2012) IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal. Evolução da produtividade média de leite (animal/ano) no Brasil e nos seis estados com maior produção nacional, de 1974 a 2010.
Pecuária leiteira em São Paulo
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1970 1975 1980 1985 1995 2006
Período
Par
ticip
ação Pastagem
Matas e Florestas
Cana-de-açúcar
Outras lavouras
Fonte: Aleixo (2012) IBGE – Censo Agropecuário. Evolução das áreas de pastagens, matas e florestas, cana-de-açúcar e outras lavouras no estado de São Paulo, no período de 1970 a 2006.
Pecuária leiteira em São Paulo
-60,00
-40,00
-20,00
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
19971998
19992000
20012002
20032004
20052006
20072008
2009
Total de leite
industrializado
Unidades de
processamento
Média diária
industrializada
Fonte: Aleixo (2012) Evolução em percentuais, da quantidade total de leite industrializado, do número de unidades de processamento e da média diária de leite processado por unidade industrial.
Pecuária leiteira em São Paulo
Processos/Período Leite padrão (litros)
Produção – (2010) 1.605.657.000
Industrialização – (2010) 2.302.679.000
Consumo – (2008-2009) 1.632.906.875
Produção, industrialização e consumo de lácteos no estado de São Paulo.
Fonte: Aleixo (2012)
SITUAÇÃO DA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL
(a) Produção de leite (kg/vaca/ lactação):
1400 kg/vaca/lactação, 270 dias - EUA = 8300 kg
(b) Produção de leite (kg/vaca/dia):
5 kg/vaca/dia
(c) Vida útil:
7 a 9 anos
(d) Taxa de mortalidade ao 1o ano:
5%
SITUAÇÃO DA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL
(e) Taxa de natalidade:
55 a 60%/ano
(f) Produção de leite/área:
1000 a 1100 kg/ha/ano.
(g) Idade ao primeiro parto:
entre 36 a 48 meses de idade
(h) Peso para primeira cobertura:
raças puras = 350 kg Mestiças = entre 280 e 300kg
SITUAÇÃO DA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL
i) Intervalo de partos (IEP):
18 a 24 meses
(j) Taxa de mortalidade de bezerros:
por volta de 5%.
SITUAÇÃO DA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL
(k) Porcentagem de vacas em lactação:
83% - IEP = 12 meses 55% - IEP = 18 meses
(l) Duração da lactação ideal:
305 dias (60 dias de período seco)
* 5 dias de colostro
* 300 dias de lactação
(m) Lotação animal:
0,8 a 1,2 vacas/ha/ano
IEP ideal: 12 meses - 365 dias
IEP = 365 dias
PS = 90 PG = 270 dias
DL = 305 dias PSc = 60
Aumento na Produção de Leite – 1957 a 1983 - EUA
OBJETIVOS DE SELEÇÃO
Produzir alimento saudável
Aumentar a quantidade de leite
Melhorar a qualidade do leite
Alimento com baixo custo
Aumentar a lucratividade do produtor
OBJETIVOS DE SELEÇÃO
Produção de leite/vaca/dia ou vaca/lactação
Adaptação – Calor / Parasitoses
Qualidade do leite – Constituintes /Higiene
Pastagens e alimentos volumosos
Reprodução (precocidade e assiduidade)
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
Idade ao Primeiro Parto (IPP)
Intervalo de Partos (IEP)
Perímetro Escrotal (PE)
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
Figura 1. Curvas de produção de leite, ingestão de alimentos e peso vivo da vaca leiteira no decorrer da lactação
ALIMENTAÇÃO
Man
ten
ça
Pro
du
ção
Leite
Cre
scim
en
to
Co
nd
içã
o C
orp
.
Rep
rod
uçã
o
Vacas primíparas
Hill (1995)
Características Reprodutivas – Escores de Condição Corporal
Características Reprodutivas – Escores de Condição Corporal
Características Reprodutivas – Escores de Condição Corporal
Redução no Escore Taxa de Concepção (%)
Menos de uma unidade 50
De uma a duas unidades 34
Mais de duas unidades 21
Fonte: DURÃES et al. (2000)
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO -CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS
Controle Leiteiro - IMPORTÂNCIA
permite conhecer o desempenho produtivo individual
Permite adequar a alimentação e o manejo de acordo com a produção
Orientar o descarte de vacas
Identificação de animais geneticamente superiores
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO -CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS
Controle Leiteiro – metodologia básica
Controle MENSAL – (mínimo 15 dias – máximo 45 dias)
3 ou 4 ordenhas, sendo a 1ª esgotamento
Início no 6º dia após o parto
Lactações inferiores a 305 dias = não fazer projeções
Controle Leiteiro Seletivo
Efeito sobre a média da PL raça Caracu
Nº Lact. Control. Média (kg) Desvio (kg)
352 1648,88 429,52
71 2231,75 197,71
36 2383,43 159,89
Controle Leiteiro Seletivo
Efeito sobre o valor genético de um reprodutor cujo valor real é ZERO
% controlada das melhores vacas VG (kg)
80 300
60 520
40 815
20 1265
Fonte: MARTINEZ (1989)
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS
PL (dia de controle)
PL na lactação
PG (% G)
PP (% P)
Sólidos Totais
LONGEVIDADE
PAÍS NÚMERO RELATIVO
LACTAÇÕES %
Holanda 3.4 100
Bélgica 2.7 79
França 2.5 73
Itália 2.1 61
Estados Unidos 2.0 59
Israel 1.8 52
Fonte: NRS, USDA, Hoards Dairyman (2007)
Força Leiteira Equilibrada:
1) Estatura Mediana
2) Abertura de Peito
3) Largura de Garupa
4) Capacidade Corporal
5) Condição Corporal
CONCEITO VACA FUNCIONAL
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
CARACTERÍSTICAS DE TIPO E CONFORMAÇÃO
•Úbere •Garupa •Aprumos •Tamanho e escore corporal
CONFORMAÇÃO FUNCIONAL
33
34
35
36
37
38
39
40
41
134 136 138 140 142 144 146 148 150
Altura em cm
% Descarte
Estatura
Fonte: Lagoa (2007)
Abertura Peito
Largura Garupa
Capacidade
Corporal
Score Corporal
Fonte: Lagoa (2007)
A virtude está no meio
Fonte: Lagoa (2007)
Fonte: Lagoa (2007)
Fonte: Lagoa (2007)
PERFIL IDEAL DA VACA FUNCIONAL
(NRS, 2005)
88 92 96 100 104 108 112
Comprimento dos Tetos
Colocação dos tetos posteriores
Colocação dos tetos anteriores
Ligamento suspensor médio
Profundidade de Úbere
Altura Úbere Posterior
Inserção Úbere anterior
Locomoção
Diagonal de Casco
Pernas traseiras lateral
Pernas vista por trás
Característica Leiteira
Largura Garupa
Ângulo Garupa
Capacidade Corporal
Abertura de Peito
Estatura
Tipo Final
Pernas e Patas
Úbere
Força LeiteiraP
erfil
Lin
er e
Tip
o
Classificação Base HolandesaFonte: Lagoa (2007)
PERFIL INDESEJÁVEL DA VACA
LEITEIRA (NRS, 2005)
88 92 96 100 104 108 112
Comprimento dos Tetos
Colocação dos tetos posteriores
Colocação dos tetos anteriores
Ligamento suspensor médio
Profundidade de Úbere
Altura Úbere Posterior
Inserção Úbere anterior
Locomoção
Diagonal de Casco
Pernas traseiras lateral
Pernas vista por trás
Característica Leiteira
Largura Garupa
Ângulo Garupa
Capacidade Corporal
Abertura de Peito
Estatura
Tipo Final
Pernas e Patas
Úbere
Força Leiteira
Pe
rfil
Lin
ea
r e
Tip
o
Classificação Base HolandesaFonte: Lagoa (2007)
REBANHO HETEROGÊNEO (HOLANDÊS)
Fonte: Lagoa (2007)
REBANHO HETEROGÊNEO (MESTIÇO)
Fonte: Lagoa (2007)
REBANHO HETEROGÊNEO (GRANDE)
Fonte: Lagoa (2007)
Fonte: Lagoa (2007)
Fonte: Lagoa (2007)
Abertura de Peito
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Abertura de Peito
% T
ax
a d
e D
es
ca
rte
1 2 3 4 5 6 7 8 9
84 88 92 96 100 104 108 112 116Fonte: Lagoa (2007)
ÂNGULO DE GARUPA
Fonte: Lagoa (2007)
ÂNGULO DE GARUPA
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Escore ângulo de garupa
% Descarte
1 3 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
84 88 92 96 100 104 108 112 116
-4,0 -2,2 -0,4 1,4 3,2 3,9 4,6 5,3 11,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: Lagoa (2007)
DIAGONAL DE CASCOS
Fonte: Lagoa (2007)
DIAGONAL DE CASCO
0
10
20
30
40
50
60
1 2 3 4 5 6 7 8 9
escore diagonal cascos
%Descarte
1 5 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
84 88 92 96 100 104 108 112 116Fonte: Lagoa (2007)
PROFUNDIDADE DE ÚBERE
Fonte: Lagoa (2007)
PROFUNDIDADE DE ÚBERE
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1 2 3 4 5 6 7 8 9
escore profundidade de úbere
%Descarte
1 5 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
84 88 92 96 100 104 108 112 116
Fonte: Lagoa (2007)
Profundidade Úbere
Fonte: Lagoa (2007)
Fonte: Lagoa (2007)
Inserção de Úbere Anterior
0
10
20
30
40
50
60
1 2 3 4 5 6 7 8 9
escore inserção úbere anterior
%Descarte
1 5 9
Fonte: Lagoa (2007)
Inserção Úbere Anterior
Fonte: Lagoa (2007)
Comprimento Tetos
Fonte: Lagoa (2007)
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