magnetismo e espiritismo -...

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MAGNETISMO

e

ESPIRITISMO

Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz

Departamento Doutrinário

GRUPO de ESTUDO

ANO 3 – 2016

AULA 4

O Poder Fluídico – Obras Póstumas – Allan Kardec

É fato incontestável a ação fisiológica de indivíduo

a indivíduo, com ou sem contacto. Semelhante

ação evidentemente só pode ser exercida por um

agente intermediário, do qual são reservatório o

nosso corpo, os nossos olhos e os nossos dedos,

principais órgãos de emissão e de direção. Esse

agente invisível é necessariamente um fluido.

Quais a sua natureza e a sua essência? Quais as

suas propriedades íntimas?

Será um fluido especial, ou uma modificação da

eletricidade, ou de algum outro fluido conhecido?

Não será antes o a que hoje damos o nome de

fluido cósmico, quando se acha esparso na

atmosfera, e fluido perispirítico, quando

individualizado?

O fluido perispirítico é imponderável, como a luz, a

eletricidade e o calórico. É-nos invisível, no nosso

estado normal, e somente por seus efeitos se

revela.

Torna-se, porém, visível a quem se ache no estado

de sonambulismo lúcido e, mesmo, no estado de

vigília, às pessoas dotadas de dupla vista. No

estado de emissão, ele se apresenta sob a forma de

feixes luminosos, muito semelhante à luz elétrica

difundida no vácuo. A isso, em suma, se limita a

sua analogia com este último fluido, porquanto não

produz, pelo menos ostensivamente, nenhum dos

fenômenos físicos que conhecemos.

No estado ordinário, denota matizes diversos,

conforme os indivíduos que o emitem: ora

vermelho fraco, ora azulado, ou acinzentado, qual

ligeira bruma. As mais das vezes, espalha sobre

os corpos circunjacentes uma coloração

amarelada, mais ou menos forte. Sobre essa

questão, são idênticos os relatos dos sonâmbulos

e dos videntes.

Nenhum corpo lhe opõe obstáculo; ele os penetra

e atravessa todos.

Até agora nenhum se conhece que seja capaz de

o isolar. Somente a vontade lhe pode ampliar ou

restringir a ação. A vontade, com efeito, é o seu

mais poderoso princípio. Pela vontade, dirigem-

se-lhe os eflúvios através do espaço, saturam-se

dele alguns objetos, ou faz-se que ele se retire

dos lugares onde superabunda. Digamos, de

passagem, que é neste princípio que se funda a

força magnética.

Parece, enfim, que ele é o veículo da vista

psíquica, como o fluido luminoso o é da vista

ordinária. O fluido cósmico, conquanto emane de

uma fonte universal, se individualiza, por assim

dizer, em cada ser e adquire propriedades

características, que permitem distingui-lo de todos

os outros. Nem mesmo a morte apaga esses

caracteres de individualização, que persistem por

longos anos após a cessação da vida, coisa de

que já hemos podido convencer-nos.

Cada um de nós tem, pois, o seu fluido próprio, que

o envolve e acompanha em todos os movimentos,

como a atmosfera acompanha cada planeta. É

muito variável a extensão da irradiação dessas

atmosferas individuais. Achando-se o Espírito em

estado de absoluto repouso, pode essa irradiação

ficar circunscrita nos limites de alguns passos;

mas, atuando a vontade, pode alcançar distâncias

infinitas. A vontade como que dilata o fluido, do

mesmo modo que o calor dilata os gases.

As diferentes atmosferas individuais se entrecru-

zam e misturam, sem jamais se confundirem, exa-

tamente como as ondas sonoras que se conser-

vam distintas, a despeito da imensidade de sons

que simultaneamente abalam o ar.

Pode-se, por conseguinte, dizer que cada

indivíduo é centro de uma onda fluídica, cuja

extensão se acha em relação com a força da

vontade, do mesmo modo que cada ponto

vibrante é centro de uma onda sonora, cuja

extensão está na razão propulsora do fluido,

como o choque é a causa de vibração do ar e

propulsora das ondas sonoras.

Das qualidades peculiares a cada fluido resulta

uma espécie de harmonia ou desacordo entre eles,

uma tendência a se unirem ou evitarem, uma

atração ou repulsão, em resumo: as simpatias ou

antipatias que se experimentam, muitas vezes sem

manifestas causas determinantes.

Se nos colocamos na esfera de atividade de um

indivíduo, a sua presença não raro se nos revela

pela impressão agradável ou desagradável que

nos produz o seu fluido. (...)

Quem não conhece a força de arrastamento que

domina as aglomerações onde há homogeneidade

de pensamentos e de vontades? Ninguém pode

imaginar a quantas influências estamos assim

submetidos, à nossa revelia.

Toda ação física ou moral, patente ou oculta, de um

ser sobre si mesmo, ou sobre outro, pressupõe, de

um lado, uma força atuante e, de outro, uma

sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas

forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à

força. Ora, não sendo todos os homens dotados da

mesma energia fluídica, ou, por outra, não tendo o

fluido perispirítico, em todos, a mesma potência

ativa, explicado fica por que, nuns, essa potência é

quase irresistível, ao passo que, noutros, é nula;

por que algumas pessoas são muito acessíveis à

sua ação, enquanto que outras lhe são refratárias.

O poder fluídico aplicado à ação recíproca dos

homens uns sobre os outros, isto é, ao Magnetis-

mo, pode depender:

1º da quantidade de fluido que cada um possua;

2º da natureza intrínseca do fluido de cada um,

abstração feita da quantidade;

3º do grau de energia da força impulsiva;

porventura, até, dessas três causas reunidas.

Na primeira hipótese, aquele que tem mais fluido

dá-lo-ia ao que tem menos, recebendo-o deste em

menor quantidade. Haveria nesse caso analogia

perfeita com a permuta de calórico entre dois

corpos que se colocam em equilíbrio de

temperatura.

Qualquer que seja a causa daquela diferença,

podemos aperceber-nos do efeito que ela produz,

imaginando três pessoas cujo poder

representaremos pelos números 10, 5 e 1.

O 10 agirá sobre o 5 e sobre o 1, porém mais

energicamente sobre o 1 do que sobre o 5; este

atuará sobre o 1 mas será impotente para atuar

sobre o 10; o 1, finalmente, não atuará sobre

nenhum dos dois outros. Será essa talvez a razão

por que certos pacientes são sensíveis à ação de

tal magnetizador e insensíveis à de tal outro.

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1

Vídeo Chacrase micro tubos

FUNÇÕES dos DISPERSIVOS

(Manual do Passista – Jacob Melo)

1 – Encaminham (distribuem) os concentrados

fluídicos para diferentes centros vitais

2 – Espalham os concentrados fluídicos

3 – Dissipam e desfazem congestões fluídicas

4 – Promovem a saída de agregados fluídicos

perniciosos

5 – Desviam para diversos pontos e centros vitais

os fluidos, concentrados ou não.

6 – “Filtram” os fluidos, refinando-os para

atendimentos e alcances diversos

7 – “Compactam” os fluidos para posterior e

gradual utilização, como uma “ruminação fluídica”,

onde os fluidos ficam “armazenados” nas

periferias dos centros vitais, sem criar congestão

fluídica

8 – “Catalisam” fluidos, aumentando seu poder e

velocidade de penetração, alcance e transferência

entre centros vitais

10 – “Decantam” os fluidos, retirando as

impurezas e refinando a textura dos mesmos

11 – Atraem ao passista, principalmente às

extremidades de exteriorização, as cargas fluídicas

que promovem desarmonias, reequilibrando-as –

no próprio paciente ou no trânsito via passista

12 – Quando em grande circuito, faculta a

harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais,

operando a psissensibilidade do paciente, em

benefício deste e do passista

13 – Esparge as camadas fluídicas superficiais,

deixando mais “visíveis” e mais “sensíveis” os

“focos” de desarmonia do paciente

14 – Elimina os excessos de concentrados

fluídicos por ocasião do passe, doando ao paciente

uma sensação de equilíbrio e, ao passista, uma boa

recompensação fluídico-magnética, evitando a

fadiga fluídica.

15 – Resolve desarmonias provocadas por fadiga

fluídica (mais a água fluidificada)

16 – Corrige eventuais equívocos no uso de

técnicas.

*Extraem o excesso, mas não arrancam os fluidos

bons; não criam “sujeira fluídica” que se precise

jogar fora.

*O vento saneia o ar, renova-o e traz as chuvas.

*Gestos instintivos quando nos machucamos ou

queimamos

*As benzedeiras

Relações com distância e velocidade

Perto (< ou = 25cm) = ativante

Longe (> 25cm) = calmante

Lento (> ou = 3s/corpo) = concentrador

Rápido (< 3s/corpo) = dispersivo

1 - Físico

2 – Vital

3 – Astral (emoções)

4 – Mental inferior

5 – Mental superior

6 – Búdico

7 – Átmico

CORPOS ou “CAMPOS” ENERGÉTICOS

A Gênese, Cap. I (Caracteres da Revelação

Espírita):

13. (...) a doutrina não foi ditada completa, nem

imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo

trabalho do homem, da observação dos fatos que

os Espíritos lhe põem sob os olhos e das

instruções que lhe dão, instruções que ele estuda,

comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as

ilações e aplicações.

14. Como meio de elaboração, o Espiritismo

procede exatamente da mesma forma que as

ciências positivas, aplicando o método

experimental. Fatos novos se apresentam, que não

podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele

os observa, compara, analisa e, remontando dos

efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois,

deduz-lhes as consequências e busca as

aplicações úteis.(...)

É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o

Espiritismo é uma ciência de observação e não

produto da imaginação. As ciências só fizeram

progressos importantes depois que seus estudos

se basearam sobre o método experimental (...).

16. (...)O Espiritismo e a Ciência se completam

reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se

acha na impossibilidade de explicar certos

fenômenos só pelas leis da matéria; ao

Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e

comprovação.

55. Um último caráter da revelação espírita, a

ressaltar das condições mesmas em que ela se

produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser,

e não pode deixar de ser, essencialmente

progressiva, como todas as ciências de

observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência

que, sendo a exposição das leis da Natureza, com

relação a certa ordem de fatos, não pode ser

contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. (...)

Caminhando de par com o progresso, o

Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se

novas descobertas lhe demonstrassem estar em

erro acerca de um ponto qualquer, ele se

modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se

revelar, ele a aceitará.

André Luiz, já desencarnado, desdobrou para

visitar sua mãe em plano mais elevado.

(Nosso Lar – Chico Xavier – André Luiz)

O Perispírito - Zimmermann

Pelo pouco que se sabe, pode-se apenas

estabelecer que o corpo mental guardaria estreita

relação com a alma, fonte do pensamento, sem

forma definida (Autores há que chegam a atribuir-

lhe a forma ovóide). Compreender-se-ia, então,

que, realmente, o campo mental, de certa forma,

presidiria a formação do corpo espiritual

(perispírito), ao influxo da alma, expandir-se-ia em

campo perispirítico, irradiando vida e sustentação.

O Livro dos Médiuns

1ª parte – Cap. IV – Dos Sistemas

Comunicação do Espírito Lamennais

“O que uns chamam perispírito não é senão o que

outros chamam envoltório material fluídico. Direi,

de modo mais lógico, para me fazer compreendido,

que esse fluido é a perfectibilidade dos sentidos, a

extensão da vista e das ideias. Falo aqui dos

Espíritos elevados. Quanto aos Espíritos inferiores,

os fluidos terrestres ainda lhes são de todo

inerentes; logo, são, como vedes, matéria. Daí os

sofrimentos da fome, do frio, etc., sofrimentos que

os Espíritos superiores não podem experimentar,

visto que os fluidos terrestres se acham depura-

dos em torno do pensamento, isto é, da alma. (...)

O perispírito, para nós outros, Espíritos errantes, é

o agente por meio do qual nos comunicamos

convosco, quer indiretamente, pelo vosso corpo

ou pelo vosso perispírito, quer diretamente, pela

vossa alma; donde, infinitas modalidades de

médiuns e de comunicações.

“Agora o ponto de vista científico, ou seja: a

essência mesma do perispírito, isso é outra

questão. Compreendei primeiro moralmente.

Resta apenas uma discussão sobre a natureza

dos fluidos, coisa por ora inexplicável. A ciência

ainda não sabe bastante, porém lá chegará, se

quiser caminhar com o Espiritismo. O perispírito

pode variar e mudar ao infinito. A alma é o

pensamento: não muda de natureza.

Não vades mais longe, por este lado; trata-se de

um ponto que não pode ser explicado. Supondes

que, como vós, também eu não perquiro? Vós

pesquisais o perispírito; nós outros, agora,

pesquisamos a alma. Esperai, pois.”

TIPOS de PASSES DISPERSIVOS

- Transversais

- Longitudinais

- Perpendiculares

- Sopros frios

PASSE LONGITUDINAL

(O Passe – Jacob Melo)

Realizados ao longo do corpo do paciente, da

cabeça aos pés e de cima para baixo, com as

mãos abertas e “os braços estendidos

normalmente, sem nenhuma contração e com a

necessária flexibilidade para executar os

movimentos”

(Magnetismo

Espiritual,

Michaelus).

Magnetizador

digital

Sentido correto da aplicação do magnetismo

(ao longo de uma região)

Sentido correto da aplicação do magnetismo

(ao longo de uma região)

paciente deitado

Aplicar com ambas as

mãos ou apenas com uma.

Retornar com as mãos

fechadas.

Sentido das mãos na

aplicação correta do

magnetismo

O outro sentido será trazer

as mãos para cima do

próprio corpo, de tal modo

a afastá-las do paciente.

Os passes longitudinais, também conhecidos

como de “grande corrente”, quando feitos

rapidamente (cerca de 5 segundos, da cabeça aos

pés) e a uma distância maior que 25 cm, têm

notável poder dispersivo e com ação calmante,

além de regularizar a circulação sanguínea e

fluídica. É a dispersão mais recomendada para os

casos de congestão fluídica, pois promove um

reequilíbrio total do paciente.

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco

“Ele próprio aplicou recursos magnéticos na

obsediada, fazendo a dispersão dos fluidos

tóxicos que a asfixiavam, mediante movimentos

longitudinais, rítmicos, logo após insuflando

energias restauradoras de forças.” (sopro)

Quando aplicado lentamente, serve para induzir

ao sono, ao sonambulismo, ao desprendimento

espiritual, pois impregna o paciente de

magnetismo de forma profunda e harmônica.

(As vidas sucessivas - Albert de Rochas;

Alquimia da Mente, Arquivos Secretos do Egito,

Eu sou Camille Demoulins, As 7 vidas de Fénelon

- Hermínio Miranda, etc.)

PASSE PERPENDICULAR

Extremamente dispersivo.

Aplicado com o paciente

preferencialmente em pé. Com

as palmas voltadas para o

paciente, descendo rapidamente

uma pela frente outra por trás.

Usada ao término de cada

sessão de tratamento, para dispersão e

harmonização finais.

PASSE PERPENDICULAR

Como todos os demais

tipos de passe

dispersivos, deve ser

aplicado em todas as

distâncias, desde 5 cm

até o mais longe possível;

cerca de 5 a 8 “camadas”

distintas.

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