litertura · arquitetura, na música e no teatro. contexto histórico ... ou da parte do pregador,...

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LITERTURA ROSINHA BARRETO/EUGÊNIA SIQUEIRA

BARROCO

O Barroco foi um movimento artístico durante o

período histórico que compreende o final do século XVI

até a metade do século XVII.

O que foi o Barroco?

Criado na Itália, por volta do século XVI e,

posteriormente, espalhando-se pela Europa e pelo

mundo, o Barroco foi um estilo de movimento artístico.

Influenciando primeiramente as artes plásticas, o

barroco também teve forte tendência na literatura, na

arquitetura, na música e no teatro.

Contexto histórico

• Reforma - Martinho Lutero questiona os dogmas do catolicismo e

fundamenta uma nova forma de cristianismo.

• A Igreja Católica, por sua vez, iniciou um movimento de

Contrarreforma, em que estabelecia mudanças internas. Preocupados

com a disseminação da fé católica, criaram medidas de expansão de

sua doutrina, como a criação da Companhia de Jesus.

Características

•Arte da Dialética –

•Pessimismo -

•Passagem do tempo

•Dualismo e contradições, Rebuscamento

•Obscuridade, complexidade e sensualismo

Arte Barroco

PINTURA

A descida da Cruz - Caravaggio A volta do filho pródigo - Rembrandt As meninas - Velázquez

Arquitetura

Basílica de São Pedro

Escultura

Êxtase de Santa Tereza - Bernini

Música

Bach Vivaldi

E na Literatura?

• Na literatura, encontramos no linguagem do Barroco duas tendências:

• A) Cultismo – Jogo de palavras

• Esse estilo caracteriza-se por utilizar a descrição e termos cultos com

preciosismo vocabular, além de valorizar os detalhes textuais, é

comum o uso de figuras de linguagem e trocadilhos.

“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria’’.

Gregório de Matos

B) Conceptismo – jogo de ideias

• Este estilo caracteriza-se pelo uso da retórica aprimorada,

apresentações de ideias e argumentos lógicos. Além do

raciocínio lógico, duas importantes características desse estilo

eram o silogismo e a sofisma. O objetivo principal dos escritores

conceptistas era o de convencer o leitor, além de instruí-lo por

meio de diversos argumentos.

"Fazer pouco fruto a palavra de Deus no mundo pode proceder de

um ou três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do

ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio

de um sermão, há de haver três concursos: há de concorrer o

pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte

com o entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça,

alumiando”. (…)

Sermão da Sexagésima -Padre Antônio Vieira

Barroco no Brasil

Início do Barroco na Brasil

• Tradicionalmente se tem apontado como marco inicial

do Barroco brasileiro a publicação do poema épico

"Prosopopeia" de Bento Teixeira, um poema feito a

copia de Os Lusíadas de Camões.

Representantes

Gregório de Matos

“Cantei na minha lira maldizente, torpezas do Brasil, vícios e

enganos”.

Para muitos historiadores Gregório de Matos – o Boca do Inferno

- é o iniciador da Literatura Brasileira. Mas é interessante

observar que permaneceu completamente inédito até meados

do século XIX.

A poesia de Gregório de Matos divide-se de acordo com a temática

que explora

A) Lírica amorosa - Nela se destaca o idealismo amoroso cultivado

pela poesia renascentista. O amoré visto a partir de duas

perspectiva

1. É a idealização amorosa em uma linguagem sublime.

2. Visão obscena do amor, de uma admiração mais crua do prazer.

Anjo no nome, Angélica na cara!

Isso é ser flor, e Anjo juntamente:

Ser Angélica flor, e Anjo florente,

Em quem, senão em vós, se uniformara:

Quem vira uma tal flor, que a não cortara,

De verde pé, da rama fluorescente;

E quem um Anjo vira tão luzente,

Que por seu Deus o não idolatrara?

(...)

O amor é finalmente

um embaraço de pernas,

uma união de barrigas,

um breve tremor de artérias

Uma confusão de bocas,

uma batalha de veias,

um reboliço de ancas,

quem diz outra coisa é besta

Lírica Religiosa - seu tema principal é o amor místico, desdobrado

em subtemas como a oposição entre o pecado e a necessidade de

perdão; entre os apelos da carne e as obrigações da fé; entre a

culpa e o arrependimento; entre a atração pela razão humana e a

atração pela fé divina.

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, de vossa alta clemência me despido; porque quanto mais tenho delinquido, vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto um pecado, a abrandar-vos sobeja um só gemido: que a mesma culpa, que vos há ofendido, vos tem para o perdão lisonjeado.

(...)

Se uma ovelha perdida, e já cobrada

Glória tal, e prazer tão repentino

vos deu, como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada

Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,

Perder na vossa ovelha a vossa glória.

• Lírica Satírica – a poesia satírica de Gregório de Matos, hoje

considerada extremamente original, pelo fato de fugir aos padrões

barroco estabelecido e constitui um painel critico, saboroso e

pitoresco da realidade baiana do século XVII.

DESCRIÇÃO DA CIDADE DE SERGIPE D'EL-REI Três dúzias de casebres remendados, Seis becos, de mentrastos entupidos, Quinze soldados, rotos e despidos, Doze porcos na praça bem criados.

Dois conventos, seis frades, três letrados, Um juiz, com bigode, sem ouvidos, Três presos de piolhos carcomidos, Por comer dois marinheiros esfaimados

Damas com sapatos de beata, Palmilha de tamanca como feiras Saias de chita, cinta de raqueta.

O feijão, que só faz ventosidade Farinha de pipoca, pão de greta, De Sergipe d'El- Rei esta é a cidade.

• Padre Vieira

• O mais famoso orador sacro do Brasil - Colônia foi o Padre jesuíta

português Antônio Vieira, que desempenhou missões religiosas no

Maranhão e no Grão-Pará, atuou como professor de retórica no colégio

de Pernambuco e participou ativamente da política do Rei D. João IV, em

Portugal e no Brasil.

• Seus Sermões foram publicados entre 1679 e 1748, atingem 16 volumes.

Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a

conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por

ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de

andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo,

respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca,

sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim

é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco

poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.

Arte Barroca no Brasil

Assunção da Virgem Igreja de São Francisco

Mestre Ataíde

Pintura

Arquitetura

Pelourinho - Salvador (BA)Ouro Preto – Minas Gerais

Escultura

Aleijadinho

Barroco em Sergipe

Praça de São Francisco – São CristóvãoMuseu Histórico de Sergipe

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