lipping - microsoft...da literatura nacional e estrangeira. o espaço é considerado referência...
Post on 17-Oct-2020
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
CLIPPING 5 novembro de 2019
DIA NACINAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
]
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Entrevista com Marcos Penido - Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de SP ............................. 4
No Dia Nacional da Língua Portuguesa, conheça as bibliotecas públicas de SP ....................................... 5
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E IO AMBIENTE ........................................................................... 7
Cetesb estabelece regras para Logística Reversa ............................................................................... 7
Rio Jundiaí amanhece com manchas coloridas e preocupa moradores ................................................ 10
Mutirão do MEI começa quarta (6) e amplia número de serviços ....................................................... 11
MEIO AMBIENTE: Representante da Unesc participa de capacitação em São Paulo ............................... 12
Incêndio atinge canavial e área de preservação ambiental em Águas de Santa Bárbara ........................ 13
Incêndio atinge Parque do Jaraguá, na Zona Norte de SP ................................................................. 14
Agentes de fiscalização realizam primeiro sobrevoo na Serra da Cantareira para identificar possíveis
invasões ..................................................................................................................................... 15
Lixo: Prefeito Daniel Alonso recebe projeto da Matra ........................................................................ 16
O mutirão contará ainda com oficinas, com temas como terceirização, reforma trabalhista, trabalho intermitente e processos legais de contratação de empregados ......................................................... 18
TJ-SP mantém multa a aterro com camada irregular de resíduos ....................................................... 20
Desapropriação de terreno para implantação do futuro Aterro Sanitário foi um dos destaques na edição 4207 .......................................................................................................................................... 21
Transbordo de lixo é inaugurado de acordo com normas da CETESB .................................................. 22
Momento Rio Vivo ....................................................................................................................... 23
Morador de Piedade registra mortandade de peixes no Rio Pirapora ................................................... 24
Debate sobre o meio ambiente - Bloco 2 ........................................................................................ 25
Io Simpósio da Searvo reúne especialistas para discutir Licenciamento Ambiental ............................... 26
Secretário quer presença de cidades nas discussões sobre o Salto Grande .......................................... 27
Prefeitura de Sarutaiá entrega 91 casas populares e solenidade é marcada por expectativa e emoção ... 28
Tony Elias entrevista Wellington Rocha Presidente da Associação de membros e moradores do Bairro sítio do outeiro na cidade do Guarujá .................................................................................................... 29
Hermínio Matos conversou com Valter Suman, prefeito do Guarujá .................................................... 30
Obras do piscinão Jaboticabal começam em dezembro, afirma Doria .................................................. 31
Dória prevê envolver 2 mil pessoas para construir Jaboticabal .......................................................... 32
Doria assina ordem de serviço para início das obras do piscinão Jaboticabal ....................................... 33
Arsesp diz estar alijada de debate entre Sabesp e Paço de Mauá ....................................................... 34
Thiaguinho pede que Linha de ônibus 120 passe pela Ari Barroso ...................................................... 35
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 36
Coletiva sobre manchas de óleo .................................................................................................... 36
Mudança de uso do solo é responsável por 44% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, aponta
relatório ..................................................................................................................................... 37
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 39
O QUE A FOLHA PENSA: Cidades submersas ................................................................................... 39
Após quatro anos, Mariana vive descaso e omissão ......................................................................... 40
3
Grupo de Comunicação
OPINIÃO JOÃO DORIA: Semear cultura é colher desenvolvimento ..................................................... 41
Painel: Deputados do PSL defendem quebra de sigilo de gastos do cartão corporativo de Bolsonaro ...... 42
Governo vai criar critérios para repassar recursos do pré-sal a estados e cidades ................................ 43
Em ação popular, petroleiros tentam impedir megaleilão do pré-sal ................................................... 45
Cade manda ANP suspender licitação do Gasoduto Bolívia-Brasil ....................................................... 47
Mônica Bergamo: Jantar de Confederação Israelita reflete cisão na comunidade judaica por causa de
Bolsonaro ................................................................................................................................... 48
ESTADÃO ................................................................................................................................... 50
Oportunidades na COP25 .............................................................................................................. 50
Tarifa de estatais de saneamento banca alta de salários, diz estudo .................................................. 52
Novo marco do saneamento deve atrair investidor, avalia governo .................................................... 54
Petroleiros recorrem à Justiça para suspender licitação .................................................................... 55
Natura é a primeira empresa de cosméticos a obter patente verde .................................................... 56
Depois que esse fungo transforma formigas em zumbis, seus corpos explodem .................................. 57
Sonia Racy: Direto da Fonte ......................................................................................................... 59
A sociedade do espetáculo III: mancha energética .......................................................................... 61
Seca prolongada faz Sorocaba adotar racionamento de água ............................................................ 63
Bombeiros controlam fogo no Pico do Jaraguá; em 4 dias, Grande SP tem 1.032 focos de incêndio ....... 64
Emissões de gases de efeito estufa do Brasil ficam estáveis em 2018 ................................................ 65
Em meio à crise do óleo, gestão Bolsonaro retira diretriz de proteção para manguezal ......................... 66
Pantanal tem maior número de incêndios para outubro em 17 anos ................................................... 68
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 70
Pré-sal atrai estrangeiras, mas Petrobras será destaque ................................................................... 70
Petrobras desponta como protagonista de leilões do pré-sal ............................................................. 71
Prejuízo com óleo será de ‘bilhões’, diz Ibama................................................................................. 73
Prefeitos miram marco do saneamento .......................................................................................... 74
Petroleiras adotam tom de cautela sobre megaleilão ........................................................................ 75
Cade questiona estatal e ANP adia licitação no Gasbol ...................................................................... 76
Etanol respondeu por 48% da venda de combustíveis do ciclo Otto até setembro ................................ 77
Menos de 1% dos sites tem recursos de acessibilidade ..................................................................... 78
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Rádio Bandeirantes
Data: 04/11/2019
Entrevista com Marcos Penido -
Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de SP
http://cloud.boxnet.com.br/yypjzpbz
Voltar ao Sumário
5
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 05/11/2019
No Dia Nacional da Língua Portuguesa,
conheça as bibliotecas públicas de SP
Data é celebrada nesta terça-feira (5); Estado
possui sistema que integra mais de 700
unidades na capital e no interior
O Dia Nacional da Língua Portuguesa é
comemorado nesta terça-feira (5). Para
celebrar a data e a prática da leitura, os
cidadãos têm à disposição as consultas ao
Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de
São Paulo (SisEB), que integra as bibliotecas
públicas do Estado, municipais e comunitárias
vinculadas.
Atualmente, a rede conta com mais de 700
unidades, incluindo a Biblioteca de São
Paulo (BSP) e a Biblioteca Parque Villa-
Lobos (BVL), na capital, que servem como
laboratório do conceito “biblioteca viva”.
O SisEB é coordenado pela Unidade de Difusão
Cultural, Bibliotecas e Leitura, da Secretaria
de Cultura e Economia Criativa do Estado, e
tem a SP Leituras, organização social de
cultura, como parceira na operação. O sistema
busca estimular e apoiar as bibliotecas de
acesso público do Estado na democratização
da informação, do livro e da leitura.
Bibliotecas estaduais
A pasta mantém duas bibliotecas na cidade de
São Paulo: a Biblioteca de São Paulo (BSP)
e a Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL).
Ambas têm intuito de promover a leitura,
integrar-se com as comunidades do entorno e
oferecer atendimento humanizado e
individualizado, além de proporcionar aos
visitantes uma programação cultural rica e
diversificada.
Ambas foram concebidas como modelo de
práticas inovadoras. Os programas e
atividades são disseminados para as
bibliotecas do SisEB por meio de eventos,
cursos e publicações.
Biblioteca de São Paulo
A BSP foi inaugurada em 2010 e está
localizada no Parque da Juventude “Dom
Paulo Evaristo Arns”, na zona norte da
capital. Trata-se de um espaço público de
aproximadamente 4 mil metros quadrados que
oferece uma intensa programação cultural,
que inclui palestras, contação de histórias,
discussões sobre temas literários,
intervenções teatrais, apresentações musicais,
cursos diversos e brincadeiras.
No extenso catálogo, com mais de 39 mil itens
constam, além dos clássicos e obras
aclamadas pela crítica, estão os últimos
lançamentos e os exemplares mais vendidos
da literatura nacional e estrangeira.
O espaço é considerado referência nacional de
promoção e incentivo à leitura. Recebe visitas
de profissionais da área de Biblioteconomia e
Ciência da Informação, professores
universitários, gestores da área cultural,
prefeitos municipais, secretários estaduais de
cultura e educação de diversos estados da
Federação que desejam conhecer o projeto e
adaptá-lo às suas realidades.
Biblioteca Parque Villa-Lobos
A BVL segue os mesmos princípios
consagrados pela BSP, teve a inauguração em
2014 e oferece livros para empréstimo e
ambientes para estudo, além de uma
6
Grupo de Comunicação
experiência diferente em leitura, lazer,
aprendizado e diversão.
Ocupando área de 4 mil metros quadrados
dentro do Parque Villa-Lobos, na zona oeste
da capital, a biblioteca realiza todos os meses
uma programação cultural que reúne
atividades de interesse para todos os públicos.
O acervo, constantemente atualizado, tem
foco na literatura e um olhar também para
questões ambientais. É formado por livros,
revistas, jornais, livros eletrônicos,
audiolivros, HQs, DVDs e CDs, além de livros
em braille e falados, voltados para pessoas
com deficiência.
O espaço é um ambiente inclusivo e acessível,
possuindo diversos aparelhos de tecnologia
assistiva.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/no-dia-nacional-da-lingua-
portuguesa-conheca-as-bibliotecas-publicas-
de-sp/
Voltar ao Sumário
7
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
IO AMBIENTE Veículo: Portal da Autopeça
Data: 31/10/2019
Cetesb estabelece regras para Logística Reversa
Decisão de Diretoria Cetesb 114/2019 revoga
a DD 076/2018 e estabelece regras para a LR
no âmbito do licenciamento ambiental
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo publicou, no último dia 23-10 a
Decisão de Diretoria 114/2019/P/C, que
“Estabelece o “Procedimento para a
incorporação da Logística Reversa no âmbito
do licenciamento ambiental”, em atendimento
à Resolução SMA 45, de 23-06-2015 e dá
outras providências”.
A nova DD 114/2019, republicada dia 30-10,
com correções no texto, revoga a anterior DD
076/2018, por estabelecer critérios mais
detalhados e outras exigências não previstas
anteriormente, aplicáveis às atividades
licenciáveis pelo órgão ambiental estadual,
consideradas como fontes de poluição,
previstas pelo Decreto 8468/1976.
OBRIGAÇÕES
O procedimento aplicável inclui a estruturação,
implementação e operação, bem como a
apresentação dos resultados dos sistemas de
logística reversa, exigidas pela CETESB como
condicionante para a emissão ou renovação
das licenças de operação.
SUJEITO DA OBRIGAÇÃO E PRAZOS
Nos termos do item 1.2 do ANEXO ÚNICO da
referida DD 114/2019, estão obrigados a
atender ao procedimento previsto nesta DD
114/2019 todos os empreendimentos que
fabriquem ou sejam responsáveis pela
importação, distribuição ou comercialização,
desde que licenciados pela CETESB por meio
do licenciamento ordinário, dos seguintes
produtos[1]:
2.1. A partir de 2018, com a entrada em vigor
da Decisão de Diretoria CETESB 076/2018/C:
a) Óleo lubrificante, para a logística reversa do
óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC)
e de suas embalagens plásticas;
b) Baterias automotivas;
c) Pilhas e baterias portáteis;
d) Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio
e mercúrio e luz mista;
e) Pneus, para logística reversa de pneus
inservíveis;
f) Agrotóxicos, para a logística reversa de suas
embalagens vazias;
g) Tintas imobiliárias, para a logística reversa
de suas embalagens.
2.2 De acordo com a progressividade descrita
no Quadro 1, para:
a) Óleo comestível;
b) Filtro de óleo lubrificante automotivo;
c) Produtos alimentícios, para a logística
reversa de suas embalagens;
d) Bebidas, para a logística reversa de suas
embalagens;
e) Produtos de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos, para a logística reversa de suas
embalagens;
f) Produtos de limpeza e afins, para a logística
reversa de suas embalagens;
g) Produtos eletroeletrônicos de uso doméstico
e seus acessórios, com tensão até 240 volts;
h) Medicamentos domiciliares, de uso
humano, para a logística reversa dos
8
Grupo de Comunicação
respectivos medicamentos vencidos ou em
desuso e suas embalagens.
Quadro 1. Progressividade para implantação
de sistemas de logística reversa dos produtos
elencados no item 2.2 acima.
PRAZO LINHA DE CORTE
Área construída da instalação (m2)
Desde 2018 (com a entrada em vigor da DD
076/2018/C) Acima de 10 mil
A partir de 01-01-2020 Acima de 1 mil
A partir de 01-01-2021 Todas
Observações importantes:
- Todos os empreendimentos sujeitos ao
licenciamento ordinário que se enquadrem nas
linhas de corte acima citadas, que não tenham
feito solicitação ou renovação da licença de
operação nos anos de 2019, 2020 ou 2021 e
que ainda não tenham apresentado Plano de
Logística Reversa à CETESB deverão
apresentar um Plano de Logística Reversa até
o dia 31-03-2022, bem como o Relatório Anual
de Resultados até 31 de março de cada ano, a
partir de 2023, com dados referentes ao
período de 01 de janeiro a 31 de dezembro do
ano anterior.
- Os Planos de Logística Reversa a serem
apresentados a partir de 2022 deverão pautar-
se por metas quantitativas e geográficas a
serem definidas pela CETESB, por meio de
Decisão de Diretoria.
- Os novos empreendimentos devem
demonstrar o atendimento às exigências legais
de logística reversa de acordo com os prazos
descritos.
- Os empreendimentos, ao solicitar a licença
de ampliação da capacidade instalada de
produção, deverão atualizar o Plano de
Logística Reversa de forma a contemplar a
nova produção pretendida, dentro dos prazos
estabelecidos.
ORIGEM DOS PRODUTOS SUJEITOS A
LOGÍSTICA REVERSA
A presente Decisão de Diretoria esclarece que
os resíduos sujeitos à logística reversa
aplicável ao procedimento previsto são
aqueles pós-consumo, de significativo impacto
ambiental, previstos pela Resolução SMA nº
045/2015, gerados pelo consumidor final,
sendo este aquele que adquire o produto ou
serviço para consumo próprio e não para uso
em processo produtivo ou prestação de
serviços ou mesmo recolocação no mercado
(item 1.6 do ANEXO ÚNICO da DD 114/2019).
Inclusive a Política Nacional de Resíduos
Sólidos – PNRS (Lei nº 12.305/2010) e a
Resolução 045/2015 da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente – SIMA
também estabelecem que os produtos sujeitos
aos sistemas de logística reversa são aqueles
de origem pós-consumo e de significativo
impacto ambiental, de acordo com o rol
definido em seus textos legais.
Nesse sentido, os resíduos gerados nas
atividades empresariais estão excluídos dos
sistemas de logística reversa, inclusive as
embalagens de fundo de loja, devendo ser
objeto de planos de gerenciamento de
resíduos sólidos, para conferir a respectiva
destinação ambientalmente adequada.
DETENTOR DE MARCA PRÓPRIA
No tocante às atividades comerciais que
poderão ser impactadas, destacamos o papel
do detentor de marca própria, o qual, segundo
o dispositivo 1.3 do ANEXO ÚNICO da DD
114/2019:
9
Grupo de Comunicação
1.3. Para fins de aplicação do presente
Procedimento, serão considerados como
“fabricantes” os detentores das marcas dos
respectivos produtos e/ou aqueles que, em
nome destes, realizam o envase, a montagem
ou manufatura dos produtos.
Nos ditames da nova DD, a responsabilidade
pelo cumprimento da logística reversa poderá
recair sobre o detentor de marca própria, caso
seu fornecedor efetivamente contratado pela
fabricação, envase ou montagem dos seus
produtos não esteja realizando a logística
reversa destes produtos colocados no mercado
paulista.
METAS QUANTITATIVAS E GEOGRÁFICAS
No tocante às metas quantitativas e
geográficas para expansão dos sistemas de
logística reversa, a DD 114/2019 mantém os
mesmos critérios para definição fixados em
normas, acordos setoriais ou termos de
compromisso, ocorrendo a revisão de parte
destas, em decorrência da superveniência de
novos termos de compromisso, atendendo ao
critério de equiparação / isonomia previsto
pelo art. 2º do Decreto nº 9.177/2017[2],
especificamente para embalagens de aço de
tintas imobiliárias (Termo de Compromisso
federal celebrado em dezembro de 2018) e
eletroeletrônicos (minuta de Acordo Setorial
em fase pós consulta pública).
Nesse sentido, importante destacar o teor do
dispositivo no item 4.2 do ANEXO ÚNICO da
DD 114/2019 e sua respectiva tabela de
metas, em anexo:
4.2. O atendimento às metas quantitativas (de
recolhimento) e geográficas (de abrangência)
definidas no presente Procedimento pelos
Sistemas de Logística Reversa no estado de
São Paulo poderá ocorrer de forma gradual,
conforme definido no Plano de Logística
Reversa, atingindo, no mínimo, os seguintes
valores até o final do ano de 2021 (exceto nos
casos em que houver metas anuais pré-
definidas):
Também foram incluídas regras para os postos
de combustíveis, que deverão ser pontos de
coleta dos resíduos de produtos automotivos
descritos no item 3.9 do ANEXO ÚNICO da DD.
A DD 114/2019 traz critérios complexos para
o atendimento da logística reversa para fins de
licenciamento ambiental e entrará em vigor
após 30 dias corridos da sua publicação.
Para consultar o texto da norma na íntegra,
basta acessar o site da CETESB e no arquivo
anexo a este Mix.
Permanecemos à disposição pelo e-mail
c.sustentabilidade@fecomercio.com.br.
[1] De acordo com o artigo 2º, parágrafo
único da Resolução SMA 45, de 23-06-2015 e
Resolução CONAMA 307, de 05-07-2002 e
suas alterações.
[2] Notícia divulgada no site da CETESB em:
https://cetesb.sp.gov.br/blog/2019/10/28/logi
stica-reversa-e-as-alteracoes-da-decisao-de-
diretoria-cetesb/
Fonte: FecomercioSP – Assessoria Técnica
http://portaldaautopeca.com.br/cetesb-
estabelece-regras-para-logistica-reversa/
Voltar ao Sumário
10
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jundiaí
Veículo2: G1 Jundiaí
Veículo3: SBT
Data: 04/11/2019
Rio Jundiaí amanhece com manchas coloridas e preocupa moradores
Manchas coloridas no rio Jundiaí assustaram
os moradores da cidade nesta segunda-feira
(4). A situação foi registrada na região da Vila
Liberdade.
Segundo o DAE de Jundiaí, não se trata de
esgoto. Por isso, uma equipe da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) foi até o local para averiguar a
situação.
Fonte: G1
http://www.radiocidadejundiai.com.br/2019/1
1/04/rio-jundiai-amanhece-com-manchas-
coloridas-e-preocupa-moradores/
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/11/04/rio-jundiai-
amanhece-com-manchas-coloridas-e-
preocupa-moradores.ghtml
http://cloud.boxnet.com.br/y2r7zvxx
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: TVTec Jundiaí
Data: 04/11/2019
Mutirão do MEI começa quarta (6) e
amplia número de serviços
Se você é um trabalhador por conta própria e
deseja se formalizar como Microempreendedor
Individual (MEI) ou precisa regularizar a sua
situação de MEI, a oportunidade chegou: entre
quarta e quinta-feira (dias 6 e 7) o Mutirão do
MEI será realizado no Complexo Fepasa.
Mulher conversa com homem que está atrás
de balcão em estabelecimento comercial
Banco do Povo será uma das organizações que
estará presente no Mutirão do MEI, que
começa quarta; entrada é franca
Esta edição terá serviços ampliados, incluindo
a participação da Receita Federal, INSS, DAE e
OAB, entre outros. O evento é realizado pela
Prefeitura de Jundiaí, em parceria com a TV
TEM (afiliada local da TV Globo), Sebrae,
Associação Comercial e Empresarial (ACE),
Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí
(Sincomercio) e DAE.
Segundo o diretor do Departamento de
Fomento ao Comércio e Serviços da Unidade
de Gestão de Desenvolvimento Econômico,
Ciência e Tecnologia (UGDECT), Júlio Cesar
Durante, o principal objetivo da iniciativa é
oferecer em um único local – o Poupatempo
do Empreendedor – orientação, informação, a
possibilidade de formalização como
microempreendedor individual, regularização e
encerramento das atividades.
O mutirão contará ainda com várias oficinas,
com temas como terceirização, reforma
trabalhista, trabalho intermitente, processos
legais de contratação de empregados,
educação fiscal e cidadania etc. “Este ano
teremos um número maior de entidades e
organizações participantes, que poderão
auxiliar o cidadão em todas as áreas”, afirmou
Júlio César.
Na opinião do prefeito Luiz Fernando Machado,
o empreendedorismo é um caminho sem
volta. Ele destaca que o Brasil tem hoje cerca
de 38 milhões de pessoas vivendo na
informalidade, e uma alternativa para reduzir
estes números é oferecer a oportunidade para
que estes trabalhadores possam se tornar
microempreendedores individuais.
Serviços
Entre os serviços que estarão disponíveis,
podem ser destacados pesquisa e emissão da
Certidão de Uso do Solo, orientação da
Vigilância Sanitária, serviços do Balcão do
Empreendedor (registros, alterações e baixas),
consultas e regularização fiscal com a Receita
Federal e esclarecimento de dúvidas
previdenciárias.
Estarão presentes ao evento entidades como o
Banco do Povo, Fundo Social de Solidariedade
de Jundiaí (Funss), Departamento de Água e
Esgoto do município (DAE), Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), Junta Comercial do Estado
(Jucesp), INSS, Procon, OAB, Companhia de
Informática de Jundiaí (Cijun), Sincomercio e
TVTEC, além de todas as Unidade de Gestão
do município envolvidas no processo de
registro e formalização dos
Microempreendedores Individuais e a ACE
(consulta ao Serviço Central de Proteção ao
Crédito – SCPC. Também será oferecida
orientação fiscal e tributária pela Unidade de
Gestão de Governo e Finanças.
O Complexo Fepasa fica na Avenida União dos
Ferroviários, 1760. O evento tem entrada
franca e estará aberto ao público das 9h às
18h.
https://tvtecjundiai.com.br/news/2019/11/04/
mutirao-do-mei-comeca-quarta-6-e-amplia-
numero-de-servicos/
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: Rondonia ao Vivo
Data: 31/10/2019
MEIO AMBIENTE: Representante da
Unesc participa de capacitação em São Paulo
Professor do curso de Engenharia Ambiental
oferecido pela Unesc, em Cacoal, o docente
Leonardo Rosa Andrade participou do curso de
capacitação em "Licenciamento Ambiental
Aplicado no Âmbito Municipal", realizado entre
os dias 23 e 27 de outubro, em São Paulo
(SP).
O curso, oferecido pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB), teve como objetivo principal
capacitar os profissionais que atuam na área
de Meio Ambiente, por meio de conhecimentos
técnicos para análise do processo de
licenciamento. O curso oferece um conjunto
de informações necessárias para sua
estruturação, conhecimentos técnicos,
metodológicos e de instrumentos legais, com
enfoque no licenciamento com avaliação e
fiscalização de empreendimentos de exclusivo
impacto local.
A participação do professor de Engenharia
Ambiental da Unesc foi viabilizada através do
Conselho Municipal de Defesa do Meio
Ambiente de Cacoal (COMDEMA), órgão
colegiado superior do Sistema Municipal de
Defesa do Meio Ambiente de Cacoal, do qual a
Unesc é membro, sendo o professor Leonardo
o representante da instituição junto ao
Conselho. O curso foi realizado visando à
capacitação técnica de conselheiros do
COMDEMA, utilizando para isto recursos
financeiros do Fundo Municipal de Defesa do
Meio Ambiente de Cacoal (FUMDEMA).
"Dada a excelência da CETESB na área
ambiental, temos que a realização deste
curso, além de melhorar os aspectos técnicos
no âmbito do COMDEMA, também oportuniza
a socialização do conhecimento adquirido
junto aos técnicos da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente (SEMMA). Neste sentido,
realizamos no dia 29 de outubro uma Reunião
Técnica na SEMMA, onde todas as informações
obtidas no curso foram repassadas ao corpo
técnico da Secretaria e aos Conselheiros do
COMDEMA, oportunidade na qual também
foram debatidas medidas que possibilitam a
melhoria do desempenho da equipe de
Licenciamento Ambiental da SEMMA', destaca
o docente, Leonardo Rosa Andrade.
Além do professor, também participou do
curso o Engenheiro Ambiental da Secretaria de
Planejamento de Cacoal, Wilque Alves de
Carvais, que também é conselheiro do
COMDEMA. Ao todo, participaram deste curso,
35 técnicos de órgãos públicos de prefeituras
com atuação no licenciamento municipal,
provenientes dos Estados de São Paulo,
Espírito Santo, Rio Janeiro e Rondônia.
http://www.rondoniaovivo.com/geral/noticia/2
019/11/04/meio-ambiente-representante-da-
unesc-participa-de-capacitacao-em-sao-
paulo.html
Voltar ao Sumário
13
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Itapetininga
Data: 31/10/2019
Incêndio atinge canavial e área de
preservação ambiental em Águas de Santa Bárbara
Segundo os bombeiros, fogo atingiu cerca de
700 hectares de um canavial e 100 hectares
do Horto Florestal.
Um incêndio de grandes proporções atingiu
uma área de mata preservada para pesquisa
em Águas de Santa Bárbara (SP), nesta
segunda-feira (4).
De acordo com informações do Corpo de
Bombeiros (SP), o fogo começou atingiu cerca
de 700 hectares de um canavial e 100
hectares do Horto Florestal, uma área de
preservação permanente.
Ainda segundo a corporação, equipes tentam
controlar as chamas desde a tarde desta
segunda-feira. A causa do incêndio não foi
identificada.
https://g1.globo.com/sp/itapetininga-
regiao/noticia/2019/11/04/incendio-atinge-
canavial-e-area-de-preservacao-ambiental-
em-aguas-de-santa-barbara.ghtml
Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 04/11/2019
Incêndio atinge Parque do Jaraguá, na Zona Norte de SP
Segundo Bombeiros, fogo não é de grande
proporção. Casos de incêndio em vegetação se
multiplicaram nos últimos dias por causa do
tempo seco.
Por Bárbara Muniz Vieira, G1 SP — São Paulo
Um incêndio de pequenas proporções atingiu o
Parque do Jaraguá, na Zona Norte de São
Paulo, nesta segunda-feira (4). De acordo com
o Corpo de Bombeiros, duas viaturas foram
acionadas às 10h35. Não há informações de
vítimas e nem de que o fogo chegou a
construções adjacentes ao parque.
No início da tarde desta segunda, os
bombeiros se mantinham no local para evitar
reignição das chamas. De acordo com os
bombeiros, o foco maior já foi extinto, mas no
início da tarde desta ainda havia chamas em
um local de difícil acesso. A brigada do parque
ajudou nos trabalhos.
O incêndio assustou indígenas da aldeia Pyau,
que fica próxima da entrada do parque. "Eu a
vi o fogo no Pico do Jaraguá as 14h10 e me
assustei porque havia muita fumaça", afirmou
o indígena Waldir Karai.
Outros incêndios
Os casos de incêndio em vegetação se
multiplicaram nos últimos dias por causa do
tempo seco. O Corpo de Bombeiros recebeu
79 acionamentos das 0h às 11h20 em São
Paulo e região metropolitana de domingo (3).
O caso mais grave aconteceu na região do
Parque do Carmo, em Itaquera, na Zona Leste
de São Paulo, na noite de sábado (2).
A Secretaria do Meio Ambiente afirmou
neste domingo (3) que a área atingida se
chama Parque Natural Fazenda do Carmo, que
é uma unidade de conservação e proteção
integral. A entrada só é permitida com
agendamento prévio. O local é anexo ao
Parque do Carmo, que é aberto ao público.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/11/04/incendio-atinge-
parque-do-jaragua-na-zona-norte-de-sp.ghtml
Voltar ao Sumário
15
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos hoje
Data: 04/11/2019
Agentes de fiscalização realizam
primeiro sobrevoo na Serra da Cantareira para identificar possíveis invasões
Agentes de fiscalização da Secretaria de Meio
Ambiente (Sema) de Guarulhos, da Polícia
Militar e da Guarda Ambiental do estado de
São Paulo realizaram nesta segunda-feira (4)
o primeiro vôo de monitoramento da área da
unidade de conservação ambiental da Serra
da Cantareira em Guarulhos (Cabuçu) e
São Paulo, região do Tremembé e Jaçanã. A
ação durou cerca de uma hora.
De acordo com a Sema, todas as áreas
invadidas já são de conhecimento da Pasta e
as imagens áreas serão utilizadas para realizar
o mapeamento das invasões e desmatamentos
para impedir outras ocorrências. Novos
sobrevoos serão realizados mensalmente.
Além da Sema, a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente de São
Paulo, a Polícia Militar Ambiental do Estado de
São Paulo, a Guarda Civil Ambiental de
Guarulhos e a Subprefeitura do
Jaçanã/Tremembé também estão no Grupo de
Trabalho para Fiscalização Integrada de
Invasões na Serra da Cantareira.
https://www.guarulhoshoje.com.br/2019/11/0
4/agentes-de-fiscalizacao-realizam-primeiro-
sobrevoo-na-serra-da-cantareira-para-
identificar-possiveis-invasoes/
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Mariliense
Data: 04/11/2019
Lixo: Prefeito Daniel Alonso recebe
projeto da Matra
Evento foi de iniciativa da sociedade civil
organizada em contribuir para que haja uma
mudança na maneira como o município trata o
lixo
O prefeito Daniel Alonso recebeu na última
semana o documento com o resumo das
propostas levantadas na Plenária do Lixo
2019, realizada pela MATRA (Marília
Transparente).
O evento foi realizado no dia 28 de agosto e
foi de iniciativa da sociedade civil organizada
em contribuir para que haja uma mudança na
maneira como o município de Marília trata o
lixo.
De acordo com a Matra, trata-se de um
documento com todos os assuntos que foram
abordados por especialistas na área durante o
evento e também após, mediante reuniões
para análise do conteúdo que foi apresentado,
que resultaram em oito propostas objetivas da
sociedade civil organizada – que esperamos
ser cuidadosamente analisadas e implantadas
o quanto antes.
“Essa é uma demonstração da maturidade de
uma sociedade que consegue se organizar e
pensar em soluções para uma cidade e desta
forma distribuir a responsabilidade com o
gestor público. Esse é o caminho e assim o
prefeito não se sente sozinho, tem muita
gente aqui pensando comigo, afirmou Daniel
Alonso, que prometeu dar andamento às
propostas apresentadas: “A gente vai avaliar
esse documento com a equipe técnica e
apresentar uma proposta de solução dentro de
um cronograma que seja exequível de fato”,
concluiu.
Além dos membros da Oscip (Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público)
participaram também do encontro o secretário
municipal da Administração, Cássio Luiz Pinto
Junior; e o assessor do vereador Cícero do
Ceasa, Rafael Alves.
O presidente da Câmara Municipal, Marcos
Santana Rezende, comprometeu-se a ajudar,
no que couber ao Legislativo, para a
implantação das propostas e cumprimentou os
membros da sociedade civil organizada pela
iniciativa.
“São temas extremamente importantes e nós
estaremos aqui para cobrar o Executivo para
que implemente políticas públicas nessa área,
melhorando a qualidade de vida, a saúde das
pessoas e a saúde financeira do Município
também”, disse Marcos Rezende.
“A Matra, assim como as demais entidades
envolvidas, só têm a agradecer a
disponibilidade do prefeito Daniel Alonso em
nos receber. Os problemas são de todo
mundo, da cidade inteira e a população tem a
obrigação de auxiliar da maneira correta, de
modo que as coisas sejam feitas não para o
agora, mas para sempre”, afirmou
Hildebrando de Azevedo Souza, presidente da
Matra.
PROPOSTAS
As propostas apresentadas são as seguintes:
(1) Implantação e revisão imediata do Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos;
(2) Criação de Secretaria específica de Meio
Ambiente, sob o comando de especialista da
área;
17
Grupo de Comunicação
(3) Implantação imediata da coleta seletiva
em todo o Município, com o devido
planejamento de como esse trabalho será
executado e a destinação que será dada aos
materiais recolhidos;
(4) Regularização de uma área para o
descarte dos resíduos da construção civil, com
as devidas tratativas com o segmento
(“caçambeiros” e Associação da categoria),
além dos grandes geradores deste tipo de
material (como as construtoras), para
processamento adequado por meio de usina
de reciclagem da totalidade dos resíduos da
construção civil produzidos no Município;
(5) Apoio ao Programa Estadual “Município
Verde/Azul” em sua integralidade;
(6) Envio de Projeto de Lei pelo Executivo para
o Legislativo que discipline a gestão dos
resíduos de responsabilidade dos “grandes
geradores”;
(7) Criação de um grupo de trabalho integrado
pelo Poder Público e por membros da
sociedade civil organizada para
acompanhamento, apresentação de
proposições e assessoramento da gestão dos
resíduos e
(8) Elaboração urgente do Plano Municipal de
Saneamento Básico, cujo prazo termina em 31
de dezembro de 2019 e, sem o qual, o
Município ficará impedido de receber recursos
da União.
http://portalmariliense.com/portal/lixo-
prefeito-daniel-alonso-recebe-projeto-da-
matra/
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=33223486&e=577
Voltar ao Sumário
18
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da cidade Junidaí
Veículo2: Jornal de Junidaí
Veículo3: Prefeitura de Jundiaí
Veículo4: Jornal da Região
Data: 05/11/2019
O mutirão contará ainda com oficinas, com temas como terceirização, reforma trabalhista, trabalho
intermitente e processos legais de contratação de empregados
Se você é um trabalhador por conta própria e
deseja se formalizar como Microempreendedor
Individual (MEI) ou precisa regularizar a sua
situação de MEI, a oportunidade chegou: entre
quarta e quinta-feira (dias 6 e 7) o Mutirão do
MEI será realizado no Complexo Fepasa.
Esta edição terá serviços ampliados, incluindo
a participação da Receita Federal, INSS, DAE e
OAB, entre outros. O evento é realizado pela
Prefeitura de Jundiaí, em parceria com a TV
TEM (afiliada local da TV Globo), Sebrae,
Associação Comercial e Empresarial (ACE),
Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí
(SINCOMERCIO) e DAE. Segundo o diretor do
Departamento de Fomento ao Comércio e
Serviços da Unidade de Gestão de
Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia (UGDECT), Júlio Cesar Durante, o
principal objetivo da iniciativa é oferecer em
um único local - o Poupatempo do
Empreendedor - orientação, informação, a
possibilidade de formalização como
microempreendedor individual, regularização e
encerramento das atividades.
O mutirão contará ainda com várias oficinas,
com temas como terceirização, reforma
trabalhista, trabalho intermitente, processos
legais de contratação de empregados,
educação fiscal e cidadania etc. "Este ano
teremos um número maior de entidades e
organizações participantes, que poderão
auxiliar o cidadão em todas as áreas", afirmou
Júlio César. Na opinião do prefeito Luiz
Fernando Machado, o empreendedorismo é
um caminho sem volta. Ele destaca que o
Brasil tem hoje cerca de 38 milhões de
pessoas vivendo na informalidade, e uma
alternativa para reduzir estes números é
oferecer a oportunidade para que estes
trabalhadores possam se tornar
microempreendedores individuais.
alterações e baixas), consultas e regularização
fiscal com a Receita Federal e esclarecimento
de dúvidas previdenciárias. Estarão presentes
ao evento entidades como o Banco do Povo,
Fundo Social de Solidariedade de Jundiaí
(FUNSS), Departamento de Água e Esgoto do
município (DAE), Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb), Junta
Comercial do Estado (Jucesp), INSS, Procon,
OAB, Companhia de Informática de Jundiaí
(CIJUN), SINCOMERCIO e TVTEC, além de
todas as Unidade de Gestão do município
envolvidas no processo de registro e
formalização dos Microempreendedores
Individuais e a ACE (consulta ao Serviço
Central de Proteção ao Crédito SCPC. Também
será oferecida orientação fiscal e tributária
pela Unidade de Gestão de Governo e
Finanças. O Complexo Fepasa fica na Av.
União dos Ferroviários, 1760. O evento tem
entrada franca e estará aberto ao público das
9h às 18h.
Banco do Povo será uma das organizações que
estará presente no Mutirão do MEI Serviços
19
Grupo de Comunicação
Entre os serviços que estarão disponíveis,
podem ser destacados pesquisa e emissão da
Certidão de Uso do Solo, orientação da
Vigilância Sanitária, serviços do Balcão do
Empreendedor (registros,
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=33240475&e=577
https://www.jj.com.br/jundiai/mutirao-do-
mei-que-comeca-nesta-quarta-amplia-
numero-de-servicos/
http://feedproxy.google.com/~r/PrefeituraDeJ
undiai/~3/StJNWfcixi0/
https://www.jr.jor.br/2019/11/04/mutirao-do-
mei-comeca-nesta-quarta-06/
Voltar ao Sumário
20
Grupo de Comunicação
Veículo: Laércio advogado
Data: 04/11/2019
TJ-SP mantém multa a aterro com
camada irregular de resíduos
Diante da constatação da infração praticada,
inclusive de modo reincidente, e verificados o
nexo causal e os graves danos ambientais, a
2ª Câmara Reservada de Meio Ambiente do
Tribunal de Justiça de São Paulo manteve auto
de infração aplicado pela Cetesb contra uma
empresa que possui um aterro na Grande São
Paulo.
A empresa foi multada por manter camadas
irregulares de resíduos, acima do limite
permitido pela Cetesb, o que pode
comprometer a estabilidade de todo o maciço,
bem como tornar as águas, o ar e o solo
impróprios, nocivos ou ofensivos ou
inconvenientes ao bem-estar público. Assim,
segundo o relator, desembargador Paulo
Ayrosa, impõe-se a responsabilização da
empresa.
“Em que pese o inconformismo da recorrente,
inexiste na autuação qualquer irregularidade,
tendo ocorrido pelo órgão ambiental, conforme
adiante se verá, inúmeras regulares
inspeções, todas apontando no respectivo
relatório a verificação de implantação da
ampliação de aterro sanitário, em
descumprimento às determinações ditadas.
Aliás, a própria autora, em suas razões
recursais, narra que operou acima da cota
licenciada a fim de que a cessação de sua
atividade não provocasse uma situação de
risco sanitário aos municípios atendidos”, disse
Ayrosa.
O relator destacou que a responsabilidade
pelos danos ao meio ambiente é objetiva,
bastando a ocorrência do dano e o nexo de
causalidade, não sendo suficientes os
elementos ofertados para isentar a empresa
da penalidade aplicada: “Bem se vê do auto
de infração a motivação apresentada, ao
serem mencionados os dispositivos legais
aplicáveis, razão por que reputo como
devidamente motivado, não havendo razão
para que seja afastado”.
“In casu, a fixação da multa está coerente
com o parâmetro trazido pelo artigo 84, III, do
Decreto 8.468/76 com redação dada pelo
Decreto 39.551/94, justamente porque a lei
atribui ao agente ambiental discricionariedade
na imposição da sanção, devendo ser
considerado, ainda, que as infrações não se
confundem e o agente ambiental está mais
bem posicionado para avaliar a intensidade do
dano, as circunstâncias atenuantes e
agravantes e os antecedentes do infrator, não
se verificando erro ou abuso a justificar a
intervenção judicial com o fim de modificar a
penalidade”, concluiu o relator.
Processo 1028527-53.2018.8.26.0053
Fonte:http://www.conjur.com.br/
http://www.laercio.adv.br/site/noticia/tj-sp-
mantem-multa-aterro-camada-irregular-
residuos
Voltar ao Sumário
21
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal O Município
Data: 04/11/2019
Desapropriação de terreno para implantação do futuro Aterro
Sanitário foi um dos destaques na edição 4207
A implantação do Aterro Sanitário foi
manchete da capa da edição nº 4207, de 8 de
março de 2002. Também na primeira página,
a nota sobre a homenagem que Izidoro Villibor
e a dra. Albertina Aparecida de Camargo
Araújo Ribeiro receberam na Câmara Municipal
pelos relevantes serviços prestados à
população socorrense.
Prefeitura desapropria imóvel para implantar
Aterro Sanitário
A Prefeitura publica, hoje, o Decreto nº 2222,
que declara de utilidade pública para fins de
desapropriação, um imóvel rural com área
total de 114.450,17m², localizado na antiga
estrada municipal Socorro/Bragança Paulista,
no Bairro Camanducaia.
Essa desapropriação tem por finalidade a
implantação do Aterro Sanitário de Socorro e a
Declaração de Utilidade Pública objetiva dar
início às obras.
A Prefeitura comunica que recebeu da
CETESB a licença de instalação nº 43001028,
de 4 de março de 2002 e está requerendo a
licença de funcionamento para a atividade de
Aterro Sanitário na Rodovia SP-08, Km 121,5 -
Socorro - SP.
Todo o edital de desapropriação é publicado
pelo jornal O Município, nos atos oficiais da
Prefeitura, assinado pelo então prefeito
prefeito José Mario de Faria e pela diretora
administrativa Cacilda Ferreira dos Santos.
http://www.jornalomunicipio.com.br/desaprop
riacao-de-terreno-para-implantacao-do-futuro-
aterro-sanitario-foi-um-dos-destaques-na-
edicao-4207/
Voltar ao Sumário
22
Grupo de Comunicação
Veículo: Voz da Terra de Assis
Data: 05/11/2019
Transbordo de lixo é inaugurado de acordo com normas da CETESB
http://cloud.boxnet.com.br/y5hj7gf6
Voltar ao Sumário
23
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 04/11/2019
Momento Rio Vivo
http://cloud.boxnet.com.br/y3y97ens
Voltar ao Sumário
24
Grupo de Comunicação
Veículo: TV TEM
Data: 04/11/2019
Morador de Piedade registra mortandade de peixes no Rio Pirapora
http://cloud.boxnet.com.br/y3e5s2v2
Voltar ao Sumário
25
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bndeirantes São Vicente
Data: 04/11/2019
Debate sobre o meio ambiente - Bloco
2
http://cloud.boxnet.com.br/yylpp8kh
Voltar ao Sumário
26
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Votuporanga
Data: 04/11/2019
Io Simpósio da Searvo reúne especialistas para discutir Licenciamento Ambiental
Aconteceu ontem na sede da Searvo
(Associação dos Engenheiros, Arquitetos e
Agrônomos da Região de Votuporanga) o Io
Simpósio Searvo, evento que reuniu
engenheiros e estudantes para discutir o tema
“Licenciamento Ambiental”.
O presidente da entidade, engenheiro Mamed
Abou Dehn Júnior, disse que o evento foi
patrocinado pelo CREA (Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Estado de São
Paulo). “Hoje trouxemos aqui engenheiros,
estudantes, pessoas ligadas à área para se
atualizarem, absorverem subsídio para poder
trabalhar e consequentemente trazer para a
sociedade uma proteção por meio do
ensinamento”, explicou.
O engenheiro Ambiental Marcelo Marin
Zeitune, esteve no evento representando a
SAEV Ambiental. “Por sermos um órgão
ambiental municipal nós também procuramos
estar na vanguarda do que está acontecendo
com relação ao meio ambiente no estado de
São Paulo e aproveitamos para parabenizar a
Searvo pela iniciativa e pelo nível de
conhecimento da área pelos palestrantes”,
disse.
O gerente da agencia ambiental da Cetesb de
Votuporanga, Cristiano Ricardo Mateus, disse
achar louvável a iniciativa da Searvo em reunir
profissionais pra tratar de um assunto tão
importante nos dias de hoje para esclarecer
aos profissionais da região sobre o
acompanhamento nos processos de
licenciamento ambiental.
O evento que se estendeu durante todo dia de
ontem pode contar com palestrantes como: do
Eng. Civil e Produção, Mamcdc Abou Dehn
Júnior (Presidente da SEARVO); Eng.
Gumcrcindo Ferreira (Superintendente de
Colegiado CREA/
SP); Eng. Ambiental Guilherme Dcl Ncro
Fiorellini (Inspetor Chefe da C.A.F. Piracaia),
que falou sobre licenciamento ambiental
e o novo macro rcgulatório; do Dr. cm
Economia Bruno Pulga c do Cientista Político
Walter Bittar, que discorreu sobre o tema “A
engenharia no cenário político nacional”.
O presidente da entidade, engenheiro Mamed
Abou Dehn Júnior e o gerente da agencia
ambiental da Cetesb de Votuporanga,
Cristiano Ricardo Mateus
http://cloud.boxnet.com.br/yyhqmjn9
Voltar ao Sumário
27
Grupo de Comunicação
Veículo: Tribuna Liberal Suamré
Data: 05/11/2019
Secretário quer presença de cidades nas discussões sobre o Salto Grande
http://cloud.boxnet.com.br/yyg8rs4y
Voltar ao Sumário
28
Grupo de Comunicação
Veículo: A Comarca
Data: 05/11/2019
Prefeitura de Sarutaiá entrega 91 casas populares e solenidade é
marcada por expectativa e emoção
Secretário estadual de Habitação, Flávio
Amary acompanhou a inauguração do
conjunto habitacional
A Prefeitura de Sarutaiá promoveu na última
segunda-feira, 28, a solenidade de entrega
das 91 casas populares aos munícipes. O
evento teve a presença do secretário estadual
de Habitação, Flávio Amary, representantes da
Caixa Econômica Federal, do deputado
estadual Wellington Moura, além das
autoridades e lideranças locais.
Na ocasião, estiveram no Conjunto Habitação,
Francisco Lozano Cortez Júnior, os
funcionários da Sabesp e CPFL ENERGIA, para
que os futuros mutuários pudessem se
cadastrar nas empresas responsáveis por
fazer as ligações de água e energia elétrica.
Os familiares dos sorteados estiveram na
inauguração.
A pedido da administração o deputado
Wellington Moura disse que destinará recursos
para pavimentações das ruas de terras
próxima do Conjunto Habitacional. Já o
superintendente da Caixa Econômica Federal -
José Augusto recebeu o pedido da
municipalidade, para abertura de uma agência
bancária em Sarutaiá.
"Também apresentei um pedido de recursos
para implantação de praças no novo Conjunto
e solicitei a liberação de mais 60 casas
populares ao Secretário Amary, no terreno do
popular Marckezin. Este projeto passará pela
Câmara ese aprovado pelos Vereadores, quero
encaminhar á Secretaria da Habitação", disse
Isnar.
Após a entrega, foi realizada uma homenagem
às autoridades e no final ocorreu o
descerramento da placa inaugural das 91
moradias. O Secretário Flávio Amary visitou
uma residência e saudou os funcionários
públicos pela data (28 de outubro - Dia do
Funcionário Público).
Depois foram entregues as chaves e
documentações das residências. O prefeito
ainda anunciou a conquistas de verbas para
implantações de iluminações de leds na
avenida de acesso às casas.
Solenidade de entrega das chaves ocorreu na
segunda-feira, 28
http://cloud.boxnet.com.br/y68h7oe9
29
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Guarujá Paulista
Data: 04/11/2019
Tony Elias entrevista Wellington Rocha Presidente da Associação de
membros e moradores do Bairro sítio do outeiro na cidade do Guarujá
http://cloud.boxnet.com.br/yxdhsvbh
Voltar ao Sumário
30
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Guarujá Paulista
Data: 04/11/2019
Hermínio Matos conversou com Valter Suman, prefeito do Guarujá
http://cloud.boxnet.com.br/y2hfr93c
Voltar ao Sumário
31
Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário
Data: 04/11/2019
Obras do piscinão Jaboticabal começam em dezembro, afirma Doria
O governador João Doria e o prefeito de São
Bernardo, Orlando Morando (ambos do PSDB),
anunciaram nesta segunda-feira (4), que o
início das obras do piscinão Jaboticabal
começará em dezembro. Serão dois anos de
construção e investimentos de R$ 315
milhões. A intenção é acabar com parte das
enchentes da região e também da Capital.
O anúncio ocorre após a liberação da ordem
de serviço, que somada a Declaração de
Utilidade Pública (DUP) assinada em 24 de
julho, permitiu que o início da obra fosse
antecipada de janeiro de 2020, conforme
anunciou técnicos do DAEE (Departamento
de Águas e Energia Elétrica), em visita ao
Consórcio Intermunicipal Grande ABC, para o
último mês de 2019.
“Eu agradeço ao governador pela obra, pela
conquista do Grande ABC, mas principalmente
pela sua decisão. Esse assunto ficou por
muitos anos só no discurso”, comentou
Orlando Morando. “Foram mais de 10 anos de
debate e agora será a execução”, completou
Doria.
Em parceria com o Governo Federal, o
piscinão terá R$ 190 milhões investidos nas
obras e outros R$ 125 milhões na
desapropriação. “As ações de desapropriação
e obras serão iniciadas assim que o contrato
de financiamento for assinado e o processo
licitatório e contratação da obra, bem como as
imissões de posse, forem concluídas”,
informou em nota a direção do DAEE.
O reservatório ocupará uma área de 154 mil
metros quadrados e terá a capacidade para
armazenar 900 mil metros cúbicos de água da
chuva, e beneficiará diretamente 500 mil
pessoas que moram em São Paulo, São
Caetano e São Bernardo.
Receba diariamente o RD em seu WhatsApp
Envie um WhatsApp para 11 94984-9581 para
receber notícias do ABC diariamente em seu
celular.
http://cloud.boxnet.com.br/y4t5bu8u
Voltar ao Sumário
32
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 05/11/2019
Dória prevê envolver 2 mil pessoas para construir Jaboticabal
http://cloud.boxnet.com.br/yxmm77qy
Voltar ao Sumário
33
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário Regional Diadema Paulista
Data: 05/11/2019
Doria assina ordem de serviço para
início das obras do piscinão Jaboticabal
http://cloud.boxnet.com.br/y5xp78sc
Voltar ao Sumário
34
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 05/11/2019
Arsesp diz estar alijada de debate entre Sabesp e Paço de Mauá
http://cloud.boxnet.com.br/y578fgld
Voltar ao Sumário
35
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário da Região Osasco
Data: 05/11/2019
Thiaguinho pede que Linha de ônibus
120 passe pela Ari Barroso
http://cloud.boxnet.com.br/yyxolvx8
Voltar ao Sumário
36
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Globonews
Data: 04/11/2019
Coletiva sobre manchas de óleo
Em coletiva, o ministro da Defesa Fernando
Azevedo e Silva fala sobre os avanços das
manchas de óleo no nordeste e do trabalho
feito pelo governo para conter o material. A
coletiva contou com a participação de
representantes da Marinha, do ICMBio e o
delegado da Polícia Federal, Franco Perazzoni.
De acordo com o delegado, assim que a Polícia
Federal tomou frente do caso, dividiu as
investigações em três frentes: pericial, de
geointeligência e a investigação clássica, com
entrevistas, busca de documentos e análises.
Na parte pericial, a busca foi feita com base no
material recolhido com a ajuda da Marinha, do
Ibama, da Petrobras e do Instituto Nacional de
Criminalística da Polícia Federal para tentar
identificar a origem do óleo, que foi
identificado como venezuelano.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=33223470&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=33223487&e=577
Voltar ao Sumário
37
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 05/11/2019
Mudança de uso do solo é responsável
por 44% das emissões de gases do efeito
estufa no Brasil, aponta relatório
No ranking mundial, Brasil está em 6º lugar
entre os países mais poluentes, se excluído o
bloco da União Europeia. Os líderes são China
e Estados Unidos.
Por Elida Oliveira, G1
O Brasil é o 6º país que mais emite gases do
efeito estufa no mundo. As emissões
aumentaram 0,3% em 2018 após dois anos de
quedas sucessivas. O índice foi puxado pela
mudança de uso do solo, responsável por 44%
das emissões do Brasil.
Os dados são da 7ª edição do Sistema de
Estimativas de Emissões de Gases de Efeito
Estufa (SEEG), divulgados nesta terça-feira
(5) pelo Observatório do Clima, uma rede de
organizações com mais de 40 membros.
Isso significa que 44% das emissões de gases
poluentes do país no ano passado estão
ligadas ao desmatamento (mudança de
floresta para área degradada), degradação de
solo, entre outros.
De acordo com dados da plataforma
Mapbiomas, de 2017 para 2018 o Brasil
perdeu 109,3 milhões de hectares de
florestas. Destes, 75,2 milhões viraram
pastagens.
Segundo Tasso Azevedo, coordenador-geral do
Mapbiomas, o desmatamento na Amazônia em
2018 subiu 8,5%.
O aumento foi puxado pelo Pará. "O
desmatamento explodiu, principalmente nas
regiões da rodovia BR-163 e na Terra do
Meio”, afirmou Anne Alencar, diretora de
Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (Ipam).
No comparativo nacional, entretanto, embora
tenha havido aumento do desmatamento na
Amazônia, houve redução de 10,9% na taxa
de desmatamento no Cerrado.
Já as atividades da agropecuária estão em
segundo lugar no ranking de emissões do
Brasil, responsável por 25% da produção dos
gases poluentes, ligadas à fermentação, solos
agrícolas, manejo de dejetos de animais,
cultivo de arroz e queima de resíduos
agrícolas.
Estados mais poluentes
No ranking de estados mais poluentes, Pará,
Mato Grosso e Minas Gerais lideram o ranking,
sendo responsáveis por 12,3%, 11,9% e
9,9%, sucessivamente, também
impulsionadas pelas emissões ligadas ao uso
da terra.
Se excluída esta área, São Paulo se torna o
estado mais poluente, responsável por 14,1%
das emissões do país, impulsionada
principalmente pelo setor de energia, seguido
por Minas Gerais (10,9%) e Rio Grande do Sul
(7,2%).
38
Grupo de Comunicação
Ranking mundial
Em relação aos países do mundo, o Brasil é a
6ª nação que mais emite gases do efeito
estufa (2,9%), se excluído os 28 países que
compõem o bloco da União Europeia. Os dados
mais recentes são do ano de 2014.
O ranking é liderado pela China, responsável
por 23,% das emissões globais; seguida por
Estados Unidos (12,9%); Índia (6,5%);
Indonésia (5,1%); e Rússia (4,2%)
Os dados são apresentados em toneladas de
carbono equivalente (CO2e) e são calculados a
partir dos fatores de conversão presentes no
relatório 5 do IPCC (IPCC- GWP AR5).
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1
1/05/mudanca-de-uso-do-solo-e-responsavel-
por-44percent-das-emissoes-de-gases-do-
efeito-estufa-no-brasil-aponta-relatorio.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
39
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO
O QUE A FOLHA PENSA: Cidades submersas
Inundações anuais e bairros devastados podem
ser realidade com mudança climática
Enchente em Itaquaquecetuba, em São Paulo -
Diego Juan/MyPhoto Press/Folhapress
O brasileiro está, infelizmente, acostumado a
episódios de enchente. A cada verão, repetem-se
as cenas após as chuvas: moradores que perdem
móveis e eletrodomésticos, pessoas e animais
arrastados pelas águas, famílias desabrigadas em
escolas ou ginásios.
Se essa tragédia rotineira é hoje normalmente
causada por rios ou córregos que transbordam, a
ameaça nas próximas décadas começará a vir
também do mar.
Em locais como a região metropolitana do Rio de
Janeiro, a Baixada Santista e as cidades de
Caraguatatuba (SP) e Joinville (SC), onde vivem
1,4 milhão de brasileiros, há risco de inundações
anuais até 2050. Para 1 milhão de pessoas no
país, a situação é ainda pior: seus bairros podem
ficar permanentemente submersos nesse
período.
O perigo de que se torne verdade o cenário
imaginado por Chico Buarque na música “Futuros
Amantes” (“E quem sabe, então/o Rio
será/alguma cidade submersa”) vem da mudança
climática.
Geleiras vão derretendo e aumenta o nível do
mar; a própria água, mais quente, se expande; e
eventos climáticos extremos, como tempestades
tropicais, se tornam mais frequentes e mais
destruidores com a atmosfera mais aquecida.
Desde 2006, o nível dos oceanos vem
aumentando 3,6 mm por ano. Projeções indicam
que, se o mundo conseguir manter o
aquecimento global abaixo de 2°C, os oceanos
subirão meio metro até 2100.
Esse é o cenário otimista, que não parece
provável. Mantidas as taxas atuais de poluição
por carbono, que causa o efeito estufa, será um
metro a mais no nível do mar até o final deste
século.
As previsões sobre as áreas inundadas são de
pesquisa feita pela Climate Central, ONG que
estuda a mudança climática, e publicada na
revista científica Nature Communications. Países
como China, Vietnã, Tailândia e Índia também
serão fortemente afetados pela subida dos
mares, e 150 milhões podem perder suas casas.
No Brasil e fora dele, os pobres serão
desproporcionalmente atingidos pelas
inundações, seja por se concentrarem em muitas
das áreas apontadas como as mais afetadas, seja
porque perder casa e posses é emergência
financeira muito maior para quem já tem tão
pouco.
Negar a existência da mudança do clima em nada
vai ajudar essas populações. Já passa da hora de
o mundo perceber que o aquecimento global não
é só emergência climática, mas também social.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/
cidades-submersas.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
40
Grupo de Comunicação
Após quatro anos, Mariana vive descaso e
omissão
Demora nas respostas do Legislativo é
devastadora
Fabiano Contarato
Nesta terça-feira (5) faz quatro anos que a
barragem do Fundão, da mineradora Samarco,
em Mariana (MG), rompeu, espalhando 43,7
milhões de m³ de lama tóxica por 663 km até o
mar, no Espírito Santo. Morreram 19 pessoas e o
rio Doce. Distritos foram destruídos, milhares de
pessoas afetadas, sem água e sem trabalho.
Uma perversidade que se prolonga porque a
impunidade tem, continuadamente, amargado a
vida dos que ficaram: haja vista a recente
absolvição de executivos da Vale.
Falamos de executivos em processo cuja peça de
acusação sustenta que se omitiram. Informa que,
por diversas vezes, receberam alertas sobre os
riscos de rompimento da barragem do Fundão.
Podem sair “tranquilos” desse pesadelo. As
famílias das vítimas, não.
Isso é resultado de uma briga em que pessoas
pobres, carentes, têm pouquíssimos recursos
para enfrentar titãs do direito e altos executivos.
Destaque-se que aqui não se coloca em dúvida a
capacidade dos defensores públicos e do
Ministério Público na assistência à população,
pois contra fatos não há argumentos. Mas,
infelizmente, no nosso país, não basta ter razão.
Chega a ser fantasioso crer em “dê-me os fatos,
e eu te darei o direito” tamanha a sensação de
impunidade.
O pior é que, em crimes descomunais, sempre
vemos uma movimentação enorme de
autoridades e de políticos buscando projetar,
rapidamente, as suas nobres intenções e
soluções. Contudo, o tempo tem mostrado,
tragédia por tragédia, que o essencial fica para
trás. Tivemos Mariana, depois Brumadinho (MG),
em janeiro último —com 252 mortos e 18
desaparecidos. Mas, antes dessas, houve outras
em Minas Gerais: 2006 e 2007, a mineradora Rio
Pomba Cataguases, em Miraí; 2008, a
Companhia Siderúrgica Nacional, em Congonhas;
e 2014, Herculano Mineração, em Itabirito.
Inconteste dizer que a segurança de barragens e
a gestão de riscos de desastres são
negligenciadas no Brasil. A fiscalização é ridícula.
Temos 790 barragens de rejeito de mineração no
país. O ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, em depoimento à Comissão de
Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal, em
maio deste ano, reconheceu: “Não tem barragem
segura”; contou ele que dispunha de 16 fiscais
para fiscalizar as barragens em todo o país.
Sobretudo, com o que ocorreu em Brumadinho,
quais respostas a sociedade brasileira ouviu do
Congresso Nacional a respeito dessa insegurança
que paira sobre milhares de vidas e a
biodiversidade? Que este país endureceria as
regras relacionadas às atividades de barragens
de rejeitos minerais.
Aprovou-se, no Senado Federal, o projeto de lei
n° 550/2019 para apreciação, revisão e votação
na Câmara dos Deputados. Está lá, desde 20 de
março, sem ser votado.
Já a Câmara dos Deputados aprovou três outros
projetos —como o de n° 2.787/ 2019, que
“tipifica o crime de ecocídio e a conduta delitiva
do responsável por desastre relativo a
rompimento de barragem”. Somente em 10 de
outubro tivemos condições e quórum para
aprovar na CMA do Senado Federal —e seguiu à
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ). Na CMA, continuam para apreciação o PL
2.791/2019, que visa tornar mais seguras as
barragens de mineração, e o PL 2.788/2019, que
institui a Política Nacional de Direitos das
Populações Atingidas por Barragens.
O que isso evidencia? Diz, claramente, que o
Congresso Nacional discursa muito, mas delibera
pouco. Não resolve. Não avança na proteção de
interesses da sociedade brasileira.
Reunir quórum para votação na CMA do Senado
Federal tem sido desafiador. Na maioria das
vezes, não conseguimos. Mesmo nas audiências
públicas verificamos a presença de poucos
senadores. Isso não deveria ocorrer. São 17
membros titulares e 17 membros suplentes!
A demora nas respostas do Legislativo é
devastadora. Explica, em parte, o porquê do
desalento da população com a política. O porquê
de não confiarmos que, no futuro, poderemos
evitar “novas Marianas”. Algo precisa, de fato,
mudar. Não bastam palavras. É preciso ação de
verdade. Não basta dizer-se novo na política.
Precisa provar que é.
Fabiano Contarato
É senador da República (Rede-ES) e presidente
da Comissão de Meio Ambiente do Senado
Federal https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/apos-quatro-anos-mariana-vive-descaso-e-omissao.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
41
Grupo de Comunicação
OPINIÃO JOÃO DORIA: Semear cultura é
colher desenvolvimento
Parcerias alavancam e estimulam produção
artística
Uma sociedade desenvolvida precisa ser
culturalmente forte. E cultura forte pressupõe o
envolvimento de governos, empresas e
promotores do setor. São eles que fomentam a
produção artística, criam, mantém equipamentos
e ajudam a despertar novos talentos. É o que
estamos fazendo em São Paulo, unindo forças
para promover a cultura, ampla e democrática.
Neste mês inauguramos um novo e moderno
espaço de exposições na capital paulista, o MIS
Experience, abrigando a mostra interativa
“Leonardo da Vinci - 500 anos de um Gênio”. O
MIS Experience é resultado da integração entre
governo e empresas privadas. Ele nasce com
1.700 m2 de área de exposições e mais 1.000
m2 de área para projeções interativas. Recebeu
R$ 8,5 milhões de investimento por parte de
empresas privadas. Será administrado pelo
Museu da Imagem e do Som, que ganha assim
um segundo espaço de exposições em São Paulo.
Os resultados dessa ação integrada já foram
comprovados no Festival de Inverno de Campos
do Jordão. Em sua 50ª edição, o festival recebeu
o patrocínio de cinco empresas, bateu recorde de
público e ampliou o turismo. A parceria governo-
empresas também é realidade na renovação do
Museu da Independência —mais conhecido como
Museu do Ipiranga. Financiados por 14 empresas
privadas, os trabalhos, que estavam paralisados
havia seis anos, foram retomados e serão
concluídos no bicentenário da Independência, em
setembro de 2022, quando o Museu do Ipiranga
passará a oferecer uma experiência
multissensorial aos visitantes.
A cultura é livre por natureza, incompatível com
censura, preconceitos, personalismos,
partidarismos e ideologias. A criação e o
conhecimento cultural exigem imaginação e
ousadia. Transformados em realidade, acessíveis
ao grande público, se tornam fonte de emprego,
renda e desenvolvimento. É a economia criativa,
no seu mais elevado valor.
Para estimular um mercado que movimenta 12
mil empresas e gera 300 mil postos de trabalho,
abrimos o Programa de Investimento no Setor
Audiovisual de São Paulo, o ProAV. Oferecemos
R$ 200 milhões em linha de crédito com juros
reduzidos e aprovação em apenas dois dias.
Cultura e economia criativa também são o motor
do maior evento de gastronomia do Brasil, o SP
Gastronomia, que abrangeu todas as regiões do
estado. Pela primeira vez, São Paulo ganhou um
evento anual que consolida o estado como meca
da arte da boa mesa, setor que emprega 780 mil
pessoas diretamente e outros 2,4 milhões
indiretamente.
Outra medida, tão fundamental quanto simbólica,
é a implantação da Fábrica de Cultura em São
Bernardo do Campo (SP). No lugar do que
deveria ser o tal Museu do Lula, haverá um
espaço para os talentos da região do ABCD. O
prédio, que seria um monumento ao
personalismo e à política partidária e ideológica,
agora servirá à população, especialmente
crianças e jovens.
É em parceria com a sociedade, com a
juventude, com os artistas e com as empresas
que trabalhamos para que a cultura de São Paulo
valorize o conhecimento e a energia criativa. A
produção cultural gera mudanças, valores,
empregos e oportunidades. Semear cultura é
colher desenvolvimento.
João Doria
Governador de São Paulo (PSDB), ex-prefeito de
São Paulo (jan.2017 a abr.2018) e empresário
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/
semear-cultura-e-colher-desenvolvimento.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
42
Grupo de Comunicação
Painel: Deputados do PSL defendem quebra
de sigilo de gastos do cartão corporativo de
Bolsonaro
Pau que dá em Chico
Com o partido em pé de guerra, integrantes do
PSL passaram a defender a quebra do sigilo do
cartão corporativo de Jair Bolsonaro. Deputados
argumentam que falta isonomia ao presidente,
que critica a sigla e exige a devassa nas contas
do partido, mas mantém em segredo o
detalhamento de gastos com alimentação e
transporte. Essa ala da legenda lembra que,
quando deputado, Bolsonaro reivindicava
transparência no uso da verba presidencial.
Agora, parece ter se esquecido do assunto.
Caminho
No PSL, há quem estude recorrer ao Ministério
Público Federal para pedir formalmente a
descrição dos gastos do Palácio do Planalto.
Faça-se a luz
O governo fornece dados sobre a despesa total
da Secretaria de Administração da Presidência da
República, que inclui o gabinete pessoal e órgãos
vinculados, mas preserva a divulgação de
informações consideradas de segurança do
mandatário.
Antes tarde
As últimas declarações de Bolsonaro, de que
deverá mesmo deixar o PSL e migrar para uma
sigla nova, irritaram dirigentes do partido que até
a última semana tentavam compor com ele. A ala
do “deixa disso” prega agora a expulsão do
presidente.
Antes tarde 2
Esses integrantes da legenda vão levar a
reivindicação a Luciano Bivar, que comanda o
PSL. Vão argumentar que o dirigente não deve se
furtar a atender uma solicitação que parta da
maioria de seu grupo para não correr o risco de
perder apoio.
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/11/05/
deputados-do-psl-defendem-quebra-de-sigilo-de-
gastos-de-bolsonaro-com-cartao-corporativo/
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
43
Grupo de Comunicação
Governo vai criar critérios para repassar
recursos do pré-sal a estados e cidades
Entes que registrem melhora em saúde e
educação e abram mercado de gás seriam
beneficiados
Fábio Pupo
BRASÍLIA
O Ministério da Economia vai criar um conjunto
de critérios para distribuir recursos do pré-sal a
estados e municípios, um dos eixos centrais do
chamado pacto federativo —pacote que vai
propor a alteração de regras fiscais e
orçamentárias.
Analisadas pela equipe econômica durante a
elaboração do pacto, as condicionalidades
estavam inseridas na reta final das discussões e,
segundo fontes, fizeram parte da concepção das
medidas.
A distribuição dos recursos e os critérios a serem
seguidos foram analisados principalmente pelo
secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Waldery Rodrigues. Por isso, o pacote
chegou a ser apelidado por Guedes de “Plano
Waldery”.
O secretário considera em seus estudos uma
distribuição maior de recursos ao longo dos anos
aos entes que registrem melhora em indicadores
ligados a saúde e educação (como dados de
saneamento e de educação básica).
As discussões também consideraram privilegiar
entes que promovam abertura do mercado de
gás. Além disso, o governo estudou aumentar a
rigidez de tribunais de contas regionais para
evitar o mau uso dos recursos.
Os critérios a ficarem dentro do pacote ainda
eram debatidos na reta final das discussões. Eles
devem ser regulamentados por lei, o que pode
ficar para depois do envio da PEC ao Congresso.
A ideia do ministério é que os repasses sejam
feitos por meio do fundo social.
Criado em 2010, durante o governo Lula, ele
recebe royalties e participações especiais da
exploração do pré-sal e é usado hoje apenas pela
União.
A distribuição dos royalties do pré-sal a estados e
municípios é uma das partes centrais do pacto
federativo e obedece ao objetivo de Guedes de
buscar uma maior descentralização de recursos
da União para os entes subnacionais. A ideia é
buscar “menos Brasília e mais Brasil”.
A descentralização cria a oportunidade de os
entes receberem recursos bilionários. A previsão
de arrecadação com royalties e a parcela da
União no lucro óleo (parcela da produção paga
pelas petroleiras ao governo) é de R$ 52,5
bilhões por ano a partir de 2024, segundo a ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis).
Considerando o Imposto de Renda a ser pago
pelas empresas, a arrecadação sobe para cerca
de R$ 70 bilhões por ano, ainda segundo a
agência.
De acordo com a ANP, no entanto, os montantes
não são perenes e tendem a cair depois de um
crescimento na exploração ao longo dos anos.
Na visão dos técnicos, os royalties do pré-sal
(embora não permanentes) têm um caráter de
receita recorrente que pode se tornar mais
longeva que muitos tributos.
Nos estudos do ministério, a distribuição de
recursos do fundo pode durar 35 anos, com
distribuição já no ano que vem, e durar até 2054.
Em até dez anos, as novas condicionantes
poderiam substituir totalmente itens que
provocam discussões atualmente entre o governo
federal e os estados.
As discussões são feitas atualmente em torno do
FEX (Auxílio-Financeiro de Fomento às
Exportações) e da Lei Kandir, que demandam
cerca de R$ 4 bilhões ao ano em repasses.
O governo defende já ter ressarcido os estados
conforme a lei exigia, mas todo ano os
governadores demandam os recursos em meio a
questionamentos sobre os valores. Por isso, o
governo quer usar a proposta de redistribuição
para pôr fim ao debate.
A redistribuição de recursos do pré-sal é uma das
três PECs do pacto federativo a ser encaminhada
ao Congresso.
Outra PEC é a que aciona gatilhos de redução de
despesas (também chamada de PEC
Data: 05/11/2019
44
Grupo de Comunicação
Emergencial), que pode criar um espaço de R$
27,4 bilhões no Orçamento.
O cálculo foi feito pelo deputado Pedro Paulo
(DEM-RJ), autor da PEC anterior que alteraria
regras fiscais, e pela Consultoria de Orçamento
da Câmara dos Deputados.
Também está prevista outra PEC para criar o
Conselho Fiscal da República (que reunirá chefes
de Poderes para monitorar e discutir as contas
públicas).
“O país tem uma lei de responsabilidade fiscal
que ninguém cumpre, então, queremos que os
responsáveis pelos principais Poderes estejam
em contato com essa realidade”, afirmou Guedes
em entrevista à Folha publicada no domingo (3).
Com o conjunto de medidas previstas no pacto
federativo, Guedes disse acreditar que diferentes
governantes podem sair da crise.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11
/governo-vai-criar-criterios-para-repassar-
recursos-do-pre-sal-a-estados-e-cidades.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
45
Grupo de Comunicação
Em ação popular, petroleiros tentam
impedir megaleilão do pré-sal
Impetrada na Justiça Federal de SP, ação diz que
regras são lesivas ao patrimônio público
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
Uma ação popular movida por petroleiros tenta
impedir o megaleilão do pré-sal, agendado pelo
governo para a próxima quarta (6). A ação foi
impetrada na Justiça Federal de São Paulo na
sexta (30) e pede liminar para suspender a
oferta.
Nela, os autores alegam que as regras são
lesivas ao patrimônio público e que falta previsão
legal para a entrada de novas empresas nas
áreas, que foram cedidas à Petrobras em 2010,
como parte do processo de capitalização da
estatal.
No leilão, o governo vai oferecer o direito de
produzir volumes excedentes aos cinco bilhões de
barris que a Petrobras ganhou em troca da oferta
de ações à União na capitalização, em um
contrato conhecido como cessão onerosa.
Serão oferecidas quatro áreas, que podem ter
até 20,2 bilhões de barris em reservas, segundo
as projeções mais otimistas de certificadora
contratada pela ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás e Biocombustíveis), no que vem ser
considerada a maior oferta de petróleo já feita no
mundo.
Para os autores da ação, o leilão "trará dano
irreparável ou de difícil reparação ao patrimônio
público, restando, ainda, desatendidas as normas
legais e constitucionais que atualmente
destinam-se a assegurar ao Estado os direitos
sobre os recursos naturais objeto da presente
ação".
A ação foi impetrada pelo escritório Advocacia
Garcez, em nome de Luiz Felipe Grubba, Mario
Alberto Dal Zot, José Antônio Moraes e Fernando
Siqueira —os três primeiros ligados a sindicatos
de petroleiros e o último, à Aepet (Associação
dos Engenheiros da Petrobras).
Eles pedem liminar para a suspensão do leilão
desta quarta, sob risco de multa de R$ 1 milhão.
Querem ainda a declaração de ilegalidade dos
atos legais que estipularam as regras da oferta,
tornando nulo o edital do megaleilão da cessão
onerosa.
Os advogados Maximiliano Garcez e Rodrigo
Salgado argumentam que não existe previsão
legal para o acordo de coparticipação,
instrumento criado pelo governo para permitir
que os vencedores do leilão se associem à
Petrobras nas áreas.
Os vencedores terão que ressarcir a Petrobras
por investimentos já feitos e, por outro lado,
ganham direito a parte da produção das
plataformas já em operação ou previstas. A
maior área da oferta, o campo de Búzios, já tem
quatro plataformas e é o segundo maior produtor
do país, com 406 mil barris por dia.
Na avaliação dos autores da ação, o contrato de
cessão onerosa não previa a possibilidade de
transferência de participação para outras
empresas e que as condições econômicas desse
contrato são maios benéficas do que em outros
modelos de concessão de áreas petrolíferas no
país.
"Assim, o contrato não prevê a revisão da
titularidade da cessionária, mesmo porque seria
um contrassenso. O processo de cessão onerosa
foi concebido para capitalizar a Petrobras,
oferecendo exclusivamente à estatal tal empresa
as vantagens decorrentes desse processo", diz a
ação.
Os autores alegam que a fórmula de cálculo de
impostos federais (IRPJ e CSLL) no regime de
partilha da produção —pelo qual serão leiloados
os excedentes— é prejudicial ao governo e
poderia levar a perda de arrecadação de R$ 223
bilhões ao longo da vida dos projetos."As perdas
financeiras, no entanto, são muito maiores.
O excedente em óleo para a União, que deveria
ser a principal fonte de receita do Fundo Social,
será irrisório, assim como as receitas para as
áreas de educação e saúde, especialmente nos
primeiros anos de produção", completa o texto.
As regras do leilão passaram por avaliação do
TCU (Tribunal de Contas da União), que aprovou
os termos com ressalvas consideradas pelo
governo não impeditivas para a realização da
oferta. Caso as quatro áreas sejam vendidas, a
arrecadação chegará de R$ 106 bilhões.
Data: 05/11/2019
46
Grupo de Comunicação
Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é
fixo e vence a disputa quem se comprometer a
entregar mais petróleo à União durante a vida
útil dos projetos.
Da arrecadação total, R$ 34 bilhões serão
transferidos à Petrobras como ressarcimento pela
queda do preço do petróleo desde a assinatura
do contrato de cessão onerosa. O restante será
dividido com estados e municípios, conforme
regra de rateio negociada com o Congresso.
A estatal informou que disputará duas áreas,
Búzios e Itapu, garantindo uma arrecadação
mínima de R$ 70 bilhões.
Em nota, a AGU (Advocacia-Geral da União)
informou que acompanha de perto esse processo,
por meio de equipe de plantão formada para
garantir a segurança jurídica do leilão.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11
/em-acao-popular-petroleiros-tentam-impedir-
megaleilao-do-pre-sal.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
47
Grupo de Comunicação
Cade manda ANP suspender licitação do
Gasoduto Bolívia-Brasil
Órgão antitruste teme que a Petrobras compre
toda a capacidade disponível do duto
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) determinou a suspensão do processo
de licitação de capacidade do Gasbol (Gasoduto
Bolívia-Brasil), que abriria espaço para que
outras empresas importem gás do país vizinho.
A suspensão foi anunciada na quinta (31) pela
ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis), que organiza a licitação. O
processo tem por objetivo ocupar espaço que
será liberado no duto com o encerramento do
contrato entre Petrobras e Bolívia, no fim deste
ano.
Segundo fontes, o Cade teme que a Petrobras
compre toda a capacidade disponível, o que
contraria o acordo feito com o órgão de defesa
da concorrência em julho para reduzir sua
presença no setor de gás natural em troca da
suspensão de investigações sobre abuso de
poder econômico.
O gasoduto liga a fronteira entre os dois países à
região metropolitana de Porto Alegre passando
por cinco estados. Tem capacidade para
transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia
e começou a operar em 1999, trazendo gás
produzido pela própria Petrobras e outras
empresas no país vizinho.
Com o vencimento do principal contrato de
transporte, a tubulação terá ao fim do ano
capacidade livre de 18 milhões de de metros
cúbicos por dia. Na licitação, empresas
interessadas em trazer gás disputam entre si por
cinco modalidades de contratos.
Ao todo, 18 empresas se inscreveram para
participar da licitação, incluindo produtores de
gás -- como a Petrobras, a Shell e a Repsol --
consumidores, como a Gerdau e a Yara
Fertilizantes -- e distribuidoras de gás canalizado.
A primeira rodada de ofertas foi concluída na
quarta (30), mas o resultado ainda não foi
divulgado. Na terça (29), a diretora de Refino e
Gás da Petrobras, Anelise Lara, disse em evento
no Rio que a estatal gostaria de reduzir em 10
milhões de metros cúbicos por dia suas
importações de gás da Bolívia.
O acordo com o Cade prevê a venda de fatias
remanescentes da Petrobras em gasodutos de
transporte -- incluindo o Gasbol -- e
distribuidoras de gás canalizado, além de
abertura de espaço para escoar o combustível em
suas instalações que ligam plataformas ao
continente.
Apesar do fim do maior contrato, a Petrobras
ainda tem sobras de gás não usado a receber da
Bolívia, o que lhe garantiria o uso completo da
tubulação até 2022. Em 2018, a Petrobras
transportou uma média de 22 milhões de metros
cúbicos por dia no Gasbol, segundo dados do
MME (Ministério de Minas e Energia).
Procurado, o Cade ainda não se manifestou sobre
o tema. A ANP apenas confirma em sua página a
suspensão da licitação, sem comentar os
motivos.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11
/cade-manda-anp-suspender-licitacao-do-
gasoduto-bolivia-brasil.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
48
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Jantar de Confederação
Israelita reflete cisão na comunidade
judaica por causa de Bolsonaro
Embaixador de Israel, Yossi Shelley, se recusou a
ir em jantar da Conib por discordar das críticas
da entidade ao presidente
A Conib (Confederação Israelita do Brasil),
realizou sua 50ª convenção no fim de semana
passado em meio a um clima de cisão que
domina a comunidade judaica desde a chegada
de Jair Bolsonaro ao poder: o embaixador de
Israel, Yossi Shelley, nem sequer foi ao evento
por causa das críticas que a entidade já fez ao
presidente.
BAIXA
Além de Shelley, não compareceram ao jantar
empresários como Meyer Nigri, da Tecnisa, Eli
Horn, da Cyrella, e Fabio Wajngarten, secretário
de Comunicação do governo Bolsonaro.
GOSTO
Shelley diz que o presidente da Conib, Fernando
Lottenberg, “tem uma agenda política própria”,
fala mal de Bolsonaro e “a comunidade [judaica]
não gosta disso”.
VAMOS MANTER
“Temos hoje relações excelentes entre o Brasil e
Israel. Para que destruir isso agora?”, afirma o
embaixador.
PLURAL
Lottenberg diz que a comunidade judaica “é
plural” e que a Conib busca “representar a
todos”. A entidade, por exemplo, “vê com bons
olhos a posição atual mais equilibrada do Brasil
em relação a Israel em organismos
internacionais”, diz Lottenberg.
PLURAL 2
Por outro lado, diz ele, “não pode deixar de se
posicionar” quando o presidente afirma que o
nazismo foi um movimento “de esquerda”. O
Museu do Holocausto, em Israel, já afirmou que
o nazismo foi um movimento de direita.
EM CARTAZ
O vídeo em que o STF (Supremo Tribunal
Federal) é comparado a uma hiena que ataca Jair
Bolsonaro segue postado na página do deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) no Facebook.
O pai presidente pediu desculpas e retirou a peça
do ar de suas redes na semana passada.
TIRO
Eduardo Bolsonaro também manteve os
comentários de seus seguidores. Em um deles,
fotos de magistrados são postadas com os
dizeres: “Estuprador? A Rosinha [Rosa Weber]
garante. Assassino? Marcão [Marco Aurélio Mello]
é a saída. Traficante? O Levan [Ricardo
Lewandowski] é seu amigo. Corrupto? É só ligar
para o Gil [Gilmar Mendes]”.
JANTAR DE GALA
O senador José Serra (PSDB-SP) e a deputada
federal Joice Hasselmann (PSL-SP) estiveram na
50ª Convenção da Conib, no clube A Hebraica,
em SP, no sábado (2). O ministro do STF
Alexandre de Moraes, a ministra do STJ Maria
Thereza Moura e o ex-senador Aloysio Nunes e a
sua mulher, Gisele Nunes, compareceram, assim
como a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), o
médico Claudio Lottenberg e o presidente da
Conib, Fernando Lottenberg.
ESPERA
Associações de servidores paulistas estão na
expectativa da chegada do projeto do Governo
de SP para a reforma da Previdência dos
funcionários públicos do estado. “Tenho certeza
de que vai ter uma greve do funcionalismo”,
avalia a deputada estadual Professora Bebel (PT),
presidente da Apeoesp (sindicato dos professores
estaduais).
MUDANÇA
Ela é contrária ao aumento da alíquota única de
contribuição de 11% para 14% —mudança que
os deputados têm considerado como provável no
projeto do Executivo.
ANSIEDADE
“Há temor porque a reforma federal foi dura.
Exige tempo maior de contribuição e tem ganho
menor”, diz Augusto Barbosa, presidente da
Associação Paulista de Defensores Públicos. “Mas
discussões sobre idade ou tempo de contribuição
[na reforma estadual] não chegaram a nós.”
TEMPO
A liderança do governo na Assembleia Legislativa
de SP diz que o Executivo deve enviar o projeto
até quinta (7).
ALÔ
O diretor bolsonarista Josias Teófilo diz que
recebeu algumas mensagens de estudantes
dizendo que tinham citado o seu nome e o seu
Data: 05/11/2019
49
Grupo de Comunicação
filme “O Jardim das Aflições” na redação do
Enem, no domingo (3). O tema foi
“democratização do acesso ao cinema no Brasil”.
TESE
“Falei que a dificuldade de acesso não se dá
somente no âmbito do espectador, mas também
para cineastas que querem exibir seus filmes e
não conseguem, tendo em vista a censura por
parte de um grupo, o qual domina os meios
culturais hoje no Brasil”, escreveu uma
estudante.
OPINIÃO
Teófilo afirma que é “um belo tema para se
discutir”. “A esquerda terá uma visão e a direita,
outra”.
CONTROLE
O SBT foi condenado a pagar R$ 700 mil aos
artistas Luca Bastolla e Maria Carolina Mello. Eles
alegam que a emissora exibiu cópias idênticas de
obras suas nos cenários da novela “As Aventuras
de Poliana”. Para a juíza Tonia Youka Koruku, do
TJ-SP, “não houve qualquer autorização” dos
autores. A emissora afirma que vai recorrer da
decisão.
MOVIMENTO
Jovens que cumprem medida socioeducativa na
Casa Chiquinha Gonzaga, uma das unidades
femininas da Fundação Casa, vão apresentar dois
números de dança —um de forró contemporâneo
e outro com coreografia afro-brasileira— no
lançamento do Observatório do Racismo da PUC-
SP, na quarta (6).
CORTE DA FITA
A primeira-dama de SP, Bia Doria, foi à
inauguração do centro cultural MIS Experience,
na sexta (1º). A cantora Baby do Brasil, a
empresária Lucilia Diniz e o presidente do
conselho de administração do Bradesco, Luiz
Carlos Trabuco, passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
Giuseppe Giamundo Neto lança nesta terça (5) o
livro “As Garantias do Processo no Tribunal de
Contas da União”. Na Livraria da Vila da al.
Lorena, às 18h30.
O LIDE - Grupo de Líderes Empresariais organiza
o 6º Fórum LIDE de Educação. Nesta terça (5),
às 14h, no Hotel Hilton Morumbi.
A ex-campeã mundial de basquete Hortência
participa de debate sobre o livro “Fora da Curva:
de Atletas a Empresários de Alta Performance” na
Casa do Saber. Na terça (5), às 20h.
O Governo de SP divulga nesta terça (5) o
primeiro balanço do programa de qualificação
Minha Chance.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
Mônica Bergamo
Jornalista e colunista.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/11/jantar-de-confederacao-israelita-
reflete-cisao-na-comunidade-judaica-por-causa-
de-bolsonaro.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
50
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Oportunidades na COP25
O Brasil tem papel central nas negociações em
preparação para a conferência sobre clima
Paulo Hartung, O Estado de S.Paulo
Já faz um bom tempo que a ciência confirma: a
mudança do clima do planeta é inequívoca e
atribuível à ação humana. A afirmação é
referendada e reconhecida não só pelo Painel
Intergovernamental sobre a Mudança do Clima,
da ONU, pela Nasa, pelo Pentágono e pela ampla
maioria das pesquisas científicas, como também
pelas principais empresas cujas operações são
baseadas em fontes fósseis. Ou seja, mesmo
aqueles que terão os maiores impactos nos seus
negócios reconhecem o problema e a
necessidade de mudança, traduzida pela meta
maior do Acordo de Paris: limitar o aumento da
temperatura média terrestre em 2º C ou, se
possível, 1,5° C.
Como em qualquer meta, é necessário criar
meios de implementação adequados, tanto em
nível nacional quanto internacional. A
humanidade precisa mudar a base do seu
desenvolvimento econômico. O risco fica cada
vez mais evidente. Em estudo divulgado no mês
passado, o FMI e a Universidade de Cambridge
estimam que o impacto da mudança do clima no
PIB global pode superar a casa dos 7%. Para
usar expressão comumente aceita no meio, os
riscos de inação superam, em muito, os riscos de
ação.
Cientes do tamanho do desafio, diversos
investidores vêm adotando, voluntariamente,
medidas de alto impacto. Por exemplo, o fundo
soberano da Noruega, um dos maiores do
mundo, com mais de US$ 1 trilhão sob gestão,
adotou o compromisso de se desfazer de ativos
que obtenham mais de 30% de energia de fontes
fósseis. Outros, como o fundo soberano da
Irlanda, chegaram a se comprometer a sair de
todos os seus investimentos baseados em fontes
fósseis.
Em nível governamental, quase um quarto das
emissões mundiais já estão sob algum sistema
de precificação de carbono, incluindo a Europa, a
China, a Califórnia e outras dezenas de
jurisdições. Dados de 2018 indicam que mais de
US$ 80 bilhões foram movimentados por esses
sistemas no ano. No Brasil existem estudos,
realizados em parceria entre o Banco Mundial e o
Ministério da Economia, que estão avaliando
possibilidades de implementar sistema parecido.
A questão mostra-se cada vez mais presente em
agendas temáticas até recentemente
desconectadas. Por exemplo, as preocupações
com emissões de carbono são frequentes nas
negociações de acordos internacionais de
comércio e investimentos, entre eles, o acordo
Mercosul-União Europeia.
A próxima Conferência da ONU sobre a Mudança
do Clima (COP25), a ser realizada em Madri, na
Espanha, entre 2 e 13 de dezembro,
representará a grande oportunidade para que o
mundo chegue a um consenso sobre mecanismos
de mercado aplicáveis globalmente, um dos
principais meios de se estimular a mudança
necessária. Isso já tem sido negociado no artigo
6.º do Acordo de Paris.
O Brasil, embora tenha desafios estruturais na
área ambiental, sobretudo a necessidade urgente
de acabar com o desmatamento ilegal, adota,
soberanamente, o mais rigoroso compromisso de
redução de emissões entre os países em
desenvolvimento. A meta ratificada pelo governo,
conhecida como Contribuição Nacionalmente
Determinada (NDC, na sigla em inglês), prevê
redução de emissões de 43% até 2030.
Na medida em que reforça o seu
comprometimento, o País passa a ter credenciais
mais robustas para a diferenciação dos seus
diversos produtos de baixo carbono no mercado
global e, assim, melhores resultados em
negociações internacionais.
O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais
limpas do mundo, com 44% de energia vinda de
fontes renováveis, enquanto a média mundial
está em 14%. Nosso desafio é manter esse
padrão e avançar. Aumentamos mais de 30
vezes a participação da energia eólica na rede
elétrica em menos de dez anos. Também temos
forte capacidade na área de biocombustíveis, na
agricultura de baixo carbono e na expansão da
indústria de árvores cultivadas, que têm alto
potencial de remoção e estocagem de carbono,
além de fabricar produtos renováveis que evitam
emissões em diversas cadeias produtivas.
Data: 05/11/2019
51
Grupo de Comunicação
É justamente em momentos de crise fiscal, como
a que o Brasil vem atravessando, que
instrumentos de mercado de carbono podem ter
papel crucial, pois dependem menos de recursos
públicos. Por isso é importante que os estudos
em avaliação pelo Ministério da Economia e pelo
Banco Mundial avancem, inclusive no que se
refere a um possível mercado de carbono
nacional, que considere não somente as
emissões, mas também as remoções ou o
sequestro de carbono originado por atividades de
reflorestamento e de restauração, vinculados aos
diversos segmentos da economia nacional.
Sem favor algum, o Brasil tem papel central nas
negociações técnicas e políticas em preparação
para a COP25. O País sempre foi respeitado
internacionalmente por sua qualidade
negociadora. Mais do que nunca, precisaremos
reforçar essa nossa posição, especialmente sobre
o artigo 6,º que determinará o futuro de um
mecanismo global de comércio de carbono, o que
muito nos interessa, atualmente e no futuro.
Temos de aproveitar as oportunidades que se
abrem em nosso caminho. É importante que,
além de ser cobrado por ações de sua
responsabilidade, o País também possa trabalhar
para que haja diferenciação e, portanto, estímulo
dos seus diversos produtos e serviços de baixo
carbono.
As emissões de carbono só serão reduzidas e os
diferenciais competitivos só serão criados, na
escala necessária, se houver convergência de
governos e sociedades na criação e
implementação de meios que transformem a
economia, gerando demanda real por produtos e
serviços de baixo carbono. Apesar de todos os
desafios, o Brasil tem credenciais e um grande
potencial. Que tenhamos plena consciência e
saibamos fazer proveito dessa realidade neste
momento estratégico para todo o planeta.
*economista, presidente executivo da Ibá, membro do
conselho do ‘Todos pela educação’, foi governador do Estado do Espírito Santo (2003-2010/2015-2018) e-
mail: presidencia@iba.org
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,oportunidades-na-cop25,70003076033
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
52
Grupo de Comunicação
Tarifa de estatais de saneamento banca alta
de salários, diz estudo
Apesar de reajuste de 30,7% nas contas de água
e esgoto entre 2014 e 2017, investimentos em
saneamento caíram 3% no mesmo período
Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
Boa parte do ganho das estatais de saneamento
básico com os reajustes tarifários foi repassada
para salários. Um estudo feito pela consultoria
Inter.B, com dados do Sistema Nacional de
Informações de Saneamento (Snis), mostra que,
entre 2014 e 2017, os serviços do setor subiram
em termos nominais 30,7% e as despesas com
empregados, 26,9%, em média. Nesse mesmo
período, os investimentos das estatais – que
administram a maior parte das atividades no País
– caíram quase 3% e o volume de perdas de
água aumentou de 36,67% para 38,3%.
Segundo a Inter.B, das 26 estatais analisadas, 14
registraram queda nos investimentos e 10
tiveram avanço das despesas com empregados
acima do porcentual de reajuste das tarifas (mais
informações nesta página). Em apenas seis
companhias, os investimentos foram maiores que
o aumento dos gastos com pessoal. “O setor
público investe relativamente pouco, mas a razão
básica é que falta governança e gestão nas
companhias”, diz o presidente da Inter.B, Cláudio
Frischtak.
Para ele, os números do Snis declarados pelas
próprias empresas são um reflexo dessa
fragilidade que afeta a qualidade da gestão,
retira autonomia do gestor e reduz o volume de
recursos para investimento – quadro que pode
mudar com a aprovação do Projeto de Lei
3261/19 do novo marco regulatório do setor.
“Há muitos anos, as empresas estão capturadas,
numa situação que vem se agravando. Não é
coincidência que os índices de saneamento são
péssimos. Afinal, essas empresas (estatais
estaduais) são responsáveis por mais de 70% do
mercado (o resto está com estatais municipais e
com o setor privado).”
Frischtak se refere ao fato de que cerca de 100
milhões de brasileiros ainda não têm acesso à
coleta de esgoto e 35 milhões não são
abastecidos com água potável. Dados do
Instituto Trata Brasil, mostram que 38,3% de
toda a água pronta para ser distribuída se perde
hoje pelo caminho, especialmente por causa de
vazamentos e dos chamados “gatos”. A perda de
faturamento representou prejuízo de R$ 11,3
bilhões para o País – mesmo valor investido no
setor em 2017.
Na Cedae, concessionária do Rio de Janeiro, as
perdas ficaram em 30% em 2017. Segundo a
companhia, as principais causas são as ligações
clandestinas e hidrômetros com mau
funcionamento, além de vazamentos. Entre 2014
e 2017, de acordo com a Inter.B, a companhia
reduziu em 62% os investimentos enquanto as
despesas com empregados cresceram 55% –
acima dos 22,3% de reajuste das tarifas.
Em nota, a empresa afirmou que a queda nos
investimentos é decorrente da crise econômica
que afeta o Estado do Rio, mas que tem
preservado os projetos em andamento. Sobre os
gastos com pessoal, disse que desde janeiro tem
promovido diversas ações relacionadas à gestão
de pessoal e que já conseguiu uma redução de
12% com essas despesas. O número de
funcionários caiu de 5.422 para 5.234.
Ainda pelos dados da Inter.B, a Saneago –
companhia de saneamento de Goiás – também
teve uma queda brusca no volume de
investimentos, de 68,7% entre 2014 e 2017.
Nesse período, as tarifas da estatal subiram
51,5% e as despesas com empregado, 37,2%.
Em nota, a empresa afirmou que “recentemente
passou por uma reestruturação, com dois PDVs
(Programas de Desligamento Voluntário),
cortando 605 empregados do seu quadro de
pessoal”. Isso foi responsável por economia
anual de R$ 139 milhões. Além disso, afirmou
que deve fechar 2019 com R$ 1,1 bilhão de
investimentos em contratação de obras e em
licitação.
Estiagem
Para o presidente da Associação Brasileira das
Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe),
Marcus Vinícius Fernandes Neves, o custeio de
uma companhia de saneamento é complexa e
deve ser vista sobre várias vertentes, como o
custo de funcionário por ligação ativa. Segundo
ele, no Nordeste, por exemplo, houve uma das
maiores estiagens da história no período, o que
significou aumento no custeio das empresas –
com produtos químicos para manter a qualidade
Data: 05/11/2019
53
Grupo de Comunicação
da água, aumento no custo da energia, entre
outros itens cotados em dólar. Isso influenciou na
redução dos investimentos.
Pelo Plano Nacional de Saneamento Básico
(Plansab), o País teria de investir R$ 20 bilhões
por ano para universalizar os serviços até 2033.
Mas, pelo ritmo atual, essa meta só será
alcançada com 20 anos de atraso.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,t
arifa-de-estatais-de-saneamento-banca-alta-de-
salarios-diz-estudo,70003076160
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
54
Grupo de Comunicação
Novo marco do saneamento deve atrair
investidor, avalia governo
Bolsonaro disse que setor foi apresentado a
sauditas, que podem aportar US$ 10 bi no
mercado nacional
Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
Na semana passada, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, afirmou que o novo marco
regulatório de saneamento básico, previsto para
ser votado ainda este mês na Câmara dos
Deputados, vai promover uma onda de
investimentos no setor. “Essa é uma grande
fronteira de investimentos no Brasil, que trará os
serviços básicos para as cidades brasileiras”,
disse o ministro. O presidente Jair Bolsonaro, na
mesma semana, disse que o segmento foi
apresentado a um fundo soberano da Arábia
Saudita, que pode aportar US$ 10 bilhões no
mercado nacional, como umas das principais
oportunidades de investimentos no País.
O cenário, no entanto, depende da celeridade do
Congresso, que previa inicialmente votar a
matéria amanhã, na Câmara. Mas, por causa dos
inúmeros interesses envolvidos, é possível que
haja um adiamento. O Projeto de Lei 3261/19
deve alterar as regras atuais, em especial para
as estatais que hoje dominam o setor, mas que
não têm conseguido atender, com eficiência, às
demandas da sociedade.
Os avanços no atendimento dos serviços têm
sido muito lentos, avaliam especialistas.
Atualmente, a cobertura de água e esgoto no
Brasil é de 83,3% e 51,9% da população,
respectivamente. Os números são piores que os
do Iraque, com cobertura de 88,6% e 86,5%,
respectivamente.
Segundo o diretor executivo da Associação
Brasileira das Concessionárias Privadas de
Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon),
Percy Soares Neto, o texto aprovado na
Comissão Especial da Câmara, na semana
passada, é positivo e consegue “endereçar os
principais problemas do setor”. Ele destaca que,
pela proposta, haverá um período de transição de
quatro anos para aquelas concessões precárias,
quando as estatais operam sem contrato. Ao fim
desse período, haverá licitação do serviço.
Pela regra atual, quando um contrato de uma
área vence ele é automaticamente renovado,
sem nova licitação. E é esse um dos principais
pontos a serem alterados pelo marco regulatório
para atrair novos investimentos privados. Todos
os contratos vencidos teriam de passar por um
processo de concorrência. Os representantes das
estatais e de vários governos, porém, relutam
em aceitar essa mudança, uma vez que pode
significar o fim de algumas companhias, sem
condições para competir no mercado.
A questão, diz o presidente da consultoria
Inter.B, Cláudio Frischtak, é que essas empresas
sempre foram usadas politicamente e loteadas.
“Se o projeto de lei não for desfigurado daqui
para frente, poderá haver uma transformação no
setor, com mais competição, escala e regulação”,
diz ele, um dos maiores especialistas em
infraestrutura do País. Para o executivo, a
mudança vai impor contratos de melhor
qualidade no setor. “Na minha perspectiva, é a
legislação mais importante para o bem-estar dos
mais pobres.”
Soares Neto, da Abcon, diz que a proposta
aprovada na Comissão Especial empodera a
Agência Nacional de Águas (ANA) para criar as
diretrizes de regulação do setor. “É um texto
firme que tem potencial para atrair o investidor
privado, mas provoca muita gente.” Para ele, as
boas estatais vão continuar competindo e não
vão perder mercado.
Para o presidente da Associação Brasileira das
Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe),
Marcus Vinícius Fernandes Neves, toda empresa
deve se reinventar. “No caso das estatais, a
mudança deve ser analisada não só como uma
‘ameaça’, mais uma oportunidade de se
reinventar. Esse é o único caminho que tem,
qualquer empresa, seja ela estatal ou não, em
momentos de crise.”
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
novo-marco-do-saneamento-deve-atrair-
investidor-avalia-governo,70003076165
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
55
Grupo de Comunicação
Petroleiros recorrem à Justiça para
suspender licitação
Segundo os autores, a Lei de Cessão Onerosa e a
Lei 12.351, marco do pré-sal, não tratam, por
exemplo, da possibilidade de entrada de novas
empresas nas áreas cedidas à Petrobrás em 2010
Mariana Durão, O Estado de S.Paulo
RIO - Um grupo de petroleiros entrou com uma
ação popular pedindo a suspensão do megaleilão
do pré-sal, marcado para quarta-feira, 6, no Rio.
A petição enviada à Justiça Federal de São Paulo
em 30 de outubro fala em danos ao patrimônio
público e falta de suporte legal ao leilão.
Segundo os autores, a Lei de Cessão Onerosa e a
Lei 12.351, marco do pré-sal, não tratam, por
exemplo, da possibilidade de entrada de novas
empresas nas áreas cedidas à Petrobrás em
2010.
“O prejuízo ao País é absolutamente incalculável.
É inusitado que qualquer nação do planeta tenha
leiloado petróleo encontrado. Isso é como
jabuticaba: só o Brasil está fazendo”, disse ao
Estadão/Broadcast João Antonio Moraes,
dirigente da Federação Única dos Petroleiros
(FUP) e do Sindicato dos Petroleiros de São
Paulo.
Além dele, são autores da ação Luiz Felipe
Miranda Grubba, Mario Alberto Dal Zot e
Fernando Siqueira, da Associação dos
Engenheiros da Petrobrás.
Os petroleiros ressaltam que o contrato de
cessão onerosa foi criado para capitalizar a
Petrobrás e que não prevê a transferência de
participação em ativos a outras empresas.
Segundo o texto, também não há aval para a
licitação de blocos coincidentes com campos já
declarados comerciais sob o regime de cessão
onerosa.
O texto enviado à Justiça pelo escritório
Advocacia Garcez destaca o que classifica de
falhas na Lei 12.351 capazes de fazer com que a
rodada gere significativo dano ao patrimônio
público: a falta de um porcentual mínimo de
excedente em óleo a ser efetivamente destinado
à União; e a falta de um limite para recuperação
dos custos por parte dos contratados.
Os advogados Maximiliano Garcez e Rodrigo
Salgado afirmam que o leilão do excedente da
cessão onerosa sob o regime de partilha de
produção “trará dano irreparável ou de difícil
reparação ao patrimônio público, restando, ainda,
desatendidas as normas legais e constitucionais
que atualmente destinam-se a assegurar ao
Estado os direitos sobre os recursos naturais
objeto da presente ação, bem como, sua
exploração com as devidas garantias e
salvaguardas econômicas”.
A liminar pede a suspensão da rodada até o
julgamento do mérito da ação, cujo objetivo final
é a declaração de ilegalidade de resoluções do
Conselho Nacional de Política Energética que
definiram as regras da licitação, tornando nulo o
edital do megaleilão do pré-sal.
Outro ponto levantado é que o regime de
arrecadação seria prejudicado por renúncias
ficais de impostos federais como IRPJ e CSLL
que, nas contas dos autores, poderiam somar R$
223 bilhões na produção dos excedentes da
cessão onerosa. As perdas financeiras, segundo
os petroleiros, serão ainda maiores, já que “o
excedente em óleo para a União, que deveria ser
a principal fonte de receita do Fundo Social, será
irrisório, assim como as receitas para as áreas de
educação e saúde”.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
petroleiros-recorrem-a-justica-para-suspender-
licitacao,70003076137
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
56
Grupo de Comunicação
Natura é a primeira empresa de cosméticos
a obter patente verde
Coluna do Broadcast
A Natura se tornou a primeira empresa de
cosméticos brasileira a receber a Patente Verde
do Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(INPI), após desenvolver uma técnica que utiliza
resíduos da Amazônia como insumo produtivo.
De acordo com a companhia, a biomassa gerada
a partir da extração de óleo de oleaginosas como
murumuru, andiroba e castanha passa a ser
inserida em um novo produto, a ser lançado no
ano que vem. Antes, essa biomassa era utilizada
como adubo.
Verde, pra que te quero. A Patente Verde é um
programa do INPI que visa a acelerar a
examinação de pedidos de patente relacionados a
tecnologias voltadas para o meio ambiente. O
registro garante à Natura exclusividade no uso
comercial da inovação durante os primeiros
anos./ Flavia Alemi.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/natura-e-a-primeira-empresa-de-
cosmeticos-a-obter-patente-verde/
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
57
Grupo de Comunicação
Depois que esse fungo transforma formigas
em zumbis, seus corpos explodem
O fungo, chamado Ophiocordyceps, se alimenta
da formiga e se multiplica em novas células no
interior dela. Mas a formiga continua viva,
buscando alimento para levar ao seu ninho
Carl Zimmer, The New York Times
No mês passado, uma equipe de pesquisadores
divulgou uma nova e importante descoberta
sobre a origem dos zumbis - nesse caso,
formigas que um fungo transforma em zumbis.
Às vezes, uma formiga que está cuidando da vida
fora do formigueiro, pisa no esporo de um fungo.
Ele adere ao corpo da vítima e introduz uma
célula fúngica no seu interior.
O fungo, chamado Ophiocordyceps, se alimenta
da formiga e se multiplica em novas células no
interior dela. Mas a formiga continua viva,
buscando alimento para levar ao seu ninho.
Enquanto isso, o fungo vai se desenvolvendo até
ocupar cerca de 50% da massa corporal da
formiga.
Quando o Ophiocordyceps acaba de alimentar-se
de sua hospedeira, as células fúngicas se unem
no corpo da formiga. Elas criam uma espécie de
tapete e expelem projeções como agulhas nas
células dos músculos da formiga. As células
fúngicas enviam sinais ao cérebro da formiga,
fazendo a hospedeira sair do ninho e subir em
uma árvore próxima.
Nos trópicos, onde vivem muitas espécies de
Ophiocordyceps, o fungo dirige a formiga para
cima, até uma folha acima do solo. A formiga
morde, suas mandíbulas se travam e ela morre.
O fungo expele filamentos viscosos que colam o
corpo à folha, e da cabeça da formiga explode
então um pedúnculo gigante, que espalha
esporos nas trilhas das formigas embaixo dela.
“As formigas se movem em um campo minado”,
disse David Hughes, especialista da Universidade
Estadual da Pensilvânia. Alguns naturalistas
publicaram os primeiros relatos sobre os
Ophiocordyceps há mais de um século. Mas foi
somente nos últimos anos que os pesquisadores
investigaram como estes fungos se dedicam a
criar formigas zumbi.
Em 2010, Hughes e seus colegas identificaram
um fóssil de 48 milhões de anos de uma formiga
zumbi mortalmente presa a uma folha. O fóssil
demonstrou que os fungos zumbificadores
existem há muito tempo. Mas isto não deu
nenhuma indicação de como o fungo evoluiu
desde os seus ancestrais comuns.
Um broto de Ophiocoryceps cresce da cabeça de uma formiga carpinteira na Amazônia brasileira. Foto: João Araújo
Em 2013, um dos alunos de pós-graduação de
Hughes, João Araújo, começou a fazer o
sequenciamento do DNA dos fungos em coleções
científicas. Também realizou expedições por
conta própria, durante as quais virava as folhas
em busca de formiga zumbis. Quando eram de
espécies que nunca havia visto antes, ele as
fotografava e as levava para casa.
Hoje, sabemos que existem pelo menos 28
espécies destes fungos e não apenas uma. Cada
uma delas zumbifica uma espécie diferente de
formiga ou ataca outros insetos. As espécies
pertencem a um grupo muito mais amplo de
fungos. Muitos dos seus parentes se alimentam
de plantas mortas, e alguns infectam insetos -
principalmente um grupo chamado hemipterans,
que inclui afídios e cigarras.
Araújo, atualmente pesquisador da Universidade
das Ryukyus no Japão, analisou o DNA de mais
de 600 destas espécies da mesma família.
Comparando as sequências genéticas, ele pôde
traçar uma árvore genealógica fúngica. A árvore
revelou que todas as espécies de Ophiocordyceps
descendem de um ancestral comum. Mas este
ancestral não infectou um hemipteran. Ao
contrário, concluíram os cientistas, ele começou
infestando larvas de besouros.
Data: 05/11/2019
58
Grupo de Comunicação
Os besouros infectados pelos fungos vivem em
troncos apodrecidos. Quando os seus ovos
eclodem, as larvas se espalham no interior do
tronco, roendo a madeira. Se uma larva entra em
contato com um esporo, ele invade o corpo do
inseto e se alimenta dos seus músculos. O
besouro morre sem tornar-se um zumbi.
O fungo produz o seu pedúnculo e espalha
esporos ao redor do corpo morto. Outras larvas
que penetram no interior do tronco também são
infectadas. Araújo e Hughes levantaram a
hipótese de que, há milhões de anos, os fungos
às vezes eram apanhados por formigas que
também viviam nos troncos. Nas formigas, suas
novas hospedeiras, os fungos já tinham a
capacidade de se alimentar dos músculos,
produziam pedúnculos e se espalhavam.
A passagem dos fungos para as formigas
desencadeou uma revolução evolutiva. Assim que
os Ophiocordyceps evoluíram para viver em uma
espécie de formiga, espalharam-se para outras
espécies. É possível que alguns fungos que
pertenciam a esta linhagem primitiva até hoje.
Os dois especialistas suspeitam que existam
centenas de outras espécies de Ophiocordyceps a
serem descobertas. “Toda vez que vou para a
mesma reserva, ainda descubro novas espécies”,
disse Araújo. “Acho que a descrição de novas
espécies será uma tarefa sem fim ao longo de
gerações”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,fungo-formiga-zumbi,70003074680
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
59
Grupo de Comunicação
Sonia Racy: Direto da Fonte
Comissão de Ética avalia pedido de desculpas do
03
O pedido de desculpas de Eduardo Bolsonaro –
que defendeu o AI-5 – “deve ser considerado”,
ponderou à coluna o presidente do Conselho de
Ética da Câmara, Juscelino Filho. O deputado,
que é do DEM do Maranhão, diz que “não se dá
por satisfeito” mas admite que “há um
reconhecimento do erro cometido”. E esclarece
que, para não haver queixas, “seguirá
rigorosamente” o Código de Ética da Casa.
O pedido de cassação do deputado do PSL, feito
pelo líder Alessandro Molon e pela Rede
Sustentabilidade, não chegou ainda à mesa do
Conselho. Mas é sabido que a maioria, por lá, é
favorável ao filho do presidente.
Precedentes na Câmara
jogam a favor do 03
Os precedentes contam a favor de Eduardo. Nos
últimos 17 anos, apenas sete parlamentares
foram cassados – com destaque para Eduardo
Cunha e José Dirceu. No entanto, só neste ano
houve 10 pedidos de cassação.
Isso ajuda ou atrapalha? “Aí depende do relator.
Eu só voto em caso de empate”, esquiva-se
Juscelino. Em resumo, o caso pode ficar só na
pena leve: censura, verbal ou escrita ou
suspensão de prerrogativas regimentais – como
por exemplo integrar comissões e relatar
projetos.
Guerra de palavras no
acordo UE-Mercosul
O que era uma batalha comercial entre Mercosul
e União Europeia está virando, literalmente, uma
guerra de palavras. Na negociação do acordo
entre os dois lados, o nome gorgonzola, por
exemplo, poderá ser usado nos produtos
brasileiros, mas não nos de Argentina, Paraguai e
Uruguai. Quanto a champagne, vai sair de cena a
expressão “método champenoise”, para
identificar o espumante.
Esses e outros termos estão na agenda do
seminário de propriedade intelectual que CNI e
INPI organizam hoje, em SP, em parceria com a
Organização Mundial de Propriedade Intelectual.
TCU vê falta de inclusão
digital na Amazônia
Levantamento do TCU aponta que o Programa
Amazônia Conectada, destinado à inclusão digital
no Amazonas, está muito longe de atingir suas
metas, entre as quais reduzir as desigualdades.
Criado em 2015 por iniciativa do Exército, ele
previa cobrir 7,8 mil quilômetros de cabos de
fibra óptica em 52 cidades e atender 3,8 milhões
de pessoas. No momento, só tem 850
quilômetros e interliga seis cidades.
Devagar, obras avançam
no Parque Augusta
Preparações para o início das obras do Parque
Augusta já estão acontecendo no terreno. Além
da demolição de áreas não tombadas, parte do
solo está passando por uma descontaminação. A
terra, que abrigava um estacionamento de carros
e era próxima a um posto de gasolina, será
trocada.
Parque Augusta 2
A demolição do muro que divide a rua Augusta e
o parque ainda é um impasse entre Secretaria do
Verde e o movimento Parque Augusta. Na opinião
do coletivo, o muro filtra a poluição e o barulho
da rua e não deve ser derrubado. O início oficial
das obras está marcado para janeiro.
Incentivo
O curso de Maquiagem do Fundo Social de São
Paulo tem sua primeira formanda. Janaína (nome
fictício), que cumpre medida socioeducativa na
Fundação Casa, fez o curso via convênio das
Data: 05/11/2019
60
Grupo de Comunicação
duas entidades e parte, agora, para um novo
curso.
Octogenária
A Sinfônica Brasileira, que completa 80 anos em
2020, prepara um livro sobre sua existência, com
fotos históricas e um apanhado de apresentações
marcantes, para lançar em 2020.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-
fonte/comissao-de-etica-avalia-pedido-de-
desculpas-do-03/
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
61
Grupo de Comunicação
A sociedade do espetáculo III: mancha
energética
Marco Delgado*
No primeiro artigo da série “a sociedade do
espetáculo no setor elétrico” recordei a inspiração
do cineasta Guy DeBoard – em seus ensaios
sobre a manipulação da formação das opiniões
da sociedade – que asseverou: uma mentira que
não for desmentida, torna-se loucura. Naquela
ocasião, destacamos que as políticas de
incentivos às fontes renováveis no Brasil,
inclusive para a geração distribuída, lograram
êxito e foram bem-sucedidas. Vimos nos últimos
7 anos que os ganhos de escala, de tecnologia e
de competitividade reduziram os custos das
placas fotovoltaicas e demais equipamentos em
mais de 75%.
Por isso, a modernização dessas políticas não irá
interromper ou inviabilizar novos
empreendimentos. Pelo contrário, oferecerá um
caminho duradouro e sadio para o crescimento
sustentável. Não reconhecer isso é uma loucura!
Em sociedade do espetáculo II: eclipse
energético trouxemos o sociólogo Jean
Baudrillard para clarear as reflexões sobre os
efeitos colaterais negativos das políticas públicas
e tirar das sombras os subsídios tarifários que
beneficiam alguns em detrimentos dos demais
consumidores de energia elétrica. Caso as regras
aplicadas para a geração distribuída não sejam
aprimoradas, até o final de 2021, esse subsídio
será da ordem R$ 2,5 bilhões anuais dado a
pouco mais de 600 mil beneficiados. Para se ter
ideia, será maior do que o desconto dado na
Tarifa Social aos consumidores de Baixa Renda
que são mais de 9 milhões em todo o Brasil, e
que efetivamente precisam de subsídios.
Naquele episódio, destaquei, também, que as
distribuidoras de energia elétrica contrataram,
via leilões públicos, energia limpa, renovável das
fontes solares e eólicas para todos os
consumidores com preços até 80% mais baixos
do que adquirirem a energia excedente da
geração distribuída particular. Esse sobrecusto,
conforme a regra atual, acaba onerando, ao final,
as tarifas dos demais consumidores.
Aliás, nas últimas semanas, estudos consistentes
publicados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica e pelo Ministério da Economia ratificaram
as teses anteriores, ou seja, a de que os
subsídios já cumpriram sua missão e que as
fontes renováveis e, inclusive, geração
distribuída já são viáveis economicamente.
Entretanto, aquelas instituições alertam com seus
dados: se nada for alterado os subsídios poderão
ocasionar aumentos acima de 20% nas tarifas
dos demais consumidores até a próxima década.
Essa é uma externalidade negativa que não deve
ficar às sombras do bom e sincero debate.
Apesar de todas essas boas notícias sobre a
maturidade econômica das fontes renováveis e
da geração distribuída, bem como do
reconhecimento quantitativo dos efeitos
colaterais perniciosos da atual política de
subsídios, verifica-se um movimento articulado
nas redes sociais que recentemente chegou ao
Congresso Nacional como uma nuvem escura de
desinformações que troveja falácias para insuflar
pessoas de boa-fé.
Desde então, vozes roucas, sem face, começam
a entoar que os oponentes de um salutar debate
devem ser vistos e trados como inimigos e que,
por isso, devem ser “limpados” das instâncias
decisórias. Os argumentos de contraponto,
essenciais em toda discussão produtiva, perdem
espaço para o recrudescimento de ameaças,
inclusive pessoais.
De fato, há um risco iminente de que as
próximas audiências públicas sobre o
aprimoramento das regras deixem de ser um
ambiente de exposição de ideias e de propostas
para se tornarem um ringue, quiçá uma rinha,
onde tudo valerá para manter a regra de
subsídios atuais, preferencialmente às sombras
da sociedade.
Alguns alegam que isso foi um movimento
“orgânico” na defesa de interesses individuais
legítimos. Se essa espontaneidade é verdade,
igualmente é fundamental que os representantes
dos instaladores e empreendedores de geração
distribuída moderem seus adjetivos aos
oponentes, respeitem as instituições decisórias e
principalmente, arrefeçam os ânimos
recrudescidos dos seus núcleos aguerridos.
Uma eventual negligência nesse momento
presente não ficará omissa na história. Será,
conforme possíveis consequências, interpretada
como um ato de cumplicidade com a desordem,
Data: 05/11/2019
62
Grupo de Comunicação
com a turba que poderá resultar num “fato
social” em sua face mais sombria, conforme
definiu Émile Durkheim nos fundamentos da
sociologia.
De fato, após esses anos, era para
comemorarmos o sucesso de uma política de
incentivos bem-sucedida. Ao invés disso,
estamos assistindo uma luta a qualquer preço, ao
arrepio da ética, para manter o status quo com
uso das velhas práticas, numa nítida contradição
de quem alega ser portador do futuro.
Meus sinceros votos, neste contexto, são para
que as “manchas solares” fiquem aonde devem
ficar, ou seja, longe da superfície terrena e do
debate racional e que a geração distribuída possa
continuar a se desenvolver de forma sadia, sem
o vício da dependência de subsídios que oneram
os demais consumidores, a benefício da
sociedade.
A boa nova deve chegar a todos, como a luz do
sol!
*Marco Delgado é diretor da Associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica
(ABRADEE)
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/a-sociedade-do-espetaculo-iii-mancha-
energetica/
LEIA TAMBÉM
A sociedade do espetáculo II: eclipse energético
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/a-sociedade-do-espetaculo-ii-eclipse-
energetico/
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
63
Grupo de Comunicação
Seca prolongada faz Sorocaba adotar
racionamento de água
Interrupção no abastecimento ocorrerá das 17h
às 6h, em sistema de rodízio; cidade não registra
chuva significativa há 132 dias
José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
SOROCABA - A partir desta quarta-feira, 6, os
671 mil moradores de Sorocaba, no interior de
São Paulo, passam a conviver com o
racionamento de água. A interrupção diária no
abastecimento começa às 17 horas e vai até as 6
horas do dia seguinte, em sistema de rodízio.
Conforme a prefeitura, a cidade não registra
chuva consistente há 132 dias e os mananciais
de abastecimento estão com nível muito baixo -
um deles, o do Ribeirão Ipaneminha, já está
esgotado.
Conforme o diretor do Serviço Autônomo de Água
e Esgotos (Saae), Mauri Pongitor, de maio a
outubro deste ano, choveu apenas 66% da média
histórica. Em agosto, houve apenas 3,7
milímetros de chuva, um décimo do esperado. A
estiagem voltou a se agravar em outubro,
quando choveu 12,2 mm, enquanto a média
histórica do mês é de 100,6 mm.
A represa do Ribeirão Ipaneminha, um dos sistemas que abastecem Sorocaba, no interior de São Paulo, está com a capacidade esgotada. Foto: Prefeitura de Sorocaba
O calor intenso, segundo ele, agravou a situação.
"Houve uma explosão no consumo, que subiu
25% e causou esse desequilíbrio no sistema,
provocando situações de desabastecimento
principalmente nas zonas mais altas da cidade",
disse.
As interrupções no abastecimento vão acontecer
em ciclos de quatro dias, atingindo 150 bairros
de cada vez. Conforme o calendário, uma região
que fica sem água durante 13 horas só volta a
ficar com as torneiras secas quatro dias depois.
"É um momento difícil e não seria justo que
apenas as partes altas da cidade padecessem
com o desabastecimento com maior frequência. É
menos pior ficar apenas um período sem água,
do que viver a incerteza diária do
desabastecimento", disse a prefeita Jaqueline
Coutinho (PDT).
Outras cidades
Outras cidades do interior já convivem com o
racionamento devido à estiagem e queda no nível
dos mananciais. Em Uchoa, o corte no
abastecimento teve início há duas semanas. Os
moradores ficam sem água de segunda a sexta-
feira, das 13 horas às 17 horas.
Já a população de Américo Brasiliense fica sem
água em dois períodos diários, das 14 horas às
17 horas e das 23 horas às 4 horas.
Em Tambaú, a prefeitura baixou decreto
restringindo o uso de água do abastecimento
público para lavar carros, quintais e calçadas.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,seca-
prolongada-faz-sorocaba-adotar-racionamento-
de-agua,70003076433
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
64
Grupo de Comunicação
Bombeiros controlam fogo no Pico do
Jaraguá; em 4 dias, Grande SP tem 1.032
focos de incêndio
Como as chamas atingiram uma área de difícil
acesso a pedestres, as equipes contaram ainda
com a ajuda de um helicóptero da Polícia Militar
Marcela Coelho e Brenda Zacharias, Especiais
para o Estado
SÃO PAULO - O Corpo de Bombeiros controlou na
noite desta segunda-feira, 4, um incêndio no
Parque Estadual do Jaraguá, zona norte
paulistana, que atingia a região desde a manhã.
O fogo atingiu a área próxima ao Pico do
Jaraguá. Com o tempo seco, a corporação
recebeu 1.032 chamados para apagar focos de
chamas na Grande São Paulo desde a sexta, 1º.
No início da tarde, a Defesa Civil Municipal
decretou estado de atenção por causa da baixa
umidade na capital, exceto em dois distritos da
zona sul (Capela do Socorro e Parelheiros).
Segundo os bombeiros, nem a corporação nem a
administração do parque calcularam a área
atingida pelo fogo. Como as chamas atingiram
uma área de difícil acesso a pedestres, as
equipes contaram ainda com a ajuda de um
helicóptero da Polícia Militar. Não houve registro
de vítimas.
O estado de atenção é decretado quando o índice
de umidade fica entre 21% e 30%. Segundo o
Centro de Gerenciamento de Emergências
Climáticas (CGE) da Prefeitura, a temperatura
máxima nesta segunda foi de 35,2° e os
menores índices de umidade ficaram abaixo de
30%, chegando a 26% na Freguesia do Ó às
14h30. No sábado, também houve ainda um
incêndio no Parque do Carmo, na zona leste.
“A baixa umidade e o longo período de poucas
chuvas favorecem muito a proliferação dessas
queimadas, espontâneas ou não”, diz Thomaz
Garcia, meteorologista do CGE. A falta de chuvas
regulares desde meados de julho, acrescenta, faz
com que o ar esteja mais carregado de poluição.
O tempo seco também pode levar a problemas
de saúde, como tosse seca, irritação nos olhos e
na garganta e o agravamento de doenças
crônicas, como asma.
Os Bombeiros não informaram a média de
incêndios no mesmo período do ano passado. Já
a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio
Ambiente diz que, entre janeiro e outubro, as
áreas de preservação ambiental tiveram queda
de 28% nos focos e de 35% no número de
hectares queimados.
Segundo a pasta, os meses de agosto e setembro
registraram mais focos de incêndio, com queda
em outubro. Ainda conforme o governo estadual,
houve reforço da Operação Corta-Fogo com
quatro drones, 89 viaturas e treinamentos para
as equipes.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,bombeiros-
controlam-fogo-no-pico-do-jaragua-em-4-dias-
grande-sp-tem-1032-focos-de-
incendio,70003076129
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
65
Grupo de Comunicação
Emissões de gases de efeito estufa do Brasil
ficam estáveis em 2018
Apesar de o desmatamento da Amazônia ter
subido, o que colabora com o aumento das
emissões em uso da terra, houve redução na
área de energia
Giovana Girardi
As emissões de gases de efeito estufa no Brasil
ficaram praticamente estáveis no ano passado,
com flutuação de apenas 0,3% em relação a
2017. Apesar de ter ocorrido um aumento no
desmatamento da Amazônia, que colaborou para
a liberação de mais gás carbônico (CO2) no setor
de uso do solo, houve queda nas emissões
provenientes de energia, equilibrando a conta.
É o que aponta o mais recente relatório do
Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de
Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima. O
cálculo anual, feito por cientistas de diversas
instituições, é independente das contas oficiais
do governo, mas considera a mesma
metodologia.
Em 2018 as emissões brutas, de acordo com o
levantamento, foram de 1,939 bilhão de
toneladas de CO2, ante 1,932 bilhão em 2017. O
aumento da concentração de gases de efeito
estufa na atmosfera é o que está promovendo o
aquecimento global e as mudanças climáticas.
Aumento do uso do etanol colaborou com a
redução das emissões do setor de energia em
5% em 2018. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão
O ano foi marcado por altas de um lado, mas
reduções por outro. As emissões resultantes do
aumento de 8,5% no desmatamento da
Amazônia observado entre agosto de 2017 e
julho de 2018 – na comparação com os 12 meses
anteriores – foram em parte compensadas pela
redução de cerca de 10% na destruição do
Cerrado, o que fez as emissões por mudança de
uso da terra crescerem somente 3,6%. O setor,
porém, continua respondendo pela maior parte
das nossas emissões – 44%.
Já em energia, o aumento de 13% no uso de
etanol no Brasil – combustível mais limpo, que
zera suas emissões quando a cana-de-açúcar
cresce e consome CO2 da atmosfera –, acabou
resultando numa queda de 5% nas emissões do
setor.
Também contribuiu para essa redução um
aumento na presença de fontes renováveis,
especialmente eólica, na geração de eletricidade.
O ano teve mais chuvas, o que também
favoreceu as hidrelétricas, de modo que o
governo não teve de acionar muito as
termelétricas.
Houve também uma leve queda nas emissões
provenientes da agropecuária, de 0,7%,
promovida pela diminuição do rebanho nacional
que, segundo o IBGE, se deve ao aumento do
abate de matrizes, em função do alto preço da
carne no mercado internacional. O setor
representa a segunda maior fatia das emissões
brasileiras – 25%.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-
do-brasil-ficam-estaveis-em-2018/
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
66
Grupo de Comunicação
Em meio à crise do óleo, gestão Bolsonaro
retira diretriz de proteção para manguezal
Trecho que previa combate ao cultivo de
camarão no bioma saiu de documento; mudança
atende a pedido de secretário da Pesca, que
recomendou consumo de frutos do mar do
Nordeste semana passada
Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - No momento crítico vivido pelos
manguezais, em meio ao derramamento de óleo
no Nordeste, o governo federal fez uma alteração
em um plano de proteção desses ecossistemas, o
que pode fazer com que essas áreas fiquem
ainda mais fragilizadas.
À revelia de pareceres contrários de seu corpo
técnico, o presidente do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente,
publicou no último dia 30 uma alteração no Plano
de Ação Nacional (PAN) para os manguezais. Foi
revogado um item que previa ações para a
erradicação de carcinicultura (criação de camarão
em cativeiro) e a recuperação dos sistemas já
afetados por estas práticas.
Voluntário recolhe óleo de manguezal na Bahia Foto: Lucas Landau/Estadão
A mudança foi feita após pedido do secretário da
Pesca, Jorge Seif Júnior – o mesmo que afirmou
na última quinta-feira que os peixes são
inteligentes e fogem quando veem óleo e, por
isso, não haveria problema em comer pescado
das regiões atingidas no Nordeste. A secretaria é
ligada ao Ministério da Agricultura.
Segundo o ICMBio, os PANs são instrumentos de
políticas públicas que identificam e orientam
ações prioritárias para combater ameaças a
populações de espécies e ambientes naturais.
Existem PANs para mais de 60% das espécies
brasileiras ameaçadas de extinção. O documento
para os manguezais foi o primeiro a contemplar
todo um ecossistema.
Cada PAN conta com um grupo de
assessoramento técnico (GAT), mas todos foram
extintos no começo deste ano, quando o
presidente Jair Bolsonaro decretou um ‘revogaço’
de todos os comitês do governo. Por isso, todos
precisaram ser reeditados para o
restabelecimento dos seus colegiados.
Criado em janeiro de 2015, o PAN Manguezal
tinha vigência até janeiro de 2020. Ele foi
republicado por meio de portaria do ICMBio em
10 de setembro nos mesmos termos da versão
original. Logo na sequência, conforme apurou o
Estado, Seif Júnior entrou em contato com o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
pedindo a revogação do objetivo 9 do PAN –
justamente o que estabelecia ações contra a
carcinicultura. No dia 16, ele enviou um ofício
formal ao presidente do ICMBio, Homero de
Giorge Cerqueira, alegando que o item contraria
o Código Florestal.
A lei, reformulada em 2012, considera
manguezais como áreas de preservação
permanente, mas permite cultivos no chamado
apicum, trecho mais seco e sem árvores dos
manguezais. O Estado teve acesso à
documentação do processo interno dentro do
ICMBio. Houve várias manifestações técnicas das
coordenações responsáveis dentro do instituto a
favor do objetivo 9 e até mesmo um parecer
jurídico da Procuradoria Federal especializada,
reiterando a legalidade do instrumento e do
objetivo.
Uma equipe de analistas de Santa Catarina, por
exemplo, rejeitou a proposta, por considerar que
o “PAN não é um instrumento vinculante e que o
parágrafo 9 (...) não impede a atividade de
carcinicultura, mas busca de fato contribuir para
que os impactos negativos apontados pela
literatura científica sejam minimizados por ações
que fortaleçam a resiliência socioecológica do
ecossistema manguezal e garantam a
manutenção do modo de vida das populações
tradicionais que dependem dos recursos naturais
nessas áreas”.
Data: 05/11/2019
67
Grupo de Comunicação
Outro grupo de analistas pontuou que “os PANs
são ferramentas que têm o papel de mobilizar
esforços em prol da conservação das espécies
ameaçadas e seus ambientes”. Eles lembram
ainda que o alcance da ferramenta é limitado e
“sua abrangência legal não permite que esta se
sobreponha a outros instrumentos ou processos
legalmente estabelecidos”.
No entendimento do procurador Vinícius Vieira de
Souza, os PANs “são documentos de
monitoramento ambiental e proposição de
medidas protetivas, voltados para a salvaguarda
de espécies ameaçadas. Suas conclusões são de
cunho técnico e devem contemplar sugestões de
medidas a serem adotadas pelo poder público e
pela coletividade para o aprimoramento da
proteção ambiental. Não há vedação, assim, a
que as propostas incluam, inclusive, propostas de
alterações legislativas, não tendo elas,
entretanto, por si só, força normativa”.
Apesar das manifestações contrárias, Cerqueira
publicou, no último dia 30, nova edição do PAN
Manguezal, desta vez sem o objetivo 9,
atendendo ao pedido de Seif Júnior. O ICMBio, o
Ministério do Meio Ambiente, ao qual o órgão é
vinculado, e o Ministério da Agricultura foram
procurados pela reportagem, mas não se
manifestaram até a publicação deste texto.
Especialistas dizem que mudança traz riscos ao
bioma
A carcinicultura, explica a oceanógrafa Yara
Schaeffer-Novelli, professora sênior da USP, é
danosa para o sensível ambiente dos
manguezais, que servem de berçário para
diversas espécies, além de serem fonte
econômica para comunidades de pescadores e
marisqueiras. Yara fez parte do GAT até o
começo deste ano, quando ele foi extinto. Ela
fazia justamente um estudo sobre impacto da
carcinicultura nos manguezais. “A exclusão desse
item acaba fazendo com que esses resultados
sejam jogados para debaixo do tapete."
Segundo Yara, um dos problemas é que os
manguezais são ecossistemas de usos múltiplos.
“A carcinicultura acaba tirando isso. Além disso,
é introduzida uma espécie exótica naquele
ambiente e os despejos da água dos tanques,
com alimentação dos camarões, com antibióticos
vão parar no estuário”, explica.
Ela lembra ainda que a maior parte dessas
fazendas de camarão está justamente no Rio
Grande do Norte e no Ceará, alguns dos Estados
afetados pelas manchas de óleo. Pondera
também que, apesar da permissão do Código
Florestal, boa parte do cultivo é ilegal e escapa
dos apicuns, atingindo outras áreas dos
manguezais.
Ex-presidente do Ibama na gestão Michel Temer
(2016-2018), Suely Araújo explica que os PANs
acabam servindo também para nortear os
processos de licenciamento ambiental. É uma
ferramenta usada na gestão ambiental de
empreendimentos no País.
“Esses planos são usados no licenciamento
quando o órgão licenciador exige do
empreendedor programas para mitigar os
impactos do empreendimento ou atividade em
espécies ameaçadas da flora ou da fauna,
conforme determina instrução normativa do
Ministério do Meio Ambiente.” Por causa disso,
diz ela, “decisões que reduzam a proteção
explícita dos manguezais e outras áreas de
grande importância ambiental merecem, no
mínimo, questionamento”.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,em-meio-a-crise-do-oleo-gestao-bolsonaro-
retira-diretriz-de-protecao-para-
manguezal,70003076184
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
68
Grupo de Comunicação
Pantanal tem maior número de incêndios
para outubro em 17 anos
Neste ano, houve 8.875 queimadas no bioma,
ante 1.514 relatos no mesmo período do ano
passado
Fabiana Cambricoli, Giovana Girardi e José Maria
Tomazela, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO E SOROCABA - O Pantanal registrou
em outubro de 2019 o maior número de
queimadas dos últimos 17 anos para esse mês do
ano, segundo dados compilados pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De
acordo com o balanço do órgão, foram 2.430
focos de incêndio registrados no mês passado no
bioma.
O número é 1.925% maior do que o verificado
em outubro do ano passado, quando o Pantanal
havia sido atingido por 120 queimadas. O
recorde anterior ao deste ano havia ocorrido em
outubro de 2002, quando 2.761 focos foram
registrados no bioma.
Animais são vítimas de incêndio que atinge o Pantanal no Mato Grosso do Sul Foto: Chico Ribeiro/Governo do MS
As queimadas de setembro deste ano já tinham
sido 267% maiores do que as de setembro de
2018 e foram devastadoras para o bioma. E
agosto, com 1.690 focos, tinha superado em
514% o mesmo mês do ano passado. Os dados
são do Programa Queimadas, do Inpe. Em
setembro, reservas ecológicas foram queimadas,
ameaçando programas de conservação da arara-
azul.
O incêndio de grandes proporções que vem
atingindo o Pantanal nos últimos dias já destruiu
128 mil hectares de vegetação, segundo
estimativa do Inpe. Para efeito de comparação, a
cidade de São Paulo tem área de 152 mil
hectares.
Segundo Alberto Setzer, pesquisador do Inpe e
membro do Programa Queimadas, a seca
registrada neste ano tem tornado o cenário mais
dramático e dificultado o controle das chamas.
“São praticamente três meses seguidos com
chuvas abaixo da média”, explica o especialista.
De 1.º de janeiro até o último domingo, dia 3,
foram relatados no Pantanal, bioma que se
estende por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
8.875 focos de incêndio. O mesmo período do
ano passado teve somente 1.514 focos –
aumento de 486%. É o mais alto número de
queimadas desde 2007 para o período, quando
houve 9.664 focos.
Combate
A falta de chuvas e o calor intenso dificultam o
combate aos incêndios que atingem a porção do
Pantanal no Mato Grosso do Sul. As chamas
avançam para a região do Forte Coimbra, entre
Corumbá e Porto Murtinho, e atingem as bordas
do Parque Estadual do Rio Negro, na região
central do bioma.
Conforme o governo estadual, o Corpo de
Bombeiros foi obrigado a remanejar parte do
grupamento e aeronaves para combater grandes
incêndios que surgiram, durante o dia, no Parque
Estadual Várzeas do Ivinhema, no extremo sul da
Bacia do Rio Paraná.
Conforme o secretário estadual do Meio
Ambiente, Jaime Verruck, a situação é
preocupante. “As previsões meteorológicas
indicam que será uma semana crítica para os
combates às chamas, por causa da ausência de
chuvas e das altas temperaturas”, disse.
Verruck observou que o Estado sofre uma de
suas maiores estiagens, afetando todo o
ecossistema. “O Rio Paraguai apresenta um dos
menores níveis dos últimos 20 anos e as várzeas
e lagoas estão secas, oferecendo material de fácil
combustão. Estamos tendo atenção redobrada,
não só para evitar mais prejuízos à
biodiversidade, mas para que não ocorram
perdas de vidas.” A pasta ainda não tem um
levantamento da fauna atingida, mas já se sabe
que muitos animais silvestres e até bois
morreram nas queimadas.
Data: 05/11/2019
69
Grupo de Comunicação
Efetivo
A força-tarefa de combate a incêndios conta com
120 homens, três aviões Air-Tractor com lança-
água e três helicópteros. O Corpo de Bombeiros
do Distrito Federal enviará hoje mais 27 homens
para o combate aos incêndios registrados na área
do Pantanal.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,pantanal-tem-maior-numero-de-incendios-
para-outubro-em-17-anos,70003076144
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
70
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Pré-sal atrai estrangeiras, mas Petrobras
será destaque
Petrobras desponta como a grande protagonista
das duas licitações, que somam R$ 114 bilhões
em potencial de arrecadação
O governo Jair Bolsonaro se prepara para
concretizar, a partir de amanhã, o principal
trunfo para a meta fiscal de 2019. Em dois dias
seguidos, a Agência Nacional do Petróleo (ANP)
realizará duas licitações de áreas no pré-sal,
inclusive o megaleilão dos excedentes da cessão
onerosa, que promete ser o maior da indústria
brasileira de óleo e gás.
Com interesse declarado em adquirir cinco dos
nove ativos colocados à venda na rodada dos
excedentes e na 6ª rodada de partilha, a
Petrobras desponta como a grande protagonista
das duas licitações, que somam R$ 114 bilhões
em potencial de arrecadação. Na semana
passada, seu presidente, Roberto Castello
Branco, disse que a empresa “vai entrar para
ganhar” as áreas de Búzios e Itapu. A estatal
está disposta a investir no leilão mais que os R$
34 bilhões que receberá da União pelo contrato
da cessão onerosa.
Analistas do setor apostam que também haverá
interesse estrangeiro. A consultoria Wood
Mackenzie destaca, por exemplo, que empresas
estatais asiáticas estão procurando repor suas
reservas de petróleo e que são candidatas a
entrar como minoritárias em consórcios. Mas não
se deve esperar ágios muito elevados, porque os
valores já são altos.
https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1
1/05/pre-sal-atrai-estrangeiras-mas-petrobras-
sera-destaque.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
71
Grupo de Comunicação
Petrobras desponta como protagonista de
leilões do pré-sal
O governo Bolsonaro se prepara para concretizar,
a partir de amanhã, o principal trunfo de sua
meta fiscal para 2019 e um pilar importante do
pacto federativo. Por dois dias seguidos, a
Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizará dois
leilões de áreas do pré-sal, dentre os quais o
aguardado megaleilão dos excedentes da cessão
onerosa, há três anos em gestação e que
promete ser o maior da história da indústria
brasileira de óleo e gás. Tendo manifestado
interesse por dois ativos colocados à venda no
leilão dos excedentes e por três na 6ª Rodada da
Partilha, a Petrobras desponta como protagonista
das duas licitações, que somam R$ 114 bilhões
em potencial de arrecadação.
Na última semana, o presidente da Petrobras,
Roberto Castello Branco, disse que a empresa
“vai entrar para ganhar” as áreas de Búzios e
Itapu, na rodada dos excedentes. A estatal
sinalizou ainda que está disposta a investir no
leilão mais do que os R$ 34 bilhões que receberá
da União pela renegociação do contrato da
cessão onerosa. Esses recursos dão espaço para
que a empresa reforce sua presença no pré-sal e
aumente a sua fatia nos ativos colocados à
venda. Se a Petrobras entrar com a fatia mínima
de 30% nas áreas pelas quais manifestou
interesse previamente nos dois leilões, ela terá
de desembolsar R$ 22,8 bilhões.
O discurso agressivo da estatal contrasta com a
discrição das concorrentes. Duas das maiores
petroleiras do mundo - francesa Total e britânica
BP - já declinaram da licitação. A desistência das
duas companhias acentuou o receio do governo
sobre a possibilidade de que alguns blocos do
leilão de amanhã não recebam propostas. Em
Brasília, um cenário sem lances para os campos
de Sépia e Atapu já é tratado como factível.
O sócio da área de energias e recursos naturais
da KPMG, Anderson Dutra, porém, acredita que
todas as áreas do leilão de excedentes serão
negociadas. Para ele, pelo conhecimento
adquirido nas áreas que serão leiloadas, a
Petrobras é favorita aos ativos que disputar e
que, quem entrar como sócio dela na licitação,
terá um diferencial competitivo. Ele cita a
americana ExxonMobil, as europeias Shell e
Equinor e as asiáticas Qatar Petroleum (QPI),
CNODC e Petronas como potenciais candidatas a
participarem do leilão.
A Wood Mackenzie vê as estatais asiáticas, que
buscam repor reservas, como candidatas a
entrarem como sócias minoritárias no leilão. O
chefe de pesquisa na área de exploração e
produção da consultoria na América Latina,
Marcelo de Assis, acredita que Shell e Petrogal
possam comprar Atapu. Ambas são sócias da
Petrobras no campo de Oeste de Atapu, cujas
reservas se conectam com o ativo a ser leiloado
e que passará por unitização (individualização da
produção) com a área ofertada na rodada.
Ali Hage, sócio da área de óleo e gás do Veirano
Advogados, também acredita no sucesso da
licitação. “Esse leilão tem uma característica
única. É diferente de qualquer outro e
provavelmente não vai se repetir em nenhuma
situação. Estamos falando de leilão de reservas,
de áreas onde já há descobertas, com volumes
garantidos.”
Diante desse potencial, a ANP prevê que o
megaleilão destrave investimentos de R$ 420
bilhões. No campo fiscal, o aumento de produção
decorrente da licitação pode gerar, em 35 anos,
R$ 1,95 trilhão em receitas à União, Estados e
municípios.
Mas também há quem veja prejuízos com o
certame. Estudo assinado pelos ex-diretores da
Petrobras, nas gestões do governo PT, Guilherme
Estrella e Ildo Sauer, indica que o país poderá
perder, com o leilão, cerca de US$ 300 bilhões ao
longo de 30 anos, num cenário de preços do
petróleo de US$ 60 por barril. Eles alegam que,
se a União contratasse a Petrobras, teria controle
sobre o ritmo de produção das áreas da cessão
onerosa, acelerando ou reduzindo a extração,
dependendo da variação do preço das
commodities.
Além das críticas, uma ação popular, com pedido
de liminar, movida por petroleiros na Justiça de
Federal de São Paulo, pede a suspensão do
megaleilão. Em nota, os advogados Maximiliano
Garcez e Rodrigo Salgado, da Advocacia Garcez,
que representa os autores da ação, afirmam que
a legislação não dispõe sobre licitações de blocos
coincidentes com campos já declarados
comerciais sob o regime de cessão onerosa e
Data: 05/11/2019
72
Grupo de Comunicação
nem a possibilidade de acordo de
coparticipação”.
Em 2014, no mandato de Dilma Rousseff, a
expectativa era de que a União contratasse a
Petrobras, mas acordo nesse sentido foi
questionado pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), que enxergou “fragilidades e deficiências”
nos estudos que sustentavam essa alternativa.
Foi em 2016, no governo Michel Temer, que
surgiu a ideia de leiloar os excedentes. A medida
foi vista como forma de a União levantar os
recursos necessários para pagar a estatal pela
revisão do contrato.
Pelo acordo assinado em 2010, a União cedeu à
Petrobras o direito de produzir 5 bilhões de barris
no pré-sal, como parte da operação de
capitalização que resultou no aumento da
participação da União no capital da petroleira.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
1/05/petrobras-desponta-como-protagonista-de-
leiloes-do-pre-sal.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
73
Grupo de Comunicação
Prejuízo com óleo será de ‘bilhões’, diz
Ibama
Impacto do derramamento ainda é desconhecido
por falta de informação sobre o volume total do
vazamento
Depois de identificar o navio cargueiro suspeito
de derramar óleo na costa brasileira, a Polícia
Federal (PF) tenta reunir elementos para
responsabilizar a proprietária da embarcação e
entender como se deu a participação dos
tripulantes no vazamento. A estimativa do Ibama
e da PF é de que as multas ficarão “na casa dos
bilhões [de reais]”.
A PF acionou a Interpol para notificar a Delta
Tanker, companhia grega proprietária do navio
Bouboulina. Na semana passada, os agentes
federais apreenderam documentos em endereços
de prestadores de serviço ligados à empresa.
Autoridades internacionais também foram
acionadas para prestarem informações sobre as
atividades do navio. Os investigadores
solicitaram, por exemplo, os registros de carga
na Venezuela, onde houve o carregamento, e na
Malásia, onde o produto foi entregue.
Caso seja comprovada a responsabilidade da
Delta Tankers, as autoridades brasileiras tentarão
reparar os prejuízos em diversas frentes.
Segundo o presidente do Ibama, Eduardo Bim, o
valor máximo de multa é de R$ 50 milhões. Mas,
a exemplo da tragédia de Brumadinho (MG), é
possível aplicar mais de uma multa, por haver
diversos danos.
A PF entende que, embora envolva transporte
internacional de carga, o incidente será discutido
de acordo com a legislação brasileira. Neste caso,
além das punições impostas pelo Ibama, haverá
pedido de reparação com base nos efeitos diretos
e indiretos do vazamento.
“Os crimes ambientais chegam a valores
estratosféricos porque atingem uma
multiplicidade de situações, a pesca, o turismo
etc.”, explicou o chefe do serviço de
geointeligência da Polícia Federal, Franco
Perazzoni.
Na esfera criminal, as penas somadas pelo
incidente podem chegar a cerca de dez anos de
prisão, diz Perazzoni. A projeção leva em conta
responsabilização por poluição, dano em área de
conservação e omissão de informações.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/11/0
5/prejuizo-com-oleo-sera-de-bilhoes-diz-
ibama.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
74
Grupo de Comunicação
Prefeitos miram marco do saneamento
Prefeitos resistem ao texto do marco regulatório
e querem mudanças sobre titularidade e
consórcios
Prefeitos se mobilizam para modificar, no
plenário, artigos do marco regulatório do
saneamento sobre a titularidade dos serviços e
regras de formatação dos consórcios regionais.
Entidades municipalistas, como a Frente Nacional
de Prefeitos (FNP) e a Confederação Nacional de
Municípios (CNM), apostam ainda num diálogo
com a Câmara dos Deputados na reta final da
tramitação para evitar a judicialização futura do
tema logo após a aprovação da lei, uma vez que
já há o entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF) de que os serviços de saneamento
são municipais e que deve haver gestão
compartilhada nos ambientes de regiões
metropolitanas.
O relatório do deputado Geninho Zuliani (DEM-
SP), aprovado na comissão especial no final de
outubro, só será apreciado pelo plenário após o
feriado do dia 15. O projeto de lei original, o PL
3261/19, foi de autoria do senador Tasso
Jereissati. Ao Valor, o deputado Geninho disse
não ver espaço para modificações a assegura
contar com apoio dos prefeitos.
“O relatório foi um desapontamento para a
Frente Nacional de Prefeitos”, diz o secretário-
executivo da entidade, Gilberto Perre. O texto,
acrescenta, confere aos Estados “um poder
mandatório sobre a regionalização” dos serviços
de saneamento básico e tratamento de esgoto.
O objetivo do marco do saneamento é facilitar os
arranjos de consórcios entre os municípios e
Estados, permitindo a entrada da iniciativa
privada em investimentos e universalização dos
serviços até 2033. Presidente da frente
parlamentar de consórcios públicos, o deputado
Geninho afirma que a união de municípios para
assegurar a oferta desses serviços, via
consórcios, “é a grande ferramenta de gestão do
presente e do futuro”.
“O marco [regulatório] prevê microrregiões de
saneamento e blocos estruturantes em nível
federal, e o melhor caminho serão os consórcios
públicos, com instrumento jurídico para os
municípios se associarem e buscarem ganhos de
escala com melhores preços e técnicas para
universalização”, explica o deputado.
As entidades apoiam a criação de um marco
regulatório, mas fazem ponderações sobre
aspectos específicos do texto aprovado na
comissão especial da Câmara. “A Confederação
Nacional de Municípios acredita que o texto tem
muitos pontos positivos, mas no que diz respeito
aos consórcios e à titularidade há pontos que
preocupam bastante a entidade e trabalharemos
para aprovar emendas no plenário”, informa
Cláudia Lins, supervisora do núcleo de
desenvolvimento territorial da CNM.
Para Geninho Zuliani, a situaçâo alarmante do
país se deve ao fato de os municípios e Estados
não conseguirem “ganhos de escala”, ou seja,
pela falta de viabilidade econômica para
assegurar o saneamento em municípios muito
pequenos. O texto, segundo ele, equaciona o
problema e garante investimentos mesmo em
áreas não lucrativas, “pela liderança exercida
pelos governadores, consultando comitês de
bacias”.
É aqui que os prefeitos torcem o nariz.
“Defendíamos que [a formação de consórcios]
deveria ser à luz do Estatuto das Metrópoles,
uma estrutura com maior autonomia dos
municípios”, alerta Perre, da FNP. O texto que
será analisado em plenário, diz o secretário-
executivo, “dá exagerado poder aos governos
estaduais no que será definido como território de
atendimento comum e cria um consórcio de cima
pra baixo”.
https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/11/
05/prefeitos-miram-marco-do-saneamento.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
75
Grupo de Comunicação
Petroleiras adotam tom de cautela sobre
megaleilão
Os sinais dados pela Petrobras, de que “entrará
para ganhar” no leilão dos excedentes da cessão
onerosa, contrastam com o discurso de seus
pares globais. Entre as principais petroleiras do
mundo, a postura tem sido de discrição e
cautela, às vésperas da rodada que exigirá o
desembolso de R$ 106,5 bilhões apenas em
bônus de assinatura. Em mensagens a
investidores, nos últimos dias, as multinacionais
têm pregado responsabilidade na alocação de
capital. O que dessas declarações é uma real
preocupação quanto à rentabilidade da
concorrência e o que é blefe, dentro do jogo pré-
leilão, só ficará claro após a rodada.
O Valor apurou com uma fonte que acompanha a
movimentação da rodada que a Petrobras tem
exigido, nos bastidores das negociações, valores
altos pela compensação financeira que as
vencedoras terão de lhe pagar pelos
investimentos já realizados nas áreas da cessão
onerosa. A situação tem deixado as empresas
receosas. Segundo a fonte, esse cenário explica o
fato de a Petrobras estar se mostrando mais
disposta a entrar com fatias maiores nos
consórcios em negociação.
Diante desse quadro, as estrangeiras passaram a
olhar com mais atenção para a 6ª Rodada,
marcada para quinta-feira. O diretor-geral da
Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio
Oddone, afirmou recentemente que as ofertas da
Petrobras por Búzios e Itapu devem garantir o
sucesso do leilão.
Por detrás da cautela das multinacionais, estão,
também, as altas cifras envolvidas. A Wood
Mackenzie destaca que o leilão é “superlativo”
em seus números, não só pelos grandes volumes
de óleo (de 6 bilhões a 15 bilhões de barris,
segundo a ANP). A consultoria calcula que as
vencedoras terão de desembolsar US$ 67,5
bilhões nos próximos anos, entre bônus de
assinatura, investimentos futuros nos campos e o
pagamento da compensação à Petrobras.
O diretor financeiro da Equinor, Lars Bacher,
destacou que “toda petroleira séria precisa olhar
para a cessão onerosa”. Ele disse, porém, que há
uma “longa lista” de valores envolvidos na
rodada que precisam ser considerados, como o
bônus, o pagamento da compensação financeira
à Petrobras e os investimentos futuros nos
ativos.
“Não aceitaremos que [rentabilidade da nossa
carteira de ativos] se deteriore como
consequência de uma grande aposta em qualquer
coisa nesse processo do leilão dos excedentes. E
para ser sincero, no Brasil já temos muito em
jogo. Então, se conseguimos algo nisso [na
rodada], tudo bem. Se não, tenho mais do que
suficiente no prato”, disse Bacher, a investidores.
Shell e Petrogal são sócias da Petrobras no
campo de Oeste de Atapu, no pré-sal da Bacia de
Santos, e são apontadas como candidatadas a
comprar a área de Atapu, cuja jazida se conecta
à de Oeste de Atapu. A postura das duas
empresas, no entanto, tem sido de cautela. A
diretora financeira da Shell, Jessica Uhl, afirmou
a investidores que o leilão dos excedentes se
trata de uma “área potencial” para garantir o
crescimento da petroleira, mas que os ativos à
venda precisarão “competir por capital, como
qualquer outra oportunidade”.
O presidente da Galp, Carlos Gomes da Silva,
afirmou que a rodada tem “termos e condições
exigentes” e que olha para a licitação “com muito
cuidado”. “Manteremos a disciplina financeira,
embora, do ponto de vista estratégico, faça todo
o sentido [participar da rodada]”, disse a
investidores.
Ao todo, 13 estrangeiras se habilitaram para a
rodada. BP e Total já declinaram. No caso da
francesa, o diretor financeiro Jean-Pierre Sbraire
explicou que o bônus da rodada “não se
enquadra nos critérios” da empresa. A lista de
inscritas inclui ainda a Chevron e ExxonMobil
(EUA), CNODC e CNOOC (China), Petronas
(Malásia), QPI (Catar), Ecopetrol (Colômbia) e
Wintershall Dea (Alemanha).
A Chevron é outra a sinalizar que os excedentes
podem não se encaixar dentro de sua estratégia.
Vice-presidente de exploração e produção, Jay
Johnson comentou que a companhia “está muito
feliz com a base de recursos existente”, o que,
em certa medida, se contrapõe ao perfil do leilão,
que ofertará volumes já descobertos.
“Concentramo-nos principalmente em recarregar
nossa área de exploração, porque estamos
olhando para adições de recursos no futuro”,
disse. https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/11/05/petroleiras-adotam-tom-de-cautela-sobre-megaleilao.ghtml Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
76
Grupo de Comunicação
Cade questiona estatal e ANP adia licitação
no Gasbol
A Petrobras apresentou proposta para contratar
toda a capacidade oferecida em uma chamada
pública da ANP, o que ligou o alerta no órgão
antitruste
A Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP)
suspendeu uma chamada pública para a
contratação de empresas interessadas em
transportar pouco mais de 18 milhões de metros
cúbicos por dia de gás natural pelo Gasoduto
Brasil - Bolívia (Gasbol). A decisão foi motivada
por uma manifestação do Conselho Nacional de
Defesa Econômica (Cade), que identificou
irregularidades no interesse da Petrobras em
participar da concorrência.
Na avaliação do órgão antitruste, a manifestação
de interesse por parte da Petrobras representa
um descumprimento de um acordo feito com o
Cade. Assinado em julho deste ano, o Termo de
Compromisso de Cessação (TCC) prevê a
diminuição da participação da empresa estatal no
mercado de gás natural.
Segundo apurou o Valor, a Petrobras apresentou
uma proposta para contratar toda a capacidade
oferecida da chamada pública da ANP, o que
ligou o alerta no Cade. O órgão, então, convocou
a empresa a prestar esclarecimentos. A direção
da Petrobras teria alegado que o cenário de
instabilidade política na Bolívia motivou a
apresentação de proposta para a licitação do
Gasbol, da qual a companhia é sócia.
Após as conversas com o Cade, que ocorreram
ao longo das duas últimas semanas, a estatal
teria aceitado retirar a proposta. A decisão
viabiliza a retomada da chamada pública e,
principalmente, sinaliza que o transporte do gás
será feito pela iniciativa privada. Procurada, a
Petrobras não havia se manifestado até o
fechamento desta edição.
Pelo cronograma original da chamada pública, o
recebimento das manifestações de interesse
ocorreria até o fim deste mês. A publicação do
resultado final estava prevista para acontecer no
dia 20 de dezembro.
O acordo da estatal com o Cade prevê a saída
gradual da Petrobras do setor de gás, inclusive
com venda de participações acionárias. O
objetivo é estimular a abertura do mercado
brasileiro, hoje monopolizado pela estatal.
Fazem parte do trato a venda de ações em três
gasodutos, incluindo o Gasbol. Atualmente, a
Petrobras controla o ativo, com participação de
51% do capital. Também está prevista a saída de
várias distribuidoras do combustível, nas quais a
Petrobras tem participação direta e indireta.
Enquanto as operações não forem realizadas, a
Petrobras deverá, segundo o acordo, indicar
conselheiros independentes nas transportadoras
e na Gaspetro, com o objetivo de assegurar a
desverticalização funcional das empresas. As
indicações devem ser feitas até janeiro de 2020.
“A Petrobras também se compromete a indicar
nos sistemas de transporte os volumes de
injeção e retirada máxima em cada ponto de
recebimento e zona de entrega, para posteriores
adequações aos contratos de serviço de
transporte vigentes, a fim de que os
transportadores, sob supervisão da ANP, possam
ofertar a capacidade remanescente ao mercado,
possibilitando, assim, que outras empresas
utilizem a malha de transporte não ocupada pela
Petrobras”, diz o acordo.
A insistência da Petrobras em continuar
controlando o transporte de gás é uma
preocupação da indústria que depende do
combustível. Hoje, cerca de 20% da produção
nacional já é de outros produtores, mas por falta
de acesso à infraestrutura, dominada pela
companhia estatal, esse gás é vendido na boca
do poço.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
1/05/cade-questiona-estatal-e-anp-adia-
licitacao-no-gasbol.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
77
Grupo de Comunicação
Etanol respondeu por 48% da venda de
combustíveis do ciclo Otto até setembro
Foi a maior participação para o período desde
2009
O etanol hidratado representou 48,2% das
vendas de combustíveis do ciclo Otto (para a
frota de veículos de passeio e carga leve) de
janeiro a setembro, a maior participação para o
período desde 2009 (48,4%), segundo informou
a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar
(Unica) a partir de dados da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Esse avanço expressivo no consumo do
biocombustível reflete sua maior competitividade
frente a gasolina e decorre de um indicativo de
mudança de hábito dos consumidores em virtude
dos conhecidos benefícios ambientais obtidos
pela sociedade por meio do uso do etanol”,
afirmou Antonio de Padua Rodrigues, diretor
técnico da Unica, em comunicado.
Até setembro, as vendas de etanol hidratado
superaram em 22,8% o volume registrado no
mesmo período do ano passado e alcançaram
16,3 bilhões de litros. No Centro-Sul, foram
vendidos 15,03 bilhões de litros, aumento de
23% em relação ao mesmo período do ano
passado e um novo recorde. Nas regiões Norte e
Nordeste, a comercialização aumentou em mais
de 200 milhões de litros (18%) e totalizou 1,33
bilhão de litros - maior volume para o intervalo
desde 2010.
Do início do ano até setembro, na região Centro-
Sul do país o preço médio do etanol hidratado foi
equivalente a 65,8% do preço da gasolina,
ligeiramente acima dos 66,4% de 2018. No Norte
e no Nordeste, a correlação permaneceu estável
em 78,1%.
Segundo dados da ANP, o etanol, desde a
produção da matéria-prima, a cana, até sua
queima nos motores a combustão emite, em
média, 440 quilos de gás carbônico equivalente,
enquanto o volume de emissão equivalente para
a gasolina totaliza 2,8 toneladas de gás carbônico
equivalente. A Unica ressaltou que o etanol tem
uma emissão 98% menor do que gasolina e
diesel de partículas inaláveis agressivas à saúde
e também de hidrocarbonetos tóxicos.
https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20
19/11/05/etanol-respondeu-por-48-da-venda-de-
combustiveis-do-ciclo-otto-ate-setembro.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 05/11/2019
78
Grupo de Comunicação
Menos de 1% dos sites tem recursos de
acessibilidade
No caso dos sites governamentais esse
percentual é ainda mais baixo - 0,34%
Menos de 1% dos 14 milhões de sites brasileiros
ativos são acessíveis a pessoas com deficiência.
No caso dos sites governamentais esse
percentual é ainda mais baixo - 0,34%. As
informações fazem parte da primeira pesquisa
sobre acessibilidade na web, realizada pelo
Movimento Web para Todos e a BigData Corp,
plataforma líder no mercado de big data na
América Latina, com a captura de dados de mais
de 1,5 bilhão de sites de todo o mundo. “O
resultado reflete o ciclo de invisibilidade de
décadas de uma população estimada em 45
milhões de brasileiros que possuem algum tipo
de deficiência, que querem se informar, se
relacionar, se divertir e comprar online”, afirma
Simone Freire, idealizadora do Movimento Web
para Todos. “No mundo, são 1,3 bilhão de
pessoas. Conteudistas, designers e
desenvolvedores precisam ficar atentos”, afirma.
O estudo fez testes em vários elementos das
páginas da web: formulários, links, imagens
apresentadas e navegabilidade de vídeos do
YouTube nos sites. Apenas 0,61% dos sites
ativos passaram na avaliação; 5,6%
apresentaram falhas em todos os testes
aplicáveis; 93,8% falharam em parte dos itens
avaliados e 99,3% registraram pelo menos uma
falha.
Segundo Thoran Rodrigues, presidente da
BigData, mais preocupante são os 5,6% dos sites
ativos que falharam em todos os testes aos quais
foram submetidos. O estudo revelou que os
principais problemas estão ligados a links
(83,56%) e imagens (83,25%).
https://valor.globo.com/publicacoes/suplementos
/noticia/2019/11/05/menos-de-1-dos-sites-tem-
recursos-de-acessibilidade.ghtml
Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
top related