lendas de portugal

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lendas portuguesas

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A Lenda do “Galo de Barcelos”

Segundo a lenda, os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento duma promessa.

Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem."O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.

Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galoem louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos

Lenda da “Inês Negra”

Estátua de Inês Negra em Melgaço do escultor José Rodrigues

Quando, no início de 1387, o castelode Melgaço (Portugal) era governado por um alcaide castelhano, sofreu o assédio das forças portuguesas sob o comando de D. João I, a campanha caracterizou-se por uma série de assaltos e escaramuças, onde se defrontaram a nobreza, encastelada nos muros da vila, e as classes populares, baseadas fora de muros, no chamado arraial.

Um episódio, símbolo desse confronto, chamou a atenção do cronista que registrou que certo dia, escaramuçaram duas mulheres bravas, uma da vila e outra do arraial, e andaram ambas aos cabelos e venceu a do arraial(Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Posteriormente, outro cronista coloriu esta história com detalhes literários na sua pena, afirmando que a mulher do arraial, que combateu por Portugal, era conhecida como a Inês Negra (Duarte Nunes de Lião).Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_da_In%C3%AAs_Negra"

Lenda da “Dama Pé-de-Cabra”

Na actual região da beira alta, mais concretamente na aldeia histórica de Marialva vivia há muitos séculos atrás uma donzela muito formosa. Um certo dia um nobre encantado com a sua beleza e querendo desposá-la encomendou os serviços de um sapateiro pedindo-lhe que fizesse uns sapatos para a donzela em questão.

. Como se tratava de uma surpresa o sapateiro teria de arranjar uma maneira de conseguir fazer um molde dos pés da donzela para acertar no tamanho do pé, certo dia e sem que esta desse por isso espalhou farinha aos pés da cama da donzela para que quando esta se levantasse, deixasse a marca na farinha espalhada no chão, e assim foi. O sapateiro percebeu pela forma deixada no chão que a donzela tinha "pés de cabra", mas mesmo assim fez uns sapatos adequados. Quando o nobre entrega o presente à donzela, esta com o desgosto de saber que já todos sabiam do seu defeito, atira-se da torre do castelo.

A donzela chamava-se Maria Alva e ainda hoje, mesmo em ruínas podemos ver a torre do castelo.

Lenda “As Unhas do Diabo”

Em tempos que já lá vão, morreu um célebre escrivão que vivia em Ponte de Lima. O escrivão não era modelo de virtude ou honestidade. Tendo lesado muitas famílias, falsificava documentos e aceitava subornos que guardava numa arca escondida no sótão de sua casa. Era do consenso geral que aquela alma não tinha salvação possível e duvidava-se mesmo que tivesse direito a um enterro cristão

No entanto, os frades franciscanos do Convento de Santo António ofereceram-se para sepultar o homem. À meia-noite do dia do enterro, os franciscanos foram acordados por três sonoras argoladas na porta do convento. Do outro lado, uma voz pedia-lhes para se reunirem na capela pois queria falar-lhes. Quando abriram a porta, entrou um vulto imponente e de olhar penetrante. Os frades assustados reparam que apesar de estar muito bem vestido tinha uns pés estranhos, chanfrados como os das cabras.

O visitante dirigiu-se à capela onde estava sepultado o escrivão. Parando à frente da sua sepultura, retirou o corpo amortalhado e fez com que este vomitasse a hóstia que tinha na boca. Em seguida o vulto, mais negro e temível, elevou-se no ar com o corpo do defunto e saiu por uma janela com um grande estrondo.

A comunidade correu para o adro e ainda conseguiu ver os dois corpos unirem-se num só e voarem pelos céus com uma risada diabólica, deixando atrás de si um rasto de cheiro a queimado.

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