leco nº 53
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omen
LECO J U L H O D E 2 0 1 2
E D I Ç Ã O 5 3
Campeonato do Mundo de Atletismo
de S. Down
O Educador Social Lécio Ferreira
explica o trabalho que desenvolve na
APPACDM de Matosinhos em torno
do Núcleo de Investigação em Artes
Performativas esclarecendo os seus
princípios orientadores e os objeti-
vos.
Página 6
No passado mês de maio, reali-
zou-se o 2º Campeonato do
Mundo de Atletismo S. Down -
IAADS nos Açores.
A nossa atleta Elsa Taborda re-
presentou uma vez mais as cores
de Portugal neste evento tendo
arrecadado 4
medalhas,
uma de ouro,
duas de prata
e uma de
bronze. Os
nossos Para-
béns para a
“nossa” me-
nina.
Página 14
Horta Pedagógica
Põe-te a Mexer… na Páscoa
No dia 5 de abril o
nosso Centro en-
cheu-se de luz,
cor, alegria e …
crianças a correr!
Foi mesmo toda a gente a mexer para a Pás-
coa viver !!
Página 8
No âmbito do Plano de
Ação 2012 da Comissão
Social de Freguesia de S.
Mamede, no passado dia 30 de maio, a
APPACDM de Matosinhos e a Associa-
ção de Solidariedade Social da Urbani-
zação do Seixo (ASSUS), iniciaram a
atividade conjunta “Horta Pedagógica”
que se revelou um sucesso.
Página 7
A Educadora Social Ana Sousa clarifica em
que consiste, quais os objetivos e benefí-
cios da atividade “Jardim Sensorial” que
desenvolve na APPACDM de Mato-
sinhos com a população com maior
dependência,
sendo a mes-
ma baseada
na estimulação
sensorial.
Página 10
Jardim Sensorial
Passeios de Final de Ano
Nesta edição conheça os lo-
cais elegidos para a realização
dos Passeios de Final de Ano e
saiba como os mesmos foram
um sucesso.
Páginas 12/13
Tempo de Balanço
A chegar ao
término deste
mandato, eis
que chega o
tempo de ba-
lanço.
É responsabilidade social da APPACDM de Matosinhos a par-
tilha da cultura organizacional , assumindo assim o nosso com-
promisso na comunidade. Assim, nesta edição damos a conhe-
cer a Missão, Visão, Valores e Estratégias da nossa Instituição.
APPACDM de Matosinhos
omen
P Á G I N A 2
L E C O
Nesta Edição
Associação Portuguesa de Pais e
Amigos do Cidadão Deficiente
Mental
Rua Dr. Leonardo Coimbra
4465- 189 S. Mamede Infesta
APPACDM DE MATOSINHOS
Tel: 229012492 / 229012467
Fax: 229023277
FICHA TÉCNICA
Propriedade: Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental
Diretora: Olívia Assunção
Montagem: Ana Sousa
Colaboradores: Olívia Assunção, Marta Quesado, Ana Maria Pereira, José Fial, Cátia Alves, Bruno Pereira, Tiago
Faria, Ana Sousa, Lécio Ferreira, Maria José Varela, Maria José Santos, Susana Guedes, Alice Gomes, Fernando Pe-
dro Rodrigues, Ivan Magalhães, Isabel Pereira, Joel Magalhães e Nuno Azevedo.
N E S T A E D I Ç Ã O
APPACDM de Matosinhos 3
Editorial 4
Notícias 6
O que se faz por aqui
12
Desporto 14
Momento Flash & Doces & Doces 16
CONTATOS
omen
No âmbito da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade - EQUASS Assurance (European
Quality in Social Services), nível 1, está definida a Missão, Visão, Valores e Estratégias da
APPACDM de Matosinhos. Este tem sido um trabalho conjunto de todos os colaboradores da insti-
tuição. A partilha da cultura organizacional orienta a prática de todos. A politica de qualidade im-
plementada abrange a satisfação de necessidades e expetativas legitimas das partes interessadas, a
melhoria contínua dos serviços, o controlo dos procedimentos e a sustentabilidade da instituição. É responsabilidade
social da APPACDM de Matosinhos a partilha da cultura organizacional , assumindo assim o nosso compromisso na
comunidade.
MISSÃO
Promover a qualidade de vida e inclusão social do cidadão com deficiência mental e/ou em situação de risco, bem
como suas famílias.
VISÃO
Ser uma organização de referência no concelho na resposta ao cidadão com deficiência mental e/ou em situação de
risco, bem como suas famílias.
VALORES
Integridade: respeita os deveres e os direitos de todas as partes interessadas e as regras organizacionais de conduta.
Rigor: toma decisões com base em factos e executa tarefas e registos conforme definido nos procedimentos.
Confidencialidade: restringe o conhecimento de dados dos clientes às pessoas que deles necessitam para o exercício
do conteúdo funcional do cargo.
Privacidade: respeita espaços e tempos afetos à fruição dos utentes.
Criatividade: otimiza e/ou cria serviços e processos inovadores na organização usando métodos mais eficazes de
gestão.
Flexibilidade: valoriza pontos de vista distintos, acolhe a mudança e responsabilidade sem criar barreiras adaptando
o trabalho a novas realidades de forma mais eficaz.
ESTRATÉGIAS ORGANIZACIONAIS
Implementar sistema de qualidade – EQUASS, nível 1, Certificação dos Serviços Sociais;
Definir, uniformizar e melhorar procedimentos internos;
Implementar sistema de formação profissional;
Incrementar e reforçar ações de aproximação e parceria ativa com os agentes e entidades da comunidade;
Criar departamento de Marketing Social;
Crescer inovando de forma sustentável;
Ampliar conceitos sinergéticos visando a produtividade;
Promover a participação das famílias e outras partes interessadas.
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APPACDM de Matosinhos
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Editorial
Como sabem, tomamos posse em
janeiro de 2010. Haverá de novo
eleições em outubro deste ano.
Como iniciar a reflexão em torno do
que têm sido estes dois anos e meio
a gerir os destinos da APPACDM de
Matosinhos? Penso que o nosso le-
ma desde o início, está muito bem
retratado na expressão de Eduardo
Prado Coelho, ilustre pensador : “…
não esperemos acender uma vela a
todos os santos, a ver se nos man-
dam um messias”. É com trabalho,
com muito trabalho, que se conse-
gue acreditar que todos nós temos
vontades a bem da Instituição, irre-
primíveis, é com trabalho, muito
trabalho que vai crescendo em nós a
fé inabalável de que o futuro pode
ser melhor e terá de ser sempre me-
lhor, afinal a nossa missão nunca
estará terminada.
Conseguimos aumentar a coesão, o
envolvimento dos nossos trabalha-
dores, fundamentais para o processo
de mudança; delineamos-lhes cami-
nhos, traçando estratégias. Torna-
mos a prestação de serviços, de cui-
dados, mais eficaz, moderna e pro-
dutiva.
Criamos serviços de apoio psicoló-
gico e jurídico para as nossas famí-
lias.
Renegociamos contratos de forneci-
mentos, alteramos fornecimentos/
fornecedores, garantindo sempre a
qualidade ao mais baixo custo.
Apoiamos os nossos colaboradores
na “reestruturação”, processo emble-
mático desta direção, criando salas
com população heterogénea, respei-
tando sempre a individualidade, os
interesses, as necessidades e as ape-
tências dos nossos utentes; foram já
vários os parceiros e instituições que
nos contataram para esclarecimentos
sobre esta nova forma de funciona-
mento. Cremos que muito em breve,
para além da APPACDM de Matosi-
nhos, outras instituições aceitarão a
nossa “reestruturação” nas suas prá-
ticas.
Iniciamos o processo de certificação
da qualidade, que ficará concluído
dentro de um ano, tão importante e
determinante para o nosso percurso
de vida institucional; iniciaremos já
em setembro a formação profissio-
nal modular certificada, para todos
os nossos trabalhadores, com mais
de 11.000 horas de formação. Como
sabem, tanto a certificação da quali-
dade como a formação profissional
foram totalmente financiadas pelo
POPH.
Encetamos acordos e parcerias com
universidades, escolas e institutos
superiores, com escolas secundárias,
infantários e com edilidades locais.
O envolvimento do tecido social,
dos cidadãos é determinante para
uma Instituição com o cariz da nos-
sa. Promovemos estágios curricula-
res e profissionais para largas deze-
nas de estudantes/trabalhadores e o
resultado tem sido extraordinário.
Incrementamos de forma muito clara
as relações com o IEFP (instituto de
emprego e formação profissional),
que nos tem respondido positiva-
mente através dos seus programas de
apoio ao trabalho/formação.
Tempo de Balanço
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L E C O
Editorial
Com o apoio de:
Ativamos as relações com o volun-
tariado de Matosinhos, projeto
V.E.M., da Câmara Municipal, e
temos neste momento na Instituição
três voluntários encaminhados pelo
referido projeto. Conseguimos afir-
mar a nossa Instituição junto de
entidades que agora nos apoiam
através de donativos, quer em mate-
riais e equipamentos, quer em nu-
merário.
Participamos em festivais, exposi-
ções, eventos sociais e seminários e
organizamos workshops e palestras
onde o conhecimento técnico e a
experiência dos nossos colaborado-
res foram vivamente aplaudidos.
Investimos nas terapias, na reabilita-
ção física e biopsicossocial, tão
necessárias para os nossos utentes,
aumentando o número de horas para
a prática de fisioterapia, terapia ocu-
pacional em sala, admitimos dois
educadores sociais que trabalham
em âmbitos de atuação diferentes e
muito específicos e uma psicomotri-
cista pois a educação física já não
respondia às reais necessidades dos
utentes com maiores limitações.
Alargamos substancialmente a práti-
ca da natação, incluindo ao mesmo
tempo utentes que nunca haviam
sido sinalizados. E os resultados são
muito positivos pois podemos já
constatar uma séria melhoria da
qualidade de vida destas pessoas.
Reavaliamos de forma exaustiva o
percurso de cada utente, nas suas
competências, necessidades e inte-
resses e redefinimos para cada um o
plano de atividades mais adequado.
Elaboramos os planos individuais
dos nossos utentes porque só assim
é possível adequar a intervenção. A
dinâmica da própria vida, o envelhe-
cimento dos nossos utentes, o seu
bem estar, impuseram que muitas e
profundas mudanças ocorressem na
intervenção diária. Monitorizamos
de forma permanente as alterações
ocorridas e avaliamos periodica-
mente os resultados. Criamos uma
cultura organizacional, alterando
procedimentos, regras e métodos,
pois só assim é possível caminhar-
mos todos na mesma direção e atin-
girmos os resultados esperados.
Outros aspetos mereciam aqui um
balanço isento e desapaixonado,
mas porque há trabalho que foi feito
mas que para já é invisível, fica a
avaliação entregue ao julgamento
futuro dos nossos pais. Apesar do
balanço ser positivo, entendemos
que há ainda um percurso largo a
fazer na consolidação do projeto
que mereceu a aprovação dos nos-
sos associados. Assim, sejamos nós
merecedores da vossa confiança e
estaremos disponíveis para prosse-
guir o projeto por mais um mandato;
ideia, que concretizaremos com
pormenor já em setembro.
Mais do que a exigência de melho-
rias, é necessário haver uma com-
preensão dos problemas e acompa-
nhamento regular e consistente por
parte de todos. Deixo aqui o meu
profundo desejo para que todas as
famílias participem mais na vida da
Instituição, que nos ajudem com as
suas ideias, com as suas críticas
desde que estas sejam construtivas e
que produzam âmbitos interessantes
e profícuos de discussão. Afinal esta
Casa, esta maravilhosa Casa é de
todos.
Olívia Assunção
(Presidente)
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Notícias
O que me interessa não é como as pessoas se movem, mas sim o que as move. (1)
Pina Bausch, 2002
Isoladamente, a palavra performance remete-nos para o desempenho que uma ou várias pessoas ma-
nifestam no desenvolvimento de uma determinada ação. Quando a conjugamos no contexto das artes, o con-
ceito alarga-se para uma forma de expressão artística que se estabelece entre uma pessoa, ou grupo, e um pú-
blico. Assim, as várias expressões de dança, de teatro e de música são alguns exemplos de artes performativas.
O Núcleo de Investigação em Artes Performativas (NIAP) da APPACDM de Matosinhos surge por-
tanto com o intuito de trabalhar estas diferentes expressões artísticas, de forma regular e sistematizada, junto
da sua população. Tendo como base a dança e o movimento, as expressões teatrais, a música e os ritmos, as
marionetas e os fantoches, entre outros, pretende-se, num contexto de proximidade, sensibilizar, formar, inves-
tigar e encorajar o desenvolvimento de competências artísticas dos utentes.
Para atender melhor à diversidade da população, os utentes sinalizados integram duas vezes por se-
mana pequenos grupos não competitivos com objetivos específicos. Alguns destes grupos têm caraterísticas
terapêutico-educativas, onde se privilegia a importância social do grupo e o carácter lúdico do movimento e
dos jogos teatrais. Outros grupos têm caraterísticas educativo-artísticas, onde
a par da formação pretende-se também a preparação e criação de peças com
valor artístico.
Dada a parca investigação que existe sobre as artes performativas na
deficiência, o NIAP pretende ainda contribuir para a ampliação deste saber
através da produção e organização de material escrito e audiovisual, assim
como na estreita colaboração com outros projetos nacionais e internacionais
nesta mesma área.
(1) Bailarina e coreógrafa. Figura marcante no desenvolvimento da dança-teatro na segunda metade do séc. XX.
Lécio Ferreira
(Educador Social)
Núcleo de Investigação em Artes Performativas
Data: Março de 2012
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Notícias
Dia da Árvore Data: 21 de Março de 2012
Data: 30 de Maio de 2012
No dia 21 de março comemorou-se na nossa instituição mais um “Dia da Árvo-
re”.
Este ano contamos com a presença das alunas do Curso Técnico de Apoio à
Infância da Escola do Padrão da Légua. Fomos presenteados com a peça de
teatro “O TIO LOBO”.
De manhã, plantamos flores da época oferecidas pelo pelouro do ambiente da
Câmara Municipal de Matosinhos, lançamos balões coloridos com quadras alu-
sivas à natureza sobre e o que devemos fazer para a proteger.
Às alunas da Escola do Padrão da Légua e à Câmara Municipal de Matosinhos,
os nossos sinceros agradecimentos.
Ana Maria Pereira
(Professora)
Horta Pedagógica
O Plano de Ação 2012 da Comissão Social de Freguesia de S. Mamede de Infesta contempla a
realização de atividades de caráter intergeracional nas diferentes instituições que integram esta
Comissão. No âmbito desta ação, a APPACDM de Matosinhos e a Associação de Solidarieda-
de Social da Urbanização do Seixo (ASSUS) iniciaram uma atividade conjunta denominada
Horta Pedagógica. A nossa horta recentemente remodelada apresenta-se agora como um espa-
ço aprazível de cultivo e de aprendizagem onde se desenvolve a atividade de agropecuária presentemente partilhada
com 25 crianças do Jardim de Infância da ASSUS que, uma vez por semana plantam, semeiam, regam e exploram a
horta em conjunto com os nossos jovens/adultos do Centro de Atividades Ocupacionais. Esta atividade iniciou-se no
dia 30 de maio e, tal como esperado, foi um sucesso. A partilha de espaços, de vivências e conhecimentos facilitam e
aperfeiçoam o diálogo e a participação social para além de estimularem a
sensibilidade, o respeito mútuo, a capacidade de lidar com as diferenças e
a aptidão de perceber semelhanças nos interesses.
As atividades intergeracionais não se resumem à Horta Pedagógica. O
Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI) de S. Mamede de Infesta e a
ASSUS participaram também na Festa dos Santos Populares que se reali-
zou no dia 29 de junho, no Centro Dr. Leonardo Coimbra.
Marta Quesado Paulos
(Assistente Social/Gabinete de Gestão Integrada)
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Notícias
Com o apoio de:
Põe-te a Mexer… na Páscoa
Data: 5 de Abril de 2012
No dia 5 de abril o nosso Centro encheu-se de
luz, cor, alegria e … crianças a correr! Foi mesmo toda
a gente a mexer!!!
A atividade “Põe-te a mexer… na Páscoa” foi um ver-
dadeiro sucesso. Os nossos clientes participaram, chei-
os de entusiasmo, em conjunto com os filhos/sobrinhos
dos nossos funcionários nas atividades que a equipa
preparou. Se para
uns foi a oportunida-
de de conviver e
jogar com pessoas sem deficiência, para essas foi a oportunidade
de conhecerem pessoas verdadeiramente especiais, com sorrisos
e olhares a que é impossível ficar indiferente!
Foi um dia muito divertido, não faltaram jogos, pinturas, massa-
gens, “histórias no jardim” e claro a “mítica” caça ao ovo! Entre
algumas pistas trocadas e um ou outro ovo “desviado” o impor-
tante é que foram
momentos inesquecíveis.
Um obrigada do tamanho do mundo a toda a equipa de
colegas que dinamizaram as várias atividades, aos pro-
fissionais das salas que colaboraram e se empenharam
em tornar este dia especial, às crianças e jovens convi-
dados que vieram participar nesta experiência e parti-
lhar a sua alegria e
energia contagiantes
e finalmente, aos
nossos clientes, a
todos, porque à sua maneira, cada um se portou como “gente
grande”! É para e por eles que tudo isto vale a pena!
Cátia Alves
(Psicomotricista)
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Notícias
Data: 6 de Junho de 2012
Dia das Danças de Salão
Para além da atividade física, proporcionar aos nossos utentes momentos de puro lazer é também
um dos nossos objetivos.
E foi assim que no dia 6 de junho lá tivemos o “Dia das Danças de Salão” . A atividade decorreu
no nosso ginásio, com a participação dos nossos profissionais bem como da Professora Marta Carneiro,
cujos ensinamentos em pura aula de dança, queremos já agradecer.
Sabíamos que a alegria e satisfação dos nossos utentes seria uma inevitabilidade, mas o seu rego-
zijo excedeu todas as expetativas.
Certamente que voltaremos a organizar mais um dia esplendido como este.
Tiago Faria
(Professor de Educação Física)
Agradecimento
Agradecemos à escola secundária do Padrão da Légua e aos alunos da Turma Técnico de Apoio à In-
fância que durante alguns meses estagiaram na APPACDM de Matosinhos, o ato solidário que tiveram para
com a nossa instituição.
Estes alunos organizaram eventos para angariação de fundos para a nossa instituição.
Muito Obrigada a Todos.
Olívia Assunção
(Presidente)
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Notícias
Jardim Sensorial
É através dos sentidos que conseguimos interio-
rizar inúmeras informações e, desta forma, entender o
mundo que nos rodeia. Por isso mesmo, quando estes
falham ocorre uma perturbação na perceção e interação
com o mundo. Daí que seja fundamental proporcionar
experiências a todos os indivíduos que lhes possibilitem
explorar os seus sentidos e, consequentemente, compreen-
der melhor a realidade em que estão integrados.
Estimulação Sensorial refere-se ao processo pelo
qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar
uma resposta adaptativa adequada, organizando assim as
sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser
possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. (Regina
Freitas).
É nesta linha de pensamento que surge a propos-
ta de realizar uma atividade denominada de “Jardim Sen-
sorial” que será desenvolvida com a população com maior
dependência. O seu principal suporte é a estimulação sen-
sorial a partir da natureza, ou seja, a partir dos espaços
verdes como jardins e hortas do Centro Dr. Leonardo Co-
imbra.
Neste sentido, acredito que poderão emergir bas-
tantes benefícios para os participantes, na medida em que,
muitas vezes, são efetivamente escassos e insuficientes os
estímulos sensoriais a que estão sujeitos, ou, por outro
lado, não são realmente explorados todos os sentidos.
Assim, considero que o facto de estarmos a proporcionar
novas experiências a estes indivíduos, estarem a experi-
mentar sensações diferentes, estarem a contatar com a
natureza na sua mais exuberante expressão, bem como
poderem visualizar e interagir com diferentes espaços e
pessoas poderá melhorar significativamente a sua qualida-
de de vida.
A proposta concretiza-se através da exploração
dos cinco sentidos que possuímos, isto é, o tato, o paladar,
o olfato, a visão e a audição tendo por base o contato com
as várias texturas das folhas das plantas, com o sabor de
chás feitos a partir de plantas cultivadas, com o cheiro de
várias plantas aromáticas, com a visão de diferentes e
exuberantes cores de flores e com a audição dos pássaros
a cantar.
Espero que a atividade “Jardim Sensorial” que
proponho se torne uma mais-valia para a APPACDM de
Matosinhos mas, acima de tudo, que permita efetivamente
uma melhor qualidade de vida das pessoas com deficiên-
cia, de forma a possibilitar-lhes a promoção da sua autoe-
stima, da sua valorização pessoal e da integração social
através das novas experiências que vão vivenciar.
Ana Sousa
(Educadora Social)
Data: Junho de 2012
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Notícias
Mão de Dança
Encontros para pensar as Artes Performativas e a Deficiência
Data: Junho de 2012
Dancers today can do anything; the technique is phenomenal.
Martha Graham
É habitual ouvirmos a expressão (dar um) “pé de dança” quando se quer notar o ato
de dançar, o que em certa medida pressupõe desde logo, ou induz, uma forma de ver e
praticar a dança. Esta seria portanto indissociável do “pé” (ou dos pés), uma vez que
se assume aqui o seu destaque incontornável no movimento dançado. Mas poderá esta
conceção representar integralmente a natureza da dança? Se, como Pina Bausch refe-
riu, “uma carícia pode ser um movimento de dança”, então tal ponto de partida não nos é suficiente, nem in-
teiramente justo.
Foi este inconformismo que nos levou a problematizar a recorrente expressão “pé de dança” e sugerir uma
outra, e apenas uma outra, possibilidade: “mão de dança”. Assim, e com esta reformulação, damos nome aos
Encontros (bimestrais) sobre artes performativas e deficiência que o Núcleo de Investigação em Artes Perfor-
mativas (NIAP) da APPACDM de Matosinhos propõe para debater e desenvolver experiências com este tema.
Cada Encontro terá um convidado e um mote sensível à inquietação: artes performativas e deficiência – que
relação? Que caminhos? Que possibilidades? Eis portanto o âmago da proposta e o que nos move. Sejam to-
dos bem-vindos.
Tema da 1ª mesa redonda que teve lugar dia 12 de julho: Dança Inclusiva: alguns pressupostos, algumas
experiências
(com Lécio Ferreira)
Data do próximo encontro: Setembro de 2012 (dia a definir)
Dirigido a: Pais e associados da APPACDM; Psicólogos, Educadores; Psicomotricistas; auxiliares de ação
educativa; profissionais e amadores das artes performativas; todas as pessoas, com e sem deficiência, interes-
sadas no tema.
Local: Auditório da APPACDM de Matosinhos – Rua Dr. Leonardo Coimbra s/nº 4465-189
Lécio Ferreira
(Educador Social)
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Quinta de Santo Inácio
Data: 25 de Abril de 2012
A Revolução do 25 de Abril
No dia 25 de abril de 1974 ocorreu a conhecida
“Revolução dos Cravos”.
Esta data marca a mudança do regime imposto para um
regime democrático que tem como principal princípio a
Liberdade Para Todos. Depois do 25 de abril as pessoas
passam a ter liberdade de expressão, de escolha, de voto...
No entanto, ainda hoje há pessoas que descriminam e são
preconceituosas com a deficiência, sendo que continu-
amos a ser “escondidos” em espaços que mesmo estando
no meio da multidão, continuamos isolados. Isto é senti-
do quando saímos à rua atra-
vés dos olhares das pessoas,
dos seus comentários e até
do seu afastamento quando
pura e genuinamente nos
tentamos aproximar. Somos
ainda pelo Estado aqueles que menos
apoios têm e para quem o país não
olha mesmo em momentos de vitória. Sabemos que o
contato com a comunidade permite um maior conheci-
mento de todos nós e uma partilha de vivências que só
nos enriquece e nos torna a todos, todos os dias, melhores
pessoas.
Liberdade é assumir a Diferença. Atrevam-se a olhar para
nós, a sorrirem connosco, a compreenderem que mesmo
diferentes somos tão pessoas e tão especiais como vós.
Seremos esquecidos porque não podemos votar? Porque
não podem contar com o nosso apoio, com o nosso voto?
É dever de todos nós mudar isto e navegar, em conjunto,
na direção da verdadeira Liberdade.
Alice, Fernando, Ivan, Isabel, Joel e Nuno
(CAO da Senhora da Hora)
No dia 5 de junho de 2012 realizou-se o passeio final de ano à Quinta Santo Inácio
do CAO B, sendo que saímos da Instituição por volta das 10 horas.
Neste passeio participaram os clientes do grupo B, E e G, os profissionais dos mes-
mos e ainda três estagiárias, a Joana, a Sofia e a Flávia, que se encontravam a cola-
borar com estes grupos no seu estágio curricular.
Chegamos à quinta por volta das 11 horas da manhã. Assistimos a um belo espetá-
culo de aves e, de seguida, demos um passeio pela quinta, onde usufruímos de um
agradável contato com a Natureza. Vimos várias espécies de animais incluindo os repteis.
Depois deste delicioso passeio já as nossas barriguinhas pediam um bom prato de comida. Por volta das 13 horas fo-
mos almoçar ao restaurante da quinta. A ementa foi salada russa com atum, creme de cenoura e a sobremesa foi um
gelado. Claro que para os nossos clientes a sobremesa foi a parte que
mais gostaram no almoço.
Descansamos um pouco após o almoço e, como o tempo já escasseava
e começou a chover, regressamos ao Centro por volta das 15h e 30
minutos para lancharmos. Foi um passeio muito agradável e que os
nossos clientes adoraram. Susana Guedes (AEACD)
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O que se faz por aqui
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Quinta da Torre
Os Nossos Voluntários
O voluntariado pressupõe uma atividade inerente ao exercício de
cidadania. De forma livre, desinteressada e responsável, os volun-
tários prestam um serviço não remunerado mas muito reconhecido
pela APPACDM de Matosinhos.
O protocolo de parceria entre a APPACDM de Matosinhos e a Câ-
mara Municipal de Matosinhos, no âmbito do projeto VOLUNTA-
RIADO EM MATOSINHOS – VEM, deu-nos a conhecer três vo-
luntários, que têm dispensado parte do seu tempo para desenvolver
as ações de voluntariado na e para a nossa Instituição.
Devidamente enquadrados os voluntários exercem as suas atividades no âmbito do apoio direto aos clientes e condu-
ção de viaturas da Instituição.
Para além destes três voluntários, contamos ainda com o apoio semanal da Sr.ª D. Manuela Gomes que após o seu
percurso profissional na nossa Instituição, propôs há cerca de um ano e meio dar continuidade ao exercício das suas
funções de forma livre e gratuita.
Deixamos aqui o nosso profundo agradecimento aos nossos quatro voluntários.
Marta Quesado Paulos
(Assistente Social/Gabinete de Gestão Integrada
A manhã cinzenta não foi suficiente para desencorajar o CAO A, que
no dia 12 de junho de 2012 se preparava para partir rumo ao Marco de
Canaveses à descoberta da Quinta da Torre. Mais curva menos curva,
ora subida, ora descida lá chegamos à bela Quinta da Torre. Depois de
recebidos pelo Dr. André fomos fazer um percurso onde contatamos
com as plantas, árvores de fruto (só limoeiros presentes no local desde
1950) e vários animais, por exemplo perús, pavões, patos, entre outros.
Houve tempo para amassar o pão e pintar pequenos vasos. O almoço
foi ótimo e a sobremesa muito colorida com pêssegos e cerejas. Não
faltou o gelado aos clientes e o café aos profissionais. Tudo muito bom.
Mas o tempo é escasso e tivemos de regressar bem dispostos e confian-
tes em um dia lá voltar.
Até Breve!
Maria José Santos
(Monitora)
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Desporto
Campeonato do Mundo de Atletismo de S. Down
No passado mês de maio,
entre o dia 17 e 20 reali-
zou-se o 2º Campeonato
do Mundo de Atletismo
S. Down - IAADS em
Angra do Heroísmo, ilha
terceira, nos Açores, que contou com a participação
de 13 países.
De realçar que o evento caraterizou-se pelo elevado
nível organizacional e competitivo onde ficou de-
monstrada, a excelente capacidade que os portugueses
têm em ser anfitriões de grandes eventos desportivos.
A nossa atleta Elsa Taborda representou uma vez
mais as cores de Portugal neste evento, integrando a
comitiva portuguesa com mais 23 concorrentes de
instituições e/ou clubes do país.
Os resultados da equipa portuguesa foram bastante
satisfatórios, uma vez que Portugal se consagrou
Campeão do Mundo de Atletismo S. Down por equi-
pas, ao conseguir 30 medalhas ( 9 de ouro, 12 de pra-
ta e 9 de bronze).
A Elsa Taborda contribuiu para este resultado, pois
arrecadou 4 medalhas nas seguintes provas:
Estafeta 4X400 M. - 1º Lugar - Medalha de Ouro
Recorde do Mundo
800 M. - 2º Lugar - Medalha de Prata
Estafeta 4X100 M. - 3º Lugar - Medalha de Bronze
2ª Lugar - Medalha de Prata - Na prova de qualifi-
cação para a final dos 400 M.
A nossa vencedora participou também noutros con-
cursos, classificando-se em 4º lugar, respetivamente
na final dos 200 M e 400 M , além de ter sido a res-
ponsável pela leitura da “nota de abertura” e
“encerramento” deste Campeonato do Mundo de
Atletismo S. Down - IAADS .
Em 2013 teremos o Europeu em
Roma e em 2014 o Mundial na
África do Sul onde esperemos
repetir tamanhos feitos e conti-
nuar com esta classificação, es-
perando desde já que a Elsa Ta-
borda continue com bons resulta-
dos desportivos e seja de novo
selecionada.
A toda a delegação portuguesa que participou no 2º
Campeonato do Mundo Atletismo Síndrome Down, nos
Açores, atletas, treinadores, dirigentes e acompanhantes,
quero deixar aqui as minhas felicitações pelo sucesso
que alcançaram. Como profissional de Educação Física e
Desporto, tenho a certeza que é fruto de um árduo e lon-
go trabalho, pois só assim é possível alcançar os resulta-
dos desejáveis e obtidos.
Não podia deixar de felicitar uma atleta muito especial
para mim, Elsa Taborda, por ter representado Portugal da
melhor forma, demonstrando que o trabalho realizado na
instituição, nas aulas de Educação Física, Natação e em
especial na UATL tem vindo a dar os seus frutos. A ti,
minha querida, os meus sinceros PARABÉNS e que con-
tinues à procura do teu ideal desportivo.
José Fial (Professor)
omen
P Á G I N A 1 5 E D I Ç Ã O 5 3
Desporto
L E C O
Mega Aula de Hidroginástica
No passado dia 31 de maio realizamos mais uma mega aula
de hidroginástica.
Estas aulas já se tinham realizado no ano transato só que de
uma forma menos abrangente, ou seja, mais interna, só para os nos-
sos utentes. O objetivo deste ano era realizar as mesmas aulas para
os nossos utentes mas permitir que o evento tivesse um impacto mai-
or e que fosse aberto à comunidade em geral para permitir um conta-
to dos nossos utentes com a mesma como forma de combater a ex-
clusão social e promover a inclusão. Como acontece normalmente
antes deste tipo de atividades, os utentes demonstraram vontade em participar, pois gostam bastante de integrar
estas propostas e é muito gratificante para nós perceber que contribuímos a um nível emocional além de educativo.
Foi importante também saber que a MatosinhoSport divulgou a nossa atividade através do Facebook, o
que demonstra que a atividade era importante e fazia sentido realizá-la nos moldes em que estava estruturada, pois
através desta ferramenta muitos mais indivíduos tiveram conhecimento da mesma.
Depois de terminadas estas aulas, foi-me possível conversar com todos os intervenientes e, na minha opi-
nião, correu muito bem. Não ocorreu qualquer tipo de problema estrutural e para isso muito contribuíram as pesso-
as que comigo estiverem durante toda a organização possibilitando que tudo isto fosse um sucesso.
Relativamente aos utentes que frequentam a piscina e realizaram aula conjunta com os nossos utentes, deu
para perceber através de algumas conversas que são necessárias mais atividades deste género e que ficaram bastan-
te sensibilizados e agradados com o comportamento, carinho, afeto e alegria dos nossos utentes.
Neste seguimento deixo desde já um bem-haja à APPACDM de Matosinhos por todo o apoio que nos fa-
cultou, desde a cedência de recursos humanos assim como material; e à MatosinhosSport pela cedência do espaço e
toda a abertura demonstrada; um agradecimento também à Prof. Patrícia pela disponibilidade para realizar as au-
las, o que facilitou a realização das mesmas sem qualquer tipo de incidência, pois é de salientar que estas decorre-
ram em conjunto com os outros aderentes da piscina.
Para concluir espero que estas aulas se voltem a repetir mas com outro tipo de envergadura, ou seja, com a
participação de mais pessoas,
de forma a mostrar a grande
capacidade organizativa da
APPACDM de Matosinhos.
Bruno Pereira
(Professor de Natação)
omen
Momento Flash
P Á G I N A 1 6
L E C O
Doces & Doces
Queques de Cenoura
Ingredientes:
500g cenouras cozidas
400g de açúcar
4 ovos inteiros
1 colher de chá de fermento
4, 5 colheres de sopa de fari-
nha
4, 5 colheres de sopa de coco
ralado
Raspa de 3 laranjas
Forminhas de papel frisado
Modo de Preparação
Coza as cenouras, esprema-as e passe-as pela vari-
nha. Acrescente o açúcar e os ovos inteiros e me-
xa. Deite a farinha, o coco, a raspa da laranja e,
por fim o fermento. Bata bem.
Deite o preparado em forminhas untadas e leve a
cozer no forno pré-aquecido a 180ºC durante aproximadamente 30 minutos.
Quando estiver cozido, desenforme e coloque em forminhas de papel frisado. De
seguida, polvilhe com o coco ralado.
Bom Apetite !!! Maria José Varela
(Monitora)
Quanto vale este sorriso?
Mais uma terça-feira a começar
e com as 8h30 a dar
lá vai o Pedro
para a piscina trabalhar.
Quanto vale este sorriso?
Quanto valem estes momentos?
Nunca ninguém diria
Que o Pedro submergia.
Para todos uma surpresa
Mais doce que uma boa sobre-
mesa!
Quanto vale este sorriso?
Quanto valem estes momentos?
.
Foi uma aposta ganha,
ainda bem que a fizemos.
É que esta alegria contagia,
e quase parece magia.
Cátia Alves
(Psicomotricista)
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