jornal intercom 3

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Jornal laboratorial de jornalismo da Universidade de Fortaleza

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2 3INTERCOM

Exibição de charges no Intercom

Flashmob anima congressistas

INTERCOMUNIVERSIDADEDE FORTALEZA

UNIVERSIDADEDE FORTALEZA

FORTALEZA, CEARÁQUInta-FeIra, 6 de SeteMBro 2012

na manhã de terça-feira, 4, umaexposição de charges foi abertaao público. as obras fazem partedo 37º e 38º Salão Internacionalde Humor de Piracicaba, consi-derado um dos mais importanteseventos na área de artes gráficas,onde reúnem trabalhos comoforma de homenagear pessoaspúblicas e fazer questionamen-tos sobre o conceito do belo. na

oesporte passou a ser tra-tado pelos meios de co-municação de forma mais

ampla, e se transformou cada vezmais em espetáculo, em eventomidiático. Este foi o consenso des-tacado pelos professores Márciode oliveira, da Universidade Fede-ral de juiz de Fora (UFjF),Miguel deMoragas, da Universidade autôno-ma de Barcelona (UaB), ronaldoHelal, da Universidade estadual dorio de janeiro e Pablo alabarces,da Universidade de Buenos aires.eles foram os palestrantes do 35ºCiclo de estudos Interdisciplina-res da Comunicação (Cecom) queaconteceu na manhã da quarta--feira, 5, no teatro Celina Queiroz,durante o seu primeiro painel, so-bre o tema esporte e Mídia.

Os convidados discutiram prin-cipalmente como ronaldo Helal,uma referência dessa pesquisa noBrasil, fez um panorama da históriado esporte no campo de pesquisaacadêmico, principalmente sobreo futebol. Segundo ele, o esportenão era reconhecido pela acade-mia como um campo relevantepara o estudo, sofrendo uma sériede sanções e preconceito na déca-da de 70. “Quase não há trabalhosobre o tema na época. os poucosexistentes tinham um viés eminen-temente político, quase marxista,

animação tomou conta doteatro Celina Queiroz, nestaterça feira (4/9), às 19h, na

abertura oficial do maior congres-so de comunicação da américaLatina, o Intercom 2012, sediadaesse ano na Universidade de For-taleza (Unifor). Do evento, parti-ciparam congressistas de aracajú,Florianópolis, rio de janeiro, SãoPaulo, joão Pessoa, teresina, Per-nambuco, Salvador e até de outrospaíses como Cabo Verde.

Primeiramente a palavra foi dovice reitor de graduação, professorHenrique Luís do Carmo e Sá, quedestacou a importância da comu-nicação como encontro e compar-tilhamento, enfatizando a honrapara a Unifor em sediar o Intercom2012. em seguida, o presidente daSociedade Brasileira de estudos In-terdisciplinares da Comunicação,antônio Carlos Hohfeldt, exaltoua beleza do campus utilizando-sedo célebre livro alencarino “Irace-ma.” a diretora do Centro de Ciên-cias Humanas, professora ErotildeHonório, destacou a participaçãode alunos de Comunicação Social,oriundos de diversas instituições,na organização do evento, todosem prol do conhecimento, ressal-

os esportes, e emespecial ofutebol, são tratados comoeventosmidiáticos e se trans-formamem tema de pesquisados professores acadêmicos.o teatro CelinaQueiroz foipalco da discussão e a plateiaacompanhou o que os pesqui-sadores tinhama dizer sobreasmudanças ocorridas

aconteceu na tarde do dia 4, noCentro de Convivência da Uni-versidade de Fortaleza, uma ver-dadeira paralisação. a ComissãoCultural do Intercom 2012 reali-zou um flash mob, que chamoua atenção de muitas pessoas queestavam no espaço e gerou des-contração entre os que estavampresentes. o evento causou umaboa repercussão dentro do cam-pus, inclusive entre congressistasde outros estados, que foram pe-gos de surpresa pela mobilizaçãocultural. ”estava almoçando quan-do ouvi a música e percebi a mo-vimentação. Já vi o flashmob emalguns lugares, mas esse foi beminteressante, foi algo descontra-ído e me pegou desprevenida.não tem como não chamar aten-ção”, afirma a estudante Isabelarêgo, que é de teresina e veioparticipar do Intercom desse ano.a programação da 35ª edição do

a 35ª edição do Intercom, queeste ano acontece na Unifor,realiza entre os dias 4 e 7, nasproximidades do bloco t, aFeira dos Cordéis. o intuito éresgatar a cultura dos cordéis,algo que é típicamente nor-destino e merece destaque.Ocordelista Guaipuan Vieiraque trabalha com cordel há 35anos, fala um pouco sobre seutrabalho. “o cordel, para mim,é o encarte da grande impren-sa. Mostra o cotidiano de umaforma mais versátil. É comoum jornal em forma de poe-sia”. a feira é uma chance paraos congressistas conhecerema arte do cordel e apreciaremum bom conteúdo cultural.

amostra, estiveram presentespalhaços, coordenados pelo pro-fessor e doutor Márcio acselrad,que interagiam com os convi-dados com muito bom humor ebrincadeiras espontâneas. “o hu-mor não tem limite, e a charge éuma forma maravilhosa de fazerhumor. demonstra, também, quetodo mundo é meio esquisito”,reflete o docente.

com foco sobre a manipulação damassa, como que pedindo permis-são para a academia para ter o es-porte como objeto de estudo”.

Esporte e Carnavalainda segundo Helal, a escolha dotema para o Intercom 2012 garan-te que isso tem mudado, sobretu-do depois do trabalho de robertoda Matta, onde mostrou para osacadêmicos que esporte e carnavalsão temas que podem ser estuda-dos de maneira séria. Ele classificacomo feliz a escolha do tema prin-cipal do maior congresso de ciên-cias da comunicação da américaLatina, pois destrói um descaso de30 anos com o esporte. “o Inter-com 2012 reconhece o trabalho dediversas pessoas que tomam parasi a responsabilidade de estudar oesporte de maneira séria”.

Miguel de Moragas e Pablo ala-barces também estão desenvol-vendo em seus respectivos paísesestudos aprofundados sobre odesenvolvimento da pesquisa noesporte e como ele se transformouem uma possibilidade através dos

Texto Colaborativo

Janine Nogueira

Marina Duarte

Helena Nogueira

Vai pra onde?Mercado Central901- dom Luís

Mercado São Sebastião028 - antônio Bezerra/Papicu

Esporte emídia: os grandeseventos como espetáculo

Forró e músicapopular na abertura

Foto: Valeska Ponce

Foto: Valeska Ponce

Revista a Ponte e Labjorconcorrem a prêmio

Erramos1. na seçãoBatento retratoda edição nº 2publicamos queo Simpósio foirealizado no HotelSeara. o localfoi auditório daBibilioteca.

2. a foto da capaé de thalytaMartins

as estudantes de comunicaçãoGiselle nuaz e Marília Pedroza daUnifor apresentaram hoje os seustrabalhos na Mostra expocom nascategorias jornalismo e revistaLaboratório Impresso elas concorremao prêmio com estudantes das Universidade Federal de Mato Grosso,Universidade de Santa Cruz do Sul, Faculdades Integradas do rio Branco,Federal de Santa Catarina e Federal de ouro Preto.

tando também a alegria com que ainstituição acolhe o congresso.

Sendo a música uma das maisconhecidas formas de comuni-cação, o encerramento ficou porconta da cantora aparecida Silvinoe do músico Waldonys, que tocoucom a Camerata da Unifor. “atra-vés da minha sanfona eu me co-munico com todo mundo, pessoasde várias línguas, de costumes di-ferentes.

Hoje foi maravilhoso. É como sea música orasse em línguas. Fiqueiencantado com a receptividade dopúblico, honrado com o convite eem ter dividido o palco com a Ca-merata”, disse Waldonys.

os congressistas se mostraramanimados após a abertura. “acheimuito interessante poder curtir eparticipar de um show como esse,que refletiu muito de uma cultura,reunindo o humor e o forró aliadosà Camerata da Unifor. Mostrou pragente de fora um pouco da tradiçãocearense”, opinou Katarini, con-gressista do interior de São Paulo.

o Intercom 2012 contará com aparticipação de pesquisadores dedestaque no país, como josé Mar-ques de Melo e Margarida Kunsh,e oferecerá palestras e oficinas re-lacionadas aos diversos temas re-levantes para a comunicação.

AOrquestraCamerata daUniversidadede Fortaleza,Waldonys e

Aparecida Silvinofizeramaabertura

da 35ª ediçãodo CongressoBrasileiro deCiências da

Comunicação(Intercom2012)

Intercom ainda contará com apre-sentações teatrais, musicais, den-tre outras expressões artísticas. Ointuito de todo esse investimentona parte cultural é agregar aindamais a arte ao campo da comu-nicação. Para quem perdeu o pri-meiro, hoje vai haver outro flashmob ao meio dia.

Iracemade AlencarQuem é cearense não pode dei-xar de saber quem foi josé deAlencar, figura que nasceu aquina terrinha e foi um dos maioresescritores da literatura brasileira.e vocês que vem de fora, tam-

bém não podem sair daqui semconhecer a índia que virou “Len-da do Ceará“.alencar é o autor do romance

“Iracema, a virgem dos lábios demel“, que foi publicado em 1865e é quase um poema escrito emprosa. ele relata de maneira bas-tante poética a colonização daregião nordeste do Brasil, alémde contar a história de amorproibido entre Martim, coloniza-dor português, e Iracema, a belaíndia da tribo tabajara. o livro,que idealiza a figura do índio e damulher, é marcado por um fortesentimento nacionalista, já quemuitas palavras características dalíngua indígena são usadas.a descrição do cenário em

que a história acontece é o quemais prendeu minha atenção.É detalhada de tal maneira queme faz sentir como se eu esti-vesse lá. existe um certo encan-tamento ao ler as palavras dealencar sobre as belezas natu-rais do nosso país.“Iracema” é uma linda história

de amor que eternizou a imagemda índia guerreira, de pele maciae cabelos mais negros que a asada graúna. Vale muito a pena leressa obra, tenho certeza que vo-cês vão lermais ligeiro quetainha de açude.o mais legal de tudo

é a sorte que tive deherdar o nome dela.Sabiam que Iracemaé um anagrama dapalavra américa?

Estudantesmovimentamo Centro de

Convivência daUnifor

eventos, passando a ter uma po-sição diferenciada no mundo. Mi-guel de Moragas considera urgen-te a reflexão sobre a convergênciamidiática que se dará nos jogosdo rio de janeiro. Compara comBarcelona (jogos olímpicos de 92),quando não havia internet. “Sóisso já merece uma investigaçãoatenta”, defendeu em espanhol.

Ronaldo Helal

Sociólogo e profes-

sor da Universida-

de Estadual do Rio

de Janeiro

O Intercom2012reconheceo trabalhode diversaspessoas quetomam parasi a respon-sabilidadede estudaro esportede maneiraséria”

tHaLYtaMartInS

Divulgação

FORTALEZA, CEARÁQUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2012

Batendo retrato

4 INTERCOM UNIVERSIDADEDE FORTALEZA

FORTALEZA, CEARÁQUInta-FeIra, 6 de SeteMBro 2012

BUdejado

Manoel Cruz Neto

Cobertuta diária do Intercom 2012, produzida pela Acerola (assessoria de comunicação), célula do Núcleo Integrado de Comunicação (NIC) da Unifor -Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profª Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Reportagem: Ahynssa Thamir,Fábio Pinto, Giselle Nuaz, Janine Nogueira, Otelino Filho, Priscila Baima, Rômulo Costa, Thiago Rodrigues e Vitória Matos - Projeto gráfico: AldeciTomaz e Prof. Eduardo Freire - Professor orientador: Joana Dutra - Coordenação de Fotografia - Jari Vieira e Júlio Alcântara - Revisão: Prof. Celiomar Lima- Conselho Editorial: Eduardo Freire, Janayde Gonçalves e Joana Dutra - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 3.000exemplares- Estagiário de Fotografia: Marina Duarte - Diagramação: Aldeci Tomaz e Clara Magalhães - Edição: Giselle Nuaz

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Música do Cearáencanta congressistas

eStreIa do eVentoCuriosidades e notas Pág. 2

entreVIStajoséMarques deMelo Pág. 4

BatendoretratoUmpouco de arte Pág. 3

em entrevista concedidaao jornal do Intercom, oprofessor Marques deMelo fala sobre sua rela-ção com o Intercom, dasua importância para alu-nos e profissionais da área,o futuro do jornalismo im-presso e da importância dodiploma de nível superiorpara os comunicólogos.

São promissorasas perspectivasde expansão dastiragens, desdeque empresastenhamcapacidade deproduzir jornaispara as classesemergentes,pois a nossaimprensa épensada econfiguradapara atender àsaspirações daselites cultas ouabastadas

José Marques de Melo, como equando começou sua história noIntercom?Minha história começou em 1977na INTERCOM – a sociedade cientí-fica que o promove, desde 1978, oInterCoM – o congresso brasileirode ciências da comunicação. trata--se de um episódio curioso quereconta a Fortaleza, onde deveriater se realizado em julho de 1977o congresso anual da SBPC – Socie-dade Brasileira para o Progresso daCiência, mas que foi proibido pelogoverno militar e acabou sendoconcretizado no campus da PUCde São Paulo. ali estava programa-da uma sessão de comunicaçõescientíficas dedicadas a fenômenoscomunicacionais, à qual compareciporque queria prestigiar ex-alunose colegas inscritos. Fui surpreendi-do por um pedido dos organizado-res do evento para presidir aquelasessão, ao fim da qual recebi umapelo para criar uma sociedade civildestinada a reunir os pesquisado-res da nossa área. achei que o mo-mento não era oportuno e prometifazer antes uma sondagem emnos-sa comunidade acadêmica para ve-rificar se havia demanda suficiente.Fiz várias consultas e convenci-meque havia massa critica para tal ini-ciativa. Convidei então os colegasinteressados para uma assembléianuma das salas de aula da Facul-dade Cásper Líbero, em São Paulo,fundando a InterCoM em dezem-bro de 1977. Com a ajuda de várioscolegas organizei o I InterCoM,em Santos (SP), congresso que

reuniu cerca de 50 participantes.desde então o evento cresceu ese consolidou, adquirindo respei-tabilidade acadêmica e densidadeintelectual. Tenho participado ati-vamente de todos os congressosrealizados nesses 35 anos de vidada InterCoM.

Pela sua vasta carreira acadêmica,haja vista que já foi Doutor Hono-ris Causa por duas vezes e vence-dor do Prêmio Wayne Danielsonpor Relevantes Contribuições àsCiências da Comunicação, pelaUniversity of Texas, como vocêavalia a importância deste even-to para estudantes, professores eprofissionais em geral da área decomunicação?este mega-evento é a grande opor-tunidade que desfrutam os estu-dantes para se manter atualizadossobre os avanços do conhecimentoem nosso campo de atuação. aomesmo tempo, é a oportunidadereservada aos pesquisadores ama-durecidos no sentido de submetersuas pesquisas ao julgamento dospares, procurando legitimar meto-dologias ou validar resultados. o

formato adquirido pelo congressoda InterCoM assegura pluralismocognitivo, atendendo às aspiraçõesde pesquisadores, professores, pro-fissionais e estudantes. Pela sua na-tureza complexa tornou-se um dosmaiores congressos da área, quevem percorrendo todo o territórionacional.

Você começou sua carreira jorna-lística trabalhando em jornais im-pressos, comoGazeta de Alagoas eJornal de Alagoas (Maceió), atuan-do depois no Jornal do Commércioe Última Hora - Nordeste (Recife)etc. Como você avalia o futuro dojornal impresso?o jornalismo impresso enfrentacrise de identidade, buscando co--existir com as modalidades audio-visuais e cibermidiáticas, emboranão se possa considerá-lo moribun-do, especialmente em países comoo Brasil, onde ainda não logrouexpandir-se por toda a população.Temos um déficit imenso de leiturade jornais, pois somente uma par-cela mínima dos brasileiros lê jor-nais diariamente. Com a expansãodo mercado interno, são promis-soras as perspectivas de expansãodas tiragens, desde que as empre-sas tenham capacidade de produzirjornais para as classes emergentes,pois a nossa imprensa é pensada econfigurada para atender às aspira-ções das elites cultas ou abastadas.

Pesquisando, vi que um dos seusideais, era que em todo o territórionacional contasse com profissio-nais capacitados em ComunicaçãoSocial, no caso, jornalistas, de fato,formados. Qual a importância dodiploma do curso de Jornalismopara nós, formadores de opinião?o diploma é fundamental, desdeque seja expedido por instituiçãode ensino superior que preserve aexcelência da formação dos futurosprofissionais. Em síntese, não bastater diploma. Este só tem significadose os seus portadores ganharamcompetência para produzir jornalis-mo de qualidade e prontidão inte-lectual para superar os obstáculosque se antepõem cotidianamente.Nesse sentido, os cursos de jorna-lismo precisam reciclar-se, atuali-zar-se e avançar em sintonia com astransformações da sociedade.

Trupe do LabGraça preparada para a recepção dos congressistas. Portados demuita pancake eles pintaramos rostos dos participantes do evento

Dançarina doGrupo Rosana Pucci se apresenta ao somdeMiltonNascimento Aparecida Silvino se apresenta na Solenidade de Abertura

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